Tópicos | tragédia

Na última quinta (21), um trágico acidente em um set de cinema chocou o mundo. Ao disparar uma arma de fogo, pretensamente cenográfica, o ator Alec Baldwin vitimou a diretora de fotografia Halyna Hutchins, de 42 anos. Ela chegou a ser socorrida mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.

A tragédia, no entanto, não foi a primeira em sets de filmagens de produções cinematográficas. Alguns casos, como o do ator Brandon Lee, filho de Bruce Lee, que morreu de forma semelhante à da diretora, durante gravações do filme 'O Corvo', em 1993, ficaram famosos na história da sétima arte. Outros, ajudaram a criar normas de segurança para os profissionais da área. Relembre algumas das mortes mais chocantes ocorridas durante a produção de filmes em algumas partes do mundo. 

##RECOMENDA##

Batman - O Cavaleiro das Trevas (2008)

Divulgação

Durante o ensaio de uma cena do filme, o carro no qual se encontrava o cinegrafista Conway Wickiliffe se chocou contra uma árvore. Christopher Corbould, responsável pela produção, chegou a ser acusado de não garantir a segurança dos profissionais em set, mas foi absolvido por uma corte inglesa em 2011. 

The Walking Dead (8º temporada)

Divulgação

As gravações da oitava temporada da série The Walking Dead ficaram marcadas por uma tragédia. O dublê John Bernecker morreu no set após cair de uma altura de seis metros. A queda deveria ocorrer sobre um colchão de segurança, mas John acabou errando o alvo e não resistiu aos ferimentos. 

A Carga de Cavalaria Ligeira (1936) e Jesse James (1939)

Reprodução/YouTube

Acidentes envolvendo cavalos e essas duas produções acabaram motivando a criação de normas de segurança nos sets. Em A Carga de Cavalaria Ligeira, um acidente envolvendo uma armadilha promoveu a morte de vários cavalos, que precisaram ser sacrificados após um acidente. Em Jesse James, um cavalo também acabou morto durante as filmagens. O primeiro incidente levou o congresso americano a criar leis para proteger animais usados em filmes; o segundo, fez a American Humane Society abrir um escritório em Hollywood, em 1940, para monitorar oficialmente o tratamento dos bichos no cinema.

A Última Caça (1972)

Reprodução/YouTube

Esse caso também envolve animais. Durante as gravações de uma cena na qual o protagonista do filme caçava um leão, o técnico de som Jame Chapman foi atacado, justamente, por um leão que invadiu o set. O caso aconteceu na África do Sul. 

The Sword of Tipu Sultan (1989)

Divulgação

Esta produção indiana ficou conhecida pela grande tragédia ocorrida durante as filmagens. Ao todo, 62 figurantes e membros da equipe morreram vítimas de um incêndio que destruiu o estúdio onde era rodada uma cena. O diretor e ator principal Sanjay Khan conseguiu sobreviver, mas precisou passar por inúmeras cirurgias reparadoras. 

Retrato Falado (1984)

Wikimedia Commons

O galã americano Jon-Erik Hexum acabou vítima de uma imprudência durante as gravações da série Retrato Falado. Entediado durante a espera de uma cena, o ator decidiu brincar de roleta russa com uma arma que seria usada nas filmagens, porém, não foi avisado de tratar-se de um revólver de verdade, um Magnum 44. A arma estava carregada com balas de festim, no entanto, o artefato que atingiu o astro causou sérios danos em seu cerébro e ele não resistiu aos ferimentos. 

Gladiador (1999)

Divulgação

O astro Oliver Reed era conhecido pela vida boêmia, porém, durante as gravações de Gladiador,  garantiu à equipe que estava sóbrio há cerca de seis meses. Apesar disso, o ator decidiu dar uma desopilada do trabalho em um bar e, em apenas uma tarde, conseguiu beber oito litros de cerveja alemã, meia garrafa de uísque, doze doses de rum e algumas de conhaque, ganhando uma competição contra militares que o reconheceram no local. Não satisfeito, ele ainda participou de uma queda de braço que lhe rendeu um prêmio de aproximadamente R$ 3 mil. O resultado foi um desmaio após a embriaguez que culminou com a morte do artista, aos 61 anos de idade. Faltavam apenas três dias para o fim das filmagens e o rosto de Oliver foi adicionado digitalmente em algumas cenas.  

No Limite da Realidade (1983)

Reprodução/YouTube

Este acidente ficou conhecido como um dos mais violentos de Hollywood. Durante a gravação de uma cena que contava com um helicóptero real, chuva cenográfica e explosões dentro de um set fechado, o ator Vic Morrow e duas crianças, de seis e sete anos, foram fatalmente feridos. O personagem de Vic deveria resgatar os pequenos, mas as explosões cenográficas atingiram a aeronave, que tombou de lado e acabou caindo. Vic e uma das crianças foram fatalmente decapitadas pela hélice em movimento. A segunda criança também morreu, sendo esmagada e afogada pelos destroços do helicóptero debaixo da enchente artificial. O diretor John Landis e o co-diretor Steven Spielberg foram processados e o piloto perdeu a licença de voo.

O relatório final de um estudo conduzido pela Universidade Politécnica da Catalunha, divulgado nessa segunda-feira (4) pelo Ministério Público Federal (MPF), associa uma perfuração em um ponto crítico da barragem da Mina Córrego do Feijão à tragédia ocorrida em 25 de janeiro de 2019 na cidade de Brumadinho, em Minas Gerais. O procedimento, que estava sendo realizado no momento da ruptura, é considerado o potencial gatilho da liquefação, processo em que os sedimentos sólidos passam a se comportar como fluídos e sobrecarregam a estrutura.

Com sede em Barcelona, na Espanha, a Universidade Politécnica da Catalunha realizou um trabalho de modelagem e simulação por computador para identificar as causas do rompimento da barragem, que deixou 270 mortos e provocou degradação ambiental em diversos municípios mineiros. A instituição foi escolhida pelo MPF com base em sua expertise, e o estudo foi custeado pela Vale, conforme ficou estabelecido em um acordo firmado com a mineradora.

“Sob condições de tensão e hidráulicas semelhantes às do fundo do furo B1-SM-13 durante a perfuração, as análises numéricas mostram que, usando o modelo constitutivo e os parâmetros adotados para os rejeitos, pode ocorrer a liquefação local devido à sobrepressão de água e sua propagação pela barragem”, diz o relatório.

De acordo com o estudo, o perfil do solo no local da perfuração era especialmente desfavorável. Os modelos que sugerem o procedimento como responsável por desencadear o rompimento mostraram-se consistentes com as imagens captadas no momento da tragédia. "O mecanismo de colapso obtido mostra uma ruptura dentro da barragem começando na crista e se estendendo até um local logo acima do dique de partida."

Investigações sobre a tragédia foram feitas em diversas frentes. Comissões parlamentares de inquérito (CPIs) foram abertas no Senado, na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A Polícia Civil também realizou um inquérito que serviu de base para a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), aceita pela Justiça em fevereiro de 2020. Por meio dela, 16 pessoas tornaram-se rés – 11 funcionários da Vale e cinco da Tüv Süd, empresa alemã que assinou a declaração de estabilidade da barragem.

Em todas as frentes de investigação, reconheceu-se que o rompimento ocorreu após um processo de liquefação. No entanto, como este é um fenômeno que pode ter múltiplas origens, diversas hipóteses foram levantadas, desde fortes chuvas até abalos sísmicos artificiais provocados por detonações na mina. O estudo da universidade catalã buscou compreender melhor o que de fato aconteceu.

