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Após a recente polêmica da nova reforma, anunciada pelo ministro Ronaldo Nogueira, que formalizaria a jornada diária de trabalho para até 12 horas, membros da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) questionam a inconstitucionalidade da medida. De acordo com o presidente da Anamatra, o juiz Germano Siqueira, a proposta é algo impensável e afronta a Constituição Federal, que limita a jornada em oito horas, entre outras garantias mínimas. “Falar em 12 horas, como também segmentos empresariais já falaram em reduzir o intervalo intrajornada, é algo que não aceitamos do ponto de vista jurisdicional. São limites que não podem ser ultrapassados”, pondera. Germano alerta que a mudança poder piorar o elevado número de acidentes de trabalho no País, fator que já coloca o Brasil no topo dos países que mais matam no trabalho.

Em 2014, foi registrada uma média de 54,6 mortes por semana, decorrentes de acidentes de trabalho no Brasil. Naquele ano, foram 704.136 acidentes e 2.783 óbitos, total que não engloba as subnotificações, servidores e trabalhadores informais.

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O magistrado acredita que a proposta de reforma parece querer nesse “novo ambiente de trabalho” utilizar a convenção coletiva para reduzir o patamar de conquista dos trabalhadores. “Quando falamos em privilegiar o negociado a qualquer custo e regulamentar a terceirização sem limites, criamos esse risco: abrir uma possibilidade de precarização no campo do trabalho, sem nenhum modelo de controle efetivo”, afirma.

Para justificar que não haverá o acréscimo das oito horas diárias de trabalho, o Ministério do Trabalho divulgou uma nota oficial, na última sexta-feira (9), em que explica que a atual jornada de 44 horas semanais não será alterada, bem como não haverá aumento de cargas horárias. Segundo o Ministério, a análise se dá na possibilidade de permitir que convenções coletivas ajustem a forma de cumprimento da jornada de 44 horas semanais da maneira que seja mais vantajosa ao trabalhador. De modo que, a medida proponha assegurar o trabalhador juridicamente às jornadas que ainda não são conhecidas formalmente.

Como exemplo, a nota cita a escala de 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso e o cumprimento da jornada semanal de 44 horas semanais em cinco dias da semana. A nota diz ainda que o Ministério continuará "buscando com afinco a modernização da legislação trabalhista, tão almejada pelos trabalhadores brasileiros, prestigiando a autonomia do trabalhador e a sua representatividade sindical, modo de que o Brasil seja capaz de criar oportunidades de ocupação com renda simultaneamente consolidando os direitos trabalhistas.".

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Trabalhadores de embarcações que transportam materiais e mercadorias para o Arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco, foram flagrados em péssimas condições de trabalho nos próprios barcos. A identificação das irregularidades trabalhistas foi feita por auditores-fiscais do Trabalho, a partir de uma investida em seis embarcações atracadas no Porto do Recife.

De acordo com o Ministério do Trabalho em Pernambuco, a fiscalização foi feita pela Coordenação de Trabalho Portuário e Aquaviário (CORITPA) da SRTE/PE. Na ocasião, foram encontrados vários tripulantes em condições precárias de trabalho, resultando em 45 autos de infração por irregularidades, como falta de acesso seguro às embarcações atracadas, instalações sanitárias em péssimas condições de higiene e limpeza, e cabines sujas e com excesso de tripulantes.

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“Nenhuma das cabines das embarcações atendem aos requisitos de conforto e bem estar elencados pela Norma Regulamentadora 30, que trata de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário”, comentou o coordenador da CORITPA, Igor Guimarães, conforme informações da assessoria de imprensa. Ainda segundo as investigações, os barcos não ofereciam armário para os trabalhadores guardarem roupas e nem havia espaço adequado de descanso.

Para a auditora-fiscal Soraya Silveira, é inaceitável que os trabalhadores vivam em meio a essas irregularidades. “Eles precisam do mínimo de bem estar no seu momento de repouso para que possam estar alertas e prontos para desenvolverem suas atividades a bordo”, destacou.

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Mais de 3 mil jovens compareceram, nesta quarta-feira (10), para a segunda edição da Feira de Aprendizagem Profissional, realizada no pavilhão do Centro de Convenções de Pernambuco (Cecon), em Olinda. Realizada pelo Ministério do Trabalho e Fórum Pernambucano de Aprendizagem Profissional (Forap), a feira consistiu em reunir empresas públicas e privadas para formar um banco de dados que visam a contratação de aprendizes, bem como a inclusão de jovens de 14 a 24 anos no mercado de trabalho. 

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Com um público de jovens acima do esperado, o evento contou com 16 estandes de entidades formadoras para capacitação, palestras realizadas pelo Ministério do Trabalho voltadas para orientar os representantes de empresas e estudantes, além do cadastramento dos jovens no banco de dados de empresas registradas, com o intuito de fornecer capacitações. Confira no vídeo abaixo o que aconteceu por lá:

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Para a Coordenadora de Cursos Técnicos e de Jovens Aprendizes da UNINASSAU - uma das instituições de ensino presentes no encontro -, Geane Efrem, o evento é relevante, pois aproxima as entidades com o público em geral. “A feira contribui tanto para o cadastramento dos jovens, quanto para a formação para empresas e instituições de ensino, como forma de inserção no mercado", completou.

Auditora fiscal do Trabalho, Simone Brasil revela que o evento serve como forma de incentivo para que as empresas contratem os jovens, principalmente, diante do cenário de crise econômica que o País enfrenta, tornando as instituições legalmente dentro da lei: “O desemprego atinge muitos jovens e, baseado nisso, o Ministério do Trabalho fiscaliza as empresas para cobrar essas contratações. Essa ação serve como incentivo para facilitar o cadastramento desses jovens em banco geral, para atender a demanda de todas as empresas que estejam cadastradas”, frisou a auditora.

Atualmente, o Estado tem capacidade para contratar mais de 30 mil, mas o último balanço, somado de janeiro a junho deste ano, resulta em 14.956 cadastrados. De acordo com Simone, cerca de 1.600 jovens foram contratados devido à fiscalização do Ministério do Trabalho nas empresas. “Ainda não temos um percentual para mudar esse quadro até o final deste ano, mas a feira e as outras formas de incentivo objetivam mudança nesse quadro”, salienta a auditora.

A legislação de n° 10.097/2000 determina que todas as empresas de médio e grande porte devem contratar adolescentes e jovens, como forma de inclusão no ambiente de trabalho. A cota de aprendizes é fixada entre o mínimo de 5% para contratação e o máximo de 15%, a depender do estabelecimento. Em cada empresa de Pernambuco, deve existir pelo menos um aprendiz.

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Nesta quarta-feira (10) será realizada a II Feira de Aprendizagem Profissional de Pernambuco, no Centro de Convenções, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR). O evento gratuito é oferecido pelo Ministério do Trabalho.

A programação da Feira traz palestras que têm o objetivo de ampliar o conhecimento sobre a legislação da aprendizagem. O evento também conta com a exposição de instituições habilitadas para a formação profissional de aprendizes.

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A auditora fiscal do Trabalho, Simone Brasil informa que o foco do evento é para jovens de 14 a 24 anos. “Queremos orientar esses adolescentes como ingressar no mundo do trabalho por meio da aprendizagem e informar os empresários sobre a legislação que regula a contratação de aprendizes e como ela deve ser cumprida”, comenta, segundo informações da assessoria de imprensa.

Legislação

A Lei do Aprendiz institui que todas as empresas de médio e grande porte devem contratar jovens de 14 e 24 anos e inseri-los no ambiente de trabalho, com registro na carteira de trabalho em regime especial e por tempo determinado.  A cota de aprendizes, por empresa, é fixada entre 5% e 15% do total de empregados. 

Serviço

II Feira de Aprendizagem Profissional de Pernambuco

Data: 10 de agosto 

Hora: 9h às 16h

Local: Centro de Convenções de Pernambuco 

Endereço: Avenida Professor Andrade Bezerra, s/n, Salgadinho – Olinda

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Um dia depois de os fiscais do Ministério do Trabalho visitarem a Vila Olímpica, as explicações da organização continuam sendo apresentadas. O Comitê Rio-2016 garante que os documentos exigidos foram entregues e que haverá uma nova reunião nesta quinta-feira (28). Mas o caso deve se prolongar nos próximos dias.

"Segundo me disseram, a gente tem dez dias para entregar todos os documentos. Não é muito preto no branco, alguns são contratados da Ilha Pura, alguns são contratados do Comitê, alguns são contratados da equipe de manutenção. Tem bastante conversa com eles para alinhar tudo", disse Mario Andrada, diretor de comunicação do Comitê Rio-2016.

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Após denúncia, a fiscalização encontrou irregularidades nos vínculos empregatícios de cerca de 600 trabalhadores, contratados de última hora para corrigir problemas encontrados pelas delegações estrangeiras na Vila dos Atletas. Dos 31 edifícios do condomínio, 28 já passaram pelo pente-fino do Comitê Organizador.

Andrada diz que a promessa de concluir os reparos até esta quinta-feira será cumprida. "Hoje a gente entrega tudo e entra no modo de manutenção normal, que a gente mudou por causa da crise", afirmou.

O processo de reparo do dia a dia engloba, por exemplo, a troca de lâmpada queimada na varanda pedida pelos holandeses. Até o fim do dia, a Vila dos Atletas totalizará 3.578 moradores de 151 países.

O Supremo Tribunal Federal (STF) revogou a medida cautelar que impedia a publicação oficial, pelo Ministério do Trabalho, da lista de empresas autuadas pelo governo por submeter seus empregados a condições análogas à escravidão.

Em sua decisão, tomada em 16 de maio e comunicada aos órgãos responsáveis na última terça-feira (24), a ministra Cármen Lúcia afirmou que a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) 5.209, proposta pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias, perdeu o objeto após a publicação de duas portarias interministeriais que sanaram os questionamentos feitos sobre a norma que cria a lista.

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Segundo o Ministério do Trabalho, não há previsão para que seja disponibilizada no portal do órgão a lista mais recente, como estipulado nas normas que regulamentam o assunto. É prevista ainda uma atualização semestral na relação de empresas autuadas, cuja permanência no cadastro se dá por dois anos após a inclusão.

Adin

Na ação, a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias argumentava que a portaria de criação do cadastro de empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão, publicada em maio de 2011, pecava por não prever instâncias de defesa contra a inclusão de nomes da lista, violando o devido processo legal. Durante o recesso de fim de ano de 2014, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, concedeu uma medida cautelar que impedia a publicação da chamada lista suja até que a matéria fosse julgada em definitivo.

A ministra Cármen Lúcia ressaltou na decisão tomada agora, no entanto, que uma segunda portaria, publicada em 2015, resolveu o problema ao estabelecer instâncias de recurso administrativo à disposição das empresas. Em um de seus últimos atos oficiais, o então ministro do Trabalho, Miguel Rossetto, assinou ainda uma terceira portaria, em 11 de maio deste ano, na qual abre uma porta de saída da lista suja por meio de acordos de ajustamento de conduta mediados pela Advocacia-Geral da União (AGU).

Em outubro do ano passado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) já havia dado parecer pela improcedência da Adin 5.209, alegando, entre outras razões, que a redução de trabalhadores a condições análogas à de escravo “avilta os valores éticos e morais” nos quais se baseiam a Constituição. Para a PGR, o acesso público à lista garante o exercício da cidadania, pois permite que a sociedade cobre providências contra a escravidão. Na época, a proibição de divulgação foi criticada por autoridades e especialistas no tema.

Além de ficarem expostas perante a sociedade, as empresas incluídas na lista suja do trabalho escravo perdem o acesso a financiamentos em bancos públicos, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Brasil, que assinaram o Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo. Bancos privados também se valem dessa informação em suas avaliações de risco de crédito.

Procurada, a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias disse que não se manifestará sobre a decisão do STF e que aguarda um posicionamento oficial do Ministério do Trabalho para estudar um eventual recurso.

Versão aproximada da lista

Por meio da Lei de Acesso à Informação, a organização não governamental Repórter Brasil e o Instituto do Pacto Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (InPACTO) conseguiram acesso a uma versão aproximada da chamada lista suja, publicando-a em seus sites em fevereiro. As entidades, no entanto, vinham sendo alvo de processos na Justiça em decorrência da proibição de divulgação que vigorava sobre o cadastro.

“Uma série de empresas se sentiram prejudicadas e vieram para cima da gente, inclusive há processos criminais por eu ter divulgado informações públicas. Essa decisão [do STF] deve parar a abertura de novos processos”, disse o jornalista Leonardo Sakamoto, presidente da Repórter Brasil.

“As listas são semelhantes, as divergências serão muito pequenas, mas a lista suja oficial deve ser maior. Assim que publicar, a gente vai poder dizer se essa lista vai ao encontro do que se espera de uma lista que garanta a informação para a sociedade brasileira”, acrescentou.

A emissão da Carteira de Trabalho de Previdência Social (CTPS) está suspensa desta quinta-feira (26) até próxima segunda (30). A manutenção do sistema do Ministério do Trabalho é a causa da interrupção. 

Em Pernambuco, a suspensão irá afetar as 29 unidades da Agência do Trabalho, incluindo as localizadas no Expresso Cidadão e nas entidades conveniadas com o Sistema Nacional de Emprego (Sine).

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A unidade da Rua da Aurora da Agência do Trabalho funciona de segunda a sexta-feira, das 6h30 às 13h30. As demais unidades, exceto aquelas localizadas dentro de Expresso Cidadão, que funcionam de acordo com o horário do complexo de serviços, abrem as portas das 7h às 13h.

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Entre os dias 16 a 27 de maio, a sede do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco funcionará em novo endereço. O motivo da mudança é a reforma do atual espaço ocupado pelo órgão que funciona na Rua Quarenta e Oito, n° 600, no bairro dos Aflitos, Zona Norte do Recife, que passará para o n° 149 da mesma rua. Por conta disso, o procurador-chefe José Laízio Pinto Júnior, através da portaria 99/2016 determinou que os procedimentos administrativos estarão suspensos. 

O novo endereço foi cedido pela Superintendência de Patrimônio da União (SPU) e anteriormente estava sendo utilizado pela Advocacia-Geral da União (AGU). De acordo com o ministério, o espaço tem estrutura para receber a população que necessita dos serviços do órgão com dois mil m², quatro salas de audiência e vagas de estacionamento especiais para idoso e pessoa com deficiência. Além disso, o prédio tem quatro pavimentos destinados ao MPT, com 21 gabinetes dos procuradores do Trabalho, além do gabinete do procurador-chefe e das salas para a diretoria de processo, assessorias de comunicação, jurídica e pericial, e peticionamento eletrônico.

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O MPT alerta que durante esse período, o órgão permanece recebendo denúncias e irregularidades podem ser informadas pelo site www.prt6.mpt.mp.br, pelo aplicativo de denúncias MPT Pardal ou ainda nas outras unidades do órgão no estado (Caruaru e Petrolina), das 8h às 14h, que funcionam normalmente.

 

Onze operários já morreram em obras realizadas no município do Rio de Janeiro para a Olimpíada, informa a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio de Janeiro, do Ministério do Trabalho. De janeiro de 2013 a março deste ano, o órgão responsável pela fiscalização da segurança do trabalho realizou 260 ações em obras que classificou como "olímpicas". Foram emitidos 1.675 autos de infração. Em 39 ocasiões, as construções foram embargadas.

Atualmente nenhuma obra ligada à Olimpíada está embargada, afirmou Robson Leite, superintendente regional do Trabalho no Rio. Segundo ele, a construção da Linha 4 do metrô causou o maior número de mortes: três. Leite disse que dois operários morreram em obras do Parque Olímpico da Barra e dois na Transolímpica, via expressa para ônibus na zona oeste.

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Outras mortes ocorreram na construção do Museu do Amanhã (1), Museu da Imagem e do Som (1), extensão do Elevado do Joá (1) e em obras da Supervia (1). "Nossa preocupação é que, nessa reta final de obras, a cobrança e a pressão devem aumentar, elevando o risco de acidentes", disse o superintendente.

OUTRO LADO - Em nota, a Prefeitura do Rio lamentou as mortes e anunciou sempre exigir das empresas responsáveis por obras municipais "o cumprimento das normas de segurança". Alegou ainda que "vários projetos (da lista apresentada pela superintendência) não têm qualquer relação com os Jogos Olímpicos, como o Museu da Imagem do Som e a Supervia".

O consórcio responsável pela obra do metrô divulgou que "a Linha 4 mantém rigorosos procedimentos de segurança para garantir os cuidados aos atuais 7.000 colaboradores. Em todos os canteiros de obra há técnicos de segurança do trabalho acompanhando as obras".

As centrais sindicais consideram um "retrocesso político" o plano do governo Dilma Rousseff de fundir o Ministério do Trabalho com o Ministério da Previdência. Em nota conjunta assinada pelas seis maiores centrais do País, a que a reportagem teve acesso, os sindicalistas afirmam que a ideia vai gerar "enormes prejuízos aos trabalhadores e à sociedade em geral". A nota será divulgada nesta terça-feira, 29, pelos líderes sindicais.

"A ideia da fusão destes ministérios já foi levantada antes, resultando, por força da realidade, no modelo atual, com dois ministérios distintos. Os ministérios do Trabalho e da Previdência Social são responsáveis por zelar de direitos inalienáveis dos trabalhadores, e o processo de fusão pode resultar em enormes danos a suas já combalidas estruturas administrativas", dizem os sindicalistas. Os planos do governo são de unificar as duas Pastas, que seriam comandadas por um único ministro, provavelmente o atual chefe da Previdência, Carlos Gabas (PT). Com isso, o PDT, que comanda o Ministério do Trabalho desde 2007, perderia espaço justamente na Pasta ligada à base trabalhista. O atual ministro, Manoel Dias (PDT), sairia do governo.

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Na nota, as centrais sindicais criticam duramente os planos de Dilma, previsto para saírem do papel na quarta-feira, 30. "As centrais sindicais brasileiras manifestam sua posição contrária à fusão do Ministério do Trabalho (MTE) com o Ministério da Previdência Social, bem como requerem a modernização e o fortalecimento do MTE, com o objetivo de resgatar o seu papel como ministério estratégico na implementação de políticas permanentes de Estado e na intermediação dos conflitos naturais nas relações capital x trabalho", dizem as lideranças.

Assinam as notas as centrais: Central Única dos Trabalhadores (CUT), ligada ao PT; Força Sindical, ligada ao Solidariedade e ao PDT (o partido do atual ministro do Trabalho, Manoel Dias); União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), que é ligada ao PMDB.

Pressionada para elevar um representante da bancada da Câmara a posto de destaque no governo Dilma, a cúpula do PDT marcou para o próximo dia 14 de julho reunião entre parlamentares e a Executiva da legenda. O encontro será realizado para discutir a permanência de Manoel Dias no comando do Ministério do Trabalho. Na lista dos cotados para substituir Dias estão os deputados Afonso Motta (RS), Ronaldo Lessa (AL) e Sérgio Vidigal (ES).

O tema debatido ontem entre integrantes da bancada da Câmara, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o vice-presidente da República, Michel Temer. "Foi discutida a relação do partido com o governo e houve cobranças para que o partido fosse fortalecido no ministério, com as secretarias que estão com outros partidos. Além disso, um setor da bancada defendeu que houvesse um representante (da bancada do PDT na Câmara) no governo (primeiro escalão)", disse o presidente do PDT, Carlos Lupi.

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Segundo Lupi, no encontro marcado para o próximo dia 14 também estará em foco a possibilidade de o partido permanecer independente e até abrir mão dos cargos federais. "Há um setor que também defende essa tese. Vamos ouvir todos", ressaltou.

Para tornar mais rápido o atendimento ao pedido e dar maior segurança às informações sobre os trabalhadores, o Ministério do Trabalho e Emprego determinou que as empresas passem a preencher o requerimento do seguro-desemprego de seus empregados pela internet. A medida começa a valer na próxima quarta-feira (1º), de acordo com resolução do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador.

Os empregadores só poderão preencher o requerimento do seguro-desemprego e a comunicação de dispensa de trabalhadores por meio do aplicativo Empregado Web, disponível no Portal Mais Emprego, do ministério. A entrega dos  formulários impressos, utilizados hoje, será aceita até a próxima terça-feira (31).

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Segundo o ministério, o sistema dará maior rapidez à entrega do pedido, além de garantir a autenticidade dos dados, e possibilitará o cruzamento de informações sobre os trabalhadores em diversos órgãos, facilitando consultas necessárias para a liberação do seguro-desemprego.

As novas regras de concessão do seguro-desemprego começam a valer para quem for demitido a partir deste sábado (28). As normas de acesso a cinco benefícios trabalhistas e previdenciários foram alteradas pelo governo federal em dezembro do ano passado.

Com as novas regras do seguro-desemprego, o trabalhador terá que comprovar vínculo com o empregador por pelo menos 18 meses nos 24 meses anteriores, na primeira vez em que requerer o benefício. Na segunda solicitação, ele terá de ter trabalhado por 12 meses nos 16 meses anteriores. A partir do terceiro pedido, o período voltará a ser de seis meses.

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Segundo o Ministério do Trabalho, quem foi demitido antes de 28 de fevereiro de 2015, terá o seguro-desemprego regido pela legislação anterior, segundo a qual o trabalhador pode solicitar o seguro após trabalhar seis meses.

Pelas novas regras, na primeira solicitação, o trabalhador poderá receber quatro parcelas do seguro-desemprego se tiver trabalhado entre 18 e 23 meses e cinco parcelas se tiver trabalhado a partir de 24 meses. Na segunda solicitação, ele poderá receber quatro parcelas se tiver trabalhado entre 12 e 23 meses e cinco parcelas se tiver trabalhado por 24 meses, no mínimo.

A partir da terceira solicitação do seguro-desemprego, quem trabalhou entre seis e 11 meses recebe três parcelas. Para ter direito a quatro parcelas do seguro-desemprego, o trabalhador deverá ter trabalhado entre 12 e 23 meses e, para receber cinco parcelas, terá de ter trabalhado por, pelo menos, 24 meses.

De acordo com o ministério, a comprovação do recebimento dos salários de forma ininterrupta não será necessária para a primeira e a segunda solicitação. Essa exigência somente é necessária para a terceira solicitação e para as posteriores, nas quais é necessário comprovar os seis salários recebidos em cada um dos últimos seis meses anteriores à data da dispensa.

Por isso, o trabalhador poderá utilizar outros vínculos empregatícios que estejam dentro do período dos últimos 36 meses, contados da data da dispensa atual, como referência para aumentar a quantidade de parcelas.

Nessa sexta (27), o governo federal lançou uma cartilha para esclarecer dúvidas as novas regras do seguro-desemprego e do abono salarial. A cartilha está disponível no site do Ministério do Trabalho.

 

Em um ano, o sindicato diz ter pouco menos de 1,4 mil sócios. No ano seguinte, afirma ter, então, mais de 70 mil associados. Esse é o caso do Sindicato dos Químicos, Técnicos e Engenheiros Químicos de São Paulo, cuja sede fica no centro de São Paulo. Este foi um dos seis casos questionáveis que, no entanto, receberam a aprovação do ministro do Trabalho, Manoel Dias. A decisão dele favoreceu a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), que representa os seis sindicatos.

A decisão do ministro, que ignorou as indicações contrárias do grupo de aferição sindical do próprio ministério, permitiu que a CSB recebesse cerca de R$ 15 milhões do imposto sindical.

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Os outros cinco casos são também curiosos. O Sindicato dos Médicos Veterinários do Rio de Janeiro (Simverj) apresentou uma ata retificadora ao governo, onde apresenta dois números distintos para associados. No documento, obtido pelo Estado, lê-se que "o Sindicato tem 9.000 (nove mil) profissionais sindicalizados, e no Simverj lista 813 médicos veterinários associados".

Internamente, o grupo técnico do ministério decidiu optar pelo número menor, ou seja, 813 sócios. A decisão final do ministro Manoel Dias, no entanto, foi pelo número maior, de 9 mil associados, o que acabou ajudando que a CSB atingisse o mínimo de 7% de representatividade exigido por lei.

Eleição

Casos ainda mais flagrantes como o do Sindicato dos Administradores do Ceará também receberam a aprovação do Ministério do Trabalho. Em ata datada de 17 de dezembro de 2013, o sindicato faz uma retificação: informa que na eleição da diretoria, realizada três anos antes, não haviam 26 trabalhadores associados à entidade, como informavam os documentos originais, lavrados em cartório em outubro de 2010, mas sim 4.273 sócios. Isso representa um salto de 99,4% em apenas um documento declaratório, feito pela direção do sindicato. O ministro aceitou.

A tática foi repetida pelo Sindicato dos Administradores de Santos, que em data semelhante retificou a informação de um documento eleitoral, fazendo o número de trabalhadores sindicalizados passar de 43 para 4.319 sócios. Novamente, um salto de 99%.

Erro

Os outros casos foram constatados em entidades que representam os contabilistas. No caso do Sindicato dos Contabilistas do Amazonas, a ata aprovada pelo ministro do Trabalho contem um erro: informa que há mais sócios aptos a votar (1.870) do que sócios, efetivamente (1.280). Já o Sindicato dos Contabilistas de São Paulo apresentou uma ata com informações confusas, citando o número do Conselho Regional de Contabilistas como o de sindicalizados, além de dados distintos do padrão exigido pelo Ministério do Trabalho para concessão do registro. Ainda assim, o ministro Manoel Dias aceitou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) constatou irregularidades nas obras do Parque Olímpico e da Vila dos Atletas, que estão sendo erguidos na zona oeste do Rio para a Olimpíada de 2016, e lavrou 464 autos de infração. Segundo a pasta, os problemas envolvem legislação trabalhista, normas de segurança e saúde dos empregados. As concessionárias responsáveis pelas obras deverão ser multadas, mas os valores não foram informados.

A fiscalização nos locais começou no dia 25 de novembro. Segundo o ministério, os auditores encontraram 255 infrações no Parque Olímpico e 209 na Vila dos Atletas. Além de questões envolvendo jornada de trabalho excessiva, há risco para a segurança de funcionários em alguns pontos e condições de higiene inadequadas.

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Procurado, o consórcio responsável pelas obras da Vila dos Atletas informou que já está trabalhando para corrigir os problemas. "A equipe de segurança do trabalho responsável pela obra atuou imediatamente para atender às observações feitas pelos auditores do MTE. A Ilha Pura (empreendimento que, em sua primeira etapa, abrigará a Vila dos Atletas) se pronunciará no decorrer da tramitação das notificações - prestando todos os esclarecimentos necessários e corrigindo posturas eventualmente inadequadas. A empresa reafirma que o respeito à legislação trabalhista é uma prioridade em suas obras, que envolvem sete mil empregados próprios e de 161 empresas subcontratadas", diz a nota.

A concessionária Rio Mais, responsável pelas obras do Parque Olímpico, informou no fim da tarde desta sexta-feira que "não recebeu nenhum auto de infração do Ministério do Trabalho e Emprego".

A Ministério do Trabalho e Emprego informou também que uma nova vistoria deverá ser feita nos locais para verificar a adequação às normas.

Em meio às discussões sobre a reforma ministerial, o líder do PDT na Câmara, Félix Júnior (BA), defende que o partido deixe de ocupar a pasta do Trabalho, hoje comandada por Manoel Dias, secretário-geral da legenda. Segundo o deputado, a bancada entende que deve haver um "rodízio" para se evitar o estabelecimento de "feudos" nos principais cargos do Executivo.

"Não queremos o Ministério do Trabalho. Não está decidido o que a gente quer, o governo ainda não chamou a gente. Podemos até não ter nada. Mas a gente acha que, em relação ao Ministério do Trabalho, tem que ter um rodízio, uma movimentação. É importante para o governo e para os partidos que se tenha isso para que não vire um feudo de partido a, b, ou c. Não queremos manter o Ministério do Trabalho", ressaltou Júnior ao Broadcast Político.

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Como alternativa à atual pasta, o líder da bancada considera boas opções os ministérios do Esporte, atualmente comandada pelo PCdoB, ou Turismo, na cota do PMDB. "O partido não pode chegar e exigir a sua participação. Temos que ser convidados, se o governo achar que temos direito a algum espaço. Mas acho que o PDT tem nomes que pode se encaixar em diversas outras áreas, mas não no Ministério do Trabalho. A gente está batendo nisso para revigorar, mudar. Esportes, Turismo seriam boas pastas como diversas outras, mas isso não cabe a nós, mas à presidente", avaliou.

Presidência da Câmara

De acordo com Félix Júnior, o PDT também deve lançar um nome na disputa para presidente da Câmara, prevista para ocorrer em fevereiro de 2015. Dessa forma, a legenda, que faz parte da base aliada, deixaria de apoiar uma candidatura do PT ou a do líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), em campanha desde o último mês de outubro. "Não somos do PT. Não temos que seguir piamente a orientação do PT. A ideia é lançar um nome que não seja um candidato do governo, mas um candidato independente na Casa, nem do governo, nem da oposição", afirmou.

O nome escolhido internamente pelo PDT é o do ex-líder da legenda André Figueiredo, que deve reassumir a liderança e ter o nome lançado na disputa pela Presidência da Casa no próximo dia 10 de dezembro. "Vamos acertar um bloco com outros partidos e devemos lançar um nome que venha ser uma opção para presidente da Câmara. Dentro de casa, temos o nome de André Figueiredo, que será oferecido ao bloco", disse Júnior que mantém conversas com o PROS e o PCdoB para formação do bloco.

A entrega do cargo na próxima terça-feira, 18, pelo ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, conforme antecipou nesta quarta-feira, 12, o Broadcast Político, foi decisão alinhada com a Executiva nacional do PDT. O presidente da legenda, Carlos Lupi, que perdeu a disputa por uma vaga no Senado pelo Rio de Janeiro, afirmou após reunião da Executiva da legenda que o ato é para "dar total liberdade" para a presidente Dilma Rousseff conduzir a reforma ministerial.

Lupi disse também que o Ministério precisa reforçar os programas que possui a fim de ganhar mais peso para que o PDT siga à frente da pasta no segundo mandato da petista. "Para continuar no ministério, ele precisa ter suas políticas fortalecidas para chegar na ponta da sociedade", afirmou.

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A reestruturação do Trabalho já foi apresentada à presidente Dilma. "Eu pessoalmente já falei para ela que o ministério precisa ser fortalecido", disse.

Ao ser questionado se Dias pode voltar ao comando da pasta no segundo mandato da presidente Dilma, Lupi disse que, "se ele quiser", não haverá objeção do partido. "Do jeito que está (o ministério), nem ele vai querer ficar", considerou.

O presidente do PDT afirmou que não pretende voltar para o Trabalho em 2015, caso o ministério fique sob comando da legenda. Lupi foi afastado do cargo em 2011, depois que a Comissão de Ética Pública da Presidência da República recomendou sua exoneração por envolvimento em um esquema de propina para a liberação de recursos do ministério para ONGs. "Sou carta fora do baralho", avaliou. "Já fui lírio do campo e hoje sou tiririca do brejo", comentou.

Bloquinho

A Executiva nacional do PDT, deputados, senadores e governadores eleitos pela legenda aprovaram nesta tarde a formação de um bloco parlamentar ao lado do PROS e do PCdoB na Câmara. "Colocamos a possibilidade de bloco e ela foi unânime", afirmou.

Segundo Lupi, o bloco será de centro-esquerda e de apoio à Dilma "sem exigência" de cargos no governo federal. Ele não descartou a possibilidade de o bloco gerar uma fusão entre os partidos no futuro. "Ainda estamos na fase de namoro, mas inicialmente é um bloco", indicou.

O deputado Paulo Rubens (PE) calcula que o bloco pode ter de 40 a 50 deputados a partir de 2015. Os três partidos terão, somados, 40 deputados na próxima legislatura. Mas Rubens afirma que há conversa com setores do PTB interessados em integrar o grupo. "A gente quer reforçar essa perspectiva de unificação da bancada do PDT e formar um bloco de partidos que queiram apoiar o governo", disse.

O bloco deve ser usado para ganhar força na disputa por cargos em comissões na Câmara. O governador eleito pelo PDT no Amapá, Waldez Góis, defendeu a formação do bloco de apoio à Dilma mesmo se os partidos que o compuserem não ocuparem cargos na administração federal.

Eleito pela terceira vez governador, Waldez, que chegou a ser preso pela Polícia Federal na operação Mãos Limpas, em 2010, defendeu o grupo como forma de se contrapor à polarização ente PT e PSDB, e ao "blocão" independente que o PMDB pretende criar para influenciar nas decisões do governo. "Quando se reúne um bloco que não seja com esses três partidos, ganha-se mais representatividade", observou.

Os ministérios da Educação e do Trabalho e Emprego (MTE), em parceria com a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, lançaram, nessa quarta-feira (10), o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) Aprendiz na Micro e Pequena Empresa, voltado à ampliação da participação dos jovens no mercado de trabalho. O programa vai utilizar as vagas já existentes do programa para a formação profissional, articuladas com a oferta de postos de estágio, a partir de um cadastro de empresas interessadas em participar do programa que será organizado pelo Ministério do Trabalho. As adesões das empresas iniciam nesta quinta-feira (11), pela página Mais Emprego.

Serão contemplados jovens de 15 a 24 anos, matriculados no ensino regular ou que tenham concluído o ensino médio. As empresas que aderirem ao programa deverão pagar um salário mínimo mensal aos jovens, que terão jornada de trabalho de quatro a seis horas diárias. Além disso, deverão recolher contribuição de 2% ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), em vez do percentual usual de 8%. O contrato tem duração máxima de dois anos. A qualificação será por meio do Pronatec, cujos cursos são gratuitos.

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A incorporadoras PDG Realty e Tenda foram incluídas na "lista suja" do Ministério do Trabalho, que relaciona empresas acusadas de manter empregados em condição semelhante à de trabalho escravo. No caso da PDG, o empreendimento em questão é um condomínio residencial que está sendo construído em Juiz de Fora (MG).

O problema com a Tenda, subsidiária da Gafisa, envolve dois empreendimentos: um projeto residencial também na cidade de Juiz de Fora, e outro canteiro em Belo Horizonte. Procurada, a assessoria de imprensa do Ministério do Trabalho não forneceu mais detalhes sobre a situação dos trabalhadores nas obras.

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A Tenda disse que está tomando todas as medidas e ações cabíveis para promover a exclusão de seu nome do cadastro. "A Tenda se posiciona de maneira sólida e veemente contra qualquer prática que não respeite os direitos trabalhistas de colaboradores, tanto do seu próprio quadro de empregados, como de seus fornecedores e parceiros", afirmou a empresa, em comunicado. A PDG não havia se manifestado até a publicação desta matéria.

Consequências.

Com a inclusão na lista suja, as incorporadoras perdem acesso a novos financiamentos de bancos públicos, como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, e são vetadas na contratação de novos projetos dentro de programas públicos, como o Minha Casa, Minha Vida. Dentre as grandes empresas de construção do segmento residencial, a última a integrar a lista foi a MRV Engenharia, que levou em torno de um a dois meses para deixar o cadastro.

Para o analista de construção civil Enrico Trota, do Itaú BBA, a inclusão na lista não deve implicar em graves consequências operacionais para a Tenda. "Ainda que o sentimento seja negativo, o impacto sobre os fundamentos deve ser limitado", afirmou, em relatório para clientes do mercado financeiro. Na sua avaliação, a inclusão não afetará novos clientes da Tenda, nem a liberação de recursos que já tenham sido contratados junto a bancos. "Mesmo que não haja previsão de grandes impactos operacionais, o barulho é negativo e pode pesar sobre o desempenho das ações".

Já no caso da PDG, a situação pode ser um pouco mais delicada. Segundo avalia a equipe de análise de construção civil do banco Credit Suisse, a companhia tem um volume relevante de projetos em fase de aprovação e contratação de crédito. Além disso, a PDG está em fase de renegociação de dívidas corporativas com vencimento em 2014 e 2015. "Assim, acreditamos que potenciais proibições poderiam representar um vento contrário adicional na frente da renegociação da dívida", afirmam os analistas Nicole Hirakawa, Luis Stacchini e Vanessa Quiroga, em relatório do banco.

A PDG obteve recentemente linha de R$ 320 milhões com o Banco do Brasil. Mas até o fim de março, data de publicação do último balanço, a incorporadora contava com R$ 1,035 bilhão em caixa e equivalentes e R$ 899 milhões de dívidas corporativas com vencimento até o fim deste ano.

O ministro do Trabalho Manoel Dias (PDT-SC) exonerou seu chefe de gabinete, o também pedetista Rodrigo Minotto. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta quinta-feira (30). Para substituí-lo, Dias nomeou o secretário-adjunto de seu partido, André Roberto Menegotto.

A saída de Minotto se dá após o nome dele ser ligado a supostas irregularidades na execução de verbas do ministério. Reportagens do jornal O Estado de S.Paulo, publicadas em setembro, mostraram que um irmão dele, filiado ao PDT, estava na lista de funcionários de uma entidade que firmou convênios de R$ 11 milhões com o Trabalho. No entanto, não houve comprovação de que ele e os demais pedetistas, de fato, prestaram os serviços, segundo auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU).

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Relatórios do Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE-SC), revelados pelo jornal, também apontam suposto dano ao erário e favorecimento de três ONGs, uma delas ligada ao PDT, em convênios de R$ 2,1 milhões firmados pelo Estado de Santa Catarina, entre 2007 e 2010. As parcerias foram bancadas com recursos do Trabalho, com participação de Minotto e a mulher de Manoel Dias, Dalva Maria de Luca Dias. Na época, ela era secretária estadual de Assistência Social e Minotto, coordenador do Sistema Nacional do Emprego (Sine) no Estado. Os dois negam irregularidades.

Segundo os auditores, houve aprovação de despesas sem "caráter público", "ilegítimas e genéricas". No fim do ano passado, a corte remeteu o caso para apuração do Tribunal de Contas da União (TCU), por envolver verbas federais.

Oficialmente, o ministério diz que a exoneração se deve às eleições de 2014, pois Minotto será candidato a deputado estadual em Santa Catarina. Até chegar a chefia de gabinete, Minotto ocupou outros cargos por indicação de Manoel Dias, entre eles o de superintendente regional do Trabalho em Santa Catarina. O novo chefe de gabinete deve deixar o cargo no partido para exercer as atividades no ministério.

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