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A brasileira Rebecca Câmara, de 25 anos, relatou ter escapado por 20 minutos da tragédia no Bairro de Itaewon, em Seul. Ela relatou ao Estadão que aguardava com as amigas na calçada oposta ao Hamilton Hotel, onde o episódio teve início.

Rebecca, que trabalha em Seul como modelo, optou por ficar do lado oposto por achar que o lugar da festa estava muito lotado. "Eu pedi para ficarmos na calçada oposta porque estava muito lotado e a gente não ia conseguir sair, nem andar direito", disse.

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"Se a gente tivesse atravessado 20 minutos antes como as meninas (amigas) queriam, estaríamos no meio da multidão e sabe Deus o que poderia ter acontecido", conta, explicando que o grupo decidiu então caminhar pelo sentido contrário ao local da tragédia. Um pouco mais tarde, relatou, começou a observar o grande número de ambulâncias, carros de polícia e de bombeiros.

Segundo a brasileira, a festa de Halloween é muito popular e costuma atrair multidões andando na mesma direção. "As pessoas vão sendo empurradas. Fica tipo um bloco de carnaval", relata a modelo, acrescentando que os participantes costumam se aglomerar nas ruas estreitas do bairro.

Ao menos 149 pessoas morreram e mais de 150 ficaram feridas neste sábado, 29, na Coreia do Sul ao serem esmagadas por uma multidão que avançava em uma rua estreita durante as festividades de Halloween. Essa já é a maior tragédia em tempos de paz na Coreia do Sul desde que a balsa Sewol afundou em 2014, matando mais de 300 pessoas.

Em 1º de junho de 2009, um avião que fazia a rota Rio-Paris com 228 pessoas a bordo caiu no Atlântico. Treze anos depois, o fabricante Airbus e a companhia aérea Air France respondem perante a Justiça francesa a partir desta segunda-feira (10).

Este julgamento, que começa às 13h30 (8h30 no horário de Brasília) no tribunal correcional de Paris até 8 de dezembro, é fundamental para a fabricante europeia, a empresa francesa e as famílias das vítimas, mas também para o transporte aéreo global.

O avião do voo AF447 entre Rio de Janeiro e Paris caiu no meio da noite no Atlântico, 3 horas e 45 minutos após a decolagem, causando a morte de seus 216 passageiros e 12 tripulantes. Foi o desastre mais mortal da história da Air France.

Os primeiros destroços, assim como corpos, foram encontrados nos dias que se seguiram, mas a fuselagem só foi localizada dois anos depois, em 2 de abril de 2011, a 3.900 metros de profundidade cercada por altos relevos subaquáticos, durante a quarta fase de buscas.

As caixas-pretas, recuperadas um mês depois, confirmaram que os pilotos, desorientados pelo congelamento das sondas de velocidade Pitot numa zona de convergência intertropical perto do Equador, não conseguiram recuperar a sustentação (estol) da aeronave, que caiu em menos de cinco minutos.

Após uma longa sucessão de perícias, os juízes de instrução arquivaram o caso em 29 de agosto de 2019. Indignados, familiares das vítimas e sindicatos de pilotos recorreram e, em 12 de maio de 2021, a Câmara de Instrução decidiu pelo processo por homicídios involuntários das duas empresas.

As famílias das vítimas acolhem o julgamento com sentimentos contraditórios.

"Não espero nada deste processo", disse à AFP Nelson Faria Marinho, presidente da associação brasileira das vítimas do voo AF447 e cujo filho morreu no acidente aos 40 anos. Este homem de 79 anos não viajará para Paris por falta de recursos.

Sua homóloga da associação de familiares das vítimas Entraide et Solidarité AF447, Danièle Lamy, por sua vez, espera que este processo, após uma "batalha jurídica", "seja o julgamento da Airbus e da Air France" e não "o dos pilotos ".

"Estamos à espera de um julgamento imparcial e exemplar, para que isso não volte a acontecer e que, através deste julgamento, os dois réus coloquem no centro das suas preocupações a segurança aérea e não apenas a rentabilidade", acrescentou.

Para o sindicato de pilotos do grupo Air France (SPAF), é "importante que um tribunal possa ouvir todas as partes e se pronunciar sobre as diferentes responsabilidades durante um processo público, onde será destacada a importância da segurança dos voos" .

A Air France "guarda a memória das vítimas deste terrível acidente e expressa sua mais profunda solidariedade a todos os seus entes queridos", segundo um comunicado da companhia.

A empresa "vai continuar a demonstrar que não cometeu qualquer delito criminal na origem do acidente", apontou.

A fabricante europeia Airbus, que não quis se pronunciar antes do julgamento, também rejeita qualquer culpa penal.

O avião registrado F-GZCP, colocado em serviço quatro anos antes, transportava passageiros de 33 nacionalidades diferentes: 61 franceses, 58 brasileiros e 28 alemães, assim como italianos (9), espanhóis (2) e um argentino, entre outros.

Um total de 476 familiares constituem a parte civil. Cinco dias serão dedicados àqueles que desejam testemunhar.

O tribunal terá que determinar se a Airbus e a Air France, que enfrentam uma multa de 225.000 euros (cerca de 220.000 dólares), cometeram erros relacionados à tragédia.

A Fifa descartou punir a Indonésia sobre a tragédia que causou a morte de 131 pessoas, incluindo 17 crianças, após o tumulto no Estádio Kanjuhuran, na cidade de Malang, no sábado passado (1º). A informação foi divulgada pelo presidente Joko Widodo, que afirmou ter recebido uma carta do presidente da Fifa, Gianni Infantino, explicando a possível colaboração entre o país e a entidade que tutela o futebol. O responsável pela federação ainda indicou que a Indonésia continua a ser sede do Copa do Mundo Sub-20 do próximo ano, que terá a participação de 24 nações.

"Com base na carta, graças a Deus, o futebol indonésio não será sancionado pela Fifa", disse Widodo em um vídeo postado na noite de sexta-feira no canal presidencial do YouTube. Em seus protocolos de segurança, a Fifa se manifesta contra o uso de gás lacrimogêneo dentro ou ao redor dos estádios e recomenda que os portões de saída não sejam totalmente fechados durante as partidas. Embora essas regras sejam consideradas uma referência de segurança, elas não se aplicam a ligas internas ou nacionais, e a Fifa não tem autoridade para orientar os governos locais e a polícia sobre como controlar as multidões.

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O campeonato local foi suspenso na semana passada. Widodo ordenou que o ministro do Esporte, o chefe da polícia nacional e a federação de futebol realizassem uma investigação completa sobre os tumultos que resultaram nas mortes. Nesta sexta-feira, ele disse que o governo indonésio concordou em tomar medidas em colaboração com a Fifa e a Confederação Asiática de Futebol para melhorar a segurança do estádio e evitar outra tragédia. "A Fifa, juntamente com o governo, criará um grupo de transformação para o futebol indonésio", disse Widodo, acrescentando que Infantino também visitará a Indonésia em breve.

Ele ainda destacou que a Fifa permanecerá na Indonésia durante esse processo para melhorar a segurança em todos os estádios do país, formular procedimentos e protocolos de segurança, examinar as opiniões de times de futebol e torcedores na Indonésia, regular o cronograma da temporada, abordar considerações de risco e obter recomendações de especialistas.

Tragédia

A confusão aconteceu no duelo entre Arema FC e Persebaya Surabaya, válido pelo Campeonato Indonésio. Após a derrota por 3 a 2, os torcedores do Arema desceram ao gramado, provocando confrontos com a polícia, que respondeu com cassetetes e gás lacrimogêneo, causando a debandada de milhares de pessoas. Entre os 131 mortos estão 32 menores, com idade entre 4 e 17 anos. Outras 460 pessoas ficaram feridas. Não havia torcida rival no estádio.

O chefe de política Listyo Sigit Prabowo explicou que a maioria das vítimas morreu por asfixia e fraturas ao tentarem escapar por alguns dos portões, que estavam apenas 1,5 metro abertos, o que provocou uma grande aglomeração. Prabowo também indicou que houve falhas na segurança do estádio que não foram resolvidas desde 2020 e que o estádio não tinha o certificado de operação correto. Ele acrescentou ainda que as acusações criminais serão apresentadas contra seis pessoas, incluindo três policiais.

A associação nacional de futebol da Indonésia, conhecida localmente como PSSI, teve dificuldade em controlar as partidas em nível nacional. Garantir a realização da Copa do Mundo Sub-20 do próximo ano - um marco no desenvolvimento do futebol na Indonésia - aumentou as esperanças de um torneio de sucesso que marcaria uma reviravolta diante dos problemas persistentes que ofuscaram o futebol nesta nação de mais de 277 mil habitantes. No entanto, as constantes mortes são um lembrete trágico de que a Indonésia é um dos países mais perigosos para assistir a um jogo.

As autoridades indonésias iniciaram uma investigação sobre a atuação da polícia no tumulto em um estádio que terminou com 131 mortos, incluindo dezenas de crianças, em uma das maiores tragédias da história do futebol.

Diante da crescente revolta da população, a polícia tenta determinar os responsáveis pelo desastre na cidade de Malang que, segundo torcedores, começou quando os agentes usaram gás lacrimogêneo contra as arquibancadas lotadas para evitar uma invasão do gramado.

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O chefe de polícia da província de Java Oriental, Nico Afinta, pediu desculpas pelas falhas de segurança que provocaram a tragédia.

Os torcedores do Arema FC criaram um centro improvisado em Malang para receber denúncias e afirmaram que pretendem iniciar um processo contra os policiais, que acusam de provocar várias mortes com ação indiscriminada contra os espectadores.

A polícia descreveu o incidente como um "motim" no qual morreram dos agentes. Os torcedores denunciam uma ação desproporcional.

"Se houve um motim, eles deveriam ter disparado (o gás lacrimogêneo) no gramado, não nas arquibancadas", declarou à AFP Danny Agung Prasetyo, coordenador do grupo de torcedores do Arema.

"Muitas vítimas estavam nas arquibancadas. Entraram em pânico com o gás", acrescentou.

O número de mortos subiu para 131, informou nesta terça-feira (4) uma fonte do serviço de saúde local. As seis vítimas adicionais (o balanço anterior era de 125) não resistiram aos ferimentos sofridos na noite de sábado.

O chefe de polícia de Malang, Ferlo Hidayat, foi destituído na segunda-feira e nove agentes foram suspensos. Outros 19 estão sob investigação, anunciou o porta-voz da Polícia Nacional, Dedi Prasetyo.

O governo indonésio suspendeu a Liga Nacional e criou uma comissão para investigar a tragédia. As conclusões devem ser apresentadas em no máximo três semanas.

As arquibancadas do estádio Kanjuhuran estavam lotadas com os torcedores do Arema FC parfa a partida contra o grande rival Persebaya Surabaya.

Os torcedores invadiram o gramado após a derrota de 3-2, a primeira sofrida pelo Arema em mais de duas décadas no clássico da ilha de Java Oriental.

A polícia respondeu com agressões, o que levou os torcedores a fugir para o gramado.

Desde que surgiram os primeiros detalhes da tragédia, os pedidos por uma investigação independente são cada vez mais intensos.

"Não há uma instrução para disparar gás lacrimogêneo e não há uma instrução para fechar os portões", afirmou Albertus Wahyurudhanto, membro da Comissão Nacional de Direitos Humanos.

A revolta dos torcedores está presente nos arredores dos estádios, com um veículo policial queimado e onde é possível ler frases como "Gás lacrimogêneo contra lágrimas de mães" ou "Nossos amigos morreram aqui".

Na segunda-feira, os jogadores e torcedores do Arema se reuniram no estádio para rezar pelas vítimas.

Entre os mortos estavam 32 crianças, a mais jovem de 3 ou 4 anos.

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, chamou a tragédia de um "dia sombrio" para o futebol.

As normas de segurança da Fifa proíbem o uso de gás lacrimogêneo por policiais ou seguranças nos estádios.

A lenda do futebol brasileiro Pelé se solidarizou com os familiares das vítimas da tragédia e afirmou que "a violência não combina com o esporte".

A violência no futebol é um problema persistente na Indonésia, que já motivou a proibição da presença dos torcedores do Persebaya Surabaya nos estádios.

Os torcedores, no entanto, afirmam que não são culpados.

As autoridades indonésias afirmaram que foram vendidos mais ingressos do que a capacidade do estádio. Testemunhas afirmaram que algumas portas do estádio estavam fechadas.

Os torcedores mais fortes conseguiram escalar os portões e fugir do tumulto, enquanto os mais vulneráveis foram esmagados quando o gás lacrimogêneo foi utilizado.

Para alguns, o desastre era previsível.

"Você podia ver e sentir que algo ruim poderia acontecer. É o tipo de medo que você sente quando viaja para uma partida aqui", disse Pangeran Siahaan, comentarista de futebol indonésio, à AFP.

"Há muitos perigos a cada vez que você entra em um estádio de futebol na Indonésia", acrescentou.

Pelo menos 33 crianças estão entre os mortos da tragédia que deixou 125 vítimas fatais após uma partida de futebol no estádio Kanjuhuran, em Malang, na Indonésia, no sábado. A informação foi divulgada nesta segunda-feira pelo Ministério do Empoderamento das Mulheres e da Proteção da Infância.

Ao jornal americano The New York Times, o órgão afirmou que 33 crianças entre 4 e 17 anos morreram no episódio.

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O lamentável episódio aconteceu ao fim da partida entre Arema FC e Persebaya Surabaya, válida pelo Campeonato Indonésio. Segundo as autoridades locais, o tumulto aconteceu após as forças de segurança usarem gás lacrimogêneo para conter os ânimos, provocando um grande tumulto, com dezenas de pessoas correndo para o gramado. As vítimas teriam sido pisoteadas na correria. Outras 323 pessoas ficaram feridas.

O presidente indonésio, Joko Widodo, ordenou uma indenização às famílias das vítimas. "Como sinal de condolências, o presidente doará 50 milhões de rúpias (cerca de R$ 16,8 mil) para cada vítima falecida", disse o ministro da Segurança, Mahfud MD, que prometeu a entrega do dinheiro em um ou dois dias.

As forças de segurança chamaram o incidente de "motim" e informaram que dois agentes estão entre os mortos. O duelo aconteceu na casa do Arema FC, derrotado por 3 a 2. Os torcedores acusam a polícia de exagerar na ação e provocar as mortes. O porta-voz da Polícia Nacional, Dedi Prasetyo, afirmou que os investigadores estão analisando as imagens das câmeras de segurança para identificar os "suspeitos que praticaram atos de destruição". Dezoito policiais também vão ser interrogados.

Ainda de acordo com o ministro da Segurança, uma comissão formada por integrantes do governo, analistas, dirigentes do futebol, representantes da imprensa e das universidades vai investigar o episódio de maneira independente, prometendo resultados em até três semanas. Grupos de defesa dos direitos humanos exigem que os policiais sejam responsabilizados pelo uso de gás lacrimogêneo em um espaço fechado.

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, classificou o incidente como "dia sombrio" e "tragédia além da compreensão", além de prestar condolências aos familiares e amigos das vítimas em um comunicado oficial da entidade máxima do futebol. "Junto com a Fifa e a comunidade global do futebol, todos os nossos pensamentos e orações estão com as vítimas, aqueles que foram feridos, juntamente com o povo da República da Indonésia, a Confederação Asiática de Futebol, a Associação de Futebol da Indonésia e a Liga de Futebol da Indonésia, neste momento difícil."

Na manhã desta segunda-feira (26), um jovem armado invadiu a Escola Municipal Eurides Sant’Anna, em Barreiras, no Oeste da Bahia, e disparou contra alunos. A cadeirante Jeane da Silva Brito, de 20 anos, estudava no local e foi morta a tiros.

O atirador entrou na escola com uma arma de fogo e um facão. Ele chegou a fazer alguns disparos, mas foi baleado e socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital Geral do Oeste. O jovem estava matriculado na unidade de ensino.  

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"O menino entrou na escola vestido de preto, deu um tiro na porta, lá dentro deu outro tiro. Os meninos correram para a quadra, mas o instrutor mandou sair e ir para o fundo da escola, aí todo mundo arrodeou e conseguiu sair do colégio", relatou um dos estudantes ao G1

Não há informações sobre o autor do tiro que atingiu o jovem nem o que teria lhe motivado a invadir a escola.

O governo do Pará confirmou a morte de ao menos 11 pessoas em um naufrágio na quinta-feira (8) próximo à Ilha de Cotijuba. A embarcação estava irregular e transportava 82 pessoas, das quais 63 sobreviveram. Há ainda oito desaparecidos. O número de mortos foi corrigido pelas autoridades em entrevista coletiva no fim da tarde da quinta-feira. Inicialmente, a Marinha e a Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup) falavam em 14 óbitos.

De acordo com órgãos oficiais, a lancha não tinha permissão para transportar passageiros e partiu de um porto clandestino na localidade de Camará, na Ilha de Marajó. As vítimas estão sendo levadas para o Instituto Médico Legal (IML), em Belém.

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Dezenas de barcos, mergulhadores e helicópteros procuraram por desaparecidos ao longo do dia. As buscas foram suspensas à noite e serão retomadas na manhã desta sexta-feira. A embarcação continua submersa no rio e há suspeitas de que mais vítimas estejam presas à estrutura.

Uma escola municipal localizada no distrito de Cotijuba, próxima à região onde houve o naufrágio, em Belém, foi adaptada para receber os sobreviventes resgatados. Um plantão multiprofissional está atendendo as vítimas. "Estamos dando atenção principalmente às crianças que ficaram órfãs", disse o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues.

São muitos os depoimentos de desespero dos passageiros da lancha "Dona Lourdes 2?. Seu Ivanildo embarcou na cidade de Cachoeira do Arari com a mulher, cinco filhos e a sogra. Duas filhas estão desaparecidas e a sogra morreu. "Foi tudo muito rápido, o motor parou e a maresia começou a entrar", relata.

Isabel Cristina viajava na parte traseira da embarcação e foi arremessada no rio pela força da água que invadiu a lancha. "Éramos pelo menos 12 pessoas à deriva. Começamos a bater o pé para tentar chegar na beira antes de a maré levar a gente", conta. Muitos familiares se deslocaram de barco, de regiões ribeirinhas, em busca de informações sobre os sobreviventes.

A embarcação fazia o trajeto entre a localidade de Camará, na cidade de Cachoeira do Arari, no arquipélago de Marajó, para Belém. O naufrágio ocorreu próximo à Ilha de Cotijuba, por volta de 9h30. A lancha "Dona Lourdes 2 é da empresa M. Souza Navegação, que já havia sido notificada pela Arcon por operar sem autorização.

Segundo as primeiras apurações, a proprietária da embarcação foi identificada, bem como o filho da mesma, Marcos de Sousa Oliveira, que era o responsável pela viagem que transportava os passageiros do Marajó á capital do Estado. A causa do naufrágio não foi informada pelas autoridades.

O Lourdes II era o terceiro barco comandado por Marcos, depois de duas embarcações anteriores terem sido retiradas de circulação pela Marina do Brasil por apresentarem irregularidades.

"Houve reincidência, já que os responsáveis colocaram uma nova embarcação para fazer o trajeto, e a Marinha também a apreendeu em uma ação de fiscalização", informou a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), em nota.

Nas redes sociais, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), candidato à reeleição, lamentou às mortes. "Nós estamos todos mobilizados desde as primeiras horas para resgatar as pessoas que ainda não foram encontradas", afirmou.

Segundo ele, o proprietário da embarcação já havia sido notificado de irregularidades outras três vezes. "Ele pegou uma terceira embarcação com essa ambição desmedida por continuar mesmo clandestinamente trabalhando. E aconteceu essa tragédia", afirmou.

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Na manhã desta terça-feira (2), a aposentada Maria José da Paixão, de 52 anos, por pouco não foi mais uma vítima fatal em decorrência de fortes chuvas no Recife. Por volta das 10h da manhã, a parede do quarto da vítima caiu em cima da cama onde ela dormia. Mas, por sorte, ela não estava no local no momento do desabamento, tinha ido ao Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) para um atendimento de rotina.

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O fato aconteceu na Rua 22 de Abril, no Alto da Esperança, Vasco da Gama, Zona Norte do Recife. “Eu faço tratamento porque tenho problema mental. Então fui pegar remédio e conversar com os psicólogos. Saí de casa às oito horas da manhã, ainda quando estava chovendo muito. Meu sobrinho chegou lá com a Defesa Civil dizendo que tinha acontecido esse acidente, aí eu voltei pra ver”, diz Maria.

John Silva da Paixão, sobrinho da aposentada, relata que não sabia que a tia havia saído e quando ouviu o desmoronamento foi correndo ao local, na tentativa de socorrê-la. “A gente pensou que ela estava soterrada. Então eu cheguei primeiro junto com o meu primo e tiramos os tijolos tentando ver se encontrava ela, mas graças a Deus ela não estava lá. A gente não sabia que ela não estava em casa, só soubemos depois de um tempo, quando o meu cunhado disse que tinha visto ela saindo mais cedo”, conta aliviado.

A casa, de dois cômodos, foi construída encostada em uma pequena barreira e com a queda de água do teto voltada justamente para esse espaço. No local, foi possível observar que o barro estava completamente encharcado. No entanto, ainda não foi detalhado pelas autoridades o que pode ter motivado o estrago.

Maria José se diz aliviada agora e acredita que o que aconteceu foi um livramento divino. “Deus me deu uma nova vida. Eu não estou me sentindo muito bem por ter perdido minha casa e o que resta ali [no imóvel] só é o bujão. Mas, pela minha vida, estou me sentindo aliviada por esse livramento de Deus”, aponta a aposentada.

No momento que a reportagem do LeiaJá estava no local, uma equipe da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) chegou para fazer a remoção dos destroços. Segundo a Defesa Civil, uma nova avaliação será realizada na casa para definir os encaminhamentos cabíveis.

Maria José da Paixão ainda não sabe ao certo para onde vai. A aposentada cogita pedir abrigo na casa de um neto, que mora em São Lourenço da Mata, no Grande Recife. A Defesa Civil afirmou ter dado uma cesta básica e colchão para a vítima.

Confira o vídeo e veja como pode ajudar

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Chuva

A Defesa Civil do Recife informa que, nas últimas 12h, foram registradas chuvas que chegaram a 64,51 mm em algumas partes da cidade, o equivalente a cerca de 30% do total previsto para o mês, que é de 213,40 mm. Desde a 0h desta terça (2), o órgão recebeu 42 chamados da população recifense com solicitações de lonas e pedidos de vistorias. 

Quarenta e seis migrantes foram encontrados mortos na segunda-feira (27) dentro e ao redor de um caminhão abandonado em uma rodovia de San Antonio, Texas, informaram as autoridades.

A descoberta macabra é uma das piores tragédias com migrantes nos Estados Unidos nos últimos anos e aconteceu cinco anos após um incidente fatal com características similares na mesma cidade do Texas, que fica poucas horas da fronteira com o México.

"Até o momento registramos 46 corpos", disse o comandante dos bombeiros de San Antonio, Charles Hood.

Ele informou que 16 pessoas - 12 adultos e quatro crianças - foram levadas para o hospital vivas e conscientes.

"Os pacientes que vimos estavam quentes ao toque, estavam sofrendo de insolação, exaustão pelo calor e sem sinais de água no veículo. Era um caminhão refrigerado, mas não havia unidade de ar condicionado visível em funcionamento", disse Hood.

"Esta noite estamos lidando com uma horrível tragédia humana", lamentou o prefeito de San Antonio, Ron Nirenberg, em uma entrevista coletiva.

"Por isso, peço a todos que pensem com compaixão e rezem pelos falecidos, pelos feridos, pelas famílias", disse. "E esperamos que os responsáveis por colocar estas pessoas em condições tão desumanas sejam processados em todo o rigor da lei".

San Antonio, a 250 km da fronteira, é uma importante rota de trânsito para os traficantes.

A cidade sofre com uma onda de calor, que na segunda-feira chegou a 39,5 ºC.

O veículo foi encontrado em uma estrada perto da rodovia I-35, que segue de maneira direta até a fronteira com o México.

Uma grande operação de emergência foi mobilizada com a presença de policiais, bombeiros e ambulância.

O chefe de polícia de San Antonio, William McManus, afirmou que as autoridades foram alertads às 17H50 locais.

"Um funcionário de um dos edifícios atrás de mim ouviu um grito de socorro", disse. "(Ele) saiu para investigar, encontrou um contêiner com as portas parcialmente abertas, ele abriu para dar uma olhada e encontrou vários indivíduos falecidos".

Três pessoas foram detidas, mas o chefe de polícia não sabe se "estão absolutamente conectadas com isto ou não". A investigação foi transferida para o Departamento de Segurança Nacional.

Quase 60 bombeiros foram enviados ao local e devem receber apoio psicológico, confirmou Charles Hood. "Não estamos preparados para abrir um caminhão e ver diversos corpos lá", explicou.

O governador do Texas, Greg Abbott, republicano que defende a linha dura contra a migração, atacou o presidente Joe Biden e culpou as "mortais políticas de fronteiras abertas" do democrata.

"Estas mortes estão na conta de Biden", tuitou Abbott. "Mostaram as consequências mortais de sua recusa em fazer cumprir a lei".

O ministro das Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, lamentou a tragédia. Ele disse que as nacionalidades das vítimas não foram determinadas, mas que entre os sobreviventes estão dois guatemaltecos.

Caminhões como o encontrado em San Antonio são um meio de transporte amplamente utilizado por migrantes que buscam entrar nos Estados Unidos.

A viagem é extremamente perigosa, principalmente porque os veículos desse tipo geralmente não possuem sistemas de ventilação ou refrigeração.

"O Senhor tenha misericórdia deles. Esperavam uma vida melhor", escreveu no Twitter o arcebispo de San Antonio, Gustavo Garcia-Siller.

"Mais uma vez, a falta de coragem para lidar com uma reforma migratória está matando e destruindo vidas.

- Tragédia repetida -

San Antonio foi cenário de uma tragédia similar em 2017, quando 10 pessoas morreram sufocadas em um contêiner que seguia para os Estados Unidos. O ar condicionado do caminhão estava danificado e os espaço de ventilação cobertos.

Dezenas foram hospitalizadas por insolação e desidratação, embora se acredite que o caminhão transportasse até 200 pessoas - a maioria fugiu quando o veículo parou em um estacionamento.

O motorista do caminhão, que alegou não saber que transportava mais de 100 pessoas no veículo, foi condenado em abril de 2018 à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.

Dois atores da série The Chosen One (O Escolhido), da Netflix, morreram após um acidente de carro no México, perto da locação da atração. aconteceu enquanto a equipe se deslocava entre as cidades de Mulege e Santa Rosalia.

Segundo o site TMZ, a equipe da série viajava entre as cidades quando o acidente aconteceu. A van em que o grupo estava na península de Baja. Outras seis pessoas ficaram feridas.

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Os nomes das vítimas não foram divulgados inicialmente. Porém, os sites norte-americano The Washington Post e Deadline; noticiaram que Raymundo Garduño Cruz e Juan Francisco González Aguilar foram as vítimas fatais.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) identificou, nesta terça-feira (7), mais um corpo resgatado na região atingida pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), ocorrido em 2019. Trata-se de Olímpio Gomes Pinto, que tinha 56 anos de idade quando aconteceu a tragédia. Ele era funcionário de uma empresa contratada pela mineradora e atuava na prestação de serviços de auxiliar de sondagem.

O corpo de Olímpio havia sido encontrado no dia 14 de abril pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. Ele é a 266ª vítima identificada, o que foi possível por meio de uma análise genética. Passados mais de três anos da tragédia, as buscas continuam. Das 270 pessoas que perderam suas vidas, quatro ainda não foram localizadas.

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Além das mortes, a avalanche de rejeitos liberada no rompimento da barragem causou destruição de comunidades, degradação ambiental e poluição do Rio Paraopeba. Desde o episódio, as operações de busca do Corpo de Bombeiros sofreram apenas duas paralisações, ambas devido às restrições impostas nos momentos de agravamento da pandemia da covid-19.

Os esforços são acompanhados de perto pela Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos (Avabrum), criada pelos familiares dos mortos na tragédia. A entidade contabiliza 272 mortes na tragédia porque inclui na conta os bebês de duas vítimas que estavam grávidas.

Após o anúncio da identificação do corpo de Olímpio, a Avabrum manifestou, pelas redes sociais, solidariedade aos seus familiares. "Cada enterro, uma lembrança. Cada lembrança, uma memória. Cada memória, uma dor! Seguimos firmes e lutando para que todas as joias sejam encontradas e para que todos os familiares tenham o alento do encontro. Olímpio Gomes, presente! Juntos somos mais fortes. Nossa joias seguem vivas em nós e em nossas ações", registra a mensagem.

Processo criminal

Nessa segunda-feira (6), o ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, aceitou um recurso do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e devolveu o processo criminal para a Justiça de Minas Gerais. Ele anulou um acórdão publicado em outubro do ano passado pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinando a federalização do caso.

Se prevalecesse o entendimento do STJ, o processo criminal voltaria à estaca zero e o MPMG ficaria sem poder atuar no caso, papel que caberia ao Ministério Público Federal (MPF). Com a decisão de Fachin, o julgamento do caso na Justiça estadual será retomado do ponto onde parou em outubro do ano passado e todos os atos decisórios até então praticados foram restabelecidos.

O processo criminal foi instaurado com base em uma denúncia do MPMG apresentada em fevereiro de 2020, pouco mais de um ano após a tragédia. Foram responsabilizados 11 funcionários da Vale e cinco da Tüv Süd, consultoria alemã que assinou o laudo de estabilidade da estrutura que se rompeu. Eles respondem por homicídio doloso e diferentes crimes ambientais. As duas empresas também são julgadas.

Diante da complexidade do caso, a tramitação do processo seguia um ritmo lento. Apenas em setembro do ano passado havia sido finalmente aberto prazo para que os réus apresentassem suas defesas. Como a denúncia é extensa, a juíza Renata Nascimento Borges deu a eles 90 dias. Ela também havia concordado que os espólios de 36 vítimas atuassem como assistentes da acusação.

A expectativa do MPMG é de que a instrução do processo ocorra nos próximos meses. "Os processos envolvendo crimes dolosos contra a vida são processos de duas fases. A primeira fase de instrução perante o juiz de direito. Ao final, o juiz se convencendo de que há indícios suficientes de que aquelas pessoas acusadas são autoras do crime, o processo é remetido para o tribunal popular, formado por sete jurados", explica Alderico de Carvalho, procurador de Justiça do MPMG.

Em quase duas semanas, Pernambuco viveu o que pode ser considerado uma de suas piores tragédias. Dados atualizados até o início da tarde desta quarta-feira (1º), mostram que as chuvas intensas que caíram no estado deixaram 106 pessoas mortas, 6.650 desabrigados e 9 desaparecidos. Em ano de eleição, alguns pré-candidatos fazem a politização da tragédia. 

O pré-candidato ao governo de Pernambuco, Danilo Cabral (PSB), chegou a acusar o presidente Jair Bolsonaro (PL) de usar as chuvas no estado como palanque eleitoral. Isso porque o mandatário tem sua gestão desaprovada por 62,6% dos pernambucanos, segundo última avaliação do Paraná Pesquisa.

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Na visão do pessebista, Bolsonaro politizou a tragédia. "Além da Covid, Bolsonaro desprezou vidas nas tragédias recentes que aconteceram em São Paulo, Bahia e Rio. Agora, em Pernambuco, tenta usar as chuvas como palanque. A ajuda do Governo Federal é sempre bem-vinda, mas é um absurdo tentar tirar proveito eleitoral em cima de uma catástrofe", afirmou Cabral.

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Na manhã da última segunda-feira (30), o presidente sobrevoou alguns locais afetados pelas chuvas, mas não desceu em nenhum deles e justificou não ser possível por se tratar de áreas de risco. Acompanhado por ministros do Desenvolvimento Regional, Turismo, Cidadania, Saúde e Justiça, o presidente concedeu uma entrevista na Base Aérea do Recife. 

Além da equipe de ministros, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Luiz Medeiros (PSC) e o deputado federal Pastor Eurico (PL), o pré-candidato ao governo de Pernambuco Anderson Ferreira (PL), o deputado Coronel Alberto Feitosa (PSC) e o deputado André Ferreira (PL) se encontraram com o presidente da República. Esse encontro motivou o discurso de palanque de Bolsonaro no estado.

Comitiva do presidente no Recife. Foto: Clauber Cleber Caetano/PR

O governador Paulo Câmara justificou que não havia sido convidado para participar da comitiva. O que foi desmentido por Jair Bolsonaro, que aproveitou para atacar o seu desafeto político.

"O momento não é de fazer política, ele tem o candidato dele, [mas] quem vai decidir é a população. Agora, em um momento de crise, você vai atrás para ajudar, não fica esperando ser chamado dentro de casa", disparou - também levantando a tese de que Câmara não teria participado por questões políticas, já que o PSB está na base de apoio do ex-presidente Lula (PT) nas eleições deste ano. 

“Acho que faltou iniciativa da parte dele também, aqui ninguém tá proibido de comparecer nesse momento. Foi amplamente divulgado pela mídia a nossa presença aqui, e isso tudo aconteceu sábado e domingo, se o governador estava fazendo outra coisa eu não sei, e talvez acho melhor não estar presente aqui”, acrescentou.

Análise

O cientista político Caio Souza, analisa que a vinda do presidente teria que acontecer de toda forma, "visto que é o que se espera de um Chefe de Estado diante dos acontecimentos como os que temos enfrentado. Se Bolsonaro não viesse, seria igualmente criticado sob o argumento de que não deu assistência necessária", diz.

Para o estudioso, vindo ou não, o mandatário seria alvo de críticas, principalmente por estarmos em ano eleitoral, onde até os atos necessários serão julgados como eleitoreiros. Apenas com a vinda do presidente não é possível extrair um juízo negativo".

Caio assevera ainda que tudo o que está acontecendo em Pernambuco com crianças sem leitos de UTI, queda de parte do forro do Hospital da Restauração e, claro, os desastres com as chuvas, devem ser politicamente explorados pelos adversários do PSB, que já comandam Pernambuco por quase 20 anos, e ignorados por aliados.

"Tragédia ou não, se existia um dever de atuação preventiva da administração do Estado, certamente isso será explorado por adversários e ignorado por aliados", reforça o cientista político.

Ele acentua que a politização de tragédias é sempre uma ferramenta política dos adversários. "Aproveita-se o momento de maior sensibilidade da população quando a determinado tema e usa-se disso para fins eleitoreiros de forma positiva ou negativa", pontua.

Na tarde desta quarta-feira (1º), o Corpo de Bombeiros encontrou mais um corpo de vítima dos deslizamentos de barreira na Vila dos Milagres, na Zona Oeste do Recife. No local, duas pessoas ainda continuam sendo procuradas.

Os oficiais não deram detalhes de quem era a vítima, que já foi levada para o Instituto Médico Legal (IML). O último balanço do Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR), vinculado à Secretaria de Defesa Social (SDS-PE) na manhã de hoje havia confirmado 106 óbitos confirmados e 11 pessoas desaparecidas.

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Com mais uma vítima fatal sendo encontrada na Vila dos Milagres, esses números devem ser atualizados no próximo balanço do CICCR, passando para 107 mortes e 10 pessoas desaparecidas.

A Defesa Civil informou que foi comunicada do desaparecimento de um senhor de 70 anos em um sítio, na zona rural de Limoeiro, após um deslizamento de terra. As buscas foram iniciadas de imediato. Além desses locais, há atuação ainda em Jaboatão Centro e Paratibe (Paulista), onde duas pessoas teriam sido levadas pelas enxurradas. 

Do quadro geral dos nove desaparecidos, dois estariam na Vila dos Milagres (Barro) e o restante, no Curado IV (2), Areeiro (1), Paulista (1), Jaboatão Centro (1) e Limoeiro (1). 

Dois policiais rodoviários federais foram mortos na manhã desta quarta-feira (18), na BR-116, em Fortaleza, próximo ao bairro Cidade dos Funcionários. As vítimas são Raimundo Bonifácio do Nascimento Filho e Hélio Almeida de Sousa.

De acordo com O Povo, o homem que fez os disparos caminhava desorientado em meio aos carros na via, e os policiais foram em sua direção para tentar tirá-lo do risco de atropelamento e para deixar de atrapalhar o tráfego. Em seguida, ele conseguiu pegar a arma de um dos policiais e atirou contra eles. 

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Após os disparos contra os agentes, ele seguiu vagando com a arma nas mãos e foi alvejado momentos depois por um outro homem que passava pela via e que, segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), era policial militar e estava de folga. O homem que atirou nos policiais morreu no local. 

Pedro Carneiro, agente da PRF, explicou que a dupla de policiais realizava abordagens de rotina e “o homem que estava sendo abordado conseguiu escapar, estava armado e alvejou os dois policiais”. “Ele correu, mas outra força de segurança passava pelo local e conseguiu atingi-lo”. 

“O homem estava na alça que sai da Oliveira Paiva e vai para a BR-116 no sentido da capital. Provavelmente estava indo mais para o centro da cidade. Não sabemos o que motivou essa ação do criminoso. Ainda está sendo apurado. Não sabemos se houve algum apoio de outra pessoa. Se tinha um veículo, saiu do local; não temos aqui para precisar”, relata Carneiro, em entrevista ao O Povo CBN. 

O inspetor da PRF, Márcio Moura, explicou que a dupla de policiais estava “sinalizando um veículo que estava em pane na BR-116”. “Uma cidadã chegou até os policiais e pediu que retirassem o homem que estava atrapalhando o trânsito, que já estava parado devido à pane do caminhão que estava na faixa central da BR”, disse. 

As armas dos agentes rodoviários, que haviam sido levadas, foram recuperadas por uma equipe da Polícia Militar. Equipes das Polícias Civil e do Estado do Ceará (PC-CE), da PMCE, e da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) da Perícia Forense estiveram no local.

Em nota, a Polícia Rodoviária Federal de Pernambuco lamentou a tragédia ocorrida nesta manhã. “O falecimento dos nossos policiais entristece toda a instituição. Manifestamos nossa sincera solidariedade e irrestrito apoio à família, desejando conforto também a familiares e amigos neste momento de dor”, declarou. 

No último dia 7 de maio, o ônibus de Conrado & Aleksandro que estava levando tanto os cantores quanto boa parte da equipe deles, acabou tendo um pneu furado e se envolveu em um acidente de trânsito. Seis pessoas acabaram morrendo, incluindo Aleksandro.

Conrado, por sua vez, foi retirado do acidente com vida e segue internado em um hospital. A equipe do cantor está sempre compartilhando as atualizações do quadro de saúde dele nas redes sociais e ele vem com uma melhora bem progressiva.

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Um boletim médico foi divulgado na última sexta-feira, dia 13, e apontou que Conrado está lúcido, segue em respiração espontânea, confortável e mantém quadro estável. E segundo o G1, ao despertar o sertanejo que estava e agitado começou a questionar a tragédia e perguntou se o seu amigo e parceiro musical Aleksandro tinha sobrevivido ao acidente, com a resposta negativa ele começou a chorar.

Em 25 de janeiro de 2019, exatamente três horas após o rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, a comerciante Ketre mandou a última mensagem daquele dia para seu noivo, Djener, funcionário da mineradora, companheiro de uma vida, namorados por 13 anos, amigos durante 15, metade da vida dela até então. O casamento já tinha data, a igreja escolhida, as damas de honra convidadas, o vestido comprado. Daquele momento em diante, ela já não tinha mais forças ou condições.

O que se seguiu foram semanas e meses de ansiedade que logo se transformaria em depressão. Djner Paulo Las Casas Melo se tornou oficialmente uma das 272 vítimas da tragédia causada pelo estouro da barragem de rejeitos da Vale. O rompimento varreu casas, matou funcionários e moradores da cidade e desfigurou o meio ambiente da região. Para as famílias restou a dor. Aos pais, mães, irmãos e filhos, a mineradora acenou com a possibilidade de um acordo de reparação financeira. A Ketre Daliane de Menezes Paula, não.

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Três anos e três meses após o rumo de sua vida ter sido mudado, no entanto, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) reconheceu, no dia 16, o direito da noiva e obrigou a Vale, que recorria de decisão de primeira instância, a indenizá-la por danos morais. Ketre pediu para não ter o valor divulgado. A Justiça considerou não haver dúvidas sobre o relacionamento e destacou que os preparativos para a cerimônia estavam adiantados, com contratações e pagamentos já feitos.

"A negligência da reclamada permitiu que a vida do noivo da autora fosse ceifada prematuramente, retirando de ambos a oportunidade de vivenciarem um dos momentos considerados mais especiais pela sociedade humana", destaca a decisão. "O falecimento abrupto de uma pessoa que se entende da família, dado o vínculo duradouro com a reclamante, configura perda imensurável e incalculável, gerando atribulações, mágoas, aflição e inegável sofrimento íntimo."

"Foi meu primeiro namorado, meu primeiro tudo. Ia me casar - queria ficar junto para sempre - e a Vale me colocou como nada. Por muitas vezes me senti humilhada pela empresa", diz Ketre. "Não é algo para comemorar (a indenização), mas é uma conquista."

Há oito meses, ela tenta reconstruir a vida e fazer planos. Saiu da casa dos pais, foi morar sozinha, em Brumadinho mesmo. Desde o oitavo dia após a tragédia, faz acompanhamento psicológico. O tempo, no entanto, passa devagar e encontrar novos significados é um desafio. "Fico pensando por que não encontrei com o Djener no dia anterior da morte. Liguei à noite, mas ele havia feito um turno diferente, estava dormindo"

Indenizações

Até agora, três anos e três meses após o rompimento da barragem de rejeitos, diz a Vale, entre os familiares de trabalhadores falecidos, mais de 1,7 mil pessoas fecharam acordos de indenização, com valores que totalizam mais de R$ 1,1 bilhão. "Todos os empregados, próprios ou terceirizados, mortos no rompimento da B1, já tiveram ao menos um familiar com acordo de indenização firmado", afirma a mineradora. Questionada, a empresa não respondeu se há outras pessoas na mesma situação de Ketre.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A tragédia provocada pelo temporal em Petrópolis, no estado do Rio, no último dia 15, provocou até o momento a morte de 217 pessoas, sendo 128 mulheres e 89 homens. Entre as vítimas, 42 são menores. Os corpos foram levados para o Posto Regional de Polícia Técnica e Científica (PRPTC).

Segundo a Secretaria de Estado da Polícia Civil do Rio (Sepol), entre os mortos 203 corpos foram identificados e liberados. Outros sete não identificados receberam liberação mediante coleta de material genético e ordem judicial.

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Ainda conforme a Sepol, o PRPTC recebeu 16 fragmentos de corpos, sendo que nove já foram liberados. Até o momento, há registro de 33 desaparecidos comunicados à Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA).

“A instituição reforça que, a partir de sábado (26), a coleta de material genético de familiares de vítimas vai ocorrer exclusivamente no PRPTC, sendo desmobilizado o posto no clube Petropolitano”, informou a secretaria.

Buscas

O décimo primeiro dia de buscas em Petrópolis começou hoje (25) com as operações noturnas de limpeza urbana realizadas pela prefeitura. No trabalho são empregadas mais de 40 máquinas de grande porte para a remoção de entulhos e das barreiras das vias do centro da cidade e do Alto da Serra, duas das áreas mais atingidas pela tragédia. “O objetivo das operações é agilizar os serviços, causando o menor impacto possível no trânsito da cidade”, disse a prefeitura.

Para o prefeito Rubens Bomtempo, o trabalho noturno tem sido mais eficiente, o que permite avançar na recuperação da Cidade Imperial, como Petrópolis é conhecida.

“Para entrar com as carretas no centro ou no Alto da Serra durante o dia é preciso dar um nó no trânsito. Além disso, cada carreta leva umas três, quatro horas, para chegar ao aterro da Fazendinha (próximo à Rodoviária do Bingen) ou ao de Pedro do Rio. Com isso, eu consigo fazer uma ou duas viagens por dia. Trabalhando à noite, faço quatro ou cinco viagens, e sem causar transtornos no trânsito”, afirmou o diretor-presidente da Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis, Léo França.

Após o temporal que atingiu Petrópolis, na semana passada, o número de mortos decorrente das enchentes e deslizamentos de terra chegou a 208. O dado foi confirmado na manhã desta quinta-feira (24) pela Polícia Civil.

As buscas continuam nas áreas onde há suspeita de desaparecidos, como Morro da Oficina, Vila Felipe, Sargento Boening e Vila Itália.

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De acordo com a Secretaria de Assistência Social, 905 pessoas continuam acolhidas em 14 pontos de apoio organizados pela prefeitura, além de abrigos alternativos estabelecidos pelas comunidades.

Os trabalhos da prefeitura contam com o apoio da Defesa Civil do Estado, do Exército e da Marinha nas ações de resgate, controle de trânsito, reforço na segurança e logística de donativos.

A Defesa Civil registrou 2.199 ocorrências na cidade da região serrana do Rio de Janeiro, desde o dia 15, sendo 1.764 por deslizamentos. Os demais atendimentos são para questões como avaliações estruturais e geológicas de residências e regiões, infiltração, quedas de árvores e postes, vistorias preventivas, alagamentos e inundações.

Identificação

Dos 208 mortos, 124 são mulheres, 84 homens. Do total, 40 são menores de idade. Até o momento, 191 foram identificados e 181 já foram foram liberados para os procedimentos funerários. Os demais aguardam o comparecimento dos familiares no Instituto Médico Legal (IML) para a liberação.

O Corpo de Bombeiros também encontrou despojos durante as buscas, que passam por análise de DNA pelos peritos.

A tempestade Eunice continua a varrer o noroeste da Europa na manhã deste sábado (19), com fortes rajadas de vento na costa alemã, e um balanço de pelo menos 13 mortes e extensos danos materiais, bem como cortes de energia.

Formada na Irlanda, a tempestade atravessou na sexta-feira parte do Reino Unido e depois o norte da França, antes de continuar sua rota para a Dinamarca e a Alemanha, que decretou alerta vermelho para grande parte do norte.

"Existe o risco de rajadas violentas (nível 3 em 4). Rajada máxima: 100-115 km/h", alertaram os serviços meteorológicos alemães, advertindo para o risco de queda de árvores e destruição de telhados.

"Fiquem longe de edifícios, árvores, andaimes e linhas de alta tensão. Se possível, evitem ficar ao ar livre", pediram.

A tempestade deixou um espetáculo de desolação em sua passagem e causou perturbação significativa.

Centenas de voos, trens e balsas foram cancelados em todo o noroeste da Europa por causa de Eunice, que chegou menos de 48 horas após a tempestade Dudley (pelo menos seis mortos na Polônia e na Alemanha).

Até o momento, foram registadas 13 mortes por causa de Eunice: duas na Polônia e na Alemanha, quatro na Holanda, três na Inglaterra, uma na Bélgica e uma na Irlanda. Muitas dessas mortes são devido à queda de árvores sobre veículos.

Na Holanda, na capital Haia, dezenas de casas foram evacuadas por medo do desabamento do campanário de uma igreja. A rede ferroviária holandesa foi fechada e as conexões Amsterdã-Bruxelas foram interrompidas, com uma retomada prevista para a tarde, de acordo com um porta-voz.

Segundo o serviço de meteorologista britânico Met Office, as operações de limpeza deverão ser interrompidas por um novo vendaval, ainda menos forte, esperado em certas partes do Reino Unido.

Pelo menos 400 mil casas permanecem sem eletricidade no país. São 194 mil na mesma situação na Polônia, segundo as autoridades locais.

- Quase 200 km/h -

Na Inglaterra, uma rajada de 196 km/h foi registrada na Ilha de Wight, enquanto outras de mais de 110 km/h foram medidas no interior, inclusive no aeroporto londrino de Heathrow.

O serviço meteorológico britânico emitiu um nível de alerta vermelho – o mais alto – sobre o sul de Gales e o sul da Inglaterra, incluindo Londres.

Esta é a primeira vez que a capital britânica atinge este nível de alerta desde a implementação deste sistema em 2011.

No norte da França, trinta pessoas ficaram feridas em acidentes rodoviários ligados aos ventos, quedas ou quedas de materiais.

Cerca de 75 mil casas estavam sem eletricidade esta manhã e algumas ligações ferroviárias regionais foram interrompidas.

Fortes rajadas de vento, juntamente com marés altas, aumentam o medo de inundações, especialmente porque as fortes chuvas são esperadas para sábado.

O tráfego de balsas foi interrompido, centenas de voos cancelados na sexta-feira, o transporte rodoviário e ferroviário afetado.

Toda a rede ferroviária holandesa foi afetada e apenas o Thalys Paris-Bruxelas estava operando esta manhã, com recuperação total esperada por volta das 11h.

Na Bélgica, de acordo com a Infrabel, após um grande trabalho de reparação durante a noite, a maioria das linhas estava em operação no sábado.

Na França, foram registadas ondas superiores a nove metros na Bretanha (oeste), bem como rajadas de vento que atingiram 176 km/h no Cabo Gris-Nez (norte).

Embora as mudanças climáticas reforcem e multipliquem eventos extremos, não é tão claro para ventos e tempestades (excluindo ciclones), cujo número varia muito de um ano para outro.

O último relatório dos especialistas em clima da ONU (IPCC) divulgado em agosto estimou, com um grau de certeza muito baixo, que pode ter havido um aumento no número de tempestades no Hemisfério Norte desde a década de 1980.

burx-spe/nth/mr

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O presidente Jair Bolsonaro sobrevoou a cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (18) e afirmou que viu "imagens de guerra" pela destruição causada pelas chuvas e deslizamentos da última terça-feira (15).

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"Lamentável, vi uma intensa destruição. Tivemos perfeita noção da gravidade do que aconteceu", afirmou ainda.

Com o presidente, estavam diversos ministros e representantes de órgãos federais. Também compareceu na visita o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro.

Durante a coletiva de imprensa, os ministros anunciaram a liberação de recursos emergenciais - na casa de R$ 2 bilhões - e Bolsonaro falou pouco. Quando questionado, comentou sua visita à Rússia e a Hungria considerando ambas como "excepcionais".

Até o momento, já foram confirmadas 123 mortes e há cerca de 114 pessoas desaparecidas. Mas, como ainda nem todos os corpos foram reconhecidos, esse número pode diminuir.

De qualquer maneira, a tragédia do dia 15 de fevereiro já está próxima do maior desastre provocado pelas chuvas na cidade, em 1988, quando 134 pessoas perderam a vida. 

Da Ansa

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