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Levantamento do Instituto de Pesquisas UNINASSAU, divulgado nessa terça-feira (30), trouxe respostas da população recifense a respeito da pandemia da Covid-19. Um dos recortes revelou que para 67% dos moradores da capital pernambucana, aulas presenciais em escolas, universidades e faculdades devem ser proibidas, enquanto 29% dos entrevistados preferem o retorno das atividades e 4% não responderam

A pesquisa foi realizada no período de 23 a 27 de março deste ano, por telefone, com 600 colaboradores. Quarenta e dois por cento dos participantes têm ensino médio completo ou superior incompleto, 23% concluíram a graduação, mesmo percentual dos que finalizaram o fundamental I. Onze por centro dos participantes chegaram ao nível fundamental II ou apresentaram o ensino médio incompleto.

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O Governo de Pernambuco detalhou nesta quarta-feira (31) o cronograma de volta às aulas presenciais para escolas, cursos livres e universidades. As instituições de ensino superior, por exemplo, podem retomar as atividades a partir de 5 de abril, devendo oferecer também o ensino híbrido como opção. As mesmas data e recomendações servem para os cursos livres.

Também de forma gradual, as escolas privadas poderão voltar às programações presenciais a partir de 5 de abril, enquanto a rede estadual de ensino apenas retornará no dia 19 do mesmo mês.

As escolas municipais de ensino voltarão a partir de 25 de abril. O Governo de Pernambuco informou que a definição do cronograma a partir dessa data ficará a cargo de cada cidade. Em todos os níveis educacionais, além pedir a disponibilização ensino híbrido, o Estado exige que sejam seguidos os protocolos de segurança contra o novo coronavírus, tais como distanciamento social, uso de máscaras e utilização de álcool em gel.

Outros dados

O estudo do Instituto de Pesquisas UNINASSAU também revelou que 92% dos entrevistados conhecem alguém que já foi infectado pelo vírus, bem como 76% dos recifenses afirmam ter medo de ser contaminados pela Covid-19. O levantamento mostra, ainda, que quase 70% dos entrevistados nunca foram testados, ficando impedidos, dessa forma, de saberem se tiveram ou não a doença.

A pesquisa confirma mudanças de hábitos na população, que diante da necessidade do isolamento social para conter a pandemia, precisou passar mais tempo em casa. Por isso, de acordo com o estudo, cresceu a audiência de filmes e programas jornalísticos, que se tornaram a preferência de 53% e 66% dos entrevistados, respectivamente.

A vacinação para prevenção à Covid-19 também foi pauta da análise. Segundo o levantamento, 79% dos recifenses pretendem tomar o imunizante. De acordo com a Prefeitura do Recife, até o fechamento desta matéria, 210.522 pessoas foram vacinadas na cidade.

Na levantamento do Instituto de Pesquisas UNINASSAU, foram entrevistados recifenses acima dos 18 anos. O Instituto reforça que o resultado final apresenta 95% de confiabilidade, com margem de erro calculada em quatro pontos percentuais.

A atitude de Sérgio Moro de deixar a magistratura e, com isso, a condução do julgamento das ações judiciais da Lava Jato em Curitiba e para ser ministro da Justiça e Segurança Pública no governo do futuro presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi aprovada pelos recifenses. É o que aponta o novo levantamento do Instituto de Pesquisas UNINASSAU, encomendado pelo LeiaJá.

De acordo com os dados, 56% dos entrevistados disseram que o ex-juiz agiu certo ao aceitar o convite de Bolsonaro para integrar a equipe ministerial. Moro pediu exoneração da magistratura em meados de novembro e, a partir de janeiro, vai ser responsável pela superpasta criada pelo presidente eleito que acumulará a área da segurança pública e vai tratar dos registros sindicais, antes atribuição do Ministério do Trabalho.

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Para 37% dos recifenses que responderam à pesquisa, Moro não deveria ter deixado a magistratura para fazer parte do governo. O protagonismo na Lava Jato fez com que o ex-juiz se tornasse conhecido em todo o Brasil, tanto é que 91% dos entrevistados já ouviram falar o nome de Sérgio Moro.

O alcance da operação que investiga o maior escândalo de corrupção do país e já condenou, por exemplo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por corrupção e lavagem de dinheiro também fez com que o futuro ministro passasse a se tornasse uma espécie de ídolo para alguns.

Ao ir às ruas, o Instituto questionou ainda se os recifenses admiravam o ex-juiz. A maioria (53%) disse que sim e 44% pontuaram não. A maior parcela dos admiradores, segundo a amostra, está entre os que têm nível superior e a renda salarial acima de cinco salários mínimos.

A pesquisa “os recifenses, o futuro e temas da conjuntura” ouviu 480 pessoas em idade eleitoral  nos últimos dias 3 e 4. O nível de confiança do levantamento é de 95% e a margem de erro é de 4,5 pontos percentuais para mais ou menos.

Veja outros dados da mesma pesquisa

--> Governo Bolsonaro: 54% dos recifenses estão otimistas

--> Bolsonaro deve se esforçar para trazer cubanos de volta

--> Escola sem Partido: recifenses que conhecem são favoráveis

Em uma edição especial do Programa Descomplicando a Política, apresentado pelo cientista político Adriano Oliveira e pela editora do caderno de política do LeiaJá, Giselly Santos, foi divulgada a pesquisa que trata sobre 'Os recifenses, o futuro e temas da conjuntura', realizada entre os dias 03 e 04 de dezembro pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU. Adriano e Giselly comentam e opinam sobre os resultados.
 
Confira o programa completo no link.

Destaque nas rodas de conversas formadas por professores, estudantes ou pais de alunos, o projeto que está em análise na Câmara dos Deputados e promove a criação da chamada Escola sem Partido tem gerado discussões polêmicas entre os que são a favor ou contra o tema. Nesta quinta-feira  (6), o Instituto de Pesquisas UNINASSAU divulgou um levantamento com a opinião dos recifenses sobre o assunto.

Ainda que pouco conhecido, uma vez que segundo os dados apenas 19% dos entrevistados disseram saber o que é a Escola Sem Partido, 73% [dos 19%] são favoráveis a implementação da iniciativa, já 24% são contra.

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O Instituto aproveitou e também questionou os que afirmaram conhecer o tema sobre como o definiam. 43,8% classificaram o projeto como um meio da escola não influenciar na opinião dos alunos, enquanto 33,7% disseram que é quando as escolas não se posicionam politicamente. No mesmo quesito, 4,5% apontaram que a proposta trata de política nas escolas e 2,2% de doutrinação.

Da amostragem total,  79% dos que responderam a pesquisa disseram não conhecer a proposta que dita a regras sobre a forma que os professores devem se portar nas salas de aula.

No texto que aguarda a apreciação na comissão especial da Câmara dos Deputados, está previsto que os professores estão proibidos de promover suas opiniões, concepções, preferências ideológicas, religiosas, morais, políticas e partidárias.

Religião e Estado

O levantamento também perguntou aos recifenses se "o governo brasileiro deveria ter uma religião oficial ou ser um Estado sem religião". Quanto a isso, a maioria (67%) defendeu a manutenção da laicidade e 26% disseram que o país deveria adotar um segmento religioso para instituir oficialmente.

Já sobre a liberdade de culto religioso, a pesquisa aferiu se os entrevistados concordavam ou não com a frase "todo brasileiro deve seguir a religião que quiser". Os dados apontaram que a maioria (93%) concordava com a máxima, 4% consideravam indiferente, 2% discordavam e 1% não soube responder.

A pesquisa “Os recifenses, o futuro e temas da conjuntura” ouviu 480 pessoas em idade eleitoral nos dias 3 e 4 de dezembro. O nível de confiança do levantamento é de 95% e a margem de erro é de 4,5 pontos percentuais para mais ou menos.

Veja a análise do coordenador do Instituto e cientista político, Adriano Oliveira, sobre o levantamento:

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Posturas políticas influenciam diretamente no dia-a-dia da população e, recentemente, as declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) diante do Mais Médicos,  prometendo critérios mais rígidos para a participação do governo e de profissionais de Cuba no projeto federal, causou a saída do país caribenho do programa.

Com o assunto entre os mais comentados nas últimas semanas, o Instituto de Pesquisas UNINASSAU foi às ruas do Recife aferir o que a população pensa sobre o Mais Médicos e ouviu da maioria que o capitão da reserva deve se esforçar para trazer os médicos cubanos de volta ao país.

