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Depois de duas semanas de afastamento por conta dos jogos da Copa do Mundo no Qatar, finalmente o Encontro está de volta nas manhãs da Globo. E nesta terça-feira, dia 29, Joelma participou do programa e falou sobre a experiência de ter pego Covid-19 pela quinta vez.

- Graças a Deus, esse quinto Covid foi bem leve. Até pensei que nem era, porque foi diferente de de todos os outros. Os sintomas foram diferentes, eu tive piriri [dor de barriga].

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A cantora confessou que não esperava receber o diagnóstico positivo novamente, mas frisou que começou a cuidar da microbiota intestinal - conjunto dos micro-organismos que habitam o trato - para aumentar a imunidade.

- Eu não acreditei. Eu pensei que a quarta tinha sido a última e peguei a quinta. Eu disse: Gente, será que vem a sexta? Mas o meu corpo está reagindo bem. Eu consegui aumentar a minha imunidade. Passei dois anos fazendo exames e não detectava nada, estava tudo normal e eu passando mal. Depois que eu comecei a cuidar da minha microbiota, minha imunidade.

Joelma ainda comentou sobre as sequelas do problema de saúde.

- Eu ainda estou cuidando das sequelas, principalmente o inchaço que incomoda muito. Eu estou percebendo que várias pessoas que eu conheço estão tendo o mesmo problema. Quando incha o rosto, incha o corpo inteiro. Então é muito louco. Eu fui no médico e ele disse: o Covid veio para mostrar para nós médicos que a gente não sabe de nada. Porque cada pessoa tem um sintoma diferente.

Ao ser questionada, ela contou que o inchaço não é acompanhado de dores.

- Não vem e é alimentar. Quando eu me alimento, eu começo a inchar. Por isso que eu estou cuidando da microbiota, do intestino. Foi aí que deu uma melhora bem grande.

E relembrou as outras vezes em que teve Covid-19.

- Eu estou viva pela misericórdia. Eu tive três derrames oculares lá atrás. Graças a Deus, esse Covi agora foi bem tranquilão. Eu penei lá atrás.

Viajando por mais de 30 cidades com a turnê e com um DVD a caminho, Joelma falou sobre a emoção dos projetos:

- Exatamente, se chama Isso é Calypso Tour Brasil. A gente vai gravar em cinco cidades, a primeira é Recife; Antes disso, veio o projeto Isso é Calypso, que a gente já está em uma jornada de muitos shows e fez esse registro em Manaus. Ficou incrível e daí que veio esse outro projeto do Tour Brasil. Então a gente vai chegar com essa turnê até final do ano que vem. É um misto de emoções, tem horas que eu choro de alegria de ver tudo aquilo que eu fiz. Eu nunca imaginei viver esse momento novamente, então para mim isso foi um presente. Eu tenho muita gratidão com os fãs, com Deus, com tudo isso.

A cantora finalizou com uma reflexão:

- A gente não pode deixar a peteca cair. Todo mundo passa por momentos difíceis. Eu sempre gosto de tirar algo bom disso, um aprendizado. Sempre tem que tirar o que é bom e eliminar o ruim e você segue, porque senão fica andando para frente e olhando para trás. Você tropeça e cai. Você tem que esquecer o passado e focar no que interessa.

A atenção primária à saúde é a porta de entrada no sistema de saúde no Brasil. Na pandemia da Covid-19, seu potencial para prevenção, vigilância e atendimento de casos leves poderia ter evitado a sobrecarga de hospitais e emergências. A conclusão é de pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), do Instituto René Rachou (Fiocruz Minas) e da Escola de Administração de Empresas do Estado de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP) em artigo publicado nesta segunda (28) na “Revista Brasileira de Medicina da Família e Comunidade”.

Os autores analisaram documentos publicados durante o primeiro ano da pandemia, como recomendações do Ministério da Saúde (MS) e de órgãos governamentais como o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS). Também compuseram a análise notas técnicas publicadas por sociedades científicas como a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC). O objetivo foi verificar os aportes técnicos para o trabalho na atenção primária à saúde, que compreende serviços como a Estratégia de Saúde da Família e procedimentos como vacinação e testagens.

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A pesquisadora Michelle Fernandez, uma das autoras do artigo, explica que a atenção primária consegue chegar facilmente à população, pois tem capilaridade no território brasileiro e está presente em áreas de vulnerabilidade social.

“Isto dá à atenção primária à saúde capacidade de mapear e recomendar isolamento de casos suspeitos, e esse é um mecanismo muito eficaz de desaceleração do contágio. Porém, no caso da Covid-19, não havia normativas do Ministério da Saúde indicando a atuação nesse sentido para frear o avanço naquele primeiro momento”, aponta.

Fernandez observa que outros entes, como estados e municípios, organizaram o enfrentamento à Covid-19 diante da ausência de coordenação nacional. Mesmo passados quase três anos do início da pandemia, ainda é tempo para o MS atuar de forma mais assertiva em diversas frentes do combate à Covid-19, sobretudo na vacinação, destaca a pesquisadora.

“Já temos vacina para toda a população maior de seis meses e atualizadas para as novas cepas, mas o Ministério da Saúde ainda não comprou as vacinas com essa atualização”, destaca.

Conforme a autora, também é fundamental que a gestão pública atente para o bem-estar dos profissionais da atenção primária à saúde, que atuam em diversas frentes desde o início da pandemia.

“Temos profissionais lidando com novos casos na triagem e cuidando de pacientes na Covid longa, e boa parte dessa demanda chega pela atenção primária. Também temos profissionais trabalhando ativamente na vacinação. Eles estão sobrecarregados, com saúde mental debilitada, e o atual governo não estabeleceu política para cuidado desses profissionais”, frisa Fernandez.

