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Já está em vigor em Belém a Lei Municipal 9.216/2016, que torna preferenciais todos os assentos de veículos coletivos urbanos. Os beneficiados são idosos, grávidas, mulheres com crianças de colo, obesos e pessoas com deficiência.  A sanção do prefeito Zenaldo Coutinho foi publicada na edição de segunda-feira (30) do Diário Oficial do Município.

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Aprovado ano passado pela Câmara de Belém, o projeto transformado em lei determina que os cidadãos não beneficiados devem ceder seus assentos na presença de usuários com prioridade. Em caso de recusa, o motorista poderá interferir para garantir o cumprimento da legislação.

A “lei  do assento”, no entanto, tem caráter educacional e não prevê punições aos passageiros transgressores além da solicitação para a desocupação das cadeiras. De acordo com o texto da Lei 9.216, as empresas de ônibus e as concessionárias ficam obrigadas a informar os usuários com placas e outras formas de avisos.

Nos pontos de ônibus em Belém, os usuários divergem sobre a nova lei municipal. Para o administrador de empresas José Alberto, a determinação chama atenção para o respeito aos idosos. “Sou a favor do projeto porque sei que é uma maneira de beneficiar os que precisam, principalmente os idosos”, destacou.

Para a auxiliar contábil Ana Almeida, a lei foi aprovada com “atraso”. Com 64 anos, ela não admite fazer duas viagens diárias de mais de uma hora para o trabalho e de volta para casa sem ter o direito de pelo menos ficar sentada. “Antes não era assim, as pessoas respeitavam os idosos e quem precisasse de auxílio. É falta de educação mesmo. Já cansei de exigir o assento para jovens. Muitos deles fingem não ver. É triste. Será que vão fazer o mesmo dentro de casa com os avós?”.

Reprovação – Segundo a estudante de Educação Física Ana Sozinho, o ideal seria a ampliação do número de assentos prioritários, mas não a determinação de 100% deles para o público beneficiado pela leia. “Frequentemente vemos muitos trabalhadores que estão cansados, pegam ônibus lotados e precisam sentar”, disse.

O porteiro Carlos Santos, de 62 anos, mesmo beneficiado pela lei, não concorda que todos os assentos sejam preferenciais. Segundo ele, as pessoas jovens também pagam passagem e por isso têm o direito de viajar sentadas. O argumento do idoso é reforçado pela estudante de Estética Cristina Colares: “As pessoas com prioridade têm seus direitos, mas nós, que pagamos passagem diariamente, também temos. Já pensou se o ônibus tiver 20 idosos? Então penso que seja um desrespeito com a gente”.

Com informações de Thiago Barros, Raiany Pinheiro e Karen Silva.

Uma nova regra será imposta aos motoristas que trafegam nas rodovias brasileiras após a publicação da Lei 13.290/2016, nesta terça-feira (24). A partir de agora será obrigatório o uso de farol baixo durante o dia nessas vias. A decisão partiu do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 156/2015, aprovado no Senado no final de abril.

Com a finalidade de proporcionar maior segurança nas estradas e baseado nos 20 anos de atuação como policial rodoviário, o senador José Medeiros (PSD-MT) aponta que o procedimento pode evitar e, consequentemente, contribuir para a redução de colisões frontais. Ainda é afirmado que a medida não possui custos e ainda pode salvar vidas, visto que o país tem o trânsito que mais mata no mundo, sendo quase 50 mil vítimas fatais por ano. 

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Outras questões foram apontadas pelo deputado Rubens Bueno (PPS-PR), que apontou que a baixa visibilidade também é um fator causador de acidentes, visto que até enxergarem o outro veículo não há tempo para realizar manobras para evitar colisão.

A decisão de tornar lei veio como força para que os motoristas passassem a adotar o farol baixo nas rodovias, visto que, apesar de o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) já ter editado uma resolução com recomendação para a medida, esta não sofreu impacto. 

A obrigatoriedade passará a valer em um prazo de 45 dias a contar da publicação desta terça, visto que a decisão recebeu um veto para que a medida fosse adotada em imediato. O não cumprimento da medida, que começará a valer no dia 4 de julho acarretará em multa de R$ 85,13 e quatro pontos na carteira. 

 

A Bolívia promulgou neste sábado (21) uma polêmica lei de identidade de gênero, que possibilitará que as pessoas transexuais atualizem seus dados de sexo e de identidade nos documentos legais, um instrumento questionado pelas Igrejas católica e evangélica.

"Hoje acaba a história de uma proscrição social. Vocês (transexuais e transgênero) são uma realidade. É uma hipocrisia social negar sua existência", afirmou o presidente em exercício, Álvaro García durante a promulgação da norma, no Palácio de Governo.

O presidente Morales está em visita oficial a Cuba. A lei estabelece o procedimento administrativo para a mudança de nome, informação sobre sexo e fotografia das pessoas transexuais e transgênero em toda documentação pública e privada.

Representantes das Igrejas católica e evangélica questionaram a norma, criticando a forma de sua aprovação e pedindo um debate mais amplo sobre seu conteúdo e alcances. García pediu tolerância, aos que se opõem à lei, porque "a democracia é reconhecimento da diversidade".

Ele chegou a citar o papa Francisco, que, em uma entrevista em 2015, disse a um transexual que ele também era filho de Deus. O sumo pontífice declarou ainda que a Igreja católica aceitava-o como era.

"Se o Papa diz isso, quem somos nós para julgar e negar o reconhecimento de uma pessoa que quis modificar sua identidade sexual?", questionou.

Com o reconhecimento de sua identidade, as pessoas transexuais e transgênero ganham "capacidade jurídica para exercer direitos e obrigações", explicou a ministra da Justiça, Virginia Velasco, acrescentando que a legislação permitirá a esse grupo ter acesso aos direitos referentes à saúde, à educação, ao trabalho e ao exercício do voto.

"Podemos comprovar que estamos em um Estado novo com capacidade de integrar cada uma das pessoas que foram vilipendiadas e que não tinham direitos. A identidade é o primeiro direito fundamental", afirmou Tamara Nuñez, representante do coletivo de pessoas transexuais.