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Entre os que responderam o levantamento divulgado nesta quinta-feira (6), 75% disseram que já ouviram falar no programa e 24% pontuaram que não. Dos recifenses que sinalizaram conhecer a iniciativa, 72% são favoráveis ao projeto do governo federal para ampliar o atendimento médico principalmente nas cidades periféricas brasileiras e 24% colocaram-se contra.

Ainda tomando como base os que conhecem o Mais Médicos - que trouxe mais de 8,3 mil médicos cubanos para o país, sendo 414 deles para Pernambuco -, o Instituto também perguntou se o entrevistado já tinha sido atendido por um profissional caribenho. Neste quesito, 16% disseram que sim e 84% pontuaram que não. Dos que usufruíram do serviço, 29% consideraram ótimo, 54% bom, 11% regular, 4% ruim e 4% péssimo.

Desde 2013, quando o programa foi criado pela então presidente Dilma Rousseff (PT), Cuba chegou a enviar 11 mil profissionais para o Brasil. Agora os médicos, que inclusive foram alvos de protestos no início da atuação no país, estão retornando aos poucos para o país de origem depois que no último dia 14 de novembro o governo caribenho decidiu convocar a volta deles ao país.

Quanto ao apoio do retorno dos médicos para Cuba, 57% dos entrevistados se posicionaram contra e 37% foram favoráveis. Além disso, para 49% dos recifenses que conhecem o Mais Médicos, o presidente eleito deve se esforçar para trazer os cubanos de volta para o país. Em contrapartida, 39% disseram que Bolsonaro não precisa atrair de volta os profissionais e 9% pontuaram que talvez.

A pesquisa “Os recifenses, o futuro e temas da conjuntura” ouviu 480 pessoas em idade eleitoral nos dias 3 e 4 de dezembro. O nível de confiança do levantamento é de 95% e a margem de erro é de 4,5 pontos percentuais para mais ou menos.

Veja a análise do coordenador do Instituto e cientista político, Adriano Oliveira, sobre o levantamento:

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Entenda o desembarque de Cuba do Mais Médicos

Segundo a nota do Ministério da Saúde Pública de Cuba, a saída do país da iniciativa se deu por declarações "ameaçadoras e depreciativas" do presidente eleito. No comunicado, o órgão diz também que “não é aceitável que se questione a dignidade, o profissionalismo e o altruísmo dos colaboradores cubanos que, com o apoio de suas famílias, presta serviços atualmente em 67 países".

“As mudanças anunciadas impõem condições inaceitáveis ​​e violam as garantias acordadas desde o início do programa… Essas condições inadmissíveis impossibilitam a manutenção da presença de profissionais cubanos no Programa", chegou a informar o governo cubano.

Jair Bolsonaro, por sua vez, não poupou críticas à postura e disse que como as novas condições listadas exigia a entrega do salário integralmente aos profissionais cubanos sem um percentual para o governo, a medida atingia “a manutenção da ditadura” de Cuba.

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A menos de um mês do início do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), a expectativa dos recifenses diante da condução do país nos próximos quatro anos é positiva. É o que aponta o novo levantamento do Instituto de Pesquisas UNINASSAU, encomendado pelo LeiaJá, divulgado nesta quinta-feira (6). De acordo com os dados da amostra, que ouviu recifenses nos dias 3 e 4 de dezembro, 54% dos entrevistados apostam que o capitão da reserva fará uma gestão ótima (8%) ou boa (46%).

Para 20% dos que responderam ao questionário, o futuro governo será regular, já 12% acreditam que a administração de Bolsonaro vai ser ruim ou péssima. Dos que participaram da pesquisa, 14% não expressaram expectativas sobre o novo mandato presidencial.

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O 16º militar a comandar o país toma posse no dia 1º de janeiro de 2019. A pesquisa indagou os entrevistados sobre o que Jair Bolsonaro precisa fazer assim que assumir o Palácio do Planalto: 22,4% acreditam que ele precisa cuidar logo da saúde e 18,8% da segurança. Já 12,6% pontuaram que o presidente eleito deve tirar os corruptos da gestão pública ou acabar com a corrupção, 10,5% pediram que ele foque na redução do desemprego e 8% opinaram que ações emergenciais para tratar da economia brasileira devem estar nas primeiras atitudes do novo presidente.

Quando o assunto abordado foi o principal desafio que Bolsonaro enfrentará na Presidência, a maioria dos recifenses ouvidos pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU disseram que será tratar da segurança (26,5%). Logo em seguida, aparece tirar os ladrões do governo (19,6%), além de cuidar da economia (11%), da saúde (9,2%) e do desemprego (7,7%).

A pesquisa “Os recifenses, o futuro e temas da conjuntura” ouviu 480 pessoas em idade eleitoral. O nível de confiança do levantamento é de 95% e a margem de erro é de 4,5 pontos percentuais para mais ou menos.

Além da conjuntura governamental, a pesquisa também perguntou o que os recifenses esperavam do ano de 2019. Dos que responderam, 81% acreditam que o Brasil vai melhorar, 11% pontuaram que o país "continuará na mesma" e 5% disseram que vai piorar. Os mais otimistas têm mais de 35 anos e recebem até dois salários mínimos.

Mesmo com a expectativa positiva e uma lista de desafios para o futuro presidente, no Recife Jair Bolsonaro não venceu  a eleição. Na capital pernambucana, Bolsonaro teve no segundo turno com 47,50% dos votos válidos, o que representa um total de 436.764 eleitores, e perdeu para o candidato do PT, Fernando Haddad, que contabilizou 52,50%.

Veja a análise do coordenador do Instituto e cientista político, Adriano Oliveira, sobre o levantamento:

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A divisão política no Brasil tem sido cada vez mais latente e vai além das dependências das Casas Legislativas e dos Poderes Executivos, alcança a sociedade como um todo. O que tem provocado isso, de acordo com um estudo feito pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU que ouviu a opinião de um recorte de eleitores recifenses sobre a conjuntura eleitoral, é segmentação diante do atual quadro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo a amostra qualitativa, encomendada pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commércio, os eleitores ouvidos das classes A, B, C e D que “hoje existem os admiradores do ex-presidente Lula versus os que rejeitam ele”. E, para eles, "esta divisão tem ocasionado muitos conflitos, os quais são prejudiciais ao Brasil".

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“Os eleitores reconhecem a divisão do Brasil. Segundo eles, de um lado, estão os adeptos de Lula. Do outro, os contra Lula. Sugerem que esta divisão é ruim para o futuro do país. E por isto, além da descrença com a classe política, revelam incerteza quanto ao futuro do país”, salientou o cientista político e coordenador da pesquisa, Adriano Oliveira.

Um retrato claro disso pode ser observado no início do mês de abril, quando no dia 5 o juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em primeira instância, ordenou a prisão do líder-mor petista para cumprir a pena de 12 anos e um mês pela qual foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. 

Durante os três dias posteriores a ordem de Moro, o clima no país era de enfrentamento ideológico, porém não apenas dos militantes do PT, sindicalistas e de movimentos sociais contra integrantes de grupos como o Vem Pra Rua e dos partidos de direita, mas também entre cidadãos que não estão ligados diretamente a política, contudo saíram em defesa ou condenaram o ex-presidente. 

Um homem foi agredido e sofreu traumatismo craniano por se colocar contra Lula, em São Paulo. Já mais recente, nesse sábado (28), o acampamento montado em Curitiba em solidariedade ao ex-presidente foi alvo de tiros e um militante, atingido no pescoço, está em estado grave.

Método da pesquisa

Focado em verificar a opinião dos eleitores sobre o Brasil e a eleição presidencial, o estudo qualitativo feito pelo Instituto de Pesquisas Uninassau ouviu um recorte de três grupos recifenses  das classes A e B (com salários acima de R$ 5 mil), C (entre R$ 2 mil e R$ 4 mil) e D (entre R$ 800 e R$ 1,2 mil). 

A amostra coletou os depoimentos no dia 23 de abril e buscou identificar os sentimentos dos eleitores para com o momento do país.

Segundo Adriano Oliveira, o método qualitativo tem o poder de apresentar os elementos simbólicos que estão na conjuntura. “A pesquisa qualitativa possibilita que as visões de mundo, desejos e crenças dos eleitores sejam identificados e interpretados. O intérprete da pesquisa qualitativa deve decifrar os significados advindos das verbalizações dos indivíduos”, esclareceu. 

