Tópicos | FGV

Os impactos da chamada segunda onda da Covid-19 no Brasil têm afetado os pequenos negócios mais do que antes. É o que mostra a 10ª edição da pesquisa ‘O Impacto da Pandemia do Coronavírus nos Pequenos Negócios’, realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O levantamento aponta que 57% dos empresários entrevistados têm se mostrado aflitos quanto ao futuro de seus empreendimentos, um aumento significativo, em comparação aos 43% indicados na pesquisa anterior, realizada em setembro de 2020. Os segmentos mais atingidos são os serviços de alimentação, economia criativa, beleza, pet shops, turismo, moda e energia, com mais de 60% dos empreendedores compartilhando do mesmo sentimento de incerteza.

De acordo com o estudo, apenas 16% das empresas continuam funcionando da mesma forma de antes do início da pandemia, que foi deflagrada em março de 2020. No entanto, esse número cai quando são analisados os segmentos separadamente: 4% no turismo, 5% na economia criativa, 6% em serviços de beleza, e 8% na alimentação. Os resultados também se mostram preocupantes quando observadas as empresas que tiveram de interromper totalmente as atividades. No turismo, 32% dos negócios estão sem funcionar, enquanto que na economia criativa, o total chega a 40%. O levantamento também aponta que a previsão dos especialistas para melhora no quadro é de, aproximadamente, 17 meses.

##RECOMENDA##

 Carlos Melles, presidente do Sebrae, observa que esses são os setores que mais sofrem diante da pandemia. “No caso do turismo e da economia criativa, por exemplo, existem complicadores adicionais como a questão do transporte e da grande concentração de público em locais fechados”, pontua. Melles ainda comenta que “em decorrência disso, esses setores têm sido os mais impactados pois nem sempre é possível oferecer os serviços de forma online”.

Uma thread (história contada numa série de mensagens no Twitter) chamou bastante atenção nesta semana. Uma aluna da Faculdade Getúlio Vargas (FGV), chamada na rede social de Gabi, ficou conhecida por conseguir o apoio de artistas como Xuxa, Angélica, Maisa, Fábio Porchat, Otaviano Costa e até o ator americano Ed O’Neill, intérprete de Jay Pritchett da série Modern Family, por meio de vídeos torcendo pela sua sala.

A aluna, juntamente com os outros calouros, se confundiu com uma das dinâmicas da gincana chamada “Celebridades”, no qual os alunos deveriam buscar apoio de conhecidos da própria comunidade acadêmica. A Gabi, no entanto, levou o entendimento a outro patamar se destacando por conseguir o maior número de vídeos de famosos.

##RECOMENDA##

A aluna da FGV e parte do conselho da faculdade, Mariana Parik explicou o ocorrido através do seu perfil no Instagram. “Todo semestre entram bixos, que são calouros na faculdade, e aí eles têm uma gincana que é uma brincadeira para a sala se integrar. E uma dessas brincadeiras é pedir para o pessoal do conselho da torcida da GV, fundadores e diretores, apoiar a sala deles. Sou do conselho e todo semestre me pedem pra fazer vídeos. Tá escrito prova da celebridade e eles não entenderam e começaram pedir pra celebridades de verdade fazerem isso”.

No Twitter, internautas começaram então a brincar com a situação. “Bota a Gabi da FGV nesse governo pra ver se ela não consegue vacina pra todo mundo em uma semana” (sic), brincou uma internauta. Confira, abaixo, a explicação de Mariana e alguns dos depoimentos dos artistas:

[@#video#@]

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste de contratos de aluguel, registrou inflação de 2,58% em janeiro deste ano. A taxa é maior que as de dezembro (0,96%) e janeiro de 2020 (0,48%). Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV),  em 12 meses o  acumulado é de 25,71%.   

A alta de dezembro para janeiro foi puxada pelos preços no atacado, medidos pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo, cuja inflação subiu de 0,90% para 3,38% no período.

##RECOMENDA##

O Índice Nacional de Custo da Construção também teve alta, ainda que de forma mais moderada, ao subir de 0,88% em dezembro para 0,93% em janeiro.

Já o Índice de Preços ao Consumidor, que mede o varejo, teve queda ao passar de 1,21% em dezembro para 0,41% em janeiro.

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) disparou no ano passado, mas isso não mexeu no preço de aluguéis no Brasil, embora o indicador seja comumente usado como indexador de contratos de locação.

Segundo especialistas em inflação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), diferentes fatores seguraram os reajustes. A queda na renda da população por causa da crise provocada pela pandemia de Covid-19, o mercado de trabalho ainda deteriorado e o elevado estoque de imóveis vazios disponíveis levaram a negociações diretas entre inquilinos e proprietários.

##RECOMENDA##

Em consequência, o aluguel residencial encerrou 2020 com uma alta de apenas 2,77%, segundo a inflação oficial no País, apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE. Já o IGP-M avançou 23,14% no ano passado, divulgou a FGV. A taxa acumulada em 12 meses já tinha iniciado 2020 em 7,81%, permanecendo elevada durante todo o ano.

"Teve muita negociação de inquilinos em função da pandemia e da dificuldade financeira que ela representou. O aluguel residencial subiu menos em 2020 do que em 2019", lembrou André Almeida, analista do Sistema de Índices de Preços do IBGE.

Em 2019, o aluguel residencial ficou 3,80% mais caro, segundo apurado pelo IPCA, embora o IGP-M tenha encerrado o ano com uma elevação de 7,30%.

André Braz, coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), argumentou no mesmo sentido. "O IGP-M ainda é amplamente utilizado como indexador dos aluguéis residenciais. Só que no momento, principalmente por conta da pandemia, o mercado imobiliário foi bem afetado. Muitas famílias perderam emprego, renda, sua capacidade de pagar aluguel. Então a oferta de imóveis para alugar aumentou nos últimos meses. Isso aumenta o poder de barganha do inquilino, porque como a oferta é maior, consegue espaço para negociar melhor o reajuste do aluguel."

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 14,3% no trimestre encerrado em outubro de 2020, mostrou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE. O País tinha então 14,1 milhões de pessoas atrás de emprego. A massa de salários em circulação encolheu em R$ 11,721 bilhões em um ano.

Índice

Especialista em inflação, o professor Luiz Roberto Cunha, decano do Centro de Ciências Sociais da PUC-Rio, lembra que o IGP-M é muito influenciado pelo câmbio e pelos preços de commodities, como minério de ferro, soja e milho, no mercado internacional. Embora esses fatores pressionem diretamente a inflação no atacado, influenciam pouco os preços ao consumidor. Logo, não deveriam ser usados como referência nos contratos de locação. "O mercado de aluguel depende da demanda aquecida ou não. Se a demanda está fraca, e tem um inquilino que está fazendo tudo certo, você faz negociação", opinou Cunha.

