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A Secretaria de Administração do Estado (SAD) e a Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope) anunciaram a realização de um concurso público que oferta 92 vagas para profissionais de níveis médio, técnico e superior.

As oportunidades são para as funções de hemo-médico, hemo-técnico-científico e hemo-assistente. O certame oferta oportunidades para funções como médico clínico, médico hematologista pediatra, enfermeiro, advogado, laboratorista, fisioterapeuta, psicólogo, técnico em enfermagem, entre outros. A remuneração varia de R$ 1.878,42 a R$ 11.852,26.

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Os candidatos podem se inscrever no site da banca examinadora do concurso, durante o período de 29 de setembro a 9 de novembro. O valor da taxa de inscrição vai até R$ 70,00.

O processo seletivo será realizado por meio de prova objetiva para todos os cargos, com acréscimo de uma prova de títulos para hemo-médico e hemo-técnico. A prova  objetiva  será aplicada nas cidades de Recife, Arcoverde, Caruaru, Garanhuns, Serra Talhada, Salgueiro, Ouricuri e Petrolina, na data prevista de 11 de dezembro.

O intercâmbio proporciona conhecimento de novos lugares, culturas e a interação com pessoas de diversas vivências. Mas, além disso, ele possibilita a ampliação dos estudos, levando alunos de vários cursos a expandir seus horizontes na busca pelo aprendizado fora de sua instituição de ensino.

Priscila Lisboa, formada em Medicina pela Faculdade de Medicina e Enfermagem de Marília (Famema), em São Paulo, decidiu fazer sua residência nos Estados Unidos após concluir sua graduação, em 2014. Ela conta que já participava de estágios no país, mas iniciou sua especialização no Brasil, e somente após um ano, escolheu mudar para os EUA. A estudante está em seu último ano de residência em pediatria, no Harlem Hospital Center, afiliado à Columbia University.

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Reprodução/Instagram

Nos Estados Unidos, a residência é um requisito para o exercício da profissão de médico, e por isso é indispensável para quem deseja atuar no país. Em entrevista com o LeiaJá, Priscila descreveu sua experiência e explicou o passo a passo para fazer residência. Confira: 

O que é necessário para fazer residência nos EUA? 

A princípio, o estudante deve checar se sua faculdade tem o Sponsor note necessário para fazer as provas para a residência americana, através do site da World directory of medical school. A partir de 2024 haverá uma mudança: a faculdade deverá ser acreditada pelo Sistema de Acreditação de Escolas Médicas (SAEME-CFM). 

Segundo Priscila, os estágios são relevantes para a candidatura, pois através deles os estudantes recebem cartas de recomendação de médicos com quem trabalhou. Embora tenha realizado estágios durante o curso, decidiu fazer outros no período em que trabalhava para juntar dinheiro e fazer a residência estrangeira, devido a importância de possuir cartas recentes.  

Além disso, ter domínio do inglês também é indispensável. A médica relata que já falava bem o idioma, mas aperfeiçoou com o dia a dia. No entanto, ela lembra que todas as avaliações são aplicadas em inglês.  

Como funciona o processo seletivo? 

Após verificar se a faculdade é credenciada, os próximos passos são: efetuar o cadastro no website da Educational Commission for Foreign Medical Graduates (ECFMG), enviar os documentos da instituição, pagar a taxa e receber a aprovação para realizar as provas. 

Step 1 – Esta etapa é composta por 280 perguntas divididas em 7 blocos, que avaliam os conhecimentos básicos em ciências. No total, a prova tem duração de 8 horas.  

Step CK – Testa a compreensão de assuntos específicos sobre cliclo clínico, com conteúdo sobre obstetrícia, ginecologia, psiquiatria, pediatria, cirurgia e clínica médica. 

 Occupational English Test (OET) – Teste de proeficiência em inglês, que atualmente substitui o Step 2CS, exame prático aplicado nos EUA. 

Com a conclusão, o candidato deve solicitar a o certificado final e submeter no programa de residência escolhido por meio do site My Eras, junto ao personal statement, cartas de recomendação e demais documentos.  

E o custo? 

Os estudantes recebem uma bolsa durante a residência, cujo valor varia de acordo com cada local. Em sua rede social, Priscila relata que um residente em Nova York recebe um valor líquido aproximado de 4.000 a 4.500 dólares por mês.  

Priscila ainda aconselha a estudar para os exames durante a graduação; investir em estágios nos Estados Unidos por volta do 5º ou 6º ano de graduação; e participar de pesquisas, que são muito valorizadas pelos estadunidenses.

Nesta quinta-feira (18), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou o edital que determina as diretrizes para a realização da segunda etapa do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) 2022.2.

As inscrições para a segunda fase do exame ficarão abertas entre os dias 10 e 14 de outubro, enquanto as provas que correspondem a avaliação das habilidades clínicas dos médicos deverão ser aplicadas nos dias 3 e 4 de dezembro. As cidades de realização das provas, bem como a quantidade de vagas, serão anunciadas por meio do Sistema Revalida.

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Os interessados poderão escolher o local da prova, assim como solicitar atendimento especializado e/ou tratamento por nome social, durante o ato da inscrição. Para ter seu pedido aceito, será preciso enviar a documentação comprobatória ao sistema. 

Para participar da segunda fase, o participante precisa ter sido aprovado na primeira etapa do Revalida 2022.2. O Inep, informa que os candidatos que foram aprovados na primeira fase e reprovados na segunda do Revalida 2021 ou Revalida 2022.1, também poderão participar do processo seletivo.

A prova

Na segunda etapa do exame, os médicos precisarão realizar dez estações ao longo dos dois dias de avaliação, que serão compostas por tarefas específicas no formato de situações-problema e apresentação de casos das cinco grandes áreas da medicina: Clínica Médica; Cirurgia Geral; Pediatria; Ginecologia e Obstetrícia; Medicina da Família e Comunidade (Saúde Coletiva).

Os estudantes que pretendem utilizar o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para financiamento do curso de medicina terão um novo teto, que passou a ser de R$ 52.805,66, um aumento de 22,8%. O teto do financiamento dos demais cursos permanece no valor de R$ 42.983,70.

 Os novos valores aplicam-se também aos aditamentos de renovação semestral contratados a partir do 2º semestre de 2022, referentes aos contratos de financiamento que se encontrem na fase de utilização.

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Os alunos de medicina que desejam participar do processo seletivo do Fies do 2º semestre de 2022 devem ficar atentos, pois o período para aditamento do contrato é até o próximo dia 31 de agosto.

Para pleitear o financiamento, o estudante deverá participar do processo seletivo do Fies, por meio do portal Acesso Único. Os candidatos deverão ainda ter participado do Enem, a partir da edição de 2010, ter obtido média mínima de 450 pontos e nota superior a zero na redação.

Por Joice Silva

Você provavelmente já se viu nessa situação. Largado no sofá, após um longo e cansativo dia de trabalho, no qual teve de "pensar demais". Não quer se concentrar em mais nada, namora o aplicativo de delivery ou navega sem rumo pelas redes sociais. Mas por quê? Em estudo publicado na revista científica Current Biology, pesquisadores franceses sugerem que isso está relacionado "à necessidade de reciclagem de substâncias potencialmente tóxicas acumuladas durante o exercício do controle cognitivo". A substância em questão se trata do glutamato, principal neurotransmissor excitativo do cérebro, que desempenha papel importante em aprendizado e memória.

Conforme a pesquisa, a substância se acumula em "condições estressantes" ou "com demandas crescentes de tarefas". "O problema com concentrações muito altas de glutamato extracelular (fora da célula) não é apenas a ruptura do equilíbrio excitação/inibição, mas também a indução de bursts (explosões) de ativação, que podem prejudicar a transmissão de informações e causar excitotoxicidade (que pode causar morte ou lesão neural) nos casos mais graves", escrevem.

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Para a revista científica Science, o autor principal do estudo, Antonius Weihler, psiquiatra do GHU Paris Psychiatry and Neurosciences, falou que a ciência ainda está longe de poder dizer que "trabalhar duro mentalmente causa um acúmulo tóxico de glutamato no cérebro". À outra publicação científica, a Nature, ele explicou que quer usar os resultados para aprender como se recuperar da exaustão mental. "O sono ajuda? De quanto tempo as pausas precisam ser para ter um efeito positivo?"

Fadiga

Para testar essa hipótese metabólica da fadiga cognitiva, os cientistas analisaram 40 pessoas divididas em dois grupos, executando tarefas cognitivas por cerca de seis horas. Parte fazia atividades mais complexas e os outros, tarefas consideradas mais simples.

Após blocos de atividades, os participantes tinham de fazer quatro escolhas econômicas, associadas a recompensas monetárias. Elas serviram para análise da fadiga. Isso porque os maiores valores eram associados a demandas de alto esforço - pensar ou se exercitar fisicamente, por exemplo - e a um maior tempo para recebê-la - atraso no recebimento.

Enquanto se faziam essas escolhas, os cientistas analisavam os níveis de glutamato no córtex pré-frontal lateral, por meio de ressonância magnética. A região cerebral está envolvida na tomada de decisões e na regulação emocional - é uma das últimas do cérebro a se desenvolver e tem maturação importante na adolescência. E também faziam um rastreamento ocular para observar a dilatação da pupila, que, segundo eles, já "foi validada como um índice de esforço cognitivo".

Os pesquisadores descobriram que o grupo que fez tarefas mais complexas apresentava "alto nível" de glutamato no córtex pré-frontal lateral, e uma redução de dilatação da pupila na hora de fazer as escolhas econômicas. Ao contrário daqueles que fizeram atividades mais simples, que preferiram opções imediatas de recompensa que envolviam menos esforço, mesmo que, no longo prazo, representassem ganho menor. Segundo eles, os resultados replicam e estendem pesquisas que mostraram que exercer "intenso controle cognitivo", em trabalho intelectual ou esporte de resistência, induz uma forma de fadiga cognitiva que "se manifesta como uma maior preferência por opções imediatas".

Limitações

Mas o estudo apresenta limitações. "Nossos resultados são apenas correlacionais e não podem ser tomados como prova de que o que limita o esforço do controle cognitivo é a necessidade de prevenir o acúmulo de glutamato", advertem. Além disso, há limitações técnicas: os scanners usados não são capazes de quantificar a presença de outras substâncias.

A Universidade de Pernambuco (UPE), em parceria com a Secretaria da Administração de Pernambuco (SEAD), anunciou a abertura de dois processos seletivos simplificados, que oferecem 35 vagas temporárias para profissionais de nível técnico e superior. As oportunidades são para os cargos de Auxiliar de Necropsia, para atuação no Instituto de Ciências Biológicas da UPE; e Médico Diarista ou Plantonista, para atuar no Complexo Hospitalar da instituição. 

 As especialidades médicas exigidas são: Cirurgião Geral; Cirurgião Pediátrico, Cirurgião Plástico; Cirurgião Vascular; Clínico; Infectologista Adulto; Intensivista Pediátrico; Médico do Trabalho; Neonatologista; Neurologista Adulto; Neurologista Pediátrico; Oftalmologista Pediátrico; Pediatra Plantonista; Pediatra Diarista; Radiologista (TC/RNM); Ultrassonografista; Urologista e Urologinecologista.  

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Para o cargo de Auxiliar de Necropsia, será oferecida uma remuneração de R$ 1.212,00 para uma jornada de 40 horas semanais. Já para os Médicos, os salários são de R$ 6.050,33 para diaristas, e R$ 9.886,16 para plantonistas, com carga horária de 20 e 24 horas semanais, respectivamente.  

A seleção realizada por meio de uma única etapa, de caráter classificatório e eliminatório, que consiste em uma avaliação curricular. 

As inscrições podem ser feitas através do site da UPE, até o dia 06 de novembro. A taxa de inscrição é de R$ 50,00 para Auxiliar de Necropsia, e R$ 80,00 para Médico. Ainda há possibilidade de isenção para o candidato que participe do Cadastro Único para Programas Social (CadÚnico) e for membro de família de baixa renda; seja doador de sangue; seja doador de medula óssea; seja doador de livros ao “Banco do Livro” do estado de Pernambuco; seja concluinte de ensino médio ou técnico em instituição pública de ensino há menos de três anos ou seja pessoa com deficiência.

Médicos residentes podem solicitar a carência estendida do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O benefício garante a suspensão do pagamento das parcelas mensais de amortização, durante o período do curso de residência médica em áreas definidas como prioritárias pelo Ministério da Saúde.

De acordo com a portaria que regulamenta a carência estendida, podem requerer a iniciativa médicos credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica, com matrícula ativa no Programa de Residência Médica e instituição a que está vinculado. Além disso, deve-se cursar alguma das 19 especialidades indicadas como prioritárias (anestesiologista, neurocirurgia, clínica médica, ortopedia e traumatologia, entre outras).

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Como solicitar o serviço?

O acesso é realizado por meio do sistema FIESmed, na aba "Abatimento/Carência Estendida". No processo, será necessário fornecer dados pessoais e só será aceito o CPF do residente apto ao benefício. Após isso, o inscrito receberá um e-mail de confirmação do cadastro na plataforma.

Com a confirmação do cadastro, o médico deve acessar novamente o FIESmed, desta vez, com o login e senha cadastrados e realizar a solicitação da carência estendida. Depois de análise, o Ministério da Saúde fará a comunicação com FNDE e, em seguida, haverá comunicação com Caixa Econômica ou Banco do Brasil.

Nesta quinta-feira (28), o Ministério da Saúde (MS), por meio da Secretaria de Atenção Primária de Saúde (SAPS), publicou o edital de abertura, no Diário Oficial da União (DOU), para a convocação de Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), com objetivo de renovar a adesão ao Projeto Mais Médicos para o Brasil (PMMB), além de realizar o chamamento de profissionais graduados em medicina em instituições do País e do exterior.

As inscrições devem ser realizadas no site do Mais Médicos. De acordo com as informações, os profissionais receberão uma bolsa formação de R$ 11.865,60, que será concedida por três meses, com possibilidade de prorrogação por igual período caso o participante mantenha os requisitos do programa.

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Podem participar do programa médicos formados em instituições de educação superior brasileiras ou com diploma revalidado no Brasil; médicos formados em instituições estrangeiras com habilitação para exercício da medicina no país em que atuam e formados em instituições estrangeiras com habilitação para exercício da medicina no país em que atuam.

Além disso, será preciso apresentar certificado de conclusão de ensino superior em medicina; ter habilitação na área mediante registro do Conselho Regional de Medicina (CRM); Não ser participante do Programa de Residência Médica; Não prestar serviço militar; Não ter vínculo com atividade em carga horária com a atividade; entre outras exigências dispostas no edital.

Após a candidatura, será realizada uma etapa de indicação do local de atuação ou escolha de vagas, na qual haverá uma primeira fase em que as oportunidades serão destinadas prioritariamente aos candidatos que possuem diploma expedido no Brasil. Em caso de vagas remanescentes, haverá a distribuição das vagas para os que possuem diploma expedido no exterior e revalidado no País.

Em seguida à indicação do local, será realizado o processo de seleção das vagas, baseado na avaliação de títulos, que levará em consideração os seguintes critérios:  especialidade médica do candidato, pós graduação e residência médica. As datas da seleção serão publicadas na página de Cronograma do site Mais Médicos.

A análise curricular é uma das etapas que constituem o processo seletivo para residência médica. Ela equivale a 10% da nota final, se tornando, muitas vezes, o diferencial dos candidatos na avaliação.

Para a Professora e médica Iana Sales, coordenadora nacional de medicina do Grupo Ser Educacional, o estudante que investe em seu currículo ao longo da graduação tem mais chance de conseguir uma vaga na seleção.

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“Costumo dizer aos estudantes que nunca é cedo para começar a pensar sobre isso e incentivo que, logo no início do curso, participem de atividades extracurriculares para tornar o seu currículo competitivo”, declara. 

Sales lista algumas atividades importantes que podem ser realizadas, como as monitorias, que de acordo com a professora, é onde os estudantes são estimulados a conhecer as atividades relacionadas a área acadêmica. E que enriquecem a sua formação, proporcionando uma experiência interessante para o currículo acadêmico e profissional.

Segundo a docente, as atividades científicas são outras possibilidades interessantes para aqueles que desejam ter prática com pesquisas, e uma delas, a iniciação científica, oportuniza aos estudantes um contato mais próximo com elementos básicos da ciência.

“Atividades como a elaboração do projeto de pesquisa até a publicação de resultados são experiências que favorecem o desenvolvimento de senso crítico, raciocino clínico e tomada de decisão. Além disso, outras habilidades que certamente tornam o profissional mais qualificados. Como bônus, o estudante é certificado e poderá pontuar na análise curricular do processo de residência médica”, ressalta Iana.

Ela ainda destaca a participação em projetos de extensão, que proporcionam aprendizagens significativas e beneficiam diretamente a comunidade, que tem acesso à serviços de assistência e educação. 

Iana também relembra outros projetos acadêmicos que também podem ser realizados para agregar ao currículo, como a participação em congressos, publicações científicas e ligas acadêmicas.

Ser aprovado em medicina é o sonho de muitos estudantes, mas para alcançar o objetivo é necessário esforço e organização na hora dos estudos. O curso é um dos mais disputados dos vestibulares e das seleções que usam a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).  

Um dos motivos pelo qual o curso é tão disputado são os benefícios que ele traz. Independente da situação econômica do país, a demanda para médicos é alta, desta forma, a taxa de desemprego é uma das menores do Brasil. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a empregabilidade da área chega a 97%.  

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Por isso, para conquistar uma vaga em uma graduação de medicina, é preciso seguida alguns passos que podem ser de fundamental importância para a provação. O Vai Cair No Enem listou alguns deles. Confira.  

Disciplina

O foco do aluno em se dedicar aos estudos é o ponto inicial para se desenvolver de forma positiva nos estudos. Pelo menos uma vez por semana falamos “amanhã eu faço” ou “melhor deixar isso para depois”, é uma atitude natural, mas é interessante perceber se essa atitude é sempre recorrente, especialmente quando é para realizar tarefas que não gostamos ou não estamos acostumados a fazer.  

“Uma das melhores formas de conseguir destaque na prova é ter disciplina, mas esta não pode vir dissociada de planejamento e otimização do tempo. Por isso nunca acumule a matéria e não deixe de resolver as questões das disciplinas do dia da aula assistida”, conta a professora de linguagens e redação, Tereza Albuquerque.  

Conhecer os vestibulares

O professor de matemática, Caio de Britto, dá algumas dicas sobre os passos que precisam ser dados para alcançar a tão sonhada aprovação em medicina. De acordo com o docente, o aluno precisa saber quais são os objetivos dele, sobretudo qual é a universidade que ele quer passar, quais são as formas de acesso e as notas exigidas em cada disciplina para conseguir ser aprovado.

Alguns dos mais concorridos vestibulares para medicina, como da Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Campinas (Unicamp) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), por exemplo, contaram com uma média de mais de 800 pontos no Enem.  

"Muitos alunos acabam focando bastante as energias em uma prova e deixando as outras um pouco de lado. Então tem que ser um aluno com notas boas em todas em todas as matérias e pensar com mais carinho naquelas que tiverem um peso mais alto. Se na universidade que o aluno for fazer medicina o peso para Ciências da Natureza é quatro e para matemática é dois, então Natureza vai ter que ter um foco mais especial, mas sem deixar a matemática de lado”, orienta Caio.  

Domínio dos assuntos básicos

Para o professor de química Berg Figueiredo, o candidato deve focar nos conteúdos básicos da disciplina, sendo eles fundamentais para o Enem. “O Enem avalia o candidato pelo TRI, a Teoria de Resposta ao Item. Não adianta você acertar as questões difíceis se você erra as questões fáceis. O TRI diminui sua nota, e como medicina é um dos cursos mais concorridos, onde têm as maiores notas, você tem que tomar muito cuidado para não cair no TRI e montar uma boa estratégia em cima disso é fundamental”, destaca Berg.  

Já para André Luiz, professor de biologia, é necessário o estudo de conteúdo específicos, como ecologia, citologia, bioquímica, fisiologia, programa de saúde, além de genética e biotecnologia. Segundo o docente, dominar os conceitos básicos das disciplinas é essencial para acertar uma boa quantidade de questões e se preparar para aprender assuntos mais difíceis.    

Monte um cronograma de estudos

Ter a capacidade de organização é fundamental para que o estudante consiga buscar uma boa nota nas provas como ter um tempo estudar assuntos mais importantes e recorrentes, adotar o hábito de escrever resumos, além de ter um tempo de descanso e lazer.  

Também é importante variar os conteúdos, por exemplo, se por dois dias seguidos você estudou biologia e química, tirar outros dias para se dedicar a Linguagens, afinal, redação é um peso grande independente de qual curso você esteja buscando aprovação.    

Kalyne Soares é vestibulanda de medicina e destaca a importância de um cronograma de estudo para quem deseja se destacar nos vestibulares. “Todo domingo eu organizo os conteúdos que vou estudar durante a semana. Minha rotina, no geral, é bem fixa, o que varia semanalmente são os conteúdos que vou estudar. Por exemplo, de segunda a quarta eu estudo física, história e química e de quinta a sábado eu estudo matemática, linguagens e biologia. Essa é a parte fixa da minha rotina. No domingo, eu sento e organizo como vai ser a correção dos simulados e quais conteúdos preciso dar mais atenção. Anoto tudo e tento deixar o mais real possível. Porque não adianta nada fazer um planejamento incrível, com trilhões de tarefas, com horários super rigorosos, se você não vai fazer aquilo. Eu tento ser o mais real possível em relação a isso”, explica Kalyne.  

Priorizar todas as disciplinas

“O aluno de medicina precisa entender que a realidade do Enem é “horizontal”, então é preciso ter um domínio das matérias de natureza e uma boa redação, mas sabemos que é um diferencial os estudantes terem boas médias de maneira global”, explica Pedro Botelho, professor de história.  

É fundamental entender a importância de todas as matérias para uma aprovação no Enem e vestibulares. Focar apenas em matérias de peso de medicina pode ser um problema, afinal para alcançar um bom desempenho é necessário ter notas altas em todas as matérias.   

Para o professor de física, João Antônio, alguns alunos podem comprometer o seu desenvolvimento nas provas de vestibular por deixar de lado matérias que não são de peso para o curso de medicina.  “Os estudantes que estão no primeiro e segundo ano de cursinho deixam algumas disciplinas de lado e dão prioridade a outras e isso pode ocasionar em uma não aprovação. O aluno deve criar uma rotina de estudo de física bem estrutura, no mínimo duas vezes por semana, a teoria e resolvendo questões”, finaliza o docente. 

Método de estudo

De acordo com as orientações de professores e de estudantes que mantém uma preparação cuidadosa, o estudo pode ser dividido em duas etapas, sendo elas a teoria e os exercícios.  A parte teórica é importante para que o aluno entenda o conceito do assunto, é com esta etapa que nos situa sobre o objeto de estudo.  Além de ser muito importante fazer e corrigir os simulados, e provas antigas, para conhecer o estilo das questões e não ser pego de surpresa. 

Vale ressaltar que, cada aluno aprende de uma forma diferente e não existe um método que funcione com todos. É necessário entender quais métodos se encaixam melhor na sua rotina.

Cuidar do psicológico

Além de todos os passos citados é importante que o vestibulando saiba controlar suas emoções e tenha uma boa saúde psicológica. Os estudos e muitas vezes uma pressão faz com que surjam sintomas de ansiedade, o que pode atrapalhar o desempenho nas provas. 

“Existe uma convenção social no aluno de medicina, onde existe uma cobrança muito mais expressiva e isso pode gerar situações de estresse e ansiedade. O estudante deve, acima de tudo, manter o psicológico dele favorável”, explica o professor de geografia e psicológico clínico, Dino Rangel.  

Ainda segundo o professor, Pedro Botelho, primeiramente deve haver uma preparação física e mental, antes mesmo da parte disciplinar. "Os alunos devem ter essa consciência de controle emocional, um controle dos horários de estudo e de sono”, finaliza Pedro.

Ser aprovado em medicina é o sonho de muitos estudantes, mas para alcançar o objetivo é necessário esforço e organização na hora dos estudos. O curso é um dos mais disputados dos vestibulares e das seleções que usam a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).  

Um dos motivos pelo qual o curso é tão disputado são os benefícios que ele traz. Independente da situação econômica do país, a demanda para médicos é alta, desta forma, a taxa de desemprego é uma das menores do Brasil. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a empregabilidade da área chega a 97%.  

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Por isso, para conquistar uma vaga em uma graduação de medicina, é preciso seguida alguns passos que podem ser de fundamental importância para a provação. O LeiaJá listou alguns deles. Confira abaixo:  

Disciplina

O foco do aluno em se dedicar aos estudos é o ponto inicial para se desenvolver de forma positiva nos estudos. Pelo menos uma vez por semana falamos “amanhã eu faço” ou “melhor deixar isso para depois”, é uma atitude natural, mas é interessante perceber se essa atitude é sempre recorrente, especialmente quando é para realizar tarefas que não gostamos ou não estamos acostumados a fazer.  

“Uma das melhores formas de conseguir destaque na prova é ter disciplina, mas esta não pode vir dissociada de planejamento e otimização do tempo. Por isso nunca acumule a matéria e não deixe de resolver as questões das disciplinas do dia da aula assistida”, conta a professora de linguagens e redação, Tereza Albuquerque.  

Conhecer os vestibulares

O professor de matemática Caio de Britto dá algumas dicas de qual os primeiros passos para alcançar a tão sonhada aprovação em medicina. “O aluno precisa saber quais são os objetivos dele. Qual é a universidade que ele quer passar, quais são as formas de acesso, se for pelo Enem, pelo Sisu, pelo Prouni como funciona. Sendo pelo Sisu, quais são os pesos de cada uma das provas, porque muitos alunos acabam focando bastante as energias em uma prova e deixando as outras um pouco de lado, então tem que ser um aluno com notas boas em todas em todas as matérias e pensar com mais carinho naquelas que tiverem um peso mais alto”, explica.  

Alguns dos mais concorridos vestibulares para medicina, como da Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Campinas (Unicamp) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), contaram com uma média de mais de 800 pontos no Enem.  

“Se na universidade que o aluno for fazer medicina o peso para Ciências da Natureza é quatro e para matemática é dois, então Natureza vai ter que ter um foco mais especial, mas sem deixar a matemática de lado”, destaca Caio.  

Domínio dos assuntos básicos

Segundo o professor de química Berg Figueiredo, o candidato deve focar nos conteúdos básicos da disciplina, sendo eles fundamentais para o Enem. “O Enem avalia o candidato pelo TRI, a Teoria de Resposta ao Item. Não adianta você acertar as questões difíceis se você erra as questões fáceis, o TRI diminui sua nota, e como medicina é um dos cursos mais concorridos, onde têm as maiores notas, você tem que tomar muito cuidado para não cair no TRI e montar uma boa estratégia em cima disso é fundamental”, destaca Berg.  

Para André Luiz, professor de biologia, é necessário o estudo de conteúdo específicos, como ecologia, citologia, bioquímica, fisiologia, programa de saúde, além de genética e biotecnologia.    

Dominar os conceitos básicos das disciplinas é essencial para acertar uma boa quantidade de questões e se preparar para aprender assuntos mais difíceis.    

Monte um cronograma de estudos

Ter a capacidade de organização é fundamental para que o estudante consiga buscar uma boa nota nas provas, como, por exemplo, ter um tempo estudar assuntos mais importantes e recorrentes, adotar o hábito de escrever resumos, além de ter um tempo de descanso e lazer.  

Também é importante variar os conteúdos, por exemplo, se por dois dias seguidos você estudou biologia e química, tirar outros dias para se dedicar a Linguagens, afinal, redação é um peso grande independente de qual curso você esteja buscando aprovação.    

Kalyne Soares é vestibulanda de medicina e destaca a importância de um cronograma de estudo para o estudante que deseja se destacar nos vestibulares. “Todo domingo eu organizo os conteúdos que vou estudar durante a semana. Minha rotina, no geral, é bem fixa, o que varia semanalmente são os conteúdos que vou estudar. Por exemplo, de segunda a quarta eu estudo física, história e química e de quinta a sábado eu estudo matemática, linguagens e biologia. Essa é a parte fixa da minha rotina. No domingo, eu sento e organizo como vai ser a correção dos simulados e quais conteúdos preciso dar mais atenção. Anoto tudo e tento deixar o mais real possível. Porque não adianta nada fazer um planejamento incrível, com trilhões de tarefas, com horários super rigorosos, se você não vai fazer aquilo. Eu tento ser o mais real possível em relação a isso”, explica Kalyne.  

Priorizar todas as disciplinas

“O aluno de medicina precisa entender que a realidade do Enem é “horizontal”, então é preciso ter um domínio das matérias de natureza e uma boa redação, mas sabemos que é um diferencial os estudantes ter boas médias de maneira global”, explica Pedro Botelho, professor de história.  

É fundamental entender a importância de todas as matérias para uma aprovação no Enem e vestibulares. Focar apenas em matérias de peso de medicina pode ser um problema, afinal para alcançar um bom desempenho é necessário ter notas altas em todas as matérias.   

“Os estudantes que estão no primeiro e segundo ano de cursinho deixam algumas disciplinas de lado e dão prioridade a outras e isso pode ocasionar em uma não aprovação”, destaca o professor de física, João Antônio.  

Para João Antônio alguns alunos podem comprometer o seu desenvolvimento nas provas de vestibular por deixar de lado matérias que não são de peso para o curso de medicina.  “O aluno deve criar uma rotina de estudo de física bem estrutura, no mínimo duas vezes por semana, a teoria e resolvendo questões”, finaliza.   

Método de estudo

Segundo o professor de biologia, André Luiz, o estudo ode ser dividido em duas etapas, sendo elas a teoria e os exercícios.  A parte teórica é importante para que o aluno entenda o conceito do assunto, é com esta etapa que nos situa sobre o objeto de estudo.   

A vestibulanda Kalyne explica a importância de corrigir os simulados, especialmente provas antigas. Na sua rotina de estudo a correção de simulados não fica de lado, especialmente a resolução de provas antigas que são essenciais para entender como funciona as provas.   

Vale ressaltar que cada aluno aprende de uma forma diferente e não existe um método que funcione com todos. É necessário entender quais métodos se encaixam melhor na sua rotina, como os método Pomodoro, Teste Prático, Método Robson, Estudo Intercalado, dentre outros. 

Cuidar do psicológico

Além de todos os passos citados é importante que o vestibulando saiba controlar suas emoções e tenha uma boa saúde psicológica. Os estudos e muitas vezes uma pressão faz com que estudantes sintam sintomas de ansiedade, o que pode atrapalhar o desempenho nas provas. 

“Existe uma convenção social no aluno de medicina, onde existe uma cobrança muito mais expressiva e isso pode gerar situações de estresse e ansiedade. O estudante deve, acima de tudo, manter o psicológico dele favorável”, explica o professor de geografia e psicólogo clínico, Dino Rangel.  

O professor, Pedro Botelho, explica que para estudantes de medicina, o rendimento no estudo deve ser alto. “Primeiramente deve haver uma preparação física e mental, antes mesmo da parte disciplinar. Os alunos devem ter essa consciência de controle emocional, um controle dos horários de estudo e de sono”, destaca.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou o edital do Revalida 2022/2 que terá as inscrições abertas no período de 21 a 27 de junho, por meio do Sistema Revalida. O exame tem por finalidade subsidiar a revalidação do diploma de graduação em medicina expedido no exterior, a partir de uma avaliação das competências do profissional para atendimento às necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS).

A prova será realizada no dia 7 de agosto em oitos cidades brasileiras: Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio Branco (AC), Salvador (BA) e São Paulo (SP). A avaliação será realizada por uma etapa teórica e uma prática, com a abordagem de forma interdisciplinar de cinco grandes áreas da medicina: clínica médica; cirurgia; ginecologia; obstetrícia; pediatria e medicina da família e comunidade (saúde coletiva).

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Para participar é preciso ser brasileiro ou estrangeiro em situação legal no Brasil; ter diploma reconhecido pelo Ministério de Educação (MEC) ou órgão equivalente do país de origem do documento pela autoridade consular brasileira ou pelo processo da Convenção sobre a Eliminação da Exigência de Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros.

A taxa de inscrição da primeira Etapa do Revalida 2022/2 é de R$ 410,00.

 

O Ministério da Educação (MEC) revogou uma portaria publicada neste mês e desistiu de facilitar a criação de novas vagas em cursos de Medicina ofertados no País. A decisão, que foi publicada nesta segunda-feira, 23, no Diário Oficial da União (DOU), ocorre após pressão de entidades da área, que temiam a precarização do ensino.

A medida anterior, revelada pelo Estadão na semana passada, valia para todas as escolas criadas por chamamento público, no âmbito do programa Mais Médicos. A nova norma iria possibilitar que cada instituição aumentasse a oferta de vagas em até cem alunos. Desde 2013, quando a iniciativa federal foi criada, o número de escolas no Brasil passou de 210 para 354, alta de 69%.

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Ao ser publicada, a portaria do MEC que facilitava a criação de mais vagas recebeu críticas de entidades médicas, que apontaram risco de precarizar as condições da formação dos alunos. Ontem, o Conselho Federal de Medicina (CFM) comemorou. Em nota, a entidade, que enviou ofício ao ministério, disse que a mudança "sinalizava o ápice de um processo inadequado, caracterizado pela ausência de debate sobre o tema com o CFM e demais entidades médicas, setores diretamente envolvidos com formação médica".

À época da divulgação da portaria, o CFM estimou que a nova regra possibilitaria a criação de 37 mil vagas em cursos já existentes, "milhares delas em municípios que não oferecem condições necessárias para o pleno processo de ensino e aprendizagem". A Associação Médica Brasileira (AMB) também contestou a medida.

Já os grupos ligados à educação superior, principalmente a privada, vinham reclamando de dificuldades para criar vagas na área e a necessidade de atender à demanda. Procurada, a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior não quis se posicionar.

"Estão de parabéns o movimento médico e a sensibilidade do governo brasileiro ao revogar essa portaria que criaria uma fragilidade na formação dos nossos médicos", disse nas redes sociais o deputado federal Hiran Gonçalves (PP-RR), presidente da Frente Parlamentar da Medicina. Segundo ele, houve acordo com os Ministérios da Saúde e da Educação para formar um grupo de trabalho com as entidades médicas para avaliar os cursos existentes e a criação de vagas. O MEC confirmou. "A área técnica identificou a necessidade de retomar as atividades do Grupo de Trabalho, instituído por meio da Portaria nº 328, de 5 de abril de 2018, para debater mais amplamente o tema."

RADIOGRAFIA

Dados do governo federal apontam que as 354 faculdades de Medicina oferecem hoje 35,6 mil vagas por ano. O Estado de São Paulo tem o maior número de cursos, 68, seguido de Minas (48). O estudo Radiografia das Escolas Médicas Brasileiras, concluído em 2020 pelo CFM, mostrou que 92% das instituições com vagas de Medicina não atendem pelo menos a um dos três parâmetros ideais.

Os critérios mínimos, de acordo com a entidade, são oferta de cinco leitos públicos de internação hospitalar para cada aluno no município sede do curso; acompanhamento de cada equipe da Estratégia Saúde da Família por no máximo três alunos; e presença de hospital com mais de cem leitos exclusivos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma portaria do Ministério da Educação (MEC) publicada na segunda-feira (16) liberou o pedido de novas vagas em cursos de Medicina até o limite de mais cem alunos. A medida vale para as escolas criadas por chamamento público, no âmbito do Mais Médicos. Desde 2013, quando a iniciativa foi criada, o número de escolas no Brasil passou de 210 para 354, um crescimento de 69%. De um lado, as entidades médicas apontam o risco de precarizar as condições da formação. De outro, entidades ligadas ao ensino, principalmente o privado, reclamam do engessamento do processo para criar vagas.

Em nota pública, o Conselho Federal de Medicina (CFM) pediu a imediata revogação da portaria. "Lamentavelmente, essa decisão foi tomada sem consulta ao CFM e às demais entidades médicas. Isso expressa uma opção excludente, autoritária e pouco transparente na condução de tema delicado e com consequências para a vida da população e dos profissionais", afirmou. Conforme o conselho, a portaria possibilita a criação de 37 mil vagas em cursos já existentes, "milhares delas em municípios que não oferecem condições necessárias para o pleno processo de ensino e aprendizagem".

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Conforme a Associação Médica Brasileira (AMB), o País tem 570 mil médicos distribuídos de forma inadequada, problema que a portaria do MEC não corrige. "Considerando que não temos uma carreira nacional do médico, o que facilitaria a correta distribuição dos profissionais, a AMB se posiciona contra a abertura de novas escolas médicas ou o aumento de vagas nos cursos de Medicina. A AMB entende que a prioridade neste momento é a melhoria da qualificação da graduação médica das instituições de ensino já existentes", disse.

DIVERGÊNCIA

Consultor em ensino superior, o advogado Edgar Jacobs acredita, porém, que se abre a possibilidade de melhorar a distribuição de médicos e suprir a falta deles pelo País. "Quando comparamos com outros países, o Brasil é apenas o 79.º em densidade médica (médicos por mil habitantes), e eles estão mal distribuídos. Essa medida reconhece a dinâmica da oferta de leitos e espaços de treinamento na área de saúde, na medida em que permite que cursos que obtiveram aportes menores, de 30 ou 50 vagas, possam requerer novamente a ampliação, quando o contexto da oferta de saúde mudar", disse.

Já para o professor Mario Scheffer, pesquisador e docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), é muito preocupante a decisão. "Do início do governo Bolsonaro até agora, o MEC liberou 37 novos cursos de Medicina, dos quais apenas três em universidades públicas. Foram autorizadas 4.500 vagas de graduação, 96% delas privadas, que cobram R$ 8.500 de mensalidade, em média. Com Temer (ex-presidente Michel Temer), em 2018, o MEC chegou a suspender novos editais para criação de cursos e vagas durante cinco anos. Decretou-se uma ‘moratória’ de araque, pois foram abertos cursos e vagas sem parar." Segundo ele, antes da Lei do Mais Médicos, da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2013, o Brasil formava 20 mil médicos por ano. "Hoje vai formar 40 mil por ano."

Segundo Scheffer, o atual governo seguiu abrindo muitas vagas, mas abdicou da avaliação da qualidade do ensino médico. "Não sabemos como estarão sendo formados milhares de jovens médicos que passam a atender a população imediatamente após a formatura. Também registramos que não há vagas de residência médica para boa parte dos formados em Medicina. Isso é seriíssimo, abriram a torneira da graduação sem se preocupar com a necessidade de, proporcionalmente, ampliar a oferta da formação especializada via bolsas de residência médica."

Para o diretor executivo da Associação Brasileira de Mantenedores de Ensino Superior (Abmes), Sólon Caldas, a portaria só regulamenta a de 2018 e não vai precarizar a educação médica, uma vez que todos os cursos são constantemente avaliados pelo MEC. "Está apenas trazendo uma regulamentação", ressalta.

Segundo ele, a pandemia deixou evidente a falta de profissionais sobretudo na área de saúde. "A possibilidade de abertura de vagas para formação médica é um benefício para a sociedade como um todo, que precisa de mais e melhores profissionais." A reportagem entrou em contato com o Ministério da Educação e com o Conselho Nacional de Saúde (CNS), mas não obteve resposta até as 19 horas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma Faculdade de Medicina do Japão, que que dificultava a aprovação de estudantes do sexo feminino nos exames de admissão, foi condenada nesta quinta-feira a pagar indenização a 13 mulheres por discriminação de gênero.

A Universidade Juntendo, em Tóquio, afirmou em 2018 que a iniciativa pretendia "reduzir a diferença com os estudantes do sexo masculino", porque, segundo a instituição, as estudantes do sexo feminino têm capacidades de comunicação superiores e, em consequência, uma vantagem nas entrevistas em relação aos homens.

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De acordo com um porta-voz do tribunal, a universidade terá que indenizar as 13 demandantes. A imprensa local afirma que a instituição terá que pagar no total 8 milhões de ienes (62.000 dólares).

O governo japonês abriu uma investigação há quatro anos, depois que outra instituição, a Universidade de Medicina de Tóquio, admitiu que alterou as notas das candidatas de sexo feminino, atribuindo uma pontuação menor que a correspondente, para que a proporção de alunas continuasse por volta de 30%.

De acordo com a imprensa japonesa, o comitê de seleção alegou que tomava a iniciativa por considerar que muitas mulheres que se formavam médicas abandonavam o trabalho posteriormente para casar e ter filhos.

O ministério da Educação explicou na ocasião que revisou de maneira detalhada os concursos de admissão de 81 universidades públicas e particulares e encontrou procedimentos condenáveis em 10 delas.

Vários procedimentos judiciais foram iniciados após a publicação do relatório do ministério.

Nesta semana, é comemorado o aniversário do médico Drauzio Varella, médico, cientista e escritor brasileiro. O Leia Já separou uma lista dos principais livros escritos por ele. Confira:

Estação Carandiru (1999)

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O médico relata o tempo que passou realizando atendimento voluntário contra a Aids Casa de Detenção de São Paulo. A narrativa começa em 1989 e dura dez anos, tempo em que o méédico passou trabalhando no maior e mais violento presídio do Brasil, onde a população carcerária criou um rígido código penal não-escrito para organizar o comportamento dos demais presidiários. No ano 2000, ganhou o Prêmio Jabuti de “Melhor Livro”, e em 2003 foi adaptado como “Carandiru: O filme” .

Carcereiros (2012)

Obra que inspirou a série homônima da Globoplay, estrelada por Rodrigo Lombardi em 2017. Ao contrário da primeira edição, que narra histórias dos detentos, a sequência traz relatos dos funcionários do presídio, os “carcereiros”. Com eles, Drauzio Varella dividia a jornada de trabalho e, quando ela o fim, se reunia com eles num botequim em frente ao Carandiru, dividindo experiências de vida. Uma perspectiva interna dos trabalhadores que tentaram conter a rebelião de 1992.  

Por Um Fio (2004)

Drauzio Varella é especialista em oncologia, convivendo diariamente com doenças graves como câncer. Neste livro, ele traz relatos dos pacientes quando descobrem os tumores e a reação da família. Pessoas que tiveram apoio incondicional e outras que foram abandonadas.  

O Médico Doente (2007)

Em 2004, Varella retornou de uma viagem a trabalho na Amazônia e acabou adquirindo febre amarela. No início, apenas sentiu-se mal e após dias relutando, concordou em interromper atividades como médico para repousar. Chegou a considerar que estava à beira da morte e narra os mitos e lugares-comuns da experiência, com uma visão olhar clínica e cirúrgica. Além disso, relata sobre sua infância e o que o levou a seguir a profissão de médico.

A Teoria das Janelas Quebradas (2010)

Livro de crônicas. Narrativas curtas que vão desde traições amorosas até episódios cômicos de presidiários e carcereiros. O autor assume uma postura crítica, além de desmentir mitos como o “o pensamento cura” e trazer informações científicas em uma linguagem simples para os pacientes.

Correr (2015)

Drauzio Varella relata sua luta contra o sedentarismo. Como foi sua primeira maratona; perspectiva histórica das corridas, desde o início do esporte na Grécia Antiga; informações médicas sobre a prática. Além de mostrar como concilia a vida profissional com o exercício físico. 

Por Maria Eduarda Veloso

O próximo dia 6 vai ser de comédia e medicina no Recife. O médico e humorista pernambucano Vinicius Augusto  apresenta, no Teatro Boa Vista, o seu "Stand Up Comed  - Comédia e Medicina pra te salvar de tanto rir”.  O espetáculo, com início às 20h, trata de forma divertida diversos causos e contos dos profissionais de saúde nos hospitais.

"Na apresentação vou mostrar um pouco desse outro lado dos hospitais, as conversas e assuntos do cotidiano dos profissionais de saúde de forma bem humorada, diferente do que muita gente imagina", comentou o médico, formado pela Universidade de Pernambuco. O roteiro do show inclui ainda músicas compostas por ele e algumas "melôs" das especialidades médicas.

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Médico, plantonista em emergência e UTI's de hospitais, ele ressaltou que sempre usou o bom humor e a alegria para elevar o entusiasmo da equipe e dos pacientes durante os plantões, principalmente na pandemia. "Me divirto e divirto as pessoas. Isso me faz bem, feliz. Amo o que faço."

Para a apresentação solo e primeira da carreira, promete fazer o público rir com seus causos divertidos, abordados com espontaneidade, alegria e interação com a plateia. Os ingressos podem ser adquiridos no site Sympla e, no dia do show, na bilheteria do teatro, ao preço de R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia). Profissionais de saúde pagam meia-entrada. A classificação do espetáculo é 16 anos. 

Stand up Comedy - Comédia e medicina pra te salvar de tanto rir

Quando: Dia 06 de maio (sexta-feira), às 20h

Onde: Teatro Boa Vista (Rua Dom Bosco, 551, Boa Vista, Recife, ao lado do Colégio Salesiano)

Ingressos: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia). Profissionais de saúde pagam meia-entrada.

Informações: (81) 2129-5961

Classificação: 16 anos

Na última segunda-feira (18), a 22ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal decidiu que o Ministério da Educação deve consultar o Conselho Nacional de Saúde (CNS) para autorizar e reconhecer cursos em medicina. 

Segundo a ação, o MEC dispensou a manifestação do conselho na autorização de cursos de graduação em medicina de instituições de ensino privadas no âmbito do programa Mais Médicos.

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De acordo com o Ministério Público Federal, "simplificaram o processo de autorização e credenciamento de cursos de medicina abrangidos pelo programa". O MPF entendeu afirma que o conselho deve avaliar os cursos que já estão em andamento. O juiz à frente da decisão, Ed Lyra Lea, considerou ainda que o conselho é "um órgão colegiado de caráter permanente e deliberativo, integrante da estrutura regimental do Ministério da Saúde".

O magistrado citou um trecho da resolução do CNS que estabelece que o órgão deve "articular-se com o Ministério da Educação quanto à criação de novos cursos de ensino superior na área da saúde, no que concerne à caracterização das necessidades sociais".

Ao menos três dos quatro estudantes da Universidade Federal do Paraná acusados de constrangimento ilegal e lesão corporal durante trote violento deixaram a prisão nessa sexta-feira (1º), após cada um pagar fiança de R$ 10 mil. O caso aconteceu na quarta-feira (30), com alunos do curso de Medicina Veterinária, no campus Palotina, no oeste do Estado. Em nota divulgada no site oficial da instituição, a UFPR informou que "está dedicada na apuração rigorosa para a punição dos autores envolvidos". Cerca de 20 estudantes sofreram queimaduras graves na região das costas.

Os suspeitos foram presos em flagrante. De acordo com informações confirmadas pelo Estadão, se trata de uma mulher de 23 anos e três homens de 21. Durante o trote, os acusados teriam jogado um produto nos corpos das vítimas, o que teria ocasionado as queimaduras. No terreno baldio, localizado a 100 metros da entrada do campus, foram encontradas garrafas com creolina, mas ainda não foi certificado se esta foi a substância utilizada.

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Nessa sexta-feira as vítimas realizaram corpo de delito no IML. Conforme nota da UFPR, os jovens foram acompanhados por "psicólogos e assistentes sociais da universidade acompanharam os estudantes". Ainda segundo o comunicado da instituição, a partir da segunda-feira (4), os alunos lesionados devem iniciar um tratamento dermatológico. Eles sofreram queimaduras de primeiro e segundo graus.

A Polícia Civil do Paraná está investigando o caso e nos próximos dias deve apurar se houve os crimes de tortura e cárcere privado. "A instituição ainda incentiva e estimula o combate e a denúncia de atitudes agressivas e discriminatórias", reafirmou a universidade em nota.

A reportagem do Estadão não conseguiu contato com as defesas dos acusados. O espaço está aberto para manifestação.

COM A PALAVRA, A UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

"A Universidade Federal do Paraná (UFPR) está extremamente mobilizada e atenta aos desdobramentos do lamentável e chocante episódio ocorrido com seus estudantes na última quarta-feira (30), em Palotina. Neste momento, o atendimento e o acolhimento das vítimas são prioridades da instituição.

Nesta sexta-feira (1º), psicólogos e assistentes sociais da universidade acompanharam os estudantes nos exames de corpo de delito, realizados pelo Instituto Médico Legal (IML). No início da próxima semana, médicos dermatologistas, docentes do Campus Toledo da UFPR, iniciarão atendimentos individualizados com as vítimas para o tratamento mais adequado das lesões. A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) está em contato com os familiares dos alunos para orientações, esclarecimentos e acolhimento.

A UFPR também está dedicada na apuração rigorosa para a punição dos autores envolvidos e salienta que não tolera nenhum tipo de violência, seja ela física, verbal ou simbólica.

A universidade adota a posição institucional do trote sem violência e, desde 2017, promove campanhas anuais de conscientização dos alunos no sentido de que a recepção dos calouros deve ser um momento de alegria e integração com os veteranos. A instituição ainda incentiva e estimula o combate e a denúncia de atitudes agressivas e discriminatórias.

O estudante ou membro da comunidade que presenciar qualquer ato violento, discriminatório ou constrangedor com relação à recepção dos calouros pode realizar denúncia pelo telefone 41-984021131."

No sábado (19), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou de forma antecipada o resultado final da prova de habilidades clínicas do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) 2021. O resultado já está disponível para consulta no sistema

Além das pontuações finais, o instituto disponibilizou os pareceres sobre os recursos interpostos aos resultados preliminares. No total, 3.840 médicos formados fora do Brasil foram aprovados, o que representa 57,3% dos 6.696 participantes da 2ª etapa do Revalida 2021.

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Os aprovados nas duas etapas do exame (teórica e prática) terão até o dia 25 de março para, via Sistema Revalida, indicar e agendar a responsável pela universidade para revalidação do diploma. Após isto, será necessário a apresentação da documentação exigida pelas instruções internas da instituição escolhida. 

Entre os documentos exigidos, devem ser requisitados documentos pessoais e acadêmicos, principalmente a versão original do diploma de graduação em medicina, expedido por instituição superior estrangeira. O documento deve estar autenticado pela autoridade consular brasileira ou pelo processo da Convenção sobre a Eliminação da Exigência de Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros.

Os resultados do revalida na primeira e segunda etapa serão reconhecidos pelas universidades brasileiras como demonstrativo de que o graduado possui as competências teóricas e práticas compatíveis com as exigências dos diplomas de medicina nacionais. Assim não há necessidade de realização de avaliações curriculares adicionais. 

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