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Mais uma entre os milhares de ucranianos que fugiram do País nos últimos dias, Nataliya Ableyeva atravessou a fronteira neste sábado, 26, levando duas crianças: uma menina e um menino que ela acabara de conhecer.

Segundo matéria da agência de notícias Reuters, Ableyeva, uma mulher de 58 anos, estava na fronteira entre Ucrânia e Hungria, aguardando sua vez de atravessar, quando encontrou um homem e seus dois filhos em uma situação desesperadora.

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Com a nova lei ucraniana que proíbe a saída de homens entre os 18 e 60 anos, com o objetivo de mantê-los lutando pelo País, o pai foi impedido de atravessar a fronteira.

Sozinho com os dois filhos e sem poder continuar, o homem entregou-os a Ableyeva e disse que a mãe das crianças, Anna Semyuk, estava viajando da Itália em direção à fronteira, para encontrá-los e levá-los para um lugar seguro. Assim, ele deu a Ableyeva o número de celular de Semyuk, se despediu das crianças e ficou para trás.

A mulher e as duas crianças, então, atravessaram a fronteira para a cidade de Beregsurany, na Hungria. Lá, Ableyeva continuou ao lado das crianças, aguardando a chegada da mãe, próximos ao constante fluxo de refugiados que partiam para longe do conflito.

A matéria conta que, quando a mãe chegou, ela abraçou seu filho, sua filha e, por fim, Ableyeva, passando vários minutos chorando junto com a mulher que garantiu a fuga de seus crianças de uma zona de guerra.

Onda de refugiados deixa Ucrânia

Nataliya Ableyeva e as duas crianças são apenas três pessoas em meio à verdadeira multidão que deixou a Ucrânia desde o início da invasão russa, apesar da proibição da saída de homens entre 18 e 60 anos.

Segundo o comissário do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, mais de 150 mil refugiados ucranianos já atravessaram a fronteira para países vizinhos. Só para a Polônia já foram mais de 115 mil. A ONU estima que, se o conflito continuar, o número de refugiados pode chegar a 4 milhões.

A ponte Ambassador, passagem de fronteira crucial entre Canadá e Estados Unidos, foi reaberta ao tráfego após sete dias de bloqueio por manifestantes contrários às medidas anticovid-19 e depois de uma operação policial que terminou com quase 30 detenções.

O bloqueio da ponte que une a cidade canadense de Windsor à cidade americana de Detroit, por onde passa quase 25% do comércio entre os dois países, obrigou as montadoras de automóveis dos dois lados da fronteira a interromper ou reduzir a produção.

"A ponte Ambassador está agora totalmente aberta, permitindo novamente o livre fluxo comercial entre as economias canadense e americana", informou a empresa em um comunicado. O bloqueio afetou a indústria automotiva dos dois lados da fronteira.

O Serviço de Fronteira do Canadá confirmou a reabertura, mas indicou que não recomenda viagens não essenciais.

A polícia do Canadá liberou a ponte estratégica durante o domingo. Os agentes efetuaram diversas detenções ao longo do dia e desobstruíram a rodovia que segue até a Ponte Ambassador, mas os veículos só voltaram a transitar nesta segunda-feira.

A força de segurança prometeu "tolerância zero" para atividades ilegais na província de Ontario.

Liz Sherwood-Randall, conselheira de Segurança Nacional do presidente americano, Joe Biden, elogiou "os esforços decisivos da força pública (canadense) ao longo da fronteira para conseguir a suspensão completa de todos os bloqueios".

Na semana passada, Washington pressionou Ottawa e pediu o uso dos "poderes federais" para pôr fim ao bloqueio com "sérias consequências" para a economia americana, devido à importância do comércio que circula pela ponte.

O prefeito da cidade vizinha de Windsor comemorou que "a crise econômica nacional na ponte Ambassador tenha terminado", frente ao alto custo financeiro do bloqueio.

O bloqueio causou transtornos para a indústria automotiva dos dois lados da fronteira. Mais de 25% das mercadorias comercializadas entre Estados Unidos e Canadá passam por esta ponte.

- Repúdio às medidas sanitárias -

O movimento de protesto contra as medidas sanitárias inspirou iniciativas similares em outros países.