A crise econômica que atingiu o país nos últimos anos, causando o declínio na taxa de crescimento e milhares de desempregos, causou um impacto diferenciado em cada nível social do eleitorado recifense. Ao menos é o que aponta o novo estudo qualitativo feito pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commércio, divulgado neste domingo (29).

Na avaliação, em que foi verificada a opinião de eleitores recifenses sobre a atual conjuntura do país, houve unanimidade entre os entrevistados quanto à existência da crise, mas as perspectivas de atuação diante dela foram diferenciadas. Para quem é das classes A e B, por exemplo, o fator de declínio econômico “está na cabeça das pessoas” e se perpetua por causa disso.

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“Os entrevistados dizem que a crise atingiu eles em um primeiro momento. Contudo, hoje ela não mais os atinge, pois, decidiram enfrentá-la”, detalhou o cientista político e coordenador do estudo, Adriano Oliveira. Segundo ele, para esta parcela da sociedade “a crise é uma oportunidade para se reinventar”.

Foi o que aconteceu com a administradora Tatiana Veloso, de 42 anos, uma das entrevistadas pelo levantamento. Ela disse que no meio do arrefecer da economia deixou um emprego de 10 anos para empreender e abrir um brechó sustentável. “As pessoas precisam se reinventar na crise e inovar, pois é nela que surgem oportunidades. Hoje mesmo eu estou em um ramo que tem crescido, justamente por causa da crise, que são os brechós. Tem brechó que parece boutique e muitas pessoas optam por eles”, contou. 

Já os eleitores das classes C e D, de acordo com a amostra, registraram um certo “desespero” com a crise e pessimismo com a situação econômica do país, ao ponderar que estavam passando por “um momento muito difícil”.

“Eles salientam que a crise econômica atingiu a todos. Não só os pobres. Mas também os patrões, pois se ‘o pobre não compra, o rico deixa de ganhar’. Ao contrário das classes A e B, eles não afirmam que estão enfrentando a crise, mas que estão sobrevivendo diante dela. A crise econômica tem um impacto muito maior na mente e na vida dos eleitores das classes C e D”, observou o coordenador do estudo. “Quando falam em crise, não fazem referência apenas a crise econômica. Mas a crise da saúde, da segurança pública, da educação”, acrescentou Adriano Oliveira.

Para o levantamento, o Instituto UNINASSAU ouviu três grupos com recifenses das classes A e B (com salários acima de R$ 5 mil), C (entre R$ 2 mil e R$ 4 mil) e D (entre R$ 800 e R$ 1,2 mil) no dia 23  de abril. 

Os culpados pelo declínio econômico 

Se o impacto da crise teve significados diferentes para o eleitorado a partir da sua classe social, a pesquisa sugere que a responsabilidade pela existência dela tem dois culpados: os políticos e o povo. A partir dos argumentos expostos pelos entrevistados, o estudo observa que os eleitores das classes A e B apesar de culparem os políticos, ressaltam a dependência da população pelo Estado e, por isso, responsabilizam também a sociedade. 

“Diversos entrevistados das classes A e B afirmam que no Brasil existe a cultura do Estado. As pessoas estão sempre esperando pelo Estado e não fazem nada… É perceptível que os eleitores das classes A e B fazem questão de ser independentes do Estado. Ao contrário dos eleitores das classes C e D que revelam carência e que precisam do Estado para lhe ofertar bens públicos, como saúde, educação e segurança pública. E culpam, com ênfase, os políticos pela crise”, detalhou Adriano Oliveira.

Segundo Oliveira, durante o levantamento surgiu, inclusive, a menção de que para solucionar a atual conjuntura econômica seria necessária a mudança no quadro político do país, entretanto, "eles [os entrevistados] admitem que quem entra na política, se contamina [com a corrupção], e, por isto, a mudança tão desejada não é possível”. Os eleitores das classes C e D vão além e dizem que “o povo quer mudança, mas na hora de votar vende o seu voto”.

Método da pesquisa

Focada em verificar a opinião dos eleitores sobre o Brasil e a eleição presidencial, o estudo qualitativo feito pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU ouviu um recorte de três grupos recifenses e buscou identificar os sentimentos dos eleitores para com o momento do país.

“A pesquisa qualitativa possibilita que as visões de mundo, desejos e crenças dos eleitores sejam identificados e interpretados. O intérprete da pesquisa qualitativa deve decifrar os significados advindos das verbalizações dos indivíduos. A pesquisa qualitativa tem o poder de apresentar os elementos simbólicos que estão na conjuntura”, esclareceu Adriano Oliveira. 

Montagem/LeiaJáImagens/Agência Brasil

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A menos de seis meses das eleições, o cenário político no país ainda é incerto no que se trata da disputa pelo cargo de presidente da República. Diante do quadro, o Instituto de Pesquisas UNINASSAU divulgou um levantamento qualitativo com a opinião de eleitores recifenses sobre a conjuntura. Ao estudo, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commércio, os eleitores confirmaram a intenção de ir às urnas em outubro e citaram suas possibilidades de votos.

Dos 14 nomes já colocados para a corrida, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a ex-senadora Marina Silva (Rede) e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) foram mencionados como opções pelos entrevistados. Além deles, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa (PSB), que não confirmou ainda a participação no pleito, e o ex-prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), pré-candidato a governador do Estado paulista, também foram considerados.   

Neste sentido, um dos pontos que chama a atenção na amostra são as características atribuídas pelos eleitores aos presidenciáveis como justificativa do eventual voto. Lula é associado à “ascensão das classes menos favorecidas e as ações direcionadas para o Nordeste”; Barbosa à “dignidade, justiça e honestidade”; Bolsonaro à “honestidade e à ordem”; Marina à “competência”; e Doria à “inovação, empreendedorismo e o fato de saber governar”. 

Para o levantamento, o Instituto UNINASSAU ouviu três grupos com recifenses das classes A e B (com salários acima de R$ 5 mil), C (entre R$ 2 mil e R$ 4 mil) e D (entre R$ 800 e R$ 1,2 mil) no dia 23 de abril. 

Lula: amor e ódio lado a lado

A dualidade de sentimentos preenche o debate sobre o ex-presidente Lula. De acordo com a amostra, o lulismo e o antilulismo caminham lado a lado nos argumentos expostos pelo eleitorado em todos os níveis sociais aferidos. 

Para quem é das classes A e B, por exemplo, Lula "fez muita coisa pelo Brasil", mas errou ao escolher a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) como sua sucessora e optar pela prática da corrupção, rendendo a ele uma condenação a 12 anos e um mês de prisão, pela qual está preso desde o último dia 7.

No recorte em que se enquadram pessoas da classe C, "diversos eleitores são entusiastas de Lula", apesar da prisão, e ressaltam a "esperança" que depositam nele, porém também há rejeição seguindo a mesma linha crítica a Dilma e acusando o petista de ser corrupto. Já na D, apesar do reforço da máxima “roubou, mas fez”, os eleitores mostraram admiração pelo ex-presidente e uma maior disposição em votar nele ou no seu indicado. 

A predisposição de votar em um indicado de Lula também surgiu, mesmo que de forma leve, entre os entrevistados com maior remuneração salarial. A empresária Tatiana Veloso, 42 anos, chegou a levantar a intenção de dar uma nova chance ao PT e pontuou condições para isso.      

“Se pessoas novas entrassem no partido, com visões diferentes, ele poderia se reestruturar e mudar. A mudança é uma coisa boa. Se muda, ele cresce e consegue retomar a confiança do povo. Então se viesse um político honesto, que não tenha vício de outros partidos, e entrasse no PT eu tenho certeza que seria bom para o partido”, salientou a moradora de Casa Forte, na Zona Norte do Recife.

Fazendo um panorama das colocações coletadas pelo estudo, o cientista político e coordenador da pesquisa, Adriano Oliveira, disse que “em todas as classes sociais, o lulismo está presente”. “O ex-presidente Lula é admirado pelo que fez no passado, mas também é rejeitado. Quando o eleitor rejeita Lula ou não tem certeza de que ele é candidato, revela admiração por Joaquim Barbosa, que não tem rejeição”, destacou. 

Joaquim Barbosa: 'herói' e novo fôlego para classe política

O diagnóstico a partir da pesquisa do Instituto UNINASSAU aponta também que o “possível candidato do PSB tem diversos admiradores e é reconhecido como o candidato novo”. Entre os competidores antilulistas, Joaquim Barbosa é citado “com entusiasmo” e aparece como uma espécie de “salvador da pátria” no discurso dos eleitores que o mencionam como possibilidade de escolha do voto. 

