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Oito adolescentes fugiram do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Santa Luzia, no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife, na noite dessa terça-feira (16). Outras duas jovens também tentaram escapar, mas não conseguiram.

De acordo com a assessoria da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), a fuga aconteceu depois que a grade de um dos alojamentos foi serrada. Na manhã desta terça-feira (17) as garotas foram recapturadas e encaminhadas para o Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA).

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A Gerência Técnica de Segurança (GTS) da Funase foi acionada e iniciou uma investigação sobre a fuga. Em nota, a Fundação esclareceu que a Corregedoria da instituição, por sua vez, está tomando as medidas cabíveis de apuração e das responsabilidades dos fatos.

Com informações da assessoria

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Entrevista coletiva ou tarde de autógrafos. Normalmente essa é a atividade dos atletas na véspera de cada etapa do Circuito Brasileiro Banco do Brasil de Vôlei de Praia. A própria empresa patrocinadora da competição faz os convites e determina as ações. As jogadoras Andressa e Carol Horta fugiram do padrão, e causaram e vivenciaram uma experiência inesquecível. Na última quarta-feira, saíram da própria rotina para conhecer a dos adolescentes da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife.

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As jogadoras chegaram à Funase acompanhadas de alguns assessores e entraram na sala de recepção sem ter ideia de como seria lá dentro. “Posso entrar com a caneta? Precisa deixar o celular aqui?”, questionou a fortalezense Carol Horta, que faz dupla com Duda. A atleta logo explicou: “É que nós nunca visitamos em um lugar assim”.

Oficinas de ressocialização

Carol Horta e Andressa cruzaram os primeiros corredores até a sala - que os adolescentes assistem TV - e esperaram para começar a visitação. A coordenadora geral da Funase, Viviane Sybalde, e o secretário de Esporte e Lazer de Jaboatão dos Guarapes, Marcus Sanchez fizeram as honras de acompanhar as jogadoras. Os primeiros contatos com os reeducandos foram nas oficinas. 

Assim que entraram na sala de bordado receberam pedidos dos alunos para posar para fotografias. “Claro, sem problemas”, respondeu Andressa. Carol Horta ainda brincou, “ai, como eu queria aprender a bordar. Sempre quis”. Um dos alunos falou, “quem joga bem vôlei sou eu, me garanto”. O colega atestou, “ele é bom mesmo, visse! Não parece, não. Porque é baixinho, com menos de um metro”, disse rindo. 

As atletas seguiram oficina de robótica. “Três alunos do professor Higínio (responsável pelas aulas) saíram daqui direto para o mercado de trabalho”, contou orgulhosa a coordenadora Viviane Sybalde. “É bom assim, quando o resultado aparece”, falou a paraibana Andressa – que joga ao lado de Tainá no Circuito de Vôlei de Praia. A Funase de Jaboatão dos Guararapes, inclusive, recebeu o Prêmio Innovare – um dos mais conceituados da Justiça brasileira - no final de 2014 pelo projeto de ressocialização de adolescentes. 

Contato com o grupo

Até então, as duas jogadoras só haviam encontrado cerca de cinco alunos. Quando saíram para o pátio, se juntaram a dezenas de garotos. São adolescentes com idade entre 12 e 15 anos que cumprem regime fechado e recebem visita apenas de parentes próximos. Alguns estão há mais de um ano no local. O primeiro contato com o grupo foi mais delicado e causou um pouco mais de tensão, principalmente em Andressa, que vestia uma bermuda mais curta.

Após a visita a atleta revelou a tensão, mas não explicou precisamente o sentimento: “Ah, não sei. É que eu estou começando agora e fico meio nervosa com tudo”. E amenizou, “mas o pessoal tratou a gente muito bem e nos deixou bem à vontade na casa, para conhecer tudo”. A propósito, em momento algum os adolescentes se dirigiram às jogadores sem a habitual educação com, “por favores”, “com licenças” e, principalmente, “obrigados”. Questionado se acompanhava a carreira das atletas, um dos garotos fãs de vôlei – e que costuma jogar no local - respondeu: “Conheço não. Assim que nem elas? Bonitas que nem essas daí a gente só vê na televisão. E na daqui só passa jogo de futebol”.

Encanto e apoio

A visita terminou com a apresentação das jogadoras (além de gestores do local e políticos) e a série de autógrafos em camisas para cada um dos cerca de 60 garotos presentes. Os coordenadores falaram e foram aplaudidos. Mas não se aproximaram perto da ovação às palavras de Carol Horta, que fez questão de se pronunciar. “Primeiro, meus parabéns a vocês. Pela organização, dedicação e superação de cada dia aqui. Parabéns por passarem pelos seus problemas e parabéns por querer melhorar...”, disse.