O estudo evidencia a importância da coordenação do Ministério da Saúde para a atuação bem-sucedida da atenção primária à saúde e de suas equipes em todo o Brasil.

“Outro achado interessante é a participação de atores além dos estatais na ressignificação da política pública para a atenção primária à saúde”, completa Fernandez, mencionando a contribuição de redes e entidades científicas no período analisado.

Fonte: Agência Bori

A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) também volta a exigir o uso de máscara de proteção contra a Covid-19 em ambientes fechados. A decisão foi tomada na última sexta-feira (26) e passa a valer a partir da segunda-feira (28). Em comunicado, divulgado nos canais oficias da instituição, salienta-se que a obrigatoriedade tem relação com o aumento de casos da doença no Estado.

"Diante do aumento dos casos de covid-19, apresentado pelas autoridades sanitárias do Estado, a UFRPE torna obrigatório o uso de máscaras em ambientes fechados, em toda a UFRPE, por tempo indeterminado. A medida já vinha sendo recomendada e a obrigatoriedade se restringia ao Hospital Veterinário e ao Departamento de Qualidade de Vida", diz trecho da nota.

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Além da UFRPE, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade de Pernambuco decidiram tornar obrigatório o uso do item de proteção individual. Na UPE, a medida começou a valer desde 18 de novembro. Já na UFPE, o uso se inicia na segunda, começo do semestre letivo 2022.2. 

A Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, por intermédio da Secretaria de Saúde, inicia nesta quinta-feira (24) a aplicação da 5ª dose ou terceiro reforço da vacina contra Covid-19 para idosos a partir de 80 anos. O anúncio foi feito na última segunda-feira (21) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), por conta de uma nova onda de Covid-19 em Pernambuco.

Os imunizantes utilizados para a quinta dose dos idosos serão da Pfizer/BioNTech, já acondicionados no Programa Estadual de Imunização (PEI-PE). Aos idosos que não podem sair de suas residências, os familiares devem ir num dos pontos de vacinação mais próximo de sua residência para agendar a aplicação da dose em domicílio.

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Os locais onde a população pode se vacinar são a Policlínica Vicente Mendes (Cohab), Policlínica Dr. Manuel Gomes (Centro), Unidade de Saúde da Família (USF), Amaro Cabral de Melo (Ponte dos Carvalhos) e na Unidade de Saúde da Família Sacramento (Pontezinha), de segunda a sexta-feira, nos horários das 8h às 13h.

Soma-se, também, o ponto de vacinação do shopping Costa Dourada, o qual continuará com os atendimentos de segunda a sexta, 11h às 18h, ao sábado, das 10h às 18h e domingo, 12h às 18h.

*da Assessoria

A partir da última quarta-feira (16), o uso de máscara em ambientes fechados da Universidade de São Paulo (USP) voltou a ser obrigatório. A medida foi uma decisão da Comissão Assessora de Saúde da Reitoria e é reflexo do aumento de infecções pelo coronavírus na comunidade acadêmica.

De acordo com o comunicado, “recomenda-se a não realização de eventos festivos, confraternizações, coffee breaks ou qualquer outro evento similar que estimule os participantes a retirar a máscara para ingestão de alimentos e, consequentemente, aumente a possibilidade de transmissão do vírus”.

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Além disso, a comissão orienta que sejam utilizadas máscaras cirúrgicas ou as do tipo N95, e que os usuários da instituição lavem as mãos com frequência ou as higienizem com álcool 70%. A USP também salienta que esquema vacinal completo contra a covid-19 é obrigatório para professores, servidores e estudantes.

Representantes da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) reuniram-se, nesta quinta-feira (10), com gestores municipais para a pactuação da estratégia para o avanço da campanha de vacinação contra a Covid-19 em Pernambuco. A partir de agora, está autorizada a vacinação de crianças de 6 meses a 2 anos com comorbidades. Ao todo, considerando a faixa etária, cerca de 330 mil crianças estão aptas a receber as doses da vacina no Estado.

A primeira remessa da Pfizer Baby, com 47 mil doses, chegou ao Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes na tarde desta quinta e a SES-PE aguarda o envio da remessa para a sede do Programa Estadual de Imunizações (PEI-PE). A distribuição para os 184 municípios pernambucanos acontecerá já nesta sexta-feira (11).

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Para este público, a imunização deverá ser administrada em três doses, sendo as duas primeiras com o intervalo de 21 dias (3 semanas), seguidas por uma terceira dose que deve ser administrada pelo menos 2 meses (8 semanas) após a segunda dose. 

"Ao contrário do que indicou o Comitê Técnico Nacional de Assessoramento em Imunização (Cetai), que indicou a vacinação de todas as crianças nesta faixa etária, o Ministério da Saúde recomendou a imunização apenas dos pequenos com comorbidades. Mesmo assim, o quantitativo a ser recebido hoje por Pernambuco está abaixo do que é necessário para o Estado. Por isso, é primordial que os gestores realizem o monitoramento bem de perto dos seus estoques para evitar erros de administração dessas primeiras doses recebidas. Vale frisar que, até o momento, o Ministério ainda não sinalizou quando será a próxima entrega aos Estados", salienta a superintende de Imunizações do Estado, Ana Catarina de Melo.