Na França, por exemplo, cerca de 1.300 veículos vindos de todo o país participaram dos comboios contra o passaporte sanitário e fizeram escala perto da cidade de Lille (norte) rumo a Bruxelas, onde pretendem protestar na segunda-feira, apesar da proibição das autoridades belgas.

Milhares de pessoas contrárias ao passaporte sanitário ou ao presidente francês, Emmanuel Macron, concentraram-se em Paris para protestar ali no sábado, batizando seu movimento de "Comboios da Liberdade", assim como a mobilização canadense.

No Canadá, o movimento, que entra na terceira semana, começou com uma mobilização de caminhoneiros contrários à obrigatoriedade de se vacinarem para cruzar a fronteira entre Canadá e Estados Unidos, mas as reivindicações acabaram incluindo a rejeição ao conjunto de medidas sanitárias adotadas e até a gestão do governo do primeiro-ministro, Justin Trudeau.

As manifestações prosseguiram do domingo em várias do país, entre elas Toronto e Montreal, e outros eixos fronteiriços continuavam bloqueados, nas províncias de Manitoba e Alberta.

Ottawa estava paralisada desde o fim de janeiro. Muitos manifestantes protestaram no centro da capital canadense neste domingo, quando contramanifestantes irritados tentaram conter um dos comboios que chegou para se somar à mobilização.

Antes da liberação da ponte, o ministro da Proteção Civil, Bill Blair, mostrou-se muito crítico à polícia de Ottawa, considerando "inexplicável" que a falta de capacidade para restabelecer a ordem.

"A polícia deve fazer seu trabalho e aplicar a lei na cidade", disse Blair à emissora CBC.

Ele também disse que "o governo federal está disposto a fazer tudo o necessário para retomar o controle da situação e restabelecer a ordem", em uma declaração que parece marcar uma diferença de tom sutil por parte das autoridades.

Consultado sobre a possibilidade de pedir para o exército ajudar a restabelecer a ordem, Trudeau declarou na sexta-feira que esta seria "uma solução de último, último, último recurso".

A Polônia iniciou nesta terça-feira (25) a construção de uma nova cerca na fronteira com Belarus para impedir a chegada de migrantes ilegais, após a crise entre Varsóvia e Minsk no ano passado.

Com 186 quilômetros de comprimento, quase metade do tamanho total da fronteira de 418 quilômetros, a barreira metálica de cinco metros e meio de altura custará cerca de 353 milhões de euros (407 milhões de dólares) e deve ser concluída em junho.

O projeto gera preocupação entre os defensores dos direitos humanos e os ativistas ambientalistas. Os primeiros temem que os migrantes que fogem de situações de conflito não poderão apresentar pedidos de asilo. Os segundos acreditam que terá efeitos nefastos para a fauna e a flora das florestas dessa área fronteiriça.

A União Europeia (UE) forneceu seu apoio à Polônia e criticou energicamente Belarus.

Por sua vez, o governo polonês rejeitou a proposta de Bruxelas de participação da agência europeia do Frontex na vigilância da fronteira. Além disso, votou uma lei que permite expulsar os migrantes ilegais sem esperar que apresentem sua solicitação de asilo.

"Temos a intenção de reduzir os danos ao máximo", declarou a porta-voz da guarda fronteiriça polonesa, Anna Michalska, citada pela agência PAP.

"A derrubada de árvores será limitada ao mínimo possível. O muro será construído ao longo da estrada fronteiriça", acrescentou, destacando que utilizará apenas as estradas já existentes.

Milhares de migrantes, procedentes do Oriente Médio, principalmente do Curdistão iraquiano, Síria, Líbano e Afeganistão, tentaram no ano passado cruzar a fronteira polonesa para entrar no território da UE. Alguns deles conseguiram passar e seguiram seu percurso.

Polônia e os países ocidentais acusam o governo bielorrusso de incentivar, inclusive de planejar e ajudar, este fluxo de migrantes, prometendo a eles um acesso fácil à UE.

O governo do presidente bielorrusso Alexander Lukashenko rejeita essas acusações e critica a Polônia por tratamento desumano aos migrantes.

Essas medidas de bloqueio, além da morte por frio e fome de uma dezena de migrantes nas florestas polonesas, provocaram um debate intenso na Polônia entre os defensores da fronteira nacional, que também é um dos limites da UE, e os defensores dos direitos humanos. Esses últimos exigem que os migrantes tenham a opção de solicitar o asilo e que não sejam expulsos enquanto o pedido está sendo analisado.