O secretário de Esporte e Lazer de Jaboatão dos Guararapes, Marcus Sanchez agradeceu e ressaltou a visita das jogadores. "É a primeira vez que a gente traz atletas desse porte para cá. Elas estão entre as 16 melhores do Brasil, que um dos mais fortes celeiros de vôlei de praia do mundo. Então, a gente faz isso com muita felicidade. Eu digo que os garotos daqui têm duas coisas que se assemelham às atletas: superação e determinação. E essa é a verdade. Eles estão superando problemas que tiveram na vida e elas, a cada dia para fazer o melhor no vôlei. Ninguém vai mais esquecer na vida. Os garotos daqui, nós que participamos e as atletas. É realmente inesquecível", declarou.

As duas jogadoras, apesar de não jogarem juntas ganharam a torcida de todos no Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia. Ganharam a torcida dos alunos e dos professores. E ganharam a experiência. “Nunca cheguei a conhecer uma casa assim para as crianças e os jovens que fizeram algo de errado e têm chance de se recuperar e crescer na vida de alguma forma. É muito bacana”, declarou Andressa.

Carol Horta também ressaltou a surpresa e o trabalho de ressocialização feito na Funase de Jaboatão dos Guararapes. “Não tinha noção de como era, imaginava completamente diferente. Parece um casarão que mora uma família. É muito aconchegante, as pessoas muito bacanas”, disse.  E completou: “Os meninos são muito educados, apesar de tudo”.

Pela primeira vez na história, 15 jovens que cumprem medida socioeducativa na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) vão participar da seleção de ingresso no Pré-Vestibular da Universidade de Pernambuco (Prevupe), no dia 15 de março. Os socioeducandos, 14 homens e uma mulher, cursam ou ainda estão concluindo o ensino médio.

De acordo com a assessoria de imprensa da Funase, o processo de escolha dos jovens foi feito por equipes técnicas das unidades. Foram beneficiados socioeducandos do Recife, Abreu e Lima, Caruaru e Arcoverde.

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Além de participar da seleção do Prevupe, os internos também têm a oportunidade de se inscrever para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Há também a possibilidade de participação no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).  

 

 

 

Um possível mal entendido e uma ação precipitada. A morte por engano do agente da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Abreu e Lima, nesta quarta (4), por um sargento da Polícia Militar levanta a questão do despreparo das corporações de segurança pública do Estado, em um momento em que as categorias da Polícia exigem demandas ao Governo. O crime aconteceu pela manhã, quando o agente Edmar Gomes Ferreira, de 39 anos, foi confundido com um assaltante e morto a tiros pelo sargento da PM Manoel Santos, de 53 anos.

Em entrevista à Rede Globo, o delegado responsável pelo caso, Paulo Furtado, garantiu a versão do policial militar como fidedigna. Segundo o sargento, a vítima estava com outra pessoa em um carro de vidros escuros; por engano, alguém gritou que era um assalto ao ver a arma do agente. O policial militar interveio e atirou contra o carro, atingindo a vítima. 

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“O carro era do outro agente (Edvaldo Severino dos Santos) e a vítima estava no banco do passageiro. A informação é mesmo de que um adolescente gritou ‘é assalto!’ e o sargento praticou os disparos. Não sabemos se havia mesmo uma arma com a vítima, porque não encontramos arma alguma no local”, disse o delegado ao lembrar que a cena do crime foi modificada antes de a perícia chegar. 

Logo após o incidente, o sargento Manoel Santos entrou em contato com a Polícia. Edvaldo Severino, o agente que dirigia o veículo no momento dos disparos, passou mal e foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Paulista. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) seguirá com as investigações para apurar se o comportamento do sargento foi indevido e se o oficial será autuado. 

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“O objetivo principal, em resumo, é humanizar o atendimento. Atuar com o máximo de qualidade possível”. A sentença foi dita pela nova presidente da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), Adriana Bandeira de França, na solenidade de posse realizada na sede do órgão, no Recife. A nova gestora adiantou que outras unidades serão construídas e, ainda em 2015, duas serão inauguradas.

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Além da unidade de Arcoverde, no Sertão pernambucano, o Centro de Internação Provisória (Cenip Recife), erguido na Avenida Abdias de Carvalho, no Bongi, zona oeste do Recife, também é previsto para ser inaugurado ainda este ano. Ambos ainda não têm dia e mês específicos para iniciar a funcionar. 

De acordo com Adriana Bandeira, haverá uma nova unidade em Jaboatão dos Guararapes - provavelmente destinada ao público feminino – e também uma segunda Funase no Cabo de Santo Agostinho, para aliviar a unidade superlotada da cidade. “As unidades Cabo e Abreu e Lima serão reformadas, temos uma atenção prioritária com elas, pelo alto número de atendimentos. Já temos a autorização do governador (Paulo Câmara)”, disse a nova presidente que assume em um momento crítico, de fugas em massa nas mais recentes unidades da Funase

O prazo para a conclusão das reformas e entrega das novas unidades é o ano de 2017. O compromisso do Estado, nos próximos quatro anos de gestão, é zerar o déficit de lotação nas unidades da Funase e, em segunda instância, tornar o sistema referência nacional no atendimento dos jovens em privação de liberdade. 

