Tópicos | instituto de pesquisas Uninassau

A discriminação faz parte do cotidiano da periferia do Recife. É o que indica um estudo do Instituto de Pesquisas UNINASSAU, realizado em parceria com o LeiaJá.com e o Jornal do Commercio. 

A pesquisa foi realizada de forma qualitativa, ou seja, não traz números, mas uma análise a partir dos discursos. Cerca de 40 pessoas das classes C e D dos subúrbios da capital pernambucana foram colocadas ao redor da mesa e instigadas a conversar sobre diversos temas, entre eles, a discriminação sofrida.

##RECOMENDA##

Partindo do relato dos pesquisados, é possível perceber vidas que foram vítimas de situações preconceituosas e delas não se esqueceram jamais. É o caso, por exemplo, de Jaciene Mendes, do Córrego do Jenipapo, Zona Norte do Recife, que quando trabalhava num mercadinho ouviu de um suposto juiz que “essa menina é muito imbecil” enquanto ele passava as compras na esteira. Provavelmente, para o juiz, aquele acontecido não ficou mais do que um minuto em sua mente. Ela, que hoje é dona de casa, continua guardando a lembrança com frescor.

Para o músico Ridivaldo Procópio, crescido no Coque, área central do Recife, o mais comum é ser seguido em lojas. “Você é perseguido na loja. Você está sempre sendo vigiado. O que indica que você é um assaltante?”. 

O mesmo tipo de situação embaraçosa foi citado por outras pessoas na pesquisa qualitativa. Casos de gente pobre que chegou em uma loja de sapato ou de roupa e ninguém aparecia para atender ou encarava desconfiado. Ou a jovem que levou o filho numa clínica dermatológica e percebeu o olhar torto das pessoas no ambiente por não se trajar como as mesmas. “Pobre não pode ir ao dermatologista?”, ela indagava.

Responsável pela pesquisa, o cientista político Adriano Oliveira percebeu que os pesquisados de todas as idades se dizem vítimas de preconceito, mas que para os mais novos “você é o que tem”. “Os jovens relatam que em determinados bairros e locais, se você não estiver bem vestido, o outro lhe olhará com indiferença. Por isso, é necessário estar bem vestido para não ser discriminado. Portanto, a discriminação social, advinda do consumo, expressa conflito de classes”, ele analisa. 

LeiaJá também

--> Polícia não traz sentimento de segurança para recifenses 

--> Maioria prefere político que “rouba, mas faz" 

--> Recifenses estão céticos, mas esperançosos sobre o Brasil

--> Periferia apoia políticas públicas, mas faz ressalvas 

--> Para recifenses, vencer na vida é realizar sonhos

--> Periferia recifense nutre ‘raiva’ da classe política

 

A classe política tem perdido cada vez mais a credibilidade diante da população.  O curioso, entretanto, é que nos últimos tempos os acentuados escândalos de corrupção envolvendo atores influentes do setor estão, na realidade, não apenas aumentando o descrédito, mas nutrindo outro sentimento na sociedade: a raiva. Ao menos é isso o que vem acontecendo com recifenses das classes C e D, segundo aponta um estudo qualitativo feito pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU.

##RECOMENDA##

Ao entrevistar pessoas jovens e mais maduras que recebem de um a cinco salários mínimos sobre a percepção deles sobre a atuação dos políticos brasileiros, o levantamento, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, apontou que todos rejeitam, não confiam e desacreditam na classe. “Classificam [a classe política] como ladra, não mostram apreço  e nem respeito e são incapazes de citar um bom político ou um político que admiram”, detalha a amostra.

O raio-x sugere que o sentimento negativo é mais acentuado quando se trata dos eleitores mais velhos. Segundo o texto da pesquisa, esta parcela dos entrevistados reconhecem os políticos como “estorvo para a sociedade”. Já os mais jovens não demonstram intensa revolta, mas também não os admiram. 

O LeiaJá foi às ruas conferir o sentimento popular sobre o assunto e os argumentos do estudo foram corroborados. Para o comerciante José Sales, 61 anos, os políticos são “um cambôi [sic] de ladrões”. “Tenho raiva deles sim. Quando estou aqui [ no Mercado de Afogados] e vejo que eles estão vindo, apertando a mão do povo e fazendo suas promessas, corro logo para não ser obrigado a falar com eles. Odeio mesmo esses políticos. Dá vergonha deles”, declarou o morador da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife. 

A postura de Sales também foi expressa por outras quatro pessoas mais maduras abordadas pela nossa reportagem, mas que se recusaram a falar quando souberam que o assunto era a atuação dos políticos no país e em Pernambuco. O sentimento de descontentamento entre eles era latente. 

Já ao abordar mais jovens, como o estudante Rafael Lima, 20 anos, a sensação de desprezo foi latente. “Estou nem aí para eles. Não influenciam em nada para mim. O que sei é que precisamos de pessoas mais honestas entre eles”, frisou o morador do bairro da Joana Bezerra. 

Lava Jato e o sentimento de justiça

Um dos fatores que acentua a negatividade diante dos políticos, de acordo com o Instituto de Pesquisas UNINASSAU, é a corrupção e, com isso, os entrevistados afirmaram nutrir um “sentimento de justiça” com a Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção bilionário a partir de contratos superfaturados na Petrobras. “Entre os eleitores mais maduros observamos intensa alegria com a Operação… Os jovens aprovam a Lava Jato, mas não são tão entusiastas”, explicou o coordenador da pesquisa e cientista político Adriano Oliveira. 

Segundo a avaliação qualitativa, “os inquiridos associam ao sentimento de justiça” porque “políticos estão indo para a cadeia, assim como ricos” e não necessariamente pelo combate à corrupção. Alguns, inclusive, “associam a crise econômica a Lava Jato”. 

Apesar da sensação de justiça com a prisão de alguns atores envolvidos no esquema, Adriano Oliveira também salientou que os ouvidos pelo Instituto classificaram a corrupção como o principal problema do país e apontaram que ela “se tornou corriqueira”. “A corrupção é associada a classe política e não a qualquer indivíduo… A insatisfação com a classe política e o reconhecimento da existência da corrupção pública fazem com que, inicialmente, os eleitores aplaudam a Lava Jato”, disse o estudioso. 

[@#galeria#@]

Ineficiência dos Governos 

O levantamento também pondera que os recifenses da periferia associam a corrupção à ineficiência dos governos, como a falta de oferta de saúde e educação, e confundem a atuação do Estado com a obrigação dos políticos. Segundo a pesquisa, “os eleitores maduros mostram revolta intensa com os governos e os jovens criticam os governos,mas não são tão revoltados”. 