O número de afegãos que tentam entrar no Irã aumentou desde que o Talibã assumiu o poder há dois meses, mas a maioria é rejeitada, às vezes com violência, disseram várias testemunhas.

Antes da mudança de regime em 15 de agosto, entre 1.000 e 2.000 pessoas a cada mês passavam para o Irã pelo posto de fronteira de Zaranj, na província de Nimruz, no sudoeste do Afeganistão.

Agora, são entre 3.000 e 4.000 pessoas que vão diariamente ao posto de fronteira, disse seu comandante, Mohamed Hashem, explicando que são rejeitados por falta de documentos.

Dezenas de milhares de pessoas tentam fugir do Afeganistão, economicamente paralisado desde a mudança de regime e à beira de uma grave crise humanitária, com um terço da população ameaçada de fome, segundo as Nações Unidas.

As autoridades iranianas só permitem a entrada de afegãos com autorização de residência ou visto para o Irã, ou em caso de emergência médica. Isso representa entre 500 e 600 entradas diárias, de acordo com o líder do Talibã.

As tentativas de entrada ilegal se multiplicaram e, com elas, os primeiros testemunhos de retorno com violência, maus-tratos ou roubo por parte das forças de segurança iranianas.

Do lado afegão da fronteira, Hayatulah, de barba grisalha e usando o turbante tradicional, mostrou sua mão ferida envolta em uma bandagem ensanguentada. "Os soldados iranianos pegaram nosso dinheiro e bateram em nossas mãos", disse ele à AFP.

Mohamad Nasim, que tentou uma noite escalar o muro que separa os dois países três vezes, foi baleado por guardas da fronteira iraniana. Duas pessoas morreram e uma era amiga dele, contou.

Sua tentativa subsequente resultou em uma "prisão" e uma "surra" por soldados iranianos, determinados a dar o exemplo e impedir qualquer entrada clandestina.

Nasim tentou se justificar aos soldados iranianos e lhes disse: "Se vocês estivessem na miséria e na fome que vive a nossa nação, também tentariam atravessar para o outro lado".

Se a crise humanitária piorar, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) avisou para um influxo repentino de até meio milhão de afegãos aos países vizinhos até o final do ano.

O governador do Texas, Greg Abbott, busca construir um novo muro de fronteira entre o México e aquele estado do sul dos Estados Unidos, retomando assim o trabalho realizado pelo ex-presidente republicano Donald Trump e interrompido por seu sucessor, o democrata Joe Biden.

Denunciando que a imigração ilegal está "fora de controle" e anunciando uma série de medidas para fortalecer os recursos policiais para a detenção de migrantes, o governador republicano apresentará seu plano de construção na próxima semana, disse ele em entrevista coletiva nesta quinta-feira (11).

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No entanto, há dúvidas sobre a viabilidade do projeto, uma vez que parte das terras da fronteira é propriedade do governo federal ou de pessoas físicas.

A construção de um novo muro "anti-imigrante" nos mais de 3.000 km de fronteira entre o México e os Estados Unidos foi uma das principais promessas de campanha de Trump para as eleições presidenciais de 2016, argumentando que protegeria o país dos indocumentados, criminosos e traficantes de drogas.

"Promessa feita, promessa cumprida", disse a Casa Branca em janeiro, durante a visita de Trump ao Texas por ocasião da conclusão de mais de 700 km de muro.

Na verdade, um terço da fronteira já tinha um muro ou barreira antes de assumir o cargo, e as obras sob seu mandato consistiram principalmente em melhorias ou reforço de estruturas existentes.

As apreensões de imigrantes na fronteira EUA-México atingiram seu nível mais alto em 15 anos em março, aumentando a pressão sobre Biden, sinalizada pelos republicanos de minimizar a crise de imigração.

A China instalará uma "linha de demarcação" da fronteira no topo do Everest para evitar qualquer risco de contaminação por Covid-19 por parte dos alpinistas procedentes do Nepal, informou a imprensa chinesa.

Primeira nação afetada pela pandemia em dezembro de 2019, a China conseguiu conter em grande medida a doença desde a primavera (hemisfério norte, outono no Brasil) de 2020 e agora teme um retorno dos contágios a partir do exterior.