Rever a educação

Nesta sexta (16), a nova gestão da Funase divulgou que a capacidade de vagas no sistema é para 1085 adolescentes; atualmente, 1435 estão nas unidades, 350 a mais que o limite. Para a nova presidente, investir na educação é primordial para uma mudança de panorama. “A gente sabe que a educação muda a realidade e a vida das pessoas. Precisamos estimular mais o envolvimento dos adolescentes, não aquela educação bancária do eu-ensino e você-aprende. Vamos rever o processo educativo dos adolescentes”. 

Envolver a sociedade e cuidar também dos servidores

Ainda não há novos concursos previstos para a ampliação de servidores nas unidades da Funase, mas Adriana Bandeira garantiu ser intenção da nova gestão e que os funcionários serão ouvidos. “Estive em Timbaúba, conversamos com os adolescentes e também com os servidores. Ainda não tem nenhum compromisso firmado (para novos concursos), mas daremos foco de atenção na situação dos servidores, sim”. 

A nova presidente pretende, ainda, envolver mais a sociedade para a situação dos jovens que saem das unidades e retornam ao convívio social. “Existe todo um sistema que falhou antes deles entrarem nas unidades. Precisamos trabalhar com a família, mas a sociedade é fundamental e iremos envolê-la no processo”. 

Inaugurada há quatro meses com a promessa de ser uma unidade-modelo, a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Timbaúba, Mata Norte do Estado, teve uma fuga em massa, na noite desta quarta-feira (14). Dos 44 internos da unidade, 31 conseguiram escapar, por volta das 20h. No final da tarde desta quinta (15), a assessoria da Fundação garantiu que 26 jovens já foram recapturads pela Polícia Militar. 

Segundo a Funase, nenhum interno ficou ferido durante a ação policial. As buscas pelos outros cinco jovens foragidos continuam ao longo desta quinta. Antes da fuga em massa, os socioeducandos começaram a bater nas grades das alas para exigir ventiladores nas celas, por conta do calor. A situação teria sido controlada, até o meio da noite, quando o motim foi reiniciado. 

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A Funase negou a informação – divulgada na imprensa – de que haveria colchões queimados e grades quebradas na unidade. Com um investimento de R$ 13,1 milhões, a unidade de Timbaúba foi construída numa área de 1,7 hectares e tem capacidade para alojar 84 adolescentes entre 15 e 17 anos. 

O caso acontece menos de um mês de outra fuga em massa, empreendida na Funase de Pacas, em Vitória de Santo Antão, na Mata Sul. Através de um buraco na parede, o mesmo número de jovens, 31, fugiu do local, no dia 26 de dezembro. 

O novo secretário estadual de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, Isaltino Nascimento (PSB), assumiu a pasta, nesta terça-feira (6). Acoplando duas secretarias, Nascimento recebeu, simbolicamente, o cargo dos ex-secretários da Criança e Juventude, Pedro Eurico (PSB), e de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Bernardo D’Almeida.  A cerimônia aconteceu na sede da antiga SEDSDH, no bairro de Santo Amaro, no Recife.

A junção das secretarias, de acordo com Isaltino facilitará o trabalho. “Elas têm uma vinculação muito forte, agora a secretaria passa a ter um sentido maior. É um processo contínuo, o desenvolvimento social tem marcas da criança e da juventude. Uma tem link na outra, vamos procurar fazer um trabalho articulado”, se comprometeu. 

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Entre as prioridades da nova pasta para os próximos seis meses, Isaltino elencou três pontos como principais: a reorganização da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), o combate às drogas e a ampliação do acolhimento aos idosos. Gargalo estadual no quesito de ressocialização e internamento dos adolescentes infratores, a Funase tem sido alvo de inúmeras críticas, principalmente, por superlotação. De acordo com o novo secretário, o déficit de algumas unidades chega a 500 vagas. “Temos 1.000 vagas em uma unidade, mas 1.500 socioeducandos”, afirmou. 

Questionado sobre as metas que serão traçadas para melhorar o atendimento dos internos e a socioeducação na Funase, o secretário mencionou que um dos primeiros passos será fazer uma pesquisa interna para medir entre os adolescentes quais são as maiores necessidades. “Eles precisam ser ouvidos, não temos registros de pesquisa interna”, observou. “Temos que trabalhar as duas vertentes. Dos que já estão lá internos e fazer com que seja reduzido o índice dos que entram nas casas”, acrescentou. 