“O governo está perdido. Não tem feito nada pela população, não aprumam [sic] nada”, disparou o comerciante José Tertuliano, 70 anos, morador da Vila São Miguel. “Eles puxam para quem já te, não olham para o pobre”, corroborou a auxiliar de cozinha, Joyce Gonzaga, 29 anos. 

Sob a ótica de Adriano Oliveira, responsável pelo estudo, “a impressão negativa dos governos e a existência de demandas que não são solucionadas por eles, fazem com que os eleitores não reconheçam as políticas públicas”, por exemplo. “Governo e a classe política são categorias rejeitadas pelos eleitores”, grifou.

LeiaJá também

--> Polícia não traz sentimento de segurança para recifenses 

--> Maioria prefere político que “rouba, mas faz" 

--> Recifenses estão céticos, mas esperançosos sobre o Brasil

--> Periferia apoia políticas públicas, mas faz ressalvas 

-> Para recifenses, vencer na vida é realizar sonhos

 

Passos apressados, pertences escondidos dentro da roupa e a sensação de que, a qualquer momento, você pode ser tornar uma nova vítima da violência urbana. Assim vive a maioria dos recifenses, de acordo com o novo estudo do Instituto de Pesquisas Uninassau, realizada em parceira entre o LeiaJá e o Jornal do Commercio. O levantamento ouviu essencialmente cidadãos das classes C e D. Um consenso: a polícia não traz sentimento de segurança. 

"A polícia não trata a gente como cidadão. Principalmente nós, moradores dos subúrbios. Nós somos vistos logo como bandidos. Acho que o policial deveria dar bom dia, respeitar as pessoas e isso está longe de acontecer", reflete o garçom Carlos André da Silva. Ele pede mais policiamento nas ruas e maior preparo destes profissionais. "São muito mal treinados". 

##RECOMENDA##

[@#galeria#@]

Moradora de Água Fria, na Zona Norte do Recife, há mais de 30 anos, a dona de casa Marise Cabral concorda sobre os poucos policiais nas ruas e conta como anda com cuidado para não criar problema. "A gente anda nas ruas quieto, se bater sem querer em alguém pede logo desculpa, porque você sabe, né? É melhor evitar". Religiosa, pede (e confia) mais a Deus do que ao governo e às autoridades. "No mundo dos homens, podemos pouco". 

"Meu irmão foi assaltado por um policial"

Juliana Carvalho, quase sempre, faz o percurso Janga-Água Fria durante a semana. Sente-se mais insegura nos ônibus e critica a falta de policiamento. Mais: não confia em policial e tem um motivo relevante. "Meu irmão estava na praia com seu celular. Parou uma viatura e, à paisana, dois policias tomaram o aparelho dele e mandaram ele correr", relata a jovem. 

Questionada se o sentimento de insegurança é maior no subúrbio ou no centro da cidade, é taxativa: "em todos os lugares". Negra e moradora de periferia, Juliana não acha que as mulheres devem se render ao medo, mas prega cuidado. "Ao descer do ônibus de nove horas da noite, a rua está deserta, você tem que andar rápido. A insegurança é muito grande, para todos". 

Segundo o cientista político Adriano Oliveira, coordenador do pesquisa, os recifenses "não reconhecem a polícia como instrumento para combater a criminalidade e mostram sentimento de desprezo (em relação à polícia)". O sentimento é de uma passividade dos policiais, inércia em relação aos crimes diariamente cometidos nas comunidades. 

Violência: o calo do governo do Estado

Em pesquisas passadas do Instituto de Pesquisas Uninassau, a violência urbana sempre tem figurado como a principal queixa da população recifense e pernambucana. Para usuários de ônibus da Região Metropolitana, o medo é permanente e o principal culpado é o governador Paulo Câmara. 

Mensalmente, a Secretaria de Defesa Social tem divulgado as estatísticas da criminalidade em Pernambuco. Os números têm nada a comemorar. Nos primeiros quatro meses de 2017, 2039 pessoas foram assassinadas, uma média de 17 mortes por dia no estado.

Com os últimos anos marcados por escândalos de corrupção, entre eles o da Petrobras investigado pela Lava Jato, a pedida por políticos honestos têm ficado cada vez mais latente no Brasil. Para os pernambucanos, de acordo com um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU, a qualidade deve ser o principal pré-requisito do próximo presidente da República. Segundo dados da amostra, 41,2% dos entrevistados apontam a honestidade como uma virtude essencial a um chefe do Executivo nacional. 

Outros atributos apontados pelo estudo, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commércio, são caráter (7,4%), trabalho (5%), compromisso (3,6%), responsabilidade (3,4%), humildade (1,8%) e competência (1,4%). As virtudes mencionadas também são um reflexo do que a população considera como principal problema do país. Ao indagar 2.263 pernambucanos sobre o assunto, 31,6% deles apontaram que os políticos corruptos são o imbróglio do Brasil. 

##RECOMENDA##

[@#video#@]

“Isso demonstra que hoje [a honestidade] é o ponto principal, mas ainda não significa que seja mantido até 2018. A honestidade é atributo relevante, certamente irá influenciar nas eleições, mas não saberia mensurar o quanto", avalia o cientista político e responsável pela pesquisa, Adriano Oliveira.

Sob a ótica do especialista, o dado é "um reflexo fortíssimo da Lava Jato" e os próximos resultados da operação, envolvendo nomes como o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apontado como o preferido hoje para a disputa presidencial, vão determinar se o atributo se manterá ou não. 

Outros problemas e responsabilidades

Questões sociais como  desemprego (19,4%), segurança (15,%), saúde (9,5%), crise econômica (5,7%), educação (2,9%) e drogas (1,2%) completam a lista dos principais problemas o país  de acordo com o levantamento do Uninassau. 

Já quanto a responsabilidade para a resolução destas dificuldades enfrentadas pelo Brasil, 28,6% dos entrevistados apontaram o presidente Michel Temer (PMDB) como a pessoa que deveria apresentar soluções aos impasses, 24,8% atribuíram a responsabilidade ao Governo Federal como um todo e 17,9% aos políticos. 

Para 9,2% dos que participaram da amostra, o povo deveria solucionar os problemas do país, 2,4% acreditam que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem o poder de reorganizar o cenário e 1,6% o poder público. 

