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A jovem Kaylanne Timóteo Freitas, de 15 anos, vítima em um incidente com tubarão no último dia 6 de março na praia de Piedade, no Grande Recife, criou uma “vaquinha” virtual para conseguir custear uma prótese para o braço e os remédios utilizados durante a recuperação. A adolescente teve o braço arrancado pelo animal enquanto nadava em um trecho permitido para banho, mas próximo de pontos famosos pelos ataques, como a Igrejinha de Piedade. 

O Instagram de Kaylanne, através do qual ela atualizava o público sobre seu estado de saúde, foi desativado esta semana, após um spam de comentários maldosos contra a vítima. Antes de indisponibilizar o perfil, ela desabafou sobre a repercussão do caso, no último domingo (12), e disse se ver como uma sobrevivente que sofreu o ataque não por imprudência, mas por acaso. 

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“Fizeram comentários maldosos, e muitas piadas sobre isso. Sinceramente, nos primeiros dias isso me afetou muito, mas graças a Deus, agora eu entendo que metade dessas pessoas que fizeram esse tipo de coisa não aguentariam nem metade da metade de toda angústia, medo, aflição e dor que eu tive”, desabafou a jovem. 

Na postagem, ela também lembra que não queria que imagens do incidente fossem divulgadas. “No dia do meu incidente muitos vídeos acabaram sendo divulgados mesmo sendo a coisa que eu mais pedi pra não fazerem”, afirmou Kaylanne, que fez um apelo sobre uma vaquinha virtual criada pela família. “Espalhem isso igual espalharam o vídeo, só que agora por uma boa causa”, pediu a adolescente. 

Após o ataque, circularam rumores de que o Governo do Estado se responsabilizaria pela compra de uma prótese de braço funcional para Kaylanne e outras vítimas de incidentes recentes. Porém, segundo atualizações da família, responsável pela arrecadação virtual, a compra ainda não aconteceu. 

Para a vakinha de Kaylanne Timóteo, foi estimada a necessidade de R$ 30 mil. Até o fechamento desta reportagem, o valor arrecadado era de R$ 7.150,00. É possível acessar a vakinha neste link.

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Após morrer devido à Covid-19 no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, um idoso de 84 anos teve quatro dentes de ouro furtados. Juntos, os quatro dentes pesavam 32 gramas e estavam avaliados em R$ 11,2 mil. O homem morreu no mês de outubro.

Uma das filhas do idoso informou ao UOL que o homem tinha a prótese há muitos anos e dizia que essa era a única herança que deixaria para os seus netos. O furto só foi constatado pelos familiares no dia 3 de novembro, quando uma outra filha foi buscar os pertences do pai.

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"Minha mãe, irmãos e pai foram contaminados com o vírus. Imagina como estava a nossa cabeça tendo que administrar tanto sofrimento? Meu irmão mais velho faleceu duas semanas depois da morte do meu pai e foi muito revoltante verificar que os dentes foram retirados", disse a filha ao UOL.

A família registrou um boletim de ocorrência no 5º Departamento de Polícia Civil de Campo Grande. As filhas ainda procuraram a ouvidoria do hospital e aguardam o posicionamento da unidade de saúde.

A empresária Mayra Cardi chamou atenção dos fãs ao publicar um vídeo mostrando o estado de sua prótese de silicone retirada. Mayra anunciou que precisou passar por uma cirurgia para a troca do silicone nos seios depois que sentiu algo estranho. 

"Bom, pra quem tá me assistindo agora e não viu: eu fiz uma cirurgia. Liberaram a cirurgia, mas tem todo um protocolo a ser seguido. Ele só pode operar uma pessoa por dia e tem que escolher um local que só faça esse tipo de coisa, isso garante que a contaminação seja muito menor. É legal escolher um hospital que faça somente cirurgia", disse ela, explicando como foi realizar o procedimento. 

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Mayra também se mostrou assustada com o estado da prótese que retirou: “Verde, amarela? Eu não sabia que meu corpo produzia essas coisas”. A coach em emagrecimento contou com ajuda do ex-marido, o ator Arthur Aguiar, para o período de pós-operatório.

As imagens foram compartilhadas pela empresária, no final da última segundo-feira (15), mas continuam repercutindo pela gravidade do estado deteriorado em que estava a prótese de silicone. Os fãs ficaram chocados com a publicação de Mayra. Uma seguidora chegou a comentar: “Gente, que coisa estranha que saiu dela. Agora entendi a urgência. Que medo”. Outro seguidor disse: “Passei mal”, se referindo às imagens compartilhadas por Mayra.

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O jovem Marcos de Oliveira Moraes, de 23 anos, que virou sucesso nas redes sociais com um vídeo em que usava sucata de bicicleta para montar uma perna mecânica, acaba de ganhar uma prótese de última geração, em Sorocaba, no interior de São Paulo. Marcos perdeu a perna esquerda depois de um acidente de moto em abril de 2018 na cidade em que reside, Itaituba, no Pará.

Com o membro amputado na altura do joelho, ele passou a andar de muletas, até conseguir comprar uma perna mecânica com o dinheiro do DPVAT, o seguro de danos pessoais causados por acidentes de trânsito, agora extinto pelo presidente Jair Bolsonaro.

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Moraes contou que o equipamento durou apenas três meses e ele voltou a andar de muletas. "Aquela situação me incomodava, pois limitava muito minha mobilidade. Eu estava pensando em uma solução, quando vi a bicicleta velha que tinha sido do meu pai."

O jovem usou o cano da bike como perna e o selim como se fosse um pé para dar forma à sua prótese caseira. "Usei massa plástica e um cano de PVC para encaixar no joelho e fui adaptando até conseguir andar. Ficou melhor do que a muleta", conta.

Ele disse que uma amiga fez o vídeo e postou em rede social. O vídeo viralizou e, após alcançar 13 milhões de visualizações - número que é quase o dobro da população do Estado em que ele mora -, o caso atraiu a atenção do empresário sorocabano Nelson Nolé.

Dono de uma empresa de aparelhos ortopédicos e próteses, Nolé pagou a passagem para que Marcos se deslocasse de Itaituba a Sorocaba. No sábado, 7, o rapaz fez os primeiros testes como o equipamento de última geração, feito com fibra de carbono, o mesmo material dos carros de Fórmula 1.

Marcos ficará uma semana em Sorocaba se adaptando ao equipamento. Segundo Nolé, depois do período de adaptação, ele poderá andar de bicicleta, dirigir carro e até correr. "Só não pretendo voltar a pilotar moto", diz o jovem.

Ele conta que a ajuda veio a calhar. "Eu não teria dinheiro para comprar uma coisa dessas. Moro com minha avó, e ela mantém a casa com sua aposentadoria."