Outro dado que preocupa o novo secretário são os índices educacionais dos assistidos pela Funase. “Hoje já se tem um programa dentro das unidades, mas apenas 10% participam das aulas”, lamentou. “Nós temos um universo de 2.500 assistidos pela Funase, 90% tem até o ensino fundamental I incompleto. Destes 38% são analfabetos”, acrescentou. Para reverter o quatro, Isaltino disse que entre os projetos de implantação para os próximos meses está uma rede interna educacional mais atrativa com aulas de com robótica, informática, esporte, cultura e artes plásticas.

Segundo escalão

Sem adiantar detalhes sobre as discussões partidárias para a composição do segundo escalão da Secretaria, Isaltino Nascimento confirmou a participação de João Suassuna (PSB) na pasta, ele comandará a Secretaria Executiva de Juventude. 

“Suassuna já é um dos que tem o aval do governador (Paulo Câmara). Os demais não posso adiantar”, disse, em tons de risos. Até o fim de janeiro, quando o Governo de Pernambuco encaminha a reforma administrativa para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) - todos os cargos deverão estar ocupados. 

Na próxima quarta-feira (9) e quinta (10), mais de 40 detentos da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) fazem o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os candidatos inscritos atualmente estão cursando o ensino médio e têm idade acima de 18 anos. As provas serão aplicadas nas unidades de internação de Arcoverde, Abreu e Lima, Cabo de Santo Agostinho, Caruaru, Garanhuns e Petrolina. Socioeducandos das Casas de Semiliberdade (Casems) de Caruaru, Garanhuns e Recife.

Segundo a pedagoga e coordenadora estadual do projeto para Pessoas em Privação de Liberdade (PPL) da Funase, Sônia Melo, por se tratar de mais uma porta de entrada para o Prouni, a ação é vista com expectativa pelos internos. “A educação é a chave da mudança e eles são conscientes disso” disse Sônia, conforme informações da assessoria de imprensa.

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A iniciativa é fruto da parceria firmada entre a Funase, o Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (MEC/INEP) e a Secretaria de Educação de Pernambuco.

Um princípio de tumulto na unidade feminina da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) na Iputinga, Zona Oeste do Recife, atraiu policiais e agentes penitenciários para o local na manhã desta sexta (24). Segundo os agentes que estavam na unidade, houve apenas um pequeno conflito, mas a situação já estaria sob controle.

Nove internas que teriam participado do tumulto quebraram poucas coisas do local e foram encaminhadas para a Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA). Segundo a Funase, uma sindicância será aberta pela Corregedoria da Fundação para apurar o caso.

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São recorrentes notícias de rebeliões, atos violentos, mortes e decadência das penitenciárias do Estado e nos grandes centros urbanos. Problemas como esses estão presentes em nossa sociedade e, muitas vezes, não são devidamente esclarecidos ou enfatizados. Falta de estrutura, superlotação e conflitos são só alguns dos fatos que podemos encontrar também na Fundações de Atendimento Socioeducativas (Funase), que atende jovens infratores. No início deste ano, o LeiaJá denunciou que a falta de segurança impediu que os alunos tivessem aula, atrapalhando o desempenho educacional da unidade de Abreu e Lima, na Região Matropolitana do Recife. Nossa equipe voltou ao local e conferiu como está a atual situação.

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Por trás do muro colorido, cerca de 220 adolescentes estão em regime fechado em Abreu e Lima. No topo da entrada de todas as salas de aula, são encontrados cartazes escritos com palavras de incentivo, mas que passam despercebidas nos olhares de alguns meninos. Do total de reeducandos, 136 estão matriculados no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case), os outros 84 estão como ouvintes - aqueles não estão regulamentados na escola -. O Centro tem 14 professores que se dividem para educar esses jovens em três tipos de programas educativos, mas a unidade ainda não tem nenhum tipo de projeto profissionalizante.

O coordenador técnico da Funase de Abreu e Lima, Tiago Costa, declara que apesar do último tumulto da Funase, no dia 15 de julho, que deixou dois adolescentes mortos, a instituição continuou a dar aulas. “Depois de um tempo tentamos nos reorganizar. Esperamos os internos se acalmarem para que as aulas pudessem ser retomadas”, afirma. Mas ele fala que é bastante difícil trabalhar com esses jovens. “Existe um rodízio entre os meninos, por conta da rivalidade de alguns grupos. A escola é 'refém' de horários estabelecidos. O atrito entre as gangues é um dos problemas principais que temos. Eles se confrontam lá fora e se encontram aqui dentro”, declara.

Os horários das aulas vivem em constante mudança por conta dos internos. As brigas entre guangues dificultam a segurança e o ensino dos professores, assim como as alas internas e externas ficam distantes umas da outras. “Enquanto alguns meninos estão estudando, nós tentamos manter os outros ocupados com outras atividades, como educação física”, diz Tiago.

Um dos reeducandos diz que apesar de ter aulas, é difícil manter o foco. “Por conta das brigas, a gente não estuda direito”, declara o jovem, que não teve o nome revelado. Ele diz que a vida fora do Centro é complicada e perigosa.“Não sei se quando sair daqui vou seguir o mesmo caminho, porque eu não vou saber como me virar, mas eu gostaria de sair dessa vida”, complementa.