No início de janeiro, o assistente de direção de TV Luiz Henrique Campos recebeu o aviso de que o reajuste anual no contrato de locação do apartamento em que mora com a família deixaria o aluguel 20% mais caro. Reajustado em contrato pelo IGP-M, o valor mensal subiria dos atuais R$ 3.000 para quase R$ 3.700. "O prédio tem vários apartamentos vagos. Soubemos de um apartamento no mesmo andar que o nosso, todo reformado, muito melhor que a unidade em que eu moro. Então decidimos nem negociar o reajuste do aluguel, vamos fazer a mudança", contou Campos.

A família planeja se transferir para a casa nova já no início de fevereiro. Pagará menos do que antes do reajuste, R$ 2.800.

Segundo o Índice de Preços ao Consumidor-Semanal (IPC-S) apurado pela FGV, o aluguel residencial subiu em média 3,22% entre janeiro e dezembro de 2020. Ficou abaixo da inflação de 5,17% acumulada pelo índice no período.

Desequilíbrio

Braz lembrou que os reajustes salariais dos trabalhadores costumam usar como referência índices de preços ao consumidor. Isso faz com que a adoção do IGP-M para reajuste do aluguel prejudique o orçamento de quem aluga.

"Como o IGP-M não indexa salário, ele fica um pouco distante da realidade dos inquilinos", reconheceu Braz. "O que interessa para o proprietário agora é um inquilino bom pagador, aquele que coloca as contas em dia, que cuida bem do imóvel. Então muitas vezes o proprietário também abre espaço para negociação para não ficar com o imóvel vazio tendo ele que arcar com boa parte dos encargos, seja condomínio, IPTU, e também sem a renda do aluguel. Então no momento tem havido muito espaço para negociação", avaliou.

Em todo o Brasil, 90% dos contratos de locação são regidos pelo IGP-M, de acordo com estimativas do Secovi-SP, sindicato de profissionais do setor imobiliário. Uma sondagem da entidade entre imobiliárias da capital paulista sobre contratos de locação que utilizam o IGP-M e fizeram aniversário recentemente apontou dificuldades para reajustes. Elas vieram tanto da pandemia quanto do aumento exacerbado do indicador de inflação no último ano. Não foi detectado nenhum padrão de aumento. Prevaleceram as negociações, apontou o Secovi-SP.

"O que a gente tem visto é que os proprietários que têm inquilino bom pagador têm preferido negociar e não repassar", contou Adriano Sartori, vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP.

Uma das ferramentas utilizadas em algumas negociações foi a de adiar o reajuste para o ano seguinte, para então verificar se haveria equilíbrio entre o valor de mercado e o valor do contrato. Na sondagem, também foram frequentes as menções a negociações que resultaram em manutenção dos valores; reajustes de 10%; ou reajustes de metade da variação do IGP-M acumulado em 12 meses. Uma fatia menor apontou aumentos de até 5% ou aplicação integral do reajuste pelo IGP-M.

A última Pesquisa de Valores de Locação Residencial, divulgada mensalmente pelo Secovi-SP, mostrou aumento de 1,71% entre dezembro de 2019 e novembro de 2020 no valor dos contratos de locação residencial na cidade de São Paulo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No momento em que o debate sobre os gastos públicos nunca esteve tão forte por causa do tamanho do pacote bilionário de estímulo fiscal para o enfrentamento da covid-19, o Observatório de Política Fiscal do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) calculou que o aumento das despesas públicas já estava em aceleração na última década, antes mesmo da pandemia.

As despesas do setor público passaram do equivalente a 38,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010 para 42,7% em 2019. Os gastos que mais cresceram foram benefícios sociais (previdenciários e assistenciais), com alta de 3,6 pontos porcentuais do PIB, e a remuneração dos servidores, que subiu 1 ponto porcentual do PIB.

##RECOMENDA##

O trabalho, obtido pelo Estadão, envolve o período de 2010 a 2019, que antecede o primeiro ano da pandemia, e tem com objetivo servir de base para uma análise criteriosa dos fatores que vêm puxando a expansão dos gastos no Brasil, a velocidade desse crescimento e a necessidade das políticas públicas daqui para frente.

A ideia dos pesquisadores foi trazer maior transparência para os dados e ajudar no debate sobre os rumos da política fiscal brasileira usando uma metodologia baseada na despesa efetiva, afastando, inclusive, duplas contagens que foram apontadas pelo estudo e que acabam inflando os dados.

O trabalho contesta as avaliações de que o Brasil foi o País que mais ampliou os gastos no período, com dados que mostravam alta acima de 10 pontos porcentuais na década.

O debate sobre as despesas não é de agora, mas a divulgação dos dados ocorre num momento em que o crescimento dos gastos públicos no socorro durante a pandemia tem preocupado analistas com relação à sustentabilidade das finanças públicas e à capacidade do governo de controlar seus gastos. "Os dados de finanças públicas envolvem grande complexidade mesmo para analistas experientes, o que pode levar a diagnósticos equivocados ou mesmo percepções imprecisas sobre o tamanho do problema", avalia o coordenador do observatório, Manoel Pires, e um dos autores do estudo ao lado dos economistas Sérgio Gobetti e Rodrigo Orair.

O debate ganha maior relevância em função das circunstâncias recentes: déficit público recorde em 2020 e dívida bruta que pode atingir 100% do PIB nos próximos anos.

Para a comparação internacional, o Tesouro usa dados que mostram que a despesa pública (sem considerar os investimentos) saiu de 40,6% do PIB em 2010 para 48,2% do PIB em 2019, uma variação positiva de 7,6 pontos porcentuais do PIB.

Segundo Pires, a preocupação que levou ao levantamento é com o fato de que distorções estatísticas podem endossar teses inadequadas sobre a dinâmica e o tamanho do governo no Brasil, principalmente em relação a outros países.

"Nada tem a ver com visão X ou Y sobre economia. É estatística nua e crua. Se quisermos fazer uma análise de quanto expansionista ou contracionista é a política fiscal tem de analisar o gasto efetivo", diz Gobetti. Ele explica que o trabalho faz três ajustes metodológicos que retiram itens justamente que não são gastos efetivos e acabam sendo contabilizados nos dados que o Tesouro publica para ajustar os cálculos a critérios internacionais.

Metodologia

Foram excluídas do cálculo as contribuições sociais, que são somadas às despesas com salários e vencimentos dos servidores para se chegar à remuneração. O problema é que, na maioria das vezes, as contribuições possuem um caráter meramente contábil. Segundo Pires, a metodologia usada no estudo acaba com a dupla contagem do gasto para contribuição previdenciária e a despesa efetiva com o pagamento das aposentadorias.

O estudo também excluiu os desembolsos do FGTS e do Fundo de Amparo ao Trabalhador, que são privados. A avaliação é de que a permanência desses dois fundos como despesas públicas gera distorções como, por exemplo, o gasto cresce muito mais nos anos em que o governo libera os saques do FGTS, como tem ocorrido desde 2017. Também foi excluída a estimativa de depreciação dos ativos do governo, que é a perda de valor do estoque dos investimentos, como prédios públicos e rodovias. O entendimento é que a depreciação gera um custo econômico, mas não um gasto público que só é efetivado, por exemplo, quando o governo gasta para tapar um buraco de uma estrada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O levantamento feito pelo Observatório de Política Fiscal do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), no período de 2010 a 2019, sobre o avanço das despesas públicas do governo federal, incluiu uma lista que coloca o Brasil na 22.ª posição, com alta de 4,34 pontos porcentuais do PIB, na comparação com 31 países. A primeira posição é ocupada pela China que aumentou as despesas em 8,9 pontos porcentuais do PIB, seguida por Paraguai, Noruega, Argentina, Uruguai e Coreia do Sul. O ranking foi feito com base em dados do relatório World Economic Outlook do Fundo Monetário Internacional (FMI), que indicam que o gasto público no Brasil caiu 2,04% do PIB entre 2010 e 2019.

O relatório foi feito com base numa metodologia diferente da usada pelo Observatório de Política Fiscal e pelo Tesouro. O observatório alerta que o próprio FMI tem dados distintos para a evolução da despesa pública entre os países. No relatório Monitor Fiscal do FMI, por exemplo, os dados apresentados são equivalentes aos divulgados pelo Tesouro. Para o Observatório de Política Fiscal, essas diferenças mostram como os rankings são delicados e devem ser usados com muita cautela.

##RECOMENDA##

O observatório

Centro de debate e divulgação de informações sobre as contas públicas brasileiras, o Observatório de Política Fiscal nasceu na trilha da ampliação do debate na sociedade sobre os gastos públicos, a crise fiscal e o uso do dinheiro arrecadado com impostos com maior eficiência.

O observatório não tem o papel específico de "watchdog" (cão de guarda) das contas públicas da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, mas tem desempenhado a função de ser um local onde se pode obter informações novas e consolidadas de tudo que está ocorrendo nessa área, num ambiente de cooperação. Um exemplo foi a divulgação de uma série temporal de 50 anos sobre os investimentos no País, dados que não estavam disponíveis nem mesmo no governo federal.

Com a pandemia da covid-19, a discussão aumentou ainda mais por causa da necessidade de garantir políticas públicas para combater a doença e seus efeitos na economia, sobretudo, na população mais pobre, como o auxílio emergencial. Segundo o coordenador do observatório, Manoel Pires, a proposta é ampliar a agenda de divulgação dos dados sobre despesas públicas e tributação com permanente atualização.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) chegou a 113,1 pontos em novembro, subindo ante a pontuação de outubro (111,2), conforme informou nesta sexta-feira, 27, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado colocou o indicador no maior nível desde outubro de 2010, quando esteve em 113,6 pontos. Dos 19 segmentos pesquisados, 12 registraram aumento da confiança e 15 estão acima do nível de fevereiro, no pré-pandemia.

"O resultado da sondagem de novembro mostra recuperação surpreendente da confiança do setor industrial, principalmente devido às avaliações muito positivas sobre o momento atual. De maneira geral, a demanda foi considerada como forte e o indicador de estoques bateu novo recorde", afirma Renata de Mello Franco, economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV).

##RECOMENDA##

O Índice de Situação Atual (ISA) aumentou 4,5 pontos e foi a 118,2 pontos, maior valor desde dezembro de 2007 (118,9 pontos), mostrando a melhora da satisfação do empresariado com a situação corrente. Por outro lado, o Índice de Expectativas (IE) recuou 0,7 ponto e chegou a 107,9 pontos.

"Pelo lado das expectativas, houve ajuste, mas a maioria dos segmentos ainda apresenta otimismo. Apesar da queda dos indicadores de produção prevista e emprego previsto, ambos permanecem em nível elevado, sugerindo que tanto a produção como o pessoal ocupado continuariam aumentando nos próximos três meses", explica Renata.

O indicador que afere o nível de estoque das empresas chegou a 126,2 pontos, subindo 12 pontos e atingindo o maior valor da série histórica. Cresceu de 10,6% para 15,7% o total de empresas que consideram insuficientes seus estoques, enquanto as que consideram seus estoques excessivos são 8,0%, ante 9,6% no mês passado.

A perspectiva para o ambiente de negócios nos seus meses seguintes subiu, sendo o único composto do IE a variar positivamente: passou de 100,8 pontos para 104, pontos. Preveem melhora no ambiente de negócios 49,0% das empresas - eram 45,7% na pesquisa anterior -, e 8,2% acreditam em piora - ante 11,0% em outubro.

Houve relativa estabilidade no indicador de emprego previsto, que passou de 110,9 pontos para 110,3 pontos, e recuo de 4,8 pontos no indicador de produção prevista, que chegou a 108,8 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) também ficou relativamente estável, passando de 79,8% para 79,7%. Considerando as médias móveis trimestrais, o Nuci subiu 1,4 ponto porcentual, de 77,8% para 79,2%.

Dados obtidos através de pesquisas do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) junto à Fundação Getúlio Vargas (FGV), ao longo da pandemia de Covid-19, mostram que os empreendedores negros têm mais dificuldade que os brancos para conseguir crédito junto aos bancos. Da metade de maio ao final de agosto, segundo o estudo, a taxa de sucesso nas solicitações de empréstimos foi de 5% para 8%, no caso dos negros; no caso dos brancos, foi de 7% para 14%.

Os números também mostram um crescimento do número de empreendedores, tanto brancos quanto negros, que solicitaram crédito aos bancos conforme a pandemia avançava e persistia. Em maio, 39% dos empresários brancos pediram empréstimos, passando a 51% em agosto. No caso dos negros, foram 38% em maio e 50% em agosto. 

##RECOMENDA##

Comparando o número de solicitações e aprovações, nota-se que os negros estão atrás: brancos tiveram 17% dos pedidos de crédito aprovados em maio e 27% em agosto, demonstrando um crescimento expressivo de 10%. Entre os empreendedores negros, o mês de maio mostrou aprovação de 14% das solicitações, enquanto no mês de agosto somente 16% dos que tentaram conseguiram crédito, um crescimento de 2%. Olhando isoladamente o mês de agosto, 65% dos empreendedores negros que solicitaram empréstimos tiveram o crédito negado. Brancos foram 58%.   

Contas vencidas

As pesquisas apontaram para uma redução das dívidas em atraso tanto para brancos (38% em maio, 30% em agosto) quanto para negros (46% em maio, 37% em agosto). A utilização de recursos do governo como suspensão de contrato de trabalho, redução de jornada/salários e férias coletivas, segundo o estudo, é mais alta entre empresários brancos. 

Desemprego como motor

Outra pesquisa, a Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2019, mostrou que 88% dos "Empreendedores Iniciais" começaram um empreendimento devido à "escassez de empregos". Para o Sebrae, esse número deverá aumentar, em especial entre jovens, mulheres e negros. 

No caso do último grupo, os dados mostram que negros têm negócios menores, mais recentes, com menos infraestrutura e recursos. A escolaridade é outro ponto de desvantagem para negros: 47% dos negros têm superior incompleto/completo contra 66% dos brancos.

Taxa de desocupação no 2ª trimestre de 2020

Por raça ou cor

* Pretos e pardos - 15,8%

* Brancos - 10,4%

Por sexo

* Mulheres - 14.9%

* Homens - 12%

Redes sociais e permanência em casa

A pesquisa mostrou queda na diferença entre os dois perfis no uso das redes sociais como ferramenta de negócio. Já no que diz respeito a trabalhar de casa devido à Covid-19, a lógica se inverte. Os empreendedores negros trabalhando em casa são 34% contra 30% dos brancos. O otimismo sobre a duração da pandemia é também maior entre os negros, que estimam um retorno à normalidade em cerca de 10,9 meses, contra 11,7 para os empresários brancos.

Em função do contexto histórico da escravidão, a população negra teve menos acesso à educação e renda, ocasionando percentuais elevados de subemprego e de desemprego, fazendo também com que essas pessoas empreendessem principalmente motivadas pela necessidade, comenta Adriana Moreira, criadora da Feira Preta, evento que reúne empreendedores e consumidores majoritariamente negros.

LeiaJá também

--> Cresce número de negros nas universidades

--> Brasil tem mais negros eleitos, mas há sub-representação

Um estudo da FGV Social mostra que o número de pobres no Brasil caiu 23,7% entre 2019 e agosto deste ano, o que representa 15 milhões de pessoas. Mas o que à primeira vista pode parecer uma boa notícia, na verdade, apresenta-se como o prenúncio de uma nova crise, uma vez que os dados estão diretamente ligados à concessão de auxílios governamentais dados em meio à pandemia, que irão se extinguir até o fim do ano.

Segundo o economista Marcelo Neri, que coordena o levantamento, "é cristalino" que esse contingente retornará à pobreza a partir de 31 de dezembro, quando termina a concessão do auxílio emergencial. "O retorno à pobreza dessas quinze milhões de pessoas é um cenário até conservador. O Brasil foi o país da América Latina que mais concedeu auxílio proporcionalmente ao seu PIB, mas não era o que estava em melhores condições", ressalta. "O País teve generosidade, mas não sei se teve sabedoria. Vamos saber daqui a um ano."

##RECOMENDA##

A faixa mais pobre da população é aquela que recebe até 1/2 salário mínimo por pessoa, montante inferior aos R$ 600 do auxílio emergencial concedido pelo governo federal em meio à pandemia. O valor do benefício já caiu pela metade, e será extinto até fim do ano.

"Nove meses de auxílio correspondem a nove anos de Bolsa Família. Agora virá o Renda Cidadã, mas não sabemos ainda em que patamares", cita Neri. "Há a retomada no mercado de trabalho, mas com muitas incertezas para o próximo ano. Não se sabe quando sai a vacina ou qual seria o impacto de uma segunda onda de covid."

Praticamente todos os estados tiveram queda no número de pobres, e o levantamento mostra que as regiões que registraram as maiores reduções foram a nordeste (-30,4%) e a norte (-27,5%) - as duas que tiveram as maiores parcelas do público-alvo do auxílio emergencial.

O Rio Grande do Sul foi o único estado que registrou aumento no número da população pobre (crescimento de 0,45% no contingente de pessoas que recebem até 1/2 salário), mas o aumento não chega a ser preocupante. "Lá a pobreza aumentou pouco. É um lugar que fez alguns ajustes, como na previdência, e está fazendo outros. É o segundo estado em número de idosos, perdendo apenas para o Rio de Janeiro. O auxílio emergencial está pouco presente no Rio Grande do Sul, assim como na região sudeste", aponta o economista, dando um indicativo de que a população do estado do sul do País não deve ser muito afetada pelo fim da concessão dos auxílios federais.

Ainda segundo o estudo da FGV Social, o Benefício Emergencial (BEm), concedido aos trabalhadores com carteira assinada que tiveram redução salarial durante a pandemia, também ajudou a alavancar os números sobre a diminuição da pobreza este ano, mas não foi suficiente para evitar a queda de contingente em outro estrato da população, a que recebe mais de dois salários mínimos per capita. O levantamento aponta que 4,8 milhões de pessoas saíram desse grupo.

O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) caiu 14,5 pontos na passagem de agosto para setembro, para 145,8 pontos, divulgou nesta quarta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). Foi o quinto mês seguido de queda do indicador após uma alta de 95,4 pontos no bimestre março-abril, auge da pandemia da Covid-19. Apesar da melhora no mês, o indicador ainda está 9 pontos acima do nível máximo anterior a pandemia, alcançado em setembro de 2015.

"Depois de uma preocupante desaceleração em agosto, a queda do IIE-Br voltou a acelerar em setembro. O resultado reflete a constatação pelos agentes de um retorno sólido das atividades econômicas e a continuidade do movimento de relaxamento de medidas de isolamento social impostas pela pandemia de Covid-19", afirma em nota Anna Carolina Gouveia, economista da FGV/Ibre.

##RECOMENDA##

A economista classifica o resultado de "ainda incômodo" e lembra que ele ocorre sob influência da crise de saúde e seu impacto sobre a economia, com destaque para a piora da situação fiscal do País.

A FGV destaca que devido às incertezas em torno da continuidade de recuperação após a retirada dos auxílios e da velocidade de recuperação do setor de Serviços, grande demandante de mão de obra na economia, a dispersão das previsões dos especialistas continua extremamente elevada.

Os dois componentes do Indicador de Incerteza caminharam na mesma direção em setembro. O componente de Expectativas recuou 12,6 pontos, para 190 pontos, uma contribuição negativa de 2,7 pontos. É a primeira vez que o indicador fica abaixo dos 200 pontos desde o início da pandemia. Já o componente de Mídia recuou 13,5 pontos, para 130 pontos, contribuindo negativamente em 11,8 pontos para a queda do indicador geral no mês.

Segundo a FGV, os indicadores setoriais vêm sinalizando que a retomada da economia está acontecendo em etapas, o que ajudou a acentuar a queda de dois dígitos entre julho e setembro do componente de Expectativas.

Indexador usado para corrigir contratos de aluguel de imóveis, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) deve fechar o ano com variação até cinco vezes maior do que o índice que geralmente é usado como parâmetro para os reajustes de salários. O IGP-M já acumula alta de 13,02% nos 12 meses encerrados em agosto e a previsão é bater em 15,28% até dezembro, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deve ficar em 2,45%.

Se essas projeções se confirmarem, um contrato de R$ 3 mil com aniversário em janeiro de 2021 poderá chegar a R$ 3.458,40, caso não haja uma renegociação entre locador e locatório.

##RECOMENDA##

Calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o IGP-M também bate com folga o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 12 meses, o indicador usado para medir a inflação oficial do País está em 2,44%.

A discrepância está ligada à metodologia de cálculo dos índices. "A primeira grande diferença é que o IGP-M não é um índice 'construído', mas sim a média ponderada de três outros índices", diz o economista André Braz, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da FGV.

O primeiro componente do IGP-M está ligado aos preços no atacado para produtores, com peso de 60%. Os preços no varejo para os consumidores têm peso de 30% e na construção civil, de 10%. A pressão atual está justamente no atacado - ou na "inflação da porta da fábrica", como dizem os economistas.

Com a pandemia, os preços de várias commodities subiram, em meio à demanda maior vinda de outros países. Apenas em agosto, a soja em grão subiu 7%. "A economia global puxa a demanda por commodities para cima e, por consequência, toda a cadeia de derivados", diz Braz. "A desvalorização cambial (alta do dólar) também tem pesado bastante. Ela foi de 30% nos últimos 12 meses e ganhou mais fôlego durante a pandemia."

Já o IPCA é calculado com base numa ampla base de preços ao consumidor. Se por um lado o preço do arroz ficou mais alto, por outro há queda de custos em serviços como hotelaria e passagens aéreas, por exemplo.

Renegociação

O movimento do IGP-M ocorre em meio à retração do emprego, da renda e do consumo no Brasil, na esteira da pandemia. "Não há como repassar este aumento de 13% para o aluguel. Não há explicação plausível para o aluguel ter uma correção tão alta por um índice que está sendo elevado por fatores não ligados ao mercado", afirma o diretor executivo da Rede Lopes, Matheus de Souza Fabrício.

Segundo ele, inquilinos comerciais e residenciais estão procurando, neste momento, os proprietários dos imóveis para renegociar os valores. "O locador muitas vezes sabe que não pode aumentar o valor da locação agora ou o inquilino sai. E a economia não está tão bem assim. Não é um momento tão bom para se exercer o contrato sob o ponto de vista de correção", diz.

Nas negociações, diz Fabricio, as correções têm ficado entre 2% e 3% - algo mais próximo do IPCA. Essas renegociações, segundo ele, estão ocorrendo principalmente entre os empresários e os proprietários de pontos comerciais, em um cenário de dúvidas sobre o ritmo de recuperação da economia após o isolamento social.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta segunda-feira (31), a Fundação Getulio Vargas (FGV) abriu inscrições para 102 cursos on-line com certificação de curta, média e longa duração, oferecidos em diversas nas áreas de direito, economia, administração e comunicação. Interessados devem escolher e se cadastrar no curso através do site da FGV na aba “Cursos Gratuitos”.

Além disso, há cursos de Master of Business Administration (MBA) destinado a pessoas que já atuam no mercado de trabalho. Os cursos são oferecidos na modalidade presencial e com uso de tecnologia, por meio do FGV LIVE MBA. Na modalidade, serão oferecidos 16 cursos nas áreas de Direito, Economia e Finanças, Marketing e Vendas, Tecnologia e Ciência de Dados, dentre outros. As turmas estão previstas para o mês de setembro. Ao total os encontros somam 432 horas aula. 

##RECOMENDA##

Ainda há possibilidade do estudante escolher cursos de curta duração, realizado em 4 dias, de forma presencial. De acordo com nota, ao total são mais de 100 cursos das áreas de direito, finanças, inovação, logística, marketing digital, mercado de capitais, negócios e tecnologia da informação. Para se cadastrar em uma das modalidades dos cursos mencionados, basta o candidatos realizar as inscrições no site da FGV

“Agora com a modalidade presencial com uso de tecnologia, a FGV, que é uma instituição renomada no mercado, ficou ainda mais próxima dos alunos que buscam maior qualificação para as experiências profissionais do cotidiano”, finaliza o diretor da Faculdade Nova Roma, Leonardo Farias, segundo informações da assessoria de comunicação.

Redes sociais, aplicativos e a internet, de uma forma geral, são mais utilizados por mulheres empreendedoras do que pelos homens que têm negócios. A Pesquisa de Impacto da Pandemia nos Pequenos Negócios, desenvolvida pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que 69% das empresárias já vendiam ou passaram a vender on-line impulsionadas pela pandemia de Covid-19, contra 63% entre os homens. 

Quando se trata da utilização de ferramentas digitais mais complexas, a situação se inverte: 68% dos homens já as utilizaram, enquanto o percentual de mulheres fica em torno dos 32%. No que diz respeito ao sentimento em relação aos negócios, 73% das empresárias acreditam que menos da metade da clientela irá voltar a frequentar os estabelecimentos após a reabertura, enquanto 68% dos homens pensam o mesmo.

##RECOMENDA##

O levantamento ouviu 6.506 donos e donas de micro e pequenas empresas de todos os estados e do Distrito Federal na última semana de julho. Nele, também foi constatado que a maioria dos negócios está instalada em loja ou sala de rua, mas quando se trata de empreendedores que trabalham em casa, 35% são mulheres e 27% homens. 

“Sabemos que essa é uma realidade cultural do nosso país e que outras pesquisas do Sebrae já mostraram que as mulheres dedicam, em média, 17 % menos horas semanais aos negócios do que os homens, por estarem envolvidas com o que chamamos de economia de cuidados, seja com a casa ou com familiares. Então, a crise da pandemia jogou um holofote nessa questão porque vimos que as crianças estão em casa, houve dispensa de ajudantes e essas atividades recaíram muito mais sobre as mulheres”, afirmou Renata Malheiros, analista do Sebrae. 

Confira, a seguir, outras informações sobre a pesquisa: 

- A maioria dos empreendedores está em processo de reabertura, com ligeira vantagem para as mulheres (55%) em relação aos homens (51%).

- A grande maioria dos empresários (81%), de ambos os gêneros, acusou diminuição do faturamento mensal na pandemia - com as mulheres sendo um pouco mais penalizadas. Em relação a uma semana normal de trabalho, as perdas para elas foram de 59% e, para eles, de 57%.

- Mais da metade dos empresários de ambos os gêneros entrevistados eram MEI, com predominância das mulheres (62% delas contra 53% dos homens).

- Há um percentual de mulheres jovens empreendendo maior do que o de homens. Mas é na faixa etária entre 36 e 55 anos que estão concentrados os empresários de ambos os sexos (60% deles).

- As mulheres são mais escolarizadas do que os homens: 49% delas têm nível superior completo ou pós-graduação contra 40% dos homens com esses mesmos níveis de escolaridade.

- Mais da metade dos empresários não conseguiu empréstimo. Apenas 22% das empreendedoras e 20% dos empreendedores tiveram êxito na obtenção de crédito.

- Empreendedores masculinos e femininos acreditam que a situação econômica do país voltará ao normal em 12 meses.

*Com informações do Sebrae 

LeiaJá também

--> Sebrae: pesquisa revela mudanças para pequenos negócios

A confiança do consumidor aumentou 1,4 ponto em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, informou nesta segunda-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu a 80,2 pontos.

