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Para dar fôlego ao mercado de veículos após o colapso causado pela pandemia, o governo Lula anunciou um programa de descontos na compra do carro zero ainda no primeiro semestre de 2023. O objetivo de destravar o setor repercutiu na alta procura por carros populares e a medida acabou antes do esperado.

O programa financiado pelo governo federal ofereceu descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil para carros de até R$ 120 mil. A estimativa é que cerca de 125 mil veículos foram vendidos em menos de um mês, sendo 95 mil para pessoas físicas.

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A previsão era que os carros populares ficassem mais baratos por quatro meses, mas os recursos destinados ao programa esgotaram em menos de um mês. A alta demanda por descontos fez o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio de Serviços, Márcio Rosa, classificar a medida como “sucesso absoluto”.

O projeto se estendeu de junho a julho devido à alta demanda e, de acordo com o vice-presidente Geraldo Alckmin, última semana de junho foi o período de maior venda de veículos leves na última década, alcançando a marca de 27 mil carros emplacados no dia 30, índice considerado o maior já registrado.

Durante a vigência, as vendas de carros novos subiram em 24,46%. É o que aponta o levantamento da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). Em junho, 142.017 unidades foram vendidas, enquanto 176.742 foram emplacadas em julho. Comparados os meses de julho de 2022 e 2023, houve o aumento de 30%.

O governo federal investiu R$ 800 milhões em recursos públicos para a indústria automobilística. Desses, R$ 500 milhões fomentaram a compra de carros zero por pessoas físicas, R$ 160 milhões facilitaram a aquisição para empresas e R$ 150 milhões foram usados para cobrir a perda de arrecadação em impostos.

Ainda de acordo com a Fenabrave, 1.720.834 automóveis novos foram vendidos no ano passado. O índice representa o aumento de 9,13% em relação a 2022, quando foram vendidas 1.576.902 unidades. Somados os carros leves e comerciais leves, foram vendidos 2.179.363 automóveis novos em 2023. O comparativo com 2022 indica o aumento de 11,3% em vendas.

A federação se mostra confiante para 2024 e projeta o crescimento de 12% do mercado de veículos novos. A expectativa é que 2.440.887 unidades sejam emplacadas ao longo do ano. 

A PlayStation, em conjunto com a Sony, anunciou nesta segunda-feira (03) os planos envolvendo o jogo Horizon Zero Dawn, lançado oficialmente em 2017. De acordo com o site MP1st, uma remasterização, também conhecida como remake, está em desenvolvimento pelo estúdio.

A nova versão do jogo terá melhorias gerais na jogabilidade e aprimoramentos visuais significativos, como iluminação mais rica, texturas novas e reformuladas e melhores animações. Além disso, as opções de acessibilidade e de aparência dos personagens será mais alinhada com a sequência do jogo, Horizon Forbidden West.

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Ainda não existem informações se este será um projeto nos mesmos moldes do remake de The Last of Us Part 1 que, em teoria, aplicou grande parte das mudanças já citadas acima.

Outra novidade divulgada pela Guerrilla Games inclui um novo modo de jogo no estilo multijogador, que se passa no mundo de Horizon para PlayStation 5 e PC. No entanto, os detalhes divulgados param por aí, prometendo novos anúncios para os próximos dias.

As informações divulgadas foram corroboradas pelo site VGC, que acrescentou detalhes sobre o remaster. Segundo o portal, o projeto contará com elementos co-op, colocando jogadores para enfrentar as máquinas gigantescas de forma cooperativa. 

A cidade chinesa de Xangai não registou neste sábado (25) nenhuma nova infecção por Covid-19 pela primeira vez desde março, quando eclodiu um forte surto ligado à variante ômicron que levou a um longo e severo confinamento da sua população.

"Não houve novos casos domésticos confirmados de Covid-19 e nenhuma nova infecção assintomática em Xangai em 24 de junho de 2022", disse o governo da cidade de 25 milhões de pessoas em comunicado.

Em março, as infecções começaram a se multiplicar na capital econômica do país, que acabou decretando um confinamento severo por dois meses. O bloqueio, criticado pela população que luta para obter alimentos e cuidados médicos, foi levantado parcialmente no início de junho, embora o retorno à normalidade tenha sido dificultado pelo restabelecimento das restrições em alguns distritos.

Há duas semanas, milhões de pessoas foram novamente confinadas temporariamente quando o governo municipal lançou uma campanha de testes em massa em algumas áreas. Enquanto isso, a capital Pequim fechou escolas e escritórios por semanas devido a outro surto que as autoridades dizem ter sido contido na semana passada.

A secretaria municipal de educação indicou neste sábado que todos os alunos do ensino fundamental e médio poderão voltar às aulas a partir de segunda-feira, embora professores, alunos e pais devam primeiro passar por um teste de PCR. A capital registrou apenas duas novas infecções neste sábado.

Por seu lado, Shenzhen, uma grande cidade industrial do sul do país, anunciou hoje que vai encerrar durante três dias os mercados atacadistas, cinemas e ginásios de um distrito que faz fronteira com Hong Kong, depois de detectar casos de Covid -19 nessa cidade.

A China é uma das maiores economias do mundo que continua aplicando a chamada estratégia "zero covid" para erradicar o vírus com base em restrições a viagens internacionais, quarentenas, testes em massa e confinamentos severos. As autoridades insistem que esta política é necessária para evitar um colapso do sistema de saúde devido à distribuição desigual de recursos médicos e as baixas taxas de vacinação dos idosos.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta terça-feira, 7, que vai buscar acordo com a oposição para que duas Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que podem reduzir o preço dos combustíveis sejam votadas diretamente no Plenário da Casa.

Uma delas, anunciada na segunda-feira pelo governo federal, diminui tributos federais e estaduais que incidem no diesel e no gás de cozinha.

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O outro texto, detalhado nesta terça pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) visa "manter a competitividade" do etanol com uma possível redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do combustível.

"Fiz um apelo inicialmente por acordo com a oposição. A gente tem que se desnudar de palanque de oposição e situação e ver se os projetos trazem efeitos para quem está na ponta", disse Lira, que, no entanto, ainda não haver acordo. "Quando o texto chegar, aí vamos sentar na mesa porque podem sair boas proposta da oposição para melhorar o texto."

O acordo reduz o tempo de tramitação das PECs porque elas não passariam por comissões, sendo apreciadas diretamente no Plenário das Casas Legislativas.

Ainda segundo Lira, as propostas devem ser votadas antes do recesso parlamentar.

Para ser aprovada na Câmara, uma PEC precisa de 308 votos em dois turnos.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta terça-feira, 7, que há um "clamor" pela redução dos preços dos combustíveis. O parlamentar ponderou, contudo, que vai ouvir os governadores em relação ao projeto de lei que fixa um teto de 17% para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre energia elétrica e combustíveis.

"Vamos buscar compatibilizar a necessidade de preservar o direito do consumidor de ter um preço do combustível minimamente justo com a responsabilidade fiscal", declarou o senador em entrevista coletiva.

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Ele vai se reunir na noite desta terça com um grupo de governadores e na quarta-feira de manhã com outro.

Mais cedo, o presidente do Senado fez uma reunião com o relator da proposta do teto de ICMS, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), e com líderes partidários da Casa. De acordo com Pacheco, essas lideranças entendem que as iniciativas para reduzir o preço dos combustíveis "precisam ser refletidas".

O presidente do Senado disse também que Bezerra tem conversado com os secretários de Fazenda dos Estados.

O relator deve apresentar nesta quarta-feira seu parecer, assim como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), anunciada na segunda, para compensar a perda de arrecadação de Estados que zerarem o ICMS sobre diesel e gás de cozinha. As votações podem ocorrer na próxima segunda-feira, 13.

Conforme apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o governo vai incluir no projeto do teto de ICMS um dispositivo que reduz a zero as alíquotas de PIS/Cofins e Cide sobre a gasolina e etanol, medida também anunciada na segunda pelo Palácio do Planalto.

O senador Fernando Bezerra (MDB-PE) anunciou nesta terça-feira, 7, que o "pacote de combustíveis" acordado entre governo e Congresso vai incluir uma segunda Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para "manter a competitividade" do etanol na redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Como adiantado pelo Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mais cedo, o parlamentar negociava com o senador Fábio Garcia (União Brasil-MT) medidas para proteger o setor de biocombustíveis.

O senador explicou que a PEC visa manter a mesma proporcionalidade que existe hoje entre o ICMS cobrado na gasolina e do ICMS que incide no etanol.

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"É um comando constitucional para que as leis possam obedecer que se vai dar um estímulo aos combustíveis renováveis", explicou ele. "Será dado esse comando para os Estados", acrescentou.

A ideia inicial, antes de surgir a nova PEC, era incluir no projeto do teto de ICMS uma emenda que estabeleceria alíquota de ICMS do etanol em 11%.

Esse porcentual equivale a 60% da alíquota da gasolina, que seria de 17%. Uma outra emenda iria prever isenção de PIS/Cofins, tributos federais, na cadeia do etanol. Bezerra não explicou se essas mesmas medidas serão incluídas na nova PEC.

"Estamos apresentando uma PEC para manter a competitividade que o etanol tem hoje comparado com a gasolina, eventuais outras discussões temos que analisar nas emendas", disse Bezerra, em entrevista coletiva.

Os termos diet, light e zero são normalmente associados a alimentos pouco calóricos. Mas nem sempre é assim. A expressão mais antiga, diet, ficou associada a alimentos próprios para portadores de diabetes por não conterem açúcar. Mas isso também não é regra. A Agência Brasil entrevistou a nutricionista Tatiane Cortes Roso, para esclarecer dúvidas sobre a diferença entre os três tipos de alimentos.

Diet

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Tatiane explica que os alimentos diet são regulamentados pela Portaria/MS 29, de 13 de janeiro de 1998 - o Regulamento Técnico de alimentos para fins especiais. “Produtos diet são direcionados para pessoas com dietas especiais para certas doenças, como diabetes, hipertensão, obesidade, dislipidemia. Então é a redução de algum nutriente. Por exemplo, retiram o sódio de uma batata frita, como a gente vê no mercado, e substituem por cloreto de potássio”.

Normalmente os alimentos diet têm redução de componentes como açúcar, gordura, proteína ou outros. Mas Tatiane alerta que nem sempre a redução dos nutrientes é total. “Pode haver residual de açúcares e gorduras totais no produto de, no máximo, 0,5g por 100g/ml”, ressalta.

Esses alimentos são indicados para pessoas com restrições alimentares ou que não querem consumir algum desses ingredientes. Dessa forma, não basta o rótulo dizer que determinado alimento é diet. É preciso que o rótulo especifique qual nutriente foi retirado ou substituído no produto.

Tatiane afirma ainda que nem sempre o produto diet é menos calórico do que o tradicional. Em um iogurte, por exemplo, a indústria reduz o teor de gordura, mas acrescenta amido, açúcares e espessantes para substituir as gorduras totais.

Light

Um alimento light é aquele que tem redução de pelo menos 25% de algum componente, que pode ser açúcar, gordura, sódio ou outros. Dessa forma, o conteúdo energético normalmente é reduzido quando comparado com o tradicional de referência. “Então, não basta só alegar que o produto foi reduzido em algum nutriente, é preciso compará-lo com uma versão convencional do mesmo alimento. Assim, o consumidor saberá se realmente houve redução em nutrientes e/ou valor energético”, diz a nutricionista.

Os alimentos light são regulamentados pela Resolução RDC 54, de 12 de novembro de 2012 da Anvisa- o Regulamento Técnico sobre Informação Nutricional Complementar. Nesse caso, as orientações são para o público em geral.

Os produtos light costumam ser indicados em dietas para emagrecer. No entanto, Tatiane ressalta que para que a redução de peso aconteça, a quantidade ingerida deve ser similar à que se comeria do produto normal. “Um grande erro é exagerar no consumo do produto light e acabar ganhando peso”, afirma.

Zero

Já o termo zero é usado quando o alimento não tem algum componente. Pode ser zero açúcar, zero gordura, zero sódio, entre outros. No entanto, esse produto não tem adição de outro nutriente para repor o sabor, diferentemente do diet. Quando o alimento é zero açucar, ele pode ser consumido por pessoas portadoras de diabetes. Grande parte dos produtos zero é reduzida em calorias e açúcares, podendo ser utilizada tanto por pacientes com diabetes quanto por quem deseja perder peso.

“Uma pessoa com diabetes pode consumir alimento light? Sim, mas ela vai ter que olhar no rótulo se houve redução de açúcares. E se o açúcar foi substituído pelo adoçante, no caso dos portadores de diabetes. No caso da pessoa hipertensa tem que checar se houve redução no sódio, por exemplo. É importante que as pessoas aprendam a ler o rótulo”, orienta Tatiane.

O passageiro da linha 48, de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, que viralizou nas redes sociais depois de ameaçar soltar um rato no coletivo, disse que a atitude foi uma "brincadeira". O homem, identificado como MC Zero, aparece em vídeos divulgados nas redes sociais, informando que, na verdade, estava apenas levando o hamster para dar de presente ao neto.

"A brincadeira surgiu só por uma brincadeira mesmo, teve maldade nenhuma não. Estava levando o rato para dar de presente para meu neto", comenta MC Zero em um dos vídeos.

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Uma amiga do MC no Facebook disse que, no episódio do ônibus, ele estava sendo "brincalhão como sempre". "Tudo não passou de uma simples brincadeira dentro do ônibus; para descontrair essa tensão que vivemos diariamente em meio a pandemia do covid-19. Onde já se viu assaltar com um rato (hamster)", escreveu ela, em uma postagem de um grupo de moradores de Niterói na rede social.

O caso

Circula nas redes sociais um vídeo que mostra o momento no qual MC Zero ameaça soltar um rato, preso em uma gaiola, em um coletivo, caso não recebesse dinheiro. A ação assustou os passageiros. "Eu pedi R$ 50 do Rio do Ouro até o Largo da Batalha para tomar um latão (de cerveja). Tudo bem, eu vou baixar o preço. Quem não me der R$ 5 vou soltar meu amiguinho”, comenta ele.

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Apenas 53 candidatos que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no ano passado obtiveram nota mil na Redação. O número de participantes que conseguiram nota máxima no teste escrito vem caindo ano a ano. Em relação a 2014, a queda é de quase 80%. Os resultados individuais dos estudantes foram divulgados nesta quinta-feira (18), pelo Ministério da Educação (MEC).

A estudante cearense Debora Valença, de 19 anos, foi uma entre os poucos candidatos que comemoraram a nota máxima ontem. "Fui olhar de manhã e quase não acreditei. Foi muita felicidade", conta a aluna, que pretende cursar medicina em uma universidade federal do Ceará.

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Debora explica que fazia, em média, duas redações por semana para treinar. Todos os textos eram corrigidos por professores e, assim, ela conseguia identificar as falhas. "A Redação faz muita diferença na nota", diz ela, que estuda no Colégio Ari de Sá, um dos mais bem posicionados do Brasil em relação à nota no Enem.

O tema do teste no ano passado, que foi "Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil", não significou problema para Debora. "Já tinha ouvido falar e tinha feito uma redação sobre educação inclusiva."

Mas, para o coordenador do Curso Poliedro em São Paulo, Vinicius Haidar, o assunto pode levar a uma hipótese para explicar a queda no número de notas mil. "Não foi um tema comum, esperado. E para ter uma nota máxima é preciso bagagem cultural", diz.

Em 2014, 250 candidatos conseguiram nota mil. Em 2015, foram 104, e em 2016, 77. Para Maria Inês Fini, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), não se pode comparar os dados. "As populações que fazem o exame são totalmente diferentes."

Apesar da queda de notas máximas, a média dos participantes em redação subiu em relação a 2016: de 541,9 para 558,0 pontos. Mas o número de participantes que zeraram o texto aumentou: foram 309 mil, ante 292 mil no ano passado. O principal motivo foi a fuga ao tema.

Segundo Maria Inês, 205 candidatos desrespeitaram os direitos humanos na redação. O Inep, no entanto, foi proibido de zerar esses textos, como ocorria nas edições anteriores do exame, após decisão judicial.

Outras áreas

Houve piora no desempenho médio dos alunos em Linguagens e Códigos, que cobra questões de interpretação de texto, e em Ciências Humanas, com testes de história, geografia, filosofia e sociologia. Por outro lado, as notas subiram em Matemática e Ciências da Natureza, que envolve Biologia, Física e Química.

Para Marcelo Dias, coordenador do Curso Etapa, é possível que a separação da prova em dois dias tenha causado impacto nas notas. Pela primeira vez, o Enem foi aplicado em dois domingos. No primeiro, alunos realizaram testes de Humanas mais a redação. Ambos exigem alto grau de leitura, o que contribui, segundo Dias, para o cansaço dos estudantes.

De acordo com Haidar, uma das explicações possíveis para a melhora em matemática é o fato de a prova ter sido realizada no segundo domingo. "Deu tempo para uma revisão, uma descansada."

O MEC ainda divulgou ontem as datas do Enem deste ano. As provas serão aplicadas nos dias 4 e 11 de novembro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Na manhã desta quinta-feira (18) o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e o Ministério da Educação (MEC) divulgaram números relativos ao Enem 2017, junto com os resultados individuais dos estudantes que já concluíram o ensino médio. 

Nesta edição, das 4,72 milhões de redações que foram corrigidas, apenas 205 perderam os 200 pontos da competência cinco, que fala sobre o respeito aos direitos humanos. O MEC e o Inep se envolveram em uma batalha judicial depois que foi aprovado um projeto de lei que proibia a anulação da redação que defendesse teses contrárias aos direitos humanos. 

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Após recurso no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministério não conseguiu reverter a decisão pois na visão da presidente da corte, Cármen Lúcia, a postura do MEC ao atribuir nota zero configura “intolerância estatal” e, na opinião dela, “sensibiliza-se para os direitos humanos com maior solidariedade até com os erros pouco humanos, não com mordaça". 

Outros dados 

Em comparação à edição de 2016, o número de redações que obtiveram nota zero teve um crescimento de 17.351 na edição de 2017 do exame, ao mesmo tempo em que também houve uma redução no número de textos que receberam nota mil, havendo 24 notas máximas a menos que no último ano. 

A média geral de notas, no entanto, teve uma elevação quando comparada ao Enem 2016, com um aumento de 16,1 pontos. Se observar a série histórica da média das notas dos treineiros, que são alunos que ainda não concluíram o Ensino Médio, o crescimento da nota foi mais significativo: aumentou em 27,4 pontos. 

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O Brasil se comprometeu, junto ao Acordo de Paris, a zerar o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030, mas bem antes disso, até 2020, tem de conseguir reduzir em cerca de 70% os níveis atuais de perda da vegetação - dois resultados que parecem difíceis de alcançar considerando a flutuação observada nos últimos cinco anos. Diante desses desafios, um grupo de oito ONGs brasileiras apresentou um roteiro de como o País poderia não só cumprir esses compromissos, como zerar completamente o desmatamento.

Anunciado em meio à Conferência do Clima da ONU, que ocorre em Bonn (Alemanha), o relatório "Desmatamento zero na Amazônia: como e por que chegar lá" se vale do fato de que o desmatamento é hoje, e historicamente, a principal fonte de emissões de gases de efeito estufa do País. No ano passado, quando o corte da floresta esteve em alta de 27%, a mudança do uso do solo representou 51% de todas as emissões do País.

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De agosto do ano passado a julho deste ano, a situação melhorou um pouco e a taxa de desmatamento caiu 16%, mas, conforme alerta a análise, a média de perda observada entre 2013 e 2017 foi 38% maior que a de 2012, o menor nível histórico.

Para chegar àquele nível, foram anos de quedas consecutivas que reduziram a taxa de desmatamento em mais de 80% desde o nível máximo, de 2004. Mas de lá para cá, não só não foi possível cair mais como em alguns anos houve altas expressivas, como entre 2014 e 2016.

Para as organizações, os resultados obtidos até 2012 indicam que o Brasil já tem os elementos para alcançar o desmatamento zero, mas é preciso implementar as políticas públicas. "Sabemos o caminho, muitas medidas foram adotadas para chegar à taxa mais baixa, mas desde então estamos na direção certa? Deveríamos estar caindo ainda mais para chegar aos 3.900 km2 prometidos para 2020. E estamos enfrentando um momento político difícil, com medidas sendo discutidas no Congresso, como tentativas de reduzir unidades de conservação, o que pode elevar o desmatamento", disse Cristiane Mazzetti, do Greenpeace.

Os pesquisadores e ambientalistas sugerem um caminho de ações, recomendando quem deveria fazer o quê. "Os elementos para chegar lá já existem, mas precisamos de novas maneiras de agir, ações urgentes e mais ambiciosas tanto dos governos federal e estaduais quanto de companhias que trabalham com cadeias de produção ligadas ao desmatamento e investidores", complementa Cristiane.

Além de retomar e melhorar as políticas públicas e os mecanismos de comando e controle, um dos caminhos citados no relatório é melhorar a economia florestal - o clássico fazer a floresta em pé valer mais que ela no chão.

Ela cita como exemplo o impulso que houve no preço do açaí quando houve investimento nesse sentido, saltando 77% entre 2011 e 2016. De acordo com o documento, a extração de produtos florestais rendeu cerca de R$ 3 bilhões em me´dia de 2015 e 2016, dos quais R$ 1,8 bilhão são oriundos da exploração de madeira e R$ 537 milhões de extração de açaí.

Talvez a ação considerada mais importante é o combate à grilagem de terras públicas. "Uma coisa que precisamos entender é que temos também o bom exemplo sobre como controlar isso que é usar a própria floresta remanescente como ferramenta", diz Paulo Moutinho, pesquisador sênior do Ipam.

"Há 70 milhões de hectares na Amazônia de floresta pública não destinada para nenhum tipo de uso pelo governo. Se fizermos como no passado - designar áreas públicas para unidades de conservação ou de uso sustentável dos recursos naturais - podemos interromper imediatamente os níveis de desmatamento ali", recomenda.

Moutinho lembra que essa ação pode colaborar também para manter o clima local equilibrado. "Pesquisas recentes mostram que a retirada de floresta altera o regime hídrico. Então para o agronegócio, a melhor forma de garantir o cultivo nos próximos anos é investir em conservação, porque vai preservar a água para a agricultura", afirma.

É com esse tipo de dado que os ambientalistas esperam conduzir novos diálogos com a bancada ruralista no Congresso para tentar encampar um aumento das unidades de conservação.

Paulo Barreto, do Imazon, lembrou também do papel da sociedade nesse processo. "Foi a forte reação da sociedade civil que conseguiu neste ano fazer o governo voltar atrás em duas áreas que queria reduzir. É preciso essa ajuda para desmantelar políticas ruins e dar suporte às boas", diz.

As ONGs que realizaram o relatório são Greenpeace, Instituto Centro de Vida, Imaflora, Imazon, Instituto Socioambiental, IPAM, TNC e WWF.

* A repórter viaja como bolsista do fellowship Climate Change Media Partnership.

Mais de 291 mil candidatos zeraram a redação ou tiveram a prova anulada no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), edição 2016. Em coletiva de imprensa realizada em Brasília, a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini, também deu detalhes dos motivos que fizeram esses candidatos perderam a prova. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), mais de 6 milhões de pessoas participaram do Enem.

De acordo com a presidente do Inep, um dos motivos para o zero ou anulação foi fuga ao tema. Ao todo, 46.854 candidatos não seguiram a temática sugerida na prova. Em 2016, duas temáticas foram indicadas, uma sobre combate à intolerância religiosa e luta contra o racismo.

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Além disso, foram apontados como motivos para os resultados ruins o não atendimento das características do texto dissertativo, cópia do texto base, falta de respeito com os direitos humanos, entre outros. Em relação a esse último ponto, mais de 4 mil candidatos apresentaram proposições que ferem os direitos humanos.

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Levantamento divulgado nesta sexta-feira (14) pelo Ministério da Educação (MEC) traz um dado alarmante. No Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do ano passado, cerca de 10 mil redações tiveram nota zero por propostas de intervenção social que violavam os direitos humanos. O critério, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep),  responsável pela organização da prova, foi responsável por anular 20% dos textos.

De acordo com o MEC, instigar a violência, defender “justiça com as próprias mãos” e exaltar a “lei do olho por olho, dente por dente” são algumas das abordagens que desrespeitam os direitos humanos. Determinação prevista no edital do Enem desde 2013 diz que, mesmo que o candidato tenha uma boa escrita, esses tipos de ideias são amplamente desconsiderados durante a avaliação.    

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“Em 2015, com o tema 'A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira', as redações que receberam nota zero apresentavam propostas de ações discriminatórias e que atentavam contra a integridade física ou moral das mulheres. Sugerir castigos para comportamentos femininos e para os infratores de leis de proteção à mulher, como linchamento, mutilação, tortura e execução sumária, também foram propostas identificadas nas redações”, informou o MEC, conforme informações do site oficial.

O diretor de direitos humanos e cidadania da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, Daniel Ximenes, acredita que o respeito aos direitos humanos deve ser perpetuado em todos os cenários sociais. “Isso deve ser combatido em todas as formas de expressão, inclusive nas redações do Enem. A educação em direitos humanos tem como objetivo central a formação para a vida e para a convivência, com o respeito ao outro, em uma relação dialógica entre toda a comunidade escolar”, comentou, conforme informações da assessoria de imprensa. 

Durante a prova de redação, o candidato precisa analisar com cuidado e refletir acerca do tema proposto. Os estudantes, além de respeitarem os direitos humanos, precisam seguir algumas regras para não zerarem a prova. “A redação do Enem receberá nota zero se fugir ao tema; não obedecer à estrutura dissertativo-argumentativa; ter extensão de até sete linhas; for cópia do texto motivador; usar impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação; for deliberadamente desconectada ao tema proposto e for entregue em branco (ainda que haja texto escrito na folha de rascunho)”, informa o MEC.

Mais de 53 mil redações tiveram nota zero no Enem 2015. Entre as dicas para um bom texto estão respeito ao tema proposto, conhecimento dos mecanismos linguísticos, proposta que respeita os direitos humanos e domínio da língua escrita.

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Durante os Jogos do Rio-2016 não foi detectado qualquer caso de zika entre os atletas nem entre os demais participantes do evento olímpico, informou nesta sexta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS), destacando, ao mesmo tempo, que o Brasil continua sendo o país mais afetado pela epidemia.

"O Brasil indicou que, durante os Jogos Olímpicos e depois que os Jogos acabaram, não foi detectado nenhum caso de atleta ou participante infectado por zika", informou à imprensa o presidente do comitê de emergências da OMS para o zika, o dr. David Heymann.

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"Pode ser que alguns casos se apresentem agora ou depois dos Jogos Paralímpicos", destacou, por sua vez, o diretor do Programa de Gestão de Situações de Emergência Sanitária da OMS, Peter Salama.

Ele ressaltou, no entanto, que mesmo que possa agora haver alguns casos, não se poderá dizer que os Jogos tenham sido um fator que acelerou a propagação da doença.

Em fevereiro, a OMS havia decretado uma emergência de saúde pública de alcance internacional e reafirmou nesta sexta que cerca de 70 países contam com casos de zika desde 2015.

Seis anos, oito meses e 28 dias. O jejum de vitórias brasileiras na Fórmula 1 chega nesta segunda-feira ao período mais longo da história, recorde que totaliza 125 corridas e acaba de superar o segundo hiato mais longo, marcado pelas temporadas seguintes à morte de Ayrton Senna, em 1994. No próximo domingo, no GP do Canadá, os dois pilotos brasileiros do grid atual terão outra chance de encerrar o tabu iniciado em setembro de 2009.

Curiosamente, o GP da Itália daquele ano, a última vitória brasileira na Fórmula 1 teve como protagonista o mesmo piloto responsável por encerrar o jejum da era pós-Senna. Rubens Barrichello, então na Brawn, largou em quinto lugar em Monza para subir ao degrau mais alto do pódio. Meses antes ele tinha vencido o GP da Europa, em Valência, que valeu ao Brasil o 100º triunfo na história da categoria.

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O retrospecto vitorioso dos brasileiros na Fórmula 1 começou com Emerson Fittipaldi, vencedor do GP dos Estados Unidos em 1970. O bicampeão mundial em 1972 e 1974, subiu pela última vez ao degrau mais alto do pódio em 1975, mesmo ano em que José Carlos Pace repetiu o feito. A partir de 1980, com Nelson Piquet, e anos mais tarde, com Senna, o Brasil viveu o auge.

A alternância de vitórias da dupla terminou com a vitória de Senna no GP da Austrália de 1993. A volta do Brasil ao protagonismo só foi em 2000, quando, já na Ferrari, Barrichello largou em 18º lugar para depois vencer o GP da Alemanha, em julho daquele ano. Até então, o resultado encerrava o maior jejum nacional na categoria, período que nesta segunda-feira chega a novo recorde.

Apesar de ser a terceira nação com mais vitórias na categoria, atrás apenas de Reino Unido e Alemanha, o Brasil passa por um período difícil. Se entre 2000 e 2009 Barrichello e Felipe Massa ganharam juntos 22 GPs e foram vice-campeões mundiais três vezes, o hiato iniciado há exatos seis anos, oito meses e 28 dias trouxe aspectos tristes para o automobilismo brasileiro.

Em 2013 e 2014, por exemplo, o País teve como único representante na categoria Felipe Massa. Antes disso, a última vez em que apenas um brasileiro esteve na categoria foi em 1971, com Emerson Fittipaldi. Desde 2015 Felipe Nasr passou a integrar a Sauber e aumentar a expectativa da torcida por resultados.

Na atual temporada os pilotos brasileiros têm enfrentado dificuldades e ainda não subiram ao pódio. Massa conseguiu pontuar em todas as corridas, teve como melhor resultados dois quintos lugares e é o sétimo no campeonato. Já Nasr ainda não conseguiu pontuar em 2016.

Confira os jejuns do Brasil na Fórmula 1:

- Desde 13/09/2009 não ganha corridas;

- Antes, viveu jejum de vitórias entre 7/11/1993 (Senna no GP da Austrália) e 30/7/2000 (Barrichello no GP da Alemanha);

- O terceiro maior período sem triunfos foi entre 1975 e 1980: vitória de Emerson Fittipaldi na Grã-Bretanha até triunfo de Nelson Piquet nos Estados Unidos.

Aberta em dezembro na Fundação Iberê Camargo de Porto Alegre, a exposição Zero, que reúne 24 artistas europeus e latinos direta ou indiretamente ligados ao movimento homônimo alemão, criado em 1957, chega em março a São Paulo. A mostra será montada na Pinacoteca do Estado com obras históricas assinadas pelos fundadores do Zero, Heinz Mack e Otto Piene, ambos vivos, e de artistas que tiveram seus nomes vinculados às propostas revolucionárias da dupla alemã, entre eles o francês Yves Klein (1928-1962), o italiano Piero Manzoni (1933- 1963), o argentino Lucio Fontana (1899-1968), o venezuelano Jesús Rafael Soto (1923-2005) e os brasileiros Almir Mavignier e Lygia Clark (1920-1988).

Com curadoria da historiadora de arte Heike van den Valentyn, de Colônia, a mostra integra o calendário da Temporada Alemanha + Brasil 2013- 2014, contando com a parceria do Goethe-Institut da Alemanha e apoio do Ministério NRW e Pro Helvetia. É uma rara oportunidade de comprovar a convergência das propostas do Zero e da arte brasileira de tendência concretista. A relação, porém, não é direta, como bem observa o crítico Paulo Venancio Filho no catálogo da mostra, especialmente se for considerado o período em que surge o Zero, quando o Brasil assume o papel de satélite da cultura norte-americana, escapando aos poucos da influência europeia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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No futebol moderno, a bola parada é uma arma imprescindível na busca pelo gol. E, por isso, vários técnicos comandam, insistentemente, treinos de jogadas ensaiadas e faltas.  Só que no Náutico, na Série A deste ano, este artifício não foi bem utilizado. Ou melhor, não foi utilizado. Já se foram 33 rodadas do torneio – faltando cinco para ao fim – o Timbu não conseguiu balançar as redes em bolas paradas. Nem de pênalti. Aliás, o Alvirrubro é o único clube do Campeonato Brasileiro que não sofreu penalidade máxima.

A ausência de um verdadeiro cobrador é o principal motivo para este desempenho pífio do Náutico. Em 2012, havia Souza, que não teve um bom aproveitamento, mas marcou alguns gols. Já em 2013, ninguém assumiu o posto. Tiago Real, Peña, Bruno Collaço, Rogério, Martinez e Derley tentaram e não conseguiram um mísero tento de falta.

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Oportunidades não faltaram para o Timbu quebrar esse jejum. Nos 33 jogos, os alvirrubros sofreram mais de 350 faltas de acordo com dados do Footstats. Claro que nem todas foram próximas da área, mas um número considerável de oportunidades foi desperdiçado pelos atletas.

Sem cobrador de faltas, as bolas alçadas à área também foram escassas e isso justifica apenas os três gols de cabeça. E das 20 vezes em que os alvirrubros balançaram as redes, 15 foram de dentro da área. O que mostra a grande dificuldade em marcar longe da barra.

O desempenho do Supremo Tribunal Federal (STF) em virtude ao julgamento do mensalão não tem sido nada bom na opinião dos recifenses. Entre os dias 26 e 27 de setembro, o Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) colheu opinião de 626 pessoas da capital pernambucana e constatou que a maioria dos entrevistados deu nota zero para o desempenho do órgão no julgamento dos políticos. 

Em menos de um mês da votação no caso mensalão em que o ministro do STF, Celso Mello, acabou adiando a definição dos réus, a sociedade avalia de forma negativa a votação e o processo como um tudo. Segundo o IPMN, 31,6% das pessoas entrevistadas avaliaram como péssima a atuação do órgão. Outras 24,9% acharam regular e 21,9% ruim. Já os que avaliaram de forma positiva, 13% disseram bom e apenas 7,1% excelente.

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Outros dados exibidos na amostra se referem à nota merecida para a atuação do STF. Das 56,3% pessoas que disseram que conhecem o julgamento do mensalão, 35,4% deu nota zero, 12,9% responderam cinco e seis, 9,9% pontuaram com a nota sete, 8% com a nota oito, 2,3% disseram nove a apenas 3,4% falaram a maior nota: dez.

Para o analista político Maurício Romão, a avaliação dos entrevistados mostra o histórico de impunidade, pouca efetividade da justiça e prevaricação em relação aos crimes políticos. “Nós estamos vendo ai os jornais mostrando corrupção, mostrando licitações públicas irregulares, acordos cartelizados, roubo de dinheiro público, salários exorbitantes em algumas instâncias políticas, então, todo esse contexto gera esse inconformismo”, avaliou.

Romão acredita que a nota atribuída na pesquisa reflete justamente indignação das pessoas na demora de efetivações de punições aos culpados. “A nota zero ao desempenho da corte é o reflexo deste contexto. Neste caso, o STF está pagando pelo conjunto da situação da justiça brasileira como um todo. Não é de se estranhar a avaliação dura da população”, argumentou.

Já o Doutor em direito constitucional e mestre em política, Álvaro Azevedo, não se pode generalizar a avaliação sobre a justiça. “A gente não pode dar nota zero, porque algo foi feito e a gente estar esperando que algo aconteça. Pela perspectiva do direito o que eu vejo é que a gente não pode resolver um problema desrespeitando o estado democrático. A ideia é que eu não posso violar uma garantia da Constituição, para de fato, acelerar o processo de mensalão”, opinou o doutor em relação o direito de defesa dos réus. 

Para Azevedo é necessário se fazer algo sólido até porque, apesar da demora, a justiça não é uma coisa imediata. “Existe uma tendência muita rápida da gente ver um erro e já querer uma punição, e de repente, isso não acontece. Mas a gente não pode estar violando um estado de direito como era na época da ditadura militar, mesmo para aquela pessoa que a gente sabe que estar errada”, justificou.

Ainda de acordo com o mestre em política, o fato que deve ser levado em consideração no julgamento do mensalão é a apuração do quanto os réus estão culpados, para só então, puni-los de forma adequada. “Não é uma questão de verdadeiro ou errado. Precisamos saber o quanto ele (o réu) é culpado para que possa responder na medida de sua culpa. Mas no geral, vimos de forma positiva (o julgamento). Pode ser o inicio de novos tempos porque nunca na história do Brasil se viu isso antes”, ressaltou Azevedo.

*Foto: José Cruz/ABr

O Ministério da Educação (MEC), através do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), anunciou, nessa quarta-feira (2), os números referentes à correção de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2012. De acordo com informações do MEC, foram corrigidas 4.113.558 redações.

Do total das corrigidas, 1,82% estavam em branco e 1,76% obtiveram nota zero. Segundo o MEC, texto insuficiente ou com cópia do texto motivador são algumas das causas para a falta de nota. Sobre os encaminhamentos das redações, para um terceiro corretor, foram encaminhados 20,10% textos, o que correspondente a 826.798. Já para a banca examinadora, o índice ficou em 2,43 % do total de redações, ou seja, 100.087.

“Os números ficaram dentro do previsto nas simulações realizadas por técnicos do Cespe/UnB (Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília) e pela comissão de especialistas do Inep, composta por pesquisadores e membros da Associação Brasileira de Avaliação (Abav)”, avaliou o presidente do Inep, Luiz Claudio Costa, de acordo com o MEC.



 

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