Programas educacionais no Case

No Case, alguns programas educativos são utilizados, como o Programa Paulo Freire e o Travessia. Muitos dos jovens que chegam à Funase estão desregulados educacionalmente e através das aulas disponibilizadas podem normalizar a escola.  

O coordenador pedagógico do Case, Hermes Gomes, explica que a escola e os professores tentam fazer um bom trabalho. “Tentamos ter uma reciprocidade. Além dos programas tradicionais, fazemos atividades entre os alunos e professores. Temos aulas extraclasses, o projeto Jogos que Libertam, exibições de filmes, quando é possível, e o BeaByte, que são aulas de informática com quatro módulos”, declara o coordenador.

O programa Paulo freire tem como meta alfabetizar os internos que não sabem ler e escrever ou que têm dificuldades de leitura. Ele está estruturado em quatro módulos, que são cultura e cidadania; leitura e escrita; matemática e iniciação profissional, com duração de 4 a 8 meses. Os eixos temáticos são basicamente os usados no ensino fundamental. Os adolescentes contemplados têm, normalmente, a faixa etária de 12 e 14 anos.

O Travessia tem como objetivo acelerar os estudos dos internos. Ele traz aulas dos ensinos fundamental e médio, utilizando o Telecurso 2000 como base das aulas. O programa tem uma estrutura de quatro módulos para alunos com dois anos ou mais de defasagem escolar.

Na escola

As salas se aula poderiam ser como qualquer outra, mas o clima e as grades que rodeiam os Cases fazem daqueles lugares um lugar onde o desestímulo e a esperança travam uma batalha contínua. Meninos desencorajados, que acreditam que a única forma de vida é voltar para os perigos das ruas, e professores que incansavelmente tentam cumprir a difícil tarefa de doar conhecimentos a mentes que, muitas vezes, rejeitam a ajuda.

O professor do Funase de Abreu e Lima, Luciano Borges, relata que apesar desse preconceito ele se sente feliz com o seu trabalho. “Gosto de lecionar e foi o que escolhi para fazer pelo resto da minha vida. Sei que o trabalho é difícil, mas não tenho do que reclamar”. Aqui você encontra sentidos de desenvolvimento de atividades na educação que não encontramos em escolas consideradas normais. Os alunos aqui nos respeitam”, diz. 

A dificuldade com a leitura e a interpretação de texto são alguns dos problemas que a professora Ana Cláudia Silva revela. “Temos que fazer um trabalho reforçado para que esses meninos possam usar o raciocínio lógico deles”, afirma. Ana declara que apesar das dificuldades, ela não abre mão de ensinar aos jovens. “Meus alunos são excelentes. Tenho turmas que variam entre três e dezesseis alunos. Adoro o que faço e cada aluno com seu jeito consegue me fazer feliz por lecionar”, completa.

Pernambuco têm 24 Fundações de Atendimento Socioeducativas, que possuem 1.590 jovens. As casas diferem na estrutura. A Funase do Cabo de Santo Agostinho, por exemplo, é considerada a elhor e tem o mais bem sucedido centro educacional para jovens em regime fechado e em semi-liberdade do Estado.

 

 

Nesta quarta-feira (23), a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) inaugura mais uma unidade. Desta vez, uma Casa de Semiliberadade (Casem) será aberta no bairro de Areias, zona sul do Recife. O local, que é o oitavo de Pernambuco e o terceiro na capital, tem capacidade para abrigar 20 adolescentes, do sexo masculino, que vão cumprir as medidas socioeducativas em períodos de reclusão ou de atividades externas. 

A nova unidade tem modelo residencial e conta com sala, quarto, cozinha e banheiro, além de uma piscina, uma sala de jogos e uma sala de informática, destinada a capacitação profissional. De acordo com o órgão, a casa irá desafogar a superlotação nas outras unidades da Fundação. Os primeiros jovens a serem transferidos para o local são da Casem Recife II, localizada no bairro de Casa Amarela. 

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Os adolescentes assistidos pelo novo espaço podem passar o dia fora, para fazer algum curso ou concluir os estudos no ensino médio. Segundo a Funase, há capacitações programadas para os jovens, com parceria do Senai, Senac e empresas privadas. Além disso, por conta da medida, os socioeducandos têm direito a passar os finais de semana em casa e só retornar ao local na segunda-feira pela manhã. 

 

 

Nesta terça-feira (16), a nova unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), em Timbaúba, na Zona da Mata Norte do Estado, será inaugurada. Com um investimento de R$ 13,1 milhões, o novo centro tem capacidade para abrigar 84 adolescentes do sexo masculino (60 no espaço de convivência e 24 na pré-acolhida), entre 15 e 17 anos. 