A investigação foi conduzida pelo Centro Internacional de Métodos Numéricos em Engenharia da instituição espanhola e resultou em uma análise de mais de 500 páginas. “É incontroverso que o rompimento da Barragem I envolveu o fenômeno do fluxo por liquefação. A liquefação é um processo associado ao aumento da poropressão, pelo qual a resistência ao cisalhamento é reduzida à medida que a tensão efetiva no solo se aproxima de zero. Apenas materiais contráteis estão sujeitos à liquefação. A liquefação está intrinsecamente relacionada ao comportamento frágil não drenado do solo”, diz o relatório.

Para viabilizar um modelo computacional verossímil, foi feita uma campanha de coleta de amostras dos rejeitos que foram examinados para que se compreendessem suas características geotécnicas. "Eram fofos, contráteis, saturados e mal drenados e, portanto, altamente suscetíveis à liquefação”. Procurada pela Agência Brasil, a Tüv Süd informou que não fará comentários sobre o relatório neste momento.

Já a Vale destacou que o estudo da instituição catalã reforça o entendimento de que não houve nenhum indicativo prévio à ruptura da estrutura.

"[O estudo] também atesta que teria havido uma conjugação particularmente desfavorável de circunstâncias no momento e no local em que se fazia a perfuração do 13º poço vertical por uma empresa especializada, operação essa que se destinava à instalação de equipamentos mais sofisticados para leitura do nível de água no interior da barragem e à coleta de amostras, sendo que, sem essa perfuração, a barragem, nas condições específicas em que se encontrava (inclusive paralisada há mais de dois anos), segundo as simulações matemáticas realizadas para um período de 100 anos, permaneceria estável", afirmou a mineradora.

As conclusões da Universidade Politécnica da Catalunha coincidem com constatações do laudo de engenharia assinado por peritos da Polícia Federal (PF). Produzido no âmbito do inquérito que investiga a tragédia, o documento está sob sigilo. Algumas informações, no entanto, foram divulgadas em fevereiro deste ano em entrevista coletiva. Os peritos testaram seis hipóteses como gatilho de liquefação e também concluíram que a perfuração desencadeou a ruptura abrupta.

As investigações conduzidas pela PF ainda estão em andamento. Em setembro de 2019, anunciou-se o desmembramento dos trabalhos, e 13 pessoas foram indiciadas por falsidade ideológica e uso de documentos falsos. Para a PF, houve fraude na emissão de relatórios técnicos, incluindo a declaração de estabilidade da barragem, que desconsiderou os parâmetros de engenharia.

A apuração de crimes ambientais e contra a vida teve sequência. A identificação do gatilho da liquefação era considerada fundamental para que houvesse uma definição sobre a possibilidade de haver indiciamentos por homicídio. Procurada pela Agência Brasil, a Polícia Federal informou que o inquérito ainda está sob sigilo. "Deve ser concluído em breve, pois, para tanto, depende da conclusão de diligências pendentes", acrescenta.

##RECOMENDA##

Deformações internas

O relatório analisou várias outras hipóteses para o gatilho da liquefação. Uma delas era defendida por auditores externos contratados pela Vale. Um painel de especialistas internacionais da área de geotecnia foi organizado pela mineradora. Em dezembro de 2019, foi apresentado um relatório no qual se conclui que um fenômeno conhecido como creep contribuiu para a liquefação. Trata-se do acúmulo de pequenas deformações internas. Em combinação com chuvas fortes no fim de 2018, esse processo teria levado ao rompimento da barragem.

No entanto, as simulações descartaram tal possibilidade. "A magnitude dos efeitos da taxa de deformação medidos nos rejeitos foi sempre pequena e não indicou um papel relevante do processo de creep no rompimento", diz o estudo.

De acordo com os pesquisadores, as precipitações também não se mostraram capazes de abalar a estabilidade. Conforme as análises, foi necessário algum fator, ou evento adicional, para que a barragem se rompesse. Além da perfuração que ocorria no dia da tragédia, não foi identificado nenhum outro potencial gatilho de liquefação. "Em particular, os cálculos realizados incorporando apenas os efeitos de aumento da precipitação e do creep, isoladamente ou em combinação, não resultaram em um rompimento geral da barragem.”

Segundo o estudo, registros sismográficos sugerem que uma liquefação contida pode ter ocorrido em junho de 2018, sete meses antes da tragédia. Na época, houve um incidente considerado grave durante procedimento em que a Vale buscava drenar água do lençol freático. "Foram causados vazamentos visíveis de lama em vários pontos da barragem, que foram rapidamente contidos. O incidente provocou um aumento local e temporário nas pressões piezométricas da água e algum abatimento na barragem", diz o relatório.

Processo criminal

Os 16 reús respondem por homicídio doloso e diferentes crimes ambientais. Mesmo sem elucidar qual foi o gatilho da liquefação, o MPMG os denunciou por considerar que já existia farto material probatório capaz de identificar responsabilidades e omissões por parte da Vale e da Tüv Süd.

Investigando em parceria com a Polícia Civil, os promotores que assumiram o caso concluíram que as duas empresas tinham conhecimento da situação crítica da barragem, mas não compartilharam as informações com o poder público e com a sociedade e assumiram os riscos. No fim do mês passado, foi finalmente aberto prazo para que os réus apresentem suas defesas. Como a denúncia é extensa, a juíza Renata Nascimento Borges deu a eles 90 dias.

Ao concluir o inquérito, a Polícia Federal pode indiciar outras pessoas. Mas, para que estas também passem à condição de rés, precisariam ser alvo de denúncias do MPMG ou do MPF aceitas judicialmente. No último caso, poderia ser criado um conflito de competência com julgamentos paralelos na Justiça estadual e Justiça federal.

Dois anos e oito meses após a tragédia, ainda não foram encontrados os restos mortais de nove vítimas. Neste sábado (2), os bombeiros localizaram um corpo, mas ainda serão feitas análises para confirmar se pertence a alguma das vítimas. As buscas continuam. No mês passado, foi encontrado o corpo de Juliana Creizimar de Resende Silva, que tinha 33 anos quando perdeu a vida. O reconhecimento se deu pela arcada dentária.

O atentado às Torres Gêmeas, no dia 11 de setembro, nos EUA, mudou a história do país e ficou marcado na memória de pessoas de todo o mundo. Até mesmo os estúdios Disney precisaram correr para alterar uma de suas produções que já estava quase pronta, à época, o filme Lilo & Stitch. Uma sequência inteira de cenas precisou ser refeita para não haver o risco de o público fazer um paralelo entre a animação e a tragédia.

A sequência em questão mostrava os personagens Stitch, Zumba, Nani e Pleakley fugindo em uma nave espacial de um ataque do vilão Cobra Bubbles. Com o transporte danificado, eles são obrigados a fazer manobras entre as montanhas do Havaí para evitar uma  colisão. Nas cenas originais, os personagens estavam em um avião, sobrevoando uma cidade e desviando de prédios. 

##RECOMENDA##

Após o atentado, faltavam poucos detalhes para a Disney finalizar o longa e a alteração precisou ser feita às pressas. Além disso, algumas outras cenas acabaram sendo cortadas da versão final do filme. Lilo & Stitch foi lançado em junho de 2002 e recebeu uma indicação ao Oscar na categoria de  melhor animação no ano seguinte.

O repórter cinematográfico Ronaldo das Graças Carvalho, de 45 anos, morreu na última sexta (10), em decorrência de um acidente de trânsito, após gravar reportagens para a TV Band, onde trabalhava. Ele voltava para a sede da emissora em uma moto, quando envolveu-se no episódio e não resistiu aos ferimentos. Ele integrava o quadro da Band desde 2014.

Segundo o G1, Ronaldo estava acompanhado por um colega, que conduzia a moto, a caminho da capital de São Paulo, quando o pneu do veículo estourou e o condutor acabou perdendo seu controle. A motocicleta foi parar embaixo de um caminhão. O acidente aconteceu na altura da Via Anchieta, no km 58, na noite da última sexta (10). Ambos retornavam para a sede da Band, após a gravação de algumas reportagens. 

##RECOMENDA##

Ronaldo chegou a ser socorrido em estado grave, com múltiplas fraturas, e morreu na ambulância a caminho do hospital. Seu colega, de 31 anos, sofreu trauma torácico e foi encaminhado para o Pronto Socorro central de Cubatão para exames. Ele não corre risco de vida.

Em nota enviada à imprensa, o Grupo Bandeirantes confirmou a morte do repórter cinematográfico e lamentou o ocorrido. Ronaldo estava na empresa desde 2014, tinha 45 anos e deixou esposa e cinco filhos.

Confira a nota na íntegra. 

É com imenso pesar que o Grupo Bandeirantes comunica o falecimento do repórter cinematográfico Ronaldo das Graças de Carvalho aos 45 anos. 

Após uma reportagem, ele retornava de motocicleta para a sede da emissora no bairro do Morumbi, em São Paulo, quando sofreu um acidente fatal envolvendo também um caminhão na altura do km 58 da Rodovia Anchieta.

Ronaldo atuava na equipe do jornalismo da Band desde 2014. Ele deixa a esposa e cinco filhos.

Nossa homenagem ao Ronaldo e nossos sinceros sentimentos à família, amigos e colegas de trabalho por essa enorme perda.

O Grupo Bandeirantes acompanha de perto a apuração das circunstâncias do acidente e está prestando todo o apoio à família nesse triste momento.

 

Zaki Anwari, ex-jogador de futebol da seleção de base do Afeganistão, morreu após tentar se segurar em um avião para fugir do país, tomado pelo grupo radical islâmico Taleban no último domingo. A informação foi divulgada nesta quinta-feira pela agência de notícias afegã Ariana News.

Anwari foi encontrado morto no aeroporto de Cabul. Ainda de acordo com a agência, ele caiu depois de tentar se segurar no trem de pouso do de um Boeing C-17, aeronave da Forças Armadas dos Estados Unidos, durante o resgate de estrangeiros e afegãos.

##RECOMENDA##

A morte foi confirmada pela Diretoria Geral de Educação Física e Esportes do Afeganistão. Anteriormente, o jovem atuou pela seleção sub-16 do país.

Multidões lotaram o aeroporto de Cabul nos últimos dias desde a insurgência do Taleban. No desespero para deixar o país, dezenas morreram da mesma forma que Anwari, tentando embarcar em aviões em movimento.

O retorno do grupo extremista também trouxe dúvidas sobre o futuro das mulheres no esporte. Nesta semana, Zakia Khudadadi, atleta de parataekwondo, pediu ajuda para conseguir viajar e participar da Paralimpíada de Tóquio. Ela pode se tornar a primeira mulher do seu país a disputar a competição.

Por sua vez, Shabnam Mobarez, capitã da seleção feminina afegã, falou ao Estadão sobre a esperança que o esporte trouxe para o país nas últimas décadas e o temor de ter que abandonar o futebol após a retomada do Taleban.

A tentativa de fugir de Cabul, no Afeganistão, após a chegada do Talibã na capital do país, acabou resultando em mortos e feridos. Na internet, circulam vídeos nos quais se pode ver, ao menos, duas pessoas caindo de um avião da Força Aérea Americana, após a aeronave levantar voo no aeroporto Hamid Karzai. Além disso, disparos feitos pelas tropas dos EUA, para dispersar a multidão, teriam feito vítimas. 

Na manhã desta segunda (16), o aeroporto de Cabul ficou lotado com milhares de afegãos tentando fugir do país após o Talibã tomar o poder no país. Pessoas de todas as idades invadiram a pista de decolagem e agarraram-se às aeronaves que se preparavam para decolar. Imagens compartilhadas na internet mostram o momento em que duas pessoas caíram de um desses aviões, após o início do voo.

##RECOMENDA##

Nos vídeos, é possível ver ao menos dois corpos despencando de uma altura de centenas de metros. Segundo o jornal inglês, The Guardian, no mínimo três pessoas caíram de uma aeronave do tipo C-17, da Força Aérea Americana. Eles teriam se agarrado ao trem de pouso ou à fuselagem na lateral do avião. Já um outro vídeo mostra os corpos de três pessoas — dois homens e uma mulher — caídos no chão no complexo do aeroporto Hamid Karzai, após o tumulto. 

[@#video#@]

Para conter a população, as tropas americanas, responsáveis pela segurança no aeroporto, atiraram para o alto e todos os voos comerciais foram cancelados. Os disparos fizeram vítimas, mas ainda não foi confirmada o número total de vitimados. O The Wall Street Journal afirmou que três pessoas foram mortas por armas de fogo e a agência de notícias Reuters fala em cinco óbitos.

Uma mediação conduzida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) poderá resultar em um novo acordo para resolver gargalos do processo de reparação da tragédia de Mariana, que se arrasta desde 2015. Passados quase seis anos do rompimento da barragem da mineradora Samarco, mais de 80 mil demandas judiciais estão na fila aguardando apreciação. Nos últimos meses, reuniões para enfrentar a situação foram realizadas com a participação de representantes dos governos, dos tribunais de Justiça, dos ministérios públicos e das defensorias públicas de Minas Gerais e do Espírito Santo, bem como do Ministério Público Federal (MPF) e da Advocacia-Geral da União (AGU).

A experiência em torno da tragédia de Brumadinho (MG) deverá ser uma referência para as tratativas. Em fevereiro deste ano, foi firmado um acordo onde a Vale, responsável pela barragem que se rompeu e resultou em 270 mortes em 2019, se comprometeu a destinar R$ 37,68 bilhões. Esse montante custeará um conjunto de medidas voltadas para reparar e compensar os danos do rompimento da barragem.

##RECOMENDA##

"Não tenho dúvida que o acordo de Brumadinho é um marco na reparação e na compensação socioambiental e socioeconômica no Brasil e no mundo. É um dos maiores acordos em termos de valores", disse à Agência Brasil o procurador da República Carlos Bruno Ferreira da Silva, que participa das negociações representando o MPF.

As negociações foram iniciadas a partir de um pedido do juiz Mário de Paula Franco Júnior, da 12ª Vara Federal de Minas Gerais, o responsável pela maioria dos processos ligados à tragédia de Mariana. Diante do grande volume de ações judiciais, ele solicitou em março que o CNJ instaurasse a mediação entre todas as partes envolvidas. A partir daí, o Observatório Nacional sobre Questões Ambientais de Alta Complexidade, uma parceria entre o CNJ e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), ficou encarregado de fazer um amplo mapeamento da situação.

No final de julho, uma carta de premissas foi pactuada por todas as partes envolvidas. A assinatura do documento se deu em um encontro presidido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, também presidente do CNJ. Elaborada sob a coordenação do Observatório, a carta estabeleceu diretrizes para a renegociação das medidas de reparação.

Na tragédia de Mariana, 19 pessoas morreram e dezenas de cidades mineiras e capixabas situadas na Bacia do Rio Doce foram impactadas após o rompimento da barragem do Fundão, em novembro de 2015. O atual acordo de reparação foi firmado em março de 2016 entre a Samarco, suas controladoras Vale e BHP Billiton, o governo federal e os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo. Conhecido como Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC), ele estabeleceu 42 programas. Para administrá-los, foi criada a Fundação Renova.

Crítico do acordo, o MPF moveu em maio de 2016 uma ação contra as três mineradoras, na qual calculou em R$ 155 bilhões os prejuízos causados na tragédia. A tramitação desse processo chegou a ser suspensa para tentativas de negociação, que tiveram alguns resultados como a ampliação da participação dos atingidos em instâncias da Fundação Renova. No entanto, não houve consenso para uma composição final. Em outubro do ano passado, o MPF pediu a retomada da ação por considerar que a entidade tinha pouca autonomia diante das mineradoras e que o processo de reparação não teria sido capaz de indenizar todos os atingidos e de reconstruir as casas destruídas.

Uma nova paralisação desse processo, no entanto, é um dos itens definidos na carta de premissas pactuada no mês passado. Ficou estipulado no documento um prazo de 120 dias para as tratativas: são 13 semanas para discussão de diversos tópicos e mais quatro semanas para redação da minuta de um termo final.

"Mais importante do que cumprir esse prazo, é conseguirmos ter o acordo que solucione um problema que já dura quase seis anos. Vamos insistir na negociação até que tenhamos um termo que seja adequado para todas as partes e principalmente para os atingidos", disse Carlos Bruno. O procurador lembrou que acordos anteriores já previam uma reavaliação das medidas de reparação em junho de 2020, prazo que já foi ultrapassado.

Governança

O acordo resultado após a tragédia de Brumadinho (MG), que serve como referência, previu uma governança distinta daquela fixada no TTAC. Dessa vez, o MPMG e o MPF participaram das tratativas. Junto com o governo de Minas Gerais, ambas as instituições se colocaram contrárias à criação de uma entidade similar à Fundação Renova, por avaliar que ela não tinha a autonomia necessária.

Celebrado em fevereiro deste ano, o acordo de R$ 37,68 bilhões inclui algumas medidas que serão executadas diretamente pela mineradora, enquanto outras ficarão a cargo do governo estadual ou serão definidas pelos atingidos em conjunto com o MPMG, o MPF e a Defensoria Pública do estado. 

A parte que cabe ao Executivo mineiro envolve uma série de projetos compensatórios, que totalizam R$ 11,06 bilhões: grandes obras viárias e de mobilidade, equipagem de hospitais, melhoria de equipamentos e órgãos públicos, programas sociais, capacitação de servidores, políticas públicas de saúde e de preservação ambiental, entre outros. São iniciativas que serão implementadas não apenas na região atingida, mas em todo o estado.

A repactuação em torno da tragédia de Mariana poderá se inspirar nesse modelo. "Um dos temas que será tratado é governança. E aí se pensa no modelo como um todo. Como é uma negociação, eu não tenho como dizer o que vai acontecer. Mas a ideia é que a gente alcance uma governança que efetivamente traga a reparação e a compensação para os atingidos. Mais do que pensar se tem ou não tem Fundação Renova, é pensar em um modelo que efetivamente funcione, tenha transparência, legitimidade e efetividade para trazer resultados", explicou Carlos Bruno.

No caso da tragédia de Mariana, tanto as medidas reparatórias como as de caráter compensatório foram circunscritas à Bacia do Rio Doce e aos municípios afetados: são ações de recuperação florestal, projetos de conservação da biodiversidade, obras de saneamento, melhorias de infraestrutura, etc. A carta de premissas firmada no mês passado estabelece que a repactuação tem como objetivo um "acordo integral" e uma "reparação definitiva, efetiva e eficiente". Um dos tópicos prevê a "entrega de soluções definitivas, quitação de obrigações, visando a extinção de ações judiciais e substituição de acordos previamente firmados".

A princípio, o posicionamento oficial das mineradoras indica uma resistência à inclusão de novas medidas. A Samarco informou, em nota, que discute a repactuação das ações que estão sendo conduzidas pela Fundação Renova. Disse ainda estar comprometida com as comunidades atingidas e com "o aprimoramento dos acordos já celebrados de forma a trazer maior eficiência e definitividade à reparação integral dos danos causados pelo rompimento da barragem".

A Vale, por sua vez, divulgou uma nota no mês passado onde considera que as tratativas devem respeitar os limites do TTAC. A mineradora reconhece a “desburocratização da governança” como uma das premissas da negociação, mas pondera que "nos termos do §2º, da cláusula 232, do TTAC, o valor predestinado à compensação dos danos causados, com o rompimento da barragem de fundão, não reparáveis, já foi estipulado e não é objeto da repactuação, que visa a otimização e maior eficiência e objetividade no avanço dos 42 programas, que seguem em andamento".

Valores

A Vale avalia que a repactuação deverá estar mais voltada para "sanear controvérsias técnicas". Mas essa posição deverá se chocar com outras partes envolvidas, que consideram a revisão de valores como ponto chave nas discussões. Segundo dados da Fundação Renova, a reparação custou até o momento cerca de R$ 14 bilhões, sendo R$ 4,7 bilhões destinados a indenizações e auxílios financeiros emergenciais para 328 mil pessoas. 

"Todos os envolvidos reconhecem que, inegavelmente, os impactos no Rio Doce foram muito maiores em comparação com Brumadinho. Então para se pensar em reparação integral, provavelmente precisaremos pensar em valores maiores. Dentro da questão ambiental, há o princípio da reparação integral. Então não é o MPF ou as empresas que irão dizer os valores. São cálculos técnicos. No próprio processo, o MPF conta com experts que estão fazendo a avaliação dos danos socioambientais e dos danos socioeconômicos. O valor final terá que ser compatível com o que se verificou na prática", disse o procurador.

Entre as comunidades atingidas, uma das principais críticas ao acordo de Brumadinho diz respeito à falta de participação popular nas negociações. Para o MPF, esse é um ponto que precisa ser melhorado no processo de repactuação da reparação da tragédia de Mariana. "Conseguimos um ótimo acordo para Brumadinho, mas podemos pensar em mais participação social e controle social ao longo da negociação. E que se consiga um resultado significativo e que efetivamente, como irá ocorrer em Brumadinho, traga resultados para a comunidade atingida", avalia Carlos.

Pensando justamente em ouvir a população, o CNJ divulgou na terça-feira (10) um edital das audiências públicas, nas quais deverão ser levantados problemas vigentes junto às comunidades atingidas. Elas deverão ocorrer nos dias 10 de setembro, 6 de outubro e 1º de dezembro, todas por meio da plataforma virtual Cisco Webex, com transmissão pelo canal do CNJ na rede social YouTube.

"Já é um primeiro grande passo para que a gente ouça a população e para que tenhamos uma maior pactuação social dentro dessa negociação", disse o procurador. 

Enquanto o processo de mediação estiver em curso, a Fundação Renova assegurou que as medidas previstas no TTAC e conduzidas pela entidade não serão paralisadas. "As ações que compõem a reparação seguem em andamento", informou em nota.

Indenizações individuais

Há outras questões que precisam ser equacionadas. O acordo da tragédia de Brumadinho envolveu apenas a reparação de danos coletivos. As discussões sobre indenizações individuais e trabalhistas estão se desenvolvendo no âmbito de processos judiciais e extrajudiciais específicos. Por sua vez, o acordo sobre a tragédia de Mariana estabelece o programa de indenizações. Essa diferença é, portanto, um dos tópicos que precisará ser solucionado entre as partes.

Desde a tragédia em 2015, o processo indenizatório tem gerado diversos questionamentos e protestos por parte dos atingidos. Segundo o CNJ, cerca de 85 mil processos relacionados ao episódio tramitam na Justiça brasileira. Em julho do ano passado, a Ramboll, uma das consultorias externas independentes que assessora a atuação do MPF, apontou que apenas 34% das famílias cadastradas haviam recebido algum valor indenizatório.

