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Autoridades de saúde na Noruega disseram que duas mulheres grávidas tiveram teste positivo para o vírus zika, após viagens para a América Latina. O Instituto Norueguês de Saúde Pública testou recentemente dezenas de pessoas para o vírus, em sua maioria mulheres grávidas.

De acordo com o diretor da Divisão de Controle de Doenças Infecciosas do instituto, Jon Arne Roettingen, até agora três testes deram positivo. Dois deles eram de grávidas e o outro era de um homem. Todos visitaram áreas atingidas pelo vírus na América Latina.

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Roettingen disse que não podia dizer se o vírus havia afetado a gravidez das mulheres de alguma maneira. Segundo ele, elas estavam sob forte acompanhamento de agentes de saúde. Pesquisadores investigam se o vírus está ligado a defeitos em crianças de mulheres que contraíram o vírus durante a gravidez. Fonte: Associated Press.

Pesquisadores e instituições se comprometeram com a divulgação gratuita de futuras descobertas sobre o zika, uma prática incomum nos círculos científicos justificada pela urgência de saber mais sobre o vírus e erradicar a epidemia.

Em declaração conjunta, as revistas Nature, Science e The Lancet, a Academia Chinesa de Ciências, o Instituto Pasteur, a Fundação Bill e Melinda Gates e a agência de pesquisa médica japonesa, estimam que as informações sobre o vírus são "uma ferramenta crucial na luta contra esta emergência sanitária".

"Os signatários irão divulgar online com acesso gratuito todo o conteúdo sobre o zika vírus", segundo o comunicado. Na maioria dos casos, o zika é benigno e assintomática. Às vezes provoca sintomas leves do tipo gripal (febre, dor de cabeça, dores musculares). Suspeita-se que quando afeta uma mulher grávida seja responsável por causar malformações congênitas no feto, incluindo microcefalia (circunferência da cabeça anormalmente pequena, prejudicando o desenvolvimento intelectual e físico das crianças).

Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a explosão de casos de malformações congênitas constitui uma "emergência de saúde pública de alcance global". Os pesquisadores signatários da declaração comum notam que irão divulgar tanto dados preliminares de suas pesquisas quanto os resultados finais "o mais rápido e amplamente possível". Normalmente, a publicação de dados científicos ou resultados de um estudo ocorre no final de um longo processo. E os resultados não são compartilhados antes de ser publicados em uma revista científica.

"No contexto de emergência sanitária, é imperativo disponibilizar todas as informações que possam ajudar a combater esta crise", dizem os signatários, entre os quais também incluem a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), The New England Journal of Medicine, as revistas PLoS Science e o conselho de pesquisa médica sul-africano.

Os especialistas concordam que há mais incógnitas do que informações cientificamente comprovadas em torno do zika vírus que afeta a América Latina, especialmente Brasil, Colômbia e Caribe. Tenta-se, em particular, estabelecer a ligação entre o zika e a microcefalia, além de saber em que medida o vírus afeta o feto. Não há atualmente nenhuma vacina ou tratamento contra o zika.

As lindas bromélias do jardim não significam o mesmo para a dona de casa e para o agente caça-mosquitos que rastreia nas folhas desta planta a presença do inimigo. "Aqui tem uma larva!", exclama Márcio Hoglhammer, um dos agentes de saúde da cidade de São Paulo que se dedicam à caça ao Aedes aegypti.

Este mosquito é o mais famoso vetor de alguns vírus, como os da febre amarela, dengue, chikungunya e o zika, que provoca temores por seu vínculo com uma explosão de casos de bebês nascidos com microcefalia no Brasil e em outros países da América Latina.

São desconhecidos ainda muitos aspectos do vírus, e não está claro se ele pode ser transmitido de pessoa a pessoa. Os cientistas estudam se pode haver contágio por via sexual, através da saliva e da urina, e suspeitam de que o zika esteja por trás de um aumento de síndromes neurológicas como a Guillain-Barré.

O agente mostra a espécie de seringa com a qual retirou a água armazenada entre as folhas côncavas e, olhando contra a luz, explica: "Encontrei uma larva de Aedes aegypti. Esta planta é um grande criadouro". "Eu lhes recomendo que, se não vão cuidar desta planta como é necessário, melhor a trocarem por outras. O mosquito não precisa ter uma selva, mas sim plantas específicas para se reproduzir", explicou o agente à surpresa dona de casa, Juliana Matuoka, 43 anos, que ainda se recupera da dengue que teve no final de janeiro.

Casa por casa

O Brasil declarou situação de emergência de saúde pública em novembro passado, após constatar um aumento inédito de casos de bebês nascidos com microcefalia no nordeste, que, depois, foi vinculado à circulação do vírus zika na mesma região.

A partir desse momento, o governo anunciou um plano nacional de combate ao Aedes aegypti que, entre outras medidas, ampliou de 43.000 para quase 310.000 a quantidade de agentes de saúde que inspecionam domicílios em todo o país para identificar possíveis criadouros do mosquito, aplicar veneno contra larvas em cisternas, piscina e caixas d'água, e informar os habitantes sobre as medidas de prevenção.

No elegante bairro de Alto Pinheiros, no oeste da cidade, um grupo de agentes da prefeitura de São Paulo acompanhados de jovens militares percorrem as casas. Querem verificar se há criadouros de mosquitos, se as famílias estão em risco de contrair um vírus ligado ao Aedes aegypti e orientá-las sobre o combate a este inseto.

Até agora, a mais rica cidade brasileira é mais atingida pela dengue do que pelo vírus zika, que está presente, sobretudo, nos estados mais pobres e quentes do nordeste do país. Mas como o vetor é o mesmo, as autoridades esperam que esta campanha funcione também como prevenção, diante de um vírus que se expande rapidamente.

Mais de 30% das casas do país já foram visitadas por agentes de saúde e militares para combater o mosquito, em torno de 20,7 milhões de imóveis, anunciou nesta sexta-feira o Ministério da Saúde.