Embora as fronteiras estejam praticamente fechadas desde março de 2020, a China tem a intenção de ampliar sua vigilância ao topo do planeta, que compartilha com o Nepal, a 8.848 metros de altura.

Os guias de alta montanha estabelecerão uma linha de demarcação no topo antes de permitir a escalada no lado chinês (norte), informou a agência de notícias Xinhua.

O anúncio foi feito em uma entrevista coletiva pelo diretor da Associação Tibetana de Montanhismo.

A agência estatal não detalhou como a China marcará especificamente seu território no estreito cume da maior montanha do mundo, onde apenas alguns alpinistas podem permanecer ao mesmo tempo.

O presidente da Associação de Montanhismo do Nepal, Santa Bir Lama, expressou dúvidas sobre a questão.

"Não estou a par da decisão, mas existe apenas um cume e seria praticamente impossível criar uma separação entre alpinistas dos dois lados" disse Bir Lama.

Funcionários tibetanos citados pela agência afirmaram que adotarão "as medidas mais estritas de prevenção da epidemia" para evitar o contato com os alpinistas que fazem a escalada a partir do lado sul.

Desde o início da temporada, o Nepal já organizou mais de 30 retiradas médicas, algumas motivadas pela covid-19, no campo base localizado a 5.364 metros de altura sobre o nível do mar.

O Nepal, país vizinho da Índia, é gravemente afetado por uma segunda onda de coronavírus, no momento em que planejava retomar o turismo, que em 2020 foi reduzido a zero.

O Sri Lanka fechou nesta quinta-feira (6) suas fronteiras com a Índia, seguindo os passos de outros vizinhos do gigante do Sudeste Asiático, que luta contra uma onda brutal do coronavírus.

Bangladesh e Nepal também fecharam suas fronteiras com a Índia, que registrou um grande número de infecções e mortes relacionadas à covid-19 nas últimas três semanas.

A Índia contabiliza mais de 230.000 mortes e 21 milhões de casos desde o início da pandemia.

Sri Lanka, Bangladesh e Nepal combatem seus próprios problemas sanitários, enquanto a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho destaca "um desastre humanitário que se aprofunda" no sul da Ásia.

O governo do Sri Lanka proibiu a entrada em seu território de passageiros em voos procedentes da Índia. O país registrou nesta quinta um recorde de mortes diárias, com 14 e 1.939 infecções em 24 horas.

A Marinha do Sri Lanka, que intensificou suas patrulhas para evitar que os pesqueiros indianos se aproximem de suas águas, informou que interceptou hoje 11 embarcações que cruzavam o estreito entre os dois países vizinhos.

Bangladesh suspendeu os voos internacionais a partir de 14 de abril e fechou sua fronteira com a Índia em 26 de abril.

Colombo notificou 11.755 mortes ligadas à covid-19 e 767.338 casos da doença, embora os especialistas acreditem que os números reais seja muito mais elevados, como em todos os países do sul da Ásia.

Bangladesh recebeu 10 milhões de doses de vacinas da Índia, mas o fornecimento foi interrompido e o governo agora está em negociações com a China.

O Nepal, por sua vez, suspendeu os voos internacionais por uma semana, até 14 de maio. Apenas dois voos semanais para a Índia são permitidos para repatriar cidadãos bloqueados. A maioria dos postos de fronteira também estão fechados e apenas os nepaleses que retornam ao seu país podem cruzar os que seguem abertos.

A maioria dos hospitais do Nepal estão lotados de pacientes com covid-19, de acordo com a Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho.

"As cidades do sul perto da fronteira com a Índia não conseguem lidar com o número crescente de pessoas que precisam de tratamento médico", informaram. "O Nepal atualmente tem 57 vezes mais casos do que há um mês", observaram.

Nepal, Bangladesh e Paquistão registram atualmente taxas exorbitantes de mortes por covid. O Paquistão fechou suas fronteiras com a Índia antes do início da nova onda devido a tensões políticas.

"Devemos agir agora e rapidamente para manter alguma esperança de conter esta catástrofe humanitária", disse o diretor regional da organização para a região da Ásia-Pacífico, Alexander Matheou.

"Esse vírus não respeita fronteiras e suas variantes se espalham pela Ásia", alertou.

Até mesmo as Maldivas, um destino turístico de luxo, aumentaram as restrições para os viajantes indianos e exigem testes negativos para permitir sua entrada.

