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O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou nesta terça-feira, 19, para votação no plenário as decisões liminares que proferiu em 2014 estendendo o auxílio-moradia a todos os juízes do País. Caberá aos ministros da Corte referendarem ou não a decisão.

As ações que pediam esta extensão foram ajuizados no Supremo pela Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) e pela Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra).

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Na ocasião, em 2014, Fux afirmou que o auxílio é direito de todos os magistrados, pois se trata de verba de caráter indenizatório - compatível com o regime do subsídio -, previsto pela Lei Orgânica da Magistratura (Loman).

Polêmica

A decisão tomada há três anos pelo ministro vinha sendo lembrada em função da recente divulgação dos salários do Judiciário brasileiro. Presidente do STF e do Conselho Nacional da Justiça (CNJ), a ministra Cármen Lúcia, por meio de portaria, decretou em agosto que os tribunais deveriam divulgar os valores pagos aos magistrados.

Reportagem especial do jornal O Estado de S. Paulo de ontem revelou que 26 Tribunais de Justiça gastaram cerca de R$ 890 milhões com a concessão de "penduricalhos", como auxílio-moradia, auxílio-alimentação e auxílio-saúde.

Para analisar esses dados e apurar possíveis irregularidades, Cármen decidiu criar uma comissão. O grupo responderá diretamente à ministra sobre as remunerações dos magistrados e deverá ser formalizado no início do próximo ano.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen Lúcia, decidiu criar uma comissão para analisar os vencimentos dos magistrados de tribunais de todo o País. O objetivo é verificar os dados divulgados na página oficial do conselho para apurar eventuais irregularidades.

O grupo responderá diretamente à ministra sobre as remunerações dos magistrados e deverá ser formalizado no início do próximo ano.

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Entre os nomes cotados para integrar a comissão estão o do ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel e do conselheiro do CNJ Márcio Schiefler, ex-braço direito de Teori Zavascki (morto em acidente aéreo em janeiro deste ano) na condução de inquéritos da Lava Jato. Na edição desta segunda-feira, 18, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que 26 Tribunais de Justiça gastaram cerca de R$ 890 milhões com a concessão de "penduricalhos", como auxílio-moradia, auxílio-alimentação e auxílio-saúde.

Em entrevista ao Estado publicada no mês passado, Cármen Lúcia prometeu que eventuais abusos serão apurados pela Corregedoria Nacional de Justiça, órgão do CNJ que atua na elaboração de estratégias para tornar a prestação jurisdicional mais eficiente. "Esse dado na hora que chegar, ou ele tem explicação, ou ele vai para Corregedoria", disse.

A ministra ainda não colocou para votação uma resolução que prevê um sistema de monitoramento, a ser gerido pelo próprio conselho, com o objetivo de acompanhar e analisar as informações sobre os vencimentos de juízes, desembargadores e ministros de todo o País. Inspirado em modelo implementado pelo Banco do Brasil para monitorar a sua folha de pagamento, o próprio software poderia alertar o CNJ no caso de distorções.

Quatro meses após Cármen Lúcia editar a portaria determinando o envio dos dados de pagamento, o Conselho da Justiça Federal (CJF), três Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) e outros três Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) ainda não cumpriram a obrigação.

Controle

O ministro Gilmar Mendes, do STF, disse nesta segunda-feira que a soma em auxílios-moradia, alimentação e saúde concedidos a juízes calculada pelo jornal "realmente" precisa ser verificada. O ministro afirmou que é necessário, em um futuro próximo, discutir o modelo de autonomia administrativa e financeira do Judiciário, que permite aos órgãos concederem aos seus próprios servidores determinados benefícios. "Isso muitas vezes foge do controle."

Para Gilmar, o modelo tem se revelado como um "grande problema" em termos de responsabilidade fiscal. "Esperamos que tenhamos respostas rápidas", disse em referência ao trabalho do CNJ. Gilmar ainda observou que "certamente" o Congresso Nacional terá resposta para os vencimentos que ultrapassam o teto constitucional, em relação à fixação de limites - um ministro do STF ganha R$ 33,7 mil.

Gilmar ainda criticou a decisão do ministro do STF Luiz Fux, que em 2014, deu liminar favorável ao pagamento de benefícios. Recentemente, Fux também negou seguimento a uma ação popular movida contra a decisão que autorizou o pagamento de R$ 4,3 mil em auxílio-moradia a magistrados, promotores e conselheiros de Tribunais de Contas. "Essas liminares precisam ser votadas no plenário. Precisamos encerrar esse ciclo de decisões monocráticas", disse Gilmar.

Durante a sessão plenária do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele usou o pagamento de auxílio-moradia a magistrados para ironizar os gastos com a implementação do voto impresso nas urnas. "Em relação à impressão de votos, nós temos aqui realmente uma situação delicada. Já estamos fazendo a licitação para a feitura das impressoras adequadas para isso. Há limitações técnicas para atendimento do que está na lei. Isso já deixei claro com as autoridades congressuais. Nós não temos condições, nem se cortássemos os auxílios-moradia do Brasil todo, conseguiríamos colocar isso em funcionamento", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, negou seguimento a uma ação popular movida contra decisão que autorizou o pagamento de R$ 4,3 mil em auxílio-moradia a magistrados, promotores e conselheiros de Tribunais de Contas. A ação foi movida pelo Sindicato dos Servidores da Justiça de 2ª Instância do Estado de Minas, para que sejam declarados inconstitucionais os valores conferidos a magistrados que tenham residência ou domicílio na mesma comarca em que trabalham.