LeiaJá também

-->> Descrentes, 84% dos pernambucanos não confiam em políticos

-->> Para 55% dos pernambucanos Lula deve ser candidato em 2018

-->> Em pesquisa, Lula retrocede 18% nas intenções de votos

A eventual candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao comando do país em 2018 tem gerado uma discussão intensa no país, principalmente diante das acusações de corrupção e lavagem de dinheiro que pesam contra ele. O assunto divide não apenas na classe política, mas a sociedade. Se para uns, o petista pode retomar o desenvolvimento econômico e as ações sociais do governo, para outros a perspectiva de um novo mandato dele é pressuposto para novos casos de irregularidades na gestão pública. 

Ao aferir a relação dos pernambucanos com os políticos, o Instituto de Pesquisas UNINASSAU questionou a população se Lula deveria ou não disputar a Presidência da República e de acordo com dados do levantamento, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, 55% acreditam que sim enquanto 33% ponderam que não. 

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Entre os que sinalizaram positivamente, a maioria, 64%, recebem até um salário mínimo; 82% moram na região do Sertão do São Francisco e 63% tem até o ensino fundamental completo. Já entre os que discordam da candidatura do ex-presidente ao Planalto, a maior parcela, 46%, tem o ensino superior; 40% ganham acima de dois salários mínimos e 40% residem na Região Metropolitana do Recife.

Na avaliação do cientista político e coordenador da pesquisa, Adriano Oliveira, o desfecho das investigações da Lava Jato será crucial para a participação ou não de Lula na disputa. “Há uma rejeição, mas um alto percentual também defendendo a candidatura dele. Nós podemos dizer que uma candidatura de Lula partiria com cerca de 30% de intenções de votos, mas temos que considerar que ainda não sabemos o fim da Lava Jato. Não sabemos se Lula vai terminar como vítima ou como vilão”,observou. 

Questionado se uma candidatura do ex-presidente desestabilizaria a política nacional, o estudioso argumentou que “não”. Segundo ele, dependendo do desfecho das investigações, a postulação em 2018 “pode vir a representar um certo alívio para os políticos” e a recuperação da credibilidade da classe com a população, caso ele seja inocentado. 

“Lula tem uma capacidade política muito grande, ele sendo presidente poderia amenizar o ânimo das instituições”, ponderou Oliveira. 

O levantamento foi a campo entre os dias 8 e 10 de maio, antes da divulgação do depoimento prestado pelo ex-presidente ao juiz Sérgio Moro, no processo da Lava Jato que investiga o eventual repasse de propina ao líder-mor petista através de reformas em um triplex no Guarujá, litoral de São Paulo. O nível de confiança da amostra é de 95% e a margem de erro de 2,1 pontos percentuais. 

LeiaJá também

-->> Descrentes, 84% dos pernambucanos não confiam em políticos

-->> Próximo presidente deve ser honesto, aponta pesquisa

-->> Em pesquisa, Lula retrocede 18% nas intenções de votos

Em mais uma pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa UNINASSAU, neste sábado (13), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece liderando as intenções de votos para as eleições presidenciais. O levantamento, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, mostra que, se o pleito fosse hoje, o petista teria 47% dos votos dos pernambucanos. Apesar da liderança, em comparação com a pesquisa que foi divulgada há pouco mais de um mês, quando ele disparava com 65%, o percentual retrocedeu 18%

Para o coordenador da pesquisa e cientista político, Adriano Oliveira, pode não existir nenhuma causa específica para permitir essa queda, mas também pode ser uma reação da população aos escândalos de corrupção ligados a ele. “Não sabemos aonde irá parar a Operação Lava Jato. Nós não sabemos também qual será a relação do eleitor quando ocorrer uma decisão final da Lava Jato em relação ao ex-presidente Lula, portanto, neste momento temos que ter certa paciência para vislumbrar o palco eleitoral de 2018”, declarou. 

##RECOMENDA##

[@#video#@]

A pesquisa estimulada do Instituto UNINASSAU aponta como o principal adversário de Lula o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC), porém com um percentual bem menor de 9%. Ocupa a terceira colocação a ex-ministra Marina Silva (6%). O prefeito paulista, João Doria (PSDB); o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB); e o ex-ministro Ciro Gomes aparecem empatados com 2% cada. Os brancos, nulos ou que não votariam em nenhum totalizam 21% já os que não souberam responder somam 11%.

A maioria dos entrevistados que votariam em Lula possuem renda familiar de até um salário mínimo somando 54%. Já, ao contrário, os que votariam em Bolsonaro possuem renda acima de 5 salários mínimos representando 21%. 

Os dados também destacam que o principal eleitorado de Lula se encontra na região do São Francisco (75%) e do Sertão (62%). Já Bolsonaro, na proporção devida, tem maior aderência dos eleitores recifenses (14%). O parlamentar só tem o apoio de 3% dos moradores da localidade do São Francisco e apenas de 7% dos sertanejos. 

O estudo ainda mostra que Lula possui um eleitorado com grau de instrução bem inferior sendo 54% com o fundamental completo e 51% incompleto. Já Bolsonaro, em sua maioria, possui o ensino superior (13%). 

Adriano Oliveira explica que Bolsonaro representa aqueles eleitores que já votaram em Lula, mas que hoje tem desesperança no chamado “lulismo”. “Então, ele é uma oposição incipiente ao lulismo e também há eleitores que foram do PSDB, mas que hoje não votam mais no candidato do PSDB, mas considero esses eleitores volúveis. Não vejo ainda Bolsonaro com um eleitorado consolidado. O vejo como um candidato que pode perder votos quando o candidato do PSDB for apresentado como, por exemplo, João Doria”, salientou. 

LeiaJá também

-->> Descrentes, 84% dos pernambucanos não confiam em políticos

-->> Para 55% dos pernambucanos Lula deve ser candidato em 2018

-->> Próximo presidente deve ser honesto, aponta pesquisa  

O novo levantamento do Instituto de Pesquisas UNINASSAU aponta a descrença dos pernambucanos com os políticos brasileiros. O estudo, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, divulgado neste sábado (13), mostra que 84% dos entrevistados não confiam em nenhum político. Segundo os dados, apenas 9% disseram confiar na classe e 6% não souberam ou não responderam. 

O Instituto UNINASSAU também perguntou, de forma espontânea, qual o partido político mais admirado no Brasil. Na mesma linha de descrença, 71,5% responderam que nenhum. O Partido dos Trabalhadores (PT), apesar de todas as polêmicas envolvendo a sigla nos últimos anos, é o mais admirado com 17,5%. As outras siglas, com um percentual bem abaixo do PT, aparecem com uma diferença pequena: PSB (1,7%), PMDB (1,3%), PSDB (1,3%) e outros (1,4%). Dos entrevistados, 5,3% não souberam ou não responderam. 