Ao contrário de Lula, o neo-pessebista não tem nenhum tipo de rejeição entre os grupos entrevistados. O fato de ele ter sido presidente da Alta Corte brasileira e ter liderado, por exemplo, o julgamento do caso do Mensalão, que levou membros do PT à cadeia por corrupção, fizeram com que passasse para a população uma imagem ilibada e sem “vício” político, ou seja, sem os costumes tradicionais da classe política.  

“A classe política está muito desgastada, seja de que partido for. Hoje não temos um partido que seja capaz  de resolver o que está acontecendo atualmente. Todos os políticos estão comprometidos [com corrupção]. Sei que vai ser difícil para qualquer um que for eleito mudar isso, mas Joaquim Barbosa é um jurista e quando esteve no STF soube se impor. Não tem vício político, nem está vinculado a ninguém”, expôs o autônomo Ronilson Lemos, de 64 anos. Morador de Campo Grande, na Zona Norte do Recife, ele foi um dos ouvidos pelo levantamento. 

Bolsonaro, Marina e Doria também na mira do eleitorado

Em contrapartida ao perfil político de Lula e Joaquim Barbosa, aparece Jair Bolsonaro que, entre pesos e medidas, tem admiradores e avessos entre os eleitores ouvidos para a amostragem. Na pesquisa, os adeptos dele, por exemplo, argumentam na defensiva e refutam as críticas que normalmente pesam contra o presidenciável. Já os opositores ponderam que ele “não gosta dos nordestinos”. 

“O que me incomoda nele é essa maneira dele se expressar. Acho ele arrogante com as pessoas, principalmente do sexo feminino, e um presidente ser arrogante não tem como fazer um bom governo. Sem falar na parte homofóbica. Sou amiga dos gays e isso não me agrada. Família hoje é homem com homem, mulher com mulher. Isso constitui família”, salientou Tatiana Veloso ao afirmar que não votaria em Bolsonaro “de jeito nenhum”. 

Por outro lado, o jovem empresário Matheus Henrique, de 20 anos, destacou que votaria no presidenciável justamente pelo seu lado conservador. “Ele é honesto na vida pregressa dele. É alguém que não tem nada que você vai levar em consideração contar ele. Não deve nada a ninguém, consegue ter autonomia por não dever nada a ninguém, consegue expressar o ideal dele. Ele tem suas ideais e pode expressá-las e isso já é válido. Além disso, defende a família e é conservador. Isso é essencial para os dias de hoje”, argumentou. 

Na lista dos mencionados como possibilidade de votos, Marina Silva vem como alguém que “merece uma chance” porque “não é citada em atos de corrupção”. “Marina Silva está diferente, com novas visões, mais culta. Ela se reciclou e foi  bom. Vendo isso a gente sente confiança do que ela pode vir a fazer. É uma pessoa que eu não descarto para votar. Gosto dela e votei nela na última eleição. Hoje estamos atrás da pessoa ser correta e é o mais importante”, observou Tatiana. 

Além dos presidenciáveis, o nome de João Doria também foi citado, de forma mais sutil, entre os entrevistados, mesmo ele sendo pré-candidato ao governo de São Paulo. Sob a ótica do estudante de direito Túlio Cruz de Almeida, 21 anos, Doria tem como diferencial a “transparência política”. 

“Ele não tem vício político. É uma pessoa de fora que tem tudo para melhorar. O que o brasileiro precisa é de uma transparência da política, só vemos ela toda fechada, e até onde eu sei ele transparece o que faz. Não votaria em Geraldo Alckmin [que é o candidato do PSDB a presidente], porque houve uma medida apenas política na escolha dele. Como quem diz esse aqui está na vez e vai ele”, criticou. 

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Método da pesquisa

Focada em verificar a opinião dos eleitores sobre o Brasil e a eleição presidencial, o estudo qualitativo feito pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU ouviu um recorte de três grupos recifenses e buscou identificar os sentimentos dos eleitores para com o momento do país.

“A pesquisa qualitativa possibilita que as visões de mundo, desejos e crenças dos eleitores sejam identificados e interpretados. O intérprete da pesquisa qualitativa deve decifrar os significados advindos das verbalizações dos indivíduos. A pesquisa qualitativa tem o poder de apresentar os elementos simbólicos que estão na conjuntura”, esclareceu Adriano Oliveira. 

 aponta também que o “possível candidato do PSB tem diversos admiradores e é reconhecido como o candidato novo”. Entre os competidores antilulistas, Joaquim Barbosa é citado “com entusiasmo” e aparece como uma espécie de “salvador da pátria” no discurso dos eleitores que o mencionam como possibilidade de escolha do voto. 

Ao contrário de Lula, o neo pessebista não tem nenhum tipo de rejeição entre os grupos entrevistados. O fato dele ter sido presidente da Alta Corte brasileira e ter liderado, por exemplo, o julgamento do caso do Mensalão, que levou membros do PT à cadeia por corrupção, fizeram com que passasse para a população uma imagem ilibada e sem “vício” político, ou seja, sem os costumes tradicionais da classe política.  

“A classe política está muito desgastada, seja de que partido for. Hoje não temos um partido que seja capaz  de resolver o que está acontecendo atualmente. Todos os políticos estão comprometidos [com corrupção]. Sei que vai ser difícil para qualquer um que for eleito mudar isso, mas Joaquim Barbosa é um jurista e quando esteve no STF soube se impor. Não tem vício político, nem está vinculado a ninguém”, expôs o autônomo Ronilson Lemos, de 64 anos. Morador de Campo Grande, na Zona Norte do Recife, ele foi um dos ouvidos pelo levantamento. 

Bolsonaro, Marina e Doria também na mira do eleitorado

Em contrapartida ao perfil político de Lula e Joaquim Barbosa, aparece Jair Bolsonaro que, entre pesos e medidas, tem admiradores e aversos entre os eleitores ouvidos para a amostragem. Na pesquisa, os adeptos dele, por exemplo, argumentam na defensiva e refutam as críticas que normalmente pesam contra o presidenciável. Já os opositores ponderam que ele “não gosta dos nordestinos”. 

“O que me incomoda nele é essa maneira dele se expressar. Acho ele arrogante com as pessoas, principalmente do sexo feminino, e um presidente ser arrogante não tem como fazer um bom governo. Sem falar na parte homofóbica. Sou amiga dos gays e isso não me agrada. Família hoje é homem com homem, mulher com mulher. Isso constitui família”, salientou Tatiana Veloso ao afirmar que não votaria em Bolsonaro “de jeito nenhum”. 

Por outro lado, o jovem empresário Matheus Henrique, de 20 anos, destacou que votaria no presidenciável justamente pelo seu lado conservador. “Ele é honesto na vida pregressa dele. É alguém que não tem nada que você vai levar em consideração contar ele. Não deve nada a ninguém, consegue ter autonomia por não dever nada a ninguém, consegue expressar o ideal dele. Ele tem suas ideais e pode expressá-las e isso já é válido. Além disso, defende a família e é conservador. Isso é essencial para os dias de hoje”, argumentou. 

Na lista dos mencionados como possibilidade de votos, Marina Silva vem como alguém que “merece uma chance” porque “não é citada em atos de corrupção”. “Marina Silva está diferente, com novas visões, mais culta. Ela se reciclou e foi  bom. Vendo isso a gente sente confiança do que ela pode vir a fazer. É uma pessoa que eu não descarto para votar. Gosto dela e votei nela na última eleição. Hoje estamos atrás da pessoa ser correta e é o mais importante”, observou Tatiana. 

Além dos presidenciáveis, o nome de João Doria também foi citado, de forma mais sutil, entre os entrevistados, mesmo ele sendo pré-candidato ao governo de São Paulo. Sob a ótica do estudante de direito Túlio Cruz de Almeida, 21 anos, Doria tem como diferencial a “transparência política”. 

“Ele não tem vício político. É uma pessoa de fora que tem tudo para melhorar. O que o brasileiro precisa é de uma transparência da política, só vemos ela toda fechada, e até onde eu sei ele transparece o que faz. Não votaria em Geraldo Alckmin [que é o candidato do PSDB a presidente], porque houve uma medida apenas política na escolha dele. Como quem diz esse aqui está na vez e vai ele”, criticou. 