Na sexta-feira (20), a Igreja católica manifestou "sua preocupação e rejeição ao Projeto de lei de Identidade de Gênero", considerando que não mereceu debate público o suficiente, o qual cabe a toda norma que afeta a família, a célula básica da sociedade".

Por meio de seu pastor, Sergio Gutiérrez, a Igreja Evangélica pediu que o assunto seja resolvido em um referendo nacional.

O Diario Oficial da União publicou hoje (17) decreto assinado pelo presidente interino Michel Temer em que exonera o jornalista Ricardo Melo das funções de diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

O jornalista informou esta manhã que tomará as medidas cabíveis para a garantia de seu mandato. Na última sexta-feira (13), a Diretoria Executiva da EBC se manifestou sobre o mandato de quatro anos do diretor-presidente garantido em lei. No sábado (14), o Conselho Curador da EBC também se posicionou sobre a garantia do mandato de Ricardo Melo por quatro anos, conforme previsto na legislação. Melo tomou posse no cargo no dia 10 de maio.

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Em nota a Diretoria Executiva da EBC afirma:

"1. O atual diretor-presidente, jornalista Ricardo Melo, foi nomeado pela presidente Dilma Rousseff por meio de decreto publicado no dia 3 de maio de 2016, com base na Lei 11.652/2008, que autorizou a criação da EBC.

2. Em seu artigo 19 a lei prevê que o diretor-presidente e o diretor-geral sejam nomeados pelo presidente da República. O parágrafo segundo do mesmo artigo diz que “o mandato do Diretor-Presidente será de quatro anos”.

3. Ao longo do intenso debate público que levou à criação da EBC, firmou-se a concepção de que o diretor-presidente deveria ter mandato fixo, não coincidente com os mandatos de Presidentes da República, para assegurar a independência dos canais públicos, tal como ocorre nos sistemas de radiodifusão pública de outros países democráticos.

4. A EBC tem como missão fundamental instituir e gerir os canais públicos, sob a supervisão do Conselho Curador, composto majoritariamente de representantes da sociedade civil. A lei prevê que caberá também à empresa prestar serviços de comunicação ao governo federal, tais como a gestão do canal governamental NBR e transmissões de atos da administração federal, serviços estes prestados através de unidade específica, a diretoria de Serviços.

Em razão desses fatos, a exoneração do diretor-presidente da EBC antes do término do atual mandato viola um ato jurídico perfeito, princípio fundamental do Estado de Direito, bem como um dos princípios específicos da Radiodifusão Pública, relacionado com sua autonomia em relação ao Governo Federal."

O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), sancionou uma 'lei antibaixaria'. Desde 3 de maio, é proibido o uso de dinheiro público 'para a contratação de artistas que em suas músicas, danças ou coreografias desvalorizem, incentivem a violência ou exponham as mulheres, homossexuais e os afrodescendentes a situação de constrangimento'. Considera-se para efeitos da lei, as apresentações em rádio, TV, vídeo e internet.

De autoria da vereadora Cida Garcêz (PMN), a lei estabelece em seu artigo 2º que 'os gestores públicos que descumprirem o disposto no artigo 1º serão multados em valor a ser calculado pelo Órgão competente do Executivo Municipal, baseando-se no valor de 1.000 (um mil) UFIRs'.

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A receita arrecadada com as multas será revertida para entidades que atuem na promoção da igualdade racial. Em abril de 2012, uma lei semelhante foi sancionada na Bahia, pelo então governador Jaques Wagner (PT). O projeto de lei 19.237/11 foi aprovado pela Assembleia Legislativa baiana. Eventos públicos, financiados pelo governo, ficaram proibidos de contratar artistas que 'desvalorizem, incentivem a violência ou exponham as mulheres à situação de constrangimento' em suas músicas.

Conflito de normas

Para o advogado especialista em Direito Administrativo Victor Naves, a lei goianiense 'reflete a crescente preocupação com a difusão e proteção de direitos humanos no Brasil'.

"Ao determinar que seja proibida a utilização de verbas públicas para a contratação de artistas que em suas obras e apresentações desvalorizem, incentivem a violência ou exponham mulheres, homossexuais e afrodescendentes a situação de constrangimento, a iniciativa expõe um conflito de normas constitucionais", afirma. "Embora necessária para o acolhimento de parcela da sociedade que, constantemente tem seus direitos fundamentais básicos violados, por outro lado, violaria o dever do Estado de proteger as manifestações culturais populares. Por óbvio, aqueles que se excedem deverão responder na forma lei, mas a falta de regulamentação que estabeleça critérios objetivos para a concessão das respectivas verbas deixa dúvidas quanto a constitucionalidade da lei."

Com uma ação movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), a Justiça de Pernambuco condenou a Junta Comercial do Estado de Pernambuco (Jucepe) e a Faculdade Unifavip Devry/Caruaru a pagar um total de R$ 20 mil cada por descumprir a lei do estágio, contratando estagiários para substituir mão de obra de servidor público. Por meio de uma ação civil pública (ACP), as instituições serão obrigadas a cumprir a legislação.

De acordo com o MPT, além da contratação irregular dos estudantes, também não existia formalização de termos de compromisso entre os estudantes e a Jucepe/Caruaru. A condenação também levou em conta  a inexistência de professor orientador de estágio não-obrigatório dos cursos de Direito e Administração pela instituição de ensino Unifavip.

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Com a condenação, a Jucepe está obrigada a formalizar, de imediato, termos de compromisso de estágio não obrigatório dos estudantes; enviar relatórios de atividades dos estagiários à Unifavip com periodicidade mínima de seis meses; indicar profissional com formação ou experiência na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário para orientar e supervisionar o estudante e de abster-se de contratar estagiário para desempenhar atividades em substituição a servidor, especialmente havendo servidor concursado e não convocado. 

Em um comunicado enviado à imprensa, a assessoria de comunicação do MPT informou que caso a Jucepe descumpra as regras estabelecidas, a entidade será multada em R$ 5 mil por estagiário prejudicado por cada uma das violações. Já a Unifavip, além de obrigada a formalizar, também em imediato, os termos de compromisso de estágio, deve avaliar as instalações das partes concedentes dos estágios destinados aos alunos da instituição; indicar professor orientador para os estágios não-obrigatórios; cobrar a entrega dos relatórios de atividades; bem como adequar as normas internas de estágio não obrigatório.

A justiça também determinou que as instituições têm que seguir o que está previsto na lei de estágio (11.788/2008), que diz quais são direitos dos estudantes. Em caso de descumprimento, a Unifavip será multada em três mil por estagiário prejudicado. Através de nota, a Unifavip informa que já cumpre todas as determinações do MPT/PE em seus contratos de estágio. É possível denunciar supostas irregularidades ao MPT pelo site www.prt6.mpt.mp.br, através de link de denúncia, ou ainda em qualquer de uma das unidades do órgão no estado (Recife, Caruaru e Petrolina), de 8h às 14h.

A publicação do decreto que regulariza o uso de aplicativos para transporte individual de passageiros pode não ser o ponto final da novela que se tornou a liberação do Uber e de empresas similares em São Paulo. Mesmo depois da "canetada" do prefeito Fernando Haddad (PT), a Câmara Municipal promete manter o debate aceso e votar novo projeto de lei sobre o tema, desta vez atendendo a parte das reivindicações dos taxistas.

Quem lidera o movimento é a própria bancada do PT, que promete apresentar um esboço da ideia já na semana que vem. Segundo o vereador Paulo Fiorilo, a intenção é propor um texto que atenda a duas das principais demandas dos taxistas: limitar o número de carros de aplicativos nas ruas e criar um mecanismo que torne os preços praticados pelos aplicativos mais próximos da tarifa dos táxis. A proposta ainda deve englobar algumas das regras definidas pela Prefeitura, como a criação de um sistema de cobrança pelo uso do viário urbano, com base na venda de créditos por quilômetro rodado.

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"Podemos avançar nesse sentido e sem entrar nesse clima de Fla-Flu. Essa novela ainda não terminou. Não dá para os taxistas competirem com o Uber com valor mais alto de tarifa. O debate sobre o preço deve ser ampliado na cidade", disse Fiorilo, que admite não ter conversado pessoalmente com o prefeito sobre a intenção da bancada. "Mas ele sabe, não é traição, não", completou.

Os taxistas exigem que a Câmara limite a 2 mil os carros operados por aplicativos nas ruas - o equivalente a 5% da frota atual de táxis. O número é inferior ao divulgado pela Prefeitura, que pretende iniciar o credenciamento com 5 mil veículos, podendo chegar a 12 mil de forma gradativa. "Podemos encontrar um meio-termo nessa questão. Metade da proposta do prefeito, por exemplo", diz Fiorilo.

A posição do PT é a mesma de outros partidos, como PMDB, PSDB, PP e PV. Na semana passada, nove líderes partidários defenderam publicamente a continuação dos debates no Legislativo. Mesmo representantes dos taxistas, como os vereadores Adilson Amadeu (PTB) e Salomão Pereira (PSDB), sinalizam apoio a um novo projeto.

Se vingar, caberá a Haddad sancionar ou não lei que torne a regulação dos aplicativos definitiva. Um decreto, segundo o presidente da Casa, Antonio Donato (PT), "é frágil juridicamente". Já o respaldo de uma lei daria segurança tanto à Prefeitura como aos aplicativos.

Habilidade

Para a oposição, o resultado é fruto da falta de habilidade do prefeito. "O tema Uber foi muito mal conduzido por Haddad. O certo agora é começar tudo de novo", diz Ricardo Nunes (PMDB). Na terça-feira, 10, sem politizar o tema, o governo alegou que decisões judiciais delegam regulação ao Executivo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após ver fracassadas duas tentativas de votação na Câmara Municipal para regulamentar aplicativos de transporte como o Uber, a gestão Fernando Haddad (PT) iniciou uma série de demissões de funcionários indicados por vereadores para ocupar cargos comissionados (sem concurso público) na Prefeitura. Ao todo, devem ser exoneradas 140 pessoas.

Nas edições do Diário Oficial da Cidade de sexta-feira, 6, e sábado, 7, o secretário municipal de Governo, Chico Macena, publicou a demissão de 86 servidores, a maioria indicada por parlamentares para trabalhar nas subprefeituras. O restante das exonerações será publicado ao longo desta semana por Haddad - parte será de comissionados da Subprefeitura da Mooca, onde trabalham servidores indicados pelo vereador Adilson Amadeu (PTB), principal opositor à Lei Uber.

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Amadeu nega que ainda tivesse indicados seus ocupando cargos no Executivo. Afirma que pretende representar contra o prefeito no Ministério Público Estadual (MPE), caso Haddad mantenha a proposta de regular o serviço por decreto.

Entre os vereadores que perderam espaço na gestão municipal estão Edir Sales (PSD), George Hato (PMDB), Noemi Nonato (PSB), Sandra Tadeu (DEM) e Conte Lopes (PP), que votaram a favor de projetos do Executivo, mas são apontados como integrantes do grupo que esvaziou as sessões que aprovariam a regulamentação da Uber, no dia 4. O projeto não foi à votação por falta de quórum no plenário da Câmara: o mínimo é de 28 presentes dos 55 eleitos.

Reeleição e CPIs

"Meu pai me ensinou que o que é acordado é o que está valendo, que palavra só existe uma. Fiquei muito surpresa com tudo isso e ainda vou decidir como reagir. Certamente vou agir para mostrar minha indignação diante desse gesto", disse uma vereadora. Os partidos desses parlamentares também não devem apoiar a candidatura à reeleição de Haddad, em outubro. PSD e PMDB têm candidatos próprios: Andrea Matarazzo e Marta Suplicy, respectivamente.

Oficialmente, a Prefeitura informou não ter ciência de razões específicas para demissões. Interlocutores do prefeito, entretanto, afirmam que a não votação da Lei Uber foi "a gota d’água" na relação com o Legislativo. Ele alega que a Câmara havia pedido para "protagonizar" a liberação do aplicativo, mas os vereadores se recusaram a votar o projeto.

Os servidores exonerados, ainda na versão da Prefeitura, haviam sido indicados por parlamentares que chegaram a fazer parte da base de Haddad, mas deixaram de votar com o prefeito e passaram a trabalhar para outros candidatos que devem disputar as próximas eleições.

Por se recusar a votar com o prefeito - e com o cenário das eleições e apoios políticos praticamente definidos -, esses parlamentares viram os acordos para a indicação de cargos serem rompidos. Agora, vereadores ouvidos pela reportagem, sob condição de anonimato, já divulgam as estratégias de retaliação: pretendem colher assinaturas para instalar uma série de CPIs contra a gestão Haddad, para tentar "constranger" o prefeito.

"Isso é uma declaração de guerra aos vereadores que votaram o tempo todo com o governo e agora estão retaliados porque seus partidos não apoiarão o prefeito. A base na Câmara acabou", disse um dos parlamentares. Uma das CPIs na mira dos parlamentares é a do Teatro Municipal e tem como alvo o secretário de Comunicação, Nunzio Briguglio, executivo da cota pessoal do prefeito, que nega relação com desvios na administração do Municipal.

Um dos efeitos colaterais do gesto foi expor um "racha" interno dentro do secretariado de Haddad. A execução das demissões teria sido de responsabilidade do secretário Macena, que agiu sem comunicar a ação ao secretário José Américo, titular da pasta de Relações Governamentais, encarregado de costurar a articulação com a Câmara.

Macena afirmou à reportagem que as demissões eram "técnicas", mas prometeu dar mais explicações nesta terça. Líder do governo na Câmara, Arselino Tatto (PT) afirmou que só hoje será possível medir a reação da Casa diante das demissões.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com uma fila quilométrica e faltando poucas horas para encerrar o prazo dos eleitores de realizar serviços no título de eleitor, a manhã desta quarta-feira (4) estava bastante agitada na frente do Tribunal Regional Eleitoral em Pernambuco (TRE-PE), na capital pernambucana. Apesar de muitas pessoas terem dormido no local, faltado trabalho ou madrugado para chegar a tempo de realizar os trâmites no TRE, um homem se dizendo advogado, que chegou no local por volta das 9h15, tentou burlar a fiscalização da Justiça Eleitoral afirmando ter direito a um lugar "reservado" dentro do posto do Forte das Cinco Pontas, no Centro do Recife, para esclarecer algumas dúvidas. 

Enquanto centenas de eleitores aguardavam sua vez na fila e tentavam esclarecer questionamentos com os fiscais que estavam nas imediações da entrada do prédio, o homem dizia que possuía a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e que não podia ser impedido de entrar no TRE naquele momento. "Eu quero entrar, estou na minha prerrogativa. Eu vou tomar as medidas cabíveis! Não estou furando a fila de ninguém, só quero tirar dúvidas lá dentro. Eu sou um advogado e quero que a OAB tome uma iniciativa. Esses irresponsáveis não sabem tratar bem o cidadão", argumentou o homem.

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Com um tumulto criado, o assessor da Corregedoria do TRE, Orson Lemos, tentou dialogar com o advogado e esclarecer qual era a dúvida que ele tinha, qual era o nome do processo que ele tinha, e que as perguntas poderiam ser respondidas naquele momento, pois só os eleitores com o agendamento marcado previamente ou que teriam recebido uma ficha no início da manhã teriam acesso ao prédio. Irredutível e exaltado, o advogado chegou a mostrar a carteira da OAB como forma de intimidar os policiais e continuou afirmando que só tiraria sua dúvida dentro do prédio.

Para o assessor da Corregedoria do TRE-PE, Orson Lemos, o homem queria obter vantagens por ser advogado e apenas entrar no local. "Se 20 mil advogados de Pernambuco vierem hoje e pedirem prerrogativa para entrar aqui, como é que vai ficar a situação do cidadão?", questinou. Orson Lemos ainda completou dizendo que o advogado não teve seu direito impedido, mas que está sendo feito um controle, por ser o último dia do prazo do TRE, e que a entrada de qualquer cidadão está sendo muito verificada.

Com a confusão criada pelo advogado, a aposentada Denice Santos, de 70 anos, quase perdeu a vez de conseguir o seu atendimento, que já estava agendado no TRE. Ela contou que tinha marcado o horário para às 9h30 e que tinha chegado por volta das 9h12 no local. "Não estava entrando ninguém naquele momento. Tinha um advogado lá no portão fazendo uma confusão e eu terminei passando da minha hora", explicou. Ela conta que apesar disso, conseguiu passar pela multidão e com muita simpatia, foi atendida pouco depois do seu horário. "Há anos que eu não voto, mas agora eu preciso me fazer presente neste momento político do Brasil", conta com um tom de alívio.

 

Na legislação brasileira, há uma Lei Federal nº 4.898/65 que regula o direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa, civil e penal, nos casos de abuso de autoridade. Em 2015, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) organizava um projeto de lei (PLS 66/2015) do senador Romário (PSB-RJ) que instituia a “Lei da Carteirada”. A proposta era de alterar o Código Penal para punir o agente público que se aproveitar do cargo, emprego ou função para deixar de cumprir obrigação legal imposta a todos os cidadãos ou para obter vantagem ou privilégio indevido. O que o projeto de lei propõe é uma detenção de 3 meses a 1 ano e multa. 

No caso da manhã desta quarta-feira (4), advogado chegou a ser vaiado pelas pessoas que estavam na frente do TRE e não obteve sucesso ao entrar no prédio. O atendimento preferencial não se baseou em profissão ou nível superior de nenhum eleitor que estava presente no local. O TRE cumpriu a legislação nacional, na Lei Federal nº 10.048/2000, e tratou preferencialmente portadores de deficiência, os idosos com idade igual ou superior a 60 anos, as gestantes, as lactantes e as pessoas acompanhadas por crianças de colo.

 

O gabinete da Alemanha aprovou uma lei que permitirá que pacientes obtenham maconha como forma de medicamento, caso não tenham outras opções de tratamento, desde que tenham receita médica. A lei - que entrará em vigor a partir do início do ano que vem - ainda precisa ser aprovada pelo Parlamento.

Segundo o Ministério da Saúde, a legislação vai permitir que médicos prescrevam maconha na forma de flores secas ou extratos e os pacientes poderão comprar nas farmácias. O serviço público de saúde irá cobrir os custos. Fonte: Associated Press.

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Um dia após ser derrotado na Câmara Municipal, o prefeito Fernando Haddad (PT) deu um ultimato na quinta-feira (28) aos vereadores para que a "Lei Uber" seja aprovada brevemente. Caso o processo não avance no Legislativo, ele ameaça regular o transporte individual de passageiros, com carro particular, por meio de decreto municipal.

A posição de Haddad abre um novo capítulo na novela que se tornou a regularização da Uber na cidade. No ano passado, após sinalizar ser contrário ao modelo - e sancionar leis nesse sentido -, o petista apresentou uma minuta de decreto propondo a liberação de aplicativos que usam carros particulares (não táxis) por meio de um sistema de venda de créditos. Pelo formato, os interessados só receberiam aval para rodar pela cidade após se cadastrar e pagar pelo uso do viário urbano.

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Diante da pressão dos vereadores, que reivindicaram a responsabilidade de legislar sobre o tema, Haddad recuou e passou a trabalhar ativamente para que a Câmara regulamentasse a Uber e os demais aplicativos que não têm taxistas como motoristas. Na quarta-feira, 26, o Executivo chegou a enviar duas novas versões do texto para agradar a representantes da base aliada e mesmo da oposição, mas o esforço foi em vão. Não houve quórum nem sequer para colocar a proposta em votação em plenário.

Com a derrota, Haddad adotou discurso mais incisivo e já ameaça liberar a Uber na "canetada". "Não fomos bem ontem (anteontem) em função da falta de espaço para o debate e a deliberação. Vamos ainda aguardar alguns dias. O processo não corre só no Legislativo, mas também no âmbito do Judiciário. A Prefeitura, em um determinado momento, vai tomar a sua posição", disse, indicando que pode optar pelo decreto.

WillGo

Sem lei, as empresas estão atuando livremente na cidade. Hoje, a WillGo, concorrente da Uber, começa oficialmente a operar em São Paulo e também no Rio. Nos próximo mês pretende expandir os serviços para Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre.

Para atrair clientes, a empresa vai oferecer 5% de desconto por um ano para quem fizer o download do aplicativo em 30 dias. Também promete frota mais diversificada de veículos, com utilitários e até blindados.

Para regular o serviço o mais rápido possível, Haddad afirmou que conversaria com o presidente da Câmara, Antonio Donato (PT), para verificar se a Casa já estaria satisfeita com o prazo dado pela Prefeitura para que os vereadores "se debruçassem sobre o assunto". O prazo termina amanhã.

"Vou verificar se ele vai pedir mais algum tempo para deliberar, mas o fato é que o Executivo não pode se omitir diante de decisões judiciais", disse Donato.

A decisão sobre quando o projeto voltará à pauta da Câmara deve ser tomada na próxima terça-feira, durante a reunião semanal dos líderes de bancada. Donato afirmou ontem que definir o assunto via decreto pode ter repercussão na Justiça. "É um mecanismo mais frágil e fácil de contestar", disse, em comparação à força de uma lei.

Autor do projeto original de compartilhamento de veículos - alterado em acordo com a gestão Haddad para regular também os aplicativos de carros particulares -, o vereador José Police Neto (PSD) vai trabalhar para conseguir os 28 votos necessários para a aprovação já na próxima semana, impedindo assim uma decisão unilateral do prefeito.

Líder do governo, Arselino Tatto (PT) também afirmou que tenta articular os votos favoráveis ao projeto, mas admitiu que o decreto é uma possibilidade, dada a resistência de parte dos vereadores sobre a deliberação da proposta antes das eleições. "Ele (Haddad) pode até fazer por decreto, mas ele quer respeitar a postura do Legislativo e os debates que foram feitos na Câmara. A melhor saída é essa, e acredito que na terça-feira a gente consiga", afirmou.

Para ser vitorioso, o governo terá de convencer até aliados que se mostram receosos em votar a favor da proposta. Nessa lista estão integrantes do DEM, PSD e PTB.

Segundo o vereador Milton Leite (DEM), a proposta ainda precisa ser aperfeiçoada, mas dentro do processo legislativo. Regular a atividade por decreto seria "atropelar" a Câmara, disse ele, apesar de não demostrar surpresa com a possibilidade.

Urgência

Para o diretor da SPNegócios, Ciro Biderman, que participou da elaboração do projeto, o Executivo não pode se omitir em uma questão que tem "urgência". Segundo ele, sem regras, "a situação só tende a piorar". A Uber também diz ter pressa e defende a proposta de lei.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Soltando rojões, tocando cornetas e gritando em carros de som, cerca de 5 mil taxistas, segundo policiais militares, cercaram a Câmara Municipal nesta quarta-feira (27) durante a votação do projeto de lei de regulamentação da Uber. Por desconhecimento do processo legislativo, chegaram a comemorar o adiamento da votação, por volta das 19h30, como se o texto tivesse sido rejeitado. Diante da "vitória", rojões foram lançados na direção da Casa. Uma funcionária do 6.º andar ficou ferida.

Os taxistas se desentenderam com guardas-civis, PMs e entre si. Durante a tarde, um empurra-empurra entre manifestantes e supostos motoristas da Uber terminou com quatro detidos. Eles foram levados para o 1.º Distrito Policial (Sé), onde ainda eram ouvidas até as 20 horas desta quarta.

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Entre a primeira confusão e a votação, os taxistas ficaram concentrados ao redor de vendedores ambulantes e em bares e padarias na região da Câmara, no Viaduto Jacareí. "Era uma corrida de Santo Amaro até o aeroporto. Deu R$ 43. A Uber fica com 20%. Não tem chance", dizia um taxista, para colegas, mostrando no celular uma foto de um marcador de preço da Uber. Os taxistas reclamavam da dificuldade de concorrer com os motoristas do aplicativo. No carro de som, taxistas anunciavam a presença de colegas do Rio, de Minas e até de Pernambuco.

As conversas se encerraram quando um telão passou a transmitir a votação. Os taxistas, porém, não sabiam o que estava acontecendo. No plenário, os vereadores decidiam se o projeto iria à votação, mas os taxistas comemoravam cada "não" como se fosse a rejeição ao projeto. Encerrada a sessão, abraçavam-se euforicamente.

Confusão. Neste momento foram lançados rojões. PMs que acompanhavam o protesto de longe entraram na multidão para impedir mais disparos. Um grupo de manifestantes cercou os policiais. Houve, então, confusão. Do carro de som, lideranças pediam calma. Guardas-civis, que estavam em maior número, foram ao resgate dos PMs e a confusão se encerrou.

Novos focos de empurra-empurra começaram a surgir, entre os próprios taxistas, à medida que eles entendiam que o processo de votação havia apenas sido adiado. "O prefeito Fernando Haddad arregou! É um frouxo!", esbravejava o presidente do Sindicato dos Motoristas nas Empresas de Táxi no Estado de São Paulo, Antonio Matias, que já disse, em fevereiro que haveria violência caso o projeto fosse aprovado.

Bastaram seis dias para que a ideia de pôr fim ao limite ou corte de velocidade à internet residencial alcançasse o apoio de mais de 20 mil pessoas. Por meio do Portal e-Cidadania, do Senado, a população reuniu as assinaturas online necessárias para transformar a ideia em uma Sugestão Legislativa que vai tramitar no Senado.

A Sugestão Legislativa é uma contribuição popular. Ela precisa ser avaliada em comissões do Senado para, depois, se tornar um projeto de lei. A Sugestão Legislativa que proíbe o corte de acesso à internet será examinada pela Comissão de Direitos Humanos.

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O assunto da limitação da internet banda larga gerou grande mobilização nas redes sociais após algumas operadoras anunciarem que passarão, a partir de 2017, a cortar o acesso dos usuários que atingirem o limite de sua franquia de dados e oferecerão pacotes com franquias diferenciadas. O serviço seria semelhante ao que já é oferecido pela internet móvel, usado em aparelhos de celular, por exemplo.

Na segunda-feira, 18, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) suspendeu por 90 dias a implementação do corte e determinou que as operadoras informem os usuários sobre seus planos. No entanto, o presidente da agência reguladora, João Rezende, disse, em entrevista à imprensa, que as operadoras não têm mais condição de oferecer internet ilimitada.

Debate

O anúncio das operadoras de banda larga também incomodou alguns senadores. Walter Pinheiro (Sem Partido-BA), um dos principais líderes no Congresso para a aprovação do Marco Civil da Internet - lei que destacou o Brasil mundialmente em 2014 -, vê como mais um absurdo o anúncio das operadoras.

"As operadoras já tinham adotado uma postura dessa na internet móvel. Agora é adotar efetivamente uma postura de cerceamento, uma violência ao Marco Civil da Internet, que é, na prática, você começar a limitar o uso da Internet. É uma forma dissimulada de dizer que não estão cortando o conteúdo, que estão cortando uma quantidade de dados, mas isso é cortar conteúdo", afirmou o senador.

Na manhã desta quarta-feira, 20, senadores aprovaram um requerimento para a realização de uma audiência pública para discutir o tema. As comissões de Serviços de Infraestrutura, do Meio Ambiente, e de Ciência e Tecnologia vão se reunir para discutir as providências que devem ser tomadas para evitar problemas apontados pelos consumidores.

Serão convidados Eduardo Moreira, presidente da SindiTelebrasil, que representa as empresas de telefonia, além de representantes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), do Ministério das Comunicações e de órgãos de defesa do consumidor, como o Procon de Goiás e o Proteste. A data para realização da audiência pública ainda não foi definida.

Apesar da sanção da lei da "pílula do câncer", os pacientes não deverão ter acesso à fosfoetanolamina. Atualmente, a substância não está sendo produzida.

A Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, fechou seu laboratório e o Supremo Tribunal Federal (STF) a autorizou a parar de fabricar a pílula. Um funcionário da instituição foi transferido para Cravinhos, onde será produzida a substância, no laboratório PDT Pharma.

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A fábrica recebeu as máquinas e o primeiro lote de 35 kg resultará em 350 mil cápsulas. Em razão dos testes, a substância seguirá do laboratório PDT Pharma para a Fundação para o Remédio Popular (Furp), de Américo Brasiliense, que vai transformar o material em cápsulas.

As pílulas serão enviadas para o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), onde a distribuição será destinada apenas para pacientes inseridos em testes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A corrida de Uber poderá ficar mais barata em São Paulo se for feita em carro com mais de um passageiro. O desconto para o compartilhamento de viagens é uma das novidades do projeto de lei em desenvolvimento pelo vereador José Police Neto (PSD) em parceria com a gestão Fernando Haddad (PT). Na quinta-feira (14) foi realizada na Câmara Municipal a segunda audiência pública para tratar do tema. A intenção é aprovar a regulamentação do serviço até o fim do mês.

De acordo com a última versão da proposta, as operadoras que se credenciarem - além da Uber, estima-se que ao menos outras três ou quatro empresas devam aderir ao modelo - pagarão menos para rodar pela cidade caso utilizem a capacidade máxima de seus veículos em cada viagem. Como a intenção da Prefeitura é aproveitar a liberação dos aplicativos para regular o trânsito, especialmente nos horários de pico, a ideia é incentivar as empresas a lotar seus carros.

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Os descontos podem passar de 50%. Segundo Police Neto, as faixas serão definidas de acordo com a quantidade de passageiros. Na próxima semana, representantes da Prefeitura devem apresentar simulações na terceira e última audiência pública agendada para debater a proposta. A lei terá como base a criação de um sistema de controle do viário urbano, a partir da venda de créditos.

Para receber aval para rodar pela cidade será preciso efetuar um cadastro prévio e pagar o preço fixado pela Prefeitura por quilômetro rodado. Pelo compartilhamento de viagens, a operadora pode passar a receber créditos, em vez de pagar por eles.

"Vamos imaginar que um condutor opte por ter um carro para seis passageiros. Se ele rodar com os seis, deixa de pagar e, assim, repassa a vantagem no preço. Temos de gerar um fator positivo para que os carros rodem menos vazios. Isso é gestão de viário", diz o vereador.

Haddad

A proposta também é defendida pela gestão Haddad. Segundo o diretor de Inovações da SP Negócios, Ciro Biderman, a otimização de veículos, com o transporte simultâneo de vários passageiros, deve ser recompensada financeiramente.

Biderman, assim como Police Neto, tem tentado quebrar a resistência dos taxistas em relação ao projeto de lei. A expectativa é de que, depois de aprovada, a legislação possa atrair condutores que hoje alugam táxis para trabalhar. Algumas empresas de aplicativo já até mudaram seus nomes, em um possível sinal de adesão ao modelo proposto.

Mas a aprovação da medida ainda está longe de ser consenso entre os vereadores. Alguns deles, como Adilson Amadeu (PTB) e Salomão Pereira (PSDB), criticam qualquer tentativa de regulamentação da Uber na cidade a partir de novas regras.

"Já temos uma lei aprovada e sancionada pelo prefeito Haddad que determina as condições para funcionamento de aplicativos. A Uber precisa se enquadrar. Não dá para atuar com carros particulares, sem identificação. Os passageiros precisam saber quem são os motoristas. Isso é segurança", diz Salomão.

Periferia

O sistema de venda de créditos, de acordo com a gestão Haddad, tem a intenção, a médio prazo, de evitar parte dos deslocamentos de veículos realizados em horários de pico da manhã e da tarde. Isso porque nesses períodos o valor cobrado pelo quilômetro rodado será maior, especialmente se as viagens forem feitas no centro expandido, onde os congestionamentos são mais intensos.

Na contramão, corridas efetuadas pelas empresas credenciadas em áreas periféricas, onde a oferta de táxis hoje é menor, pagarão créditos mais baratos, como forma de incentivo - assim como no caso do compartilhamento de viagens. Inicialmente, a previsão é que a cobrança pelo uso dos créditos seja feita por meio de boleto bancário, com prazo de vencimento de três dias após a corrida.

A Câmara agendou a votação do projeto para o dia 27. Até lá, a base aliada de Haddad precisará convencer 28 vereadores a votar a favor.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Embora reconheça que a lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff autorize os médicos a prescreverem a fosfoetanolamina, o Conselho Federal de Medicina (CFM) indicou na quinta-feira (14) que não apoia o uso da substância no tratamento dos pacientes. Em nota, o órgão diz que não recomenda a incorporação da substância no arsenal terapêutico contra o câncer "até seu reconhecimento científico, com base em evidências, de sua eficácia e segurança, a serem obtidas com a conclusão de pesquisas".

Apesar de regras internas preverem a necessidade de pesquisas antes da adoção de qualquer remédio, o conselho diz que, "na hierarquia das normas, prevalecem as leis sobre as resoluções" e, com base no princípio da legalidade, a lei sancionada ontem permite ao médico a prescrição da fosfoetanolamina. Afirma ainda que, apesar da autorização, é seu dever institucional "alertar os médicos e a sociedade brasileira sobre a necessidade de pesquisas clínicas que possam assegurar a eficácia e a segurança dessa substância".

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Entidades médicas e especialistas também se posicionaram contra a decisão da presidente. Para a Sociedade Brasileira de Cancerologia, "a inexistência de uma análise minuciosa e séria, com base nos critérios científicos aceitos mundialmente, além de seu registro definitivo na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), não permitem que a fosfoetanolamina sintética seja considerada como um medicamento". A instituição diz "não poder apoiar a legalidade de algo que não apresenta valor médico" e cobra debate "sem oportunismo, a partir de atitudes mais responsáveis".

Coordenador da unidade de pesquisa clínica do A.C. Camargo Cancer Center, Helano Freitas afirma que a medida contraria as regras vigentes no Brasil. "Não existe nenhum teste feito em humanos. A aprovação da lei, portanto, tem algo muito grave embutido. Ela burla, desacredita e nega todo o sistema de aprovações de medicações no País, que é a função da Anvisa."

A Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa afirma que a aprovação da substância representa "um duro golpe contra a ciência e a responsabilidade em saúde pública".

Batalha

Para o presidente da Comissão de Direito Médico da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), Silvio Valente, com a nova lei, as batalhas jurídicas envolvendo a fosfoetanolamina ficarão cada vez mais acirradas e poderão voltar ao Supremo Tribunal Federal (STF).

"Temos duas leis conflitantes. Essa lei ordinária, elaborada no Congresso, tem mais peso que o sistema regulatório, representado pela Anvisa. Mas, na prática, será complicado aplicar a lei e distribuir um medicamento que não tem aprovação do órgão regulador. É provável que a questão chegue novamente ao STF", disse Valente.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um dos integrantes da equipe que criou a pílula do câncer, Renato Meneguelo diz que a Anvisa foi procurada quatro vezes para testar a substância. Ele questiona os testes já feitos e em implementação e defende o uso da substância só para doentes terminais.

O que o senhor achou da sanção da Lei 13.269?

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Era o que eu e todos os pacientes de câncer esperávamos. Nunca pensamos em comercializar a fosfoetanolamina. Queríamos que ela fosse distribuída pelo SUS. Mas isso só poderá ser feito após autorização da Anvisa.

A agência diz que nunca foi procurada para testar a substância.

Fomos à Anvisa pelo menos quatro vezes e eles nunca tiveram interesse. Temos documentos que comprovam isso.

Muitos cientistas criticam a aprovação, dizendo que ela se baseou em comoção popular e não em ciência.

Eles dizem que não sabem como a droga funciona, mas nunca vieram nos perguntar.

E os testes que serão feitos pelo governo paulista devem comprovar a eficácia?

Eles serão feitos em pacientes que estão bem fisicamente e, por isso, os efeitos serão pequenos. Nós criamos a droga para pacientes terminais. Mas que não devem abandonar a terapia convencional.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff sancionou, sem vetos, a lei que autoriza o uso da fosfoetanolamina sintética por pacientes diagnosticados com neoplasia maligna. O produto, que ficou conhecido como 'pílula do câncer', poderá ser usado pelos pacientes, "por livre escolha", desde que tenham laudo médico que comprove o diagnóstico e assinatura de termo de consentimento e responsabilidade dos próprios pacientes ou de seus representantes legais. O texto está publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (14).

A decisão de sancionar a íntegra do texto que passou, em votação relâmpago, pelo Congresso em março traz um caráter político e não técnico ao ato de Dilma. Segundo o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, informou na terça-feira, 12, a Casa Civil recomendou à presidente liberar o uso da fosfoetanolamina sintética antes do registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na tentativa de evitar qualquer ameaça de desgaste, e de perda de votos, às vésperas da votação do impeachment.

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A sanção, portanto, não levou em consideração pareceres técnicos preparados pelos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Saúde, Ciência, Tecnologia e Inovação e também pela Anvisa e Advocacia-Geral da União. Todos sugeriam que a presidente vetasse integralmente o projeto. O principal argumento desses pareceres é que o composto poderia representar uma ameaça à saúde dos pacientes, abalar a imagem do controle sanitário do Brasil e, consequentemente, a imagem de produtos vendidos.

De acordo com a lei, a opção pelo uso voluntário da fosfoetanolamina sintética não exclui o direito de acesso do paciente a outras modalidades terapêuticas. O texto também define como de "relevância pública" o uso do produto.

A lei permite a produção, manufatura, importação, distribuição, prescrição, dispensação, posse ou uso da fosfoetanolamina sintética, independentemente de registro sanitário, em caráter excepcional, enquanto estiverem em curso estudos clínicos acerca dessa substância. Além disso, "a produção, manufatura, importação, distribuição, prescrição e dispensação da fosfoetanolamina sintética somente são permitidas para agentes regularmente autorizados e licenciados pela autoridade sanitária competente".

O Congresso do estado americano do Mississippi (Assembleia Legislativa) aprovou nesta sexta-feira (1°) uma lei denunciada como discriminatória, porque permite a funcionários e empresas negar serviços a homossexuais com base em suas crenças religiosas. Esse texto é similar a outras legislações que já causaram polêmica nos Estados Unidos.

A lei HB 1523 recebeu sinal verde definitivo da Câmara de Representantes estadual nesta sexta-feira e será enviada para o gabinete de Phil Bryant. O governador republicano ainda deve decidir se promulga o texto.

"Tenho de vê-la, como faço com todas as legislações. Assim que tomar uma decisão, vou divulgá-la", disse Bryant à imprensa.

O projeto contou com a resistência de organizações de defesa dos direitos civis e das lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT), assim como por empresas, como a automotora Nissan, que temem que dê margem à discriminação.

A HB 1523 protege funcionários, organizações religiosas e algumas empresas no Mississippi que se recusarem a prestar seus serviços, alegando objeções religiosas ao casamento homossexual.

A lei faz parte de uma série de iniciativas similares em estados conservadores em resposta à decisão da Suprema Corte americana, em junho de 2015, de legalizar a união entre pessoas do mesmo sexo em nível nacional.

Nesta mesma semana, o governador da Geórgia, Nathan Deal, vetou uma lei que autorizava os membros de congregações religiosas a se negar - com base em suas convicções - a contratar ou admitir homossexuais em escolas.

Na Carolina do Norte, entrou em vigor na semana passada uma lei que, entre outros pontos, obriga as pessoas a usarem os banheiros públicos de acordo com seu sexo de nascimento. A medida irritou as pessoas transgênero.

Uma ampla gama de grupos econômicos e esportivos pede que a lei seja revogada, enquanto várias organizações, entre elas a influente associação de defesa das liberdades civis ACLU, recorreram aos tribunais.

Fabricantes de alimentos precisam indicar a presença de lactose e caseína (açúcar e proteína presentes no leite) na embalagem de seus produtos. É o que decidiram nesta quarta-feira (30) os parlamentares da Câmara dos Deputados, em plenário. Como o projeto original sofreu alterações, o texto será reencaminhado para análise no Senado. Caso seja validada, a medida começa a valer apenas a partir de 2019.

O texto original tinha origem na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, onde tramitou em caráter terminativo, em 2014, e contemplava apenas a lactose. A inclusão da caseína foi proposta pelo deputado Alberto Fraga (DEM-DF), que avaliou que este também é um elemento alergênico. A principal justificativas do projeto é evitar problemas de saúde causados pela ingestão dessas substâncias.

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Uma das preocupações seria a elevada ocorrência de casos de intolerância à lactose no Brasil. Hoje, o deputado Ságuas Moraes (PT-MT), que é pediatra, disse que a intolerância à lactose e à caseína tem se desenvolvido mesmo em crianças e que a informação no rótulo é importante. Atualmente, esse tipo de exigência já existe para o glúten, uma proteína presente na aveia, trigo, cevada, malte e centeio.

Na matéria aprovada nesta quarta, também fica estabelecida a proibição do uso de gordura vegetal hidrogenada, conhecido como gordura trans, na composição de alimentos destinados a consumo humano, nacionais ou importados. Essa proibição não alcança alimentos de origem animal que contenham esse tipo de gordura. Entre os malefícios associados à gordura trans estão o aumento do colesterol LDL no sangue.

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