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Avaliando os dados, o coordenador do Instituto de Pesquisas UNINASSAU e cientista político Adriano Oliveira, declarou que a reputação desfavorável da política é evidente. “Quase 85% dos eleitores não confiam nos políticos. Já os partidos políticos, isso não é novidade, estão em baixa para os eleitores. Tanto partidos políticos como classe política tem hoje um déficit forte de credibilidade. Esses dois dados juntos é um aspecto relevante”, reforçou. 

Se o PT é considerado o mais admirado, ao mesmo tempo, é o mais rejeitado. De acordo com a amostra, 10,7% não gostam da legenda. Em seguida, entre os mais rejeitados, está o PMDB que possui 7,4% Já o PSDB, o PSB e os que disseram outras siglas ficaram, respectivamente, com 5,2%, 2,5% e 1,7%. Os que afirmaram que não gostam de nenhum somam 52,8% e não souberam ou não responderam 19,8%. 

Ainda em destaque, o PT é apontado como a sigla que pode fazer mais pelos pobres com o percentual de 26,1% e, em segundo lugar, o PSB com 1,3%. O maior percentual, entretanto, está entre os que disseram nenhum, 58%. Já 11,4% não souberam ou não responderam e 3,1% disseram outros partidos. O apontado como o que pode fazer mais pelos ricos é o PMDB que ostenta 8,9%. O PSDB, o PT e o PSB receberam 7,1%, 4,6% e 3,5%, cada. 49,3% disseram nenhum e 25,6% não souberam ou não responderam. 

Para Adriano Oliveira, o percentual que aponta o PT como o mais querido entre a classe mais desfavorecida é relevante porque explica a parte da consolidação e da manutenção da liderança do ex-presidente Lula em Pernambuco e no Brasil. 

“É importante destacar que o PT é um partido fortemente identificado com os pobres e o PMDB por conta das reformas, se identifica como o partido de ricos junto com o PSDB. Então, o PT tem a bandeira dos pobres e o PMDB e o PSDB a bandeira dos ricos. Isso nos sugere o porquê Lula mantém essa liderança e ainda existe espaço aberto para o PT apresentar um candidato que não seja Lula na eleição de 2018 com a capacidade de crescimento eleitoral”, explicou o cientista. 

Foram realizadas 2.263 entrevistas, no período de 8 a 10 de maio de 2017, com pessoas residentes em Pernambuco. O nível estimado de confiança é de 95% e uma margem de erro de 2,1%. 

LeiaJá também

-->> Em pesquisa, Lula retrocede 18% nas intenções de votos

-->> Para 55% dos pernambucanos Lula deve ser candidato em 2018

-->> Próximo presidente deve ser honesto, aponta pesquisa

No Recife, os casos de assédio sexual têm sido cada vez mais divulgados e uma pesquisa do Instituto de Pesquisas UNINASSAU, encomendada pelo LeiaJá em parceria com o Sistema Jornal do Commercio, revela dados sobre este tipo de crime na capital pernambucana. O levantamento realizado nos dias 17 e 18 de abril, com entrevistas a mais de 620 pessoas a partir dos 16 anos, mostra um panorama de que quase 50% de mulheres ouvidas já foram vítimas.  

Os dados revelam, entre as ouvidas, cerca de 286 mulheres já assediadas sexualmente. Este número corresponde a 46% do total de entrevistados. Outro complemento desse levantamento aponta que 64% destas vítimas possuem entre 16 e 24 anos e 55% de 25 a 34 anos. Em contrapartida, homens ouvidos também informaram terem sido alvos deste crime, no entanto o percentual de atingidos corresponde à metade do das mulheres, sendo de 23%. Neste caso, 53% deles correspondem a idades entre 25 e 44 anos. 

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Ainda, segundo a pesquisa, quando perguntados em qual ambiente essas pessoas foram vítimas de assédio sexual, espontaneamente, a resposta “trabalho” foi a mais citada, com 23,5% das respostas; seguida de “na rua”, com quase 22% e “ônibus/metrô” em terceiro lugar, atingindo mais de 16% das respostas.   

Um dado alarmante e disparado entre as respostas dadas pelos entrevistados foi sobre os assediadores. Quando perguntados quem havia praticado o crime, mais de 35% das pessoas informaram espontaneamente terem sido “homens desconhecidos/homens safados”. “Parentes”, àqueles que estão próximos à vítima como pais, padrastos, tios, cunhados ou primos aparece em segundo lugar com 14,2% das respostas. Ainda entre as pessoas próximas ao assediado, estão os “colegas”, correspondendo a mais de 12% dos que praticam o crime. 

Um desdobramento da questão em relação ao assediador, reafirma a presença do sexo masculino neste tipo de prática. “Homens desconhecidos” é também a resposta dos homens quando perguntados sobre quem os assediou, com quase 27,5% das respostas. Para as mulheres o percentual para esta resposta é de 38,2%.

A pesquisa divulgada ainda acrescenta mais uma abordagem. Neste caso, a mulher ainda continua sendo o grande alvo da prática de assédio sexual. Os entrevistados ainda apontaram conhecer pessoas do sexo feminino vítimas de assédio, atingindo o percentual de 58% das respostas. Em comparação às pessoas que conhecem homens alvos, apenas 16% apresentaram resposta positiva e 82% apontaram desconhecer.

LeiaJá também

--> Especial NE10: Raízes da Intolerância

Um levantamento do Instituto de Pesquisas UNINASSAU aponta que a população de Pernambuco é, em sua maioria, feliz e considera aqui um bom local para se viver. A mesma pesquisa, entretanto, mostra cidadãos cobrando com urgência mais segurança, saúde e emprego. Estudos da Geografia Humanista, como o da topofilia, talvez lancem luz sobre esses sentimentos conflitantes dos pernambucanos.

O geógrafo sino-americano Yi-Fu Tuan é o responsável por desenvolver o conceito de topofilia (topo: lugar; filia: atração). O conceito se refere à capacidade do ser humano de se apegar não somente a outras pessoas mas também ao espaço geográfico. Tal sentimento de afeição emerge mesmo em situações de natureza drástica, como em locais de seca. Mesmo ciente que podem existir regiões melhores, moradores dessas localidades permanecem lá por amarem o local e assumirem o desafio de melhorar o ambiente. A terra onde se vive vira ambiente de intimidade, depósito de lembranças e onde se mantém a esperança.

##RECOMENDA##

Dos pernambucanos entrevistados, 91% se disseram orgulhosos de serem do estado. À pergunta “Neste momento, como você se sente morando em Pernambuco?”, 10% se disseram muito felizes e a maioria, 62%, se disse feliz. 