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Método da pesquisa

Focada em verificar a opinião dos eleitores sobre o Brasil e a eleição presidencial, o estudo qualitativo feito pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU ouviu um recorte de três grupos recifenses e buscou identificar os sentimentos dos eleitores para com o momento do país.

“A pesquisa qualitativa possibilita que as visões de mundo, desejos e crenças dos eleitores sejam identificados e interpretados. O intérprete da pesquisa qualitativa deve decifrar os significados advindos das verbalizações dos indivíduos. A pesquisa qualitativa tem o poder de apresentar os elementos simbólicos que estão na conjuntura”, esclareceu Adriano Oliveira. 

O estudo do Instituto de Pesquisas UNINASSAU revelou que 73% dos moradores do Recife acreditam na existência de corrupção no futebol brasileiro. No material, publicado pelo LeiaJá, a pergunta também englobava a crença em manipulação de resultados, o que deixa bem evidente a insatisfação do público em geral com o desporto nacional. Presidente da entidade que organiza as competições em Pernambuco, Evandro Carvalho comentou o impressionante resultado.

"Isso resulta do modelo antigo do futebol, onde sem dúvida ficou comprovado manipulação de resultado e compra de arbitragem, contudo é de se reconhecer que na última década todas as dúvidas quanto a lisura de arbitragem e de manipulação de resultados acabaram, devido a modernização do futebol. O advento também da melhoria da transmissão por televisão, uma melhor qualificação dos árbitros, a proibição de virada de mesa que eram alternativas encontradas para favorecer grandes equipes. Tudo isso foi extinto do futebol brasileiro", declarou.

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Segundo o dirigente, os interesses individuais não afetam as competições por que as decisões são tomadas exclusivamente pelos clubes. 

"A CBF e a federação seja de Pernambuco ou qualquer outra tem feito tudo e de fato tem obtido êxito. Eu desconheço se me apontarem nos últimos 10 anos qual foi a interferência de interesse particular em organização de campeonatos seja ele estadual, regional ou nacional, até porque foram criados conselhos técnicos e a federação, inclusive, retirou o poder de veto da federação que hoje vige em todo o Brasil. Hoje quem decide o modelo e formato de competição são os clubes e quem determina a forma de aplicação e de gestão também são os clubes. As entidades são meras executoras sem nenhum poder de voto e nem de veto", contou o dirigente da Federação Pernambucana de Futebol.

Inclusive, Evandro crê que não há desconfiança do torcedor para com as federações e os torneios por elas organizados. "Não reconheço essa desconfiança com as competições e entidades. Não existe desconfiança, salvo aquela desconfiança folclórica que o árbitro é ladrão, de que o clube vendeu o jogo, mas isso é puro folclore do futebol e faz parte da cultura do esporte", afirmou.

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Um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU revelou uma conclusão que endossa o bom desempenho do goleiro Magrão no futebol pernambucano. De acordo com a pesquisa divulgada nesta quarta-feira (31), o arqueiro do Sport foi apontado como o melhor jogador do Estado em atividade; as respostas foram colhidas no Recife nos dias 22 e 23 de janeiro deste ano.

Segundo o levantamento, 14,1% dos recifenses escolheram Magrão como o melhor jogador de futebol de Pernambuco em atividade. Logo depois do goleiro, aparece o atacante André, que também defende as cores do Sport, com 10,1%. Após os leoninos, Grafite, que não atuará mais como centroavante do Santa Cruz, surge na terceira colocação, apontado por 5,1% dos entrevistados. Confira mais detalhes no gráfico a seguir:

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Ídolo dos torcedores rubro-negros, Magrão pode chegar a uma marca importante em 2018. Caso seja campeão nesta temporada, ele conquistará o décimo título com a camisa do Sport e se tornará o jogador mais vencedor da história do clube. Sobre sua primeira colocação no levantamento do Instituto de Pesquisas UNINASSAU, o atleta atribui o resultado às conquistas com a equipe pernambucana.

“Acredito que essa eleição é resultado das vitórias e conquistas que tive aqui. Acho que é uma demonstração de respeito que tenho com o clube e com as demais pessoas. Tudo isso fez com que as pessoas tenham me elegido”, comentou Magrão, em entrevista exclusiva ao LeiaJá. Ao todo, o goleiro soma sete títulos estaduais, uma Copa do Nordeste (2014) e uma Copa do Brasil (2008).

Também em entrevista ao LeiaJá, o atacante André se diz honrado em ser apontado como o segundo melhor jogador em atividade em Pernambuco. “É um prazer perder para o Magrão, é um cara de muita história, que tem uma identificação não só com o Sport, mas com a cidade e com o Estado. Fico feliz, porque a gente trabalha para ser reconhecido e quando as pessoas reconhecem isso dá um gás. Esse resultado é um gás a mais que vou ter para quem sabe, futuramente, poder passar o Magrão”, disse o atacante. 

Ainda de acordo com a pesquisa, o Sport é apontado como o melhor time do futebol de Pernambuco atualmente. O Leão, que disputará o Campeonato Brasileiro da Série A, foi escolhido por 48,4% dos recifenses. Já Santa Cruz e Náutico, ambos participantes da Série C, aparecem nas segunda e terceira posições, com 12,9% e 3,1%, respectivamente.

Segundo o Instituto de Pesquisas UNINASSAU, o tamanho da amostra foi de 624 entrevistas. O universo do estudo abrange pessoas com 16 anos ou mais de idade residentes no Recife. 

Em 2017, a Federação Pernambucana de Futebol realizou uma pesquisa com os torcedores por um novo formato para o Campeonato Estadual. A fórmula vencedora é que está em vigor na atual temporada, sinal de que há a preocupação de manter a competição atrativa. Isso porque nos últimos anos, o torneio tem perdido espectadores e os públicos das partidas são cada vez menores, até mesmo nos clássicos. É o que o estudo do Instituto de Pesquisas UNINASSAU revelou sobre os recifenses.

Quem vai vencer o Pernambucano?

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A primeira pergunta sobre o tema, aos 624 entrevistados na capital pernambucana, foi sobre quem deve ser o campeão de 2018. Com 38,7% dos votos, o Sport liderou com certa sobra em relação ao segundo, Santa Cruz (19,3%) e o terceiro, Náutico (7,7%). Mais de 30% não souberam, ou não quiseram responder. Logo em seguida, foi perguntado aos participantes quanto ao nível técnico da competição. E a resposta mais comum foi regular (33%), seguido por ruim (23%) e bom (16%).

O torcedor irá comparecer?

O que realmente preocupa está na presença dos torcedores nos estádios. É preciso levar em consideração que parte das fontes não acompanham o futebol local, mas, ainda assim, impressiona ver que é de 41% o número de pessoas que não irá assistir aos jogos do torneio. Também é de 41% a porcentagem de entrevistados que respondeu positivamente. A presença dessas pessoas nos estádios também será limitada. Os mesmos 41% da pergunta anterior responderam negativamente sobre ir aos palcos do Pernambucano.

Esse número é mais evidente entre as pessoas de menor poder aquisitivo e grau de instrução. Dentre aqueles que não têm o ensino fundamental completo, 67% declarou que não irá aos jogos. A maior parte dos entrevistados que pretende comparecer encontra-se entre os que têm o ensino médio completo. Dentre as pessoas que têm renda familiar de até um salário mínimo, apenas 20% respondeu positivamente ao questionamento.

As causas ficam mais claras na pergunta anterior, no qual se questiona por quê os entrevistados que responderam negativamente, não irão aos jogos. A violência, que envolve brigas dentro e nos arredores dos estádios é o motivo mais mencionado com 70,7% dos votos. Superando em muito outras causas como a desordem (3,6%), localização dos campos (1,4%) ou por preferir assistir em as partidas em casa (1,4%).

Está bom ou ruim?

Em meio às dificuldades que os torcedores enxergam para acompanhar o Estadual, chama atenção o fato de que as opiniões sobre o futebol local sejam tão divididas. Quando questionados sobre qual a imagem que têm do futebol de Pernambuco, 22% dos candidatos responderam como boa. Enquanto que 20,8% foi ao outro extremo, creditando como ruim ou péssima. Outros 8,7% declaram que é de violência/brigas e 6,1% consideram regular. Apenas 3,2% enxergam o futebol local como excelente, o que deixa claro que ainda há muito o que evoluir para os clubes locais.