Numa área de 1,7 hectares, o centro em Timbaúba terá três casas de convivência, cinco quartos com capacidade para quatro adolescentes cada, consultórios, escola, biblioteca, sala de informática, cozinha com refeitório, quadras de areia, espaço ecumênico, salas para prática de oficinas esportivas, entre outros ambientes. No último mês de maio, 70 agentes e seis assistentes socioeducativos foram contratados por meio de uma seleção pública simplificada. 

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A inauguração será às 10h, sendo a unidade a primeira em Pernambuco a contar com um Grupo Comunitário de Apoio e Acompanhamento de execução das medidas socioeducativos; a equipe é formada por cinco representantes voluntários, com mandato de 12 meses. 

O grupo deve apresentar projetos para melhorias na unidade, documentos que serão analisados pela gestão da Funase e, se aprovados, executados. Duas outras unidades receberão os trabalhos de um Grupo Comunitário de Apoio, até o final do ano. 

Por causa da sequência de violência registrada em Sirinhaém, no Litoral Sul do Estado, policiais militares e civis realizaram, na manhã desta quarta (6), a “Operação Litoral”, resultando na prisão de três homens. Ao todo, dez mandados de busca domiciliar foram empreendidos pelos agentes, sob a coordenação do delegado Gilberto Loyo.  

Foram preso Erick José Araújo, de 21 anos, Pedro Gustavo de Souza, 19, e um jovem menor de idade foi apreendido. Erick José já respondia processo por roubo e Pedro Gustavo por porte ilegal de arma de fogo; com ele, a Polícia encontrou um revólver calibre 38 e cinco munições. O adolescente, de identidade preservada, responde por tentativa de homicídio no município. 

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“Registramos vários roubos, crimes contra a vida, tráfico de drogas, ou seja, múltiplos crimes. Os dois maiores foram encaminhados ao Presídio de Palmares, enquanto o adolescente foi levado à Funase [Fundação de Atendimento Socioeducativo] do Recife”, afirmou Gilberto Loyo. 

Existente com o objetivo de reeducar jovens em conflito com a lei, a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) nem sempre cumpre com tal propósito. Com quatro mortes registradas apenas este ano, o órgão ocupa o primeiro lugar com mortes de socioeducandos. 

Os dados foram divulgados pelo Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA/PE) e constam em um levantamento recente realizado pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). 

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A última vítima que deixa o Estado no topo do ranking nacional morreu na tarde da última segunda-feira (4), após se envolver em um tumulto dentro da Funase de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife. Lindemberg Alves, de 17 anos, passou 20 dias internados no Hospital da Restauração (HR), na área central do Recife, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O jovem teve parte do corpo queimado durante a confusão, após outros internos da Fundação atearem fogo nos colchões do próprio alojamento. 

Onze dias antes à morte de Lindemberg, outro reeducando, Cleiton Figueiredo Moura, 18, também perdeu a vida, vítima da mesma situação. Números da própria assessoria de imprensa do órgão mostram que, em menos de três anos, 15 jovens já morreram em decorrência de confusões dentro das unidades da Funase. Sete foram a óbito em 2012; quatro no ano seguinte e mais quatro apenas em 2014.

De acordo com o vice-presidente do CEDCA/PE, Joelson Rodrigues, a situação deveria ser outra, porém o Governo do Estado ainda não cumpriu o prometido. “Em outubro de 2010, o Governo enviou ao Conselho um documento para ser aprovado por nós, referente às melhorias dentro das unidades da Funase. Entre as mudanças estavam à construção de 25 novas unidades da Fundação, além da abertura de um concurso público para agentes socioeducativos. Assinamos o documento, mas ainda não vimos à resolução de tais obrigatoriedades – ao não ser a entrega da unidade da Funase de Vitória de Santo Antão”, desabafa Rodrigues. 

Ainda segundo o vice-presidente, o investimento nas obras é alto e o rumo delas poderia ser melhor. “O Governo destinou mais de R$ 370 mil para a ação, além de R$ 34 mil para jovens que cumprem pena em liberdade, através de ações às comunidades carentes. Se a verba a este segundo investimento fosse maior, as unidades da Funase teriam menos gente e diversos problemas seriam evitados”, explicou Rodrigues. Dados da assessoria da Funase revelam que, atualmente, existem 1,628 mil internos distribuídos em 23 unidades de Pernambuco, quando a capacidade é para 1,025 mil jovens. 

Em contrapartida, em janeiro deste ano, o secretário da Criança e da Juventude do Estado de Pernambuco, Pedro Eurico, disse com exclusividade ao Portal LeiaJá que o CEDCA/PE é uma indústria de queixas. A reclamação foi feita após o Conselho enviar uma petição ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) cobrando o embargo imediato das obras de construção do Centro de Internação Provisória (Cenip Recife) da Funase. 

