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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) articula a importação de 2 milhões de doses prontas da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca para começar o calendário de imunização contra a covid-19 já neste mês. O laboratório brasileiro ainda informou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que irá pedir o aval para uso emergencial do produto na próxima semana.

Em ofício de 31 de dezembro de 2020, a Fiocruz pede que a Anvisa libere a importação excepcional destas doses. A informação foi divulgada pela revista Veja e confirmada pelo Estadão. Importações deste tipo costumam ser avaliadas em reunião da diretoria colegiada da agência, que é formada por cinco membros.

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A ideia do laboratório brasileiro era só entregar vacinas prontas em fevereiro. No mês anterior, chegaria ao Brasil o insumo farmacêutico da vacina, que terá fases finais de produção feitas na Fiocruz. O laboratório disse à Anvisa, porém, que busca formas de antecipar a entrega do produto finalizado, "considerando o grave quadro sanitário" e a "aceleração dos números de mortes associadas à covid-19". Por isso, a estratégia passou a ser trazer algumas doses totalmente preparadas no exterior.

O Reino Unido autorizou em 30 de dezembro o uso emergencial da vacina de Oxford/AstraZeneca contra o novo coronavírus, em regime de aplicação de duas doses completas, com intervalo de um a três meses. Nos ofícios enviados à Anvisa, a Fiocruz não informa quantas pessoas pretende imunizar a partir dos dois milhões de doses, nem a data prevista para o início da campanha. O Ministério da Saúde afirma que, no melhor cenário, a vacinação começa em 20 de janeiro no País.

A Anvisa estima que avaliará pedidos de uso emergencial de vacinas em no máximo dez dias. A diretora responsável pela área de vacinas, Meiruze Fritas, disse, em entrevista ao Estadão, que o aval pode ser dado até mais cedo, pois serão considerados os dados já apresentados pelas farmacêuticas. Com esta permissão, é possível começar a vacinação em grupos restritos pelo SUS, como de profissionais de saúde ou idosos.

A vacina que será fabricada na Fiocruz é a aposta do governo Jair Bolsonaro contra a covid-19. A ideia é distribuir 210,4 milhões de doses em 2021, que serviriam para imunizar mais de 105 milhões de pessoas. O governo investiu cerca de R$ 2 bilhões para a compra de doses e transferência de tecnologia para a Fiocruz. No plano nacional de imunização, o governo prevê aplicar doses desta vacina em cerca de 50 milhões de brasileiros de grupos prioritários ainda no primeiro semestre.

"Essas vacinas serão fornecidas pelo Serum Institute of India, parceiro tecnológico da Fiocruz, fornecedor do PNI e ator central na produção e distribuição em escala global dessa vacina, inclusive por intermédio da iniciativa COVAX. No entanto, para levarmos a cabo essa operação, faz-se necessária a autorização prévia da Anvisa para importação dessa vacina em caráter de excepcionalidade", informa a Fiocruz à agência. Ao pedir a liberação da importação, o laboratório coloca como justificativa a "situação de emergência sanitária que requer o início da vacinação no menor prazo possível."

A falta de transparência na divulgação dos dados dos testes clínicos e um erro de dosagem que levou a dois resultados de eficácia desta vacina - 62% quando aplicada em um regime de duas doses completas e 90% com meia dose seguida de outra completa - geraram questionamentos dos especialistas.

Responsável por coordenar o estudo clínico da vacina no Brasil, a médica Lily Yin Weckx disse ao Estadão que a primeira dose da vacina já mostra eficácia de cerca de 70% contra a doença, mas em intervalo curto.

"A gente ainda pode ficar com a média de eficácia de 70%. O estudo continua, teremos um ano de segmento para ver a persistência da proteção, dos anticorpos, de segurança, etc. O que é importante é que temos uma vacina segura, eficaz e que pode fazer a diferença na pandemia. Esses números de 60%, 70%, 80% são de proteção contra a doença covid. Mas se considerarmos doenças graves e hospitalização, a vacina foi capaz de evitar quase 100%. Entre as pessoas que foram vacinadas, nenhuma delas teve uma doença grave nem ficou hospitalizada por covid. Todas as hospitalizações ocorreram no grupo controle", disse a médica.

O Reino Unido autorizou nesta quarta-feira, 30, o uso emergencial da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. A agência regulatória britânica (MHRA) aprovou o regime de aplicação de duas doses completas, com intervalo de 1 a 3 meses. No Brasil, o pedido de uso emergencial pode ser feito na semana que vem pela Fiocruz, que tem acordo com a AstraZeneca. A vacina de Oxford é a principal aposta do governo Jair Bolsonaro para vacinar a população.

É a 2.ª vacina aprovada no Reino Unido, que já havia dado aval à Pfizer. O imunizante de Oxford era bastante esperado por ser mais barato e de mais fácil distribuição. Suas doses podem ser conservadas em freezers convencionais, sem a necessidade de guardar a -70 °C. A Argentina também liberou o uso emergencial do produto ontem.

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Essa vacina é vista como essencial para imunização em massa em países populosos como o Brasil. A falta de transparência na divulgação dos dados dos testes clínicos e um erro de dosagem que levou a mais de um resultado de eficácia haviam motivado questionamentos dos especialistas.

A eficácia média da vacina, segundo os pesquisadores, é de 70% - abaixo do patamar de 90% de imunizantes como os da Pfizer e da Moderna, mas acima dos 50% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Já o grau de proteção no grupo de maior risco, os idosos, ainda não é conhecido. Mesmo sem esse dado, o governo britânico deve iniciar a vacinação de pessoas acima de 80 anos, trabalhadores de saúde e residentes de asilos no dia 4.

Munir Pirmohamed, diretor do setor de farmacogenômica do sistema de saúde britânico (NHS), disse ontem que o imunizante pode ter 80% de eficácia quando aplicadas duas doses completas com intervalo de três meses. Este dado não havia sido divulgado previamente. "Também analisamos o regime de meia dose (que garante 90% de eficácia, conforme a AstraZeneca), mas sentimos que os resultados não se confirmavam na análise completa."

Em uma nova abordagem, o Reino Unido disse que a prioridade será dar a 1.ª dose ao maior número de pessoas em grupos de risco, em vez de fornecer as duas doses necessárias no menor tempo possível. Isso porque dados mostram que a proteção começa a fazer efeito 15 dias após a aplicação da 1.ª dose.

No Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reuniu ontem com representantes da AstraZeneca no Brasil para discutir uma previsão de pedido de uso emergencial. A Fiocruz diz que pode apresentar semana que vem a documentação necessária.

"Estamos analisando todas estas situações, mas isso ainda não está definido porque depende de ter as doses de vacina para fazer sentido. Estamos muito avançados no processo de registro", disse Nísia Trindade, presidente da Fiocruz. Segundo ela, a Fiocruz deve entregar até dia 15 à Anvisa os documentos necessários para o registro definitivo - autorização diferente daquela que poderia ser pedida já na próxima semana.

Segundo a Anvisa, o prazo de avaliação é de até dez dias contados a partir da entrada do pedido formal para uso de emergência, mas pode ser menor, tendo em vista que informações apresentadas na submissão contínua para registro serão consideradas. A medida, diz a agência, é para evitar "o retrabalho". A Anvisa já certificou a fábrica da AstraZeneca, na China, que produz o insumo farmacêutico.

A Fiocruz prevê entregar as primeiras doses da vacina de Oxford a partir de 8 de fevereiro. "Com a chegada do Ingrediente Farmacêutico Ativo, em janeiro, podemos contar com a liberação pela Fiocruz de aproximadamente 10 milhões de doses em um processo contínuo durante o mesmo mês, chegando a uma produção acumulada de aproximadamente 30 milhões de doses no final de fevereiro, continuamente liberadas em março, em um processo dinâmico de entregas", prevê o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger.

A proposta da Fiocruz é entregar 100,4 milhões de doses da vacina até o final do 1.º semestre. O governo investiu R$ 1,9 bilhão para compra, processamento e distribuição desse montante. No 2.º semestre, a produção passará a ser 100% nacional e mais 110 milhões de doses devem ser entregues ao ministério, totalizando cerca de 210 milhões de doses.

Sem calendário fechado. O governo, porém, ainda não fechou um calendário de vacinação - México e Argentina já começaram. O ministério afirmou anteontem trabalhar com duas datas. No cenário mais otimista, começaria em 20 de janeiro. Mas também informa que o início pode ser até 10 de fevereiro. O governo paulista prometeu vacinar a partir de 25 de janeiro com a Coronavac, produzida em parceria do Instituto Butantã e o laboratório chinês Sinovac. O imunizante, porém, não teve os dados de eficácia apresentados e ainda não tem registro.

STF prorroga lei que prevê 72h para aval de imunizante

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu ontem manter em vigor trechos de uma norma que prevê prazo de 72 horas para a Anvisa autorizar o uso de vacinas já registradas por autoridades de saúde de outros países. Com a virada do ano, a lei caducaria, porque está atrelada a um decreto legislativo que fica sem efeito a partir de 2021.

A lei prevê 72 horas para que a Anvisa dê aval ao uso no País de imunizantes da covid-19 registrados pelas autoridades sanitárias dos Estados Unidos, Europa, China ou Japão. O aval automático só será dado se a agência não se manifestar no prazo. Não vale o mesmo prazo se estas vacinas tiverem só aval emergencial no exterior.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Argentina concedeu nesta quarta-feira autorização para a vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca e a Universidade de Oxford, tornando-se o segundo país a dar sinal verde a esse imunizante, depois do Reino Unido, anunciou a Administração Nacional de Medicamentos (Anmat).

O produto, para o qual a Argentina fechou acordo de fabricação, foi inscrito no "registro de vacinas de interesse sanitário em emergências", pelo prazo de um ano, informou o órgão em sua resolução. "A vacina apresenta um balanço risco-benefício aceitável, permitindo sustentar a incrição."

O órgão assinalou que "deverá ser cumprido o Plano de Gestão de Riscos (PGR) estabelecido para o acompanhamento estreito da segurança e eficácia do medicamento, e deverão ser apresentados os relatórios de avanço e as modificações correspondentes ao Instituto Nacional de Medicamentos".

Argentina e México têm acordo para produzir a vacina Oxford/AstraZeneca e distribuí-la na América Latina. O imunizante é o terceiro contra a doença aprovado pelo governo argentino. O país, de 44 milhões de habitantes, soma 1,6 milhões de infectados e mais de 43 mil mortos.

O governo de Alberto Fernández contempla adquirir 51 milhões de doses de diferentes vacinas.

A presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, comemorou a aprovação, no Reino Unido, da vacina desenvolvida pela farmacêutica Astrazeneca e pela Universidade de Oxford. Devido a um acordo de transferência de tecnologia, a Fiocruz vai produzir o imunizante no Brasil e prevê concluir o envio de documentos sobre a vacina para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) até 15 de janeiro.

"Estamos todos com a esperança reanimada, digamos assim, com a notícia do registro da vacina da Astrazeneca, que será, no Brasil, uma vacina Astrazeneca/Oxford/Fiocruz", disse Nísia Trindade. "É um dia histórico, porque é mais um elemento de esperança diante de uma situação de tanto sofrimento. Uma esperança que vem da ciência e de uma visão de saúde pública, porque essa vacina é não só eficaz, não é só de alta qualidade, mas também é uma vacina adequada para países de população do tamanho do nosso país, com as suas diferenças regionais e sociais. É uma vacina adequada para o nosso Sistema Único de Saúde".

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A Fiocruz prevê produzir 100 milhões de doses da vacina a partir de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado no primeiro semestre do ano que vem. No segundo semestre, mais 110 milhões de doses devem ser produzidas inteiramente no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), vinculado à fundação.

A produção deve começar antes mesmo da concessão do registro da vacina no Brasil, para que já haja doses disponíveis quando a aplicação for liberada. Documentos referentes ao desenvolvimento da vacina já vem sendo analisados em bloco pela Anvisa desde outubro, e o último bloco de informações deve ser enviado à agência no mês que vem. Em seguida, a Fiocruz espera entregar o primeiro 1 milhão de doses ao Ministério da Saúde antes de 8 de fevereiro.

Doação

A presidente da Fiocruz recebeu parlamentares estaduais do Rio de Janeiro e o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para uma cerimônia que marcou a doação de R$ 20 milhões do Fundo Especial da Alerj, que serão destinados a um plano de enfrentamento à covid-19 nas favelas do Rio de Janeiro. A elaboração do plano será coordenada pela Fiocruz.

Segundo Nísia Trindade, uma das primeiras ações será o lançamento de um edital público de R$ 17 milhões para apoiar 140 projetos com diferentes focos, como apoio social, comunicação e saúde mental.  A presidente da fundação destacou que a conscientização sobre a vacinação estará entre os assuntos que serão abordados junto aos moradores das comunidades do Rio de Janeiro.

O presidente da Alerj, André Ceciliano (PT), também comemorou a aprovação da vacina Astrazeneca/Oxford no Reino Unido e avaliou que o meio termo entre a preservação da economia e a prevenção da doença é a vacinação. "A gente espera que essa contribuição da Alerj possa contribuir para essas ações e em especial para a vacinação da população do nosso estado".

 

Econômica e fácil de armazenar. Estas são algumas das características da aguardada vacina AstraZeneca/Oxford, aprovada nesta quarta-feira (30) pela Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos para a Saúde (MHRA, na sigla em inglês) do Reino Unido e que tem cinco características essenciais.

- Prática

A vacina AstraZeneca/Oxford tem a vantagem de ser mais acessível economicamente (custa 2,50 libras a dose, US$ 3,40).

O fármaco pode ser conservado na temperatura de um refrigerador, entre dois e oito graus centígrados, ao contrário das vacinas da Moderna e Pfizer/BioNTech, que no longo prazo podem ser armazenadas apenas a temperaturas muito reduzidas (-20°C no primeiro caso e -70°C no segundo).

Isto facilita uma vacinação em larga escala.

- Eficaz

O diretor-executivo da AstraZeneca, Pascal Soriot, afirmou que a vacina é capaz de combater a nova variante do coronavírus, responsável por um novo surto de casos no Reino Unido.

"No momento, consideramos que deve ser eficaz contra a mutação", declarou Soriot ao jornal Sunday Times. "Mas não podemos ter certeza, então faremos testes", completou.

Também afirmou que serão preparadas novas versões, em caso de necessidade.

- Produto britânico

A vacina foi elaborada pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford. Esta é a segunda vacina aprovada pela MHRA, após a da Pfizer/BioNTech, aplicada no Reino Unido desde 8 de dezembro em mais de 600.000 pessoas.

Reino Unido, um dos países da Europa mais afetados pela pandemia com mais de 71.000 mortes, encomendou 100 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford, e 40 milhões estarão disponíveis até o fim de março. A vacinação deve começar em 4 de janeiro.

A AstraZeneca afirma que será capaz de produzir três bilhões de doses de sua vacina para todo mundo em 2021.

- Chimpanzés

A vacina Oxford/AstraZeneca é de "vetor viral": toma como base outro vírus (um adenovírus de chimpanzé) que foi transformado e adaptado para combater o coronavírus.

É a primeira vacina que teve os resultados de eficácia validados por uma revista científica. De acordo com os dados publicados pela The Lancet em 8 de dezembro, o fármaco "é seguro e eficaz".

Dos 23.754 voluntários que participaram dos testes, apenas um paciente vacinado sofreu um "efeito indesejável grave que provavelmente está relacionado" com a injeção, de acordo com os dados publicados pela revista.

O caso foi de mielite transversa (um transtorno neurológico raro), o que motivou a suspensão temporária dos testes em setembro.

- Erro

Nos resultados parciais dos testes clínicos, o laboratório britânico anunciou em novembro que a vacina tinha média de eficácia de 70%, enquanto as da Pfizer/BioNTech e Moderna superam 90%.

A eficácia da vacina AstraZeneca/Oxford alcança 90% para os voluntários que inicialmente receberam meia dose e um mês mais tarde uma dose completa, mas apenas de 62% para outro grupo que foi vacinado com duas doses completas administradas com um mês de intervalo.

A injeção de meia dose aconteceu por erro e apenas um pequeno grupo seguiu este protocolo, o que gerou críticas e preocupação. Isto levou a empresa a anunciar em 26 de novembro um "estudo adicional" para verificar os resultados.

"Acreditamos que encontramos a fórmula vencedora e como obter uma eficácia que, com duas doses, está à altura das demais", disse Soriot ao Sunday Times.

A Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos para a Saúde (MHRA) do Reino Unido aprovou a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo grupo britânico AstraZeneca com a Universidade de Oxford, com a qual as autoridades esperam acelerar a campanha de vacinação que começou no início de dezembro.

"O governo aceitou hoje (quarta-feira, 30) a recomendação da MHRA de autorizar a utilização da vacina contra a covid-19 da Universidade Oxford University/AstraZeneca", anunciou um porta-voz do ministério da Saúde.

Com a decisão, o Reino Unido é o primeiro país a aprovar esta vacina, mais barata e com distribuição menos complexa.

A luz verde "acontece após rigorosos testes clínicos e uma análise profunda dos dados apresentados pelos especialistas da MHRA, que concluíram que a vacina responde às estritas normas de segurança, de qualidade e de eficácia", completou o porta-voz em um comunicado.

O Reino Unido encomendou 100 milhões de doses da vacina, mas até o fim do ano de 2021 deve receber 350 milhões de doses de diversos fármacos, de acordo com os contratos assinados com fabricantes desde a fase dos testes clínicos.

Esta é a segunda vacina aprovada pela MHRA, depois do produto da Pfizer/BioNTech, que já foi aplicada em mais de 600.000 pessoas desde 8 de dezembro.

A vacina da AstraZeneca/Oxford é muito aguardada por razões práticas: é menos onerosa que a da Pfizer/BioNTech e pode ser conservada em refrigeradores convencionais, sem a necessidade de uma preservação a -70 graus centígrados.

Reino Unido, um dos países da Europa mais afetados pela pandemia com mais de 71.000 mortos, enfrenta o aumento das infecções atribuído a uma variante do vírus, que teria, segundo um estudo britânico, uma capacidade de contágio superior em 50 a 74%.

O Senado aprovou, em votação simbólica, nesta quinta-feira (3), a medida provisória (MPV 994/2020) que viabiliza recursos para a produção da vacina contra a Covid-19. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, informou, em publicação no Twitter, que deverá assinar ainda nesta quinta a promulgação para que seja logo encaminhada para publicação no Diário Oficial da União (DOU).

O crédito extraordinário de R$ 1,9 bilhão para o Ministério da Saúde foi destinado especificamente para a vacina desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, a ser produzida no Brasil ainda em 2020. Um acordo com a Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) permite a transferência de tecnologia na formulação, envase e controle de qualidade da substância, e a meta inicial é garantir 100 milhões de doses para o Brasil.

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À época da publicação da medida provisória, em 6 de agosto, o então ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, informou que essa era a vacina que estava em estágio mais avançado de desenvolvimento, mas disse que o ministério acompanha pesquisas para desenvolvimento de outros imunobiológicos e pode firmar outras parcerias para garantir a proteção dos brasileiros.

Em seu relatório, o senador Carlos Viana (PSD-MG), citando obstáculos constitucionais e regimentais, decidiu não acolher as três emendas recebidas, que modificavam a destinação de recursos da MP para contemplar programas de combate à pandemia no estado de São Paulo e para o convênio entre o Instituto Butantan e a Fiocruz. No entanto, apesar de manifestarem apoio à MP, os senadores criticaram a limitação do texto a uma vacina específica e a uma suposta discriminação do governo federal contra o produto do laboratório chinês Sinovac desenvolvido em parceria com o Instituto Butantan.

Primeiro a discutir a matéria, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) cobrou uma resposta contundente do Senado à discriminação ao Butantan, tido como “referência internacional”, e declarou-se preocupado com a demora na análise da medida provisória. Também o senador Alvaro Dias (Podemos-PR) disse que o governo precisa buscar alternativas de vacinas, mas “chega a soar irresponsável” a previsão de um cronograma de vacinação que só começará em março de 2021. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) condenou a “politização” da vida das pessoas, classificando como "xenófobos e cruéis" os argumentos do governo contra a vacina chinesa. Por sua vez, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) disse que o crédito deveria servir para comprar quaisquer vacinas que puderem ser entregues.

Falando pela liderança do Cidadania, o senador Alessandro Vieira (SE) estima que a demora na vacinação no Brasil causará potencialmente quase 60 mil mortes a mais, e ainda criticou a redução do Senado a uma função “carimbadora” de MPs perto do fim da validade. O senador Esperidião Amin (PP-SC) propôs sessão temática para desfazer dúvidas sobre a política de vacinação do governo federal. A senadora Zenaide Maia (PROS-RN) acusou o presidente Jair Bolsonaro de continuar negando a gravidade da doença, e o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) sugeriu uma reunião colegiada do Congresso para ouvir as autoridades de saúde.

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) pediu apoio à MP, mas disse estar decepcionada com posição do Ministério da Saúde, e pediu posição firme do Senado para aprovação de todas as vacinas eficientes no menor tempo possível. O senador Marcelo Castro (MDB-PI) entendeu que a MP é necessária, mas insuficiente, lembrando que Reino Unido, Alemanha, Rússia e China já estão vacinando.

Em resposta, Carlos Viana reiterou o argumento de que o Instituto Butantan não pode ser contemplado pela MP. Ele lembrou as ações do governo para admissão de outras vacinas.

"Não é uma questão política. As iniciativas são bem-vindas. O governo, através da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], já criou um grupo especial para analisar todas as vacinas", disse.

*Da Agência Senado

A Câmara aprovou a medida provisória que abre crédito extraordinário de R$ 1,9 bilhão para viabilizar a compra, processamento e distribuição de 100 milhões de doses de vacina contra a covid-19. O recurso será destinado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para a vacina desenvolvida pelo laboratório britânico AstraZeneca e a Universidade de Oxford. O texto segue agora para o Senado.

Havia uma pressão para que a relatora, deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO), destinasse parte da verba para o desenvolvimento da vacina em desenvolvimento pelo laboratório chinês Sinovac e o Instituto Butantã. Carvalho, no entanto, não acatou emendas para fazer essa mudança, mas disse que as outras vacinas devem contar com o apoio do governo.

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Fontes ligadas ao desenvolvimento da vacina anti-Covid da Universidade de Oxford informaram à ANSA que os dados do imunizante são "robustos" e que os estudos adicionais anunciados pela AstraZeneca "não vão impactar nos prazos".

Segundo essas fontes, os resultados da terceira etapa dos ensaios clínicos da vacina devem ser publicados em uma revista científica na semana que vem e apresentados "em breve" à Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

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A produção do imunizante já está em curso, e as primeiras doses serão disponibilizadas assim que houver aval das autoridades sanitárias.

Na última segunda-feira (23), a AstraZeneca, multinacional responsável pela produção e distribuição global da vacina de Oxford, divulgou que o medicamento tinha apresentado eficácia de até 90% na prevenção da Covid-19.

De acordo com a empresa, o pico de eficiência foi alcançado com um regime de meia dose seguida de uma dose inteira com intervalo de 15 dias. No entanto, descobriu-se que essa combinação é fruto de um erro e que idosos não foram submetidos a essa dosagem.

Isso levantou questionamentos da comunidade científica sobre os resultados preliminares do ensaio clínico e fez a AstraZeneca anunciar a necessidade de estudos "complementares" para confirmar a eficácia.

A vacina de Oxford é uma das mais promissoras para conter a pandemia, especialmente pelo seu baixo custo de produção e pelo fato de poder ser conservada em condições normais de refrigeração (2 a 8ºC).

O imunizante foi desenvolvido inicialmente em parceria com a empresa italiana Advent-IRBM, que produziu as doses das primeiras fases de testes. No fim de abril, a universidade britânica fechou um acordo com a AstraZeneca para produção e distribuição da candidata em nível global.

Da Ansa

O laboratório britânico AstraZeneca informou que a sua vacina contra a Covid-19, que está sendo desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford, teve eficácia combinada em média de 70% em testes clínicos realizados no Brasil e no Reino Unido. Segundo a empresa, em algumas simulações, o imunizante mostrou 90% de eficácia. A eficácia variou de 62% a 90%, dependendo da dosagem administrada, disseram AstraZeneca e Oxford.

A AstraZeneca disse que não houve casos graves de segurança relacionados à vacina e que ela foi "bem tolerada" em diferentes regimes de dosagem.

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De acordo com as informações da farmacêutica, não foram relatadas hospitalizações em quem recebeu a vacina.

Os testes clínicos de estágio final da vacina continuam nos Estados Unidos, Japão, Rússia, África do Sul, Quênia e América Latina.

A farmacêutica anunciou que vai buscar autorização de uso emergencial do imunizante junto à Organização Mundial de Saúde (OMS) para distribuir a vacina em países de baixa renda e preparar submissões regulatórias para autoridades em países que têm programas de aprovação antecipada.

"A empresa está progredindo rapidamente na fabricação com uma capacidade de até 3 bilhões de doses da vacina em 2021 em uma base contínua, enquanto aguarda a aprovação regulamentar", afirmou a AstraZeneca.

No Brasil, o imunizante AstraZeneca/Oxford é a principal aposta do governo Jair Bolsonaro, entre as várias candidatas em desenvolvimento.

O País tem um acordo com a farmacêutica e com a universidade que garante acesso a 100 milhões de doses.

A expectativa do governo federal é de que a produção pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) comece em 2021.

A vacina contra o coronavírus Sars-CoV-2 criada pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca conseguiu induzir a uma resposta imune em todas as faixas etárias da fase 2 de testes, informou nesta quinta-feira (19) um estudo publicano na revista científica "The Lancet".

A fase intermediária de testes da ChAdOx1 nCoV-19 foi realizada com 560 adultos saudáveis e que foram divididos em três grupos: 160 voluntários de 18 a 55 anos, 160 de 56 a 69 anos e 240 idosos acima de 70 anos.

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Dentro dessas três divisões, as pessoas foram ainda divididas em outros subgrupos que receberam dosagens diferentes da vacina: um recebeu uma dosagem baixa, outro a padrão e um grupo recebeu placebo. Na faixa entre os participantes acima dos 55 anos, ainda houve mais uma divisão: parte deles recebeu uma dose da vacina e a outra recebeu duas doses com uma distância de 28 dias entre elas.

As reações adversas foram consideradas leves, como dor no corpo e dor no local da aplicação, fadiga, dor de cabeça e dores de cabeça. Em seis meses da aplicação da primeira dose, foram registradas 13 reações adversas graves, mas nenhuma relacionada à imunização em si. Outra boa notícia do estudo é que os efeitos colaterais foram menos frequentes nos idosos.

Conforme a publicação da "The Lancet", a resposta imunológica dos anticorpos específicos contra o vírus que provoca a Covid-19 foram produzidas 28 dias após a primeira dose em todas as faixas etárias, e com a segunda dose, eles aumentaram no 56º dia.

Andamento similar aos anticorpos neutralizantes: duas semanas após a primeira dose, 208 em 209 voluntários os desenvolveram. Esse tipo de mecanismo impede que o Sars-CoV-2 se ligue à coroa que reveste o vírus e, consequentemente, que ela se conecte às células humanas para fazer a sua infecção e reprodução.

A eficácia da ChAdOx1 nCoV-19 para prevenir a doença, no entanto, ainda está em análise, visto que a fase 3 de testes ainda está em andamento.

A vacina desenvolvida pela Oxford é considerada uma das mais promissoras no mundo por utilizar métodos já tradicionais de produção de imunizante. Ela contém um adenovírus (que não causa doença), mas que carrega o material genético do novo coronavírus para que o corpo produza uma resposta imunológica.

Da Ansa

A farmacêutica AstraZeneca informou, neste domingo (1º), que a Agência Regulatória de Produtos de Saúde e Medicamentos (MHRA, sigla original) do Reino Unido iniciou uma revisão acelerada da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela empresa em parceria com a Universidade de Oxford. A informação foi divulgada pela agência de notícias Reuters.

"Confirmamos a revisão em andamento da MHRA de nossa potencial vacina contra a Covid-19", disse um porta-voz da AstraZeneca.

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Nessa revisão, segundo a Reuters, os reguladores são capazes de ver os dados clínicos em tempo real e dialogar com os fabricantes de medicamentos sobre os processos de fabricação e testes para acelerar o processo de aprovação.

O objetivo é acelerar as avaliações de remédios ou vacinas promissores durante uma emergência de saúde pública.

A vacina de Oxford/AstraZeneca é uma das que estão com os testes mais avançados. Ela está na fase 3 dos ensaios clínicos, assim como a da chinesa Sinovac, feita em parceria com o Instituto Butantã, a da Pfizer e da BioNTech. É somente ao final da fase 3 que consegue atestar a eficácia de uma vacina.

Na última segunda-feira (26), a farmacêutica britânica afirmou que sua vacina produz resposta imunológica similar em adultos mais velhos e mais jovens e tem reações adversas menores entre os idosos.

Testes no Brasil

Ao todo, 10 mil voluntários participam dos testes da vacina no Brasil, realizados pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). No final de junho, o governo brasileiro anunciou um acordo de cooperação com a Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca para a produção em território nacional da vacina.

O imunizante será fabricado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

No início deste mês, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu início ao processo de revisão de dados para registro da vacina no Brasil, realizado por submissão contínua, ou seja, as informações são avaliadas conforme se tornam disponíveis, não apenas no momento de um pedido formal.

A vacina contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) desenvolvida pela Universidade de Oxford, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, teria apresentado uma "resposta robusta" entre pessoas com mais de 55 anos, revelou o jornal britânico "Financial Times" nesta segunda-feira (26).

Segundo a publicação, os resultados da ChAdOx1 n-CoV19 entre os idosos apresentou uma eficácia similar àqueles que têm entre 18 e 55 anos e os dados oficiais serão divulgados em breve em "revistas científicas". A boa notícia é que os mais velhos também conseguem ativar os anticorpos protetores e as células T, assim como os mais jovens.

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Os idosos estão entre o grupo de mais alto risco para contrair o novo coronavírus e são a faixa etária que mais apresenta óbitos em todo o mundo. Por conta disso, a maior parte das vacinas em teste estão separando os voluntários em grupos de pessoas entre 18 e 55 anos e em outro apenas por pessoas acima dessa idade.

Isso porque, com o passar dos anos, o corpo humano vai perdendo a capacidade de autodefesa e os cientistas querem entender a eficácia da imunização.

Apesar da notícia ser positiva, ainda deve ser vista com cautela, já que não se sabe ainda a eficiência contra a Covid-19 porque a fase três de testes - a última etapa - ainda está em andamento em diversos países.

A Oxford e a AstraZeneca já entraram com um pedido de registro de urgência na Agência Europeia de Medicamentos (EMA), assim como as desenvolvidas pela empresa alemã BioNTech e a Pfizer e pela norte-americana Moderna. A vacina britânica é apontada como uma das mais promissoras do mundo.

Conforme dados da Universidade Johns Hopkins, já são mais de 43,1 milhões de casos de Covid-19 registrados desde janeiro no mundo, com 1.154.703 óbitos. 

Da Ansa

Um voluntário brasileiro da pesquisa da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, de 28 anos, morreu por complicações causadas pela Covid-19. Mesmo a AstraZeneca, farmacéutica responsável pela elaboração da vacina, não tendo confirmado se o homem recebeu imunizante em teste ou placebo, fontes confirmaram ao Estadão que o voluntário integrava o grupo do placebo.

O coordenador da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), ressaltou ao jornal que, mesmo com a morte do voluntário, a pesquisa deve continuar porque elas só seriam interrompidas por dúvidas quanto à segurança do produto testado.

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"Problemas de eficácia não levam à interrupção do estudo. Primeiro, porque nenhuma vacina é 100% eficaz. Segundo, porque o estudo clínico é justamente para ver essa questão: qual foi a incidência da doença em cada grupo e analisar se a vacina funciona", destacou.

A Universidade de Oxford, uma das responsáveis pelo desenvolvimento da vacina, também confirmou ao site que "depois de uma cuidadosa análise do caso do Brasil, não há preocupações sobre a segurança do ensaio clínico". A instituição também se solidarizou com a família da vítima".

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, abre nesta quinta-feira, 22, um simpósio virtual organizado pela Corte para discutir a atuação dos tribunais superiores mundo afora. No evento, o ministro vai defender a vanguarda do STF frente a casos sensíveis e à pandemia de Covid-19.

"Tendo em vista a emancipação constitucional brasileira, os valores que ela trás no seu bojo, o Supremo Tribunal Federal está a frente de várias outras Cortes no julgamento de casos que nós já decidimos que outras Cortes ainda sequer decidiram", disse Fux.

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Na mesma linha, o ministro afirmou que o julgamento de impasses relacionados às crises sanitária e econômica impostas pela disseminação do novo coronavírus prova a eficiência do Supremo Tribunal Federal. No webinar internacional, o STF lança o primeiro volume da série 'Case Law Compilation', com casos paradigmáticos no enfrentamento da pandemia da covid-19.

"Os problemas gerados pela pandemia, quer quanto a interferência nas atividades negociais, quer junto educação na volta das crianças às aulas, quer quanto a quem pode o quê no âmbito das unidades federadas, tudo isso é uma indagação que se caracteriza por ser global. E o Supremo Tribunal Federal , dando uma passo a frente, já teve a oportunidade de julgar todas essas questões", declarou.

O evento contará com a participação do Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, e de professores de universidades brasileiras como USP, UERJ e FGV, além de estrangeiras como Chicago, Texas, Oxford e Nova Gales do Sul. O objetivo é promover discussões atuais sobre Cortes Supremas, Governança Judicial, Democracia e novas tecnologias aplicadas ao Judiciário.

O webinar também marcará o lançamento de um conjunto de iniciativas visando à internacionalização do Supremo Tribunal Federal, com destaque para o alinhamento com a Agenda 2030 da ONU e a publicação de uma série de coletâneas internacionais contendo a jurisprudência da Corte traduzida para a língua inglesa.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nota dizendo que foi formalmente informada sobre o falecimento do voluntário dos testes da vacina de Oxford. "Foram compartilhados com a Agência os dados referentes à investigação realizada pelo Comitê Internacional de Avaliação de Segurança. É importante ressaltar que, com base nos compromissos de confidencialidade ética previstos no protocolo, as agências reguladoras envolvidas recebem dados parciais referentes à investigação realizada por esse comitê, que sugeriu pelo prosseguimento do estudo", disse a Anvisa, em nota.

Um voluntário brasileiro que participava dos testes clínicos da vacina desenvolvida pela Universidade Oxford e pelo laboratório AstraZeneca morreu devido a complicações de Covid-19, na última quinta-feira. Não há confirmação se ele recebeu placebo ou uma dose do imunizante.

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Mais da metade dos pacientes com Covid-19 que tiveram alta dos hospitais continuaram a apresentar sintomas, demonstra estudo. A pesquisa, realizada pela Universidade de Oxford (Reino Unido), estudou o impacto a longo prazo da doença em 58 pacientes hospitalizados pela infecção do coronavírus, divulga a agência Reuters.

O estudo, publicado pelo portal MedRxiv, concluiu que alguns pacientes apresentavam anomalias em vários órgãos depois de terem se infectado e que a inflamação persistente lhes causava problemas por meses.

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"Estes resultados destacam a necessidade de estudar mais os processos fisiológicos associados com a COVID-19 e desenvolver um modelo holístico e integrado de assistência médica para nossos pacientes uma vez que recebem alta dos hospitais", disse Betty Raman, medica do Departamento Radcliffe de Medicina da Universidade de Oxford.

Um relatório inicial do Instituto Nacional de Pesquisa da Saúde do Reino Unido (NIHR, na sigla em inglês), publicado na semana passada, indicou que a persistência da doença após a infecção inicial da COVID-19, chamada às vezes de "COVID-19 prolongada", pode provocar uma série de sintomas físicos e mentais.

Os resultados médicos indicaram anormalidades nos pulmões de 60% dos pacientes e problemas renais em 29% das pessoas analisadas. A prevalência de condições cardíacas foi de 26% e em 10% no fígado.

"As anomalias detectadas [...] têm uma forte correlação com os marcadores de inflamação", disse Raman. "Isto sugere um vínculo potencial entre a inflamação crônica e o dano aos órgãos dos sobreviventes." 

Da Sputnik Brasil

Após conferência remota com o Ministério da Saúde na última quarta-feira (14), o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, informou que o Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19 deverá ser anunciado em novembro pelo Governo Federal, com análise dos grupos prioritários que receberão a vacina conforme disponibilidade. A informação foi cedida aos pernambucanos através de coletiva de imprensa remota com André Longo e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach.

O Estado trabalhará com o controle e rastreio das imunizações aplicadas. Diferentemente da iniciativa nacional, que aposta principalmente na coalizão da “Covax”, Pernambuco optou por apostar nas iniciativas de Oxford e do Instituto Butantan em parceria com a China.

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A Fiocruz e o Instituto Butantan, principais entidades brasileiras à frente das parcerias científicas para desenvolvimento da vacina contra a Covid-19, informaram que a expectativa é que sejam fornecidas doses da vacina a partir de dezembro. 

"O que nos foi colocado durante a reunião é que o Ministério trabalha, atualmente, com os planos da Fiocruz e do Butantan, as duas iniciativas consideradas mais promissoras. A expectativa é que o Butantan já forneça cerca de 46 milhões de doses da vacina ainda em dezembro. Já a perspectiva da Fiocruz é fornecer cerca de 100 milhões de doses ao longo do primeiro semestre de 2021. Vale ressaltar que todos os estudos passarão, ainda, pelo processo de registro e segurança necessários na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). São notícias promissoras que acompanharemos, através do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), ao longo das próximas semanas", pontuou André Longo.

O secretário estadual de Saúde também comentou a estimativa de uma reprodução nacional das vacinas. “Há uma perspectiva de já ter disponibilidade da vacina, no caso da Fiocruz, algo em torno de 15 milhões de doses da vacina a cada mês, no primeiro semestre de 2021. Estamos falando de 100 milhões de doses nesse período. Há um processo de transferência da tecnologia de Oxford, a Astrazeneca, para a Fiocruz. Isso deve permitir que o princípio ativo seja nacionalizado no decorrer do primeiro semestre do ano.”, explicou o gestor.

Além disso, também há a expectativa da Fiocruz encerrar os estudos da fase três e já seguir para o trabalho de aprovação da vacina com a Anvisa. 

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta sexta-feira (2) que 30 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, em parceria com a AstraZeneca, estarão disponíveis no País a partir de janeiro. A nova data é um adiamento do cronograma inicial, que previa a chegada da primeira metade de unidades ainda em dezembro e a segunda no primeiro mês de 2021. Em entrevista à CNN Brasil, o ministro destacou que mesmo com a entrega, o processo de imunização depende do aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

"Uma vez aprovada a vacina com registros internacionais, cabe à Anvisa certificar no Brasil. Quanto à velocidade da certificação e aceleração de fases, eu não tenho essa posição hoje, que é específica da Anvisa. Assim que tivermos a vacina e a autorização, começamos a vacinar", disse Pazuello.

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Na quarta-feira (30) ao ser questionado sobre a data para o lançamento da vacina no País, o gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes Lima Santos, afirmou, também em entrevista à CNN: "A Anvisa não se compromete com prazo, mas só libera quando tiver segurança e qualidade bem estabelecidas".

Segundo Mendes, a análise do registro da vacina da Universidade Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, o primeiro desse tipo no País, deve durar até 60 dias. Em situações normais, esse período é de um ano. Entretanto, ele pontuou que um prazo menor não interfere na qualidade da avaliação. "A iniciativa de otimizar os processos administrativos não significa a redução dos critérios técnicos, que são baseados em três pilares: segurança, qualidade e eficácia", disse em entrevista à rádio CBN nesta sexta-feira (2).

Sobre a distribuição da vacina após a aprovação pelo órgão, Pazuello reiterou que a imunização estará disponível para toda a população por meio do Sistema Único de Saúde. "É importante deixar claro que todas as vacinas que o SUS adquirir fazem parte do PNI (Programa Nacional de Imunização). Por isso, serão para todos os brasileiros", afirmou o ministro da Saúde.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a inclusão de mais 5 mil voluntários brasileiros nos estudos da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca.

Originalmente, os testes no País contariam com 5 mil participantes, número ampliado para 10 mil após pedido da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que coordena os estudos no Brasil, e aval da Anvisa.

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Passarão a fazer parte do ensaio clínico voluntários de Natal, Porto Alegre e Santa Maria. Os testes nesses centros serão conduzidos pelo Centro de Pesquisas Clínicas de Natal (CPCLIN), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), respectivamente. Os novos participantes se somarão aos voluntários recrutados em São Paulo, Rio e Salvador.

De acordo com a Unifesp, não haverá uma divisão exata do número de voluntários em cada local. "Será livre recrutamento, até alcançar o número de cinco mil selecionados", disse a instituição, em nota.

A partir de agora, idosos também poderão ser recrutados para o estudo. Inicialmente, somente participantes com menos de 60 anos eram aceitos. Segue valendo a regra de priorizar a inclusão de profissionais de saúde e outros trabalhadores em funções com alto risco de exposição ao coronavírus, como motoristas de ambulância, seguranças de hospitais e agentes de limpeza desses estabelecimentos.

"Isso é extremamente importante porque incluímos nessa fase pessoas que sabidamente têm risco mais elevado de complicações à covid-19 e, assim, o estudo pode refletir ainda mais a realidade. Isso, além de ampliarmos bastante o número de participantes, o que dará ainda mais robustez na análise de dados relacionados à segurança e eficácia da vacina", disse, em nota, a professora Lily Weckx, responsável por liderar o estudo da vacina no Brasil.

A vacina de Oxford está sendo testada ainda no Reino Unido, África do Sul e Estados Unidos. Na semana passada, os estudos foram suspensos globalmente pela AstraZeneca após uma participante britânica apresentar reação adversa grave.

Os testes ficaram interrompidos por quatro dias para que um comitê independente de especialistas avaliasse se a intercorrência tinha relação com a vacina. Ao final da análise, o grupo concluiu que os estudos poderiam ser continuados e tiveram autorização dos órgãos regulatórios do Reino Unido e do Brasil para a retomada.

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