A Índia é o maior mercado de turismo para o Sri Lanka e também para as Maldivas, que agora são fortemente afetadas economicamente pela nova onda do coronavírus.

As Maldivas contabilizam 32.665 infecções e 74 mortes.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quarta-feira (24) ter encarregado a vice-presidente, Kamala Harris, da gestão da crise migratória na fronteira dos Estados Unidos com o México.

"Não consigo pensar em ninguém mais qualificado", declarou Biden a repórteres em uma reunião na Casa Branca junto a Harris e os chefes dos Departamentos de Segurança Interna (DHS) e de Saúde.

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"Ela aceitou liderar este esforço diplomático", acrescentou, em alusão aos diálogos com o México e os países do Triângulo do Norte da América Central, de onde provém a maioria dos menores que chegam aos Estados Unidos.

Esta é a primeira missão que Biden encarrega à sua vice-presidente.

"Esta nova alta que estamos assistindo começou durante o governo passado, mas agora é nossa responsabilidade", disse Biden em relação aos números de chegadas na fronteira.

Este anúncio coincide com o envio de uma delegação da Casa Branca à fronteira, em meio a acusações dos republicanos de que o governo não adota as medidas necessárias para enfrentar a crise na fronteira sul, especialmente em relação a um aumento das chegadas de menores desacompanhados.

Durante a reunião, Harris reiterou a mensagem que o governo Biden busca transmitir. "As pessoas não deveriam vir à fronteira agora", disse a vice-presidente.

Após superar a marca de 100 mil vacinados contra a Covid-19, o governo do Uruguai informou que enviará todo o restante do lote de imunizantes da chinesa Sinovac às cidades limítrofes com o Brasil.

Em publicação no Twitter, o ministro da saúde uruguaio, Daniel Salinas, explicou que o objetivo é "blindar" a fronteira com o país vizinho, que tem registrado acelerada disseminação de variantes mais contagiosas do vírus.

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Segundo o jornal El País, os municípios fronteiriços receberão cerca de 30 mil doses da vacina.

A Argentina decidiu estender o fechamento das fronteiras aéreas e terrestres com o Brasil até o dia 12 de março, prorrogando o decreto anterior que determinava que elas fossem reabertas a partir desta segunda-feira (1º).

As autoridades sanitárias argentinas consideraram necessário manter o bloqueio e a diminuição de 50% dos voos entre os dois países.

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A Argentina também está fechada para estrangeiros de outros países limítrofes e do Reino Unido. Só podem entrar no país argentinos ou residentes. As informações foram publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo.

A ministra da Saúde, Carla Vizzotti, justificou a medida por conta da variante do novo coronavírus encontrada inicialmente em Manaus, no Amazonas.

O Brasil passa nas últimas semanas pelo pior momento da pandemia da COVID-19. A média móvel de mortes dos últimos sete dias bateu novo recorde e chegou a 1.180. Com 50.840 novos diagnósticos registrados em um dia, a quantidade de casos no país já é superior a 10,5 milhões.

O Brasil registrou, neste sábado (27), 1.275 mortes por COVID-19 nas últimas 24 horas, atingindo um total de 254.263 óbitos, um dia após completar um ano do primeiro caso oficial identificado no país. Foram 50.840 novos diagnósticos confirmados, totalizando agora 10.508.634 de casos.

Da Sputnik Brasil

O Ministério da Justiça e Segurança Pública publicou, no Diário Oficial da União de hoje (18), portaria na qual autoriza o emprego da Força Nacional de Segurança em apoio ao governo do Acre, nas "atividades de bloqueio excepcional e temporário de entrada no país de estrangeiros".

Segundo a portaria, a medida tem caráter "episódico e planejado", com duração de 60 dias, a contar de hoje. Se necessário, esse prazo, que a princípio se encerra em 18 de abril, poderá ser prorrogado.

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Caberá ao governo do Acre dar o apoio logístico necessário para a operação. O contingente deverá seguir o planejamento definido pela diretoria da Força Nacional, vinculada ao Ministério da Justiça.

Ao menos 100 caminhões-tanque foram destruídos no sábado (13) em um incêndio no Afeganistão, em um dos cruzamentos fronteiriços mais importantes com o Irã, causando um prejuízo calculado em milhões de dólares, informaram as autoridades neste domingo (14).

"Sabemos que entre 100 e 200 caminhões foram destruídos. Precisamos de mais tempo para determinar a extensão dos danos", afirmou Jailani Farhad, porta-voz do governador da província de Herat.

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Cerca de 20 feridos foram hospitalizados depois do incêndio, que começou no sábado à tarde no posto fronteiriço de Islam Qala, acrescentou Farhad. Esse número foi confirmado por funcionários da Saúde.

Enquanto os bombeiros tentavam apagar o fogo, criminosos entraram no local e roubaram bens importados e exportados com o Irã, disse Yunus Qazi Zada, diretor da Câmara do Comércio de Herat.

"O desastre é muito maior do que pensamos (...). Infelizmente, ladrões sem caráter roubaram muitos materiais", disse. No sábado, foi estimado um prejuízo de "milhões de dólares".

Neste domingo, um fotógrafo da AFP levado ao local descreveu que ainda havia chamas e muita fumaça sobre os restos carbonizados dos veículos.

Forças de segurança dispararam contra um veículo e mataram um homem depois de não conseguirem prendê-lo em um posto de controle para proteger o escritório da alfândega dos ladrões.

Centenas de pessoas que diziam ser proprietárias dos caminhões estavam reunidas em volta da corrente policial, com a esperança de poder se aproximar do local do incêndio.

O ministério da Fazenda afirmou que o incidente começou em um caminhão, segundo informações preliminares.

Este incidente provocou "grandes perdas econômicas", incluindo de combustível, caminhões-tanque e infraestruturas da alfândega.

Uma delegação de Cabul chegou para investigar a catástrofe, acrescentou o ministério. Grande parte da província de Herat estava sem energia elétrica neste domingo, já que algumas linhas elétricas foram danificadas.

- Fuga para o Irã -

Islam Qala é uma das passagens fronteiriças mais importantes no Afeganistão.

Cabul recebeu uma isenção de Washington para importar gasolina e gás iranianos, apesar das sanções americanas.

A fronteira "está aberta para caminhões, carros e pessoas que fogem do fogo para o Irã", disse Saeed Jatibzadé, porta-voz do ministério das Relações Exteriores iraniano.

O vice-presidente afegão, Amrullah Saleh, disse que centenas de caminhões conseguiram entrar no Irã para se proteger.

Bombeiros afegãos e iranianos ainda estão no local apagando os últimos focos pequenos, disse Farhad.

Aproveitando-se da situação, os talibãs atacaram um posto de segurança durante o incêndio, lamentou.

Eles atacam frequentemente caminhões-tanque porque suspeitam que fornecem combustível para tropas estrangeiras no Afeganistão.

As ligações ferroviárias e marítimas entre Reino Unido e França permanecerão abertas no dia de Natal para eliminar o engarrafamento de milhares de caminhões parados pelo fechamento das fronteiras após a detecção de uma nova cepa do coronavírus, anunciou Londres.

Milhares de caminhoneiros europeus dormiram pela quarta noite consecutiva nas cabines de seus veículos, bloqueados perto de Dover, principal porto britânico no Canal da Mancha, enquanto aguardavam para fazer um teste de Covid-19, cujo resultado negativo permitirá a entrada na França.

Quase 6.000 caminhões aguardavam para atravessar a fronteira na quarta-feira (23) à noite, segundo o ministério britânico dos Transportes, incluindo 3.750 veículos no no antigo aeroporto de Manston, transformado em estacionamento e centro de testes de coronavírus.

"Enquanto os testes continuam, conversei com meu colega francês e concordamos que a fronteira franco-britânica no Eurotúnel, Dover e Calais permanecerá aberta durante o Natal para ajudar os transportadores e os cidadãos a voltar para casa o mais rápido possível", tuitou o ministro dos Transportes da Grã-Bretanha, Grant Shapps.

A grande operação, que tem o apoio do exército, começou na quarta-feira graças a um acordo entre Londres e Paris para a retomada do tráfego de pessoas e mercadorias.

A França fechou a fronteira no domingo à noite, após a descoberta no Reino Unido de uma variante do coronavírus mais contagiosa que as anteriores. Dezenas de outros países fizeram o mesmo, mas apenas para as ligações aéreas.

O principal objetivo agora é restabelecer a rede de abastecimento do Reino Unido, que depende em grande medida dos caminhões que se deslocam para e a partir do continente europeu, antes de uma falta de alimentos.

Um alerta de novo ataque de gafanhotos, registrado em fazendas de Campo Viera e Itacaruaré, na Argentina, foi enviado ao Brasil. Segundo os técnicos agrônomos do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa) argentino, que monitora a região de fronteira entre os dois países, a nuvem de insetos destruiu plantações de erva-mate em território argentino e avança em direção ao estado do Rio Grande do Sul.

Embora tenha gerado preocupação para os fazendeiros da região de Rincão Vermelho e Porto Xavier, cidades que ficam a 550 km da capital Porto Alegre, os especialistas diminuíram o poder destrutivo da espécie gafanhoto-tucura (Zoniopoda tarsata). Segundo os técnicos do Senasa, esse tipo de inseto não tem como característica o vôo por longas distâncias e pode ser controlado com pulverização de pesticidas.

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Desde maio, nove ataques de gafanhotos foram registrados na América do Sul. Em agosto, uma nuvem com cerca de 400 milhões de insetos que ameaçava chegar ao Brasil destruiu lavouras, como as de trigo em fazendas no Paraguai, Uruguai e Argentina. O empenho do controle de pragas do Senasa e as baixas temperaturas da região contribuíram para a extinção dos insetos antes que atingissem a agricultura em território brasileiro.

O Conselho Europeu divulgou nesta sexta-feira (13) uma declaração sobre medidas de segurança, após os recentes ataques terroristas ocorridos na região. "Queremos fortalecer e desenvolver opções para medidas de segurança no Espaço Schengen, bem como instrumentos para a cooperação policial transfronteiriça", indica o documento, escrito após reunião entre os ministros do Interior dos Estados membros.

"Caso a situação o exija em casos excepcionais, os Estados membros mantêm a capacidade de decidir reintroduzir e prolongar os controles temporários nas fronteiras internas em conformidade com o Código das Fronteiras Schengen", assinala a declaração, que ressalta ainda a importância das relações com países terceiros, com vista à "expulsão de criminosos e de pessoas que representam uma ameaça terrorista ou extremista violenta".

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A prevenção do extremismo, incluindo a da radicalização em países originários de tensões, consta no documento. O respeito "mútuo" à liberdade religiosa, assim como às visões de mundo seculares das sociedades, também foi abordado.

Quase todos os peregrinos judeus bloqueados durante dias no lado bielo-russo da fronteira com a Ucrânia voltaram para Belarus - informaram as Guardas de Fronteira de ambos os países nesta sexta-feira (18).

O retorno se dá devido as restrições em vigor pela Covid-19, que os impediram de seguir sua peregrinação.

"Observamos apenas uns poucos peregrinos que ficaram para trás", disse à AFP o porta-voz da Guarda de Fronteira ucraniana, Andrii Demtchenko, enquanto a parte bielo-rusa se referiu a "umas dez pessoas".

Mais de mil delas, incluindo menores, ficaram retidas na zona fronteiriça neutra entre os dois países nos últimos dias.

Todos os anos, quando o Ano Novo Judaico é celebrado, milhares de peregrinos viajam para Umã, no centro da Ucrânia, onde fica o túmulo do rabino Najman de Breslev (1772-1810), fundador do Hassidismo, um ramo do Judaísmo ultraortodoxo.

As celebrações do Ano Novo começam nesta sexta-feira ao pôr do sol.

Esses judeus ultraortodoxos pensaram que seria possível chegar à Ucrânia por Belarus, mas as autoridades de Kiev, diante de um aumento nos casos, fecharam as fronteiras para estrangeiros desde o final de agosto.

No total, cerca de 2.000 peregrinos de Israel, França, Reino Unido e Estados Unidos aguardavam para entrar na Ucrânia.

Mais de 1.000 deles ficaram presos por dias em "terra de ninguém" na fronteira, em condições muito precárias.

Às restrições sanitárias devido à pandemia, somou-se a tensão diplomática, já que a Ucrânia acusou Belarus de querer usar esta situação para fins políticos.

As relações entre os dois países têm sido complicadas, após a polêmica reeleição do presidente bielo-russo, Alexander Lukashenko, em agosto passado.

China e Índia trocaram acusações nesta terça-feira sobre tiros disparados em uma área da fronteira que os dois países disputam, um fato inédito em várias décadas, após um confronto violento em junho entre as duas nações no Himalaia.

Várias divergências fronteiriças opõem as duas potências vizinhas no Himalaia e aumentaram em junho após um confronto incomum, a mais de 4.000 metros de altitude, entre soldados indianos e chineses em Ladakh (norte da Índia).

O confronto deixou 20 mortos do lado indiano e um número desconhecido de vítimas entre os chineses.

Em um comunicado publicado nesta terça-feira, o ministério chinês da Defesa acusa a Índia de "grave provocação militar", depois que soldados indianos ultrapassaram a fronteira e "deram tiros para o alto".

Nova Délhi acusa Pequim e alega que foram as tropas chinesas que "deram tiros para o alto para intimidar" seus militares.

A Linha de Controle Efetivo ("Lign of Actual Control", LAC), fronteira de fato entre Índia e China, não está corretamente demarcada.

De acordo com uma prática antiga, para evitar um verdadeiro confronto militar, os dois exércitos não utilizam armas de fogo ao longo da fronteira. E oficialmente nenhum tiro foi disparado desde 1975.

Após os confrontos corpo a corpo de 15 de junho, comandantes dos dois exércitos se reuniram para tentar reduzir a tensão.

Na sexta-feira, os ministros da Defesa dos dois países se reuniram em Moscou, à margem de um encontro internacional, mas o encontro acabou com uma troca de acusações sobre o aumento da tensão, em comunicados divulgados pelas duas partes.

O último conflito aberto entre os dois países aconteceu em 1962, quando uma guerra relâmpago terminou com a vitória do exército chinês sobre as tropas indianas.

O exército da Índia acusou nesta segunda-feira (31) a China de executar movimentos de "provocação" na fronteira comum no Himalaia, onde no mês de junho 20 soldados indianos morreram em confrontos.

Um comunicado divulgado pelo ministério indiano da Defesa afirma que o incidente aconteceu no sábado (29) à noite, mas não explica se resultou em um novo confronto.

As tropas do Exército Popular de Libertação da China "executaram movimentos militares provocativos para mudar o status quo", afirma o comunicado, antes de destacar que as partes iniciariam negociações militares nesta segunda-feira.

Em 15 de junho, soldados dos dois países lutaram corpo a corpo na zona de fronteira e 20 militares indianos morreram no confronto. A China também reconheceu baixas, mas não divulgou um número.

Índia e China trocam acusações sobre as tensões na fronteira, que foi cenário de uma guerra em 1962 e de vários incidentes desde então.

Desde junho, China e Índia enviaram dezenas de milhares de soldados à região. As negociações militares e diplomáticos para tentar apaziguar a tensão parecem estagnadas.

O Canadá irá estender o fechamento de sua fronteira para viagens não essenciais até final de setembro, anunciou nesta sexta-feira (28) o ministro de Segurança Pública, Bill Blair.

"Nosso governo estenderá as restrições existentes às viagens internacionais ao Canadá por um mês, até 30 de setembro de 2020, para limitar a introdução e propagação da covid-19 em nossas comunidades", anunciou o ministro pelo Twitter.

"Os cidadãos canadenses e os residentes permanentes que regressem ao Canadá seguirão sujeitos a rigorosas medidas de quarentena", completou.

A fronteira permanece fechada a todos os viajantes que não apresentam um motivo essencial para entrar em território canadense. Contudo, o comércio de mercadorias entre países segue ativo.

O Canadá anunciou nesta sexta-feira (31) uma nova prorrogação do fechamento de suas fronteiras, exceto para americanos, e o lançamento de seu aplicativo de rastreamento de contatos para evitar a propagação da pandemia do coronavírus.

O Canadá estendeu a validez das medidas "que proíbem a entrada no Canadá de pessoas oriundas de países estrangeiros que não sejam os Estados Unidos" até 31 de agosto, de acordo com um decreto emitido nesta sexta.

A fronteira com os Estados Unidos, o país mais atingido do mundo pela pandemia em números absolutos, está fechada para viagens não essenciais desde 21 de março.

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, anunciou que, a partir desta sexta-feira, é possível baixar um aplicativo de rastreamento que permite saber se uma pessoa esteve em contato com outra contaminada.

"Eu mesmo baixei o aplicativo esta manhã e os incentivo a fazer o mesmo em todo o país", declarou Trudeau em coletiva de imprensa.

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