A rivalidade é uma marca registrada do futebol de Pernambuco. Torcedores de Sport, Santa Cruz e Náutico, quando presenciam um clássico local, não economizam incentivos para ver suas equipes ostentando vitórias ante os rivais. E nesse contexto, uma pergunta gera discussão entre os amantes do esporte: qual clube tem a maior torcida do Recife?

Um levantamento do Instituto de Pesquisas UNINASSAU, divulgado nesta quarta-feira (31), fez a seguinte pergunta a pessoas que residem no Recife: “Para qual time de futebol você torce”? O resultado apontou que o Sport tem mais adeptos na capital pernambucana, com 33,1% das respostas. Na segunda colocação, conforme dados da pesquisa, aparece o Santa Cruz com 24,1%. Veja mais detalhes no gráfico:

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Já o Náutico foi a resposta de 11,6% dos questionados. Ainda no decorrer do estudo, foi feita a seguinte pergunta: “Existe algum outro time de futebol do Brasil que você torce”? Vinte e seis por cento afirmaram que “sim”, 76% disseram “não”, enquanto 3% não responderam.

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Entre os que torcem por outras equipes, o Corinthians é o primeiro colocado, com 27,2% das respostas. Já o Flamengo ficou com a segunda colocação, com 17,3% dos recifenses. A seguir, veja o gráfico com mais informações:

Segundo o Instituto de Pesquisas UNINASSAU, o tamanho da amostra foi de 624 entrevistas, realizadas nos dias 22 e 23 de janeiro deste ano. O universo do estudo abrange pessoas com 16 anos ou mais de idade residentes no Recife. 

Em setembro, uma decisão do Supremo Tribunal Federal aprovou que o ensino religioso nas escolas públicas possa ter natureza confessional, isto é, que as aulas podem seguir os ensinamentos de uma religião específica. No Recife, de acordo com um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU, 46% dos entrevistados são favoráveis às escolas do ensino médio ofertarem estudo religioso nas salas de aula. Mas, 32% são contra e 15% responderam “talvez”.

Na pesquisa foram entrevistados alunos do ensino médio matriculados em instituições privadas e públicas da capital pernambucana. O levantamento foi realizado com estudantes que estavam a caminho do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nos principais pontos de fluxo da cidade, no último domingo (5).

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Na legislação brasileira atualmente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional prevê que as escolas ofereçam obrigatoriamente o ensino religioso para crianças. No entanto, a disciplina é facultativa, e os alunos só participam se eles (ou os responsáveis) tiverem interesse.

Em meio à recente discussão sobre a proibição de professores emitirem opinião em salas de aula, um outro ponto abordado pela pesquisa com os estudantes a caminho do Enem foi se os docentes devem ou não expor opiniões. A polêmica ganhou corpo nacional quando a Assembleia Legislativa de Alagoas transformou em lei o projeto que proíbe os professores de emitirem opinião dentro das salas de todo o Estado, e inclusive prevê algumas punições. Em 2016, a medida provocou a reação imediata de educadores e alunos.

"Escola livre" é o nome da lei que obriga os docentes a serem imparciais e neutros. O projeto foi chamado de ‘lei da mordaça’, informalmente por pessoas que foram contra a decisão. O Ministério da Educação (MEC) divulgou uma nota em que repudia a lei 'escola livre' e diz que a legislação brasileira prevê a liberdade de aprendizado, ensino e o pluralismo de ideias

Na capital pernambucana, o levantamento apontou que 53% dos estudantes concordam com a ideia de que os professores de colégios devem apenas apresentar o conteúdo da disciplina em sala de aula, sem expor as opiniões políticas e religiosas. Por outro lado, 34% do entrevistados apoiam que os docentes possam disseminar suas ideias e 13% não soube responder ao questionamento. A pesquisa ouviu 624 pessoas.

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Apesar de aprovar as investigações sobre os casos de corrupção envolvendo políticos e empresários brasileiros, a população está exausto de ver o assunto sendo priorizado pela imprensa no país. Ao menos é o que demonstra um estudo feito pelo Instituto de Pesquisas Uninassau, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio. O levantamento aponta que 63% dos entrevistados estão cansados da divulgação diária das notícias sobre o assunto enquanto 17% disseram estar cada dia mais interessados nas informações deste tipo. 

Dos que responderam a pesquisa, 47% alegaram também que a divulgação diária de reportagens sobre o envolvimento de políticos com esquemas de corrupção não contribui para nada e, em contrapartida, 40% disseram que a publicação de matérias do assunto ajudam a livrar a política dos corruptos. Além disso, 5% disseram que ajuda a condenar injustamente os políticos. 

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Mesmo com a repulsa, 90% dos eleitores inquiridos pelo Instituto reconheceram que a prática corrupta existe em várias instituições e não é prática exclusiva dos políticos. Já para 9% acredita que apenas políticos são corruptos. 

Para o cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Adriano Oliveira, o enjoo do eleitor com o noticiário sobre corrupção é por conta do anseio pela melhora da economia. 

“Os eleitores já viram tantas notícias sobre corrupção, entretanto não encontraram melhora de vida. Então chegaram ao momento do seu limite, de que está bom, já fizeram o que tinham que fazer. Gostam da Lava Jato, mas agora querem melhoria de vida. O noticiário não pode ficar apenas focado em corrupção. Encontramos um cansaço e enjoo em virtude de que o eleitor tem outra prioridade, a melhora da economia”, salientou o estudioso que também é coordenador da pesquisa. 

O Instituto foi às ruas do Recife nos dias 4 e 5 de outubro. Foram ouvidas 624 pessoas. O nível de confiança da amostra é de 95% e a margem de erro é estimada em 4 pontos percentuais para mais ou para menos.

A insatisfação dos eleitores com a classe política e o desejo por mudanças tem cada vez mais ficado evidente no país. A um ano das eleições de 2018, o Instituto de Pesquisas Uninassau foi às ruas do Recife aferir o sentimento e a pretensão dos cidadãos diante do pleito. De acordo com os dados do levantamento, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, o retrato é de preferência pelo candidato que represente o “novo” e provoque uma mudança no cenário, além de promover a estabilidade na economia. 

Entre os que responderam a mostra, 51% disseram que pretendem votar em outubro do próximo ano. Destes, espontaneamente, a maioria disse que vai às urnas porque quer mudanças (46,2%) enquanto outros (20,8%) alegaram que a sinalização positiva é por obrigação e para exercer o direito de cidadania (18,6%). Já 21% dos entrevistados não planejam votar. Entre eles, 23,2% é porque não quer, 21,6% justificaram culpando a corrupção e 20% disseram não valer a pena.

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Com a incerteza de quem serão os candidatos que disputarão o cargo de presidente da República, o Instituto apresentou exemplos fictícios de três postulantes com perfis diferentes. O primeiro nunca atuou na política, crítica os caciques dos partidos e alega que vai mudar a forma de fazer política no país, ou seja, representa o novo; o segundo é candidato à reeleição, acusado de corrupção, mas que melhorou a economia e o país; enquanto o terceiro já foi presidente, fez pelas pessoas, mas é acusado de corrupção. 

Questionados sobre em quem votariam nesse cenário, 38% escolheram o postulante que representa o novo, enquanto 21% votariam em quem fez o Brasil melhorar economicamente e 18% optariam por aquele que fez pelas pessoas.

Quanto a como se posicionam ao tomar uma decisão, sabendo que esta influenciará no seu futuro, 43% dos eleitores entrevistados pontuaram que preferem escolhas que provoquem mudanças radicais, 36% ponderam o desejo por modificações, mas que não sejam drásticas e 8% não responderam que decidem por opções que não mudem a vida. Trazendo a indagação para o pleito eleitoral de 2018, os eleitores seguiram no mesmo sentido.  

Dos que responderam, 55% afirmaram que pretendem decidir na disputa por mudanças radicais no país e no estado; 25% desejam escolher candidatos que provoquem alterações, mas não tão enérgicas, e 8% não dizem que suas decisões na próxima corrida eleitoral não devem provocar modificações.

A economia e a influência no voto

Mesmo com o desejo de que o novo ganhe fôlego, um fator que deve preponderar nas eleições em 2018 é a conjuntura econômica. Segundo o estudo, 71% dos eleitores reconhecem que existe crise na economia do país e sabendo que governadores e presidentes podem disputar a reeleição, 88% dos que responderam a amostra disseram que admiram gestores executivos que contribuíram para que a crise fosse superada e 83% afirmaram admirar os que fizeram pouco, mas conseguiram proporcionar políticas públicas para o povo durante a crise. 

Caso estivesse com a vida melhorando e o com otimismo diante do cenário do país, os eleitores (58%) inquiridos pelo Instituto de Pesquisas Uninassau disse preferir um candidato a presidente que traga a certeza de que tudo continuará melhorando, (20%) apresente um bom passado e (7%) ofereça incertezas.  

Ao analisar os dados da pesquisa o cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Adriano Oliveira, ponderou que o eleitor tem esperança que exista um candidato novo e livre da corrupção nas eleições de 2018, mas também está “farto com a situação econômica e quer a melhoria de vida”. 

“Há duas questões: se tiver um candidato novo e com estrutura de campanha política ele tende a crescer, mas a pergunta é será que este candidato será disponibilizado para o eleitor ou não?  O segundo ponto que temos que considerar é que a variável econômica existirá, no sentido de que eu prefiro o novo, mas se está disponível um candidato que fez pela economia em algum momento ou que recuperou a economia diante desta crise, esses dois candidatos terão chances de disputar a eleição com possibilidade de vitória”, salientou.

“Como eu prevejo que não terá um candidato novo com estrutura de campanha, a ordem será mantida. A eleição será disputada com base na economia”, acrescentou o estudioso que também é coordenador do levantamento.

O Instituto foi às ruas da capital pernambucana nos dias 4 e 5 de outubro. Foram ouvidas 624 pessoas. O nível de confiança da amostra é de 95% e a margem de erro é estimada em 4 pontos percentuais.

Céticos com as manifestações, que por um período recente foram tidas como o meio mais viável de pressão popular com efeitos no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto, 65,7% dos recifenses não pretendem participar dos próximos atos na capital pernambucana. O percentual foi obtido pelo Instituto de Pesquisas Uninassau, a partir de um estudo sobre o engajamento da população nos protestos. Dos ouvidos pelo levantamento, 73,4% são favoráveis as mobilizações, mas 80,1% não participaram de nenhuma delas por apatia [22,7%], medo [17,5%] ou a consciência de que ‘não daria em nada’ [14,4%]. 

A sondagem, encomendada pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commércio, registrou que  entre os 19,4% que saíram de casa para ir às ruas, 37% disseram que foram com o intuito de 'melhorar o país' e 31,1% para defender os direitos. Já sobre os atos que devem acontecer em breve na cidade, apenas 17,6% pretendem ir. 

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Mesmo com a descrença dos entrevistados, o Instituto também questionou sobre quais motivos a população deveria ir às ruas. A sinalização positiva para itens como violência [87%], corrupção [84,9%], os políticos [84,1%], além das reformas trabalhista [84,1%] e previdenciária [83,7%] se sobressaiu diante da negativa.

Quer seja contra a corrupção ou contra o governo vigente, até 2016 as manifestações no Brasil arrastaram milhares de pessoas e apesar da conjuntura atualmente propícia para os atos no país, segundo o coordenador da pesquisa e cientista político Adriano Oliveira, “faltam instituições da sociedade que possam mover estes eleitores a irem às ruas”. 

“Para manifestações ocorrerem, o ambiente precisa estar propício. E ele está. Contudo, existem dois vetores que aumentam a possibilidade dos eleitores que desejam se manifestar irem às ruas. Primeiro, existência de instituições, como sindicatos e organizações da sociedade, que mobilizem e incentivem a participação do indivíduo. Segundo, um estrondo social, como as frequentes denúncias de corrupção contra o governo Dilma e a delação da JBS contra o governo Temer. Então, por que, neste instante, não ocorrem manifestações contra o presidente Temer? Simples: faltam instituições para mobilizar parte dos indivíduos que desejam ir às ruas contra o seu governo”, salientou.

A referência do estudioso ao presidente Michel Temer (PMDB) diz respeito também a um outro dado sugerido pela pesquisa onde 84% dos recifenses ouvidos dizem ser contra a manutenção do mandato do peemedebista, mas 60,3% não querem ir às ruas reivindicar sua saída. 

O cenário não é tão diferente quando o Instituto indaga a população quanto a época em que a Presidência era ocupada por Dilma Rousseff (PT). Apesar de 41,7% se colocarem favoráveis aos atos contra a petista, 91% não foram às manifestações enquanto 8,8% sim. Destes, a maioria [33,3%] justificou a participação pelo desejo de melhorar o país. 

Recifenses são contra ocupações

A análise do Instituto Uninassau apresenta ainda dados sobre a avaliação dos entrevistados quanto a alguns métodos adotados por manifestantes em atos recentes, a maioria deles encabeçados por movimentos alinhados à política de esquerda e contrários às ações da gestão de Michel Temer como centrais sindicais e o Movimento Sem Terra (MST).   

A interrupção estradas e ruas, alvos das últimas greves gerais contra por exemplo as reformas trabalhista e da Previdência, é reprovada por 61,9% dos entrevistados. E a invasão de prédios públicos, mais conhecidas como ocupações, também são rejeitadas por 68,7%. 

A invasão de fazendas por parte do MST também foram criticadas. A maioria, 73,5% sinalizou estar contra a atitude, enquanto 21,2% colocou-se favorável.

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Pesquisa realizada neste mês de agosto no Recife mostrou que 60,6% das pessoas ouvidas sentiram que sua capacidade de compra caiu nos últimos anos. A queda desse poderio de compra reflete no bem-estar dessas famílias – 51,9% dos entrevistados disseram que o bem-estar reduziu.

Segundo o levantamento, realizado pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU, os recifenses acreditam que a redução do poder de compra foi causado pela crise econômica. Em números totais, 79,9% dos indagados disseram existir crise econômica no país.

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Desses, 85,9% disseram que a crise afetou negativamente suas vidas. Por conta disso, 79,9% dos que afirmam existir crise econômica tiveram que reduzir seus gastos.

O cenário é perceptível pelo menos desde 2014 para os comerciantes, é o que pontua a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do Recife.  Desde aquele ano, os lojistas sentem uma queda nos lucros entre 20% e 30%. “No Grande Recife, houve a parada das obras de Suape, gerou-se o desemprego, que afasta as pessoas do consumo. Aquele que tem emprego fica com medo de firmar compromisso e não conseguir cumpri-lo à frente”, analisa o presidente da CDL Recife, Eduardo Catão.

Os anos de 2016 e 2017, apesar de não satisfatórios, trouxeram resultados melhores que 2015 e 2014. “Está equilibrando, crescendo um pouco. Mas quando o crescimento é pouco a gente tem que ter muito cuidado. A injeção do FGTS foi muito forte. Maio, junho e julho foi um período bom neste ano. A tendência agora não é mais cair, é manter”, conclui.

A pesquisa ouviu 624 pessoas com idade a partir de 16 anos residentes do Recife. Em torno de 55% dos ouvidos tinham renda de até um salário mínimo. 

Apesar das tentativas do presidente Michel Temer (PMDB) em diminuir o forte índice de rejeição que lhe é atribuído, parece mesmo que os recisenses estão determinados em querer tirá-lo do comando do país. O novo levantamento do Instituto de Pesquisas UNINASSAU, encomendando pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, divulgado neste sábado (12), revela que Temer está longe de alcançar um cenário favorável. 

O Instituto UNINASSAU perguntou a opinião de 624 entrevistados quanto à permanência do peemedebista na presidência: 84% responderam que são contra ele continuar no cargo, 12% a favor e 4% não souberam ou não quiseram responder.  

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Para o coordenador do Instituto UNINASSAU, o cientista político Adriano Oliveira, a alta reprovação se deve às posições adotadas por Temer em seu governo. “Que pretende fazer reformas impopulares como a trabalhista e a previdenciária. É um presidente que tem cortado e que não tem ainda uma agenda positiva. Ele tem uma agenda positiva para a parte minoritária dos eleitores, mas não da parte majoritária dos eleitores brasileiros”, explicou. 

Adriano Oliveira destaca que esse quadro forte de rejeição tende a continuar. “Qualquer pessoa que estivesse na situação dele, em um ambiente negativo, econômico e que também que propõe reformas, teria essa dificuldade de obter popularidade. O que eu vejo é que esse quadro de rejeição forte tende a continuar podendo vir a diminuir um pouco a partir do próximo ano, mas ainda estou cético quanto a isso”, declarou. 