“Eu estou cansado das queixas, o Conselho é uma indústria de queixas. Eles deveriam parar um pouco. Eles cobram novas unidades, pedem para reduzir a quantidade de internos, e agora querem embargar? (O Conselho) deveria ser parceiro da sociedade civil, porque eles estão querendo ser um comissariado de polícia”, disse o secretário. 

Outros órgãos - O Centro Dom Hélder Câmara de Estudos e Ação Social (Cendhec) já vistoriou algumas unidades da Funase, com o objetivo de melhorar as condições dos locais. Procurada pela reportagem do LeiaJá, a assessoria de imprensa do Cendhec disse que não faz mais nenhuma ação específica neste propósito, porém, desde 2012, após diversas rebeliões, vem realizando uma pesquisa com outras instituições para denunciar a Organização dos Estados Americanos (OEA) as condições precárias das unidades. 

Neste ano, a Ordem de Advogados do Brasil (OAB) realizou diversas visitas a presídios em Pernambuco, com o objetivo de denunciar ao Governo Federal as condições caóticas que os presos vivem. Procurada pela equipe de reportagem, a assessoria de imprensa não respondeu, até a publicação desta matéria, se as inspeções também serão realizadas nas unidades da Funase e qual o posicionamento da OAB em relação as mortes dos menores infratores em Pernambuco. 

Mais um jovem envolvido no último tumulto da Funase, no dia 15 de julho, morreu na tarde desta segunda-feira (4). Lindemberg Alves, de 17 anos, estava internado no Hospital da Restauração (HR) desde o dia da confusão. Além de Lindemberg, outro adolescente, Cleiton Figueiredo Moura, 18, teve 35% do corpo queimado durante a briga e perdeu a vida no dia 25 do mês passado.

No total, quatro jovens foram afetados no motim. Lindemberg e Cleiton não resistiram aos ferimentos e morreram; Luan de Oliveira Mascarenhas, 17, recebeu alta no dia 25 de julho e Fabio Lima, 19, deixou o HR na tarde de hoje.

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Segundo dados da assessoria de imprensa da Funase, apenas nos últimos três anos, 15 jovens já morreram após confusões dentro do espaço, cujo objetivo é reeducar os internos. Das vítimas, sete morreram em 2012; quatro em 2013 e mais quatro apenas este ano. 

Através de nota, a assessoria do órgão informou que “as famílias dos adolescentes envolvidos no caso estão recebendo a assistência de psicólogos e assistentes sociais da Funase e a sindicância aberta pela corregedoria da instituição para apurar o caso está em andamento”. A Funase também disse que “depoimentos e imagens estão sendo avaliadas e todos os envolvidos, direta ou indiretamente, no ocorrido estão sendo ouvidos. Em paralelo à sindicância um inquérito policial também foi instaurado pela delegacia do município do Cabo de Santo Agostinho”. 

Confusão – No dia 15 de julho, duas unidades da Funase, uma no Cabo de Santo Agostinho e outra em Abreu e Lima, ambas na Região Metropolitana do Recife, registraram um princípio de tumulto entre os reeducandos. No Cabo, quatro internos – sendo três maiores de idade e um menor - atearam fogo nos colchões do próprio alojamento e acabaram se queimando. Na ocasião, todos sofreram queimaduras de segundo e terceiro graus, principalmente nas faces, membros superiores e nas costas. A gravidade do caso se deu porque as chamas foram ateadas dentro da cela onde estavam as vítimas. A Funase abrirá uma sindicância para apurar o caso e enviará os colchões incendiados para serem periciados, pois eram revestidos de material anti-chamas. Já em Abreu e Lima, os internos iniciaram uma rebelião em quatro alojamentos. 

 

 

 

 

 

Dois adolescentes de 17 anos foram apreendidos em Caruaru, no Agreste pernambucano, suspeitos de cometer um homicídio. A apreensão ocorreu nessa quarta-feira (30), no Beco do Marcelo, na Vila Canaã

De acordo com a polícia, os infratores são os principais suspeitos de matar Luiz José Lima da Silva, de 16 anos, com um tiro na nuca. O crime ocorreu no dia 17 de maio deste ano, em um matagal localizada na Vila Canãa, onde todos moravam.

Os adolescentes foram acolhidos na Fundação de Atendimento Socioeducativo (FUNASE/CENIP) do município.

Morreu no Hospital da Restauração (HR), na manhã desta sexta-feira (25), um dos internos queimados durante um motim na unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) do Cabo de Santo Agostinho. Outros dois jovens permanecem internados com quadro de saúde estável.

A informação foi confirmada pelo chefe do setor de Queimados do HR, Marcos Barreto. O adolescente de 18 anos teve 35% do corpo queimado e estava em coma na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde o dia 15 de julho, data do tumulto na Funase.

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Na ocasião, todos sofreram queimaduras de segundo e terceiro graus, principalmente nas faces, membros superiores e nas costas. A gravidade do caso se deu porque as chamas foram ateadas dentro da cela onde estavam as vítimas.

Ainda não há previsão de alta para os outros dois pacientes.

Os jovens queimados durante um motim na unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) do Cabo de Santo Agostinho seguem em estado grave no Hospital da Restauração (HR). O quadro mais crítico é o do adolescente de 18 anos, que teve 35% do corpo queimado e inalou bastante fumaça no momento do tumulto. O jovem segue respirando com ajuda de aparelhos e o risco de perder a vida ainda é alto.

“O problema não é só a queimadura, mas a quantidade inalada de gás tóxico, porque isso começa a causar insuficiências. Quando foram resgatados, todos eles estavam quase sem consciência”, detalhou o chefe do setor de queimados do HR, Marcos Barreto. De acordo com o médico, todos sofreram queimaduras de segundo e terceiro graus, principalmente nas faces, membros superiores e nas costas. A situação dos quatro ainda é de risco. 

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Um dos menores, de 17 anos, apresentou novos problemas nesta quarta (16) e está com a possibilidade de ser deslocado à Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). O outro menor, também 17, teve 15% e está estável, assim como o socioeducando de 19 anos que, apesar de 30% do corpo queimado, não apresenta agravantes. 

De acordo com o médico Marcos Barreto, a gravidade do caso se deu porque as chamas foram ateadas dentro da cela onde estavam os quatro jovens. “O lugar era muito pequeno, eles inalaram muita fumaça e soubemos que eles se amontoaram para se protegerem do fogo, por isso as queimaduras na parte dorsal”, explicou Barreto. 

Um dos quatro internos feridos durante um princípio de tumulto na unidade da Funase do Cabo de Santo Agostinho, na manhã desta terça-feira(15), está em coma induzido no Hospital da Restauração. O estado de saúde dele e dos outros três jovens foram divulgados nesta tarde.

De acordo com o chefe do setor de queimados, Marcos Barreto, os quatro tiveram queimaduras de segundo grau. Porém o jovem, de 18 anos, já deu entrada no HR respirando através um tubo. "Ele foi primeiro para o Hospital Dom Hélder e já chegou aqui com ventilação mecânica. É o único que não está consciente", acrescentou.

Os outros reeducandos,dois de 17 anos, e um de 19, também estão na ala vermelha porque o setor de queimados está lotado."Amanhã se alguém receber alta a prioridade é transferí-los", explicou Barreto. Os quatro pacientes tiveram de 17% a 35% de superfície facial queimada. Além de face, foram queimados membros superiores e o dorso.

O médico não escondeu a preocupação de que os três possam piorar. "Esses três dias que virão serão primordial pra saber se eles poderão desenvolver uma complicação pulmonar, já que muitas vezes elas não aparecem logo após o incidente" explicou.

Ainda segundo o médico,foi observado, diante dos ferimentos, que os jovens ficaram amontoados pra se proteger do calor. "Não foi o fogo que agiu direto neles porque ficaram juntos na hora, mas sim o calor dentro do ambiente fechado", disse.

Os quatro estão sendo hidratados, e passando por procedimentos para melhorar a respiração, como ventilação com máscara e nebulizadores. Nesta quarta(16), os três, que estão menos graves, passarão por pequenaa cirurgias para retirada dos tecidos desvitalizados da pele.

Tumulto - Os jovens ficaram feridos durante um princípio de tumulto por volta das 9h desta terça. Eles atearam fogo nos colchões do próprio alojamento e acabaram se queimando. A Funase abrirá uma sindicância para apurar o caso e enviará os colchões incendiados para serem periciados, pois eram revestidos de material anti-chamas. Na Funase de Abreu e Lima, internos também realizaram uma tentativa de rebelião iniciada em quatro alojamentos do Case Abreu e Lima. O tumulto foi controlado pelos agentes socioeducativos com o apoio da Polícia Militar (PM). 

 

A Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) registrou princípio de tumulto em duas unidades no início da tarde desta terça-feira (15). As confusões ocorreram no Cabo de Santo Agostinho e em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

No Cabo, quatro internos –sendo três maiores de idade e um menor - atearam fogo nos colchões do próprio alojamento e acabaram se queimando. Eles foram encaminhados ao Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, área central do Recife.

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De acordo com a assessoria da Funase, após serem liberados os socioeducandos serão encaminhados à delegacia do Cabo para prestar esclarecimentos. Uma sindicância será aberta pela Funase para apurar o caso. Os colchões incendiados serão periciados, pois eram revestidos de material anti-chamas.

Rebelião – Em Abreu e Lima, os internos realizaram uma tentativa de rebelião em quatro alojamentos. O tumulto foi controlado pelos agentes socioeducativos com o apoio da Polícia Militar (PM). 

De acordo com a polícia, homens do Batalhão de Choque irão realizar uma revista no local. Os envolvidos ainda estão sendo identificados e serão encaminhados a delegacia da cidade para prestar esclarecimentos.

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