Apesar disso, uma quantia expressiva, 24,7%, não souberam ou não quiseram responder por que se sentiam felizes. Um total de 62% explicou que sua alegria se devia porque “gosta daqui/Pernambuco é o melhor lugar”. 

Em seus estudos, Yi-Fu Tuan prevê que as pessoas estão geralmente satisfeitas com a área onde residem. Para o pesquisador, um dos motivos é o tempo vivido, porque a familiaridade gera aceitação e também afeição.

Os 10% da pesquisa que se disseram infelizes ou muito infelizes responsabilizaram a violência (33,5%), falta de emprego (18,7%), “não tem futuro/é ruim” (14,3%), dificuldades (8,8%) e governo ruim/corrupto (6%). Como a resposta era espontânea, houve outras respostas, mas com menos menções.

Feliz, mas... – Há uma divisão mais igual quando os entrevistados são questionados sobre os últimos anos no Estado. Ao todo, 22% dizem que a vida melhorou, mas 32% alegam que continua a mesma coisa e 32% também afirmam que piorou. A diferença entre tais opiniões permanece basicamente a mesma mesmo quando é levado em conta a renda familiar, o grau de instrução e a região do Estado.

Brasil – A pesquisa aqui no Estado também perguntou sobre o orgulho de ser brasileiro. O resultado foi basicamente o mesmo: 90% dos pesquisados disseram serem orgulhosos, contra 9% que responderam “não” e 1% que não soube responder.

Oportunidades – Por fim, quando perguntados se Pernambuco oferecia, no momento, oportunidades para melhorar de vida, a resposta também não dá motivos para a população estar feliz. Um total de 70% respondeu que não há tais oportunidades, enquanto 20% disse que sim. 

Diante do cenário político-social no qual se encontra o país, a população se vê descrente na política. A nova pesquisa do Instituto de Pesquisas UNINASSAU, divulgada pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio,  corrobora a tese e mostra como os pernambucanos têm absorvido os panoramas de crise em escala estadual e nacional.

Dos mais de 2 mil entrevistados, 80% afirmaram existir crise econômica no país. Os que mais sentiram a mudança da situação econômica no país foram as pessoas entre 25 e 34 anos. Quando perguntados sobre de quem seria a responsabilidade por essa situação,, espontaneamente, 43,9% dos entrevistados apontaram o governo de Michel Temer. Outros 23,8% culparam os políticos de forma geral e 1,4% citou o nome da ex-presidente Dilma Rousseff.

##RECOMENDA##

Muitos pernambucanos (13,8%) estão tão desacreditados que afirmam que ninguém seria capaz de mudar o atual cenário brasileiro. O ex-presidente Lula, com 10,2%, é um nome ainda lembrado pelos entrevistados como "salvador da pátria". Sobre sentir na pele os efeitos da crise, quase 40% citaram a falta de emprego como o principal reflexo do atual momento. Ao todo, 69% asseguraram que a crise interferiu ou interferiu muito em suas vidas. 

Panorama da crise em Pernambuco

O Instituto de Pesquisas UNINASSAU também arguiu as mesmas pessoas sobre o cenário no Estado. Do total, 76% dos entrevistados apontam haver crise em Pernambuco, enquanto 18% discordam desta afirmativa. 

Quase 100% deles afirmam, espontaneamente, que a crise nacional afetou o Estado e dizem que, em Pernambuco, o culpado de a economia estar em colapso é o governador Paulo Câmara (53,7%). Esta opinião é seguida pelas respostas políticos (22,5%) e gestão do presidente Michel Temer (8,3%).

Ao mesmo tempo em que os entrevistados apontam o líder do governo estadual como sendo o culpado, ele também é visto como a figura que pode tirar o Estado da crise econômica, sendo citado por 27,5% dos entrevistados. A resposta “os políticos” também é apresentada (10,6%), seguida da resposta “o povo”, com pouco mais de 10% dos posicionamentos. O nome do ex-presidente Lula aparece em quarto lugar, alcançando mais quase 5,5% das opiniões.

As investidas do presidente Michel Temer (PMDB) para ser, de acordo com ele, o “presidente mais nordestino que o Brasil já teve” não está surtindo efeitos positivos em Pernambuco. O retrato disso pode ser visto no levantamento divulgado nesta segunda-feira (3) pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU. De acordo com os dados, a forma com que o peemedebista tem conduzido o país é reprovada por 91% dos pernambucanos. A amostra, encomendada pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, também revela que o índice de aprovação de Temer é de 5%. 

A maior parcela dos que avaliam negativamente a gestão do presidente é de pessoas entre 35 e 44 anos, com ensino superior completo e residentes do Agreste do estado. Já os que mais aprovam são sertanejos maiores de 60 anos. Um peso significativo para a  reprovação é o cenário nacional de crise econômica, além das reformas da Previdência e trabalhista que tramitam no Congresso Nacional e outras medidas, como os cortes no orçamento de projetos federais.  

##RECOMENDA##

“Temer está reprovado em razão das reformas que ele propõe em virtude da crise econômica que persiste. Ele pode melhorar a popularidade caso o Brasil supere a crise”, argumentou o coordenador do Instituto e cientista político Adriano Oliveira. Segundo ele, a conjuntura atual além de reforçar a rejeição de temer no estado “ressuscita o lulismo”, ou seja, reflete positivamente na intenção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disputar o comando do país em 2018. 

O Instituto UNINASSAU foi a campo nos dia 23 e 24 de março. Foram ouvidas 2.014 pessoas a partir de 16 anos de todas as regiões do estado. O nível de confiança do levantamento é de 95% e a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

 

As demandas mais urgentes da população pernambucana são mais segurança, geração de empregos e investimento em saúde, segundo um estudo do Instituto de Pesquisas UNINASSAU, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio. Tais carências são lembradas por 31,8%, 19,3% e 18,6% dos entrevistados, respectivamente. A pergunta sobre o que o governo precisa fazer urgentemente foi espontânea e recebeu outras respostas da população como: mudar a administração/melhorar a administração (3,1%), trazer indústrias/empresas (2%) e “ter vergonha na cara e trabalhar” (1,7%).

Segundo a pesquisa, 41,3% dos pernambucanos acreditam que o principal problema do Estado é a violência. Logo em seguida vem o desemprego, com 21,1%.  Outros pontos citados como problemáticos no Estado são saúde (16,9%), falta de água (5,1%), educação (3%) e o governador Paulo Câmara (2,8%).

##RECOMENDA##

Do contingente pesquisado, 64,9% acreditam que Paulo Câmara é o responsável por resolver a situação de insegurança em Pernambuco, seguido de governos/políticos (18,2%) e presidente Michel Temer/Governo Federal (5,7%). A Polícia Militar aparece na quarta posição, com 2,5% das menções.