Alguns atingidos buscam reparação fora do país. Uma ação foi no Reino Unido, movida pelo escritório PGMBM Law em nome de milhares de atingidos e diversas prefeituras e empresas, além da Igreja Católica. Eles processam a BHP Billiton, controladora da Samarco que possui sede em Londres.

No Brasil, os pagamentos ganharam um impulso no final de 2020 a partir de uma série de decisões judiciais que levaram à implantação do Sistema Simplificado. Por meio desse sistema, trabalhadores informais de 28 localidades, que ainda não tinham sido reconhecidos como atingidos após cinco anos da tragédia, estão conseguindo obter valores referentes a danos morais e materiais. As quantias variam entre R$ 54 mil e R$ 161,3 mil. Donos de embarcações e outros grupos também estão sendo contemplados. O MPF, no entanto, considera que houve irregularidades nas decisões que subsidiaram a criação do sistema e avalia que alguns valores estabelecidos foram baixos. 

Na cidade de Mariana, cujo processo de reparação tem algumas peculiaridades em relação aos demais municípios impactados, ainda há 312 famílias aguardando a conclusão de seus cadastros para negociarem suas indenizações. Há também 126 núcleos familiares que não foram reconhecidos como atingidos e outros 42 rejeitaram a proposta da Fundação Renova.

Além disso, moradores que viviam nos distritos de Bento Rodrigues e Paracatu cobram o reassentamento. As obras de reconstrução das duas comunidades destruídas na tragédia é um dos principais gargalos do processo reparatório. Pelo cronograma original, as casas deveriam ter sido entregues em 2018 e 2019, mas até março deste ano apenas sete das 306 moradias previstas estavam concluídas. Críticos da morosidade do processo reparatório, o MPMG chegou a pedir em fevereiro deste ano a extinção da Fundação Renova. O processo, no entanto, foi temporariamente suspenso por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Passados exatos dois anos e meio da tragédia de Brumadinho (MG), o trabalho de reflorestamento ainda está no início. Dos 293 hectares de floresta diretamente atingidos, apenas 3,33 hectares foram recuperados pela Vale até o momento. Essa área representa 1,13% do total. A mineradora calcula que levará 10 anos para concluir a recomposição da área e vem firmando parcerias com grupos científicos, visando o uso de técnicas inovadoras e modernas.

A tragédia de Brumadinho ocorreu no dia 25 de fevereiro de 2019, quando uma barragem da Vale se rompeu e liberou uma avalanche de rejeitos que causou 270 mortes, devastou o meio ambiente e destruiu pequenas comunidades. Em fevereiro deste ano, um termo de reparação dos danos coletivos foi firmado entre a mineradora, o governo de Minas Gerais, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública. Deverão ser destinados R$ 37,68 bilhões para um conjunto de medidas, incluindo a recuperação ambiental. Além de projetos novos, o acordo abarcou ações que já vinham sendo desenvolvidas pela mineradora.

##RECOMENDA##

Os primeiros passos para o reflorestamento foram dados ainda em 2019. Um projeto piloto foi colocado em prática com intuito de reconstituir as condições originais do Ribeirão Ferro-Carvão. Segundo levantamentos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), mais de 200 hectares da área afetada eram compostos de vegetação nativa de Mata Atlântica e áreas de proteção permanente ao longo de cursos d'água.

A maior degradação se verifica no trecho entre a barragem e o ponto de confluência do Ribeirão Ferro-Carvão e do Rio Paraopeba, onde estima-se que cerca de 7 milhões de metros cúbicos de rejeito tenham sido depositados. O reflorestamento depende da limpeza dessa área.

"Temos um limitador. Só podemos remover o rejeito depois da liberação dos bombeiros. Então é um trabalho que está atrelado com as buscas das vítimas", afirma Marcelo Klein, diretor especial de reparação e desenvolvimento da Vale. Dez corpos das 270 vítimas ainda não foram encontrados. O Corpo de Bombeiros prossegue com as buscas, que chegaram a ser interrompidas duas vezes devido às restrições decorrentes da pandemia de covid-19. A última retomada ocorreu no dia 12 de maio.

Klein afirma que a Vale deverá, de forma compensatória, reflorestar uma área equivalente a 20 vezes a área afetada. Significa, portanto, alcançar o total 5.860 hectares. Segundo a mineradora, ainda estão sendo realizadas tratativas com os órgãos ambientais para definir os detalhes desse trabalho. Ele deverá envolver recuperação de parques ecológicos, nascentes e florestas degradadas. "O dano ambiental deve ser revertido numa área bem maior de recuperação e um pacote muito forte de educação ambiental, junto às prefeituras", diz o diretor da mineradora.

Além dos 3,33 hectares recuperados na região atingida, a Vale também informa ter concluído outros 8,14 hectares em áreas de preservação permanente (APPs) e em reservas legais. Assim, são 11,47 hectares reflorestados até o momento. A meta da Vale é chegar em 35 hectares até o fim do ano, com o plantio de aproximadamente 50 mil mudas. Ao longo do tempo, também deverá ser executado um trabalho de manutenção até que o equilíbrio natural seja atingido, assegurando o retorno da biodiversidade. Na área atingida, estima-se que serão necessários 10 anos para que o processo de reflorestamento amadureça.

Fiscalização

Todo o trabalho é fiscalizado pelos órgãos ambientais do governo mineiro articulados por meio do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema). Um acordo foi selado com a Vale para contratação de 40 profissionais temporários que foram distribuídos entre a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), o Instituto Estadual de Florestas (IEF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam). São engenheiros, biólogos, geógrafos, geólogos, químicos e outros profissionais. Com os custos correndo por conta da mineradora, os vínculos poderão ir até maio de 2022.

Em fevereiro, quando a tragédia completou dois anos, o Sistema apresentou um caderno de balanço. A publicação aponta que "ainda estamos longe de uma reparação socioambiental integral da bacia do Rio Paraopeba". As dificuldades enfrentadas no ano passado foram ressaltadas. "As ações da recuperação sofreram um grande impacto devido as restrições da covid-19, que impactaram as buscas pelas vítimas pelo Corpo de Bombeiros, as fiscalizações do Sisema e o cronograma das obras executadas pela Vale", registra o caderno.

A publicação reúne ainda dados da qualidade do ar na área afetada. Há três estações de medição e o pior desempenho foi encontrado na que fica localizada em Parque da Cachoeira, uma das comunidades afetadas. Em 70% dos dias, o índice foi considerado bom, mas em 30% moderado, o que significa que as concentrações existentes no ar podem causar uma preocupação moderada à saúde de um grupo pequeno de indivíduos. Nenhuma das estações registrou 100% dos dias com índice considerado bom.

Em maio, um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apontou relação entre a área florestal e a saúde respiratória no Quadrilátero Ferrífero, principal área de mineração em Minas Gerais. Municípios com maiores áreas verdes apresentaram menores taxas de internação na população jovem. Conduzido pelo biólogo e engenheiro ambiental Matteus Ferreira, a pesquisa estimou, com base em dados públicos, que cada hectare de mata nessas cidades gera uma economia de R$ 123 ao Sistema Único de Saúde (SUS) somente em saúde respiratória.

Para Ferreira, independente da ocorrência de uma tragédia, projetos de restauração florestal e de criação de parques urbanos devem ser implementados em municípios mineradores, cabendo ao poder público criar normas e políticas públicas com este objetivo. "Aumentar o plantio de vegetação nativa em solos expostos de áreas mineradas, como nas áreas de extração de minério e as pilhas de estéreis, poderá contribuir para a redução dos materiais particulados", registra a pesquisa.

