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Uma decisão da Justiça obriga o governo estadual a fornecer para um menino de 7 anos de São Carlos, no interior paulista, um medicamento que é derivado da maconha. A criança sofre com crises convulsivas e o remédio, cuja comercialização é proibida no Brasil, precisa ser importado.

A ação foi impetrada pela Defensoria Pública e a decisão, divulgada agora, foi proferida no fim de junho. A liminar obriga o fornecimento da medicação canabidiol (CBD), que é uma substância química encontrada na maconha e que tem propriedades médicas para tratar diversas doenças que afetam o sistema nervoso central.

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Para justificar o pedido, foram anexados laudos médicos ao processo, mostrando que a criança tem o problema desde os seis meses de vida e já foi submetida a diversos tratamentos. Inclusive, os remédios disponíveis no mercado foram usados em dose máxima e sem resultado satisfatório. O menino tem todos os dias cerca de 30 convulsões.

O uso do canabidiol foi recomendado pela equipe médica após esgotadas todas as outras opções. O problema é que, por ser proibido no Brasil, somente pode ser importado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e, ainda assim, mediante de uma licença especial.

Para o defensor público Jonas Zoli Segura, a decisão é muito importante devido à gravidade da patologia que acomete o menino. Segundo ele, recentemente outra criança morreu nas mesmas condições clínicas enquanto aguardava a importação do medicamento.

A Justiça deu 30 dias de prazo para que a decisão seja cumprida, sob pena de multa de R$ 500 por dia. A Secretaria Estadual da Saúde informou que vai pedir um tempo maior para o cumprir da decisão. Isso em razão de o canabidiol não fazer parte da lista definida pelo Ministério da Saúde para distribuição na rede pública e por não ter registro na Anvisa, o que exigiria um prazo maior para o cumprimento da liminar.

Pressão

Conforme divulgado pelo Estado, na semana passada um grupo de professores de medicina da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, que estuda o canabidiol desde os anos 70, divulgou um documento em que pede a legalização da substância no Brasil. O assunto já está em pauta na Anvisa e uma definição pode sair nas próximas semanas.

A empresa Transportes Aéreos Portugueses (TAP) foi condenada a pagar R$ 96 mil a uma família que teve suas bagagens extraviadas em uma viagem para a Europa, em janeiro de 2008. O valor é referente a indenização por danos morais e materiais, definiu o juiz Cláudio Malta de Sá Barreto, da 28ª Vara Cível da Capital.

Conforme o processo, um dos integrantes da família é portador de hipertensão arterial e glaucoma e fazia uso recorrente de remédios para controle dos sintomas, podendo perder a visão. A esposa dele havia sido submetida a uma operação de urgência na época, e por isso tomava medicação controlada.

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No dia da viagem, a família embarcou no Aeroporto Internacional do Recife com destino o Aeroporto de Heathrow, na capital britânica. Foram despachadas quatro bagagens, e depois de muita espera somente uma delas foi entregue aos passageiros.

Os autores do processo alegam não terem recebido auxílio dos funcionários da empresa aérea, tendo que custear roupas e remédios. Somente na volta ao Recife receberam uma das malas intactas, outra totalmente avariada e a terceira nunca foi encontrada.

A TAP alegou que os passageiros não forneceram qualquer tipo de documentação de manuseio de bagagem especial, que entende como improcedência dos pedidos autorais. A empresa ainda ofereceu embargos de declaração, alegando contradição e obscuridade nos valores estabelecidos na sentença, visto que poderia ser feito um pagamento errôneo aos autores da ação.

"Os suplicantes estavam iniciando a viagem de férias, e o extravio de bagagens provoca, sim, constrangimento, frustrações e medo pela falta dos objetos, mormente às pessoas que estavam sob administração de remédio de uso contínuo que ficaram privadas de seu uso por certo período, pondo-as em risco à sua saúde. Desta forma, os danos morais merecem o reparo indenizatório", pontuou o magistrado.

Além dos valores estipulados para a ação por danos morais e materiais, a empresa TAP também foi condenada a pagar juros moratórios legais de 1% a partir da data da citação, bem como o pagamento das custas processuais e honorários advocatícios arbitrados em 15% sobre o valor da condenação.

Com informações da assessoria

Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada hoje (2) no Diário Oficial da União, suspende a distribuição, o comércio e o uso, em todo o território nacional, do lote 3K865 (validade: 11/2015) do medicamento dipirona sódica 500 mg fabricado pela empresa Prati, Donaduzzi & Cia Ltda.

De acordo com o texto, laudo emitido pelo Instituto Adolfo Lutz considerou o lote insatisfatório no ensaio de aspecto, por ter sido constatada mancha irregular de cor cinza na superfície do comprimido.

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A Anvisa determinou ainda que a empresa Prati, Donaduzzi & Cia Ltda. promova o recolhimento do estoque existente no mercado relativo ao lote. A resolução entra em vigor nesta quarta-feira (2).

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) adiou a decisão sobre a retirada do canabidiol, uma substância derivada da maconha, da lista de substâncias proibidas no país, para permitir seu uso como medicamento. O diretor Jaime Oliveira pediu vistas do processo para se informar melhor sobre o assunto. Se aprovada a mudança de status, o canabidiol poderá ser usado a partir de prescrição médica.

Para o presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, a mudança de lista não teria efeitos, já que os medicamentos que trazem como componente o canabidiol não são compostos totalmente por essa substância. Ele ainda defende que a Anvisa pode autorizar o uso em casos específicos.

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Para as mães Katiele Fischer e Margarete Brito, que têm filhas de 5 e 6 anos que sofrem de doenças convulsivas, o assunto ainda não foi decidido por preconceito contra a substância, já que ela é extraída da maconha.

"O uso do CDB [o canabidiol] é uma questão de qualidade de vida", diz Katiele. Ela conta que a filha Ane, de 6 anos, sofre convulsões desde que tinha 45 dias de vida. "Ela chegava a sofrer 80 convulsões por semana, e com o medicamento zerou o número de episódios".

Katiele conseguiu autorização judicial para importar o medicamento, mas diz que centenas de mães com o mesmo problema e com as quais troca mensagens sobre a questão ainda não conseguiram a licença.

Pesquisadores têm apontado efeitos positivos no uso do canabidiol em pacientes com mal de Parkinson, ansiedade, esquizofrenia e alguns transtornos de sono, entre outras doenças. No entanto, a substância integra uma lista de substâncias proibidas no Brasil, compondo a Lista F2 da Portaria 344/1998 do Ministério da Saúde, que trata de psicotrópicos.

A área técnica da Anvisa recomendou que o canabidiol deixe de ser proibido e passe a ser controlado, pois não viu estudos que mostrem a substância como causadora de dependência e identificou pesquisas em fase avançada que indicam sua eficácia como medicamento para diversas doenças.

As autoridades médicas francesas autorizaram o lançamento comercial de um medicamento derivado da cannabis, o Sativex, prescrito para aliviar as dores ocasionadas pela esclerose múltipla, informou nesta quinta-feira (9) o ministério da Saúde.

Esta autorização "é uma etapa prévia à comercialização do produto, que será realizada por iniciativa do laboratório", declarou o ministério. O Sativex, um spray bucal do laboratório britânico GW Pharmaceuticals, deve ser comercializado na França por outro laboratório, Almirall.

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O medicamento usado pela presidente Dilma Rousseff para o tratamento de câncer linfático, em 2009, terá sua indicação ampliada no Sistema Único de Saúde (SUS). O rituximabe, que já era liberado na rede pública para tipos mais agressivos da doença, passará a ser ofertado também para pacientes com linfoma não-Hodkin folicular.

A medida foi tomada diante das críticas recebidas no ano passado, quando a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS (Conitec) negou a indicação do medicamento para esses pacientes. Representantes da classe médica e associações de pacientes argumentavam que havia farta literatura mostrando a importância do uso do medicamento e atribuíam o veto a razões econômicas. O mesmo remédio tem licença da Agência Nacional de Vigilância Sanitária desde 1998. mas para uso na rede particular.

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Em agosto, o Ministério da Saúde confirmou o veto que havia sido dado pela Conitec em abril. Poucos meses depois, no entanto, a própria secretaria da pasta apresentou à Conitec um outro protocolo para o uso do medicamento. A diferença da primeira proposta, que havia sido feita pela fabricante Roche, estava na forma de uso do medicamento. Desta vez, o produto foi liberado.

Existem cerca de 20 tipos diferentes de linfoma. O não Hodgkin folicular é responsável por cerca de 20% de todos os casos. O tratamento completo com medicamento ano passado custava cerca de R$ 50 mil.

A estimativa do Ministério da Saúde é a que, com a incorporação, 1,5 mil pessoas passarão a fazer uso do remédio. O rituximabe está entre os dez medicamentos mais solicitados pela população na Justiça. Desde 2011, o SUS atendeu 86 pedidos do fornecimento do remédio determinados pela Justiça. As compras feitas para atender apenas esses casos totalizaram R$ 3 milhões. De acordo com o ministério, o custo anual da compra do medicamento para fornecimento no SUS custará R$ 28 milhões.

O Ministério da Saúde (MS) ampliou recentemente o uso do medicamento Rituximabe utilizada por pacientes com linfoma não-Hodgkin folicular em tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a Secretaria de Saúde de Pernambuco, 17 pessoas estão cadastradas no estado para receber o remédio. Atualmente, seu uso está restrito ao tipo mais agressivo deste tipo de câncer. 

Com esta iniciativa, o SUS também atenderá aos pedidos de usuários que buscam os medicamentos por meio judicial. O rituximabe está entre os dez medicamentos mais solicitados na justiça. O custo anual na compra deste medicamento será de R$ 28 milhões. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 10 mil pessoas vão desenvolver este tipo de câncer no próximo ano.

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Em 2011, morreram em decorrência do linfoma 3.737 pessoas, 115 delas pelo tipo folicular. E, no ano passado, houve 12.461 internações (custo de R$ 18,1 milhões) para tratamento da doença, das quais, 1.537 (custo de R$ 1,6 milhão) foram ocasionadas por linfoma não-Hodgkin folicular.

O Linfoma é uma doença que provoca a multiplicação e o acúmulo de linfócitos (muitos deles defeituosos), principalmente nos gânglios linfáticos, causando dores, inchaços e febre. A incidência de linfoma não-Hodgkin aumenta com a idade e o diagnóstico ocorre em geral, por volta dos 65 anos, porém pode manifestar-se em jovens e até em crianças. 

OUTROS MEDICAMENTOS - Também houve expansão no rol de medicamentos de alto custo ofertados gratuitamente pelo SUS, com a inclusão de drogas biológicas modernas como o mesilato de imatinibe (contra leucemia) e o trastuzumabe (contra o câncer de mama). A ampliação veio acompanhada de aperfeiçoamento na gestão dos insumos, que passaram a ser comprados de maneira centralizada pelo Ministério da Saúde, reduzindo custos com o ganho da escala de compras.

Com informações da assessoria

O Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira (7), a entrada da empresa Merck Serono num acordo de parceria para desenvolvimento produtivo para produção nacional de seis remédios biológicos usados no tratamento de câncer e artrite. A multinacional ingressa na iniciativa com compromisso de transferir a tecnologia para fabricação dos medicamentos no prazo de cinco anos.

Os remédios serão feitos pela Bionovis, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Instituto Vital Brasil. A parceria prevê construção de uma fábrica, a partir de 2014. Os produtos que serão fabricados são: etanercepte, rituximabe, bevacizumabe, cetuximabe, infliximabe e trastuzumabe.

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Em junho, o governo lançou uma chamada para produção de 14 medicamentos biológicos. Nesse sistema, empresas interessadas, associadas a laboratórios públicos, buscam farmacêuticas detentoras da tecnologia para produção do medicamento. O projeto agora anunciado é o primeiro aprovado pelo ministério.

"Foi um processo rápido", afirmou o secretário de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha. A transferência de tecnologia começa a partir de 2014, com treinamento de funcionários no exterior. Com a transferência de tecnologia, Merck Serono fica comprometida a vender, no próximo ano, os seis medicamentos para o governo com desconto de 5%. O porcentual vai aumentando ao longo do tempo. Em cinco anos a expectativa é a de que a economia seja de 25%. A produção dos medicamentos no País começa em 2015.

Gadelha afirmou que os parceiros apresentaram também a proposta de produzir outros quatro medicamentos biológicos. Esses, no entanto, não estão na lista de prioridades preparada pelo governo em julho. Isso não significa, no entanto, que a oferta será recusada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Começaram nesta semana os testes em macacos da vacina contra o HIV, que está sendo desenvolvida pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em parceria com o Instituto Butantan. Os quatro animais começaram a ser imunizados com a vacina que contém partes do vírus. Depois, os macacos receberão um vírus modificado que causa o resfriado como parte dos estudos para desenvolver o imunizante.

Segundo Edecio Cunha Neto, um dos pesquisadores responsáveis por conduzir o projeto, o diferencial da vacina é usar partes do vírus que não se alteram. “Um dos grandes problemas de se fazer uma vacina contra o HIV é que ele é hipervariável”, ressalta ao explicar que o genoma do vírus pode varia até 20% entre dois pacientes. “Nos componentes que nós escolhemos para colocar na vacina estão somente as regiões mais conservadas do vírus, ou seja, aquelas que não variavam de um HIV para o outro”, destacou.

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Além de ter pouca variação, as partes do vírus foram selecionadas por provocarem forte reação no organismo da maioria das pessoas. “Nós fizemos o que chamamos de desenho racional, para embutir dentro da nossa vacina mecanismos para que ela fosse capaz de dar uma resposta que funcionasse para os HIVs mais variados possíveis e que funcionasse em um número grande de pessoas”.

Após os testes com os quatro animais, serão feitos experimentos com um grupo de 28 macacos e três tipos de vírus diferentes, todos modificados com partes do HIV. “As combinações desses três vírus são, até hoje, as melhores combinações para gerar respostas imunes potentes em primatas. Então, o que a gente vai fazer é escolher, de quatro combinações diferentes, aquela que deu resposta mais forte. E usar essa combinação para teste em humanos”, detalhou o pesquisador.

Caso seja bem sucedida, a vacina vai aumentar a reação dos imunizados ao vírus, diminuindo a capacidade de transmissão e melhorando a qualidade de vida do paciente. “O que ela vai fazer é reduzir muito a quantidade de vírus, matar as células que estão infectadas. Mas ela dificilmente vai erradicar a infecção. Vai bloquear a transmissão para outra pessoa, porque a quantidade de vírus vai ser muito baixa”.

Atento aos recentes protestos contra o uso de animais em pesquisas, que levaram inclusive ao fechamento de um instituto no interior paulista, Cunha fez questão de dizer que os animais são bem tratados. “Os animais neste estudo não sofrem de maneira nenhuma. Até mesmo para o procedimento de colher sangue ou vacinar, eles estão anestesiados”, enfatizou.

O pesquisador defendeu ainda o uso de animais em experimentos. “Não é possível substituir um teste com animais por um teste de cultura ou teste de laboratório mais simples. O teste em animais vai observar a repercussão de uma nova vacina, uma nova droga, no organismo inteiro”, argumentou.

A gigante farmacêutica suíça Roche anunciou nesta sexta-feira (1°) que as autoridades de saúde americanas aprovaram o medicamento Gazyva, um tratamento para um tipo de leucemia.A Food and Drug Administration (FDA, agência que regula alimentos e medicamentos nos EUA) deu seu aval para a comercialização deste medicamento em associação com uma quimioterapia à base de Clorambucil para os pacientes que sofrem de leucemia linfoide crônica que ainda não receberam tratamento, informou o grupo de Basileia em um comunicado.

O medicamento, também chamado de obinutuzumab ou GA101, recebeu o status de "avanço terapêutico" e teve um procedimento de homologação acelerado. "Gazyva é um novo medicamento importante para pessoas afetadas por leucemia linfoide crônica de diagnóstico recente", afirmou Hal Barron, médico-chefe encarregado do desenvolvimento do produto em nível mundial.

"Com base nos dados clínicos, o período sem agravamento da doença dobrou em comparação com o Clorambucil administrado em monoterapia", acrescentou.

Cinquenta anos depois de sua retirada do mercado, começou nesta segunda-feira (14), em Madri, o primeiro julgamento na Espanha contra a empresa alemã Grünenthal, que fabricava a talidomida, um medicamento que provocou malformações em milhares de crianças em todo o mundo.

"Com este julgamento histórico, os afetados espanhóis pela talidomida esperam que (...) depois de mais de meio século de espera infinita, as vítimas espanholas vejam recompensado seu sofrimento, que começou como fetos, antes de nascer, e se prolonga até os nossos dias, com a amputação de seus braços e pernas", declarou antes do julgamento a Associação de Vítimas da Talidomida na Espanha, Avite.

A Avite exige da empresa Grünenthal 204 milhões de euros para seus cerca de 180 membros em função da gravidade de suas malformações. Denunciando falta de reconhecimento público em seu país, onde "a mera existência oficial das vítimas espanholas não ocorreu até 2010", a Avite calcula que o número total das vítimas, muitas já falecidas, poderia alcançar pessoas.

"Com uma sentença favorável à nossa demanda, o laboratório alemão Grünenthal seria considerado oficialmente, pela primeira vez na história, responsável pelo ocorrido", explicou Avite.Grünenthal havia pedido publicamente perdão em setembro de 2012, ou seja, 50 anos depois dos primeiros casos de malformação, afirmando que "sentia muito" seu longo silêncio.

Este medicamento, que era prescrito às grávidas no final dos anos 50 e começo dos 60 para combater as náuseas, acabou causando danos irreversíveis no desenvolvimento dos fetos. Estima-se que entre 10.000 e 20.000 pessoas tenham nascido com má-formações, às vezes sem um dos membros, depois que as mães tomaram este medicamento.

A talidomida foi retirada do mercado no final de 1961 na Alemanha e na Grã-Bretanha. A Avite afirma que ainda foi preciso esperar meses para que o medicamento fosse proibido na Espanha.

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira projeto de lei que permite a dedução do Imposto de Renda para despesas com medicamentos de aposentados e pensionistas para uso próprio ou para seus dependentes. Por ter sido aprovada em caráter terminativo, a proposta seguirá diretamente para a Câmara dos Deputados, caso não haja recurso de senadores para levar o texto ao plenário.

Pela proposta do senador Paulo Paim (PT-RS), o benefício estará garantido para aqueles que recebem em aposentadorias ou pensões até seis salários mínimos por mês - atualmente R$ 4.068.

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Na justificativa do projeto, o petista argumenta que há incoerência da legislação tributária, uma vez que só permite o abatimento das despesas com medicamentos nos casos em que eles forem utilizados em regime de hospitalização. Ele lembra que a tendência atual é privilegiar o atendimento médico em casa, relegando a internação hospitalar apenas em casos absolutamente necessários.

O texto aprovado pela CAE, cujo parecer foi apresentado pelo senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), rejeitou outras duas propostas de deduções de imposto de renda: com o pagamento de juros decorrentes de crédito imobiliário, apresentado pelo ex-senador e atual governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo; e com gastos com professores de educação física, academias de atividades físicas diversas, incluindo dança, capoeira, ioga e artes marciais, do ex-senador Papaléo Paes.

A Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) de Minas Gerais instaurou procedimento para apurar como o goleiro Bruno Fernandes de Souza teve acesso a medicamentos para os quais não tinha receita. Condenado a mais de 22 anos de prisão pelo assassinato da ex-amante Eliza Samudio e o sequestro do filho que teve com a vítima, Bruno foi levado no domingo, 19, à enfermaria da Penitenciária Nelson Hungria, após ingerir comprimidos.

Nesta quinta-feira, Bruno voltou a passar mal, desmaiou e bateu a testa. Durante o dia chegou a circular boato de que o goleiro teria tentado o suicídio. O advogado Lúcio Adolfo da Silva, que defende o preso, negou a informação e disse que o cliente sentiu "apenas um leve mal estar" e sofreu um "pequeno corte" com a queda. Mas a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) confirmou que o goleiro ingeriu dois comprimidos dos antidepressivos clonazepan e diazepan, sem que tenha sido indicado para este tipo de tratamento.

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Depois de quase um mês, nesta quinta, Bruno também voltou a ter direito a visitas e banho de sol, benefícios que estavam suspensos por ele ter se envolvido em um desentendimento com outros detentos e um agente penitenciário. Ele também teve cortado o direito de trabalhar e ainda não há previsão de quando o benefício será restituído ao detento.

O julgamento do grupo farmacêutico Servier, que produzia o medicamento Mediator, considerado responsável pela morte de pelo menos 1.300 pessoas em 33 anos de venda na França, começou nesta terça-feira (21), em Paris.

O principal acusado, Jacques Servier, de 91 anos, presidente do grupo farmacêutico, sentou-se no banco dos réus sem das declarações à imprensa. O remédio era prescrito para diabéticos com sobrepeso, mas também usado para perda de peso e foi comercializado até 2009.

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Quase 700 vítimas recorreram ao tribunal de Nanterre, subúrbio de Paris, por reparação por "fraude agravada", sem esperar as conclusões das investigações. Trata-se de um processo mais rápido, que implica a apresentação de provas pelas vítimas, sem que tenham acesso à investigação.

As partes civis acusam Jacques Servier de tê-las enganado "deliberadamente" sobre a composição do Mediator, omitindo o caráter "anorexígeno" (causa da anorexia) do princípio ativo do medicamento, o benfluorex. O Mediador, presente em 140 países, foi vendido na França entre 1975 e 2009.

A composição do Mediador é semelhante a de outro produto do laboratório Servier, também destinado a reduzir o apetite, chamado Isoméride e que foi retirado de venda em 1997, tal como nos Estados Unidos.

Jacques Servier é julgado com Alain Le Ridant, farmacêutico responsável do grupo, assim como três outros funcionários da Biopharma, uma das filiais do laboratório. Se forem considerados culpados, os réus podem receber uma pena de quatro anos de prisão e uma multa de 75.000 euros.

Segundo especialistas, a retirada de venda do Mediator "poderia ter sido decidida em 1999". O Mediator foi suspenso em novembro de 2009 e retirado definitivamente de circulação em julho de 2010.

O Sistema Único de Saúde vai passar a ofertar o Fator VIII recombinante a pacientes com hemofilia dentro de seis meses. A expectativa é a de que 10 mil pacientes recebam o produto, usado para controle de sangramento.

O produto passará a ser produzido no País, por meio de uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) firmada em outubro de 2012 com a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás). A expectativa é de que o Ministério da Saúde passe a adquirir o medicamento a preço quatro vezes menor do que o valor médio pago para atender a demandas judiciais.

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Atualmente, 97% dos pacientes do SUS são tratados com o fator VIII obtido a partir do plasma humano. Os 3% restantes são pacientes que recebem o fator recombinante por meio de ações judiciais. De acordo com o ministério, o fator VIII recombinante tem a mesma eficácia que o do fator plasmático, com a vantagem de que a produção não depende da doações de sangue.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária determinou nesta quarta-feira (19) a apreensão de um lote falsificado do medicamento Cialis, indicado para o tratamento de disfunção erétil. A medida foi publicada no Diário Oficial da União.

A Anvisa esclarece em comunicado na sua página na internet "que todas as unidades do produto Cialis 20mg, lote 2605, blister com dois comprimidos, que apresentam a inscrição validade 03-08-2015, serão apreendidas e inutilizadas".

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De acordo com a agência, uma análise química da Polícia Federal sinalizou a presença da substância Sidenafila ao invés de Tadalafila, que é o princípio ativo do produto Cialis original.

Ainda segundo a Anvisa, o laboratório Eli Lilly do Brasil, fabricante do Cialis, informou que o lote de medicamentos falsificados não consta nos seus registros e não foi vendido no Brasil pela empresa.

O Brasil passa a produzir um medicamento para o tratamento contra o câncer pela primeira vez. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou na manhã desta quarta-feira (19) o recebimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) do primeiro lote nacional do Mesilato de Imatinibe, indicado para o tratamento de leucemia mieloide crônica e de estroma gastrointestinal (tumor maligno no intestino).

A produção será feita pelos laboratórios públicos Instituto de Tecnologia em Fármacos/Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e Instituto Vital Brazil (da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro), em parceria com cinco empresas privadas. "O Brasil só tem condições de produzir um medicamento como esse e atrair o investimento de empresas nacionais porque somos um dos únicos países com mais de 100 milhões de habitantes a buscar atendimento universal e gratuito para todos", disse Padilha.

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O acordo prevê a transferência de tecnologia para fabricação e distribuição do medicamento pelos próximos cinco anos. Para este período, o Ministério da Saúde estima que a iniciativa gerará uma economia de R$ 337 milhões ao SUS. A medida beneficiará cerca de 8 mil pessoas. A previsão é de que em 2013 sejam entregues ao SUS cerca de 4 milhões de comprimidos do medicamento.

Cinco novos medicamentos para o tratamento de pessoas portadoras de artrite reumatóide serão distribuídos pelo Sistema Único da Saúde (SUS). São eles: abatacepte, certolizumabe pegol, golimumabe, tocilizumabe e rituximabe. 

Os portadores da doença terão acesso a todos os medicamentos biológicos para a artrite disponíveis no mercado e registrados na Agência Nacional de Saúde (Anvisa). A incorporação dos remédios amplia a oferta de tratamento para os pacientes que não respondem aos medicamentos convencionais ou que apresentam intolerância às demais terapias. 

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Atualmente, o SUS disponibiliza 10 medicamentos para o tratamento da doença, em 15 diferentes apresentações. Destes, três são biológicos, adalimumabe, etanercepte, infliximabe, e atendem cerca de 30 mil pessoas. Os medicamentos diminuem a atividade da doença, previnem a ocorrência de danos irreversíveis nas articulações, aliviam as dores e melhoram a qualidade de vida do paciente.

Atualmente, o Ministério da Saúde gasta, em média, R$ 25 mil por ano com cada paciente que utiliza medicamentos biológicos. Com esta inclusão, e a partir das negociações com os laboratórios envolvidos, o custo do tratamento por paciente pode cair para, até, R$ 13 mil por ano. Apenas em 2011, o Ministério da Saúde investiu R$ 1 bilhão na compra de medicamentos biológicos para a doença. 

Medicamentos – De 2010 até o momento, o número de medicamentos ofertados pelo SUS, cresceu 47%, saltando de 550 para 810, conforme itens contidos na Relação Nacional de Medicamentos (Rename). A relação é atualizada a cada dois anos e inclui medicamentos da atenção básica, para doenças raras e complexas, insumos e vacinas. O SUS tem o prazo de até 180 dias, a partir da publicação da portaria, para efetivar a ofertar dos medicamentos.

Com informações da assessoria

O Ministério da Saúde vai ampliar a recomendação do uso de antirretrovirais para pessoas com HIV no País. A prescrição do remédio começará a ser feita em estágios menos avançados da doença. Além disso, soropositivos com parceiros sem HIV poderão começar a tomar o remédio em qualquer estágio, independentemente da contagem de células de defesa no organismo (CD4).

A estratégia para casais sorodiscordantes - quando somente um dos parceiros é portador do vírus - já vinha sendo adotada informalmente por um número pequeno de médicos. Agora, ela é recomendada de forma expressa no documento, preparado na semana passada por especialistas.

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Pelo novo protocolo, pacientes com HIV com exame de CD4 igual ou inferior a 500 passarão a ter indicação para uso de remédios. A mudança deverá ampliar em 35 mil o número de pessoas no País usando antirretrovirais. Hoje, são 217 mil em tratamento.

Desde 2008, o País vem antecipando a indicação do uso de antiaids. Naquela época, o remédio era indicado quando a contagem de células CD4 era igual ou inferior a 200. "A mudança foi tomada após estudos mostrarem a queda do risco de transmissão quando o paciente inicia precocemente o uso de antirretrovirais", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. De acordo com ele, o Brasil será o terceiro país com distribuição gratuita de remédios a adotar essa estratégia. No momento, Argentina e Bolívia seguem protocolo semelhante.

Padilha não acredita que haverá abusos na indicação. "Os médicos saberão o momento certo de indicar. Antirretrovirais trazem efeitos colaterais." Ele enfatizou ainda que o uso do preservativo deve ser mantido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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