Já em relação ao desemprego, 49,4% dizem que é Paulo Câmara quem deve solucionar a situação. Logo após o socialista, vem governo/políticos (21%) e presidente Michel Temer/Governo Federal (14,1%).

Para o coordenador da pesquisa e doutor em Ciência Política, Adriano Oliveira, a responsabilidade é jogada para o governador porque os eleitores julgam os gestores públicos por fatores como serviços públicos. “Se eles [eleitores] frequentam costumeiramente postos de saúde, eles adquirem condições de avaliá-los. A qualidade do serviço público de saúde influencia o julgamento dos eleitores. O estado da segurança pública e o transporte público também. Quando o eleitor tem sensação de insegurança ou escuta cotidianamente relatos sobre atos violentos, eles reprovam o gestor público”, detalhou Oliveira.

Os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes ao último trimestre de 2016, trazem uma taxa de desocupação de 15,6% em Pernambuco, o que equivale a cerca de 643 mil pessoas à procura de emprego. A taxa vem crescendo pelo menos desde 2013.

O receio da população quanto à violência também não é à toa. Dados oficiais da Secretaria de Defesa Social (SDS), referentes aos dois primeiros meses de 2017, são desanimadores. No período supracitado ocorreram 977 homicídios, 20.276 crimes violentos contra o patrimônio, 3.327 roubos de veículos, 1.175 furtos de veículos, 295 registros de estupros e 5.158 casos de violência doméstica e familiar contra mulher. O Sindicato dos Rodoviários já contabiliza mais de mil assaltos a ônibus em 2017.

Ainda na pesquisa, os pernambucanos foram provocados a classificar uma série de itens em uma escala que ia de “ótimo” a “péssima”. Para 80% deles, as oportunidades de emprego são ruins ou péssimas. Ruim ou péssima também é a saúde pública para 73% e a segurança pública, para 84%.

No comando da gestão estadual há dois anos e três meses, o governador Paulo Câmara (PSB) terá dificuldades para conquistar o apoio popular e disputar a reeleição em 2018. Ao menos é o que sugere uma avaliação da atuação dele à frente do Palácio do Campo das Princesas, divulgada neste sábado (1º) pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU. De acordo com o levantamento, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, 74% dos entrevistados desaprovam o governo do pessebista. O percentual de aprovação é de 16%. 

O raio-x foi feito pelo Instituto a partir de 2.014 entrevistas realizadas em todas as regiões do estado. Os maiores índices de reprovação estão no Recife e no São Francisco. Já a aprovação é maiúscula nas outras áreas do Sertão. A forma como Paulo Câmara administra o Estado também foi aferida. Para 37% dos que responderam à amostra, a administração do afilhado político de Eduardo Campos é péssima; 27% disseram que era ruim e 23% apontaram como regular.      

##RECOMENDA##

Apenas 1% dos pernambucanos ouvidos na pesquisa consideram a administração ótima e 7% a classificam como boa. Desses, a maior parcela se mantém entre os sertanejos. Enquanto os que adjetivaram negativamente são preponderantes na capital, no São Francisco e no Agreste. 

Os dados, segundo o coordenador do Instituto UNINASSAU e cientista político Adriano Oliveira, refletem os diversos problemas apresentados pelos eleitores como de responsabilidade de Paulo Câmara e sem solução, como segurança pública, desemprego e saúde. 

“Os eleitores julgam os gestores considerando diversos fatores. Isto significa que um governador é aprovado [ou reprovado] em virtude de algum ou vários aspectos. As demandas dos eleitores e a responsabilização que estes dão ao governador explicam a sua alta reprovação”, argumentou o estudioso. Para ele, o sentimento negativo pode dificultar a reeleição do pessebista. “Não há um sentimento de otimismo e você entrar numa eleição e disputar com esse sentimento de pessimismo é ruim para qualquer candidato à reeleição", acrescentou. 

Pior governador da história de Pernambuco

Além do peso da avaliação negativa e do baixo índice de intenções de votos caso a eleição fosse hoje, de acordo com o Instituto de Pesquisas UNINASSAU também pesa sobre Paulo Câmara o título de “pior governador da história de Pernambuco para 42,3% dos entrevistados. Em segundo lugar no ranking, com 5,3%, aparece Jarbas Vasconcelos (PMDB), atual deputado federal que governou o estado por dois mandatos (1999 a 2006). 

O ex-governador Eduardo Campos, falecido em 2014, aparece como o pior gestor para 1,6% da amostragem e o ex-governador Roberto Magalhães (DEM) é citado por 1%. Para 10,5% dos pernambucanos nenhum ex-gestor pode ser considerado como o pior. Já 35,9% optaram por não responder. 

A classificação positiva, entretanto, tem Campos na liderança, sendo citado como o melhor governador da história por 35,9%. Apesar de ter sido o padrinho político de Câmara, a avaliação do líder socialista não reflete na do afilhado. “Os eleitores comparam o atual governador com Eduardo Campos e o que transparece é que eles sentem falta deste último”, ponderou Adriano Oliveira.  

O Instituto UNINASSAU foi a campo nos dia 23 e 24 de março. Foram ouvidas pessoas a partir de 16 anos de todas as regiões do estado. O nível de confiança do levantamento é de 95% e a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Enquanto o atual governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), é considerado o “pior da história”, o seu padrinho político, Eduardo Campos, é lembrado por 35,9% dos pernambucanos como o melhor gestor que o estado já teve. O dado faz parte de um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio e divulgado neste sábado (1º).

Ausente do cenário político desde 2014, após um acidente aéreo, o número se justifica pelo alto índice de aprovação com que Campos encerrou a gestão em abril daquele ano para concorrer à presidência do país e vem persistindo, apesar do suposto envolvimento do político na Lava Jato.

##RECOMENDA##

A classificação positiva, entretanto, não reflete na avaliação da gestão do afilhado que vem vendo reprovado por 74% dos pernambucanos. “Os eleitores comparam o atual governador com Eduardo Campos e o que transparece é que eles sentem falta deste último”, ponderou  o coordenador da pesquisa e cientista político, Adriano Oliveira.  

Ainda na lista dos “melhores governadores”, o avô de Campos, Miguel Arraes, é lembrado por 16,5% dos entrevistados e Jarbas por 10,3%. Roberto Magalhães é mencionado por 1,9% e Paulo Câmara aparece por último, com apenas 1,2% da preferência. Neste caso, 18,1% preferiram não responder. 

Já no quesito admiração, em Pernambuco o descrédito da classe é grande. De acordo com a pesquisa, 54,8% dos entrevistados não admiram nenhum político. Entre os citados, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem o primeiro lugar com 8,6%, Campos aparece com 5%, Jarbas 3,8% e Arraes 1,6%. O ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM) é admirado por 1,1% dos que participaram da pesquisa e o ex-prefeito do Recife, João Paulo (PT) também.

O Instituto UNINASSAU foi a campo nos dia 23 e 24 de março. Foram ouvidas 2.014 pessoas a partir de 16 anos de todas as regiões do estado. O nível de confiança do levantamento é de 95% e a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

“Minha preferência é sempre andar de metrô. Não gosto do ônibus”. Essa é a escolha da comerciária Rosa Maria Rodrigues e de tantos outros recifenses entrevistados durante pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU, em parceria com o Sistema Jornal do Commercio. No dia 6 de janeiro de 2017, mais de 620 pessoas expressaram sua opinião acerca dos aspectos em relação ao transporte público. 

Diante do cenário encontrado pelos usuários, o metrô é mais bem avaliado que os ônibus, no entanto, os aspectos questionados ainda deixam a desejar. Mesmo sendo preferência para 54,6% dos entrevistados, pontos apresentados revelam resultado regular na aceitação da população. 

##RECOMENDA##

Em contato com a população, na Estação Recife, área central da cidade, o LeiaJá ouviu a opinião dos passageiros que utilizam o modal para inúmeras atividades. Sua rapidez  e conforto são elogiados, no entanto, a presença de ambulantes é referida como incômodo e a insegurança como medo constante para quem precisa utilizar o meio. 

[@#video#@]

Apenas dos usuários 1,5% julga o metrô como ótimo. Enquanto isso, quase dez vezes mais pessoas apontam o serviço como sendo péssimo. Apesar disso, a pontualidade teve avaliação ótima ou boa, com 39,5% dos julgamentos. 

A segurança foi um ponto julgado como péssimo entre os usuários que fizeram questão de expressar o descontentamento. O número de 62,2% dos entrevistados mostra o panorama de medo dos passageiros do metrô. Quanto à responsabilidade de garantir a integridade dos passageiros, os entrevistados apontam como sendo do poder público, com mais de 17% das opiniões apontando a Polícia Militar e mesmo percentual para o governo. Porém, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) é um órgão de regimento do governo federal, vinculada ao Ministério das Cidades. 

Em relação às estações, apenas duas pessoas apontaram como sendo espaços ótimos, enquanto mais de 55% apontam como regulares. Nos finais de semana o número de usuários cai e a avaliação metrô fica ainda mais negativa, ganhando 16,4% dos votos péssimos. Apesar disso, muitos entrevistados (39,8%) ressaltam ser o meio de transporte utilizado para locomoção para o trabalho. 

LeiaJá também

--> Quase 70% apontam serviço de ônibus como ruim ou péssimo

--> 75,6% dos usuários têm medo de andar de ônibus na RMR

--> Para mais de 96% dos usuários, tarifa de ônibus é injusta

--> Usuários de ônibus e metrô reprovam gestão de Paulo Câmara

--> Governador é responsabilizado por insegurança nos ônibus

Com constantes assaltos e um serviço que deixa a desejar, os usuários do transporte público no Recife e na Região Metropolitana (RMR) culpam o governador Paulo Câmara (PSB) e a administração estadual pela falta de segurança, o aumento das passagens e a ausência de qualidade no sistema. É o que aponta um levantamento divulgado pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU neste sábado (18), encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio. 

De acordo com os dados, para os 69% dos entrevistados que disseram utilizar com frequência os ônibus que circulam entre a capital pernambucana e cidades vizinhas, 33,1% atribuíram a responsabilidade da segurança ao Governo do Estado. Já a Polícia Militar (PM) é apontada por 28,9% e o Consórcio Grande Recife por 11%. Os motoristas são responsáveis por garantir a tranquilidade dos passageiros para 5,6% dos que responderam a pesquisa e a Prefeitura do Recife para 3,3%. 

##RECOMENDA##

O Instituto UNINASSAU também foi a campo aferir quem os usuários acreditam ter dado o aval para o aumento de 14,26% nas passagens de ônibus. Para 42,6% dos passageiros, a responsabilidade foi do governador Paulo Câmara, enquanto 25,8% acreditam ter sido das empresas que fornecem o serviço e 9,6% do Grande Recife. 

Já sobre “quem pode fazer alguma coisa para melhorar” o transporte público, 52,7% dos entrevistados apontaram o Governo do Estado e 13,3% os empresários do setor. O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), também é mencionado por 9,3% e o Grande Recife por 3% dos entrevistados. 

Na avaliação do coordenador do Instituto e cientista político, Adriano Oliveira, a pesquisa detectou que “o eleitor consegue identificar o responsável por cada esfera”. “O governador do estado no que condiz ao transporte público, e não apenas isso, é responsabilizado pelos entrevistados. O eleitor diz que ele é culpado pela falta de segurança e o aumento das passagens. Quando ele [o eleitor] responsabiliza também avalia e como os serviços são mal avaliados, temos claramente a reprovação do governador”, salientou. 

Usuários do Metrô

A amostra, que ouviu 624 pessoas em seis terminais integrados do Recife e RMR, também verificou entre os 54,6% que disseram usar o metrô regularmente a quem atribuíam a tarefa de garantir a segurança. Apesar do metrô ser um serviço de ordem federal, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) é considerada responsável pela tarefa para 5,3% dos entrevistados e apenas 3,3% classificaram a gestão do presidente Michel Temer (PMDB). 

O Metrorec é citado por 15,1% dos entrevistados, enquanto 10,1% classificam a gestão estadual como responsável pela atribuição. Para 17,8% a responsabilidade é da PM, já 17,2% apontam o Governo como encarregado pela tarefa, mas não especificam se o estadual ou federal.

LeiaJá também

--> Quase 70% apontam serviço de ônibus como ruim ou péssimo

--> 75,6% dos usuários têm medo de andar de ônibus na RMR

--> Para mais de 96% dos usuários, tarifa de ônibus é injusta

--> Metrô tem melhor avaliação que ônibus, mas deixa a desejar

--> Usuários de ônibus e metrô reprovam gestão de Paulo Câmara

À frente da gestão estadual há dois anos e quase três meses, o governador Paulo Câmara (PSB) tem sido alvo de constantes críticas da população. Um reflexo disto é indicado por um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisas Uninassau onde o pessebista tem a atuação reprovada por 79,5% dos entrevistados. A avaliação foi feita por usuários do transporte público do Recife e Região Metropolitana.