O indicador voltou ao patamar de março, quando a economia começou a ser impactada pela pandemia do novo coronavírus, mas ainda está 7,6 pontos aquém do nível de fevereiro. Em médias móveis trimestrais, houve alta de 6 pontos em agosto.

##RECOMENDA##

"A tímida alta da confiança dos consumidores em agosto representa uma desaceleração no ritmo da recuperação iniciada em maio. Reflexo do quadro de grande incerteza, o resultado de agosto expõe também uma expressiva heterogeneidade entre as classes de renda. Os consumidores de renda baixa registram queda da confiança e parecem agora projetar maiores dificuldades nos próximos meses, o que pode estar relacionado ao fim dos pagamentos de auxílio emergencial. Os consumidores de maior poder aquisitivo, estão menos satisfeitos com o momento e preferindo poupar a consumir. Entre os dois grupos extremos, a confiança dos consumidores de classes intermediárias segue em agosto na tendência de recuperação. Os movimentos distintos mostram que não apenas o impacto mas a velocidade de reação pode ser diferente entre os agentes econômicos e devem ser analisadas com atenção", avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Em agosto, o Índice da Situação Atual (ISA) subiu 0,5 ponto, para 71,5 pontos, nível ainda baixo em termos históricos. Já o Índice de Expectativas (IE) avançou 2,0 pontos, para 87,1 pontos, o melhor resultado desde fevereiro, quando estava em 93,2 pontos.

O componente que mede a satisfação presente dos consumidores com a economia avançou 1,2 ponto, para 75,1 pontos, enquanto o item que mede a satisfação com a situação financeira familiar cedeu 0,3 ponto, para 68,4 pontos. Ambos os quesitos permanecem próximos aos pisos históricos.

O componente que mede as expectativas dos consumidores sobre a economia nos próximos meses subiu 0,2 ponto, para 111,7 pontos, maior nível desde fevereiro (116,9 pontos). O item que mede o otimismo com relação às finanças familiares nos meses seguintes cresceu 1,4 ponto, para 91,1 pontos, quarta alta consecutiva. A maior contribuição para a alta do ICC em agosto foi do ímpeto de compras de bens duráveis, com elevação de 4,3 pontos, para 60,3 pontos, o maior patamar desde fevereiro (64,3 pontos).

Houve queda de confiança nas faixas de renda extremas, mais alta e mais baixa, e melhora nas faixas intermediárias. "Para os consumidores de menor poder aquisitivo, a piora está relacionada à falta de perspectivas sobre emprego e melhora da situação financeira familiar, o que afeta diretamente o consumo. Nos consumidores de maior poder aquisitivo, há também redução da intenção de compras de bens duráveis, o que parece estar relacionado com o alto nível de incerteza do período", apontou a FGV.

A Sondagem do Consumidor coletou informações de 1.752 domicílios em sete capitais, com entrevistas entre os dias 1º e 19 de agosto.

A pandemia do novo coronavírus ainda afeta o Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina, que passou de -59,9 pontos no segundo trimestre de 2020 para -43,2 pontos no terceiro trimestre. O indicador permanece na zona desfavorável do ciclo econômico, mas teve melhora de 16,7 pontos no período, apontou o levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). No Brasil, o ICE passou de -60,9 pontos no segundo trimestre de 2020 para -32,0 pontos no terceiro trimestre deste ano, uma melhora de 28,9 pontos.

Houve avanço das expectativas, embora a percepção sobre a situação atual tenha piorado. O Indicador da Situação Atual (ISA) na América Latina passou de -89,6 pontos no segundo trimestre deste ano para -98,0 pontos no terceiro trimestre. Já o indicador de Expectativas (IE) saiu de -22,3 pontos negativos para +41,1 pontos no mesmo período.

##RECOMENDA##

"A melhora no clima econômico é explicada, portanto, pela reversão nas expectativas que passaram de pessimistas para otimistas, enquanto as avaliações da situação atual pioraram. Ressalta-se que a diferença entre o IE e o ISA, de 139,1 pontos, é a maior da série histórica. A crise teria chegado ao seu pior momento, mas daqui para a frente a economia da região entraria numa fase de recuperação", ressaltou a FGV, em nota oficial.

À exceção do México, o ICE aumentou em todos os países selecionados para análise, embora todos sigam na zona desfavorável, com porcentual de respostas negativas acima das positivas. O maior ICE da região passou a ser o da Argentina, -27,5 pontos. Segundo a FGV, o início do processo de renegociação da dívida do país e o desempenho relativamente favorável no combate à pandemia podem ter influenciado o cenário econômico local.

O Ministério Público do Rio de Janeiro ajuizou, na segunda-feira (10), uma ação civil pública para obrigar a Fundação Getulio Vargas (FGV) a destituir seu presidente, Carlos Ivan Simonsen Leal, e outros cinco dirigentes. Todos são acusados da suposta prática de atos ilícitos quando da contratação da instituição, pelo governo fluminense, para assessorar na privatização do Banco o Estado do Rio (Berj), iniciada em 2006 e concluída alguns anos depois. Procurada, a FGV disse estranhar a iniciativa do MP, que considerou "arbitrária" e com possíveis "consequências gravíssimas".

De acordo com a ação, a FGV recebeu do Estado R$ 28.646.611,79 pelo serviço. Para estabelecer o valor das ações do Berj, a direção da fundação subcontratou um banco privado, ao qual destinou parte do que recebeu no contrato, em valores superfaturados, sem correspondência os serviços contratados.

##RECOMENDA##

Na operação, a instituição bancária teria feito pagamentos ilícitos de R$ 6 milhões a integrantes do governo estadual, à época comandado por Sérgio Cabral Filho (MDB).

O ex-governador foi preso em 2017 e já foi condenado a quase 300 anos de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, em diferentes processos. Ainda segundo a ação, outra parte dos recursos foi destinada aos dirigentes da FGV. O dinheiro teria chegado a eles, segundo o MP, por meio de pagamentos a pessoas jurídicas em seus nomes ou por intermédio de empresas subcontratadas.

A ação foi apresentada à Justiça pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção do Ministério Público (GAECC/MPRJ) e pela 3ª Promotoria de Justiça de Fundações. Os promotores argumentam que a FGV ainda é conduzida com os mesmos propósitos da época das supostas irregularidades.

Haveria, segundo os promotores, sistemática captação de dinheiro público para distribuição disfarçada de lucros na entidade. Isso seria vedado por lei em fundações de direito privado como a FGV.

"Nada sugere a alteração de posturas na condução da entidade, tampouco a mudança do padrão de comportamento, segundo o qual seus subordinados atuam em abuso da personalidade jurídica da FGV, em desvio de finalidade, de forma a exercerem sistematicamente influência junto a agentes políticos para captação de recursos públicos", explica o MP-RJ.

O inquérito civil que serviu de suporte para a ação civil pública foi instaurado após o Ministério Público Federal no Rio, por meio da força-tarefa da Lava Jato, investigar, na Operação Golias, um dirigente do banco acusado de envolvimento no caso.

De acordo com a delação de Carlos Miranda, um dos operadores do esquema de Cabral, o governo contratou a FGV, mediante dispensa de licitação, para encobrir a contratação da instituição bancária, cuja subcontratação seria um compromisso da FGV.

As investigações apontaram uma série de ilícitos cometidos durante o processo. Eles foram do direcionamento da licitação, ainda em 2006, e passaram pela adoção de cláusula de êxito e pela adição da venda do direito de exploração do processamento da folha de pagamentos dos servidores até o ano de 2013.

O que diz a FGV

Em nota, a FGV não abordou especificamente as acuações e afirmou que não foi citada em relação a nenhuma ação ajuizada pelo Ministério Público do Estado do Rio. Informou ainda que "estranha tal informação já que, se for verdade, trata-se de medida por demais arbitrária, que causará danos irreparáveis e consequências gravíssimas a uma instituição reconhecida mundialmente pela sua competência e que, além de sempre ter atendido a todas às solicitações do MP-RJ, possui projetos sociais, educacionais e governamentais, inclusive relacionados à segurança nacional, que serão afetados de forma incalculável".

Sérgio Cabral

Também por meio de nota, a defesa de Cabral afirmou que "o ex-governador é colaborador da Justiça com acordo celebrado com a Polícia Federal e homologado pelo Supremo Tribunal Federal. Ele vem esclarecendo todos os fatos e está à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento".

Com a disponibilização do Auxílio Emergencial em junho, houve a redução de brasileiros vivendo em extrema pobreza. De acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), o benefício fez o país registrar a menor taxa no indicativo socioeconômico nos últimos 40 anos.

A pesquisa mostra que 3,3% dos brasileiros, cerca de 6,9 milhões de pessoas, vivia em junho com a renda per capita de US$ 1,90 por dia. Em maio, a taxa de populares abaixo da linha de extrema pobreza era de 4,2%, equivalente a 8,8 milhões de brasileiros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

##RECOMENDA##

Outros estudos do IBGE indicam que o país conseguiu atingir o menor índice de miséria desde, pelo menos, o início dos anos 80. Até então, o menor registro ocorreu em 2014, quando o resultado se igualou ao de maio deste ano.

“A Pnad passou a ter cobertura nacional total a partir de 2004. Antes, a área rural da região Norte não era tão bem coberta. Mas é bem aceito que nunca o Brasil teve taxas de pobreza tão baixas”, destacou o pesquisador responsável pelo levantamento do Ibre/FGV, Daniel Duque, ao Valor Econômico.

Ele acredita que o dado positivo é fruto do benefício de R$ 600, que distribuído para uma família de três pessoas, faz com que a renda per capita ultrapasse R$ 200 da linha da extrema pobreza. “Existem famílias que recebem cota dupla do benefício, como mães e pais solteiros, chegando a R$ 1.200. Nesse caso, mesmo que tenha quatro integrantes, a renda per capita dessa família vai superar a linha de corte de R$ 154 mensais”, calculou.

Renda Brasil

Em julho, o Governo Federal anunciou que o benefício será estendido por mais dois meses e, possivelmente, seja encerrado ao término do prazo devido ao investimento bilionário. Para o especialista, o fim do pagamento pode provocar uma retomada da pobreza extrema. Contudo, o comportamento das relações de negócio e a recuperação do mercado de trabalho podem frear o aumento da taxa.

Para prosseguir com o programa, uma das propostas do governo é criar o Renda Brasil, em substituição ao Bolsa Família. Caso aprovado, o novo pagamento poderá ser disponibilizado já ao término do Auxílio Emergencial e deve incorporar parte do pagamento.

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) liberou 93 cursos gratuitos on-line destinados a pessoas que queiram se qualificar durante a pandemia do novo coronavírus. Interessados podem escolher a capacitação desejada e realizar inscrições no site da FGV. As candidaturas seguem por tempo indeterminado. 

São cursos nas áreas de administração pública, economia, finanças, educação, humanidades, negócios, entre outras oportunidades. Ao final da especialização, os participantes farão uma avaliação de aprendizagem com dez questões objetivas relacionadas ao curso realizado. Os avaliados deverão somar, no mínimo, 70 pontos para serem aprovados e assim receberem a certificação. 

##RECOMENDA##

Para participar é necessário que os estudantes façam um perfil na plataforma de Educação Executiva da FGV. Desta forma, os candidatos poderão preencher o formulário do curso que lhes interessar. A inscrição será confirmada através do e-mail, assim como demais informações podem ser encaminhadas para os contatos cadastrados no ato de inscrição.

LeiaJá também

--> Papel do Estado é tema de minicurso virtual gratuito

Uma pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) revelou, nesta segunda-feira (6), que os empreendedores negros foram os mais impactados pelos efeitos da pandemia da Covid-19, entre os donos de pequenos negócios no Brasil. A partir das conclusões obtidas, o estudo indicou que 70% dos negócios conduzidos por negros estão situados em cidades que tiveram fechamento parcial ou total dos empreendimentos, enquanto 60% dos negócios comandados por brancos estavam em locais com restrições.

Realizado de 29 de maio a 2 junho, o estudo contou com a participação de 7.403 empresários entrevistados. Um dos recortes revelou que 39% dos empreendedores brancos têm empresas onde aconteceu maior reabertura, “ao contrário dos negros, que são apenas 29%”.

##RECOMENDA##

“A amostragem também identificou que 46% dos negócios liderados por negros tiveram que interromper temporariamente o funcionamento, enquanto 41% dos negócios mantidos por brancos tiveram interrupção temporária”, detalhou o Sebrae, por meio da Agência Sebrae de Notícias. O estudo, batizado de “O impacto da pandemia de coronavírus nos pequenos negócios”, quarta edição, foi desenvolvido em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Ainda segundo a pesquisa, os negócios mantidos por negros sofreram mais impacto porque “não conseguiram funcionar”, principalmente, de acordo com o Sebrae, “por atenderem em sua maioria (45%) somente de forma presencial”. Quarenta por cento dos empresários brancos, por outro lado, continuaram com suas empresas com o auxílio de ferramentas digitais.

“A amostragem identificou ainda que, entre os empreendedores negros, a maior proporção (70%) é de Microempreendedores Individuais (MEI), em sua maioria mais jovem, formado por mulheres e com menor nível de escolaridade em comparação aos brancos”, acrescentou o Sebrae.

Internet

O levantamento traz também um recorte exclusivo sobre redes sociais. Segundo a pesquisa, os pequenos negócios dirigidos por negros usam menos esses recursos para vendas, no entanto, demonstram vontade em passar a utilizar a grande rede para efetuar suas transações.

“Enquanto 48% dos empreendedores brancos já vendiam com auxílio da Internet antes da pandemia, entre os negros são 45%. Por outro lado, entre os que não utilizavam ainda o ambiente online, 21% dos negros responderam que em breve pretendem utilizar, enquanto 17% dos brancos responderam que têm interesse. Entre os que conseguiram expandir as vendas, os negros venderam menos online (37%) do que os brancos (41%). No entanto, dos empreendedores negros que vendem pela Internet, a maior parte utiliza o Whatsapp (88%), enquanto entre os brancos, sites próprios e Facebook são mais utilizados”, detalhou o Sebrae.

Dívidas

Carlos Melles, presidente do Sebrae, revelou que os empresários negros são maioria entre os empreendedores endividados. Melles alertou para dificuldade de acesso a crédito enfrentada pelos donos de negócios. “A dificuldade de acesso a crédito é um grande obstáculo enfrentado pelos pequenos negócios no momento, atingindo com mais força os empreendedores negros que, além de mais endividados (69%), tiveram mais recusa dos bancos”, declarou o presidente do Sebrae.

Conforme o levantamento, 55% dos empreendedores brancos tiveram acesso a crédito negado. O percentual entre os empresários negros foi de 61%.

Os motivos que explicam as desigualdades entre empresários negros e brancos não foram revelados no texto de divulgação da pesquisa. A seguir, o Sebrae destaca as principais conclusões percentuais do estudo:

* Empreendedores negros foram mais afetados pelas restrições de circulação de pessoas, sendo 70% dos negócios localizados em municípios onde houve fechamento parcial (61%) e fechamento total (9%).

* Empreendedores negros tiveram mais interrupção temporária (46%) do que os brancos (41%).

* Entre os negócios conduzidos por negros, 45% não conseguiram funcionar por só existirem presencialmente, entre os brancos a proporção foi 36%.

* Entre as empresas que conseguiram funcionar, 40% são lideradas por brancos que fizeram uso de ferramentas digitais como site e aplicativos. Entre os empreendedores negros, 32% conseguiram funcionar com o uso desses recursos.

* Entre os que conseguiram expandir as vendas, os empresários brancos (41%) passaram a vender mais online do que os negros (37%).

* 87% dos negros e brancos acusam diminuição de faturamento. * Há entre os empreendedores negros, maior proporção de MEI, negócios mais recentes e que faturam menos (39% a menos).

* Entre os empreendedores negros, é maior a proporção de jovens, mulheres e pessoas com baixa escolaridade.

* Os negros utilizam menos redes sociais, aplicativos ou internet para vender, mas gostariam mais de passar a usar. Enquanto os negros usam proporcionalmente mais WhatsApp, os brancos usam mais Facebook e sites próprios.

* É maior a proporção de negros com empréstimos (69%). Entre os negros que têm dívidas, dois em cada três estão em atraso (relação maior que a dos brancos).

* Negros e brancos pediram empréstimo em bancos em proporção semelhante, mas os negros tiveram maior recusa (61%), enquanto para os brancos foi de 55%. O valor solicitado pelos negros (R$ 28 mil) é 26% mais baixo do que o solicitado pelos brancos (R$ 37 mil).

Com informações da Agência Sebrae de Notícias

Nota da Fundação Getulio Vargas (FGV) informando que Carlos Alberto Decotelli não foi pesquisador ou professor da instituição pode fazer com que o ministro nomeado da Educação deixe o governo ainda nesta terça-feira (30). O presidente Jair Bolsonaro ficou irritado ao saber de mais uma incoerência no currículo do indicado, que já teve doutorado e pós-doutorado questionados por universidades estrangeiras e é acusado de plágio no mestrado. A intenção do governo é a de que ele faça uma carta de demissão, enquanto o Planalto procura nomes para substituí-lo.

Segundo o Estadão apurou, Decotelli já perdeu o apoio do grupo militar que o indicou ao governo. A nota da FGV dizia que Decotelli cursou mestrado na FGV, concluído em 2008. "Prof. Decotelli atuou apenas nos cursos de educação continuada, nos programas de formação de executivos e não como professor de qualquer das escolas da Fundação", completa o texto. A situação é comum na instituição em cursos com esse perfil, professores são chamados como pessoa jurídica e atuam apenas em cursos específicos.

##RECOMENDA##

Nesta segunda-feira (29), o presidente chamou Decotelli para uma conversa e postou nas redes sociais que o economista estava sendo vítima de críticas para desmoralizá-lo. Mas deu um recado: "O Sr. Decotelli não pretende ser um problema para a sua pasta (Governo), bem como, está ciente de seu equívoco." E não indicou que haveria posse, anteriormente marcada para esta terça. Decotelli saiu da reunião dizendo que era o ministro da Educação.

Segundo fontes, no entanto, o fato de Decotelli ser contestado agora por uma instituição do País o fragilizou. Na semana passada, ele foi questionado por Franco Bartolacci, reitor da Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, que disse que Decotelli não conclui o doutorado. Nesta segunda, a Universidade de Wuppertal, na Alemanha, também afirmou que ele não fez pós-doutorado na instituição. Decotelli mudou seu currículo na plataforma Lattes depois dos questionamentos.

Bolsonaro deve reavaliar alguns dos indicados com que ele já se encontrou na semana passada, como Marcus Vinícius Rodrigues, que foi presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC) na gestão de Ricardo Velez. Ele é engenheiro e ligado ao mesmo grupo militar de Decotelli. Rodrigues deixou o Inep depois de desentendimento com o grupo ligado a Olavo de Carvalho.

Também esteve com o presidente o ex-pró-reitor da FGV Antonio Freitas, também indicado pelo mesmo grupo militar. O secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, também esteve com o presidente e depois foi avisado por ele que não tinha sido escolhido para o cargo.

A preocupação dos militares e de educadores é que integrantes ligados a Olavo de Carvalho agora tenham argumentos para indicar um nome que prevaleça. O deputado Eduardo Bolsonaro teria sugerido Sérgio Sant'ana, ex-assessor especial de Abraham Weintraub e ligado a olavistas do governo. O nome de Ilona Becskehazy, que é a atual secretária de Educação Básica no MEC, também está sendo defendido por grupos considerados ideológicos.

Veja a nota da FGV na íntegra:

"A FGV se encontra em regime de trabalho remoto, com aulas presenciais suspensas inclusive, desde março de 2020, por força do isolamento imposto pela pandemia do Coronavírus, seguindo determinação das autoridades constituídas, federal, estadual e municipal, em razão do estado de emergência de saúde.

O Prof. Decotelli cursou mestrado na FGV, concluído em 2008. Assim, qualquer informação a respeito demandará acesso a arquivos físicos da época pelos respectivos orientadores responsáveis, o que só poderá se dar após o retorno destes a atuação presencial, eis que todos pertencentes ao chamado grupo de risco.

Quanto aos cursos de doutorado e pós-doutorado, realizados com outras instituições educacionais, cabe a estas prestar eventuais esclarecimentos e não à FGV, para quem o Prof. Decotelli atuou apenas nos cursos de educação continuada, nos programas de formação de executivos e não como professor de qualquer das escolas da Fundação.

Da mesma forma, não foi pesquisador da FGV, tampouco teve pesquisa financiada pela instituição."

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando