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O mercado de trabalho abriu 403.255 novas vagas de emprego para pessoas com deficiência (PcD) em 2015, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta quarta-feira (12). De acordo com a pasta, estudos mostram que a diversidade no mercado traz muitos benefícios, como um potencial grande de produtividade, além de levar aprendizado e inclusão para o mercado de trabalho.

“As pessoas são diferentes, seja como pensam, reagem ou por suas limitações. Mas existe uma barreira promovida pelo preconceito que só será superada por meio da educação”, afirmou o coordenador-geral da Secretaria de Relações de Trabalho (SRT), Antonio Artequiliano.

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No entanto, de acordo com o Ministério do Trabalho, mesmo diante das ações para fazer com que as empresas cumpram a lei de cotas, o número de vagas abertas poderia ser maior, de ao menos 764 mil postos.

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O Ministério Público Federal vai ajuizar nos próximos dias ação contra integrantes da cúpula do Ministério do Trabalho por supostas ilegalidades na liberação de sindicatos. Conforme investigação recém-concluída sobre o caso, à qual o ‘Estado’ teve acesso, o secretário das Relações do Trabalho, Carlos Cavalcante de Lacerda, e membros de sua equipe teriam manipulado processos de registro para favorecer entidades, em detrimento de outras.

O MPF também avalia eventual medida contra possível tentativa da pasta de interferir na investigação. Numa reunião com a participação de alguns dos investigados, servidores foram previamente orientados sobre como se portar em depoimento ao procurador Federico Paiva, responsável pelo caso. Uma das orientações foi a de gravar o procurador no depoimento, além de economizar nas declarações, supostamente para evitar "pegadinhas" do investigador. "De repente, vem a vontade de falar uma coisinha a mais. Pode dar problema pra vocês", comentou um dos presentes à reunião, conforme gravação obtida pelo Estado.

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Na ação a ser ajuizada, o MPF sustenta que o ministério desrespeita a fila de protocolo, distribuição, análise e publicação de registros. De acordo com a investigação, a avaliação de pedidos deve seguir a ordem cronológica de entrada, o que não estaria ocorrendo.

O inquérito cita exemplo de um processo que tramitou em tempo recorde, sendo deferido em cerca de quatro meses, ante vários outros que, embora protocolados antes, ainda estão sem desfecho. Para a Procuradoria da República no Distrito Federal, há discrepância no tratamento dado às entidades.

Histórico

O sistema de concessão de registro de sindicatos é alvo de recorrentes denúncias. No governo de Dilma Rousseff, a suspeita de que haveria cobrança de propina para liberar o registro de entidades foi um dos motivos da queda do então ministro, Carlos Lupi (PDT-RJ), em 2011. Na gestão de Michel Temer, a pasta está sob o comando do PTB, partido do ministro Ronaldo Nogueira (RS), e do Solidariedade, cujo presidente, o deputado Paulinho Pereira da Silva (SP), controla a Força Sindical.

O MPF aponta também que a equipe de Lacerda descumpriu obrigação legal ao indeferir o registro de abertura do Sindicato Nacional dos Servidores Efetivos das Agências Reguladoras (Aner Sindical), pois a entidade atenderia às exigências para isso. A negativa, segundo a ação, contrariou um parecer da Advocacia-Geral da União (AGU), favorável à liberação.

A investigação conclui que houve "nítido favorecimento" à entidade concorrente, o Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências), já constituído, que continuou a ser o único representante da categoria, apto a arrecadar contribuições de seus filiados. Os servidores, contudo, alegam que uma decisão judicial impede o registro da Aner Sindical.

Além de Lacerda, a investigação conclui que o coordenador-geral de Registro Sindical, Leonardo Cabral e a chefe de Divisão de Registro Sindical, Renata Frias Pimentel, praticaram atos de improbidade administrativa.

Outro lado

Procurado pelo Estado, o Ministério do Trabalho informou, em nota, que o ministro Ronaldo Nogueira, ao tomar conhecimento da existência de inquérito administrativo por parte do Ministério Público Federal, determinou a instauração imediata de comissão de investigação preliminar na Secretaria de Relações do Trabalho.

"A comissão tem como objetivo apurar possíveis irregularidades na concessão de registro sindical na Coordenação-Geral de Registro Sindical", explicou a pasta, acrescentando que o prazo para o envio de um "relatório circunstanciado sobre a investigação realizada" venceu sexta-feira. "A partir da semana que vem, com o conhecimento do conteúdo da denúncia e investigação, o ministério terá um posicionamento", acrescentou.

O Estado enviou questionamentos aos servidores, por meio da assessoria de imprensa do ministério, mas não houve resposta de cada um.

O coordenador-geral de Registro Sindical, Leonardo Cabral, negou as irregularidades atribuídas pelo MPF aos gestores do ministério. Ele explicou, em entrevista, que não existe lei que regulamente a distribuição processual e que houve mudanças na forma de tratar os pedidos enviados à pasta. Antes, todos entravam numa fila única, conforme a ordem de entrada. Com a troca de governo, a partir do fim do ano passado, eles passaram a ser distribuídos em cinco filas diferentes, de acordo com o tipo de solicitação (federação urbana, federação rural, alteração de estatuto urbano, alteração de estatuto rural e impugnação de decisões). Com isso, afirmou, o andamento de um processo passou a corresponder à velocidade de sua fila.

O coordenador-geral justificou que uma decisão tomada em 2011 pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), já transitada em julgado, impede a concessão do registro à Aner Sindical. Segundo ele, a corte entendeu que o Sinagências é a única entidade com poderes de representação da categoria. "O ministério não pode ir de encontro a uma decisão judicial", argumentou.

O coordenador-geral diz que a Aner Sindical tenta há cerca de oito anos obter o registro, sem sucesso tanto na esfera administrativa quanto na judicial.

Sobre a reunião, ele afirmou que o objetivo não foi o de interferir nas investigações, mas o de prestar esclarecimentos a servidores que haviam sido intimados como testemunhas e oferecer auxílio jurídico.

O advogado do Sinagências, Breno Valadares, afirmou que a entidade é a representante "única e legítima" dos servidores das agências por "diversos motivos". "A carreira é uma só." Ele explicou que o sindicato não recebe imposto sindical, mas apenas contribuições voluntárias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em 2016, 940 trabalhadores foram resgatadas de condições análogas à escravidão pelas Equipes do Grupo Móvel de Fiscalização do Trabalho Escravo do Ministério do Trabalho. Durante todo o ano, as equipes realizaram 145 operações de fiscalização e resgate. 

“É imprescindível que o trabalhador tenha condições decentes, salário justo e segurança para o desempenho de suas atividades. Não seremos jamais coniventes com o trabalho escravo”, afirmou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. “O Brasil não pode conviver com essa prática nefasta, que é um atentado contra a dignidade humana. Essas ações coordenadas pelo Ministério do Trabalho são feitas de forma intensa e vão continuar”, disse.

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Os grupos móveis, criados em 1995, são responsáveis pelo combate ao trabalho análogo à escravidão, atuando em todo o território nacional, especialmente em áreas de difícil acesso, distantes dos grandes centros urbanos e com maior risco a trabalhadores e agentes de fiscalização.

*Com informações do Ministério do Trabalho

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Depois de uma denúncia anônima, feita por volta das 10h30 desta quinta-feira (25) de que haveria uma bomba no Ministério do Trabalho, o grupo antibomba da Polícia Federal (PF) foi acionado e isolou o local. Agentes realizaram uma busca minuciosa no prédio e foi descartada a ameaça.

Os servidores voltaram a circular normalmente as 11h20 pelo prédio e o isolamento continuava apenas nas áreas onde ainda havia destroços de vidros - resultantes da manifestação que ocorreu na capital federal na quarta-feira (24).

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Em meio ao cenário de elevado desemprego, o Ministério do Trabalho lançou nesta terça-feira (23) o aplicativo "Sine Fácil" para que os trabalhadores possam buscar vagas disponíveis no Sistema Nacional de Emprego (Sine) por meio de celulares e tablets. A ferramenta ainda vai permitir aos brasileiros acompanhar os pagamentos do seguro-desemprego e acessar informações sobre o abono salarial, entre outros serviços.

"Temos 13 milhões de pessoas que estão desesperadamente buscando oportunidade de trabalho. Certamente alguns deles não conseguem vaga pela ausência de agência Sine. Agora eles poderão ter acesso a essas vagas disponíveis", afirmou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. De acordo com o ministro, o Sine oferece 50 mil vagas diárias.

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O aplicativo já está disponível para smartphones com sistema Android, que representam quase a totalidade do público-alvo do Sine. No futuro, haverá suporte também para iOS. Segundo o ministro trata-se de uma iniciativa para "melhorar as relações de trabalho" e dar mais eficiência à prestação de serviços.

A ferramenta foi desenvolvida pela DataPrev e vai proporcionar uma redução na pressão que existe hoje sobre a rede de atendimento do Sine. O sistema conta com 51,2 milhões de trabalhadores cadastrados e realiza cerca de 300 mil atendimentos diários, mais da metade deles sobre seguro-desemprego e intermediação de mão de obra.

"Haverá diminuição da pressão sobre a rede de atendimento, e o trabalhador não precisa se deslocar, pagar passagem, para ir a uma unidade do Sine", destacou o gerente do DataPrev Flávio Robson Sampaio. Além disso, o aplicativo vai permitir o acesso em locais onde não há agências Sine.

Pelo Sine Fácil, o trabalhador poderá consultar vagas de emprego de qualquer local e em qualquer horário, de acordo com seu perfil profissional, bem como agendar entrevistas com empregadores. A ferramenta permite ainda acompanhar a situação do benefício do seguro-desemprego. Numa segunda fase, a ideia é expandir o cardápio de serviços disponíveis por meio do aplicativo.

Para os empregadores, por sua vez, o aplicativo vai permitir verificar currículos e selecionar trabalhadores para participar de processos seletivos.

Segundo os técnicos do DataPrev, 1,4 milhão de trabalhadores já tem o "QR Code", uma espécie de código de barras que serve de código de acesso, necessário para que o trabalhador possa utilizar o aplicativo.

Quem ainda não tem o código pode obtê-lo no portal Emprega Brasil (empregabrasil.mte.gov.br), também lançado nesta terça, nas unidades de atendimento do Sine, no termo de homologação da rescisão contratual ou na solicitação do seguro-desemprego.

Após instalar o aplicativo, o trabalhador deverá digitalizar o código utilizando a câmera fotográfica. O código de acesso é individual, e o sigilo de informações é garantido, destacou Sampaio.

O Ministério do Trabalho deflagrou, na quinta-feira (18), ação conjunta com a Polícia Federal para desarticular uma quadrilha especializada em fraudes no Programa do Seguro-Desemprego, FGTS e Consórcios Públicos. A denominada Operação Stellio foi realizada simultaneamente nos estados do Tocantins, Goiás, Pará, Maranhão, Roraima, Paraná e Santa Catarina. A iniciativa resultou na prisão de 70 pessoas.

A fraude se dava a partir do uso inadequado de senhas de agentes terceirizados, que trabalhavam em agências do Sistema Nacional de Emprego (Sine). A investigação apontou um prejuízo de mais de R$ 320 milhões, conforme dados de requerimentos fraudados entre janeiro de 2014 e junho de 2015.

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O chefe da Assessoria de Pesquisa Estratégica do Ministério do Trabalho, João Naylor, ressaltou os benefícios da ação. “A desarticulação desta organização criminosa importará numa significativa redução em tentativas de fraudar o Programa de Seguro-Desemprego”, afirma Naylor.

De acordo com o Ministério do Trabalho, desde dezembro de 2016, o órgão conta com um sistema que identifica e bloqueia requerimentos com indícios de fraude. Desde então, foram identificados mais de 24 mil pedidos de seguro-desemprego com indícios de irregularidades, o que representa economia de mais de R$ 135 milhões aos cofres públicos.

Penalidade

A Justiça Federal em Palmas (TO) determinou a prisão de 14 agentes e ex-agentes de agências do sistema nacional de emprego dos estados de Tocantins, Goiás e Maranhão, que atuaram na inserção de milhares de requerimentos fraudulentos no sistema do Ministério do Trabalho. Também foi determinada a prisão de três ex-funcionários da Caixa Econômica Federal, que facilitavam os saques dos benefícios fraudulentos por outros integrantes da organização criminosa.

Além disso, a Justiça determinou a indisponibilidade financeira de 96 pessoas integrantes da organização criminosa, visando ressarcir o erário público pelos prejuízos, bloqueando o patrimônio dos envolvidos após a deflagração da operação. Os fatos em apuração configuram, em tese, os crimes de estelionato, organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva, cujas penas somadas ultrapassam 50 anos.

Participam da operação cerca de 250 policiais federais. Ao todo, foram cumpridos 136 mandados judiciais, sendo 70 mandatos de prisão, 56 de busca e apreensão e 10 de condução coercitiva.

Sistema antifraude 

O novo sistema de combate a fraudes no seguro-desemprego, implantado pelo Ministério do Trabalho no final de dezembro, identificou até o dia 17 de maio 24.237 pedidos fraudados, num total de R$ 135.600.089,00 bloqueados. Considerados os gastos com os pagamentos, que ainda seriam realizados com as demais parcelas, a economia chega a R$ 384.616.910,00.

Maior estado do País em população e número de trabalhadores, São Paulo teve 5.620 pedidos fraudados já apurados pelo Ministério do Trabalho, seguido de Maranhão, com 4.762 casos, e Alagoas, com 2.423.

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O Ministério do Trabalho resgatou quatro trabalhadores indígenas de uma fazenda em Criciúma, em Santa Catarina, onde eles eram mantidos em condições análogas à escravidão. Contratados para a colheita de frutas, os trabalhadores não recebiam o salário combinado, estavam em situação trabalhista irregular e eram mantidos em condições degradantes. 

De acordo com o ministério, os trabalhadores foram atraídos para a fazenda pela proposta de receber diárias de R$ 80, mas receberam apenas alimentação de baixa qualidade e em quantidade insuficiente. As instalações sanitárias do local eram inadequadas e foram encontradas fezes de rato próximo ao local de preparação da comida. 

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Os empregados não tinham as Carteiras de Trabalho assinadas pelo empregador e não foram submetidos aos exames médicos exigidos pela lei. O empregador também não forneceu os documentos relativos ao contrato de trabalho.

Os trabalhadores foram retirados do local e receberam guias de encaminhamento para receber o seguro desemprego especial para trabalhadores resgatados, que é de um salário mínimo durante três meses. O empregador foi notificado para regularizar a situação com o pagamento dos valores devidos pelos serviços prestados e pela rescisão dos contratos. Ele também foi multado e poderá responder criminalmente e pode pegar uma pena de dois a oito anos de prisão.

“Continuaremos empenhados em garantir a dignidade, a segurança e o salário justo para o trabalhador”, afirmou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. “Persistiremos em nossos esforços de combate a essa prática nefasta, que é um atentado contra a dignidade humana”, complementou.

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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pressiona o Palácio do Planalto para trocar o atual ministro do Trabalho, o deputado licenciado Ronaldo Nogueira (PTB-RS), e indicar um nome ligado ao parlamentar fluminense para a pasta. Maia e alguns líderes governistas estão incomodados com a atuação do ministro contra matérias de interesse do Planalto e de parlamentares da base aliada, como o fim do imposto sindical e o projeto que regulamentou a terceirização irrestrita.

O presidente da Câmara já reclamou de Nogueira diretamente ao presidente Michel Temer. No início de abril, Maia procurou Temer para pedir que obrigasse o ministro a revogar uma instrução normativa da pasta, de 17 de fevereiro, que obrigava servidores públicos a também pagarem o imposto sindical, assim como os demais trabalhadores da iniciativa privada. Em 5 de abril, por ordem do Planalto, Nogueira publicou portaria suspendendo os efeitos da instrução normativa.

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Mesmo com a reclamação de Maia, o ministro continuou fazendo críticas e trabalhando contra o fim da obrigatoriedade do pagamento do imposto sindical proposto pelo relator da Reforma Trabalhista na Câmara, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN). Nogueira atuou ainda contra a regulamentação do trabalho intermitente, também prevista na reforma aprovada pelos deputados no dia 26 de abril e que seguiu para o Senado.

Exonerado temporariamente para participar da votação da reforma no plenário da Câmara, o próprio ministro admitiu que votaria contra as medidas. "O trabalho intermitente e o fim da contribuição sindical não fizeram parte daquele primeiro acordo com trabalhadores. Eu, deputado federal e pessoa humana, preciso honrar minha palavra. Não é o governo. Como deputado continuo contra", disse Nogueira no dia da votação.

Além da atuação do ministro contra matérias de interesses do governo e de deputados da base, Maia reclama da falta de controle de Nogueira sobre os votos dos deputados do PTB. Na votação da urgência para tramitação da Reforma Trabalhista, em 19 de abril, dos 17 integrantes da bancada, quatro votaram contra e cinco nem sequer apareceram para votar.

O Estado apurou que Maia trabalha com dois cenários para substituição de Nogueira. Em um deles, outro nome do PTB seria indicado para o cargo. No outro, o partido seria deslocado para outra pasta. Interlocutores do presidente da Câmara evitam, porém, falar de nomes para um possível substituto, para impedir que o indicado sofra uma "devassa" da imprensa e o ataque do fogo amigo da base, inviabilizando sua indicação.

Procurado, Nogueira não comentou o assunto. Interlocutores de Temer, por sua vez, afirmam que, por enquanto, não há previsão de mudanças na pasta e que o presidente está satisfeito com o trabalho do ministro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

De acordo com o ranking de auxílios-doença concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a dor nas costas é a doença que mais causa afastamento do trabalho por mais de 15 dias, sendo registrados 116 mil benefícios concedidos por esta razão no ano de 2016.

Os dados mostram também que não são as atividades pesadas, mas o serviço público que mais causa afastamentos por dor nas costas, devido ao grande número de funções repetitivas, que podem ocasionar o problema. Em segundo lugar estão as atividades relacionadas ao comércio varejista, em especial supermercados, seguidos dos ramos hospitalar, de construção de edifícios e transporte rodoviário de cargas. 

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“No comércio, a dorsalgia (nome técnico para a dor nas costas) é comum nas pessoas que trabalham como estoquistas, porque elas levantam caixas, fazem movimentos de agachar e levantar e acabam não prestando atenção na postura. Esse mesmo descuido ocorre com quem trabalha em escritório por muito tempo sentado na mesma posição”, explica Viviane Forte, coordenadora-geral de Fiscalização e Projetos do Ministério do Trabalho. 

Apesar da dificuldade para saber se as dores são causadas pela atividade laboral ou por outros fatores, Viviane entende que a postura no trabalho influencia. “As pessoas passam muito tempo do seu dia no trabalho. Se não tiverem o devido cuidado na maneira de se sentarem e realizarem suas atividades, ou se não respeitarem as pausas necessárias ao longo da jornada de trabalho, vão adoecer, independentemente de como e onde tenha surgido a dor”, alerta.

*Com informações do Ministério do Trabalho

Foi concedida uma liminar permitindo a suspensão do decreto do Ministério do Trabalho que proibia os garis de andarem nos estribos dos caminhões de lixo. Em assembleia na manhã desta segunda-feira (10), o Sindicato que representa os trabalhadores da limpeza urbana no Recife (Stealmoaic) determinou a retomada das atividades, que estavam paralisadas desde sexta-feira (7). 

A determinação do Ministério do Trabalho proibia os garis de circular nos estribos dos caminhões, sob o argumento de se tratar de uma questão de segurança. A auditora-fiscal do Trabalho, Aline Amoras, explica que agora as empresas responsáveis pela terceirização dos funcionários possuem uma liminar e não serão punidas caso os garis recolham o lixo da forma convencional. Ela adiciona ainda que está recorrendo junto à Advocacia-Geral da União (AGU). 

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O sindicato da categoria acreditava que a determinação teria como consequência a demissão de muitos funcionários. Em virtude disso, foi decidido em assembleia na sexta-feira que as atividades dos garis estariam paralisadas durante o final de semana. A justiça determinou, na noite do mesmo dia, que 50% dos funcionários deveriam voltar ao trabalho imediatamente. No sábado, no entanto, foi concedida uma liminar permitindo a volta dos trabalhadores aos estribos, suspendendo a determinação do Ministério do Trabalho.

Em nota, o Sindicato esclarece a preocupação com a cidade e explica que será realizado um mutirão que "conta com a participação de varredores, coletores e capinadores para deixar a cidade limpa o mais rápido possível". A Força Sindical de Pernambuco endossa que "a unidade da classe trabalhadora foi importante para evitar demissões da categoria, além de sérios problemas de saúde", e aproveita para parabenizar a classe pela firmeza na mobilização. 

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Oito trabalhadores em situação análoga à escravidão foram resgatados em ação coordenada pelo Ministério do Trabalho no Tocantins. A operação foi motivada por denúncias de condições degradantes de trabalhadores que estariam alojados em um curral, sem banheiros e água potável e sem receber salário. As denúncias foram confirmadas na investigação, que continua até o dia 7 deste mês.

Na Fazenda Pontal, no município de Arapoema, foram encontrados sete trabalhadores. Entre eles, dois adolescentes, um de 16 anos e outro de 17, em um curral. Um bebê de 1 ano e 3 meses, que vivia no local com a mãe desde o nascimento, estava internado em um hospital da região.

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Um dos trabalhadores chegou a receber um único pagamento em dois anos. Luiz Cardoso da Silva, de 69 anos, trabalhava na fazenda há dois anos, junto com a mulher, Terezinha, o neto, Matheus, e a mulher deste, Dalva (mãe do bebê de 1 ano e 3 meses). Silva disse que, pela proposta de trabalho, receberia por produção, fazendo tarefas como reparos em cercas e trato com o gado.

“Não consigo me lembrar da última vez que recebi algum dinheiro do patrão”, falou Silva. Ele disse que, em dois anos de serviços prestados, recebeu R$ 1.700, correspondente ao trabalho de toda a família. Os trabalhadores resgatados foram conduzidos à residência de parentes em Arapoema.

A operação prosseguiu em fazendas do interior do estado do Tocantins. Na região, foram feitas três inspeções próximas do município de Colmeia. Na Fazenda 4 de Outubro, um trabalhador que também se encontrava em situação análoga à escravidão, foi regatado e encaminhado à casa de apoio a vitimas de trabalho escravo da Comissão Pastoral da Terra (CPT) no município de Araguaína.

A operação

A operação teve a atuação de 23 agentes do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM). O objetivo era apurar denúncias de irregularidades relacionadas à exploração de mão de obra escrava e resgatar os trabalhadores. Também participaram da operação o Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal (PF), Defensoria Pública da União (DPU) e Ministério Público do Trabalho (MPT).

De acordo com Ministério do Trabalho, o proprietário da Fazenda Pontal, Joaquim Henrique Elias Soares, não foi localizado. Ele será autuado e chamado a comparecer ao MPT. Uma ação de bloqueio de bens deve ser movida contra ele, informou o Ministério Público Federal, que também entrará com denúncia-crime com base no Artigo 149 do Código Penal e por crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente.

O proprietário da fazenda está sujeito a pena de dois a oito anos de prisão, que pode ser aumentada em 50% por envolver menores de idade, além de multa. Ele também será multado pelo Ministério do Trabalho a partir dos autos de infração, que serão lavrados de acordo com cada uma das irregularidades encontradas. Os valores da multa ainda não foram informados pelo ministério.

Além dos sete resgatados na Fazenda Pontal, oito trabalhadores permaneceram no local, pois estavam em condições de alojamento um pouco melhores. Porém, eles também estão em situação trabalhista irregular, o que foi descrito nos autos da autuação da fazenda. Esses trabalhadores deverão obter o reconhecimento de seus vínculos, receber salários atrasados e ter carteira de trabalho assinada. Eles poderão permanecer na fazenda, desde que o empregador ofereça melhores condições de trabalho.

Escravidão

Segundo a fiscalização, os trabalhadores resgatados no município de Arapoema moravam em um curral, conviviam constantemente com ratos, sapos, morcegos e insetos. Eles eram obrigados a tomar banho vestidos, em uma torneira improvisada, a cerca de meio metro do chão. Eles usavam essa única fonte de água para beber e preparar alimento e lavar roupa e louça. Os trabalhadores chegavam a reservar água em vasilhames de agrotóxicos descartados de maneira irregular.

Para manter os empregados em situação análoga à de escravo, a fazenda aplicava um sistema de endividamento. Os trabalhadores compravam mantimentos e ferramentas em estabelecimentos indicados pelo proprietário da fazenda em uma espécie de conta. No momento em que o trabalhador era chamado a receber seu pagamento, o dono da fazenda lhe informava que havia descontado essas despesas.

Segundo o trabalhador resgatado na operação, o gerente da propriedade, Danúbio Barbosa de Melo, informava que as despesas tinham valor maior do que a remuneração que o trabalhador teria a receber. Dessa forma, o empregado era forçado a continuar na fazenda para quitar a dívida, em um círculo vicioso.

De acordo com o Ministério do Trabalho, depois do resgate dos empregados, os esforços passam a se concentrar no pagamento de verbas rescisórias e salários por todo o período trabalhado. Além disso, há a regularização da situação trabalhista, como assinatura de carteira de trabalho e recolhimento de encargos, como Previdência Social e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O ministério concede imediatamente aos trabalhadores encontrados nessa situação um seguro-desemprego especial, no valor de um salário mínimo, pelo período de três meses.

Lista Suja

A operação foi feita quatro dias após a divulgação da lista suja do trabalho escravo. Depois de quase três anos sem ser atualizada e após uma intensa disputa judicial entre governo e Ministério Público do Trabalho, o cadastro de empresas autuadas por submeter seus empregados a condições análogas à escravidão foi publicado. A lista tem 68 empregadores que foram flagrados por fiscais submetendo trabalhadores a essa situação.

De acordo com o documento, de 2011 até o final do ano passado, 503 trabalhadores estavam em situação de trabalho degradante. O total refere-se apenas aos casos em que houve decisão administrativa pela punição aos empregadores sem possibilidade de recurso.

Mais de 3,6 milhões de microempreendedores foram beneficiados com investimentos de R$ 11 bilhões, oriundos do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO), do Ministério do Trabalho, em parceria com bancos públicos. O balanço do ano passado foi divulgado nesta sexta-feira (31).

A política visa fortalecer o empreendedorismo de pequeno porte, individual ou coletivo, para promover a inclusão social e o desenvolvimento em âmbito local. O microcrédito destinou mais de 80% dos recursos para capital de giro. Além disso, as mulheres empresárias são o principal perfil atendido, correspondendo a mais de 60% das operações.

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O Microcrédito Produtivo Orientado é um empréstimo de pequena quantia a pessoas envolvidas com atividades produtivas, geralmente informais. Os dados mostram, ainda, que os empreendedores que atuam por conta própria representam mais de 90% dos clientes atendidos.

Segundo a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios do IBGE (Pnad), o número de empreendedores no País corresponde a um quarto da força de trabalho ocupada (24,4%) e ultrapassa os 23,1 milhões de pessoas. Desses, 84,6% são trabalhadores por conta própria e 15,4% são empregadores.

Nesse contexto, estimativas realizadas indicam que pode chegar a 21,8 milhões de pessoas o número de empreendedores que podem se tornar clientes do PNMPO – 85,7% trabalhadores por conta própria e 14,5% empregadores. Desse total, 80,9% estão em áreas urbanas e 19,1% em áreas rurais.

PNMPO

O Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado foi instituído pela Lei nº 11.110/2005 para incentivar a geração de trabalho e renda entre os pequenos empreendedores e oferecer apoio técnico às instituições parceiras. É destinado a microempreendedores populares, formais e informais, com atividades produtivas de pequeno porte e faturamento anual de até R$ 120 mil.

As principais fontes de recursos são do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e dos 2% dos depósitos compulsórios à vista junto ao Banco Central. Para ter acesso ao microcrédito, os eventuais tomadores devem procurar as instituições habilitadas. A relação está disponível no portal do Ministério do Trabalho.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) pediu uma liminar na sexta-feira (10) no Tribunal Superior do Trabalho (TST) pedindo a suspensão da decisão do presidente do tribunal, Ives Gandra, que mandou suspender a divulgação do Cadastro de Empregadores flagrados com mão de obra análoga à escravidão, conhecido como 'Lista Suja'. 

A decisão do presidente do TST foi dada no mesmo dia em que vencia o prazo para o Ministério do Trabalho divulgar a lista. Um dia antes (9), o ministério havia perdido um recurso pela suspensão da divulgação no Tribunal Rgional do Trabalho do Distrito Federal (TRT-DF), quando o presidente do tribunal, desembargador Pedro Luís Vicentin Foltran, negou o pedido e manteve a decisão pela divulgação da lista. 

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O recurso foi assinado pelo subprocurador-geral do Trabalho  Manoel Jorge e Silva Neto.  Ele reforça que “não produz mal estar algum a publicação do Cadastro, exceto para os que exploram a ingenuidade e a hipossuficiência dos trabalhadores brasileiros; e o Poder Executivo deve porfiar, sempre, pela sedimentação de políticas públicas, pois o Estado não é um fim em si mesmo, mas instrumento à realização de fins inerentes à humana condição; fins que, em suma, se vinculam à razão de ser e de existir de toda sociedade política: a dignificação do indivíduo”. 

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O Ministério Público do Trabalho irá recorrer pela manutenção da liminar que obriga o Ministério do Trabalho e a União a divulgar o cadastro de empregadores flagrados explorando mão de obra análoga à escravidão, conhecida como 'Lista Suja'. O prazo final da liminar para que a lista fosse divulgada era a última terça-feira (7), o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra, deu decisão favorável ao recurso da Advocacia-Geral da União (AGU) pela adiação da divulgação da lista pelo Ministério do Trabalho. 

O procurador-geral do Trabalho Ronaldo Fleury lamentou a decisão do presidente do TST: ""Ele jogou por terra um dos mais importantes instrumentos de combate ao trabalho escravo no Brasil". O MPT afirma ainda que o governo federal vinha descumprindo a Portaria Interministerial que determina a divulgação da lista há sete meses. O Ministério do Trabalho, por sua vez, afirma que a divulgação deve ser adiada e a forma de avaliação para inclusão de empregadores na lista deve ser revista para sua modernização e maior segurança. Para isso foi criado um grupo de trabalho para realizar a revisão dessas normas de inclusão. 

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A AGU também havia entrado com um recurso pela adiação na última sexta-feira (3), no entanto o mesmo foi negado pelo presidente do Tribunal Regional do Trabalho do Distrito Federal, desembargador Pedro Luís Vincentin Foltran, negou o pedido alegando que "a inclusão de um nome no cadastro constitui a etapa final de todo um procedimento fixado por normas específicas editadas, repita-se,  pelo próprio Ministério do Trabalho, órgão da Administração Federal responsável e estruturado para apurar as denúncias de irregularidades e fiscalizar o trabalho em todo o território nacional”. 

Criação da Lista 

A Lista Suja do trabalho escravo foi criada em 2003. No ano de 2004 um dos empregadores listados questionou a legalidade da divulgação do cadastro no Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro Ricardo Lewandowski suspendeu a divulgação.

Para manter a divulgação, a União publicou uma Portaria Interministerial reformulando os critérios para inclusão e retirada de empregadores do cadastro, no entanto desde 2014 o Ministério do Trabalho não fez mais atualizações no cadastro. 

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*Com informações do Ministério Público do Trabalho

O prazo que a Justiça do Trabalho deu, através de liminar, para que a União e o Ministério do Trabalho divulguem o Cadastro de Empregadores flagrados com mão de obra análoga ao trabalho escravo se encerra na próxima terça-feira (7). O ministério, no entanto, já declarou que não divulgará as informações agora. Em vez disso, um grupo de trabalho inicia suas atividades nesta quinta-feira (2). Segundo o Ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, o "objetivo é estabelecer regras claras para a inclusão de empresas no cadastro e evitar a judicialização do tema". 

A decisão judicial que determina a divulgação imediata da lista atende a pedidos de uma ação civil pública do Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal (MPT-DF) e prevê uma multa de R$ 10 mil por dia em caso de descumprimento, além da possibilidade de aplicar outras medidas para a efetivação da liminar.

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Para o coordenador nacional de Erradicação do Trabalho Escravo do MPT, Tiago Cavalcanti, "não há motivos para se esconder os nomes dos empregadores que exploram o trabalho escravo. Até porque é direito de todos ter acesso ao resultado de inspeções e auditorias promovidas pela Administração. Considerando que já existe decisão judicial impondo a publicação da lista, o Ministério Público do Trabalho espera sinceramente que a União e o Ministro do Trabalho cumpram a decisão e promovam a divulgação nominal dos empregadores escravagistas". 

O Ministro do Trabalho, por sua vez, afirmou por meio de nota divulgada no site do Ministério que "optar pela formação de um grupo de estudo com representantes do governo e de entidades civis, o governo quer ter a garantia de que as normas serão transparentes e justas para identificar e divulgar quem comete esse tipo de crime" e que segue "fazendo gestões permanentes para combater a ocorrência de trabalho análogo à escravidão". 

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O Ministério do Trabalho divulgou nota oficial em seu site oficial sobre a decisão da Justiça que determinou a divulgação da lista de empregadores flagrados explorando mão de obra análoga à escravidão, conhecida como 'Lista Suja'. 

No texto oficial, o ministério declarou que "optou por temporariamente não divulgar o Cadastro, por considerar que a Portaria que hoje regula a formação da lista, assinada às pressas no último dia do governo anterior, não garante aos cidadãos instrumentos de efetivo exercício dos direitos constitucionalmente assegurados ao contraditório e à ampla defesa, bases sob as quais se firma qualquer nação civilizada".  

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Além disso, o texto afirma que há um grupo de trabalho que visa "aprimorar técnica e juridicamente o modelo de produção e divulgação do Cadastro, pretendendo assim dar a segurança jurídica necessária a um ato administrativo com efeitos tão contundentes". O grupo tem até o dia 29 de julho, data em que deve ser proposta "uma nova diretriz normativa para o tema, que prime pela segurança jurídica à cidadania".

Na mesma nota, o Ministério afirma que seus agentes seguem promovendo ações de combate ao trabalho escravo: "o Ministério informa que as operações de fiscalização de combate ao trabalho análogo ao de escravo continuam sendo feitas pelos agentes da pasta, independentemente da publicação do cadastro, assim como demais ações repressivas". 

Confira a nota na íntegra: 

"O Ministério do Trabalho considera a divulgação do Cadastro de Empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à de escravo um dos relevantes instrumentos de combate a essa prática que atenta contra o princípio da dignidade da pessoa humana, um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito brasileiro. 

Contudo, diante da longa história de judicialização que envolve tal questão, fruto de instrumentos normativos redigidos à toque de caixa e sem a devida profundidade técnica requerida por tema tão controverso, que inclusive acarretou a proibição da divulgação da chamada “Lista Suja” por vários anos por determinação expressa do Supremo Tribunal Federal, o Ministério do Trabalho optou por temporariamente não divulgar o Cadastro, por considerar que a Portaria que hoje regula a formação da lista, assinada às pressas no último dia do governo anterior, não garante aos cidadãos instrumentos de efetivo exercício dos direitos constitucionalmente assegurados ao contraditório e à ampla defesa, bases sob as quais se firma qualquer nação civilizada.

Nesse sentido, o Ministério do Trabalho (MTb) editou a portaria 1.429, de 16 de dezembro de 2016, criando um amplo Grupo de Trabalho que visa aprimorar técnica e juridicamente o modelo de produção e divulgação do Cadastro, pretendendo assim dar a segurança jurídica necessária a um ato administrativo com efeitos tão contundentes.

Como exemplo dessa contundência, no Estado de São Paulo empresas que estiverem inclusas na lista são obrigadas a fechar as portas, para citarmos apenas uma de suas severas e necessárias consequências.

Na forma da referida portaria foram convidados a participar do GT o Ministério Público do Trabalho, a OAB, representantes do governo, dos trabalhadores e dos empregadores, respeitando o modelo de representação tripartite da OIT. O GT tem prazo final de conclusão dos trabalhos previsto para o dia 29 de julho, data na qual deve ser proposta uma nova diretriz normativa para o tema, que prime pela segurança jurídica à cidadania.

Afinal, eventuais inclusões indevidas não apenas redundariam em injustiças com graves consequências a cidadãos e empresas, gerando desemprego, como acarretariam nova judicialização do tema, comprometendo a credibilidade do Cadastro, fator essencial para que o mesmo alcance os objetivos almejados.

Por outro lado, o Ministério informa que as operações de fiscalização de combate ao trabalho análogo ao de escravo continuam sendo feitas pelos agentes da pasta, independentemente da publicação do cadastro, assim como demais ações repressivas.

Como exemplo, ressalte-se que há poucos dias o ministro Ronaldo Nogueira assinou o Protocolo à Convenção 29 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), de combate ao trabalho forçado. O documento foi enviado ao Congresso Nacional, para ratificação.

O texto elenca uma série de medidas preventivas, reparatórias ou de proteção para a erradicação do trabalho forçado, em especial contra mulheres e crianças. Antes mesmo da assinatura do protocolo, o Brasil já cumpria as normas de combate a trabalhos forçados previstas no documento. Nos últimos 15 anos, os auditores fiscais do trabalho resgataram mais de 15 mil trabalhadores em situação de trabalhos forçados.

Por fim, refira-se que a postura serena e cautelosa da Administração Pública está amparada em decisão judicial que reconsiderou a decisão liminar que determinava a divulgação da lista.

Nem sempre a postura responsável é a mais fácil de ser tomada, mas ao gestor público incumbe a tarefa primeira de respeitar e fazer respeitar as leis do país, em especial a Constituição da República.

Nenhum direito é absoluto, e os direitos de cada cidadão são limitados pelos direitos dos outros. Dessa harmonia, dessa convivência pacífica e plural, nasce a democracia em que vivemos". 

O Ministério do Trabalho lançou, em parceria com o Departamento de Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o Observatório do Mercado de Trabalho, que tem o objetivo de monitorar, produzir dados e análises sobre o mercado de trabalho formal e informal em Pernambuco. Os resultados obtidos pelo observatório deverão auxiliar na formulação políticas públicas de emprego, trabalho e renda no Estado.

A Superintendência Regional do Trabalho de Pernambuco participou do evento de lançamento do Observatório na última quinta-feira (2), no auditório da Associação dos Docentes da UFPE. De acordo com o superintendente Geovane Freitas, o observatório é um espaço importante de discussão: "Com o observatório os pesquisadores e estudantes poderão conhecer de forma real e por dados sistematizados a situação do trabalho em Pernambuco”. 

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A analista técnica de Políticas Sociais Patricia dos Anjos participou da criação do Observatório e afirma que a implementação do projeto “demandou muito esforço para articular parceiros e fortalecer os atores sociais, a fim de reunir dados que possam fomentar as políticas públicas do estado. O nosso grande desafio é o diagnóstico da demanda da sociedade”. 

Participaram dos debates o coordenador do Observatório Nacional do Mercado de Trabalho do Ministério do Trabalho, Vinicius Lobo, o professor e sociólogo da UFPB, Roberto Véras de Oliveira, o professor e economista da UFPE, Tarcisio Patricio de Araujo, e a pesquisadora do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Milena Prado.

O ministro do trabalho Ronaldo Nogueira assinou, nessa quarta (19), documento que reconhece o trabalho forçado como uma violação dos direitos humanos que perpetua a pobreza e desigualdade social ao redor do mundo. Com isso, o Brasil será um dos países que devem realizar um trabalho de orientação com empresários para identificar e prestar contas sobre a forma como tratam os riscos da prática.

A assinatura ratifica o Protocolo à Convenção 29 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), para combate ao trabalho forçado. O texto, que já foi enviado ao Congresso Nacional, também traz pontos relativos à erradicação do trabalho infantil. 

O Protocolo 29 da OIT foi aprovado em 2014 durante a 103ª Conferência Internacional do Trabalho, onde o Brasil foi porta-voz e coordenador do Grupo da América Latina e Caribe. Ratificado pela Argentina, Estônia, França, Mali, Níger, Noruega, Panamá, Reino Unido e República Tcheca, o documento entrou em vigor no dia 9 de novembro de 2016. 

Trabalho forçado no mundo 

Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), mais da metade dos casos de trabalho forçado envolvem mulheres e meninas, principalmente em atividades domésticas ou exploração sexual. Cerca de 20 milhões de pessoas são submetidas a condições análogas à escravidão em todo o mundo. Esse tipo de situação movimenta US$ 150 bilhões anualmente. 

Com informações do Portal Brasil

A construção civil foi a maior responsável pelo fechamento de vagas formais no mês de agosto, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Ao todo, foram extintos 22.113 postos na atividade só no mês passado, informou o Ministério do Trabalho.

A agricultura apareceu na sequência, com o encerramento de 15.436 vagas com carteira assinada em agosto. Também foram responsáveis pelas demissões líquidas o setor de serviços (-3.014 postos), os serviços industriais de utilidade pública (-488 postos) e a administração pública (-450 vagas).

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O resultado do Caged em agosto não foi pior porque a indústria de transformação mostrou uma importante recuperação, com a abertura de 6.924 vagas. Além disso, o comércio (888 postos) e a indústria extrativa mineral (366 postos) também contrataram mais do que demitiram em agosto.

Na próxima sexta-feira (23), o Ministério do Trabalho realizará a terceira edição do Dia D- Dia de Inclusão Social e Profissional. A ação integra a da Semana de Mobilização para Inclusão de Pessoas com Deficiência e Reabilitados pelo INSS no mercado de trabalho, que contará com atividades em várias localidades.

Segundo o Ministério do Trabalho, objetivo do evento é promover o atendimento exclusivo para a inclusão da pessoa com deficiência e reabilitada da Previdência Social no mercado formal de trabalho. Na ocasião, quase 60 empresas oferecerão vagas de emprego, como companhias dos segmentos de supermercados, hospitais, prestadoras de serviços, comércio atacadista e varejista.

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O público poderá se credenciar para as vagas das 8h às 17h, na Agência do Trabalho da Rua da Aurora e nas unidades da Avenida Rio Branco e de Jaboatão dos Guararapes. Além das ofertas de emprego, serão oferecidos cursos de aprendizagem profissional conduzidos pela Rede S e CIEE.

De acordo com o coordenador do Projeto de Fiscalização de Inclusão da Pessoa com Deficiência no mercado do trabalho da SRTE/PE, Fernando Sampaio, ainda existe resistência das empresas no cumprimento de cotas para a contratação de pessoas com deficiência. “Na maioria dos casos a resistência é por conta da discriminação, falta de capacitação dos gestores para lidar com a temática e ainda desconhecimento das potencialidades das pessoas com deficiência”, comentou Sampaio, conforme informações da assessoria de imprensa. 

Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais – RAIS 2015, o Brasil conta com mais de 403 mil pessoas com deficiência ou reabilitadas no mercado de trabalho. O recorte pernambucano em relação a 2015 é de 13 mil pessoas contratadas formalmente.

Saiba mais 

Lei de Cotas - A Lei Federal nº 8.213/91 (Lei de Cotas) obriga que todas as empresas privadas com mais de 100 funcionários devem preencher entre 2 e 5% de suas vagas com trabalhadores que tenham algum tipo de deficiência. As empresas que possuem de 100 a 200 funcionários devem reservar, obrigatoriamente, 2% de suas vagas para pessoas com deficiência; entre 201 e 500 funcionários, 3%; entre 501 e 1000 funcionários, 4%; empresas com mais de 1001 funcionários, 5% das suas vagas.

Lei Brasileira de Inclusão - Desde janeiro deste ano entrou em vigor a Lei 13.146/15 - Lei Brasileira da Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI), que ampliou os direitos das pessoas com deficiência para das as áreas, trabalho, educação, saúde, comunicações, etc, visando a inclusão das pessoas com deficiência na sociedade, por meio de políticas públicas ou de iniciativas a cargo das pessoas e empresas.

A LBI veda a exigência de aptidão plena nas contratações de pessoas com deficiência e considera discriminação as recusas de promover adaptações razoáveis e de fornecer tecnologias para esses funcionários.

Serviço:

Dia D – Dia de Inclusão Social e Profissional

Data: 23/09/2016 (sexta- feira)

Horário: 8h – 17h

Locais de atendimento:

Agência do Trabalho 

Rua da Aurora, nº 425, Boa Vista, Recife

Fone: (81) 3183-7027

Agência de Emprego do Recife

Avenida Rio Branco, nº 155, Recife Antigo

Fone: (81) 3355-2904

Agência do Trabalhador de Jaboatão dos Guararapes

Praça Dantas Barreto, s/nº, Jaboatão Centro

Fone: (81) 3343-6512.

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