Após o acidente, ele se viu obrigado a trancar o curso de gestão ambiental que fazia em Itaituba. Com a fama repentina, o rapaz foi convidado a cursar uma universidade em Belém, capital do Estado.

A drag queen Pabllo Vittar recebeu uma chuva de elogios ao compartilhar uma foto sensual. Os fãs foram surpreendidos com Pabllo ostentando fartos seios. A cantora causou na internet e teve quase 500 mil curtidas na imagem em menos de 24h.

"Poxa, Todynho, por que você está chorando?", brincou um dos seguidores, ironizando que Jojo Todynho estaria triste com os seios fartos de Pabllo. "Essa garota não tem limites", comentou outro internauta.

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Mas os mais apressados talvez não tenham percebido que os seios ostentados por Pabllo são uma prótese, usada por crossdressers. Em julho, a drag já havia deixado os fãs agitados ao publicar um vídeo com a mesma prótese.

Confira:

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Após os oito meses mais difíceis e cansativos de seus 26 anos, o pernambucano Hugo Barboza Santana deu o que seria seu último pulo, literalmente. Foram muitos dias apoiando todo o peso de seu corpo em uma única perna, saltando de um canto para o outro, sem se importar com a distância. Hugo desafiou seu próprio senso de equilíbrio e embarcou sozinho no Aeroporto Internacional do Recife com destino a Belo Horizonte.

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Ele foi o escolhido para receber uma prótese de perna após participar de uma seleção feita pela modelo Paola Antonini. Hugo preferiu não incomodar ninguém e decidiu que faria a viagem sozinho. Também nunca gostou de cadeira de roda ou muletas. Para ele, os saltos para se locomover o colocavam mais perto da independência física.

No dia 29 de julho de 2018, um domingo, o sol estava quente. Hugo combinou com os amigos de ir passar o dia na praia de Maria Farinha, litoral norte de Pernambuco. Após o dia de lazer, já era fim de tarde e ele retornou para casa em sua motocicleta e não se lembra do que aconteceu depois.

A família relembra que ele e mais uma jovem na garupa passavam pela Avenida Doutor José Gueiros Leite, bairro do Janga, em Paulista, com destino a cidade de Olinda, onde mora com os familiares. Um veículo que trafegava na direção contrária tentou fazer uma ultrapassagem e acabou colidindo com a moto de Hugo.

Sete dias após o trágico acidente, Hugo acordou e se deu conta do que tinha acontecido. Ele perdeu muito sangue, sofreu graves lesões, fraturas expostas e sobreviveu a três paradas cardíacas. No processo para salvar a vida dele, os médicos precisaram amputar o braço e a perna esquerda.

“Eu não me lembro de nada do que aconteceu. Me disseram que passei sete dias entubado. Quando acordei, eu vi as amputações. Eu só me via em um buraco negro, não tinha chão, nem rastro. Era como se eu não soubesse um jeito de sair de lá. Essa fase do hospital foi a mais difícil porque eu corri muito risco de morte devido a gravidade das amputações”, conta Hugo. Ao todo foram 52 dias internado entre a vida e a morte. O apoio dos familiares e amigos foi essencial, avalia o jovem.

De acordo com dados do Comitê Estadual de Prevenção aos Acidentes de Moto, referentes à urgência do Hospital da Restauração, 1 em cada 9 acidentados com moto tem pé amputado ou fica paraplégico no Recife. Estatísticas também revelam que a cada 2 horas, sete pessoas sofrem um acidente de moto em Pernambuco.

Ao todo foram 52 dias internado entre a vida e a morte. O apoio dos familiares e amigos foi essencial, avalia o jovem. Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

Após ter alta do hospital, o primeiro desejo dele era conseguir uma prótese para a perna. Ele explica que antes do acidente, o assunto sobre deficiência física era muito aleatório em sua vida. Ele não tinha convívio com pessoas amputadas e nem conhecimento de como tentar melhorar a qualidade de vida. “Não fazia ideia de como uma prótese era cara, mas eu precisava de uma e fizemos a vaquinha online”, relembra.

A ideia da campanha era arrecadar o dinheiro para ajudar no pagamento da prótese, mas após alguns meses, a família de Hugo não conseguiu a quantia necessária para a compra. “Eu não desisti, continuei pulando pelos cantos. Fazia passeios, ia para festas e eventos. Coloquei na cabeça que ou eu me entregaria para a morte ou ia lutar para continuar vivendo a minha vida”, destaca.

Em outubro, ele encontrou na Internet a campanha da modelo Paola Antonini em parceria com a empresa Ossur, especializada em produção e venda de componentes para próteses. Paola também precisou amputar a perna após ser atingida por um veículo descontrolado, em 2014. A ideia da iniciativa seria doar uma prótese para uma das histórias.

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O anúncio foi feito na véspera de Natal de 2018. O dia 24 de dezembro foi inesquecível para Hugo Barboza. “Me inscrevi, gravei alguns vídeos e contei um pouco do meu processo de recuperação. Elaboramos tudo e enviamos para a Paola no intuito de concorrer com as outras pessoas do brasil. Eu passei o dia muito nervoso, esperançoso. Não só eu, como meus amigos e familiares. Muita fé e confiança. Eu acordei agoniado porque já estava esperando o resultado. Estava no telefone e de repente recebi uma notificação do Instagram. Quando olhei a notícia que eu tinha sido o vencedor do concurso, nem acreditei”, detalha.

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Uma semana após viajar para a cidade de Belo Horizonte para buscar a prótese e passar pelo processo inicial da adaptação, Hugo retornou ao Recife e o LeiaJá acompanhou o primeiro passeio sozinho pelas ruas de seu bairro, em Olinda. Antes ganhar a prótese, Hugo precisava ir pulando para o treino, na academia. Agora, os passos são mais lentos por causa do novo membro em seu corpo, mas ele é tranquilo ao afirmar que cada corpo se adapta de uma forma diferente e esse processo pode levar alguns meses.

Na primeira imagem, Hugo com amigo em corrida no Recife. Na outra, ele em uma festa antes de ganhar a prótese. Fotos: Arquivo Pessoal

Ele é morador do quarto andar e o prédio onde mora não tem elevador. Hugo faz questão de descer as escadas sozinho e tenta se equilibrar até ganhar mais confiança. “Eu sempre fui muito inquieto, era uma pessoa muito ativa. Gostava de estar em contato com a natureza, participando de eventos e praticando esportes. Hoje tudo para mim agora é novidade, desde o primeiro processo de encaixar a prótese até os primeiros passos. Me sinto um vitorioso, acordo querendo buscar a minha liberdade”, comenta, orgulhoso de em menos de um ano superar tantas dificuldades.

Antes do acidente, Hugo trabalhava como autônomo, na área da venda de roupas e acessórios. Atualmente, ele não consegue realizar as entregas porque fazia isso com a sua moto, mas ainda trabalha no mesmo ramo com a ajuda de amigos. “Meu foco agora é total na minha saúde, quem sabe no futuro eu pense em estudar, trabalhar com outra coisa”, avalia.

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A academia funciona como válvula de escape e local onde o jovem pode fortalecer ainda mais os músculos, além de trabalhar o equilíbrio. O tratamento de Hugo tem sido feito com o amigo que ele considera um irmão,  educador físico Erick dos Anjos, 24. Ainda quando não tinha a prótese, Hugo conseguia se adaptar ao treino apenas pulando. Em seu primeiro dia na academia, ele opta por ir ao seu limite. Sempre em busca de sua melhor versão.

O personal observa a garra do amigo e explica que o seu trabalho visa a longevidade funcional e objetivo é a qualidade de vida. “Aqui a gente busca devolver a independência que Hugo tanto quer”, comenta. Para ele, encontrar o amigo no hospital foi um choque. “Nunca imaginei que uma pessoa tão próxima e amada fosse me fazer sentir isso, foi um baque. Só comecei a pensar como profissional quando ele começou a dar respostas que não ia desistir dessa vida. Me deixou feliz passar por essa experiência profissional com uma pessoa que amo”, resumiu Erick.

Erick auxilia Hugo no primeiro treino na academia após a prótese. Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

Hugo já participou de corridas e ainda não dá certeza se quer investir no esporte para construir uma nova carreira. O momento de agora é de aprender a andar novamente. “Aqui a gente faz a adaptação de exercícios, ele vem treinar todos os dias querendo melhorar. Hugo é um cara que nunca está satisfeito com o que pode fazer, inquieto. Acredito que com a prótese tudo será normal de novo. Eu até subestimei ele internamente, pensando que ele não iria conseguir. Ele me mostrou o oposto. Tento colocar na cabeça dele que ele perdeu um acessório. Um deles foi reposto agora e a vida vai seguir”, finaliza Erick, ansioso para estrear a prótese do amigo em uma festa no fim de semana.

Rafael Bandeira/LeiaJáImagens 

Em setembro de 2018, a história do paratleta Deyvison Gonçalves foi contada pelo LeiaJá. “Juju atleta”, como é mais conhecido, em 2013, teve que amputar uma parte da perna direita, após um acidente no qual um carro desgovernado o atingiu. Cinco anos depois, ele transformou a dor em superação e conseguiu um feito difícil de ser alcançado: sem ter a prótese adequada para a atividade que o impulsionou na vida, ele corria até 20 km de muletas. Na época da entrevista, Juju tinha um sonho que foi desacreditado por muitos: conseguir a prótese que podia custar até R$ 360 mil reais no mercado. 

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Passado quatro meses, fomos até o encontro de Deyvison, desta vez, no Parque da Jaqueira, localizado na Zona Norte do Recife. Visivelmente entusiasmado, com sorriso largo, certamente havia boas novas para contar: “Eu consegui, conseguimos”, declarou utilizando o termo também no plural em referência a todos que o ajudaram. Palavras dele, ditas na entrevista anterior, ganhavam força nesse momento: “Um sonho não se sonha sozinho”. 

A prótese que o paratleta conquistou, específica para corrida de longas distâncias com encaixe externo em fibra de carbono e interno em silicone com anel móvel, vem dar motivação para a realização de outro sonho: se tornar um maratonista.

Posteriormente, o desejo é se tornar um ultramaratonista e chegar a correr 90 km, um futuro que não parece tão distante para quem deixou de lado a palavra “impossível”. “Este ano não, mas em breve estarei conseguindo", ressaltou com confiança. 

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Além de se tornar maratonista, Juju tem outro sonho: ajudar a vida de pessoas que já não acreditam em si oferecendo um estímulo. “Minha expectativa para 2019 é fazer algo que ainda não foi feito. Estou me preparando para me tornar maratonista com esse nível de amputação. Eu creio que ainda neste ano me tornarei um. Hoje não existe no Brasil, com essa prótese, alguém que seja maratonista, então eu quero me tornar esse cara, se Deus quiser ainda este ano. Outro objetivo é mudar vidas e poder proporcionar o que tenho hoje para outras pessoas: adquirir para quem precisa a prótese através de doações e investir em projetos que estarei lançando. Quero ajudar as pessoas a conhecerem sua força e capacidade”. 

A luta para conseguir a peça foi uma soma de esforços: além de sua história ter sido bastante compartilhada por todo o Estado e, inclusive, fora, ele também criou uma vakinha virtual de modo a arrecadar o valor. Amigos também organizaram a Corrida da Superação, no qual todo o valor foi destinada para a prótese. Como o investimento a ser feito era bem mais alto, uma ajuda foi fundamental nesse processo: sensibilizado com toda a história, um empresário de São Paulo chamado Paulo de Almeida doou o restante necessário para a meta ser atingida.

Juju conta que está ainda mais motivado. “É um sentimento extraordinário, algo fora do que eu posso imaginar. Eu lutei muito para conseguir e hoje tomei posse dessa prótese com a ajuda de muitas pessoas, era algo surreal aqui para a gente, mas estou muito feliz. Estou super animado, super motivado, mais ainda, isso me move mais ainda por poder estar correndo nas ruas”. 

O paratleta detalha que a adaptação é difícil, mas que há prazer nessa nova fase. “É prazeroso porque eu gosto de desafios, sou movido a desafios, então para mim está sendo massa. Estou me adaptando e logo logo estarei ai nas ruas fazendo o que eu gosto".

Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Determinação

A grade de treino de Deyvison é intensa. De segunda a sexta, há um trabalho específico na academia para fortalecimento e, no final do dia, treina no Santos Dumont. Ele conta com dois treinadores: Daniel Gonçalves, do Sport Club, e de Herbert, da assessoria esportiva HB Running. 

A cada meta realizada, ele traça outro como se não existisse um fim. “Uma outra expectativa é o convite que eu recebi de participar de uma maratona em Nova York agora em 2019, no mês de novembro. Se isso realmente acontecer, será um marco muito grande na minha história e na minha vida nessa carreira nova que estou fazendo”. 

A sua esposa Priscila é considerada a sua “perna direita”. Unidos, o casal pretende enfrentar os obstáculos que surgirem. “Para mim, Juju é um exemplo de marido, de filho, de pai e principalmente um exemplo de superação. Como ele mesmo diz que eu sou a perna direita dele, para tudo o que ele fizer eu estou aqui para apoiar. Muitos desafios a gente já ultrapassou e muitos ainda virão. Muitas pessoas achavam que ele não iria conseguir, mas a gente está aqui para provar que a gente lutou pela prótese, conseguimos e vai vir mais obstáculos, vamos ultrapassar cada um deles colocando Deus na frente a gente ultrapassa qualquer barreira”, comemorou. 

Juju diz acreditar que todos carregam dentro de si uma força muito grande, mesmo que alguns se sintam incapazes. “Se a gente sonha é porque somos capazes de fazer porque Deus não dá uma condição física e mental que somos capazes de aguentar. Eu posso falar de uma forma diferente sobre a superação. Sempre pergunto qual é a desculpa das pessoas, de não correr, de não se exercitar, de não querer melhorar de vida. É isso que eu tenho que deixar para as pessoas e se eles quiserem a minha ajuda, entrar nesse mundo de superação, é só falar comigo, terei o prazer enorme em estar ajudando a todos”. 

O paratleta que, após o acidente, ficou entre a vida e a morte tendo três paradas cardíacas e outros problemas no hospital, acredita que o DNA da superação está dentro de todas as pessoas. “Somos um povo guerreiro e temos que lutar contra as adversidades. Nada pode nos parar. A gente não pode desistir nunca de ser feliz, então cabeça para frente, cabeça erguida sempre, pensar no futuro e no melhor, sempre”. 

Rafael Bandeira/LeiaJáImagens 

A síria Maya Merhi, de oito anos e nascida sem pernas, tinha de se deslocar com uma prótese improvisada feita com latas de conserva pelo pai, mas agora pode caminhar, graças a pernas artificiais e a um tratamento recebido na Turquia.

Maya nasceu sem pernas, devido a uma má-formação congênita herdada do pai. As fotos da pequena em um acampamento de deslocados na Síria deram a volta ao mundo em junho, em um contexto de conflito devastador nesse país.

Nas imagens, também divulgadas pela AFP, via-se a pequena avançando praticamente rente ao chão, com a ajuda de próteses feitas por seu pais com latas de conserva e tubos de plástico. Devido ao desgaste, substituía as latas uma vez por semana, e o plástico, uma vez ao mês.

O efeito provocado pelas imagens levou o Crescente Vermelho turco a levar Maya e seu pai para Istambul, onde um médico ortoprotésico que havia visto um vídeo nas redes sociais assumiu o custo das próteses.

Depois de cinco meses na Turquia para receber cuidados e aprender a usar as próteses, Maya Merhi voltou no sábado para o acampamento de Serjilla. Agora, anda pelos rochosos caminhos com tênis rosa, combinando com o casaco.

"Fiquei muito feliz quando a vi andando", disse seu padre, Mohamed Merhi, sentado em sua improvisada barraca de campanha. "Toda família e nossos parentes estão felizes", acrescentou ele, com voz suave, ao lado da filha, que sorri timidamente.

O pai de Maya também ganhou próteses, mas reconhece que ainda é difícil usá-las.

Originários da região de Aleppo, pai e filha tiveram de se deslocar para a província rebelde de Idlib quando os combates da guerra civil síria começaram a causar estragos cada vez mais perto.

Sentada em sua barraca, sobre um colchão colocado direto no chão, a menina retira e volta a colocar suas pernas artificiais, mostrando uma estrutura de plástico decorada com a bandeira turca.

"No início, era difícil se acostumar. Ela caminhava sobre latas de conserva e, de repente, se viu no alto das novas próteses", conta seu tio Hussein Merhi, que os acompanhou na viagem à Turquia.

"Ela caía, como uma criança pequena quando aprende a andar", lembra. Agora, às vezes com a ajuda de muletas, Maya pode brincar com as outras crianças.

Superação, determinação, força de vontade e garra são sinônimos e pode parecer até mesmo redundante utilizar todos esses adjetivos para definir alguém. Mas no caso de Deyvison Gonçalves, 33 anos, ainda é pouco. As mãos calejadas podem despertar curiosidade sobre qual a profissão do recifense, mas nem de longe revela o que o tatuador, paratleta e ex-professor de capoeira foi capaz de fazer ao transformar um acidente de trânsito, em exemplo de vida. 

Era manhã de uma sexta-feira do ano 2013. Deyvison não pretendia ir trabalhar nesse dia, mas de última hora decidiu atender um cliente no estúdio de tatuagem no qual era proprietário. Ele não imaginava que a decisão repentina iria transformar, em questão de segundos, a sua vida. Quando de deslocava à empresa, um carro desgovernado invadiu a contramão, nas proximidades do bairro de Afogados, e se chocou na sua moto. Ele perdeu uma parte da perna direita na mesma hora. Ali, no chão, em meio ao desespero, teve que lutar pela própria vida. “Pensei que estava tudo acabado quando me vi no chão, pensei que já era e de imediato pensei em minha família”.

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Já no hospital, o estado de Deyvison era grave por ter perdido muito sangue. Teve três paradas cardíacas e pegou duas bactérias no hospital. Não morreu por muito pouco, segundo os médicos. O tatuador ficou internado durante um mês e 15 dias. Apaixonado por corrida e ao se ver sem uma das pernas, veio a depressão. Mas, tinha de reagir. Poucos meses depois, incentivado pelo amigo, voltou a tatuar, mas seria o esporte que daria a reviravolta em sua vida.

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Em julho de 2017, após participar de uma trilha, percebeu que era capaz de fazer muito mais coisas do que imaginava. Em dezembro, ele contou que brincando falou aos amigos que participaria de uma corrida e pediu para a organização separar seu kit. “Recebi uma ligação para ir pegar o kit, fui buscar sem ter muita noção do que estava acontecendo. Foram seis quilômetros correndo de muleta, que finalizei em duas horas e meia, eu não sei como consegui. Só sei quando eu vi as pessoas aplaudindo e incentivando, eu senti uma sensação única. Eu não imaginava que a corrida iria trazer uma emoção tão grande. Eu pensei então que poderia treinar e fazer muito melhor na próxima corrida”, relembrou animado. 

Começaria uma nova etapa na vida de Deyvison até se tornar profissional. O trauma foi transformado em vontade de vencer. Hoje, atleta do Sport na modalidade atletismo, no qual reúne salto em altura, salto a distância, lançamento de dardo e de disco. O pernambucano é o terceiro colocado em Pernambuco em lançamento de dardo em sua categoria.

O paratleta sabe que, sozinho, nada se consegue. Nessa jornada, conta com o apoio fundamental dos treinadores Daniel Gonçalves, do Sport Club, e de Herbert, da assessoria esportiva HB Running. A rotina é puxada e precisa de disciplina e muita persistência. Pela parte da manha e tarde, Deyvison se dedica ao estúdio de tatuagem, localizado na avenida Recife. À noite, na maioria vezes, se desloca de bicicleta de sua residência, também nas mediações do estúdio, até o Colégio Santos Dumont, onde treina, no bairro de Boa Viagem. 

Deyvison é, hoje, considerado uma promessa. Se antes finalizava de muleta, uma corrida de 6 km em duas horas e meia, o tempo passou para 50 minutos. Neste ano, na famosa Corrida das Pontes, ele foi o único de sua categoria a concluir a prova de 10 km.

O paratleta quer passar os próprios recordes. Na Maratona da Uninassau, que acontece no próximo dia 30, ele se prepara para correr 21 km em um tempo estimado de cinco horas. Ele diz que o foco é conseguir concluir a prova. “Essa é a minha meta. Vou concluir a prova motivada por todos que me tem como um exemplo. São muitas as pessoas que se espelham em mim”. Ele parece não ter limites. Garante que vai chegar aos 41 km e a meta, no futuro, é se tornar um ultramaratonista e também cursar a faculdade de educação física.

Júlio Gomes/LeiaJáImagens

O sonho da Prótese    

Deyvison tem um sonho e luta para alcançá-lo: conseguir arrecadar o valor total para a compra de uma prótese específica para corrida de longas distâncias com encaixe externo em fibra de carbono e encaixe interno em silicone com anel móvel. 

O valor no mercado desse tipo de prótese pode chegar até R$ 360 mil. Para alcançar o objetivo, ele precisa de R$ 37 mil. Para isso, foi criado uma vaquinha virtual no site www.vakinha.com.br. Uma corrida, a da superação, que será realizada no dia 28 de outubro, também será realizada em solidariedade. Todo o valor arrecadado será revertido para a compra da prótese.

Ele luta contra o tempo para adquirí-la até, no máximo, em dezembro. O objetivo: treinar com ela para atingir os índices necessários para participar do Campeonato Brasileiro Paraolímpico. Ele precisa conseguir os índices, após a adaptação que pretende conseguir em dois meses, até julho de 2019, para ser convocado. Deyvison está confiante. “Eu creio que a gente vai chegar no valor”.

Não para por aí. Também pretende chegar à Paraolimpiada, em 2020, que será realizado em Tóquio. “Depois que comecei a correr, a minha vida melhorou muito. Não vivia tão bem quanto vivo hoje. Ninguém é melhor do que ninguém, a vontade que eu tenho é de me superar, de ir além e ver todas as pessoas me incentivando e agradecendo vem alimentando o meu sonho”.

No final da entrevista, ele mostrou com orgulho as inúmeras medalhas, oito pódios e troféus que já vem conquistando. Apenas o início. “Hoje sei que nada estava perdido. Eu acho que tudo tem dois olhares, algo para ser extraído, um propósito maior, precisamos ver além. Ser cristão também me ajudou muito, a saber, qual era o meu propósito”.

Ele encoraja as pessoas. “Desistir da vida, jamais. Eu poderia ter desistido de tudo, mesmo assim não desisti porque aprendi que a vida é feita de momentos bons e ruins e hoje tenho uma visão totalmente diferente. Além disso, esse sonho já não é só meu, muitos sonham comigo. Sempre vai ter um caminho”.

Júlio Gomes/LeiaJáImagens

A blogueira Camilla Uckers compartilhou com seus seguidores do Instagram sua experiência negativa após a colocação de silicone nas nádegas. A cearense está enfrentando problemas com seus procedimentos estéticos feitos no mês passado pois seu corpo rejeitou as próteses, causando graves efeitos colaterais. Com isso, ela precisou ser levada às pressas para o hospital. “O médico falou pra mim: ‘ou tira a prótese ou morre de infecção generalizada'”.

O fato vem repercutindo pois, na época da cirurgia, Camilla atraiu a atenção de muitos internautas ao documentar, via stories no Instagram, seu processo de recuperação da cirurgia do bumbum e da rinoplastia feitas na mesma época. Os vídeos postados por ela chocaram seus seguidores pela falta de ‘filtro’, e por mostrarem a realidade de maneira bruta, com a blogueira completamente inchada e cheia de ronchas, além de cliques explícitos das nádegas durante a cirurgia.

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Na época, ao mesmo tempo em que ganhou muitos seguidores após inúmeros pedidos para isso, a blogueira também recebeu muitas críticas pela superexposição do seu estado no pós-operatório. Nesta sexta (12) a cearense voltou a expor sua realidade e publicar fotos no stories de como ficou seu corpo após a cirurgia:

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Veja alguns dos vídeos postados por Camilla Uckers ainda no hospital, após os procedimentos estéticos feitos em dezembro:

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Depois de ter suas patas dianteiras cortadas com uma espada por um homem, o cachorro apelidado de Cola agora vive um outro momento depois das amputações devido ao mau trato: já pode correr de novo graças as próteses feitas sob medida, parecidas com as utilizadas pelos atletas paralímpicos. Esse caozinho é de Bangkok, capital da Tailândia.

Um aposentado britânico, identificado como Johm Dalley, que agora se encontra instalado no país tailandês, foi um dos responsáveis por essa reinclusão do cachorro, recorrendo a uma empresa local especializada em próteses humana, para fazer um par de patas para o Cola.

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Segundo matéria da Agência France-Presse, publicada pelo Correio Brasiliense o Teddy Fagerstrom, responsável pela prótese do animal dis: "Queríamos conseguir uma prótese que não fosse muito pesada, um pouco flexível ao nível do pé", explicou o diretor sueco do laboratório. Paradoxalmente, Fagerstrom espera que o caso de Cola - o primeiro cão a usar próteses semelhantes aos dos atletas paraolímpicos, de acordo com John - sensibilize os tailandeses sobre a conveniência de recorrer a próteses de alta tecnologia em um país onde há uma tendência de se esconder deficiências. 

Um pato de estimação que nasceu com uma perna atrofiada é uma das primeiras aves da espécie a ganhar um membro mecânico para voltar a andar. O membro postiço, desenvolvido pelo empresário Nelson Nolé, de Sorocaba, no interior de São Paulo, foi inspirado nas próteses em forma de lâmina, usadas pelos corredores paraolímpicos. O equipamento foi instalado de forma definitiva na semana passada, mas o pato Batata terá de passar por um período de adaptação antes de poder correr sem risco de queda.

A ave nasceu como o "patinho feio" numa ninhada de seis filhotes, pois tinha uma das pernas atrofiada e seria sacrificada. A administradora Persia Cristina Maldonado, moradora de Amparo, no interior paulista, decidiu adotar o pato. Por causa do defeito, ele comia muito - alimento e água tinham de ser levadas ao alcance do bico - e se movimentava pouco, ganhando o apelido de Batata.

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Persia conta que procurou ajuda em clínicas veterinárias, sem sucesso, até encontrar na internet notícias sobre o trabalho de Nolé. Em 2015, ele havia construído uma perna mecânica para um flamingo do zoológico de Sorocaba.

Requisitado

Especialista em próteses humanas que devolvem a mobilidade a amputados em acidentes e guerras, como vítimas de minas em países africanos em conflito, Nolé também é requisitado para serviços especiais. Em março, produziu uma prótese para o índio Marinaldo Ashaninka, de uma tribo amazônica descendente dos incas, que perdeu a perna após ser picado por cobra.

Procurado por donos, o empresário passou a atender animais, na maior parte dos casos, gratuitamente. Além do flamingo, fez prótese para um bovino. "Pato é o primeiro e foi um desafio, pois é uma ave de andar desengonçado que tem nadadeiras na extremidade do membro."

Primeiro, amputou o que restava do membro atrofiado e, para isso, contou com ajuda de um veterinário. Após desenvolver a prótese em fibra de carbono, Nolé verificou que o pato escorregava muito e trabalhou o material para ficar mais aderente ao piso. Nos últimos testes, a ave conseguiu caminhar em direção ao alimento.

Na casa de Persia, o pato vive em harmonia com o cão e o gato da família. A ave faz sucesso quando desfila como passageira no carro da dona. Agora, poderá se deslocar até a comida e o bebedouro e, com um pouco de treino, fazer o que mais gosta: nadar e mergulhar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) entrou com ação na Justiça dos Estados Unidos contra oito empresas americanas que têm filiais no Brasil envolvidas na chamada máfia das órteses e próteses. Pelo esquema, médicos e hospitais recebiam comissões dos fabricantes de dispositivos médicos para usar produtos de determinada marca nas cirurgias feitas em seus pacientes. Em alguns casos, doentes foram operados sem necessidade.

Na ação, as operadoras pedem indenização pelos custos indevidos provocados pela máfia e propõem um acordo para que a matriz adote regras mais rígidas para coibir tais práticas entre suas subsidiárias. Nesta semana, a diretoria da Abramge viajou para os Estados Unidos para iniciar a abertura dos processos. Como cada empresa tem sede em um Estado americano diferente, serão oito ações. Em cada uma delas, a Abramge pedirá uma indenização de US$ 5 milhões a US$ 10 milhões.

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"Por ter regras mais rígidas de compliance, a legislação americana não perdoa que as empresas subsidiárias americanas em outros países pratiquem essas ações criminosas. A grande dificuldade que nós tínhamos era mostrar que a matriz nos Estados Unidos sabia que a filial no Brasil estava pagando propina para médico e para hospital. Buscamos as provas e vimos que todas sabiam que suas subsidiárias estavam tendo um aumento de receita porque faziam essas práticas", diz Pedro Ramos, diretor da Abramge, que não quis revelar o nome das empresas processadas.

Ele afirma que o maior objetivo da ação não é o ressarcimento econômico, uma vez que o valor somado das indenizações não cobre o prejuízo de R$ 3 bilhões causado pela máfia. "O escopo dessa ação não é financeiro, é provocar uma mudança de postura", afirma Ramos.

Superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo), Paulo Henrique Fraccaro afirma que a ação movida pela Abramge é positiva para o setor. "As empresas que agiram de forma errada terão de arcar com as consequências, mas a mudança de postura precisa acontecer em todas as esferas. As regras de compliance serão uma ferramenta importante para que as concorrências sejam mais iguais. As empresas que não se adequarem a isso estão fadadas ao fracasso", diz ele.

Sequelas

Enquanto as operadoras buscam acabar com o esquema fraudulento, pacientes prejudicados pela máfia ainda esperam a responsabilização dos médicos.

Há dois anos, a secretária executiva Daniela de Castro Nichele, de 42 anos, perdeu os movimentos dos pés e passou a andar com dificuldades, por causa da demora na realização de uma cirurgia por um ortopedista de Porto Alegre investigado por suposta participação no esquema. Em 2014, ela teve uma crise de hérnia de disco e foi internada, mas o médico só aceitou operá-la se fossem utilizados parafusos importados.

"Ele disse que os parafusos nacionais não prestavam e me indicou uma advogada para entrar na Justiça e obrigar meu plano de saúde a pagar os importados. Com isso, minha operação demorou cinco meses para acontecer", conta ela.

"Nesse meio tempo, o plano de saúde entrou em contato comigo e disse que aquele médico estava sendo investigado. Me passaram para outro cirurgião e ele me operou com material nacional e deu tudo certo. O problema é que, como demorou demais, minha hérnia começou a comprimir minha medula e meu nervo ciático e eu fiquei com essas sequelas", diz.

Ela entrou com ação na Justiça contra o médico, mas, enquanto a investigação está em andamento, o profissional continua atuando. "Ele já devia estar preso porque prejudicou muita gente", afirma Daniela. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma prótese mecânica está sendo desenvolvida pelo terapeuta ocupacional da Universidade do Estado do Pará (Uepa) Jorge Lopes Rodrigues, professor do Laboratório de Tecnologia Assistiva (LABTA), para auxiliar pacientes com amputação parcial de mão. Jorge trabalha em um projeto pessoal – há 10 anos – para criar uma prótese mecânica finaceiramente mais acessível a quem precisa. O projeto se tornou parte de sua tese de doutorado aprovada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará (Fapespa) e hoje, 28 modelos experimentais depois, o professor alcançou um protótipo leve, prático, barato e que pode ajudar centenas de pacientes no Pará e provavelmente no Brasil.

De acordo com Jorge, uma prótese normal pode custar até R$ 10 mil, enquanto a alternativa desenvolvida por ele terá o valor médio de R$ 200,00. “Eu desenvolvi essa prótese em casa, na minha oficina, desenhando cada peça e cada parte para que ela pudesse utilizar o movimento do pulso e distribuir a força para o movimento de pegada entre os quatro dedos da frente e o polegar. Com a prótese atual é possível pegar desde uma garrafa até mesmo objetos menores, como um grão de feijão”, explicou o professor à Agência Pará.

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O modelo, apelidado de Mark 28, em homenagem às armaduras do Homem de Ferro, é feito de papelão, fibra de vidro, alumínio, couro e espuma. Ele ainda não pode ser produzido para o atendimento de pacientes, pois aguarda o processo de patente. No entanto, o professor doará um modelo personalizado da Mark 28 para a jovem Alcione Viana, 24 anos, que há dois anos perdeu quase toda a mão direita em um acidente de trabalho.

Alcione será acompanhada por Jorge, ao longo deste ano, para demonstrar os benefícios que sua prótese pode trazer. Ela é uma das pacientes atendidas pelo LABTA, que fabrica órteses e próteses para pacientes que sofreram amputação ou possuem má formação congênita em alguns dos membros. 

Depois de conversarem sobre a oportunidade de experimentar a prótese, Alcione topou a ideia e na primeira sessão ela mal podia conter o sorriso. O braço tímido e magro se encaixou na mão mecânica vermelha, as fivelas foram ajustadas e com um simples movimento de pulso ela viu sua nova mão abrir e fechar. “Eu não acreditei. Era um pouco incômodo, mas depois eu me acostumei. Eu comecei a usar nos exercícios e eu sentia que era como se fosse a minha própria mão, pois eu ainda a sinto. Sinto dores, choques, mas com o uso da prótese eu me sinto mais próxima do que era antes. Às vezes é como usar uma luva”, disse a paciente.

A felicidade de Alcione fica ainda maior quando ela se lembra de tudo pelo que passou. “Eu estive muito mal e me senti muito abandonada. Mas tenho um amigo que me indicou o laboratório e eu decidi tentar. Hoje eu sinto que tudo é possível, que eu posso recuperar a minha vida e assim que esta mão ficar pronta eu vou poder recomeçar”, relatou Alcione.

Para o professor, o exemplo do que ocorrerá com Alcione pode se tornar uma realidade na vida de diversas pessoas que possuem lesões semelhantes. “Além das vítimas de acidentes, temos os pacientes de hanseníase e má formação. A ideia principal é conseguir viabilizar próteses mais práticas e mais baratas para a população mais pobre”, explicou.

No momento, o professor negocia com a Fapespa para definir os detalhes sobre a patente do invento. Quando estiver aprovada, ele poderá fabricar as mãos mecânicas sob encomenda, da mesma forma como desenvolveu uma peça exclusiva para Alcione. A futura oficina funcionará no LABTA e terá a participação de uma equipe de alunos do curso de Terapia Ocupacional treinados para lidar com esta produção.

Informações da Agência Pará.

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Um menino de seis anos, Maxence, que nasceu sem a mão direita, se tornará nesta segunda-feira (17) a primeira criança francesa com uma prótese impressa em 3D, uma tecnologia barata e lúdica para pequenos nascidos com má-formação em algum membro. "Não vai sofrer um transplante ou uma operação. A prótese será anexada e ele poderá retirá-la quando quiser", explica sua mãe Virginie Contegal à AFP.

"Quando Maxence nasceu, decidimos não colocar nele nenhuma prótese médica. Agora, terá uma mão da cor que quiser, de super-herói, que poderá tirar ou colocar quando quiser. Vai ser divertido durante as brincadeiras com os colegas", afirma Virginie Contegal. Graças à tecnologia de impressão em 3D, este tipo de prótese custa apenas entre 50 e 200 euros, segundo o tamanho da mão. Se a criança a quebra ou a perde, outra poderá ser feita facilmente.

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Os pais de Maxence não desembolsaram nada, já que passaram pela associação americana e-NABLE, que permitiu que muitas crianças se beneficiassem desta tecnologia nos países anglo-saxões. Maxence deve receber sua mão nesta segunda-feira (17), cercado por sua família.

Um austríaco que não tem uma perna se tornou o primeiro amputado a utilizar uma prótese que recria a sensibilidade do membro perdido e dá esperanças contra as dores fantasma.

"Tenho a impressão de ter um pé novamente", afirmou à AFP Wolfgang Rangger, um professor de 54 anos, amputado na altura do joelho em 2007 após complicações de um acidente vascular cerebral.

"Já não escorrego no gelo, sinto a diferença quando caminho sobre cascalho, concreto, grama ou areia. Sinto inclusive as pedrinhas", afirma o primeiro paciente operado pelo professor Hubert Egger, da Universidade de Linz (norte).

Seis meses depois do implante, Wolfgang Rangger corre, anda de bicicleta e inclusive faz escalada. Quando caminha, seu coxear é quase imperceptível.

Este resultado espetacular é fruto de uma técnica que associa o deslocamento dos feixes de nervos com a aplicação de sensores conectados em uma prótese de um novo tipo.

No caso do paciente de Linz, os médicos pegaram, no centro do coto, as terminações nervosas que conduziam inicialmente ao pé amputado. Depois as desviaram à superfície da coxa, onde as conectaram com a parte alta da prótese.

- Sinal enviado ao cérebro -

Por sua vez, a perna artificial inclui sensores sob a planta do pé unidos a outras células, chamadas simuladores, que estão em contato com o coto. A informação transferida entre os sensores e os simuladores permite imitar, e finalmente reproduzir, a sensação do membro perdido.

Com cada passo, cada vez que exerce pressão sobre o solo, o pé artificial de Wolfgang Rangger envia um sinal preciso ao cérebro.

"Em um pé com boa saúde, são os receptores da pele os que cumprem esta função. Um amputado não tem estes receptores, é claro. Mas os transmissores de informação, que são os nervos, seguem existindo. É preciso apenas estimulá-los", resume o professor Egger.

O médico austríaco já havia inovado em 2010 ao apresentar uma prótese de braço controlada pela mente, graças a uma conexão entre os nervos motores e a prótese.

Desta vez o princípio é o mesmo, mas o percurso é realizado ao contrário: a informação parte da prótese para chegar ao cérebro.

- O fim das dores fantasma -

Além disso, a prótese testada em Linz oferece ao seu portador uma segunda vantagem que, ao menos para ele, é igualmente importante: o novo sistema colocou fim, em apenas alguns dias, às dores fantasmas que precisou suportar durante anos depois de perder sua perna.

"Com minha prótese convencional", lembra Wolfgang Rangger, "podia apenas caminhar. Não conseguia dormir mais que duas horas por noite e precisava de morfina para aguentar durante o dia".

Esta sensação de sofrimento no membro que já não possui, muito comum, ocorre devido a uma hipersensibilidade que se desenvolve progressivamente no cérebro, que, de certa forma, busca o membro amputado, explica o professor Egger.

A dor fantasma, prossegue, é agravada pela lembrança traumática do acidente ou da doença que levou à amputação.

A prótese "sensível" o remedia, ao enviar novamente informações ao cérebro, interrompendo sua busca vã e infinita.

O custo do protótipo está calculado entre 10.000 e 30.000 euros. Sua industrialização já poderia começar, mas a equipe de Linz quer estudar um pouco mais os resultados obtidos com o primeiro paciente.

Manter todos os dentes saudáveis é uma tarefa trabalhosa, mas não impossível. Entretanto, mesmo mantendo os devidos cuidados com a saúde bucal todos os dias, até mesmo acidentes domésticos podem causar danos às estruturas dentárias, podendo ocasionar a fratura ou, em alguns casos, a perda de um dente. Não há uma fórmula certa para todas as pessoas, mas, em todos os casos de tratamento, o objetivo é recuperar a saúde bucal do paciente.

Segundo o cirurgião-dentista Paulo Augusto Lopes, mestre em prótese e especialista em implantes, é preciso pensar na recuperação da função do dente, na saúde e na estética bucal do paciente. Segundo ele, os tratamentos dentários para recuperar sorrisos – e autoestima – são baseados nessa tríade e podem variar desde a colocação de estruturas de resina para recuperar pequenas partes até a realização de procedimentos complexos envolvendo a colocação de implantes.  Confira no vídeo o que pode ser feito para recuperar dentes perdidos e restaurar o sorriso de uma paciente: 

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Para Lopes, não há uma forma solução mais rápida para casos de perda de dentes é a prótese fixa, entretanto, não representa a melhor escolha a longo prazo. “A prótese adesiva pode ser uma possibilidade para esperar o tempo ‘biológico’ para a colocação do implante. É preciso esperar que as estruturas bucais estejam preparadas para receber o implante, que é uma raiz artificial com material de titânio”, explica Lopes. 

Apesar de não ser a finalidade do tratamento, o implante pode ser uma solução que demonstra resultados positivos em longo prazo. “Inicialmente, o implante tem o objetivo de recuperar a estética bucal. Depois, é preciso esperar cerca de dois a três meses para que o material ‘cole’ no osso, ou seja, para que adquira a função do dente, para mastigar os alimentos”, esclarece o dentista. Quanto aos preços e durações do tratamento odontológico, Lopes explica que os valores podem partir dos R$ 200 e chegar a até cem mil reais, dependendo da necessidade e vontade do paciente. “No caso de tratamentos complexos, os procedimentos podem durar no máximo três dias. O objetivo é não estender a duração do procedimento e concluí-lo o quanto antes”, garante. 

Dicas e cuidados - De acordo com o especialista, é possível recolocar o mesmo dente perdido, sem a necessidade de implantação de outra estrutura. Caso não esteja contaminado, o dente pode ser transportado na própria boca do paciente, abaixo da língua – mas com o devido cuidado para que a estrutura não seja engolida. Segundo ele, esse procedimento pode ser realizado caso o paciente procure um profissional em até trinta minutos. 

Segundo Paulo Augusto Lopes, grande parte dos casos de perda de dentes acontecem em estruturas que já passaram por algum processo de restauração. “Depois que o dente passa por algum tipo de tratamento, a estrutura fica mais sensível e, caso não haja o cuidado necessário, pode haver surgimento de bactérias, fatores que contribuem para o enfraquecimento do dente”, explica. Cáries também podem ser um dos fatores que levam à perda de estruturas dentárias, o que reforça a necessidade de cuidados com a saúde bucal. 

O menino Vrajamany Rocha, de 11 anos, que teve o braço direito arrancado por um tigre no zoológico de Cascavel (PR), ganha esperança de voltar a ter uma vida próxima do normal. O empresário Nelson Nolé, dono de uma empresa de próteses ortopédicas em Sorocaba, ofereceu ao garoto uma prótese articulada. O menino esteve na cidade, acompanhado pela mãe, para fornecer as medidas para o equipamento.

Segundo Nolé, a prótese será feita em fibra de carbono, com luvas de silicone. O cotovelo será articulado para ajudar no equilíbrio do corpo. "Como o braço sofreu amputação total, não será possível instalar a prótese biônica, ativada pelo comando cerebral, mas vamos compensar isso caprichando na parte estética." Segundo ele, o braço mecânico é necessário para fazer o balanceamento do corpo e evitar danos na coluna. A peça será trocada todo ano até que o garoto complete 18 anos. Todo atendimento será gratuito.

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O empresário também doou o braço biônico para o ciclista David Santos de Souza, de 21 anos, que teve o membro direito arrancado ao ser atropelado por um carro quando pedalava na Avenida Paulista, na capital. "No caso do David, foi possível a prótese biônica, pois a amputação foi menos drástica." O menino do tigre deve voltar a Sorocaba em um mês para testar o braço mecânico. Segundo sua mãe, Monica Fernandes dos Santos, de 37 anos, ele ainda sente as chamadas dores fantasmas no local, um efeito psicológico decorrente da amputação.

Acidente

No dia 30 de julho, Vrajamany visitava com o pai o zoológico de Cascavel, quando invadiu a área de segurança e se aproximou da jaula do tigre. O menino teria se dependurado na grade e foi atacado pelo felino. O braço teve de ser amputado rente ao ombro.

Uma tartaruga foi encontrada gravemente ferida pelo veterinário alemão Dr. Panagiotis Azmanis e teve uma das suas pernas amputadas. Para que a tartaruga conseguisse ainda se locomover, Azmanis implantou uma peça de Lego no lugar da perna que faltava. 

O veterinário prendeu a peça do brinquedo no casco inferior do animal. Azmanis entregou "Schildi" (nome de batismo da tartaruga) a um abrigo de animais, mas afirma que pretende visitá-la com frequência para check-ups, pois a peça do Lego deve ser trocada pelo menos uma vez ao ano.

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A abertura oficial da 11ª Semana de Artes Visuais do Recife (Spa das Artes) acontece neste domingo (3), no Museu Murillo La Greca, Parnamirim, Zona Norte do Recife. O evento terá programação gratuita e conta com exposições, performances e intervenções artísticas. Dentre os destaques da mostra, que vai até o próximo sábado (9), está o jornalista e fotógrafo Chico Ludemir.

Chico Ludemir explora a relação entre o corpo e a cidade com o trabalho Entre. A exposição é composta por fotografias, dança contemporânea e exibição de vídeos. “Essa mostra é uma compilação de dois ensaios, que fiz em 2012 e 2013, intitulados, respectivamente, de Entre Prédios e Entre Corpos. A proposta é revelar que o corpo é a extensão da cidade e vice-versa”, disse Chico ao LeiaJá.

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Quem também faz parte da abertura do Spa das Artes é a intervenção Praia do La Greca, que integra a iniciativa Eu Quero Nadar no Capibaribe, e você?. ”Trata-se de uma praia efêmera que fica instalada no Museu Murillo La Greca desde agosto de 2012, sempre no último domingo de cada mês, e a ideia é promover para o público algumas atividades, como shows, intervenções artísticas e oficinas que remetam à valorização do rio”, comentou Márcio Erlich, arquiteto e urbanista que faz parte deste trabalho.

Para Bárbara Collier, organizadora do Spa das Artes, a escolha do Murillo La Greca para a abertura não foi feita ao acaso. “Queríamos fazer aqui para que as pessoas pudessem assistir às performances que aqui estão. O festival teve menos inscrições que a última edição, mas foram inscritos projetos bem fortes”, avaliou.

Além dos projetos artísticos citados, estão na programação deste domingo as performances: Modelo Vivo sem Casca, do pernambucano Murilo Freire, Roupa de Abraço, da cearense Cristiane Soares, e Prótese, do artista visual Emanuel Oliveira. 

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