De acordo com a amostra, encomendada pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, apenas 13,8% dos passageiros aprovam o governo dele e 6,6% não souberam responder. A maior parcela do índice negativo se mantém quando o Instituto questiona sobre o desempenho da administração estadual. Para 37,6% ela é péssima e 27,5% a consideram ruim. 

##RECOMENDA##

Dos 624 entrevistados em seis terminais integrados diferentes, 24,1% disseram que o governo é regular enquanto 6,6% o classificaram como bom e 1,1% ótimo. Neste quesito, 3,1% dos usuários não responderam. 

A análise, de acordo com o coordenador do Instituto UNINASSAU e cientista político Adriano Oliveira, é “um reflexo da má avaliação dos serviços públicos” e, embora a pesquisa seja focada em usuários do ônibus e metrô, “ela sugere um índice de reprovação do todo da opinião eleitoral”. 

Para Oliveira, com o resultado da pesquisa também é possível dizer que a população estaria sentindo a “falta de liderança” do governador - principal ponto de crítica da oposição. “Esta percepção na classe política pode vir também a ser percebida pela opinião pública, pois um líder sempre vai resolver os problemas da população e quando o eleitor vê que seus principais anseios não são revertidos começa a considerar o governador como uma pessoa ausente”, salientou. 

O Instituto de Pesquisas UNINASSAU foi a campo no dia 6 de março e ouviu pessoas maiores de 16 anos nos terminais de Tancredo Neves, Joana Bezerra, Cajueiro Seco, Barro, Recife e Aeroporto. O nível de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro está estimada em quatro pontos percentuais.

LeiaJá também

--> Quase 70% apontam serviço de ônibus como ruim ou péssimo

--> 75,6% dos usuários têm medo de andar de ônibus na RMR

--> Para mais de 96% dos usuários, tarifa de ônibus é injusta

--> Metrô tem melhor avaliação que ônibus, mas deixa a desejar

--> Governador é responsabilizado por insegurança nos ônibus

A Reforma da Previdência é um dos assuntos que vai pautar a política nacional este ano. Com a proposta já encaminhada para o Congresso Nacional pelo presidente Michel Temer (PMDB), os parlamentares devem iniciar a discussão e votação dos temas que versam sobre as mudanças no setor ainda no primeiro semestre. As modificações, no entanto, têm gerado expectativas negativas para a população e o Instituto de Pesquisas Uninassau foi a campo aferir como os recifenses analisam a proposta. 

Ao indagar os entrevistados se já ouviram falar da reforma, 67,1% responderam que sim enquanto 30,1% pontuaram que não. Para os que sabem da existência dos projetos, a maioria (65,3%) acredita que o Brasil não precisa alterar as regras previdenciárias. Já 28% ponderam que a reforma é necessária para o país. 

##RECOMENDA##

Uma das justificativas para a Reforma da Previdência, de acordo com dados do Governo Federal, é o registro de um rombo crescente no setor. Segundo a gestão, em 1997, os gatos representavam 0,3% do PIB e em 2017 à projeção é de que o valor chegue a 2,7%. Em 2016, o déficit do INSS atingiu a casa dos R$ 149,2 bilhões (2,3% do PIB) e em 2017, está estimado em R$ 181,2 bilhões. 

Entre as regras que devem mudar segundo o texto encaminhado por Temer ao Congresso é a idade mínima para a aposentadoria. Atualmente, o regime da União prevê o mínimo de 60 anos para homens e 55 para mulheres. Com a reforma, será fixada a idade de 65 os dois sexos e o tempo mínimo de contribuição será elevado de 15 anos para 25 anos.

Para a maior parcela dos 624 recifenses ouvidos pelo Instituto de Pesquisas Uninassau, os homens (40%) e as mulheres (28%) devem se aposentar de 55 até 60 anos.  

O levantamento encomendado pelo LeiaJa.com em parceria com o Jornal do Commercio também ouviu aposentados (17%) e os questionou se o que recebem é suficiente para manter as necessidades básicas. Sessenta e cinco vírgula sete por cento ponderaram que não, já 14,3% disseram que às vezes e 20% afirmaram que sim. Para os que ainda não estão aposentados (82,3%) o Instituto indagou se eles economizam parte do salário para o benefício e a maioria (72,9%) respondeu que não. Apenas 18,2% sinalizaram poupar para a aposentadoria e 7% pontuaram que às vezes reservam o dinheiro.

No Recife, três em cada quatro pessoas desaprovam a gestão do presidente Michel Temer. É o que mostra o novo estudo, divulgado nesta segunda-feira (26), pelo Instituto de Pesquisas Uninassau.

O levantamento mostra que 74,5% da população não está satisfeita com a forma de o peemedebista governar. Dos entrevistados, 38,4% classificaram a administração como ruim e 36,1%, como péssima. Apenas 2% disseram que o comando é ótimo ou bom. Outros 15,4% avaliaram como regular. Da amostragem, 8% não responderam ou não souberam responder.

##RECOMENDA##

O Instituto perguntou também se a população é favorável à renúncia de Temer e a convocação de novas eleições diretas. Nesse caso, 73,4% responderam que sim, 10,9% se posicionaram contra e 15,7% não responderam ou não souberam responder. Para que novas eleições diretas fossem convocadas, o presidente teria que deixar o Planalto ainda neste ano. Se isso acontecer a partir de janeiro - portanto, já na segunda metade do mandato -, serão convocadas eleições indiretas, através do Congresso Nacional.

Temer tem dito que o governo não está preocupado com os índices de popularidade. "O caminho certo que estamos trilhando nem sempre é o mais popular em determinado momento, mas nossa responsabilidade não é buscar aplausos imediatos, aprovação a qualquer preço. Nosso compromisso é desatar os nós que têm comprometido nosso crescimento econômico”, disse ele, no último dia 16.

“Seria muito confortável para esse governante não se preocupar com o teto dos gastos públicos, com a reforma da Previdência. Poderia ficar comodamente instalado nas 'mordomias' da Presidência e nada patrocinar nesses dois anos. Não haveria embates, contrariedades e seguiria tranquilo", disse ele, sobre as medidas impopulares do governo. "Mas os tempos exigem coragem para não ceder a soluções fáceis e ilusórias. Não há mais espaços para feitiçarias. Imprimir dinheiro, maquiar contas, controlar preços. Estamos tratando de resolver nossos problemas de frente e se não o fizermos agora, o Estado quebra”, completou.

A pesquisa foi realizada nos dias 13 e 14 de dezembro, no Recife. O nível estimado de confiança é de 95%, com margem de erro de quatro pontos percentuais.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando