México e Bolívia se enfrentam nesta sexta-feira (12) em Viña Del Mar, com a obrigação de vencer na estreia para entrar na briga por uma vaga nas quartas de final da Copa América, apesar do favoritismo de Chile e Equador, principais potências do grupo A.
Em qualquer outra circunstância, a seleção mexicana seria considerada uma das potências do torneio, mas o técnico Miguel Herrera levou ao Chile uma equipe alternativa, deixando as principais estrelas de fora para priorizar a disputa da Copa Ouro da Concacaf, em julho, no Canadá e nos Estados Unidos.
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Por isso a única figura conhecida é o veterano Rafael Marquez, de 36 anos, que está muito longe do nível dos tempos de Barcelona e foi totalmente envolvido pelo ataque brasileiro no último domingo, na derrota por 2 a 0 para os comandados de Dunga, em São Paulo.
'El Tri' não conta com astros como como Carlos Vela, "Chicharito" Hernández, Giovanni dos Santos e o goleiro Guillermo Ochoa, e aposta para a Copa América em promessas como o atacante Raúl Jiménez (Atlético de Madri) ou Jesús Corona (Twente, Holanda).
Durante a primeira semana passada em Santiago, o técnico Herrera fechou todos os treinos e tentou aprimorar o entrosamento entre jogadores que não estão acostumados a jogar juntos.
Apesar de não se apresentar com força máxima, 'El Piojo' (o piolho) esbanjou confiança antes da estreia. "Desde o primeiro dia de treinamento, disse aos jogadores que não existe time A ou B. Vamos representar o México, a exigência é ganhar", avisou o treinador.
Antes de perder para o Brasil, os mexicanos derrotaram a modesta seleção de Guatemala por 3 a 0, e empatou em 1 a 1 com o Peru de Paolo Guerrero. "A primeira partida é fundamental. Ganhar é primordial para mostrar que temos a ambição de passar para a próxima fase", explicou Herrera.
Para isso, precisa se classificar entre os dois primeiros colocados da chave, o que será difícil, diante do favoritismo do anfitrião Chile e de um Equador sempre perigoso, ou encerrar a campanha na fase de grupos entre os dois melhores terceiros colocados.
A ideia é apagar o vexame da última edição, quando o México se apresentou com um equipe formada por vários jogadores da seleção Sub-23 e não conseguiu somar um ponto sequer.
Bolívia mescla juventude e experiência
Já a Bolívia também espera recuperar o respeito no torneio continental. A seleção andina levou seus melhores atletas, com destaque para o atacante Marcelo Moreno, que também tem a nacionalidade brasileira e já defendeu Grêmio, Flamengo e Cruzeiro.
"Nós, os mais experientes, queremos dar toda a confiança aos mais jovens para que possam jogar bem", afirmou o atacante do Changchun Yatai, da China, que aos 27 anos é um dos jogadores mais rodados da equipe do técnico Mauricio Soria.
A Bolívia também tem na mira as eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, por isso pretende usar a competição para dar experiência a promessas como Sebastián Gamarra, cria das categorias de base do Milan.
Na última partida de preparação para a Copa América, a equipe boliviana mostrou que está longe do nível dos melhores do continente ao ser goleada por 5 a 0 pela Argentina, que jogava sem o craque Lionel Messi.
O jogo desta sexta-feira será disputado no estádio Sausalito de Viña Del Mar, com capacidade para 21.893 torcedores, sob a direção de um trio de arbitragem paraguaio. O juiz Enrique Cáceres será auxiliado por Rodney Aquino y Carlos Cáceres.
--Prováveis escalações:
Mèxico: José de Jesús Corona; Gerardo Flores, Hugo Ayala, Rafa Márquez, Julio César Domínguez (o Carlos Salcedo), Adrián Aldrete; Juan Carlos Medina, Jesús Manuel Corona (o Luis Montes), Javier Güemez; Eduardo Herrera y Matías Vuoso. DT: Miguel Herrera.
Bolivia:Roger Quiñones; Edhemir Rodríguez, Ronald Raldes, Edward Zenteno, Marvin Bejarano; Dani Bejarano, Walter Beizaga, Martin Smedberg, Pablo Escobar; Damián Lizio y Marcelo Martins. DT: Mauricio Soria.