Entre as comorbidades elencadas pelo órgão federal para a vacinação estão: diabetes, hipertensão arterial e pulmonar, doenças cardiovasculares, doenças neurológicas crônicas, doença renal, imunocomprometidos, obesidade (IMC >40), síndrome de Down, hemoglobinopatias graves e cirrose hepática. Cada gestão municipal deve informar aos munícipes como a comprovação deve ser apresentada, como, por exemplo: cadastro em unidades de Atenção Básica, inserção em programas de acompanhamento, prescrições médicas ou relatórios médicos com o descritivo ou CID da doença.

DOSES DE REFORÇO

Diante do cenário de aumento da circulação viral em vários Estados do país, inclusive em Pernambuco, a Secretaria Estadual de Saúde já solicitou ao Ministério da Saúde um posicionamento oficial do órgão federal sobre a possibilidade de avanço na faixa etária contemplada com a 2ª dose de reforço (quarta dose). Atualmente, no Estado, estão autorizados a receber a segunda dose de reforço pessoas com mais de 40 anos. A SES-PE também requisitou avaliação do cenário para aplicação de uma quinta dose para a população com 80 anos e mais.

"O Comitê Técnico Estadual de Acompanhamento da Vacinação tem discutido constantemente a importância de se avançar na segunda dose de reforço em Pernambuco para a população entre 18 e 39 anos, assim como na aplicação de uma quinta dose para os idosos acima de 80 anos, mas não há estoque suficiente de doses que consiga atender a estes públicos e nem uma recomendação técnica por parte do próprio Ministério que contemple esta população. Por isso, já enviamos ofício solicitando avaliação do nosso pleito e, em caso positivo, o envio dos imunobiológicos para tal finalidade", explica Ana Catarina.

A Secretaria aproveita para frisar que não existe, até o momento, indicação para quinta dose da vacinação contra a Covid-19 em nenhuma população específica no estado de Pernambuco. O único público que recebe uma quinta dose, chamada de dose adicional, são os pacientes imunossuprimidos graves. Estes realizam um esquema básico de quatro doses do imunizante mais esta dose adicional. Pessoas diagnosticadas com lúpus, convivendo com HIV/Aids, além de pacientes que tomam algum tipo de medicamento imunossupressor, são exemplos de imunossuprimidos graves.

Da assessoria

No próximo domingo (13), mais de 3,3 milhões de inscritos participarão do primeiro dia de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022. Nas semanas que antecedem a avaliação, que é a principal porta de entrada no ensino superior, foram registrados aumentos de casos da Covid-19 no Brasil, assim como a chegada de uma nova variante da doença.

Durante o período mais crítico da pandemia no país, além do distanciamento social, o uso de máscara, como medidade de prevenção ao vírus, foi adotado. O item foi flexibilizado em lugares abertos e fechados, exceto em unidades de saúde e ônibus de alguns municípios.

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Com os números crescentes de infectados, o LeiaJá questinou o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) sobre a utilização de máscara durante os dois dias de aplicações do certame. À reportagem, a assessoria do Inep salientou que os participantes devem seguir as orientações do edital do Enem 2022. No documento, aponta-se que o o uso da máscara é obrigatório em "Estados ou municípios onde o uso do item em local fechado esteja liberado por decreto ou ato administrativo de igual poder regulamentar".

Entre março de 2020 e dezembro de 2021, morreram no Brasil mais de 4.500 profissionais da saúde pública e privada. Oito a cada dez entre os que morreram salvando vidas na pandemia eram mulheres. O levantamento divulgado na quinta (13), que cruza dados de fontes oficiais, foi feito especialmente para a Internacional de Serviços Públicos (PSI, Public Services International, da sigla em inglês), pelo estúdio de inteligência de dados Lagom Data.

A pesquisa faz parte de uma campanha documental da ISP que denuncia a situação de quatro países nos momentos mais intensos da pandemia de Covid-19. Além do Zimbábue, Paquistão e Tunísia, o Brasil foi escolhido pela abordagem negacionista do governo Bolsonaro. A ISP atua com o sistema das Nações Unidas em parcerias com a sociedade civil.

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“Faltaram equipamentos de proteção, oxigênio, vacinas, medicamentos, sobraram mensagens falsas e desaforadas do governo sobre a Covid-19, chocando o mundo. E até hoje os profissionais da linha de frente seguem desvalorizados no Brasil”, afirma Rosa Pavanelli, secretária-geral da ISP, que tem sua sede mundial em Genebra, e integra a Comissão de Alto Nível do Secretário-Geral da ONU sobre Emprego em Saúde e Crescimento Econômico.

A análise foi feita a partir do cruzamento de microdados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados e Registros de profissionais do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).

Os dados revelam que as mortes entre os profissionais brasileiros de saúde se avolumaram mais rapidamente do que o observado na população geral, especialmente nos meses em que faltaram equipamentos de proteção individual para esses trabalhadores. E o impacto da doença foi maior nas ocupações com menores salários e mais próximas à linha de frente: auxiliares e técnicos de enfermagem morreram proporcionalmente mais do que enfermeiros, e estes, proporcionalmente, mais do que os médicos.

“Apesar de os dados serem incompletos, é possível ver por meio deles o quanto os profissionais da saúde foram atingidos no começo da pandemia por estarem mais expostos”, comenta o jornalista de dados Marcelo Soares, responsável pela análise. “Com a prioridade dada a eles na vacinação, os dados também mostram como vacinar mais cedo derrubou as mortes antes do resto da população. ”

Quanto mais próximos aos pacientes esses profissionais trabalhavam, mais morriam: 70% dos mortos trabalhavam como técnicos e auxiliares de enfermagem; em seguida vieram os enfermeiros (25%) e por último os médicos (5%). Para se ter uma ideia, foram 1.184 enfermeiros mortos, o que pode ter impactado diretamente o atendimento de 21.300 pacientes. Pelas regras do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), cada enfermeiro atende até 18 pacientes e cada atendente, 9 doentes. Em Manaus, por exemplo, cada enfermeiro atendeu 40 pacientes com o auxílio de dois atendentes.