De acordo com a entidade, o pagamento do benefício, em modalidade indenizatória - que implica ressarcimento do servidor por gastos decorrentes das suas próprias funções -, vem sendo, na prática, uma forma de aumentar a remuneração dos juízes. "Afinal, o que está sendo indenizado? A moradia? Desde quando o agente público que trabalha e reside ou tem domicílio no local de sua lotação tem direito a ter a moradia custeada pela administração, na verdade, por todos os cidadãos brasileiros?", questionou a entidade dos servidores de Minas.

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Desde setembro de 2014, quando o próprio Fux acolheu ação movida por um conjunto de magistrados, com apoio da Associação Nacional dos Juízes Federais, e proferiu decisão favorável aos pagamentos dos benefícios, o benefício já custou R$ 4,5 bilhões aos cofres públicos, de acordo com estimativa da ONG Contas Abertas.

O secretário-geral da entidade, Gil Castello Branco, disse que a margem de erro do cálculo é mínima, uma vez que são raros os magistrados que recusam receber a indenização. "Em um dos Estados, seis juízes não aceitaram. No Espírito Santo, apenas um se recusou a receber".

De acordo com informações da Contas Abertas, atualmente há 17 mil magistrados e 13 mil procuradores do Ministério Público Federal com potencial para receber o auxílio-moradia. Dados comparados da ONG dão conta de que o auxílio-moradia corresponde ao dobro do piso salarial dos professores, no valor de R$ 2,9 mil.

Ação popular

Em sua manifestação na ação popular, Fux não entrou no mérito da questão e levou em consideração decisões anteriores da Corte que sustentam o entendimento de que não cabe mover ações populares contra decisões judiciais - atos jurisdicionais.

Ao negar o seguimento da ação, na semana passada, Fux evocou decisão da Segunda Turma da Corte, de março de 2015, em que ficou estabelecido que "o Supremo Tribunal Federal - por ausência de previsão constitucional - não dispõe de competência originária para processar e julgar ação popular promovida contra qualquer outro órgão ou autoridade da República". "No âmbito da doutrina especializada do processo civil coletivo, o entendimento também é pacífico", destacou o ministro na sua decisão. Procurado, o gabinete do ministro não se manifestou sobre a decisão.

Barroso

Em outra ação que julga validade da concessão do auxílio-moradia a todos os juízes, o ministro relator Luís Roberto Barroso encaminhou o caso para o plenário do Supremo Tribunal Federal. O processo ainda não foi pautado pela presidente da Corte, Cármen Lúcia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em meio às discussões para tentar limitar os supersalários nos três Poderes, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, tem demonstrado preocupação com a possibilidade de corte de auxílios a juízes que atuam em condições insalubres ou em locais de difícil acesso. A ministra também acredita que é importante analisar com cuidado a situação dos juízes eleitorais, que recebem auxílio para trabalhar em ano eleitoral. Nos últimos dias, segundo o Estadão/Broadcast apurou, a ministra buscou estabelecer "uma ponte de comunicação com o Congresso Nacional" para debater a questão.

Nesta terça-feira, 7, a reportagem mostrou que os deputados estudam apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição para regulamentar as possibilidades de acúmulo de salários além do teto. A PEC deve incluir ainda o fim das férias de 60 dias concedidas a membros do Ministério Público e do Judiciário.

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A presidente do STF informou recentemente a interlocutores que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está finalizando uma ferramenta que possibilitará aos internautas acesso aos salários dos juízes brasileiros. O CNJ ainda não divulgou os vencimentos de magistrados em sua página oficial devido a atrasos no envio dos documentos e a dificuldades na formatação dos arquivos.

Proposta

Cármen ainda não colocou para votação pelo CNJ uma proposta de criação de um sistema de monitoramento, a ser gerido pelo próprio conselho, com o objetivo de acompanhar e analisar as informações sobre os vencimentos de juízes, desembargadores e ministros de todo o País. Pelo sistema, o próprio software poderia alertar o CNJ no caso de distorções encontradas nos pagamentos efetuados. O programa é inspirado no modelo implantado pelo Banco do Brasil para monitorar a folha de pagamento.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por unanimidade, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu hoje (24) processo disciplinar contra quatro juízes que se manifestaram publicamente contra o impeachment da ex- presidenta Dilma Rousseff. 

De acordo com informações do conselho, no ano passado, os magistrados André Luiz Nicolitt, Cristiana de Faria Cordeiro, Rubens Roberto Rebello Casara e Simone Dalila Nacif Lopes discursaram em um carro de som durante a realização de um ato público na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. A prova utilizada pelo CNJ para justificar a abertura da investigação foi um vídeo gravado durante a manifestação. 

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Durante o julgamento, a presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, cobrou responsabilidade dos magistrados ao expressarem suas opiniões publicamente. Segundo a ministra, a magistratura impõe limitações aos juízes, que devem seguir as vedações às atividades político-partidárias.

“Não é possível que continuem havendo manifestações muito além dos autos, e dos altos e baixos das contingências políticas da sociedade. E se é certo que o juiz já não fica mais dentro do gabinete, da sua casa, também é certo que há de haver convivência sem que haja qualquer tipo de exorbitância ou desbordamento das suas atividades, porque o Poder Judiciário não dispõe de armas ou de tesouro, mas da confiança da sociedade que o legitima”, disse Cármen Lúcia.

Na sessão, o advogado Cesar Bittencourt, representante dos juízes, alegou que eles participaram de um movimento popular e se manifestaram como cidadãos. Segundo o defensor, os magistrados não defenderam partidos políticos durante a manifestação. “Juízes não são cidadãos de segunda classe, também tem liberdade de opinar e de se manifestar”, disse o advogado. 

A Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman) prevê como penas disciplinares a advertência, censura, remoção compulsória, disponibilidade ou aposentadoria compulsória.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) emitiu uma nota de esclarecimento sobre os salários de juízes e desembargadores que atuam no estado. Com caráter didático, o comunicado explica em detalhes o que cada verba discriminada na folha de pagamento dos magistrados significa, além de reiterar que não há nenhuma remuneração indevida ou em desacordo com o que prevê a Constituição. O TJSP afirmou que enviou todo o detalhamento dos vencimentos, desde 2014, à Corregedoria Nacional de Justiça.

Caso Gazeta do Povo

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Há cerca de um ano, o jornal paranaense Gazeta do Povo foi alvo de 37 ações judiciais contra seus repórteres após veicular matéria que divulgou os salários de juízes e promotores. As reportagens afirmavam que os magistrados haviam recebido, respectivamente, 28% e 23% mais que a média salarial em 2015, ultrapassando o teto de R$ 411 mil estipulado por lei. Os jornalistas da publicação disseram na matéria que a prática não era ilegal, mas “se amparava em artifícios” para remunerar além do previsto na regulamentação.

Em julho de 2016, após um mês de audiências que exigiam o comparecimento dos jornalistas e acabaram sobrecarregando os demais profissionais da Gazeta, a ministra do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, suspendeu todas as ações movidas contra os autores da reportagem. Em setembro do mesmo ano, eles receberam o prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa.

A presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, decidiu que o órgão vai investigar a folha de pagamentos de todos os magistrados do país. De acordo com portaria publicada nesta sexta-feira (18) pelo CNJ, os tribunais de Justiça de todos os estados deverão enviar mensalmente ao conselho cópias do contracheque dos magistrados cinco dias após a liberação do pagamento.

A medida foi tomada após o surgimento de suspeitas de irregularidades a 84 juízes do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT). O caso veio à tona após a imprensa publicar que um dos magistrados recebeu R$ 503 mil em julho. Diante do fato, o conselho determinou a suspensão imediata de novos repasses.

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Segundo o TJ do Mato Grosso, os pagamentos foram amparados em decisão do CNJ. O juiz Mirko Vincenzo Giannotte, um dos magistrados beneficiados por um pagamento de R$ 503 mil, disse que os valores foram recebidos como compensações legais por ter atuado por dez anos em comarcas maiores da que está lotado.

“A partir do mês de setembro de 2017 todos os tribunais do país submetidos ao controle administrativo do Conselho Nacional de Justiça encaminharão, até cinco dias após o pagamento aos magistrados, cópia da folha de pagamentos realizados para divulgação ampla aos cidadãos e controle dos órgãos competentes e para controle da regularidade do orçamento e finanças de cada qual dos Tribunais pelo Conselho Nacional de Justiça”, diz a portaria do CNJ. Conforme a nova norma, o CNJ vai divulgar em seu site todos dados sobre a folha de pagamento dos magistrados do país.

Três juízes e dois oficiais da Polícia Militar paulista estão sendo investigados por suspeitas envolvendo a expedição de mandados de busca e apreensão a partir de investigações realizadas pelos PMs.

A Corregedoria Nacional de Justiça, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), abriu três apurações para verificar se os magistrados cometeram algum tipo de infração disciplinar ao expedir esses mandados. A denúncia foi realizada pelo Sindicatos dos Delegados do Estado, que acredita haver crime de usurpação de função pública por parte de quatro oficiais da corporação - contra dois ainda não houve abertura de inquérito -, além de infração por parte dos magistrados.

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Segundo os delegados, os juízes Xisto Albarelli Rangel Neto, da capital, Carolina Hisagnol Lacombe, de Itapevi, e Isabel Cardoso da Cunha Lopes, de Ribeirão Pires, cometeram infração ao atender a pedido de PMs, que conseguiram a expedição de mandados.

No dia 20 de abril, o tenente Luis Eduardo Picini Hogera cumpriu mandado em Itapevi após ter ele mesmo identificado e investigado a suspeita de tráfico de drogas, segundo os delegados. O capitão Carlos Dias Malheiro e um tenente identificado apenas como Ricardo cumpriram, 13 dias antes na capital, um mandado para combater a suspeita de prática de jogos de azar. E, no dia 22 de fevereiro, a tenente Fernanda Santana de Oliveira já havia cumprido um mandado após desconfiar de uma plantação de maconha.

Em representações enviadas ao CNJ, o sindicato diz ser "óbvio que a investigação criminal não pode ser conduzida de qualquer forma, já que de um lado há o Estado investigador e do outro, o cidadão, devendo seus direitos serem respeitados".

"Verifica-se que o PM, ao representar pela concessão de mandado em crimes cuja atribuição investigativa não lhe cabe, usurpa a função da autoridade policial, sendo tal ato tão deletério ao direito que deverá, inclusive, ser decretado nulo", expõe o autor das representações, o advogado Arthur Jorge Santos. Além das representações ao CNJ, foram enviados a delegacias pedidos de abertura de inquérito para investigação de crime de usurpação de função pública por parte dos PMs, já atendidas nos casos contra os tenentes Hogera e Fernanda.

A presidente do sindicato, Raquel Kobashi Gallinati, mostrou preocupação. "Qualquer situação que vá de encontro aos direitos da sociedade e quebra de prerrogativa nos deixa indignados."

A reportagem tentou contato com os juízes por meio do Tribunal de Justiça, que informou que eles não falariam e o tribunal não se manifesta em questões jurisdicionais "Fica registrada a existência de precedentes do Supremo Tribunal Federal que autorizariam o cumprimento de mandados de busca e apreensão pela PM." A Secretaria da Segurança Pública disse que as unidades apuram as denúncias de usurpação de função, permitindo "aos agentes ampla defesa".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado federal Weverton Rocha (MA), reconduzido na Câmara Federal para a liderança do PDT desembarcou no Recife, nesta quinta-feira (9), para participar do I Encontro Estadual de Núcleos de Base, que acontece no auditório estadual do partido. O pedetista, em entrevista exclusiva ao LeiaJa.com, afirmou que o objetivo maior é organizar a sigla para a eleição de 2018. Também declarou que é necessário sair da “grande velha polarização de PT e PSDB” destacando que há outros partidos e lideranças nacionais que podem ajudar a dar um norte para o Brasil. 

“O PDT tem um projeto nacional. Em um momento difícil que o Brasil vive é necessário que a gente possa construir alternativas para que a população tenha condições de conhecer os projetos”, disse. 

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Weverton, autor da polêmica emenda acrescentada no chamado “Dez Medidas de Combate à Corrupção”, que prevê crime de abuso de autoridade para magistrados e membros do Ministério Público, ressalta que a medida é mais do que necessária. “O projeto de abuso de autoridade é mais do que necessário. O Brasil precisa ter uma lei específica para esses agentes públicos no que trata a questão da sua responsabilização do mau uso da sua profissão. Hoje, um profissional da segurança pública, um delegado da polícia civil, da federal, um servidor público, seja ele qual for, ele está submetido à legislação. Se ele cometer um erro, ele vai ter que responder à Justiça. A nossa ideia é simples, é fazer com que esse agente público, ou seja, um promotor ou um juiz também possa responder à Justiça como todos nós respondemos”, disse.  

O parlamentar denunciou que há vários casos de promotores e juízes que se “excederam” na sua profissão e que a punição foi ganhar uma aposentadoria compulsória. “Que estão afastados do serviço público ganhando quase R$ 30 mil reais por mês a custa do contribuinte. Há dezenas de casos que a gente recebe em Brasília de promotores e juízes que recebem acima do teto. O teto diz que não pode receber acima de um ministro do STF e tem casos de promotores que recebem 200 mil reais por mês. É preciso se combater esse tipo de abuso e nos estamos lá para fazer esse trabalho. Tudo isso é um absurdo”.

Questionado se a emenda seria para intimidar a Operação Lava Jato, ele negou. “Utilizam a questão da Lava Jato simplesmente para desvirtuar porque não querem discutir profundamente o que há de grande errado que são os abusos e, segundo, o descumprimento da Constituição. A Lava Jato é importante e não tem porque parar. Quem cometeu o erro vai ter que pagar. Agora me dizer que só teve corrupção lá com os empreiteiros e com os políticos, sinto muito, tem que investigar o Judiciário e o Ministério Público também porque todos são passiveis de erros”, justificou. 

O pedetista ainda disse que é preciso acabar com o famoso “Você sabe com quem está falando?” e que a lei é para todos. “O que a gente quer é promotor e o juiz também acredite na Justiça que a gente acredita e, se ele cometer um erro, que ele possa vim a responder. Não dá para dizer que a legislação só serve para um tipo de cidadão e cria uma casta diferenciada que essa não pode estar submetida à legislação. Nós não concordamos e a Justiça tem que ser para todos, inclusive, para juiz e promotor”, concluiu. 

 

 

 

 

 

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou os juízes da Corte de Apelação nesta quarta-feira (8) por terem demonstrado "ceticismo" pela ordem executiva que impede a entrada de cidadãos de sete países, de maioria islâmica, no país.

"A ordem não poderia ser mais precisa, está escrita de maneira perfeita. Mesmo um estudante ruim conseguiria entendê-lo. A Corte me parece muito politizada", afirmou o mandatário.

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Na noite desta terça-feira (7), os três juízes da Corte de Apelação que analisam o pedido do governo norte-americano de restabelecer a ordem executiva - que foi suspensa na semana passada por um tribunal federal - pressionaram bastante tanto o representante de Trump como os procuradores que querem manter a ação.

Apesar de não ter uma data fixa, a decisão pode sair a qualquer momento. Caso perca, o republicano disse que pode recorrer à Corte Suprema para por a medida em prática.

A ordem polêmica foi anunciada por Trump em janeiro e impede que pessoas nascidas na Síria, Irã, Líbia, Iêmen, Somália, Sudão e Iraque fiquem proibidos de entrar nos EUA por 90 dias. O mesmo decreto impede que o país receba refugiados de qualquer lugar do mundo por 120 dias

Mesmo afastada do Tribunal de Justiça do Amazonas desde junho de 2016, a desembargadora Encarnação das Graças Salgado, alvo da Operação La Muralla 2, da Polícia Federal, recebeu, entre aquele mês e outubro, subsídios de R$ 261 mil - ou R$ 212.106,78 líquidos. A magistrada é investigada pela PF por suspeita de ligação com a facção criminosa Família do Norte (FDN), envolvida em uma série de assassinatos, roubos e tráfico de drogas. Integrantes da FDN são acusados de promover o massacre de 56 presos em Manaus no dia 1º.

Em junho do ano passado, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) afastou Encarnação da Corte estadual pelo período de seis meses. A suspensão foi renovada em dezembro por mais seis meses.

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Os dados sobre o subsídio da magistrada estão no portal da Transparência do Governo do Amazonas. Os valores referentes ao meses de novembro e dezembro do ano passado ainda não constam do site. O subsídio básico da desembargadora é R$ 30.471,11. Soma-se a este valor, indenizações e "vantagens pessoais".

Se forem considerados os subsídios brutos, Encarnação foi beneficiária de R$ 261.059,03 entre junho e outubro de 2016. Neste período, a remuneração mensal de Encarnação ficou acima do teto constitucional de R$ 33.763.

Em setembro de 2016, a desembargadora afastada teve o maior rendimento líquido do período: R$ 48.713,59. O total de crédito a Encarnação foi de R$ 58.504,04.

O subsídio de Encarnação se manteve no nível que a desembargadora recebia antes de ser afastada. Em janeiro, o rendimento líquido foi de R$ 51.181,04. No mês seguinte, R$ 43.817,19. Este valor foi recebido em fevereiro, abril e maio.

A decisão da Corte Especial do STJ para afastar a desembargadora acolheu manifestação do Ministério Público Federal, que atribui à magistrada recebimento de propinas em troca de decisões favoráveis a integrantes da FDN, a famigerada facção que arranca a cabeça e os braços dos rivais.

Em maio do ano passado, o ministro Raul Araújo autorizou a Polícia Federal a fazer buscas no gabinete de Encarnação na sede do TJ em Manaus e também no gabinete de um juiz de primeiro grau - Luís Valois - , na sala de uma servidora, nos escritórios de quatro advogados e, ainda, na residência de uma ex-auxiliar da desembargadora.

Ao submeter à Corte Especial do STJ o pedido de afastamento da magistrada, o ministro Raul Araújo assinalou. "Verificam-se indícios de graves desvios no exercício das atribuições da desembargadora Encarnação Salgado. Vários são os episódios nos quais o nome da desembargadora é mencionado pelos envolvidos, em interceptações realizadas pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, em mensagens cuja confrontação com outros elementos indica sua participação nos fatos investigados nestes autos. Não obstante isso, é preciso reconhecer que o artigo 29 da Lei Orgânica da Magistratura, além de prever que o afastamento de magistrado seja posterior ao recebimento da denúncia, estabelece que a decisão pelo afastamento seja tomada 'pelo voto de dois terços de seus membros'."

Defesas

Por meio de sua Assessoria de Imprensa, o Tribunal de Justiça do Amazonas informou que "a desembargadora Encarnação Salgado continua recebendo sua remuneração pois não houve perda do cargo". "A desembargadora foi afastada por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ela continua percebendo sua remuneração pois não houve perda do cargo. Os valores são relativos à integralidade de seus subsídios. Os magistrados recebem seus vencimentos dentro do teto constitucional. Valores de natureza indenizatória, previstas na legislação, bem como valores referentes a sentenças administrativas, não entram no cálculo previsto para o referido teto", afirma o TJ.

Em nota divulgada nesta quinta-feira (15), a Associação dos Juízes Federais de São Paulo e Mato Grosso do Sul criticaram a postura do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. Eles alegam que o magistrado "vem reiteradamente violando as leis da magistratura e os deveres éticos impostos a todos os juízes do país, valendo-se da imprensa para tecer juízos depreciativos sobre decisões tomadas no âmbito da Operação Lava Jato e mesmo sobre decisões de colegas seus, também Ministros do Supremo Tribunal Federal".

Na nota, os juízes ironizam e dizem que Gilmar Mendes pode renunciar. "Nada impede que o Ministro Gilmar Mendes, preferindo a função de comentarista à de magistrado, renuncie à toga e vá exercer livremente sua liberdade de expressão, como cidadão, em qualquer dos veículos da imprensa, comentando - aí já sem as restrições que o cargo de juiz necessariamente lhe impõe - o acerto ou desacerto de toda e qualquer decisão judicial".

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"Enquanto permanecer magistrado da mais alta Corte do país, porém, a sociedade brasileira espera que ele se comporte como tal, dando o exemplo de irrestrito cumprimento das leis do país e dos deveres ético-disciplinares impostos a todos os juízes", diz outro trecho da publicação. 

A Associação ainda destacou que o Estatuto da Magistratura proíbe os magistrados que manifestem "por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças, de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos autos e em obras técnicas ou no exercício do magistério".

Nesta quinta, Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que o STF vive "momentos esquisitos" e que "a toda hora é um surto decisório que não corresponde às nossas tradições". A afirmação foi feita ao comentar a medida do ministro Luiz Fux que anulou a votação da Câmara sobre o projeto das Dez Medidas Contra a Corrupção e solicitou que fosse seja devolvido ao Senado para análise entre os deputados.

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região, que abrange o estado do Rio de Janeiro, realizará concurso público para preencher 50 vagas de Juiz Federal Substituto pagando até R$ 27.500. Podem se inscrever, por meio do site, do dia 16 de janeiro até 14 de fevereiro de 2017, candidatos que sejam bacharéis em Direito e tenham, até a data da inscrição definitiva, três anos de atividade jurídica exercida após a obtenção do grau de bacharelado. É necessário pagar a taxa de R$ 240 até o dia 15 de fevereiro de 2017 para confirmar a inscrição. 

A seleção será dividida em cinco etapas, sendo elas: Prova Objetiva Seletiva, Prova Escrita, Inscrição Definitiva (sindicância da vida pregressa e investigação social; exame de sanidade física e mental; e exame psicotécnico), Prova Oral e Avaliação de Títulos. A primeira prova deve ocorrer em 26 de março de 2017. 

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Para mais informações, confira o edital do concurso. 

Promotores, procuradores e juízes foram neste domingo, 4, às ruas do País para protestar contra o projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados que tipifica o crime de abuso de autoridade para magistrados e integrantes do Ministério Público. De acordo com o presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Roberto Veloso, as manifestações demonstraram que a população deseja o fim da corrupção e rechaça medidas legislativas que sejam uma forma de "retaliação" a juízes e investigadores.

"O apoio demonstrado à magistratura e ao Ministério Público é a prova cabal do equívoco cometido pela Câmara dos Deputados em aprovar medidas de retaliação aos encarregados de apurar e julgar os casos envolvendo corruptos", disse Veloso. "A sociedade exige que a corrupção seja abolida de nosso País, e para isso é necessário que sejam criados instrumentos modernos de enfrentamento e não que magistrados e procuradores sejam intimidados com ameaça de prisão."

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Responsável pela Operação Satiagraha, entre 2004 e 2008, o desembargador federal Fausto de Sanctis destacou a importância da população para impedir que o projeto passe no Senado. "Este projeto (aprovado pela Câmara) surgiu já na época da Satiagraha e agora aproveitaram para desengavetar", disse ele, durante ato na Avenida Paulista.

Auditores da Receita Federal também participaram do ato em São Paulo - a categoria integra a força-tarefa da Operação Lava Jato. "Não vi em toda minha vida um cerceamento como este que foi feito pela Câmara na calada da noite. Nem durante a ditadura", disse o presidente eleito da Associação Paulista do Ministério Público (APMP), José Oswaldo Molineiro. Segundo ele, o presidente Michel Temer tem a obrigação de vetar o projeto caso seja aprovado pelo Senado.

O promotor Marcio Sergio Christano, vice-presidente da APMP, destacou o caráter inédito da manifestação. "É a primeira vez que a população se levanta para defender uma questão institucional do Ministério Público", disse ele.

No Recife, promotores, procuradores e juízes estiveram presentes na mobilização. Um deles foi o procurador da República André Teixeira. "A gente tem um quarto do Congresso Nacional que ou é acusado em ações ou é réu em processos. Nas ruas nós não temos um quarto da população como ré em processo penal. Isso mostra que tem alguma coisa muito errada", disse o procurador, que também fez críticas à prerrogativa de foro.

Investida

Juízes do Ceará foram ao ato em Fortaleza. Titular da 2.ª Vara Cível do Ceará, Augusto César foi manifestar seu apoio à força-tarefa de Curitiba. "Investigar toda a magistratura é uma forma clara de retaliação à Lava Jato."

No Rio, policiais federais também marcaram presença. "O que vimos nessa semana é um acinte, um tapa na cara com apenas 15 minutos de discussão. Ainda tem muita gente para ser presa. Ainda vamos ver a Polícia Federal prender o presidente do Senado", discursou o delegado da PF Jorge Barbosa Pontes, que ressaltou posteriormente não ter se manifestado em nome da corporação.

Em Sergipe, o procurador-geral de Justiça, Roni Almeida, disse que o ato é de extrema relevância para a sociedade. Ele lamentou a forma como o Congresso Nacional vem tratando o combate à corrupção. Dos 142 promotores de Justiça do Estado, cerca de 40 participaram de protestos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Associação Internacional de Boxe (AIBA, na sigla em inglês) informou nesta quarta-feira que seguirá com uma ação disciplinar contra os juízes que, na Olimpíada do Rio, foram afastados por decisões que "não estavam no nível esperado" durante algumas lutas.

Uma série de boxeadores, assim como fez a equipe do cubano Lázaro Álvarez, derrotado pelo brasileiro Robson Conceição na semifinal olímpica, protestou contra a contagem de pontos durante o Rio-2016. A AIBA, então, reviu todas as lutas durante a competição. E, após verificar algumas decisões polêmicas, ela afastou os juízes envolvidos antes mesmo do término dos Jogos.

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Nesta semana, para avaliar o problema, uma comissão da AIBA se reuniu em Lausanne, na Suíça. E, segundo a associação, "indivíduos e federações associadas estão sendo encaminhados a uma comissão disciplinar para uma investigação aprofundada, que tomará depois medidas apropriadas".

A AIBA avisou ainda que todos os seus funcionários devem agir com códigos de respeito, justiça, integridade e transparência. Em virtude das falhas apresentadas no Rio-2016, a associação estuda implementar um sistema de pontuação com cinco juízes - atualmente são três - e rever o processo de certificação dos árbitros.

Juízes e árbitros oficiantes nos Jogos Olímpicos Rio-2016 foram excluídos após várias decisões controversas, anunciou nesta terça-feira a Associação Internacional de Boxe Amador (AIBA), que organiza as provas no Rio.

Dos 239 combates travados desde o início dos Jogos Olímpicos, "algumas decisões estiveram abaixo do nível esperado", indicou AIBA, cuja comissão reviu as disputas.

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"Por isso, foi decidido (...) que os árbitros e os juízes em causa não atuarão mais nos Jogos Olímpicos do Rio", indica em um comunicado. As lutas do boxe terminam no domingo com a final masculina da categoria superpesados (+91 kg).

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"Sob as regras da AIBA, os resultados de todas as lutas serão mantidos", anunciou o órgão.

Na terça-feira, o irlandês Michael Conlan, derrotado nas quartas de final na categoria até 56 kg pelo russo Vladimir Nikitin, havia contestado com veemência a decisão dos juízes.

"Eles roubaram meu sonho olímpico", assegurou o atual campeão mundial de sua categoria e medalha de bronze em Londres-2012.

"Eu lhes disse que eram bastardos corruptos", indicou. "Acho que são podres por dentro (...) Estes são os Jogos Olímpicos mais corruptos da história", acrescentou.

E na segunda-feira, a vitória do russo Evgeny Tishchenko sobre o cazaque Vassiliy Levit também causou controvérsia. Tishchenko foi vaiado pelo público depois de ganhar por decisão unânime dos juízes.

O Superior Tribunal de Justiça marcou para esta terça-feira (16) julgamento de uma polêmica questão envolvendo benefício para juízes. A Corte vai julgar uma ação movida pela Associação de Magistrados Catarinenses. A entidade questiona a proibição do pagamento de auxílio-moradia para juízes casados entre si. O pagamento foi suspenso no Estado a partir de uma decisão do Tribunal de Justiça, onde 17 casais de juízes se encontram nessa situação.

O julgamento será realizado na 2.ª Turma do STJ. O relator é o ministro Herman Benjamin.

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O pedido da Associação de Magistrados Catarinenses questiona a Resolução 199/2014, do Conselho Nacional de Justiça, firmada a partir de um julgamento do Supremo Tribunal Federal, na gestão do ministro Ricardo Lewandowski.

O inciso IV, artigo 3.º da Resolução do CNJ, trata dos que não têm direito à vantagem, mas com um detalhe - ‘perceber, ou pessoa com quem resida, vantagem da mesma natureza de qualquer órgão da administração pública, salvo se o cônjuge ou companheiro(a) mantiver residência em outra localidade’.

A entidade dos juízes catarinenses argumenta que essa seria justamente a situação dos 17 casais de magistrados do Estado. Mas o Tribunal de Justiça de Santa Catarina negou o pedido. O recurso será julgado agora pela 2.ª Turma do STJ.

O número de ações movidas por juízes e promotores contra três repórteres e outros dois profissionais do jornal Gazeta do Povo, do Paraná, chegou a 45. As ações tiveram início após a publicação de reportagem sobre os vencimentos dos magistrados e representantes do Ministério Público.

Os processos começaram a ser ajuizados em abril, em várias cidades paranaenses. O fato tem alterado a rotina dos profissionais do jornal, de 97 anos de existência. As audiências marcadas para esta segunda-feira, 13, no interior do Estado foram remarcadas. Hoje, o grupo viaja para União da Vitória, a três horas de Curitiba, para participar de audiências. Eles se deslocam e retornam no mesmo dia. Amanhã, seguem para Medianeira, a 600 quilômetros da capital paranaense, para depor na quinta-feira.

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A reportagem, publicada em fevereiro, mostrava que, somadas as gratificações, o rendimento médio dos juízes e promotores superava o teto constitucional do funcionalismo público, de mais de R$ 30 mil. "Essas ações adicionais só mostram que tem mais alguns juízes que não conseguem entender que a função que eles exercem é pública, e que a remuneração deles faz parte de um debate público necessário", disse o diretor de redação do jornal, Leonardo Mendes Júnior.

"Esperamos que esse aumento de ações ajude na compreensão total da ministra Rosa Weber do que está acontecendo aqui no Estado e de que esse é um caso para o Supremo Tribunal Federal", afirmou o diretor de redação, lembrando que o jornal aguarda decisão da ministra sobre recurso para que as ações sejam encaminhadas à Corte.

'Assédio judicial'

As ações judiciais foram alvo de notas de repúdio da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Associação Nacional de Jornais (ANJ), Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), cujos dirigentes denunciaram o "assédio judicial" na sexta-feira passada, no 29.º Congresso Mundial dos Jornalistas, em Angers, na França.

Ao todo, os processos contra os repórteres Francisco Botelho Marés de Souza, Rogério Galindo e Euclides Garcia, o analista de sistemas Evandro Balmant e o infografista Guilherme Storck cobram indenização de R$ 1,3 milhão do jornal.

Áudio do presidente da Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar), Francisco Mendes Júnior, reforçou a suspeita de uma ação coordenada dos magistrados. "Já estamos providenciando um modelo de ação individual feito a muitas mãos por vários colegas e com viabilidade de êxito para que cada um possa ingressar com essa ação individual caso considere conveniente", diz ele no WhatsApp.

O jornal O Estado de S. Paulo procurou nesta segunda-feira a Amapar, mas nenhum representante foi localizado para comentar o assunto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) liberou que os juízes do Tribunal de Justiça de Mato Grosso continuem recebendo ressarcimentos dos cofres públicos por gastos com despesas médicas, cirúrgicas e odontológicas. A votação terminou em 3 votos a 2. Votaram contra o benefício os ministros Luís Roberto Barroso e Rosa Weber.

Em 2007, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) havia ordenado a suspensão do pagamento, que tinha como base o artigo 228 do Código de Divisão e Organização Judiciária do Estado, a lei dos juízes mato-grossenses. Em seguida, o Estado do Mato Grasso entrou com uma ação no STF para reverter a situação.

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Em seu voto, o ministro Marco Aurélio Mello afirmou que apesar, de a Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman) considerar esse tipo de benefício inconstitucional, essa seria uma questão estadual. 

Barroso, por sua vez, classificou como "imoral" o pagamento de tais benefícios à categoria. Ele destacou que a lei mato-grossense permite, inclusive, que passagens aéreas sejam pagas com dinheiro público a juízes e seus familiares que precisarem de assistência médica no exterior.

A Associação Juízes para a Democracia (AJD) declarou nesta quarta-feira, 20, repúdio ao pronunciamento do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) que no domingo, 17, na sessão de votação de admissão do processo de impedimento da presidente Dilma justificou seu voto "pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff, pelo exército de Caxias, pelas Forças Armadas, pelo Brasil e por Deus acima de tudo".

Ustra chefiou o Doi-Codi, órgão de repressão do antigo 2.º Exército, em São Paulo. A ele são atribuídas 51 mortes e mais de 500 casos de tortura física e mental, conforme apontado pelo projeto Brasil Nunca Mais, da Arquidiocese de São Paulo. Entre as vítimas de Ustra, a presidente Dilma, então com 22 anos. "Ao homenagear o algoz de Dilma, o deputado traz à tona toda a dor das vítimas de tortura e de suas famílias", diz, em nota pública, a Associação Juízes para a Democracia.

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"São conhecidos e frequentes os ataques preconceituosos, misóginos e homofóbicos do senhor deputado, inclusive já repudiados em nota anterior. Dessa vez, no entanto, ao fazer apologia ao mais famoso torturador dos anos de chumbo, foram extrapolados todos os limites da imunidade parlamentar, segundo a qual é livre a expressão do parlamentar no exercício de sua função. Essa imunidade é uma garantia constitucional fundamental à independência do Poder Legislativo. No entanto, não é, e não pode ser, absoluta, pois também a discussão política deve observar os princípios e fundamentos da Constituição da República, dentre eles a própria democracia, a dignidade da pessoa humana, a prevalência dos direitos humanos."

Para a entidade de magistrados, "a apologia à tortura não ofendeu apenas a pessoa da presidenta Dilma, muito embora o tenha sido em profundidade".

"A tortura não significa apenas obter informação; para ser 'efetiva' ela deve ser um programa de destruição da personalidade da vítima, e deve ser sistemática e generalizada de maneira a espalhar o medo na população. Assim, a deplorável homenagem proferida pelo senhor deputado (Bolsonaro) atingiu não só a todas brasileiras e brasileiros, mas também à própria humanidade, num ato absolutamente degradante e antidemocrático."

O texto da Associação diz que "ironicamente, é fato que, somente no Brasil democrático há espaço para, em tese, um parlamentar dizer sem receios um absurdo de tal monta". "O Estado Democrático de Direito e as garantias constitucionais dele advindas, consagrados pela Constituição Federal de 1988, ganharam força exatamente em razão da superação do modelo ditatorial até então vivido em nosso país. Tolerar a homenagem ao maior torturador da ditadura militar, inclusive assim reconhecido por decisão judicial (Processo nº 0347718-08.2009.8.26.0000), confirmada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, significa, portanto, permitir o retrocesso da sociedade brasileira em relação a todos os princípios democráticos."

A nota da entidade de juízes assinala que "não é demais destacar que o Supremo Tribunal Federal, no julgamento do célebre HC 82.424, quando manteve a condenação do editor Siegfried Ellwanger por crime de racismo, pois este havia publicado livros elogiando o nazismo e exaltando a discriminação contra os judeus, enfatizou que a liberdade de expressão não é absoluta, mas possui limites jurídicos e morais, pois essa expressão não pode alcançar em sua abrangência, manifestação de conteúdo imoral, que implicam em ilicitude penal".

"Nesse sentido, em nenhuma circunstância e sob nenhum pretexto, o discurso de um parlamentar, que não fala por si e nem apenas por seus eleitores, mas por toda a sociedade, pode contrastar com os fundamentos e objetivos da República, valores imprescindíveis a um Estado Democrático de Direito, tais como a dignidade da pessoa humana e a prevalência dos direitos humanos", diz a nota.

"Mais uma vez, é evidente que a imunidade material dos congressistas por suas opiniões e palavras não pode ser utilizada como salvaguarda a práticas atentatórias a valores caros ao Estado Democrático de Direito, sendo que o exercício de tal garantia encontra limitação na própria Constituição Federal, ao estabelecer ser incompatível com o decoro parlamentar 'o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional'", assinala a Associação Juízes para a Democracia.

"A Associação Juízes para a Democracia manifesta sua repulsa à declaração antidemocrática de apologia à tortura e de ataque pessoal à presidente Dilma Rousseff, reforçando seu posicionamento de integral solidariedade e respeito às vítimas de tortura e suas famílias, que se viram aviltadas em sua dignidade pela manifestação parlamentar."

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