Técnicas inéditas

Para realizar todo o trabalho de restauração florestal, a Vale tem anunciado parcerias com grupos científicos. Um dos projetos mais promissores vem sendo implementado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Uma tecnologia inédita desenvolvida por pesquisadores da instituição promete acelerar a recuperação e o reflorestamento através do resgate de DNA das plantas nativas. Dessa forma, podem ser selecionadas mudas com capacidade de iniciar o processo de florescimento num tempo aproximadamente oito vezes mais curto.

O trabalho de reconstituição das condições originais do Ribeirão Ferro-Carvão também já havia apostado em uma técnica moderna. Para reconstituir o traçado que o manancial tinha antes do rompimento foram realizados levantamentos topográficos e consultas aos históricos da ferramenta Google Earth. A partir daí, foi utilizada a tecnologia Green Wall para refazer o canal com rochas ao fundo e paredes de biomantas revegetadas.

Fiscalização

Todo o trabalho é fiscalizado pelos órgãos ambientais do governo mineiro articulados por meio do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema). Um acordo foi selado com a Vale para contratação de 40 profissionais temporários que foram distribuídos entre a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), o Instituto Estadual de Florestas (IEF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam). São engenheiros, biólogos, geógrafos, geólogos, químicos e outros profissionais. Com os custos correndo por conta da mineradora, os vínculos poderão ir até maio de 2022.

Em fevereiro, quando a tragédia completou dois anos, o Sistema apresentou um caderno de balanço. A publicação aponta que "ainda estamos longe de uma reparação socioambiental integral da bacia do Rio Paraopeba". As dificuldades enfrentadas no ano passado foram ressaltadas. "As ações da recuperação sofreram um grande impacto devido as restrições da covid-19, que impactaram as buscas pelas vítimas pelo Corpo de Bombeiros, as fiscalizações do Sisema e o cronograma das obras executadas pela Vale", registra o caderno.

A publicação reúne ainda dados da qualidade do ar na área afetada. Há três estações de medição e o pior desempenho foi encontrado na que fica localizada em Parque da Cachoeira, uma das comunidades afetadas. Em 70% dos dias, o índice foi considerado bom, mas em 30% moderado, o que significa que as concentrações existentes no ar podem causar uma preocupação moderada à saúde de um grupo pequeno de indivíduos. Nenhuma das estações registrou 100% dos dias com índice considerado bom.

Em maio, um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apontou relação entre a área florestal e a saúde respiratória no Quadrilátero Ferrífero, principal área de mineração em Minas Gerais. Municípios com maiores áreas verdes apresentaram menores taxas de internação na população jovem. Conduzido pelo biólogo e engenheiro ambiental Matteus Ferreira, a pesquisa estimou, com base em dados públicos, que cada hectare de mata nessas cidades gera uma economia de R$ 123 ao Sistema Único de Saúde (SUS) somente em saúde respiratória.

Para Ferreira, independente da ocorrência de uma tragédia, projetos de restauração florestal e de criação de parques urbanos devem ser implementados em municípios mineradores, cabendo ao poder público criar normas e políticas públicas com este objetivo. "Aumentar o plantio de vegetação nativa em solos expostos de áreas mineradas, como nas áreas de extração de minério e as pilhas de estéreis, poderá contribuir para a redução dos materiais particulados", registra a pesquisa.

Técnicas inéditas

Para realizar todo o trabalho de restauração florestal, a Vale tem anunciado parcerias com grupos científicos. Um dos projetos mais promissores vem sendo implementado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Uma tecnologia inédita desenvolvida por pesquisadores da instituição promete acelerar a recuperação e o reflorestamento através do resgate de DNA das plantas nativas. Dessa forma, podem ser selecionadas mudas com capacidade de iniciar o processo de florescimento num tempo aproximadamente oito vezes mais curto.

O trabalho de reconstituição das condições originais do Ribeirão Ferro-Carvão também já havia apostado em uma técnica moderna. Para reconstituir o traçado que o manancial tinha antes do rompimento foram realizados levantamentos topográficos e consultas aos históricos da ferramenta Google Earth. A partir daí, foi utilizada a tecnologia Green Wall para refazer o canal com rochas ao fundo e paredes de biomantas revegetadas.

*Informações da Agência Brasil

Raiva e lágrimas cobrem seus rostos, e os gritos de raiva ecoam em meio aos escombros ainda fumegantes da unidade de coronavírus do hospital Nasiriya, no sul do Iraque. Seus primos, sobrinhos e vizinhos morreram no incêndio que matou 64 pessoas na noite de segunda-feira.

"Eles vieram para se curar e saíram em caixões", chora um homem desesperado, Abu Nur al-Shawi, que perdeu vários membros de sua família.

"Este galpão não servia nem para abrigar animais", diz, cercado por dezenas de vizinhos que vieram ver o desastre.

Construído no final de 2020 nas instalações do hospital Al-Hussein de Nasiriyah para tratar pessoas com Covid-19, o antigo hangar (sem isolamento contra fogo) podia acomodar até 70 pessoas.

O incêndio, que foi provocado pela explosão de cilindros de oxigênio, de acordo com uma fonte da saúde, se espalhou rapidamente sem dar chances para pacientes e visitantes escaparem.

A destruição foi total: teto desabado, paredes enegrecidas e caídas, roupas e cobertores espalhados pelo chão, uma cadeira de rodas retorcida nos escombros ainda quentes.

O caos reinou por grande parte da noite: os bombeiros lutaram para controlar as chamas enquanto centenas de vizinhos se aproximavam do local para tentar ajudar os pacientes.

"Ouvimos os gritos, mas não pudemos fazer nada", conta Hisham al Sumeri, um jovem que veio ajudar à noite.

"É sempre a mesma situação, todos os dias, os mesmos mártires, as mesmas tragédias. Neste país, são os hospitais dos pobres que pegam fogo", lamenta Udaye al Jaberi, que perdeu quatro familiares.

Corrupção, negligência, falhas das autoridades: a lista dos males que gangrenam o país está na boca de todos.

Um incêndio semelhante (e pelas mesmas causas) devastou em abril um hospital para pacientes com Covid-19 em Bagdá, com um saldo de mais de 80 mortes.

"Não temos governo, temos uma máfia, criminosos que mandam no país", grita Al-Jaberi.

- Funerais tensos -

Os funerais de várias das vítimas (nem todos os corpos puderam ser identificados, segundo o necrotério) foram realizados em um clima de tensão nesta terça-feira.

As famílias expressavam sua indignação contra "os corruptos", explicou Abbas Agil à AFP, um aposentado.

No cemitério de Najaf (centro), um homem e uma mulher se abraçavam enquanto enterravam seus parentes.

Em Al Nasr, ao norte de Nasiriya, quatro irmãos e irmãs foram enterrados; em Al Dawaya, a leste da cidade, havia seis membros de uma mesma família.

Ao mesmo tempo, os protestos se multiplicavam em Nasiriyah, cidade que foi um dos epicentros do levante popular no final de 2019 contra a corrupção e a negligência do governo.

Dezenas de residentes bloquearam as entradas de vários hospitais com faixas que diziam: "Fechado por ordem do povo", exigindo que os pacientes fossem encaminhados para uma instalação de 400 leitos construída pela Turquia e inaugurada em junho pelo primeiro-ministro, mas que segue inexplicavelmente vazia.

Os manifestantes alcançaram seus objetivos ao longo do dia. As autoridades ordenaram que todos os pacientes do hospital Al-Hussein fossem transferidos para este novo centro com o objetivo de liberar leitos para novos casos de coronavírus.

O diretor do hospital Al-Hussein e o chefe regional de saúde foram destituídos de seus cargos por ordem do primeiro-ministro Mustafa al-Kazimi, mas essas medidas são consideradas insuficientes.