As operações realizadas em São Paulo nesta semana são similares às que ocorrerão em todo o Brasil no sábado 13 de fevereiro, dia de mobilização nacional contra o mosquito e quando 220.000 militares das três Forças Armadas irão casa por casa para informar aos cidadãos como lutar contra o mosquito inimigo.

Efetividade incerta

Hoglhammer disse que há alguns dias,com uma equipe de cinco ou seis pessoas, visitou quase 300 casas em um único dia, mas, ainda assim, trata-se de um trabalho de formiga, de eficácia incerta.

As equipes de combate ao mosquito Aedes aegypti já operam há anos em São Paulo, mas, ultimamente, o serviço "está sobrecarregado", reconhece Hoglhammer. "Não sei se temos grande alcance", comenta, sobre a eficácia deste tipo de operação em um país de 200 milhões de habitantes.

Além das visitas casa por casa, as ruas de certos bairros com focos mais propícios para o mosquito estão sendo fumegadas.

Mas nem assim está garantida a eliminação dos insetos: o veneno mata as espécies adultas que estão circulando, mas é muito difícil que alcance os ovos ou larvas que estão se formando, por exemplo, entre as folhas de uma bromélia no quintal de uma casa.

Em meio a todo o clima de alegria, o Carnaval também tem virado aquele momento do ano para reforçar os cuidados de prevenção contra as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). O período, com tantas festas, pode deixar alguns foliões descuidados, sem se atentar para a quantidade de doenças espalhadas por aí.

Para este ano, o alerta ganha ainda mais força. Na manhã desta sexta-feira (5), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou que foi constatada a presença do vírus zika, com potencial de provocar infecção, em amostras de saliva e de urina. Já estavam sendo investigados no mundo casos de possíveis transmissões de zika através de relações sexuais

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Os últimos dados do Ministério da Saúde sobre DST e AIDS no Brasil apontam que o país bateu recorde de pessoas em tratamento com antirretrovirais em 2015: 81 mil brasileiros começaram a se tratar, um aumento de 13% em relação a 2014, quando 72 mil pessoas aderiram aos medicamentos. Confira o resumo da zika e as DSTs mais conhecidas:

Zika – O zika vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue e chikungunya. Entre os sintomas estão dor articular moderada, possibilidade de conjuntivite, coceira moderada ou intensa, febre baixa e manchas no corpo. A doença está relacionada com o grande aumento de casos de microcefalia. O zika também está associado a problemas neurológicos, como a Síndrome de Guillain-Barré.

AIDS – Causada pelo HIV, o vírus da imunodeficiência humana. A doença ataca o sistema imunológico, que defende o organismo de doenças. Ter HIV não é a mesma coisa que ter AIDS. Muitos soropositivos podem viver anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença – mas podendo transmitir o vírus por relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. 

Atualmente a AIDS está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 19,7 casos a cada 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 40 mil novos casos por ano. Segundo dados do Ministério da Saúde, desde o início da epidemia de AIDS no Brasil, em 1980, até junho de 2015 foram registrados no país 798.366 casos.

HPV – O condiloma acuminado, também conhecido como verruga genital, crista de galo, figueira ou cavalo de crista, é uma DST causada pelo Papilomavírus humano (HPV). Existem mais de 100 tipos de HPV, com alguns podendo causar câncer, principalmente no colo do útero e no ânus. A principal forma de transmissão é pela via sexual. 

Herpes – Doença que não tem cura, mas tem tratamento. Seus sintomas são geralmente bolhas que se rompem e viram feridas. Os sintomas podem reaparecer com estresse, cansaço, esforço, febre, exposição ao sol, traumatismo, uso prolongado de antibióticos e menstruação. 

Além das DSTs, o folião deve tomar cuidado com outras doenças. Por exemplo, a mononucleose, ou doença do beijo, que costuma ser contraída pelo beijo ou contato íntimo com alguém já infectado. Outras doenças como conjuntivite e tétano também exigem a atenção dos carnavalescos. 

Campanha - O Ministério da Saúde vai distribuir cinco milhões de preservativos masculinos, femininos e sachês de gel lubrificante nos estados de Pernambuco, Bahia, Pará, Ceará, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. O Homem Camisinha, personagem criado para a campanha de carnaval deste ano, estará nas ruas entre escolas de samba, blocos e trios elétricos. No ano passado, o ministério distribuiu 574 milhões de preservativos. 

Quase 10.000 pessoas a mais morreram em 2014 nos Estados Unidos por causa do Alzheimer em comparação com 2013, um aumento significativo, de 8,1%, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira.

As autoridades mundiais de saúde haviam advertido que os casos de Alzheimer - a forma mais comum de demência - disparariam nos próximos anos com o aumento da população idosa.

Mas permanece o debate sobre se os dados mostram um aumento real nas mortes por Alzheimer ou apenas um registro melhor desta doença como causa de morte. O aumento de 8,1% foi o maior na lista das 10 principais causas de morte nos Estados Unidos, segundo o Centro Nacional de Estatísticas de Saúde.

As mortes por Alzheimer passaram de 84.767 em 2013 a 93.541 em 2014, disse um porta-voz do Centro à AFP. Segundo Marc Gordon, um pesquisador sobre Alzheimer e chefe de Neurologia no Hospital Zucker Hillside de Nova York, os dados são provenientes da informação registrada em certidões de óbito.

"Não está claro se mais gente está morrendo da doença de Alzheimer ou se a doença de Alzheimer é crescentemente reconhecida pelos clínicos como causa de morte", indicou Gordon, que não participa do estudo do Centro de Estatísticas. Também houve um aumento nas taxas de mortes por ferimentos não intencionais (2,8%), suicídios (3,2%) e acidentes vasculares cerebrais (0,8%).

As principais causas de morte, as doenças cardiovasculares, caíram 1,6%, enquanto as mortes por câncer diminuíram 1,2% e por pneumonia e gripe baixaram 5%.

Nesta segunda-feira (20), o Ministério Público Federal (MPF) em Caruaru divulgou que entrou com ação civil pública contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). No documento, o órgão é obrigado a realizar, “em prazo razoável”, perícia médica em beneficiários que dependem de avaliação de incapacidade para concessão de benefício. 

Agências da Previdência Social de vários municípios – Belo Jardim, Bezerros, Cachoeirinha, Caruaru, Gravatá, Jataúba, Jurema, Sanharó, São Joaquim do Monte e Surubim – serão contempladas pela ação ajuizada pelos procuradores Luiz Antônio Amorim e Natália Lourenço Soares. A Justiça intimou o INSS para fornecer, no prazo de 10 dias, informações sobre as causas do aumento do tempo de espera para agendamento de perícia médica nas agências.

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De acordo com informações levantadas pelo MPF, a gerência de Caruaru é a com o maior tempo médio de espera de atendimento de perícia médica do Brasil: superior a 100 dias. O tempo de espera, em determinados municípios, pode chegar a mais de seis meses. Alterando este contexto, o Ministério Público requer que o Instituto Nacional garanta a realização das perícias num prazo de até 15 dias, a partir da data do requerimento do segurado. 

A avaliação de incapacidade por que passam os beneficiários são realizadas para concessão do auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, pensão por morte a incapazes e benefício de prestação continuada às pessoas com deficiência. 

Com informações do Ministério Público Federal em Pernambuco

Entre 1º de janeiro e 7 de julho deste ano, o estado do Rio de Janeiro notificou 66 surtos de caxumba com o registro de 606 casos, contra 561 em 2014. O consultor científico do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), pediatra Reinaldo Menezes Martins, disse, porém, que não há razão para alarme com o aumento de 45 casos nos primeiros seis meses de 2015. Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde.

Segundo Martins, o Ministério da Saúde está avaliando a situação com as secretarias. "É sempre indesejável que isso ocorra, mas não vejo motivo para tanta celeuma, até porque o que está acontecendo aqui não é privilégio do Brasil”, afirmou o especialista.

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O médico ressaltou que o que está ocorrendo agora no Brasil já foi verificado na Europa e nos Estados Unidos. “A vacina contra caxumba, dentro da tríplice viral, que cobre sarampo, caxumba e rubéola, é a que mais tem falhas vacinais. Isso é sabido. Não é uma coisa nova. Muitos surtos já foram investigados nos Estados Unidos e na Europa.”

De acordo com Martins, estudos do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos indicam que a eficácia da primeira dose da vacina contra a doença varia de73% a 91%, aumentando para a faixa entre 79% e 95% na segunda dose. Ele disse que, como naquele país a notificação da doença é obrigatória, o que não ocorre no Brasil, os números refletem a realidade.

Depois que se utilizou a vacina de caxumba em larga escala nos Estados Unidos, o número de casos caiu, destacou o médico. “Lá a caxumba é de notificação obrigatória, e fica fácil verificar, aqui entre nós, que os registros são falhos, até porque não existe notificação obrigatória.”

O consultor científico da Bio-Manguinhos acrescentou que os percentuais comprovam que, mesmo com as duas doses, não há proteção completa. No entanto, chama a atenção que, apesar das falhas vacinais e dos surtos que ocorrem, a eficácia da vacina foi comprovada nos Estados Unidos. “Comparando os casos de caxumba antes e depois da introdução da vacina, o número caiu de uma maneira muito acentuada. Não se consegue eliminar a doença. Há falhas vacinais, mas, no cômputo geral, é uma vacina bastante efetiva contra a caxumba.”

Martins explicou que a notificação não é obrigatória no Brasil porque, comparada a outras doenças, a caxumba é uma infecção relativamente benigna, que até pode causar meningite, mas, na maioria dos casos não deixa sequelas. Além disso, há outras doenças que podem provocar inflamação da glândula parótida, que fica embaixo da orelha e, em alguns casos, é um dos sintomas da caxumba: “Nem toda caxumba incha a parótida. Isso é um problema. E também há inflamação da parótida que não é causada pelo vírus da caxumba.”

O pesquisador destaca ainda que a segunda dose da vacina faz falta. Inicialmente, a indicação no Brasil era de aplicação da tríplice viral em crianças com até 12 meses e a segunda dose, entre os 4 e os 4 anos de idade, mas, como se verificou que nesta segunda faixa etária, a cobertura vacinal era muito baixa, o prazo foi alterado para 15 meses na segunda dose. “Aproximamos para melhorar a cobertura da tríplice viral.”

O Bio-Manguinhos é responsável pelo processamento final, com a rotulagem e a distribuição das vacinas para os postos de saúde do país. Segundo o médico, os laboratórios particulares produzem vacinas que foram avaliadas pelo instituto, e o resultado do produto foi semelhante.

Em 2013 o Bio-Manguinhos processou e distribuiu 28,89 milhões de doses da tríplice viral e 1,49 milhão da tetravalente viral, que inclui a catapora. No ano passado, foram 11,6 milhões de doses da tríplice e 3,22 milhões da tetravalente.

Crianças com águas na altura dos joelhos, adolescentes às braçadas nas poças acumuladas pela chuva. A cena não foi rara de se ver na Região Metropolitana do Recife (RMR), desde a intensa chuva iniciada no fim da noite de domingo (28). Por trás das brincadeiras despretensiosas, um risco eminente. É a partir de junho que os casos de leptospiroses são mais registrados no Estado. 

Do início do ano até o dia 13 deste mês, 151 casos da doença foram notificados pela Secretaria Estadual de Saúde. Foram 15 confirmações, duas mortes e 49 casos descartados. Se comparado com o mesmo período de 2014, houve significante redução de 57,3% (354 casos). No ano passado, 22 pessoas foram vítimas da assustadora doença transmitida, primordialmente, pelos ratos. 

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“Outros roedores podem transmitir, mas impacto na população são mesmo os ratos. Às vezes as pessoas só ligam a doença a pontos de grandes alagamentos, mas aquela poça no quintal de casa, sem pretensões, se estiver perto de lixo, pode oferecer mais risco do que uma rua alagada”, advertiu o médico Demetrius Montenegro, chefe do setor de Infectologia do Hospital Oswaldo Cruz. Aquelas “peladas” com os amigos, em campos com poças de água, também podem ser um cenário perfeito para a contaminação. “Principalmente os homens jogam, caem, se ferem, e pisam nas poças que, se contaminada, pode levar à doença”. 

A leptospirose é transmitida pela urina do rato em contato com o organismo humano. Manifestações mais sutis da enfermidade se assemelham a um quadro de gripe, composto por dores no corpo, febre e coriza. Entretanto, a doença pode se agravar e chegar à forma ictérica, aquela na qual os pacientes ficam com olhos amarelados, disfunção renal e até mesmo hemorragias pulmonares. A taxa de letalidade, nestes casos, é alta e um diagnóstico precoce pode salvar vidas. 

Diretor-médico do hospital Jayme da Fonte, o clínico Carlos Brito alerta que os sintomas iniciais da leptospirose pode ser facilmente confundidos com os da dengue. “A febre, as dores no corpo são semelhantes à dengue, mas é preciso o diagnóstico correto, porque o tratamento para as duas doenças são diferentes”, afirmou Brito. Para evitar equívocos, a orientação dos especialistas é que os possíveis pacientes busquem tratamento o mais rápido possível, se notarem evolução no quadro de dores e febres. 

Mais da metade dos fumantes e ex-fumantes que são considerados saudáveis ​​por conseguirem passar por um teste de capacidade respiratória, na verdade sofrem de doenças pulmonares crônicas - de acordo com um estudo divulgado nesta segunda-feira.

"Os efeitos do tabagismo crônico nos pulmões e na saúde em geral são muito subestimados", afirmou James Crapo, professor de medicina no National Jewish Health (NJH) de Denver (Colorado, oeste dos Estados Unidos).

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"As doenças pulmonares são frequentes entre os fumantes cujos testes de capacidade respiratória deram resultados normais", comentou o médico sobre um estudo publicado nesta segunda-feira pela revista especializada norte-americana JAMA Internal Medicine.

Ao levar em consideração outros critérios clínicos relacionados a algumas funções físicas e respiratórias, e após realizar exames com um scanner, os autores determinaram que 55% dos participantes do estudo que foram declarados saudáveis na verdade sofrem diversas formas de doenças pulmonares crônicas.

O estudo se baseou em 8.872 indivíduos com idades entre 45 e 80 anos que fumaram pelo menos maço de cigarros por dia durante dez anos. A maior parte deles fumou durante uma média de 35 anos, e alguns até 50 anos.

O scanner determinou que 42% dos participantes - cujos pulmões pareciam saudáveis no teste de capacidade respiratória - sofria enfisema ou espessamento das vias respiratórias.

Cerca de 23% deles apresentava um espessamento acentuado das paredes respiratórias, em comparação com 3,7% de pessoas que nunca fumaram.

Em termos gerais, tanto os fumantes como os ex-fumantes têm uma qualidade de vida bastante pior que aquelas que nunca fumaram.

Muitas destas pessoas estão provavelmente nas fases iniciais de uma doença pulmonar obstrutiva crônica, como enfisema e bronquite crônica. Ambas são a terceira causa de morte nos Estados Unidos, de acordo com os investigadores.

Estas doenças incuráveis ​​raramente ocorrem em pessoas com menos de 55 anos.

Uma pesquisa recente mostrou que o exame com scanner para pessoas que fumaram um maço de cigarros por pelo menos 30 anos pode permitir claramente detectar câncer de pulmão precoce e reduzir a mortalidade em 20%.

Um exame mais cedo de doenças pulmonares crônicas também pode permitir melhorar os sintomas e a qualidade de vida, afirmam os pesquisadores.

"Esperamos que este estudo ajude a desmascarar o mito do fumante que está em boa saúde e aumentar a conscientização sobre a importante prevenção do tabagismo", disse Elisabeth Regan, professora assistente de medicina no NJH.

Neste sábado (6) é comemorado o Dia Nacional do Teste do Pezinho, maneira que ficou conhecida de chamar a triagem neonatal: exame que possibilita o diagnóstico de algumas doenças a partir da retirada de algumas gotas de sangue do recém-nascido. Este procedimento é essencial para que o bebê possa ser tratado precocemente. Contudo, menos de 20% dos meninos e meninas triados chegam aos serviços de saúde no tempo oportuno (entre o 3º e 5º dia de vida).

Atualmente, em Pernambuco, quatro doenças podem ser descobertas com o teste e duas delas, se não tratadas a tempo, podem deixar sequelas irreversíveis na criança, como retardo mental. Apesar do risco, dados de 2014 apontas que do total de crianças que fizeram o teste do pezinho naquele ano, apenas 19,93% foram triadas no período ideal.

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O percentual de exames feitos em 2014, mesmo que tardiamente, aumentaram em relação aos anos anteriores. Dos 143.076 bebês nascidos em Pernambuco, 102.825 (71,8%) fizeram o teste do pezinho. Mas, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, ainda é preciso ampliar para que todos os nascidos em Pernambuco sejam testados.

“O teste do pezinho é gratuito e está disponível em mais de 200 postos de coleta distribuídos em 180 municípios pernambucanos. Quando algum recém-nascido tem resultado suspeito para alguma das doenças triadas, há uma articulação com a atenção primária do município e o posto de coleta. O objetivo é a busca ativa do recém-nascido, visando a confirmação do diagnóstico, o tratamento e o acompanhamento”, afirma a coordenadora estadual de Triagem Neonatal da SES, Telma Costa.

Para fazer o teste, os pais ou responsável devem levar um documento de identificação com foto, a certidão de nascimento da criança ou declaração de nascido vivo entregue pela maternidade na alta (via amarela) e o comprovante de residência. O exame fica pronto em até dez dias após o recebimento da amostra.

A Secretaria Estadual de Saúde em Pernambuco divulgou uma lista com informações sobre as doenças que podem ser acusadas no exame, bem como os locais de tratamento. Confira abaixo:

DOENÇAS

DOENÇA FALCIFORME – é uma das doenças hereditárias mais comuns no Brasil e apresenta já nos primeiros anos de vida manifestações clínicas importantes, o que representa um sério problema de saúde pública no país. O diagnóstico precoce possibilita a instituição de medidas profiláticas diminuindo complicações e óbitos. Quanto mais precoce for o diagnóstico, melhor a qualidade de vida e maior sobrevida do paciente. A forma mais comum e grave da doença é a homozigótica SS, denominada anemia falciforme. 

FENILCETONÚRIA – é uma doença genética causada pela ausência ou diminuição da atividade de uma enzima que metaboliza o aminoácido fenilalanina presente no leite e em outros alimentos protéicos. Sem essa enzima, os níveis de fenilalanina aumentam no organismo, se acumulam e causam lesão cerebral, ocasionando retardo mental irreversível. A base do tratamento é o controle da quantidade de fenilalanina que pode ser ingerida para manter os níveis deste aminoácido dentro de valores não prejudiciais ao cérebro. 

HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO – é causada pela produção baixa ou mesmo nula do hormônio tireoidiano, a doença é considerada a causa mais comum de retardo mental evitável. Caso não haja diagnóstico precoce nem tratamento, a principal sequela do hipotireoidismo congênito é o retardo mental irreversível.

FIBROSE CÍSTICA – Doença hereditária mais freqüente na população branca. As alterações características da doença são suor com concentração de cloreto de sódio acima dos níveis normais (suor salgado), secreções viscosas e espessas, além de maior suscetibilidade a infecções de repetição nas vias aéreas e de colonização crônica por algumas bactérias. Devido a essas características é também conhecida como mucoviscidose ou doença do beijo salgado.

TRATAMENTO 

A rede de acompanhamento e tratamento encontra-se estabelecida no Hospital Barão de Lucena (fenilcetonúria e hipotireoidismo congênito), Hemope (doença falciforme e outras hemoglobinopatias) e no Imip (fibrose cística).

Com informações da assessoria. 

 

Dengue, chikungunya, zika vírus. A “doença misteriosa” que assola os estados nordestinos, desde o final de 2014, continua uma incógnita para os órgãos de saúde pública. Os sintomas, semelhantes, deixam o paciente com febre, manchas vermelhas, coceira. Especialistas da Região Metropolitana do Recife concordam em uma questão: o zika vírus precisa continuar a ser levado em consideração nas avaliações médicas. 

“Por enquanto, o zika vírus não pode ser descartado. Porque, para se ter uma epidemia, é precisa três elementos: ter o vírus circulante, o vetor e uma população suscetível. Destes, só não temos a confirmação do vírus, então é preciso continuarmos atentos”, afirmou o infectologista Luciano Arraes, do Hospital Oswaldo Cruz. O médico lembrou que a possibilidade da doença na Bahia ainda não foi confirmada pelo Ministério da Saúde. 

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Na última semana, a Secretária Estadual de Saúde de Pernambuco afirmou que nenhum caso da doença foi confirmado entre os notificados pelos agentes de saúde. Segundo a infectologista Martha Romeiro, da Unimed Recife, a doença precisa ser “cogitada e pesquisa”, pois há a possibilidade de introdução do vírus no país. “Provavelmente, com a possibilidade da doença na Bahia, o Ministério da Saúde intensificará as vigilâncias. Mas a população precisa entender que o zika vírus é alto limitada (de menor risco que a dengue) e a possibilidade de ocorrer complicações é bem mais baixo”, disse Romeiro. 

Ao iniciar os sintomas, é aconselhável que o indivíduo aguarde 48 horas até a evolução do quadro. “Lógico, se houver febre mais intensa, é necessário procurar o médico. Mas o ideal é esperar um pouco para ver a evolução e o especialista ter mais subsídios para investigar”, completou a infectologista.

Coordenadora da Vigilância e Controle da Dengue e Chikungunya em Jaboatão dos Guararapes, Elizabeth Jerônimo aponta a automedicação como grande problema e risco aos pacientes. “A possibilidade para o zika vírus existe, mas a população precisa se acalmar. O autodiagnóstico e a automedicação é um risco e pode agravar o quadro do paciente, pois há uma sorologia específica”, apontou.

Já para o médico infectologista consultor da rede hospitalar Hapvida, Vladimir Yuri, tomar medicamentos analgésicos mais usuais, como dipirona e paracetamol, não trará problemas aos pacientes. “o que não pode é fazer uso de antibióticos mais fortes, antialérgicos com uso indiscriminado”.

A preocupação, para o médico, deve ser outra. “Carecemos de informação. O que sabemos é que o vetor é mesmo, pela picada do mosquito Aedes Aegypti. Portanto as pessoas devem continuar conscientes para evitar o acúmulo de água”, aponta Yuri. Sobre a dengue, a Secretaria Estadual confirmou que, até o dia 18 de abril, 26.666 casos da enfermidade foram notificados, com mais de 5 mil confirmados, em 174 municípios. 

Em comemoração ao Dia Mundial da Voz – 16 de abril - fonoaudiólogos de todo Brasil orientam a população sobre a importância da voz e quais os cuidados que se deve ter para manter uma voz saudável. Em Pernambuco, a ação ocorre na praça do Derby, começando pela manhã e terminando às 16h.

A expectativa é atender - entre triagens e orientações - mais de 500 pessoas. Para isso, todos os departamentos de Fonoaudiologia das instituições de ensino superior de Pernambuco estarão reunidos na ação. “Nos últimos quatro anos realizamos essa ação no Parque da Jaqueira. Este ano, decidimos ampliar e transferir para a Praça do Derby onde o fluxo de pessoas é maior”, comentou a presidente do Crefono 4, Sandra Maria Alencastro.

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A ação na Praça do Derby visa identificar a presença de sinais e sintomas que favoreçam o diagnóstico precoce de doenças, como o câncer de laringe. Por isso, quem sente rouquidão por mais de 15 dias, cansaço e/ou esforço para falar, pigarro constante, voz sumindo ou falhando e perda súbita da voz, pode se dirigir ao Plantão na praça do Derby para receber as orientações necessárias.

Como nos últimos anos, os casos mais graves serão encaminhados para realização gratuita de videolaringoscopia no IMIP, Hospital do Câncer, Hospital Agamenon Magalhães e Hospital das Clínicas. Em parceria com outras empresas, o Conselho Regional de Fonoaudiologia fornecerá ao público presente, além de materiais gráficos com orientações sobre cuidados com a voz, água mineral e maçã.

O tema da campanha é “Seja amigo da sua voz!”. A campanha tem o objetivo de conclamar a população para ações educativas voltadas para a conscientização da importância da voz e suas implicações na comunicação, na saúde e na cultura. O público-alvo é prioritariamente a população comprometida com a formação educacional, cultural e artística (professores, atores, locutores, advogado, cantores etc.), além da população em geral.

A campanha visa promover ações que favoreçam a conscientização da sociedade quanto à importância da saúde vocal e a prevenção de alterações na voz; promover ações para divulgar a importância da educação da voz desde a infância, incluindo a formação cultural, educacional e social do indivíduo.

ORIENTAÇÕES PARA UMA BOA SAÚDE VOCAL

1. Hidrate-se.  Beber muita água durante todo o dia é a melhor maneira para se manter hidratado.

2. Não grite. Gritar é sempre ruim para a voz, já que se coloca uma grande pressão sobre o delicado revestimento de suas pregas vocais.

3. Utilize um microfone para falar em público. Quando você é convidado para falar em público, especialmente em uma grande sala ou ao ar livre, use um microfone. A amplificação permite-lhe falar no volume de conversação, mas ainda assim chegar a todo o público.

4. Aqueça sua voz. Aquecer a voz não é apenas para os cantores, já que ajuda a voz durante a fala do dia a dia, também.

5. Não pigarreie. O pigarro funciona como bater ou golpear as pregas vocais em conjunto. Em vez de limpar a garganta, tomar um pequeno gole de água ou engolir saliva para saciar o desejo.

6. Não fume. O fumo é, provavelmente, a pior coisa que você pode fazer para que sua voz.  A fumaça é algo que provoca danos permanentes aos tecidos das pregas vocais e é o primeiro fator de risco para o câncer de laringe (pregas vocais).

7. Não realize competição sonora. Quando você está em um lugar com ruídos de fundo, você não percebe o quão alto você pode estar falando. Preste atenção em como sua garganta se ressente nestas situações, pois muitas vezes há uma sensação de ressecamento e irritação antes de notar o esforço vocal que você está fazendo.

8. Tenha uma boa respiração. Fale devagar e pronuncie bem as palavras.

9. Seja um bom ouvinte. Se você ouvir a sua voz rouca, não se esqueça de descansar tanto quanto possível. Forçar a voz quando você tem laringite pode levar a mais problemas vocais sérios.

10. Se a sua voz é rouca persistente, procure a avaliação de um otorrinolaringologista e de um fonoaudiólogo.

Da assessoria do CREFONO 4

O hospital espanhol Gregorio Marañon apresentou nesta sexta-feira, em Madri, um novo tratamento para recuperar um coração danificado por uma parada cardíaca através do uso de células cardíacas de doadores.

"Como parte deste teste clínico, 55 pacientes no total serão tratados. Sete pacientes já foram operados, e a evolução de todos tem sido muito favorável, visto que seus tecidos cardíacos haviam sido severamente afetados", explicou o governo regional de Madri em um comunicado.

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"Esta é a primeira vez que este tipo de célula é utilizada para reparar danos causados por um infarto agudo do miocárdio", acrescentou. "Esta é uma experiência pioneira no mundo", disse à AFP um porta-voz do hospital.

"Estas células alogênicas, ou seja, que não vêm do próprio paciente, mas de corações de doadores, são processadas e armazenadas" antes de serem usadas no coração do paciente, explicou Francisco Fernandez-Avila, chefe do departamento de cardiologia do Hospital Gregorio Marañon, citado no comunicado.

A vantagem deste método é que é não necessário esperar "as quatro ou oito semanas" que seriam necessárias no caso da utilização de células cardíacas do próprio paciente. Além disso, estas células cardíacas selecionadas oferecem um "potencial de reparação maior", disse o cardiologista.

Retiradas do tecido cardíaco de doadores voluntários "remanescentes após uma cirurgia", como na implantação de um marcapasso, essas células que foram alvos de uma seleção, permitem uma melhor reparação de tecidos do coração danificados por um ataque cardíaco do que se viessem de outras fontes, indicou.

Antes de serem tratadas, elas "são estudadas de forma exaustiva" e somente aquelas que funcionam "de forma ideal" são selecionadas e, posteriormente, multiplicadas até alcançar "a dose necessária de 35 milhões por paciente". As células são então implantadas através de uma artéria coronária, "um processo seguro e simples semelhante a uma angioplastia", de acordo com os médicos. Trata-se de "produzir novo tecido cardíaco, ativando a capacidade de regeneração local do próprio coração."

O paciente deve receber as células "sete dias após o infarto, quando a sua situação clínica se estabilizou e o efeito cardiorreparador pode ser mais eficaz." Financiado pela União Europeia, o teste é realizado na Espanha pelo grupo espanhol privado Genetrix e coordenado pelo hospital Gregorio Maranon com vinte organizações europeias, incluindo o Hospital Saint-Louis, de Paris.

Depois de a mamãe conhecer o rostinho do neném que esperou por tanto tempo, o momento após o parto é de adaptação e de aproximação com o filho. Ao mesmo tempo, todos os familiares e amigos não veem a hora de visitar o mais novo integrante da turma. Mas, ao visitar um recém-nascido, parentes e amigos muitas vezes exageram no carinho e acabam dando pequenos apertões na bochecha, beijos e toques não muito delicados nas mãos dos pequenos. O que eles não sabem é que algumas atitudes são inadequadas e podem trazer problemas ao bebê.

Para ajudar a planejar a visitação, a enfermeira da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Instituto Nacional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) Adriana Teixeira Reis dá dicas importantes para as futuras visitas.

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Carinho em excesso pode fazer mal ao bebê?

Adriana Teixeira - Carinho é sempre bom. Mas é claro que nem todas as atitudes estão livres de riscos. Bevemos evitar beijar muito próximo ao rosto do bebê, por exemplo. O beijo pode ser dado em outras áreas, como nas perninhas ou nos pezinhos. As mãos do bebê também devem ser evitadas, pois podemos deixar germes, e eles as levam muito à boca. Portanto, ao visitar e acarinhar o bebê devemos ter em mente sempre dois aspectos: a higiene e a ideia de que os visitantes devem estar sadios.

Como garantir a higiene do visitante?

Com bom humor, tudo pode ser resolvido. A mãe deve ser a primeira a dar o exemplo e higienizar as mãos com água e sabão ou fazer fricção com antisséptico antes de tocar o bebê, para que a visita perceba e repita esse cuidado básico [o álcool a 70% na forma líquida ou em gel é tão eficaz quanto a higienização com água e sabão, desde que não exista sujeira aparente nas mãos]. Sugerimos colocar o sabonete ou o álcool à vista, para garantir que o visitante perceba a necessidade de higienizar as mãos. Essa higiene é importantíssima. Lavar bem as mãos e o antebraço [até a altura dos cotovelos] ao chegar da rua para visitar a mãe e o bebê é uma medida imprescindível para minimizar a contaminação por vírus e bactérias.

Amigos e familiares que estejam doentes podem fazer visita?

Se algum parente ou amigo estiver apresentando febre, sinais de infecção respiratória, tais como nariz escorrendo e tosse [gripe ou resfriado], conjuntivite ou qualquer outra doença infectocontagiosa, suspenda a visita. A ideia de que "eu não vou chegar perto, nem segurar a criança” não basta. Como os sistemas de defesa do organismo da mãe e do bebê estão fragilizados, não é adequado arriscar. Deixar para outro momento pode prevenir que o recém-nascido adquira doenças, para as quais ainda não foi vacinado e que não tem imunidade suficiente para combater. Na presença de doenças de pele, também é bom que o familiar evite o toque e o contato íntimo, para evitar transmissão de germes patogênicos para o bebê, ainda tão vulnerável. É importante saber que até mesmo roupas higienizadas inadequadamente podem ser fonte de infecções para o recém-nascido.

As visitas devem ser organizadas para não formar uma aglomeração em volta da criança. Esse tipo de ocasião favorece contágios, e o excesso de barulho pode causar estresse ao recém-nascido.

Visitantes que fumam podem visitar a mãe e o bebê?

Nem pense em fumar. Esta restrição vale para horas antes da visita. As toxinas do cigarro ficam impregnadas em roupas, cabelos e mãos dos fumantes. Os resíduos que permanecem são tão prejudiciais quanto a própria fumaça. O contato do bebê com o material tóxico o expõe a uma probabilidade dez vezes maior de adquirir uma pneumonia aguda e ao aparecimento de um fenômeno chamado de hiperresponsividade brônquica – uma resposta exagerada do pulmão, desencadeada quando a criança tem maior sensibilidade a infecções respiratórias como bronquite, rinite e otite.

Uma proposta em análise na Câmara dos Deputados inclui, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), o transtorno mental na relação de doenças que fazem parte da educação especial. No contexto atual, a legislação define que essa modalidade de ensino trabalhe apenas com estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades e superdotação.

De acordo com a autora do projeto de lei, a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), a esquizofrenia é um transtorno mental grave e deve ser levada em consideração na LDB. “Apesar de a legislação atual tratar sobre a oferta de educação especial também na modalidade profissional, prevendo as adaptações necessárias ao adequado atendimento do aluno, acreditamos ser essencial mencionar os alunos portadores de problemas da esfera mental”, comenta a deputada, conforme informações da Agência Câmara de Notícias.

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A proposta, caso seja aprovada, acrescerá novos itens de cuidado, treinamento e condutas mais abrangentes para estudantes com doenças mentais e esquizofrenia. Segundo a Agência, o projeto será arquivado pela Mesa Diretora no dia 31 deste mês, por causa do fim da legislatura. Entretanto, como a deputada foi novamente eleita, o texto poderá ser desarquivado, devendo ser analisado em caráter de conclusão pelas comissões de Educação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Com informações da Agência Câmara de Notícias

As pessoas que comem mais grãos inteiros tendem a viver mais e a evitar doenças cardíacas, mas esse tipo de dieta não incide sobre o risco de morrer por câncer - revela um estudo divulgado esta segunda-feira.

A pesquisa, realizada por uma equipe de cientistas da Universidade de Harvard, foi publicado nos Anais do Journal of the American Medical Association (Jama).

Cientistas examinaram os registros médicos de mais de 74 mil mulheres e cerca de 44 mil homens desde meados dos anos 1980 até 2010.

Depois de ajustar fatores como idade, tabagismo e índice de massa corporal, os especialistas descobriram que quanto mais grãos inteiros as pessoas relataram ter ingerido, menor foi o risco que apresentaram de morrer, em especial de uma doença do coração.

Cada porção (28 gramas por dia) desse tipo de grão - como arroz integral, aveia, pão de trigo e massas - estava associada a 5% menos de mortalidade e a 9% menos de risco de morte por doença cardíaca.

De qualquer modo, comer mais grãos inteiros não é suficiente para evitar mortes causadas por câncer.

"Essas descobertas sustentam ainda mais a atual recomendação alimentar de aumentar o consumo de grãos inteiros para facilitar a prevenção primária e secundária de doenças crônicas e também fornece evidências promissoras de que uma dieta enriquecida com grãos inteiros pode conferir benefícios em relação ao aumento da expectativa de vida", completou o estudo.

No próximo sábado (6), haverá uma mobilização nacional de combate à Dengue e  Chikungunya. Através de mutirões de limpeza urbana, as ações têm o objetivo de conscientizar gestores municipais de saúde sobre a importância de conscientizar a sociedade a respeito da identificação e eliminação dos criadouros do Aedes aegypti, mosquito que pode ocasionar as duas doenças.

Cerca de 676 mil cartazes e folders foram encaminhados aos municípios do Estado para reforçar a conscientização da sociedade. Além disso, também foram enviados 261 mil fluxogramas e 249 manuais com orientações sobre como deve ser feito o tratamento de pacientes com suspeita de dengue e chikungunya.

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“Essa é uma batalha que precisa da conscientização e da ação de toda a sociedade, já que a maioria dos focos do mosquito é encontrada dentro das casas”, frisa a coordenadora do Programa de Controle da Dengue e da Febre Chikungunya da Secretaria Estadual de Saúde (SES/PE), Claudenice Pontes.

O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-PE), na Boa Vista, área central do Recife, também foi preparado para a realização de testes de confirmação das enfermidades. No caso da Chikungunya, há dois tipos de testes que podem ser realizados: um deles é capaz de confirmar os casos iniciais (até o oitavo dia); o outro será realizado nos casos em que já houver infestação da doença no paciente. Quanto ao diagnóstico da dengue, todas as 12 regionais de Saúde estão habilitadas para a realização de exames de sorologia para a identificação da doença nos pacientes.

ESTATÍSTICAS - Em novembro, durante lançamento do Plano de Contingência da Chikungunya e da Dengue 2015, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) anunciou que irá investir cerca de R$ 6,6 milhões na compra de materiais e na capacitação de profissionais de saúde para combater as enfermidades.
Até agora, Pernambuco não registrou nenhum caso de Chikungunya. Entretanto, até o dia 15 de novembro, foram contabilizados 16.743 casos de dengue (5.886 confirmados), distribuídos em 176 municípios. As cidades de maior incidência da doença são Passira, Itacuruba, Santa Cruz do Capibaribe, Cabo de Santo Agostinho, Ingazeira, São José do Egito, Solidão, Jaboatão dos Guararapes, Toritama e Condado.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou, nesta sexta-feira (24), que “diversas centenas de milhares” de vacinas contra o vírus ebola poderão ser produzidas até o final do primeiro semestre de 2015. A União Europeia afirmou que elevará os investimentos na busca pela cura da doença de EUR 600 milhões para até EUR 1 Bilhão, diante da rapidez de propagação por qual a enfermidade tem se apresentado. 

Ainda sem cura comprovada, o ebola matou quase 5 mil pessoas nos três países africanos que centralizam o maior número de casos: Guiné, Serra Leoa e Libéria. De acordo com informações da BBC, duas vacinas experimentais já estão em testes, nos EUA, Reino Unido e em Mali. A expectativa é que os testes nos países africanos comecem a ser efetuados a partir de dezembro deste ano, com início pela Libéria. 

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Segundo a OMS, até abril uma avaliação mais eficaz poderá ser feita para determinar se as vacinas experimentais são, de fato, úteis.  Além das duas vacinas já em teste, há mais cinco em fase de desenvolvimento que podem auxiliar na tentativa de controle da epidemia. O Banco Mundial e a ONG Médicos Sem Fronteiras também ajudarão a financiar as pesquisas.

Com informações da BBC

 

Às 15h desta quarta-feira (8), pacientes renais crônicos da capital pernambucana realizam uma reunião pública para denunciar o que chamam de “queda vertiginosa da qualidade da hemodiálise no estado de Pernambuco”. O encontro será realizado no auditório da Santa Casa de Misericórdia, no bairro de Santo Amaro. 

Fundada recentemente diante das dificuldades encontradas, a Associação Pernambucana de Renais e Transplantados (Aspret) é a promotora da reunião e convocou várias entidades, como a Secretaria de Saúde, o Conselho Regional de Medicina do Estado e o Ministério Público de Pernambuco. Os pacientes exigirão explicações das autoridades sobre a insuficiência no tratamento. 

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Segundo os pacientes, uma grave crise financeira tem atingido os centros de diálise e coloca em risco a vida de milhares de doentes renais. Aproximadamente um em cada dez brasileiros sofre de doenças renais, de acordo com dados da Associação. “Faço diálise há dois anos e meio e eu vejo pessoas que precisam que seus direitos sejam cumpridos para viverem. Precisamos educar, prevenir, oferecer tratamento adequado e com qualidade ou as pessoas irão morrer”, explicou o paciente e presidente da Aspret, Rubens Costa. 

Uma pesquisa encomendada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) mostra que os professores das redes municipais e estadual de ensino estão doentes. O levantamento, realizado pelo Grupo de Estudos sobre Política Educacional e Trabalho Docente da Universidade Federal de Minas Gerais  (Gestrado/UFMG), aponta que nos últimos dois anos 24% dos professores pediram licença médica.

De acordo com a pesquisa, entre os professores, os problemas decorrentes do trabalho em sala de aula representam 36% dos pedidos de afastamento. Depressão, ansiedade, nervosismo, doenças musculoesqueléticas e estresse são os casos mais corriqueiros. Em relação aos pedidos de afastamento para a realização de cirurgias, licença maternidade, acidentes e doenças infectocontagiosas são as situações mais comuns. 

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Outra constatação do estudo é que mais da metade dos funcionários das escolas públicas e quase 30% dos docentes não praticam atividades físicas durante a semana. Além disso, segundo o levantamento, o tempo livre dos entrevistados é pouco aproveitado para o lazer: 48% das docentes mulheres relataram que dedicam seu tempo livre a atividades domésticas e 38% a programas de família.

O estudo, denominado “Trabalho na Educação Básica em Pernambuco”, contou com a participação de 1591 pessoas, entre funcionários e professores das escolas. Foram avaliadas 60 unidades educacionais, localizadas em 17 cidades pernambucanas, incluindo o Recife. 

 

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