O comerciante José Alves, 74 anos, acredita que se Temer continuar no poder, a corrupção vai aumentar cada vez mais. O cidadão fez, como uma grande parte do povo, uma comparação entre o presidente e Lula. Alves defende a tese dos políticos que roubam, mas faz. “Temer só ficou porque pagou aos deputados. Se ele continuar, vai roubar tanto dinheiro, vai roubar 4 vezes mais. Lula podia até roubar, mas ele dividia com o podre. Por mim, Temer saia amanhã, mas não posso fazer nada”, disse conformado.

A vendedora Juliana Virense, 32 anos, também falou sua opinião. “Ele tem que sair mesmo porque tudo aumentou em um ano. Os impostos, as frutas e até a gasolina. Cortaram meu Bolsa Família. Era pouco, mas ajudava e agora estou sem nada”, lamentou. 

O estudo também destaca que os sentimentos negativos despertados quando se trata de políticos são quase unanimidade: 96,6% dos recifenses disseram sentir tristeza, raiva e insatisfação, entre outros. Apenas 1,4% afirmaram que sentem alegria, gratidão e satisfação. 1,9% não souberam ou não quiseram responder. “A crise econômica e a política interfere em seu bem estar. É um ambiente que favorece as reclamações”, disse Oliveira.  

O despachante José sente raiva e parece revoltado. “Já deveria ter saído há muito tempo (da presidência da República). Não serve para nada”, disparou se referindo ao presidente. “Que ele saia. Ele só faz por ele. É um governo safado”, complementou Vilma Maria da Silva, 49 anos. 

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Contra as manifestações

Apesar da insatisfação contra Temer, o estudo mostra que a maioria dos recifenses não deseja participar de manifestações contra ele. Os que responderam que não têm vontade de ir às ruas chega a uma porcentagem de 60,3%. Disseram que sim 29,7% e 10% não souberam ou não quiseram responder. 

O vendedor de CD Sérgio Guedes, 38 anos, faz parte dos que acreditam que os protestos não resolvem nada. “Fazer o que nas ruas? Vai ter briga e não resolve nada. Eu mesma participei de uma aqui no Centro do Recife, fiquei em uma rua aqui perto, mas chamaram a polícia. Eu nunca vi tanta polícia junta. Quando foram para as ruas para tirar Dilma, conseguiram, mas foi diferente. Temer não saiu porque a classe dele é mais rica”. 

Ele também se disse decepcionado com o governo. “Um fracasso total esse Temer. O que ele fez não existe. Demos um voto de confiança e trai a gente. Só pensa no povo dele, mas não pensa no pobre. Até de madrugada ele fez reunião. Ele é esperto, sabe trabalhar”, ironizou. Por sua vez, Juliana acha que as pessoas têm medo. “Medo de participar das manifestações e ele [Temer] fazer algo pior. Já fez tanta coisa errada, né? As pessoas não querem mais sofrer”. 

Para o cientista, entre outros fatores, o dado mostra que faltam instituições organizadas que façam articulações necessários de modo a incentivar a população ir às ruas. “Observarmos que hoje existe uma alta reprovação do governo Temer, ou seja, os eleitores querem ir às ruas contra Temer, mas não vão. O que está faltando são organizações, instituições que possam mover esses eleitores que estão propensos a participar das manifestações a ir às ruas a se manifestar contra o presidente Temer”, afirmou. 

Já o próprio Temer já chegou a dizer, durante uma entrevista, que não está preocupado com popularidade. "Não estou preocupado com popularidade. Minha preocupação é o crescimento do país, a minha preocupação é o Brasil", disse na ocasião. 

As entrevistas foram realizadas nos dias 7 e 8 de agosto com pessoas, a partir de 16 anos, residentes na cidade do Recife. O nível estimado de confiança é de 95% e uma margem de erro de 4%. 

A educação é, sem dúvidas, um dos principais caminhos de ascensão social, mas a carência de oportunidades ofusca esse privilégio na vida de muitas pessoas. Essa é uma das conclusões do mais recente estudo do Instituto de Pesquisas UNINASSAU. De maneira qualitativa, cidadãos pertencentes às classes C e D, moradores de vários bairros do Recife, foram ouvidos e expuseram suas visões de mundo, entre elas a que aborda o universo educativo. A pesquisa foi realizada em parceria com o LeiaJá e o Jornal do Commercio.

Os entrevistados, com idades que variam de 16 a 64 anos, enxergam a educação, de forma praticamente unânime, como um instrumento que pode mudar suas vidas, principalmente em aspectos financeiros. Porém, a pesquisa concluiu que existem alguns fatores que impedem a dedicação de recifenses. Muitos não estudaram porque começaram a trabalhar cedo em “casas de família” ou precisaram ajudar os pais. Sobretudo, a análise qualitativa também revela que os entrevistados maduros apresentam arrependimento por não terem estudado.

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Em um contexto oposto ao dos recifenses que não gozaram de oportunidades educacionais, há também entrevistados que afirmam ter tido chances de estudar. Entretanto, de acordo com a análise da pesquisa, eles não aproveitaram as oportunidades. Entre os questionados considerados maduros, existe o consenso de que a educação é valiosa; Os que são pais verbalizam, enfaticamente, o desejo de que “os filhos estudem”.

Auxiliar de reposição em uma rede de eletrodomésticos, Rodrigo Barbosa, de 27 anos, expressa o sentimento de que a educação poderia ter proporcionado a ele uma vida melhor, economicamente falando. Quando criança, o recifense precisou trabalhar comercializando refrigerantes ao lado do pai em jogos de futebol, pois era necessário ajudar a família. De acordo com Barbosa, sua juventude sem recursos financeiros suficientes, a necessidade de trabalhar e alguns problemas familiares prejudicaram seu percurso nos caminhos da educação. Ele não chegou a concluir o ensino fundamental, mas almeja, quando tiver oportunidade, participar de um curso preparatório para supletivo.

Para Rodrigo, a educação é o meio que pode proporcionar melhorias econômicas e sociais em sua vida. “A educação oferece situações melhores em nossas vidas. Ela é a base de tudo, por meio dela você aprende e pratica coisas boas. Pelo lado do comportamento, você sabe chegar e sair dos lugares, além de ajudar ao próximo. Quando a gente fala em educação escolar, ela nos ajuda a ter bom desempenho em entrevistas de emprego e nos faz mostrar aos filhos que a escola é importante”, opina o jovem recifense, em entrevista ao LeiaJá.

Em sintonia com a conclusão da pesquisa que remete ao desejo de educação para os filhos, Rodrigo está entre os que acreditaram nos benefícios educativos para suas crianças. Pai de duas garotas de cinco e sete anos de idade, o jovem defende que as meninas devem estudar. “Elas precisam do estudo para ter um futuro melhor. Hoje, eu entendo a importância da educação”, comenta o recifense. 

Graduação

Ainda de acordo com o estudo do Instituto de Pesquisas UNINASSAU, independente da renda, os eleitores maduros não têm ensino superior. Em meio aos entrevistados, as justificativas para a falta de graduação são “Não tivemos oportunidade” e “Não temos dinheiro”.

Os obstáculos apresentados pelos entrevistados para o não ingresso na universidade também trazem uma reflexão sobre base de ensino. De acordo com a pesquisa, eles afirmam que não podem estudar em uma faculdade gratuita, porque não têm “estudo”, ou seja, não reúnem preparo para a aprovação.

Já em relação aos aspectos financeiros, estudar em instituições de ensino privadas, que exigem mensalidades, não é possível para os entrevistados. A falta de dinheiro para arcar com as despesas da faculdade é o argumento apresentado. “Parte deles revela a esperança de um dia obter diploma de nível superior”, diz a pesquisa.

A conclusão de um curso superior representa ainda a ideia de que uma graduação pode render bons frutos, principalmente financeiros. “O diploma serve muito”, “Só com eles podemos ganhar dinheiro” e “Se com diploma emprego é difícil, imagine sem” foram algumas das visões identificadas nos entrevistados durante a pesquisa.

Análise

Segundo o coordenador da pesquisa e cientista político, Adriano Oliveira, o estudo aponta, de maneira muito clara, como a educação representa uma forma de mudar a realidade de muitos recifenses. Oliveira analisa ainda que a conclusão de uma universidade ainda é um feito admirado pelo povo da capital pernambucana.

“A educação é instrumento de mobilidade social. Estudar significa ampliar as oportunidades. O diploma de nível superior é valorizado, pois através dele é possível conquistar e manter o emprego. Os eleitores maduros mostram tristeza por não ter conquistado o diploma. Os jovens revelam esperança para conquistar o diploma”, comenta Adriano Oliveira.

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