Dois terços dos profissionais de saúde que morreram durante a pandemia, provavelmente, não tinham contrato formal de trabalho, segundo cruzamento entre os dados do Ministério da Saúde e informações sobre desligamentos por morte no Novo Caged. Tanto nos dados oficiais de emprego formal quanto nos registros dos conselhos profissionais, médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem representavam 61%, 20% e 18% dos profissionais empregados – o que ilustra as desigualdades de exposição ao risco dentro das especialidades da área da saúde.

Ainda segundo a pesquisa, nos primeiros meses da pandemia, a curva do excesso de desligamentos por morte entre os profissionais da saúde era mais elevada do que a da totalidade das ocupações no Brasil. Ou seja, os profissionais da saúde morriam proporcionalmente mais. Em maio de 2020, as mortes excedentes chegaram ao dobro da média anterior.

Da mesma forma, quando finalmente o Brasil avançou na vacinação prioritária dos profissionais de saúde, a mortalidade entre eles caiu mais rápido do que na população em geral, que demorou mais meses para ser vacinada. Mortes poderiam ter sido evitadas se houvesse zelo ou empenho governamental, segundo a análise da ISP.

Em março de 2021, com uma confluência de fatores que iam da pressão pela volta precoce das atividades presenciais à lentidão do governo em avançar com a vacinação, as mortes de Covid explodiram no Brasil inteiro. Os profissionais da saúde sentiram esse impacto também, embora por menos tempo: o avanço da vacinação prioritária abreviou no setor o pior pico prolongado de mortes que já se viu no Brasil durante o período pandêmico.

Fonte: Agência Bori

Os impactos da pandemia na Educação do Brasil já são sentidos. O levantamento realizado pela ONG Todos Pela Educação aponta que, entre 2019 e 2021, houve um aumento de 66,3% de crianças, com seis e sete anos de idade, de acordo com o relato de pais e responsáveis, que não sabiam ler e escrever. A defasagem no âmbito da leitura e escrita, ainda segundo dados da pesquisa, reafirma a desigualdade entre alunos brancos e estudantes pardos e pretos.

Assim, os percentuais de crianças pretas e pardas, com seis e sete anos, que não sabiam ler e escrever, foram de 47,4% e 44,5%, em 2021. Já em 2019, período pré-pandemia, os números eram de 28,8% e 28,2%. O impacto educacional da crise sanitária é mais significativo em estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

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Em números, é possível perceber que as crianças mais pobres com carência na leitura e escrita subiram de 33,6% para 51% entre 2019 e 2021. Em contraponto, alunos mais ricos apresentaram, no mesmo período, um aumento que foi de 11,4% para 16,6%.

Em entrevista ao LeiaJá, a secretária executiva de gestão pedagógica da Secretaria Municipal de Educação do Recife, Juliana Guedes, explica que os reflexos da pandemia da Covid-19 não é apenas sentido na alfabetização, mas no “ciclo de construção do conhecimento, que precisa passar pela infantil, pelos anos iniciais até os anos finais do ensino médio”.

À reportagem, Juliana esclarece que os dois anos de afastamento dos alunos da rotina presencial escolar “fez com que a gente precisasse estabelecer uma série de novos planos para que essa situação fosse superada”, frisa. Na rede municipal de ensino do Recife, que possui cerca de 144 mil estudantes matriculados, sendo 17 mil crianças na educação infantil e quase 100 mil no fundamental, a volta ao modelo presencial foi seguida por ações diagnósticas, de acordo com a secretaria.

“Fizemos a nossa própria estratégia. Essas estratégias foram denominadas recomposição das aprendizagens (...) Estamos falando de recompor, de reorganizar. Porque a gente também não pode dizer que, nesses dois anos, os estudantes não aprenderam nada, até porque muito foi feito individualmente, com os esforços dos professores, das unidades escolares e também da família”, ressalta.

Esforço coletivo

Muitos foram os desafios enfrentados pela comunidade escolar no período pandêmico. Na Escola Municipal Pastor José Munguba Sobrinho, localizada no bairro do Jordão, na Zona Sul da capital pernambucana, a equipe gestora, professoras e família tiveram que se adaptar a uma nova realizada.

Com a instituição fechada, devido à alta de casos e mortes pelo novo coronavírus, a sala de aula deu espaço aos grupos do WhatsApp. “Nós fizemos grupos no WhatsApp e as professoras mandavam áudio, faziam vídeos. Durante uma hora de aula, as professoras estavam disponíveis no grupo e elas interagiam com os pais. Muitas vezes, as atividades envolviam gravação de vídeos e envio de áudio com a criança lendo algo ”, pontua Eleonora Maciel, vice-gestora da unidade, que conta com 14 turmas (educação infantil, fundamental 1 e Educação de Jovens e Adulto - EJA).

A falta do contato presencial entre os docentes e estudantes contribuiu, segundo a gestora da instituição, Rosinalva Monteiro, para a defasagem no processo de letramento das crianças. Com as atividades presenciais, a escola realizou sondagem para mensurar os impactos da crise sanitária e traçou estratégias para recompor o processo.

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“As professoras fizeram um trabalho constante. Na volta à escola, trabalhamos a leitura de forma lúdica. Em sala de aula, fizemos brincadeira com massa de modelar, colagem, leitura e se apresentava essas histórias através de dramatização e realização de eventos”, conta.

O esforço coletivo rendeu três prêmios para a Escola Municipal Pastor José Munguba Sobrinho pelos indicativos alcançados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco (Idepe) e Programa Primeiras Letras, iniciativa da Prefeitura do Recife.

“A gente vive em um contexto que ninguém dá nada por eles [alunos], não aposta alto neles, então, o plano inicial é o fracasso. Mas, eles estão aí para provar o contrário. Finalmente, a gente está começando a colher o que a gente plantou. Não é fácil não. Todo dia tem uma coisa, todo dia tem um contexto diferente e a gente vai chegando mais um degrau para continuar fazendo mais e mais”, destaca Rosinalva Monteiro.

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O Brasil registrou, desde o início da pandemia, 682.549 mortes por covid-19, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje (21) pelo Ministério da Saúde. O número total de casos confirmados da doença é de 34.284.864. Em 24 horas, foram registrados 5.079 novos casos. No mesmo período, foram confirmadas 113 mortes de vítimas do vírus.

Ainda segundo o boletim, 33.219.643 pessoas se recuperaram da doença e 384.672 casos estão em acompanhamento. O boletim de hoje não traz os dados atualizados no Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Roraima, Tocantins e dos óbitos em Mato Grosso do Sul. Os números em geral são menores aos domingos, segundas-feiras ou nos dias seguintes aos feriados em razão da redução de equipes para a alimentação dos dados. Às terças-feiras e dois dias depois dos feriados, em geral, há mais registros diários pelo acúmulo de dados atualizado.

De acordo com os dados disponíveis, São Paulo lidera o número de casos, com 5,99 milhões, seguido por Minas Gerais (3,86 milhões) e Paraná (2,72 milhões). O menor número de casos é registrado no Acre (148,4 mil). Em seguida, aparece Roraima (174,2 mil) e Amapá (177,9 mil).

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Em relação às mortes, de acordo com os dados mais recentes disponíveis, São Paulo apresenta o maior número (173.918), seguido de Rio de Janeiro (75.255) e Minas Gerais (63.389).

A Procuradoria-Geral da República (PGR) reiterou nesta sexta-feira, 19, o pedido para o Supremo Tribunal Federal (STF) arquivar parte das investigações abertas contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados do governo a partir das revelações da CPI da Covid.

A cúpula da comissão parlamentar insiste que, antes de encerrar o caso, o STF aguarde a Polícia Federal (PF) organizar o material que acompanhou o relatório final aprovado pelos senadores. Esse trabalho está sendo feito em uma outra frente de investigação, que também foi aberta a partir do relatório final da CPI da Covid e apura se Bolsonaro e seus aliados incitaram a população a descumprir medidas sanitárias de enfrentamento da pandemia.

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A vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo disse que usou fundamentos "sólidos" para pedir o arquivamento e que as medidas de investigação em andamento "não têm potencialidade para alterar o entendimento".

"Não há entre os procedimentos conexão instrumental ou relação de prejudicialidade apta a obstar o arquivamento da presente Petição", escreveu em manifestação enviada ao gabinete da ministra Rosa Weber.

Além de Bolsonaro, a investigação também atinge o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, seu antecessor, o general Eduardo Pazuello, e o ex-secretário Executivo da Pasta, Antônio Elcio Franco Filho, por suspeita de prevaricação na compra da vacina indiana Covaxin e na crise de oxigênio no Amazonas.

As suspeitas de irregularidades na negociação para a compra da Covaxin vieram a público na CPI da Covid. O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão do parlamentar, Luis Ricardo Miranda, que é servidor do Ministério da Saúde, disseram em depoimento à comissão parlamentar que o presidente ignorou alertas a respeito de suspeitas de corrupção no processo de aquisição do imunizante fabricado pelo laboratório Bharat Biotech. A PGR chegou a abrir uma investigação sobre o caso, antes mesmo da conclusão da CPI, mas decidiu encerrar o caso sem denunciar o presidente.

A investigação sobre a responsabilidade do Ministério da Saúde no desabastecimento de oxigênio hospitalar em Manaus, que causou a morte por asfixia de pacientes internados com covid-19, ainda não foi concluída. Uma ação de improbidade aberta contra Pazuello e outros servidores do alto escalão da pasta foi arquivada por causa da reforma na Lei de Improbidade aprovada pelo Congresso e sancionada em outubro do ano passado por Bolsonaro.

Um mercado de animais na cidade chinesa de Wuhan foi o epicentro da pandemia de Covid-19, segundo dois novos estudos publicados pela revista "Science" nesta terça-feira, que afirmam ter inclinado a balança no debate sobre a origem do vírus.

Responder se a doença surgiu naturalmente de animais para humanos ou se foi resultado de um acidente de laboratório é considerado vital para prevenir a próxima pandemia e salvar milhões de vidas.

O primeiro artigo analisou o padrão geográfico dos casos de Covid no primeiro mês do surto, em dezembro de 2019, e mostrou que as primeiras infecções se concentraram em torno do mercado Huanan. Já o segundo estudou a informação genômica dos primeiros casos para analisar a evolução inicial do vírus, concluindo que é improvável que ele circulasse amplamente entre humanos antes de novembro de 2019.

Ambos foram publicados anteriormente como"preprints", mas foram submetidos a revisão científica por pares e aparecem em uma revista de prestígio.

Michael Worobey, da Universidade do Arizona e coautor de ambos os artigos, havia pedido, em carta à comunidade científica, que esta fosse mais aberta à ideia de que o vírus foi resultado de um vazamento de laboratório. Mas as descobertas o levaram ao ponto em que ele acredita agora "que simplesmente não é possível que esse vírus tenha sido introduzido de qualquer outra forma que não mediante o comércio de animais silvestres no mercado de Wuhan", disse em conferência com jornalistas.

Embora a investigação anterior tenha se concentrado no mercado de animais vivos, os pesquisadores queriam mais provas para determinar se ele realmente teria sido a origem do surto, e não o seu propagador, o que exigiu um estudo em escala de vizinhança dentro de Wuhan, para garantir que o vírus era "zoonótico", ou seja, que passou de animais para pessoas.

A equipe do primeiro estudo usou ferramentas de mapeamento para determinar a localização da maioria dos primeiros 174 casos identificados pela Organização Mundial da Saúde, descobrindo que 155 deles estavam em Wuhan. Esses casos se concentravam ao redor do mercado, e alguns dos primeiros pacientes sem histórico recente de visita ao mercado moravam muito perto do mesmo.

Os mamíferos que hoje se sabe que são infecciosos eram todos vendidos vivos no mercado, segundo a equipe.

Duas linhagens

Também foram relacionadas amostras positivas de pacientes do começo de 2020 com as da parte oeste do mercado, que vendia animais vivos ou recém-abatidos no fim de 2019. Os primeiros casos contrastaram com a forma como se espalhou pelo restante da cidade entre janeiro e fevereiro, que os pesquisadores confirmaram analisando os dados de registro em redes sociais do aplicativo Weibo.

"Isso nos diz que o vírus não estava circulando cripticamente", ressaltou Worobey em comunicado. "Na verdade, ele teve origem nesse mercado, de onde se propagou."

O segundo estudo se concentrou em resolver uma aparente discrepância na evolução inicial do vírus. Os pesquisadores concluíram que, antes de fevereiro de 2020, existiam duas linhagens do vírus - A e B -, e que ambas foram resultado de dois eventos separados de transmissão para pessoas, os dois no mercado de Wuhan. Estudos anteriores sugeriram que a linhagem B havia evoluído a partir da A.

Sob esse cenário, provavelmente existiram outras transmissões de animais para pessoas no mercado, que não se manifestaram como casos de Covid. O estudo conclui que é pouco provável que houvesse circulação em pessoas antes de novembro de 2019.

"Nós refutamos a teoria de vazamento de laboratório? Não, não o fizemos. Algum dia saberemos? Não", ressaltou o coautor Kristian Anderson, do Scripps Research Institute. "Mas acredito que o verdadeiramente importante aqui é que existem cenários possíveis e cenários plausíveis, e é realmente importante entender que possível não significa igualmente provável."

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que foi vice-presidente da CPI da Covid, reagiu ao pedido de arquivamento das apurações contra o presidente Jair Bolsonaro no âmbito das investigações da comissão por parte da Procuradoria-Geral da República (PGR). O parlamentar afirmou que vai peticionar novamente o Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar o requerimento e pedir a abertura de um inquérito por prevaricação dos procuradores envolvidos no caso, se as denúncias de fato forem engavetadas.

Nesta segunda-feira (25), a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, pediu ao STF o arquivamento de denúncias contra o presidente e seus aliados, como as que atribuem a ele supostos crime de charlatanismo, prevaricação, crime de epidemia, infração de medida sanitária preventiva e emprego irregular de verbas ou rendas públicas.

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O relatório final da CPI da Covid imputou ao chefe do Executivo nove crimes, ao todo, além de sugerir outros 67 indiciamentos. As denúncias têm como base a gestão do governo federal ao longo da pandemia.

Além de contestar a decisão da vice-procuradora-geral, Randolfe disse que quer informar o STF o que chamou de "ação sorrateira" e "modus operandi" da PGR, que travou a abertura de inquérito com base no relatório da CPI e, segundo ele, teria evitado envolver a Polícia Federal no caso.

O senador também pediu a manifestação pessoal do procurador-geral Augusto Aras sobre as apurações e, caso o arquivamento seja de fato confirmado, sugeriu abertura de um novo inquérito contra ele e a vice-procuradora por prevaricação. A avaliação é que o requerimento teria sido feito por Araújo para evitar desgaste de Aras.

Em entrevista à Rede Globo, o senador Omar Aziz (PSD-AM), ex-presidente da CPI da Covid, também criticou a paralisação das investigações e voltou a acusar o presidente de charlatanismo, uma das imputações que a vice-PGR sugeriu ausência de crime. Segundo Lindôra, "não há indícios mínimos de que Bolsonaro detinha o conhecimento e o domínio epistemológico, à época, da suposta 'absoluta ineficácia' dos fármacos cloroquina e hidroxicloroquina no combate ao novo coronavírus".

Pernambuco registrou nas últimas 24 horas 3.666 novos casos de Covid-19. De acordo com o boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) nesta quarta-feira (6), entre os confirmados hoje, 33 (1%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 3.633 (99%) são leves.

Agora, Pernambuco totaliza 990.423 casos confirmados da doença, sendo 59.014 graves e 931.409 leves.

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Também estão sendo contabilizados seis novos óbitos, ocorridos entre 17 de maio e  4 de julho. Com isso, o Estado totaliza 21.898 mortes pela Covid-19. Os detalhes epidemiológicos serão repassados ao longo do dia pela Secretaria Estadual de Saúde.

 

Muitos pais questionam a necessidade de aplicar vacinas de rotina em seus filhos. Os adultos também estão se vacinando menos, inclusive com imunizações que contam com um longo histórico de segurança.

A tendência chega em meio a uma onda de desinformação sobre a covid-19 e as vacinas que ajudaram a conter as mortes por causa da pandemia. A politização dessas vacinas reafirmou o movimento contra elas, que contribuiu à queda na aplicação de doses contra o sarampo, a poliomielite e outras doenças perigosas.

"Perguntam se é realmente necessário ou se é possível vacinar depois", conta Jason Terk, porta-voz da Academia Americana de Pediatria. "Não se trata da maioria dos pais, mas estamos vendo um número maior", acrescenta Terk.

As taxas de imunização de rotina estão caindo e cresce a preocupação com o ressurgimento de doenças que foram erradicadas em muitas partes do mundo.

Nos Estados Unidos, a porcentagem de crianças em idade pré-escolar que têm as imunizações recomendadas caiu um ponto para 94% durante o ano letivo de 2020-2021, o que significa que quase 35.000 crianças não são vacinadas.

"Parece que a origem está na rejeição à vacinação contra a covid-19 e o aumento da desconfiança com as vacinas e os órgãos em que confiamos para nos manter sãos", aponta Terk.

Alguns estados registraram mudanças, especialmente durante o pico da pandemia: houve uma redução de 47% nos índices de imunização no Texas em bebês de cinco meses e uma queda de 58% em crianças de 16 meses de idade entre 2019 e 2020.

A publicação científica Vaccine reúne pesquisas que afirmam que esse declínio é resultado de restrições de confinamento e isenções de vacinas, mas também de "um movimento antivacina agressivo no Texas".

O estado de Washington relatou uma queda de 13% nas taxas de imunização infantil em comparação com os níveis pré-pandemia e a taxa de imunização infantil de Michigan caiu no ano passado para 69,9%, a menor da década.

- Os adultos também -

Os índices de vacinação em adultos e adolescentes também caíram em vacinas contra doenças como gripe, hepatite, sarampo, tétano ou herpes zóster, segundo a consultora de saúde Avalere, que analisa as demandas das seguradoras.

Isso levou à perda de aproximadamente 37 milhões de doses de vacinas desde janeiro de 2020 até julho de 2021 em adultos e crianças de sete anos ou mais, segundo as pesquisas da Avalere.

As redes sociais contribuíram para a criação de uma coalizão que inclui antivacinas, libertários e figuras políticas conservadoras. Atores de desinformação da Rússia e de outros lugares amplificaram esses segmentos, diz David Broniatowski, professor da Universidade George Washington e diretor associado do Instituto de Dados, Democracia e Política.

"As pessoas se opuseram às vacinas desde sua existência, mas se sofisticaram nos últimos 10 anos e boa parte disso deve-se à habilidade de se organizar a partir de vínculos estabelecidos nas redes sociais", explica Broniatowski.

"Uma das principais mudanças que vimos é uma mudança na concepção da vacinação per se de uma questão de saúde para uma questão política de direitos civis", acrescenta.

Em relação às teorias da conspiração que surgiram durante a pandemia, uma pesquisa do YouGov de 2021 descobriu que 28% dos americanos e um número significativo de pessoas em outros países acreditam que a verdade sobre os efeitos nocivos das vacinas está sendo "escondida deliberadamente".

As autoridades chinesas ordenaram o confinamento de 1,7 milhão de pessoas na província de Anhui (leste), onde foram registrados 300 novos casos de Covid-19 nesta segunda-feira.

A China é a última grande economia que mantém uma estratégia rígida contra o coronavírus, baseada em quarentenas e testes obrigatórios.

O surto de Anhui, onde as autoridades detectaram centenas de casos na semana passada, acontece no momento em que a economia chinesa começa a se recuperar de um confinamento de meses em Xangai e de restrições severas na capital, Pequim.

Dois condados da província - Sixian e Lingbi - anunciaram o confinamento de mais de 1,7 milhão de pessoas, que só podem sair de casa para passar por exames.

Imagens do canal estatal CCTV mostraram as ruas vazias em Sixian no fim de semana e pessoas em filas para a sexta operação de testes em larga escala nos últimos dias.

A província registrou 287 novas infecções na segunda-feira, incluindo 258 pessoas assintomáticas, segundo a Comissão Nacional de Saúde da China, o que eleva o total de casos detectados a pouco mais de 1.000.

A província vizinha de Jiangsu registrou 56 novos casos em quatro cidades nesta segunda-feira.

Embora os casos permaneçam reduzidos em relação à enorme população da China, as autoridades insistem que a política de "covid zero" é necessária para evitar uma calamidade nos serviços de saúde.

As secretarias estaduais e municipais de Saúde registraram 37.471.847 novos casos de Covid-19 e confirmaram 158 mortes por complicações associadas à doença em 24 horas. Os dados estão na atualização divulgada neste sábado (2) pelo Ministério da Saúde.

Com as novas informações, o total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus durante a pandemia soma 32.471.847.

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O número de casos de Covid-19 em acompanhamento está em 919.405. O termo é dado para designar casos notificados nos últimos 14 dias em que não houve alta, nem óbito.

Com os números de hoje, o total de mortes desde o início da pandemia chegou a 671.858. Ainda há 3.241 óbitos em investigação. As ocorrências envolvem casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi Covid-19 ainda demanda exames e procedimentos complementares.

Até agora, 30.880.584 pessoas se recuperaram da Covid-19. O número corresponde a 95,1% dos infectados desde o início da pandemia.

Estados

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, o estado que registra mais mortes por Covid-19, até o momento, é São Paulo, com 171.055 óbitos. Em seguida, aparecem Rio de Janeiro, com 74.157; Minas Gerais, com 62.170; Paraná, com 43.818.

Os estados com menos óbitos resultantes da doença são: Acre, com 2.004; Roraima, com 2.153 e Amapá, com 2.140.

Os estados do Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Roraima, Tocantins e o Distrito Federal não atualizaram os dados neste sábado. O estado de Mato Grosso do Sul não atualizou os óbitos.

Com o turismo em alta novamente na França, casos de covid-19 estão em alta. As autoridades francesas voltaram a "recomendar" o uso de máscaras , mas não querem evitar uma reedição de restrições sanitárias que podem afugentar visitantes ou reavivar protestos antigoverno.

As internações por coronavírus aumentaram nas últimas duas semanas, com quase mil pacientes com hospitalizados por dia, segundo dados do governo. A porta-voz do governo francês, Olivia Gregoire, disse que não há planos para reintroduzir regulamentações nacionais que limitem ou estabeleçam condições para reuniões em ambientes fechados e outras atividades.

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"O povo francês está cansado de restrições", disse ela na quarta-feira no canal BFMTV. "Estamos confiantes de que as pessoas vão se comportar com responsabilidade."

As eleições parlamentares da França no mês passado resultaram na perda de maioria do presidente Emmanuel Macron no Congresso ao mesmo tempo que partidos de extrema direita e extrema esquerda que protestaram contra as restrições sanitárias , vacinação e uso de máscaras ganharam assentos.

Os profissionais de turismo franceses esperam uma temporada de verão em expansão, apesar do vírus, com números que podem até superar os níveis pré-pandemia, já que os americanos se beneficiam do euro mais fraco e outros redescobrem as viagens ao exterior após mais de dois anos de uma existência mais circunscrita.

Na Riviera Francesa, uma lenta recuperação econômica começou no verão passado. Mas com a participação nas reuniões ainda limitada, as regras de distanciamento social e as restrições de viagem em vigor há um ano, a maioria dos visitantes da região ainda é francesa. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que o mundo perdeu em torno de US$ 3,5 trilhões em receitas por causa das restrições de viagens.

O governo suspendeu a maioria das restrições sanitárias em abril, e os turistas voltaram ao país.

Pedindo para não ter o nome divulgado, um guia turístico e motorista de táxi elétrico em Nice descreveu sua alegria ao ver turistas novamente. Durante os repetidos bloqueios da França, ela transportou trabalhadores de saúde e levou pessoas a hospitais para cuidar de parentes idosos ou fazer testes de covid.

Agora, passageiros ele transporta em sua bicicleta passageiros dos EUA, Austrália, Alemanha, Itália. Ele disse que ainda desinfeta diligentemente a bicicleta antes de cada passeio, "como se fosse 2020?.

A atriz Elizangela teria sido deixada de fora do elenco próxima novela das 21h da TV Globo, Travessia, após não querer se vacinar contra a Covid-19. A trama está sendo escrita por Glória Perez e marcará a estreia de Jade Picon no ramo da teledramaturgia.

Elizangela e a escritora já haviam trabalhado juntas em outras produções, como A Força do Querer. Segundo informações do colunista Gabriel Perline, a atriz teria sido convidada pessoalmente pela autora para integrar o elenco de sua nova obra. Contudo, o jornalista informa que ela foi barrada pela emissora.

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A TV Globo teria vetado a decisão devido aos seus rígidos protocolos de segurança sanitária da emissora em relação a imunização. A artista não teria apresentado a carteira de vacinação com os comprovantes das quatro doses da vacina contra a covid-19 dentro do prazo estabelecido pela emissora e acabou sendo dispensada de sua participação na trama. Quem deverá ficar agora com o papel é Luci Pereira.

A cidade chinesa de Xangai não registou neste sábado (25) nenhuma nova infecção por Covid-19 pela primeira vez desde março, quando eclodiu um forte surto ligado à variante ômicron que levou a um longo e severo confinamento da sua população.

"Não houve novos casos domésticos confirmados de Covid-19 e nenhuma nova infecção assintomática em Xangai em 24 de junho de 2022", disse o governo da cidade de 25 milhões de pessoas em comunicado.

Em março, as infecções começaram a se multiplicar na capital econômica do país, que acabou decretando um confinamento severo por dois meses. O bloqueio, criticado pela população que luta para obter alimentos e cuidados médicos, foi levantado parcialmente no início de junho, embora o retorno à normalidade tenha sido dificultado pelo restabelecimento das restrições em alguns distritos.

Há duas semanas, milhões de pessoas foram novamente confinadas temporariamente quando o governo municipal lançou uma campanha de testes em massa em algumas áreas. Enquanto isso, a capital Pequim fechou escolas e escritórios por semanas devido a outro surto que as autoridades dizem ter sido contido na semana passada.

A secretaria municipal de educação indicou neste sábado que todos os alunos do ensino fundamental e médio poderão voltar às aulas a partir de segunda-feira, embora professores, alunos e pais devam primeiro passar por um teste de PCR. A capital registrou apenas duas novas infecções neste sábado.

Por seu lado, Shenzhen, uma grande cidade industrial do sul do país, anunciou hoje que vai encerrar durante três dias os mercados atacadistas, cinemas e ginásios de um distrito que faz fronteira com Hong Kong, depois de detectar casos de Covid -19 nessa cidade.

A China é uma das maiores economias do mundo que continua aplicando a chamada estratégia "zero covid" para erradicar o vírus com base em restrições a viagens internacionais, quarentenas, testes em massa e confinamentos severos. As autoridades insistem que esta política é necessária para evitar um colapso do sistema de saúde devido à distribuição desigual de recursos médicos e as baixas taxas de vacinação dos idosos.

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