"Os políticos demonstraram mais uma vez sua incapacidade de administrar o país. Pulamos de tragédia em tragédia, a situação dos iraquianos piora a cada dia e ninguém é responsabilizado por isso", explica indignado Yaser al Barrak, professor da universidade de Di Car.

Os incêndios são comuns: entre janeiro e março de 2021, o ministério do Interior registrou 7 mil incêndios.

Por sua vez, o sistema de saúde está em um estado precário há décadas, devido a crises econômicas, guerras e corrupção.

A pandemia agravou essa situação: o país registra 1,4 milhão de casos de coronavírus e mais de 17 mil mortes.

Dilip Kumar, uma das grandes estrelas de Bollywood, morreu nesta quarta-feira (7), aos 98 anos.

O anúncio de seu falecimento gerou uma onda de homenagens do mundo do cinema e de autoridades políticas na Índia.

##RECOMENDA##

Junto com Dev Anand e Raj Kapoor, Kumar foi um dos nomes que dominaram a era de ouro do cinema indiano entre os anos 1940 e 1960. O ator teve uma carreira de meio século e fez 60 filmes.

Conhecido como "o rei da tragédia" por sua bela aparência e voz grave, ele protagonizou alguns dos filmes de maior bilheteria da época na indústria cinematográfica indiana.

Perdeu, no entanto, a oportunidade de alcançar fama mundial, ao rejeitar a oportunidade de interpretar Sherif Ali no clássico de David Lean, de 1962, "Lawrence da Arábia". O papel foi interpretado por ator egípcio Omar Sharif, pouco conhecido até então.

Kumar costumava citar os grandes nomes de Hollywood Marlon Brando, Gary Cooper e Spencer Tracy como suas influências.

O ator também se envolveu na política, em 1998, e ajudou a resolver uma disputa entre Índia e Paquistão.

Em declaração nesta quarta, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, chamou Kumar de "lenda do cinema".

No próximo dia 2 de junho a morte do menino Miguel, menino de cinco anos que caiu do nono andar de prédio de luxo no Recife, completa um ano. Para lembrar a data, Mirtes Renata, mãe de Miguel, anunciou a Semana Internacional Menino Miguel, que ocorrerá de 30 de maio até 5 de junho.

A programação da Semana Internacional conta com uma série de transmissões ao vivo realizadas no Brasil e mais sete países. No dia 2 de junho, será realizada uma caminhada no Recife. 

##RECOMENDA##

"A morte de Miguel é o símbolo de toda a crueldade cometida pelo racismo no Brasil e não pode ficar impude", escreve Mirtes Renata nas redes sociais. 

Conforme a agenda do evento, no próximo domingo (30) haverá o lançamento do vídeo de denúncia do caso Miguel em inglês. Os temas das lives serão "Implicações da branquitude na morte de Miguel", "Direitos da criança e do adolescente e o caso Miguel", "Direitos humanos internacionais", "Relações coloniais e as mortes de gente preta", "A luta das mulheres negras e o caso Miguel", "Miguel vive na luta: desafios das universidades em defesa da justiça antirracista" e uma grande live de encerramento em 5 de junho.

O caso

Miguel Otávio Santana da Silva morreu no dia 2 de junho após cair do nono andar, uma altura de cerca de 35 metros, do edifício de luxo Píer Maurício de Nassau, que integra o conjunto conhecido popularmente como "Torres Gêmeas", no bairro de São José, centro do Recife. A queda ocorreu durante os minutos em que Mirtes, que trabalhava como empregada doméstica no quinto andar daquele prédio, estava ausente levando a cachorra da patroa Sari Gaspar Corte Real para passear.

Miguel queria ficar com a mãe e tentou mais de uma vez usar o elevador para encontrá-la. Não suportando a desobediência do menino, Sari apertou o botão da cobertura no elevador e deixou o menino sozinho dentro do equipamento. Ele saiu no 9º andar, de onde caiu.

No dia do ocorrido, Sari chegou a ser presa em flagrante, mas pagou fiança de R$ 20 mil e pôde responder ao processo em liberdade. Posteriormente, após análise das câmeras de segurança, a Polícia Civil indiciou a primeira-dama por abandono de incapaz que resultou em morte. As gravações mostravam que o menino entrou várias vezes no elevador querendo encontrar a mãe, sendo retirado por Sari. Na última vez, a primeira-dama apertou o botão da cobertura e deixou ele sozinho, voltando para o apartamento, onde fazia as unhas com uma manicure. 

O Ministério Público de Pernambuco denunciou Sari com agravamento da pena, pelo crime ter sido contra criança e em meio à conjuntura de calamidade pública.

Em 3 de dezembro, no Recife, ocorreu a primeira audiência de instrução e julgamento do caso. Na ocasião, foram ouvidas oito testemunhas de acusação, entre elas, Mirtes, Marta e o pai de Miguel, Paulo Inocêncio da Silva. Sari estava presente, mas não foi interrogada.

Uma ultramaratona de 100 km disputada em uma montanha na província de Gansu, no noroeste da China, terminou com a morte de 21 pessoas neste sábado (22).

De acordo com a Reuters, o percurso foi interrompido com a chegada de uma tempestade que levou parte dos 172 participantes a apresentarem problemas físicos.

##RECOMENDA##

Segundo a agência estatal Xinhua, os atletas, que já estavam sob efeito da altitude, foram pegos de surpresa com a queda brusca nas temperaturas, fortes ventos e granizo.

Mais de 1.200 pessoas foram enviadas pelas autoridades locais para fazer o resgate dos 172 participantes, além de drones de imagens térmicas, detectores de radar e equipamentos de demolição. Neste domingo, 151 participantes foram confirmados em segurança.

(Com agências internacionais)

Morreu nessa segunda-feira (4), Maria Augusta dos Anjos, de 51 anos, vítima de Covid-19. Ela estava internada desde o final de abril em São Paulo, e tinha 75% do pulmão comprometido. Em 2008 Augusta recebeu o coração de Eloá Pimentel, após a jovem de 15 anos ter sido morta pelo ex-namorado, em Santo André, cidade do ABC Paulista.

As informações foram confirmadas pela sobrinha de Augusta, Jeanne Carla Rodrigues, em uma rede social.

##RECOMENDA##

"Ela viveu da melhor forma que podia e todos nós, unidos, ao longo desses 51 anos, proporcionamos os melhores momentos e as melhores coisas para ela, por ela e com ela. Desde um simples caribé até carregar pra uma consulta ou prover bens materiais e dinheiro para garantir seu sustento e alegria. Foram muitas noites sem dormir, muitas preocupações", disse Jeanne.  

Por ser transplantada, Augusta dos Anjos fazia parte do grupo de risco para o novo coronavírus. A família chegou a organizar uma campanha virtual para arrecadar doações a fim de custear o tratamento, mas ela não resistiu.

Três pessoas morreram afogadas na tarde dessa quarta (21), na cachoeira de Quatro Barras, localizada na região metropolitana de Curitiba. A família, que estava acompanhada por um grupo de quatro parentes, foi surpreendida por uma cabeça d’água, fenômeno que consiste no aumento rápido do nível do rio ou da cachoeira.

As vítimas do afogamento foram Andrea Michalski, de 46 anos, a filha Ana Sophia, de 9 anos e o cunhado, Cid Padua, de 44 anos. As informações são do portal Uol.

##RECOMENDA##

De acordo com os familiares que conseguiram se salvar, as vítimas tentaram sair da água, mas a correnteza estava muito forte, também em decorrência do alto volume de chuvas que atingiu a região nos últimos dias.

Segundo o Corpo de Bombeiros, eles foram arrastados por cerca de 700 metros.

O filho e irmão de duas das vítimas postou uma mensagem de despedida emocionante. Confira:

[@#video#@]

Duas pessoas morreram nessa quarta-feira (14), após a explosão de uma fábrica clandestina de fogos de artifício em Crisópolis, na Bahia. Ao todo, 10 pessoas ficaram feridas e oito imóveis vizinhos comprometidos. O proprietário do estabelecimento foi preso.

As vítimas fatais do acidente na Avenida Nelson Santiago são Ebervan Souza Reis, de 49 anos, e Fernanda Santana Batista, de 35. Outras três pessoas foram resgatadas entre os escombros pelo Corpo de Bombeiros, e um adolescente, de 13, encaminhado para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador.

##RECOMENDA##

Devido a intensidade da explosão, duas casas vizinhas ficaram completamente destruídas e outra ficou em chamas, que posteriormente foram controladas. Outros cinco imóveis tiveram as estruturas abaladas.

[@#video#@]

A Defesa Civil do Estado da Bahia (Sudec) avalia os danos do acidente e promete dar assistência às vítimas desabrigadas.

A delegada Débora Vânia Cruz Ferro da Delegacia Territoral (DT) vai apurar o caso com apoio do Departamento de Polícia Técnica (DPT). O dono do estabelecimento já está à disposição da Justiça por posse e fabricação de artefato explosivo sem autorização.

O estudante Samuel de Souza Abreu, de 24 anos, perdeu em um intervalo de 45 dias, seis pessoas da sua família para a Covid-19. A média é de uma morte a cada semana, durante um mês e meio.

As perdas começaram pela avó materna de Samuel, Maria de Souza Abreu, de 81 anos, era diabética e veio a falecer no dia 11 de fevereiro. Com quinze dias, o irmão de Dona Eluína, como também era conhecida, veio a óbito aos 62 anos. As duas primeiras, morreram na mesma madrugada do dia 16 de março e a mais nova, sofria de obesidade. 

##RECOMENDA##

Além das mortes, cerca de 30 integrantes da família de Samuel, incluindo ele, foram diagnosticados com coronavírus. Seu avô materno e um tio chegaram a ser internados em UTIs, mas já receberam alta.

Segundo o Diário do Nordeste, Todos os familiares residiam mesmo bairro, o da Mangabeira, no Eusébio, Região Metropolitana de Fortaleza.

 Nesta segunda (15), durante intervenção no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, a Comissão Arns e a organização não governamental Conectas denunciaram o presidente Jair Bolsonaro por "tragédia humanitária". O posicionamento leva em consideração a gestão que o chefe de Estado vem fazendo da pandemia da covid-19 no Brasil, que se aproxima da marca de 300 mil mortes causadas pela doença ao mesmo tempo em que mantém ritmo lento de vacinação.

“Ele desdenha das recomendações dos cientistas; ele tem, repetidamente, semeado descrédito em todas as medidas de proteção, como o uso de máscaras e distanciamento social; promoveu o uso de drogas ineficazes; paralisou a capacidade de coordenação da autoridade federal de Saúde; descartou a importância das vacinas; riu dos temores e lágrimas das famílias e disse aos brasileiros para parar de ‘frescura e mimimi’”, afirmou a representante da Comissão Arns, Maria Hermínia Tavares de Almeida.

##RECOMENDA##

As organizações também pontuaram que poucas medidas econômicas e sanitárias em vigor no Brasil se deram por ação do legislativo e executivo federais. “É por isso que estamos aqui, hoje, para chamar a atenção deste Conselho e apontar a responsabilidade do presidente Bolsonaro em promover, por palavras e atos, uma devastadora tragédia humanitária, social e econômica no Brasil”, pontua o comunicado.

A deputada federal Marília Arraes (PT) usou as redes sociais, na manhã desta segunda-feira (25), para denunciar a impunidade dos responsáveis pelo rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais. Hoje completa dois anos do acidente que, de acordo com a contagem oficial, soterrou 270 pessoas.

Entretanto, as famílias estimam que a avalanche de rejeitos de minério da barragem da mina Córrego do Feijão, da Vale, matou 272 pessoas, pois duas vítimas estavam grávidas. Até agora, 11 pessoas seguem desaparecidas e o memorial em homenagem aos mortos foi largado. Até a pedra fundamental colocada como símbolo do memorial foi roubada.

##RECOMENDA##

“Hoje completam dois anos do crime da Vale em Brumadinho! Vem com a gente denunciar a impunidade da Vale e se solidarizar com a luta dos atingidos e atingidas! #Brumadinho2Anos”, publicou a ex-candidata à Prefeitura do Recife.

Os danos socioambientais são imensuráveis e a mineradora ainda briga judicialmente para recalcular o valor da indenização total, fixado em R$ 54 bilhões pelo Ministério Público de Minas Gerais. A empresa tem até a próxima sexta (29) para apresentar a última contraproposta.

[@#video#@]

A tragédia da escassez de oxigênio, que acometeu Manaus nos últimos dias, fez com que a cidade batesse um mórbido recorde. A capital amazonense registrou, entre quarta (13) e sexta-feira (15), 213 sepultamentos em seus cemitérios. O número é maior do que quando o município enfrentou seu ápice de mortes por Covid-19, com 198 pessoas sepultadas, em 2020.

O Estado do Amazonas tem enfrentado um colapso no sistema de saúde, agravado pela quantidade de infectados após as festas de final de ano. Além das mortes por conta da falta de oxigênio, muitas pessoas têm morrido em casa, segundo o monitoramento da Prefeitura de Manaus. 

##RECOMENDA##

De acordo com a White Martins Gases Industriais do Norte Ltda, responsável por fornecer oxigênio à rede de saúde do Estado, houve um aumento no consumo diário de oxigênio, que saltou de 40 mil metros cúbicos em 30 de dezembro, para 76,5 mil metros cúbicos. Com a falta do insumo para o tratamento adequado muitos pacientes morreram asfixiados. 

Artistas se unem para conseguir oxigênio

Encorajados pelo humorista Whindersson Nunes, diversos artistas fizeram a compra de oxigênio para Manaus. Whindersson se prontificou a doar 20 cilindros de 50L de oxigênio para hospitais da capital amazonense e cutucou os colegas famosos. "Alô, meus amigos artistas! Na hora de fazer show é tão bom quando o público nos recebe com carinho, né. Vamos retribuir?". Assim como ele, Tirulipa, Simone e Simaria, Tatá Werneck, Luciano Huck, Marília Mendonça, Bruno Gagliasso, Paola Carosella, Paulo Coelho, Marcelo Adnet e o sertanejo Gusttavo Lima fizeram suas contribuições.

Um funcionário do Parque Ecológico do Tietê, localizado na região leste de São Paulo, foi encontrado morto pelo Corpo de Bombeiros na manhã da última quinta-feira (7). De acordo com os oficiais, a suspeita é de que Jefferson Rodrigues de Paula Cancio, 31 anos, tenha morrido afogado após cair na água quando fazia a manutenção de um pedalinho.

Segundo os Bombeiros, Cancio trabalhava na pequena embarcação utilizada por frequentadores do Núcleo Engenheiro Goulart do Parque Ecológico, no bairro do Cangaíba. Ao darem falta do trabalhador, os demais funcionários suspeitaram do provável acidente e acionaram as Unidades de Resgate para tentar localizá-lo. Embora a ação das equipes de socorro tenha sido rápida ao encontrar o rapaz, não houve possibilidade de reanimá-lo.

##RECOMENDA##

Ainda de acordo com o Corpo de Bombeiros, o funcionário era vinculado à uma empresa terceirizada que presta serviços ao governo paulista, responsável pela administração do parque. A Polícia Civil de São Paulo abriu inquérito para investigar as causas do acidente.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando