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Única candidata eleita do Novo na capital paulista, a advogada Janaina Lima, de 32 anos, ganhou fama por ser a porta-voz do movimento Vem Pra Rua, que mobilizou milhares pelo País contra a corrupção no Brasil. Agora, eleita vereadora com 19 mil votos, promete combater desvios e desperdício de dinheiro público na Câmara Municipal. Seu primeiro ato, diz ela, será cortar pela metade a verba de gabinete a que terá direito, seja para pagar funcionários ou material do dia a dia.

"Vamos mostrar que é possível fazer mais com menos", afirma Janaina, que cita o estatuto de seu partido - registrado oficialmente em setembro de 2015 -, para listar suas prioridades na política. "Defendo a redução do poder do Estado, o controle dos gastos públicos, a não utilização do fundo partidário e a disputa eleitoral independente, sem coligações", explica.

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Quando assumir seu mandato, Janaina afirma ainda que vai buscar uma ferramenta tecnológica para tornar sua atuação transparente e com participação popular. "Podemos desenvolver um aplicativo, por exemplo, para aproximar as pessoas da Câmara."

Nascida no Capão Redondo, bairro humilde na zona sul, a advogada diz que o Novo representa os anseios da sociedade. Criada pelo banqueiro João Amoêdo, ligado ao grupo Itaú, a sigla é formada por "não políticos". Na composição do partido estão engenheiros, administradores, médicos e empresários, entre outros. A estreia eleitoral foi domingo. Foram quatro eleitos: além de Janaina, outros três candidatos a vereador saíram vitoriosos no Rio, Belo Horizonte e Porto Alegre.

"Minha eleição mostra que a sociedade busca os valores diferenciados do nosso partido", conclui. Nessa lista está também uma regra nova na política, que limita vereadores e possíveis futuros deputados e senadores a disputarem somente uma reeleição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A cidade de São Paulo conta com quase 9 milhões de eleitores. Na eleição realizada neste domingo (2), mais de um terço do eleitorado não participou da escolha de João Doria Jr. (PSDB) para a prefeitura da maior capital do país. O número de abstenções, somado ao de votos brancos e nulos (que não são considerados válidos conforme a constituição de 1988) contabilizou 34,84% dos eleitores da cidade. Doria teve 34,72%.

Fernando Haddad (PT), atual prefeito, teve 16,70% dos votos válidos. Indicado pelas pesquisas pré-eleição com o maior índice de rejeição entre os candidatos, Haddad teve um leve crescimento na última semana antes da eleição, mas não foi suficiente para alcançar um segundo turno. Celso Russomano (PRB), que iniciou a campanha liderando as pesquisas, obteve 13,64%, sendo ultrapassado por Doria e Haddad. Marta Suplicy (PMDB) registrou 10,14% nas urnas e conseguiu vencer em duas regiões: Parelheiros e Grajaú, ambas no extremo sul do município. Luiza Erundina (PSOL), que também já foi prefeita da cidade no início dos anos 90, teve 3,18% dos votos, ficando atrás até do vereador Eduardo Suplicy (PT), eleito com quase o dobro de votos.

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Entre os vereadores, 22 dos 55 eleitos são novos no cargo, os demais se reelegeram. Alguns nomes tradicionais e de peso como Wadih Mutran (PDT), Nabil Bonduki (PT) e Jamil Murad (PCdoB), ficaram de fora após longos mandatos. Eduardo Suplicy teve mais de 300 mil votos, mais que o dobro do candidato mais votado em 2012, Roberto Tripoli (PV), com pouco mais de 132 mil votos, três eleitos são novos na política: Fernando Holiday (DEM) – líder do Movimento Brasil Livre, que concentrou a campanha em redes sociais; Janaina Lima (NOVO) – integrante do Vem Pra Rua, movimento que pedia o impeachment de Dilma Roussef; e Sâmia Bomfim (PSOL) – primeira vereadora eleita pela legenda em São Paulo e participante ativa de manifestações do Movimento Passe Livre e grupos ativistas femininos.

O Tribunal Regional Eeleitoral encerrou a apuração em Belém ainda na noite de domingo (2). Com 100% das urnas apuradas na capital, a Câmara Municipal já tem definida sua nova composição. Do total de 35 vagas, 14 vereadores foram reeleitos. Dois parlamentares eram suplentes e foram eleitos pela primeira vez neste pleito. Confira, abaixo, a lista de vereadores eleitos para mandato 2016-2019. Mais informações no site do TSE.

O resultado das eleições para vereador coloca na Câmara de Belém políticos tradicionais, como Marinor Brito (PSOL) e Nemias Valentim (PSDB), mas também revela nomes estranhos à cena política, como John Wayne (PMDB), Gleisson (PSB), Bieco (PR) e Toré Lima (PRB).

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Veja os vereadores eleitos em Belém

Marinor Brito (PSOL) - 13997 votos

Joaquim Campos (PMDB) - 11954 votos

Gustavo Sefer (PSD) - 11583 votos

Adriano Coelho (PDT) - 9745 votos

Simone Kahwage (PRB) - 9575 votos

John Wayne (PMDB) - 9132 votos

França (PRB) - 8801 votos

Victor Dias (PTC) - 8320 votos

Zeca Pirão (SD) - 7842 votos

Igor Andrade (PSB) - 7703 votos

Delegado Nilton Neves (PSL) - 7172 votos

Mauro Freitas (PSDC) - 6899 votos

Gleisson (PSB) - 6648 votos

Paulo Bengtson (PTB) - 6646 votos

Rildo Pessoa (PT do B) - 6402 votos

Moa Moraes (PC do B) - 6401 votos

Professor Wellington Magalhães (PPS) - 6349 votos

Igor Normando (PHS) - 6172 votos

Nemias Valentim (PSDB) - 5934 votos

Dinely (PSC) - 5880 votos

Blenda Quaresma (PMDB) - 5688 votos

Henrique Soares (PDT) - 5571 votos

Fabrício Gama (PMN) - 5462 votos

Marciel Manão (PEN) - 5218 votos

Emerson Sampaio (PP) - 4586 votos

Dr. Elenilson (PT do B) - 4570 votos

Lulu Pinheiro (PTC) - 4568 votos

Celsinho Sabino (PSC) - 4398 votos

Bieco (PR) - 4081 votos

Toré Lima (PRB) - 4077 votos

Sargento Silvano (PSD) - 3903 votos

Fernando Carneiro (PSOL) - 3543 votos

Altair Brandão (PC do B) - 3444 votos

Amaury da APPD (PT) - 3090 votos

Dr. Chiquinho (PSOL) - 2980 votos 

 

O petista Eduardo Suplicy tornou-se no domingo (2) o vereador mais votado da história de São Paulo. Com 301.446 votos, superou José Eduardo Cardozo, ex-ministro e advogado da presidente Dilma Rousseff, que conseguiu 229 mil votos em 2000, e João Brasil Vita, que, em 1982, fez 215 mil. Na comparação com os demais eleitos no domingo (2) também ganha com larga vantagem. O segundo colocado, Milton Leite (DEM), que chega ao seu sexto mandato, teve 107.957 votos.

Para o ex-senador e ex-secretário de Direitos Humanos da gestão Fernando Haddad (PT), o resultado coroa um trabalho de base feito nos últimos meses. "Fiz cerca de cem palestras em todas as regiões da cidade nesta campanha. Falei com as pessoas sobre minhas ideias de cidade e de justiça social. Os votos que recebi da população mostram que a aceitação é grande, o que me deixa muito feliz", comemora.

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Suplicy supera a eleição que alcançou em 1988, quando foi eleito vereador da capital pela primeira vez. Naquele ano, o petista havia alcançado 201 mil votos. Aos 75 anos, ele diz que ainda tem muita disposição para seguir na vida pública, mas, com o potencial eleitoral revelado no domingo não garantiu que cumprirá o mandato todo na Câmara. "Em princípio, fui eleito para estar lá os quatro anos, mas o que vai acontecer até 2018, quando tem outra eleição, ninguém sabe. O que posso dizer é que estou muito satisfeito com essa marca."

Vice

Com 6,2 mil votos a mais que na eleição passada, de 2012, Leite se consolida como o "rei da zona sul". Com reduto fiel nas regiões de M’Boi Mirim, Grajaú e Parelheiros, o parlamentar ainda se credencia como um nome forte para assumir a presidência da Câmara no ano que vem. "É muito cedo para falar disso, mas não descarto essa possibilidade. O resultado de hoje (domingo) mostra que fizemos um bom trabalho ao longo dos últimos quatro anos. Vamos agora pensar na cidade", afirmou Leite.

Bancada feminina soma 11 e cresce 83%

O total de mulheres eleitas para a Câmara neste ano quase dobrou. Passou de seis, em 2012, para 11. A mais votada foi Patrícia Bezerra (PSDB), na 17ª posição, com 45,2 mil votos. Já Samia Bomfim, do PSOL, completou a lista, com 12,5 mil votos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Marinor Brito (PSOL) foi a campeã de votos entre os 35 vereadores eleitos neste domingo (02) para a Câmara Municipal de Belém. Ela conquistou quase 14 mil eleitores. PSOL, PMDB e PRB são os partidos com o maior número de parlamentares. Quatorze vereadores foram reeleitos. Confira a lista completa abaixo:

VEREADORES ELEITOS - BELÉM

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1 Marinor Brito PSOL (13.997 votos)

2 Joaquim Campos PMDB (11.954 votos)

3 Gustavo Sefer PSD (11.583 votos)

4 Adriano Coelho PDT (9.745 votos)

5 Simone Kahwage PRB (9.575 votos)

6 John Wayne PMDB (9.132 votos)

7 França PRB (8.801 votos)

8 Victor Dias PTC (8.320 votos)

9 Zeca Pirão SD (7.842 votos)

10 Igor Andrade PSB (7.703 votos)

11 Delegado Nilton Neves PSL (7.172 votos)

12 Mauro Freitas PSDC (6.899 votos)

13 Gleisson PSB (6.648 votos)

14 Paulo Bengtson PTB (6.646 votos)

15 Rildo Pessoa PTdoB (6.402 votos)

16 Moa Moraes PCdoB (6.401 votos)

17 Professor Wellington Magalhães PPS (6.359 votos)

18 Igor Normando PHS (6.172 votos)

19 Nemias Valentim PSDC (5.934 votos)

20 Dinely PSC (5.880 votos)

21 Blenda Quaresma PMDB (5.688 votos)

22 Henrique Soares PDT (5.571 votos)

23 Fabricio Gama PMN (5.462 votos)

24 Marciel Manão PEN (5.218 votos)

25 Emerson Sampaio PP (4.586 votos)

26 Dr. Elenilson PTdoB (4.570 votos)

27 Lulu Pinheiro PTC (4.568 votos)

28 Celsinho Sabino PSC (4.389 votos)

29 Bieco PR (4.081 votos)

30 Toré Lima PRB (4.077 votos)

31 Sargento Silvano PSD (3.903 votos)

32 Fernando Carneiro  PSOL (3.543 votos)

33 Altair Brandão PCdoB (3.444 votos)

34 Amaury da APPD PT (3.090 votos)

35 Dr. Chiquinho PSOL (2.980 votos)

O Superior Tribunal Eleitoral (TSE) já conta com todos os 39 vereadores eleitos no Recife. O balanço final foi feito na noite deste domingo (2) e a lista completa já pode ser acessada pela população.

Dados do TSE mostram que Michele Collins (PP) foi a vereadora mais votada na capital pernambucana, com 15.357 votos. Na segunda posição, Irmã Aimée (PSB) conquistou 14.338, enquanto Fred Ferreira (PSC) se concretizou como o terceiro candidato mais bem votado com 14.277 votos.

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Segundo o TSE, Recife conta com 1.119.245 pessoas aptas a votar. No que diz respeito à votação dos vereadores, foram registrados 992.713 votos, sendo considerados válidos 860.475. Além disso, 93,73% das escolhas foram nominais, enquanto 6,27% corresponderam a legendas.  

Dos mais de 1,3 mil candidatos que disputam uma vaga na Câmara Municipal de São Paulo nesta eleição, há um grupo de 142 que arrecadou recursos, mas não declarou nenhum gasto até a noite de quinta-feira, 19.

Os dados, no entanto, são parciais. Os candidatos são obrigados a prestar contas das despesas de campanha por duas vezes: o primeiro prazo se encerrou em 13 de setembro e o segundo, referente ao primeiro turno, acaba em 1º de novembro.

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Nesta conta parcial, o candidato que mais conseguiu dinheiro e não gastou foi Paulo Cahim (PSDB), com R$ 21,5 mil. Já Dani Lima (PRB) e Ademir Crick (PV) foram os que menos receberam. A candidata do PRB arrecadou R$ 10, enquanto o candidato do PV, apenas R$ 1,01.

Também há um grupo de 358 candidatos que estão "zerados" tanto em receita quanto em despesa. Ou seja, não declararam nenhum gasto ou recurso, como os ex-jogadores de futebol Marcelinho Carioca (PRB) e Ademir da Guia (PHS).

Aposta

Principal aposta do PT para manter uma bancada numerosa na Câmara Municipal - o partido tem dez vereadores hoje -, o ex-senador e ex-secretário de Direitos Humanos da gestão atual, Eduardo Suplicy (PT) dispõe hoje de uma campanha modesta. De acordo com o levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo, o petista arrecadou até agora um total de R$ 93,6 mil, quantia que o coloca na 84ª posição entre as campanhas mais ricas.

O baixo investimento do partido em repasses financeiros ao candidato não significa que a expectativa interna sobre ele seja pequena. Pelo contrário, parlamentares do partido arriscam dizer que Suplicy pode superar 250 mil votos e conseguir duas cadeiras na Casa - em função do quociente eleitoral e de sua exposição constante nas redes sociais.

Nas últimas eleições, o petista não conseguiu se reeleger senador, mas obteve 6 milhões de votos no Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na reta final da campanha eleitoral, o ritmo de trabalho na Câmara Municipal de São Paulo é de férias. Corredores esvaziados, comissões suspensas e sessões plenárias canceladas por falta de quórum. Com 49 dos 55 vereadores na disputa pela reeleição nem as reuniões entre os líderes partidários, realizadas sempre às terças-feiras, escaparam. Há quatro semanas ninguém comparece ao encontro. O resultado é que os parlamentares se reuniram só uma vez neste mês, e por 36 minutos.

Enquanto os vereadores não trabalham em plenário, a Casa continua a consumir em média R$ 47 milhões por mês do Município - só de funcionários são aproximadamente 1,8 mil. Com essa verba seria possível, por exemplo, construir cerca de dez creches, reduzindo assim o déficit de 103 mil vagas.

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Na terça-feira, 27, pela sexta vez consecutiva, a sessão ordinária não pôde ser aberta porque não havia o número mínimo de parlamentares no plenário. O painel apontava 15 presentes, quando eram necessários 19. Nos últimos 28 dias, o "placar" só esteve completo no dia 14. Depois de pouco mais de meia hora de sessão, porém, um pedido feito pelo vereador Alfredinho (PT) derrubou a sessão.

"Tem sido assim. Ou a sessão não abre por falta de quórum ou cai logo depois porque alguém derruba. Sou contra isso, a Câmara não pode parar por causa das eleições", disse Gilberto Natalini (PV), primeiro a chegar ao plenário na terça-feira, 27.

Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que de agosto até quarta-feira, 28, os vereadores permaneceram no plenário por um total de 13 horas e 14 minutos. Nesses quase dois meses só houve votação de projetos no dia 24 de agosto, quando os parlamentares resolveram aprovar 110 propostas, entre elas a que criou o bilhete do ciclista e a que autorizou a Prefeitura a abrir uma avenida na zona norte.

Segundo o presidente da Casa, Antonio Donato (PT), os vereadores estão prestando contas à sociedade. "Não há prejuízo para a cidade, até porque não tem projeto em caráter de urgência para ser votado", afirmou. Para Alfredinho, com a campanha mais curta e econômica, o vereador que quer ser reeleito precisa "amassar barro nas ruas". "Mais do que nunca é isso que fará a diferença."

Nas últimas semanas, até o disputado café do primeiro andar anda vazios. Na recepção, a mesma tranquilidade. Em tempo de eleição, é assim: falta trabalho e sobra conversa na Câmara. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A cada quatro anos, a maior metrópole da América do Sul ganha características de vilarejo. Bairros são transformados em "feudos" na busca por votos. Quem domina a região faz do eleitor um "cliente" ou quem representa uma categoria tem mais chance de conquistar ou manter uma vaga na Câmara Municipal. As práticas assistencialistas, comuns nos rincões do Brasil, asseguram mandatos aos vereadores e a permanência por até 28 anos no poder.

Os "coronéis" paulistanos somam ao menos cinco legislaturas. Wadih Mutran (PDT) é o recordista individual. O "dono" da Vila Maria, na zona norte, tenta o nono mandato consecutivo nestas eleições, entre vagas diretas e suplências - quando a contagem inclui integrantes de uma mesma família, os Hato passam na frente.

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Famoso por distribuir cadeiras de rodas e levar eleitores a hospitais em sua própria frota de ambulâncias, Mutran defende o direito de ajudar as pessoas. "Agora não dá mais para fazer campanha. Tudo é compra de votos", reclama.

Aos 80 anos, o último defensor do malufismo na Casa nem pensa em se aposentar. Afirma trabalhar duro, tanto no escritório político que mantém no bairro como no gabinete. "Eu tento atender a todas as demandas que chegam até mim, se não consigo atendê-las dentro do serviço público, procuro empresas privadas e parceiros", afirma. "Quem fala que isso é assistencialismo é porque é rico."

O petista Arselino Tatto e o tucano Gilson Barreto dividem a segunda posição no ranking, com sete mandatos cada. Cada um atua em uma área. Tatto comanda a região da zona sul que vai da Capela do Socorro, onde mora, a Parelheiros. Barreto tem reduto em São Mateus e Itaquera, na zona leste.

À beira da Represa do Guarapiranga, o domínio do petista é tamanho que a região é conhecida como "Tattolândia". Lá, Arselino e os irmãos Jair, também vereador, e Jilmar, secretário municipal de Transportes, são constantemente abordados por moradores, que pedem de tudo, desde vaga em creche a médico, ônibus e asfalto na rua.

"O vereador tem a obrigação de fazer um pouco de assistencialismo. Tem de ver as necessidades da população. O povo renova o nosso contrato a cada quatro anos, mas cobra, pede reunião para saber o que estamos fazendo. Está certo. A gente tem de estar presente nos bairros e não só na época da eleição", diz Tatto, que é líder do governo Haddad na Câmara.

Pisar no barro e tomar muito cafezinho na padaria estão na base do sucesso eleitoral de Barreto. Ligado ao Rotary Club e diretor do movimento escoteiro, o tucano promove todos os anos um mutirão da catarata, onde fideliza os eleitores. Se o assistencialismo é um problema para ele? "Ainda bem que os vereadores fazem isso. O poder público é inoperante. O assistencialismo entra para preencher essa lacuna", diz.

Para o cientista político Marco Antonio Teixeira, as oligarquias políticas da Câmara só perderão espaço quando a política pública for transparente. "Essa é a única maneira de se evitar que vereadores se perpetuem atendendo a pedidos de vaga em creche ou consulta médica, por exemplo", afirma.

Samba e futebol

Apoiar o futebol de várzea de São Paulo hoje é quase obrigação entre os vereadores. Dalton Silvano (DEM), no quinto mandato, afirma que foi ele quem "aprimorou a tática". Ele tem aplicado uma parte relevante dos recursos de suas emendas parlamentares na colocação de grama sintética em campinhos no Ipiranga e na Aclimação, na zona sul, onde mantém reduto. "A única exigência que faço é que no dia da inauguração eu possa jogar no time dos veteranos usando a camisa 10", brinca.

A "sacada" da grama sintética foi tão eficaz que, segundo Dalton, os colegas têm seguido o exemplo. Um deles é o atual vereador campeão de votos: Milton Leite (DEM). Na última eleição, alcançou 104 mil. Com 20 anos de vida pública, domina o M’Boi Mirim e o Grajaú, na zona sul da cidade, onde apoia campeonatos amadores de futebol e escolas de samba. A agremiação do coração é a Estrela do Terceiro Milênio, que, em 2017, vai desfilar no Grupo de Acesso do carnaval.

Diferentemente dos demais vereadores, Leite não gosta de ser chamado de Assistencialista. Diz que faz projetos estruturais e fica contrariado quando o acusam de se valer de escolas de samba para angariar votos. "Meus projetos relacionados às escolas de samba (ele aprovou isenção de IPTU para todas) são culturais. Quem vê problema nisso é gente que acredita que cultura é só piano", afirma.

Mais perto de Deus que do samba, Toninho Paiva (PR), 74 anos, mistura religião e política para segurar o voto dos eleitores fiéis. No sexto mandato, faz questão de dizer que foi crismado, batizado e casou na mesma igreja, a Paróquia do Cristo-Rei, no Tatuapé, zona leste.

Ao redor da comunidade católica, apoia festas e eventos. "O governo deixa muito a desejar. Por isso, às vezes, nós precisamos procurar a iniciativa privada para conseguir ajudar", diz. E isso significa estar com o eleitorado "na alegria e na tristeza". Paiva vai até a velório de eleitor. "Um amigo não abandona o outro amigo na hora em que ele mais precisa." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em São Paulo, o poder também é hereditário. Passa de geração em geração como um direito adquirido, um legado. Não é raro encontrar na Câmara Municipal quem seja filho de fulano ou neto de sicrano - todos chancelados pelo peso dos sobrenomes. Representante da comunidade japonesa, a família Hato é pioneira na prática. O clã já está na terceira geração. São mais de 40 anos no poder, de uma história que começou quando Mario Hato se elegeu vereador pela primeira vez em 1973.

Após dois mandatos consecutivos, o médico passou o bastão para o irmão, Jooji Hato, que hoje é deputado estadual, mas ganhou sete eleições para o Palácio Anchieta. Em 2013, deixou o gabinete para o filho, George Hato, que tenta neste ano sua primeira reeleição. "Nosso sucesso? É o trabalho e a dedicação que temos com a comunidade japonesa, que é muito fiel", afirma o caçula.

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Um clássico moderno é o caso de Antonio Goulart (PSD). Vereador por cinco mandatos, cresceu tanto que foi parar em Brasília e hoje é deputado federal. Sem perder a mão do seu eleitorado, continua atuando como vereador indireto, atendendo duas vezes por semana em seu escritório político, zona sul. Sua próxima missão será eleger seu filho, Rodrigo Goulart, de 31 anos, como vereador.

No dia 6 deste mês, o pai Goulart organizou uma caminhada para a candidata Marta Suplicy (PMDB) em Cidade Dutra, na zona sul, onde apareceu durante boa parte do percurso ao lado do herdeiro. A bordo de um "papa voto", uma espécie de papa móvel, o deputado cumprimentou eleitores e discorreu sobre a qualidade do filho.

Pets

Primeiro colocado nas eleições passadas, com mais de 132 mil votos, Roberto Tripoli (PV) lança o irmão como sucessor neste ano. O defensor dos animais deixou a Câmara em 2015, após sete mandatos, quando assumiu a cadeira de deputado estadual. O irmão Reginaldo é o escolhido da vez. A família manteve a bandeira eleitoral: no santinho do Tripoli estreante, o protagonista é um cachorro, desta vez acompanhado de um gato, mas com o mesmo nome da família e, o mais importante, o mesmo número na urna.

Na atual legislatura da Câmara ainda podemos encontrar Eduardo Tuma, sobrinho de Romeu Tuma (e parente de outros tantos Tumas), Mario Covas Neto, cujo o nome é autoexplicativo, e ainda Edir Sales, filha de Euripedes Sales, ex-vereador e conselheiro do Tribunal de Contas Municipal (TCM). / As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Federal (PF) e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado de São Paulo confirmaram que nove dos 21 vereadores de Ribeirão Preto (SP), dois secretários municipais e representantes órgãos de autarquias e empresas de economia mista da cidade do interior paulista são investigados na "Operação Sevandija", deflagrada nesta quinta-feira (1º). A operação, considerada como o maior caso de corrupção da história da cidade, apura o desvio de R$ 203 milhões, desde 2012, dos cofres do município em fraudes de licitações, contratações irregulares de funcionários e pagamento de propinas para políticos votarem com o governo municipal na Câmara.

Segundo a PF e o Gaeco, informações que poderiam envolver a prefeita do município Dárcy Vera (PSD) e que surgiram durante as investigações foram encaminhadas ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), órgão que tem poder para investigá-la, sob a supervisão da Procuradoria Geral de Justiça do Estado de São Paulo. Agentes da polícia foram à casa da prefeita pela manhã e ouviram Dárcy. A coordenadoria de comunicação informou apenas que a prefeitura está colaborando com as investigações.

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Os nove vereadores tiveram seus mandados suspensos pela Justiça e foram proibidos de frequentar prédios da administração municipal durante as investigações. Todos são candidatos à reeleição e poderão continuar a campanha, já que não foram condenados. Entre os vereadores que estiveram na sede da PF em Ribeirão Preto para prestar depoimento sob condução coercitiva estão o presidente da Câmara Municipal, Walter Gomes (PTB), Samuel Zanferdini (PSD), Evaldo Mendonça, o "Giló" (PTB), Genivaldo Gomes (PSD), Bebé (PSD), Cícero Gomes (PMDB), Maurílio Romano Machado (PP) e Capela Novas (PPS).

Entre os que falaram Walter Gomes, Cícero Gomes, Giló, Capela Novas e Zanferdini negaram o envolvimento no caso. O secretário da Casa Civil Layr Luchesi Júnior foi à PF, mas não há a informação se ele foi preso ou apenas ouvido. O superintendente do Departamento de Águas e Esgoto de Ribeirão Preto (Daerp), Marco Antonio dos Santos e o secretário da Educação, Ângelo Invernizzi foram presos e se recusaram a falar ao entrar na PF.

A operação envolveu 250 policiais, 30 promotores em 48 ações. Ao todo, foram 13 mandados de prisão temporária, dos quais 11 foram cumpridos e outros dois seriam empresários que estão no exterior. Além dos dois secretários municipais, dois advogados, quatro funcionários, e empresários foram presos segundo a PF. Gabinetes de vereadores foram fechados e houve os bloqueios de bens dos indiciados, paralisação imediata de pagamentos até o final do processo desses agentes públicos.

Segundo delegados da PF e promotores do Gaeco, quatro esquemas de desvios de recursos públicos na prefeitura local surgiram durante as investigações na operação iniciada há pouco mais de um ano, cujo nome significa viver à custa alheia.

Segundo o delegado Flávio Vieitez Reis, da PF, as investigações começaram em julho do ano passado, inicialmente para apurar suspeita de fraude na aquisição e manutenção de catracas para o controle da entrada em escolas municipais, cujas fraudes são estimadas em R$ 26 milhões. "Empresas concorrentes na licitação eram das mesmas pessoas e ainda não havia escola suficiente para tanta catraca", disse o delegado. "Temos indícios que a Secretaria de Educação é uma fonte de propina", emendou.

As investigações na compra e manutenção das catracas levaram a outro esquema envolvendo a Companhia de Desenvolvimento de Ribeirão Preto (Coderp), empresa de capital misto da administração direta. Segundo o promotor do Gaeco Marcel Zanin Bombardi, Coderp e prefeitura celebravam contratos de repasses de recursos para a contratação de uma empresa uma terceirizada, para prestação de serviços de mão-de-obra.

Assim, cerca de 700 funcionários foram contratados pelo esquema de terceirização, todos apadrinhados de políticos, segundo o promotor. "Esses vereadores passaram a integrar o esquema ilícito montado. Se concluiu em uma compra de apoio político pelo governo municipal, em troca de indicações de pessoas do relacionamento familiar".

Por meio do esquema iniciado em 2009 e investigado apenas desde 2012, foram feitos contratos e seis aditivos, em um total de R$ 28 milhões. Segundo o delegado Reis, nas investigações informações anônimas apontaram fraudes Daerp, em uma licitação de R$ 68 milhões que com, um aditivo, chegou a R$ 86 milhões.

"Os indícios apontam que o dinheiro voltava como propina a agentes públicos em contratações fictícias de empresas, uma em Ribeirão Preto, outra em Mato Grosso do Sul", afirmou o delegado.

O último esquema foi descoberto acidentalmente nas investigações que envolveram interceptações telefônicas, análise de milhares de documentos, de acordo com Leonardo Romanelli, promotor de Justiça Gaeco, e envolvia o pagamento de propina para a liberação de honorários advocatícios. O promotor explicou que por conta do plano Collor, o Sindicato dos Servidores venceu uma ação de R$ 800 milhões em 2012 contra o poder público. "Até agora foram pagos mais de R$ 300 milhões aos servidores e R$ 40 milhões aos honorários, mas maus agentes públicos exigiam propina para que advogados recebessem tão logo fossem liberados os recurso

O juiz Milton Biagioni Furquin, da 1ª Vara Cível de Guaxupé, no interior de Minas Gerais, condenou na terça-feira (16) 12 dos 13 vereadores do município por improbidade administrativa e determinou a perda da função pública dos parlamentares. Os vereadores foram acusados pelo Ministério Público Estadual de aumentar, por meio de manobras legislativas, os valores das diárias recebidas por eles, causando um prejuízo de R$ 159 mil aos cofres do município.

A divulgação da denúncia foi usada pelos vereadores para abrir 80 processos contra jornalistas, em razão de um equívoco na veiculação do caso na época.

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Na ocasião, jornais, sites e rádios noticiaram que o juiz que aceitou a ação penal também havia determinado a cassação dos parlamentares. Horas depois da publicação da informação, no entanto, houve correção: o juiz responsável pela ação penal havia apenas determinado que os parlamentares fossem notificados sobre pedido do Ministério Público para que fosse iniciado o processo de cassação dos investigados.

A divulgação da primeira versão do Ministério Público tem sido considerada suficiente para abertura de processos contra veículos de imprensa.

Ao condenar os parlamentares, o juiz Furquin afirmou que os vereadores demonstraram "inaptidão para o exercício do cargo que lhes foi confiado, traindo as instituições públicas e os princípios que regem a administração".

O magistrado considera, ainda, que "o desprezo dos réus com a legalidade e moralidade torna a aplicação dessa reprimenda (perda da função pública) adequada à espécie".

Multa

Além da perda da função pública, a sentença determina que os parlamentares devolvam, em conjunto, os R$ 159 mil que teriam sido desviados. Cada vereador ainda foi condenado a uma multa equivalente a três vezes o valor individual que o teria beneficiado.

Como se trata de uma Ação Civil Pública, o juiz pode determinar a perda dos cargos e até dos direitos políticos dos réus. Na prática, porém, como a condenação foi em primeira instância, os políticos podem recorrer da decisão e continuar na Câmara Municipal até que o processo seja transitado em julgado.

Mais do que aplicar a punição aos políticos, o juiz determinou a revogação de duas leis municipais e uma portaria criadas pelo grupo. Essas normas aumentaram os valores das diárias e afrouxaram os critérios para a concessão do benefício aos parlamentares.

Dentre as normas revogadas está uma que previa, segundo o Ministério Público, diárias ilimitadas para a participação dos vereadores em cursos e eventos como seminários e congressos.

Réus

A condenação é de terça e, além desta ação, os vereadores também foram denunciados pelos crimes de dispensa ilegal de licitação, apropriação indevida de dinheiro público e formação de quadrilha, em função do caso envolvendo as diárias.

A denúncia foi recebida em fevereiro deste ano e, com isso, os 12 vereadores do município de 49 mil habitantes se tornaram réus em uma ação penal, que, diferentemente da ação cível, pode levar à prisão dos acusados caso fique comprovada sua culpa.

A reportagem entrou em contato com a Câmara de Guaxupé na noite de quarta-feira, mas não encontrou ninguém para comentar a decisão do juiz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Vereadores de Guaxupé, na região sudoeste de Minas, entraram com cerca de 80 pedidos indenizatórios contra jornais, sites e rádios após a divulgação da notícia de que um juiz local teria determinado a abertura de cassação de 12 dos 13 parlamentares da cidade.

A Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt) e a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert) consideram que o Legislativo municipal tem agido deliberadamente para inibir o trabalho da imprensa. A Associação Nacional de Jornais (ANJ) afirma que tem acompanhado o caso.

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Em fevereiro, a quase totalidade do Legislativo de Guaxupé passou a responder pelos crimes de dispensa ilegal de licitação, apropriação indevida de dinheiro público e formação de quadrilha. Somente em diárias, entre 2013 e 2014, os parlamentares receberam R$ 158 mil, segundo o Ministério Público.

Na ocasião, o MP chegou a divulgar que havia uma ordem judicial para a abertura do processo de cassação dos vereadores. Horas depois da publicação da informação, no entanto, houve correção: o juiz responsável pela ação penal havia apenas determinado que os parlamentares fossem notificados a respeito do pedido do MP para que fosse iniciado o processo de cassação dos investigados.

Antes da correção feita pelo próprio MP, veículos de comunicação chegaram a informar a versão da abertura do processo de cassação. A divulgação da primeira versão do MP tem sido considerada suficiente para abertura de processos contra órgãos de imprensa.

Paraná

Meses atrás, uma situação parecida envolveu um órgão de imprensa do Paraná. Nesse caso, jornalistas da Gazeta do Povo foram processados por juízes e promotores após a publicação de reportagem sobre os vencimentos dos magistrados e representantes do MP (os processos em questão foram ajuizados em várias cidades paranaenses - obrigando os profissionais passarem semanas viajando para comparecer às audiências).

As ações de Guaxupé, em sua maioria por danos morais, tramitam no Juizado de Causas Especiais, onde o réu que não comparece à audiência é condenado preliminarmente.

O promotor responsável pelo caso, Táles Tácito, preferiu não se manifestar. O Juizado de Pequenas Causas de Guaxupé também não se manifestou. A Câmara Municipal de Guaxupé solicitou que toda a comunicação fosse feita por meio de seus advogados. Nenhum deles atendeu às ligações da reportagem.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os vereadores da Casa de José Mariano retomam suas atividades na próxima segunda (1), após o recesso parlamentar do mês de julho. O artigo 12 da Lei Orgânica do município determina um recesso que dura 25 dias tendo começado no dia 6 deste mês. Ficaram suspensas as audiências públicas, além de reuniões ordinárias e de comissões. Os demais departamentos funcionam normalmente, inclusive, com atendimento ao público.

A primeira reunião ordinária acontece também na segunda, às 15h, com o debate da proposta do presidente da Câmara, vereador Vicente André Gomes (PSB), que irá propor mudança no horário das plenárias até outubro. Caso aprovada, as reuniões passarão a ser realizadas no turno da manhã voltando para o horário da tarde, em novembro, após as eleições.

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Mesmo com a eleição que se acerca, as reuniões ordinárias e de comissões permanentes e as audiências públicas acontecerão normalmente com os debates e votações de projetos de lei.

Os vereadores de Guarulhos aprovaram em 2014 uma emenda à Lei Orgânica que previa 37 vagas para atuação na Câmara Municipal. A ampliação estava pronta para entrar em vigor neste ano, porém o procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo, Gianpaolo Poggio Smanio, entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade. Segundo o procurador, a proporcionalidade prevista na constituição não está sendo respeitada.

A norma que diz respeito a proporcionalidade de vereadores por habitantes é o artigo 29 da Constituição Federal, que prevê que o município tem que se guiar pela Lei Orgânica, elaborada e votada em dois turnos, e precisa da aprovação de pelo menos dois terços dos membros da Câmara. O inciso IV que delibera sobre os limites mostra que para um município que possua mais de um milhão e menos que cinco milhões de habitantes, o mínimo será de 33 e o máximo de 41 vereadores, porém não há maiores regras entre esses limites (mínimo e máximo).

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“A Constituição, é certo, apresenta limite máximo de vagas, mas, o município não tem liberdade para fixação de números de vagas além de sua quantidade demográfica por mera projeção de caráter não oficial” afirmou Smanio. Guarulhos teve 1128 candidatos nas últimas eleições municipais, proporção de um candidato para cada 731 eleitores

Com isso, o presidente do Legislativo aguarda a decisão do TRE-SP para verificar quantas serão as vagas liberadas, que segundo o procurador, por força da Constituição, pode ser de apenas uma vaga adicional. Atualmente são 34 empossados que geraram um custo em torno de R$ 29.400,00 mensais para os cofres públicos, os dados podem ser encontrados no portal da transparência da cidade.

 

Diante da aproximação do início das campanhas políticas, o Portal LeiaJá, em parceria com o Jornal do Commercio encomendou uma pesquisa ao Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau que constatou a baixa confiança da população em relação aos vereadores eleitos. Além disso, a memória dos eleitores em relação ao seu voto também foi um dos pontos aferidos na pesquisa.

Entre os dias 14 e 15 de junho mais de 600 pessoas de idade a partir de 16 anos e residentes do Recife foram entrevistadas e responderam a questionamentos ligados aos ocupantes da câmara municipal. 

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Dentre as perguntas, os entrevistados foram instados a responder se admiram a Câmara Municipal. Dentre as respostas, 79,7% deles assinalaram que não há admiração pelos vereadores. Do contrário, 19,2% deles afirmaram que há aprovação. Apenas 1,1% dos questionados não responderam. 

“A pesquisa mostra a falta de credibilidade da classe política. Isso mostra que a população não confia neles, refletindo em uma eleição diferenciada. Por ser uma eleição curta, enxuta – por conta do cenário econômico – isso pode favorecer, mesmo com a falta de confiança, àqueles vereadores de mandato, afinal, eles já têm como usar a máquina para ganhar voto. Vereador não ganha voto com sua imagem, ganha voto com a sua marca”, explica o cientista político Adriano Oliveira. 

Diante do panorama apresentado, o sentimento de mudar as peças de dentro da Câmara pode ter sido refletido nas respostas dadas à pergunta sobre se os eleitores pretendem votar nas próximas eleições. O sim foi a alternativa escolhida por 69,1% dos entrevistados, enquanto 21,6% informaram que não irão votar. O percentual de 9,3% dos entrevistados não respondeu. “Nesse caso, há a cultura da obrigatoriedade, mas também, se as pessoas estão dizendo que vão votar, não quer dizer que elas estão dispostas a mudarem, mas pode ser pela obrigação de votar”, pontua o cientista. 

Dentre essa parcela dos contrários à votação, 22,4% apontaram que não o farão por apontarem que os representantes não prestam; 17,2% apontam a descrença como fator; 15,7% pontuam que os representantes não trabalham. Outra parcela (13,4%) ainda alega que os vereadores são corruptos; outros não votam (7,5%); não confiam (4,5%); consideram que não haverá mudança (3%); apontam como irresponsáveis (1,5%) e outros motivos (2,2%) foram apontados, além de que 12,7% dos questionados não responderam.

Dos entrevistados, 55,5% falaram que os vereadores não contribuem para a melhoria da cidade. Enquanto 39% informaram que, sim, há influência positiva desses gestores. Por outro lado 5,5% deles não responderam. 

Se os vereadores devem receber salário foi um questionamento feito pelo IPMN em pesquisa. Dentre a população entrevistada, 56,8% apontaram que o cargo deve ser assalariado, por outro lado 39,5% apontaram que a remuneração não deve existir. Não apresentaram respostas, 3,7% dos questionados. “Essa resposta é uma surpresa, principalmente diante da crise política e da imagem deles. Me menor parcela, faz referência à crise econômica”, pontua. 

Eleição Municipal

A pesquisa também questionou sobre a população em relação à última eleição. Os dados mostraram que 47,4% dos entrevistados não lembram em quais vereadores votaram em 2012, enquanto 48,5% ainda conseguem afirmar para quem destinou o seu voto. Também houve 4,2% deles que não responderam ao questionamento. 

Em relação à eleição municipal em outubro de 2016, 17,5% das pessoas afirmaram que não irão votar, para qualquer cargo, enquanto 77,4% apontaram que irão às urnas. Não deram respostas 5,1% dos entrevistados. 

Os pontos de ônibus da cidade podem ser administrados e mantidos pela iniciativa privada ou cidadãos interessados. Tudo depende de um projeto de lei aprovado esta semana por uma das comissões da Câmara de Vereadores e que segue agora para votação em plenário. Se aprovada, a proposta permitirá que empresas ou pessoas físicas realizem a manutenção das paradas. O projeto intitulado “Adote um Ponto de Ônibus” prevê que a moeda de troca será a exploração de publicidade e propagandas nos espaços, previamente aprovados e estipulados pela prefeitura.

A proposta foi contestada pela Comissão de Constituição de Justiça, já que possivelmente gerará despesa sem prever a fonte dos recursos. Por outro lado, a Comissão de Desenvolvimento Urbano e Econômico se mostrou favorável, uma vez que a publicidade irá prover os recursos necessários para a manutenção, e, como a manutenção caberá a terceiros, não irá onerar os cofres públicos.

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Outro projeto analisado pela Comissão de Trânsito e pela Comissão de Desenvolvimento Urbano e Econômico da Câmara é a instalação de no-breaks (equipamentos que possuem baterias para manter em funcionamento dispositivos elétricos durante quedas de energia) em semáforos na cidade. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, somente a União, por meio do poder executivo, pode demandar algo desse tipo.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) considerou irregular a prestação de contas da Câmara Municipal de Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR), relativa ao exercício financeiro de 2013. Relatora do processo, a conselheira Teresa Duere apontou que houve desvio de finalidade no uso das verbas públicas, quando a Casa pagou, naquele ano, um total de R$ 556,9 mil com diárias e inscrições de parlamentares em eventos. 

De acordo com a relatora, o voto foi baseado em uma auditoria feita pelo TCE e o que chamou a atenção dos auditores é que os eventos, apesar de realizados fora de Pernambuco, eram organizados por empresas, sempre as mesmas, sediadas no Recife (CENTRALBRAC, IBRACAP, CETRAM, ABRASCAM, UVP e Instituto Capacitar). Apesar de se estender por uma semana, a programação dos congressos se resumia a uma palestra diária com duração de quatro horas; os outros dias eram dedicados a credenciamento, entrega de material e de certificados.

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O desvio de finalidade, segundo Teresa Duere, ficou caracterizado no uso das verbas públicas com intuito remuneratório, uma vez que as diárias representavam entre 25 e 30% da remuneração anual recebida por cada vereador.

"A liberação de vultosos recursos do erário municipal por meio da concessão de diárias para vereadores configura desvio de finalidade da verba pública, infringindo os princípios da legalidade, moralidade, economicidade e razoabilidade, que regem à Administração Pública, configurando irregularidade capaz, por si só, de provocar a rejeição das contas dos responsáveis e de ensejar a aplicação da multa máxima", diz o voto da conselheira.

O voto pela rejeição das contas foi aprovado por unanimidade na Primeira Câmara do TCE.   Por determinação do Tribunal os vereadores Antônio José Lima Valpassos e Iranildo Domício de Lima, que presidiram a Câmara em 2013, terão que pagar multa nos valores de R$ 34.770,00 e R$ 31.137,00 respectivamente. 

Após ver fracassadas duas tentativas de votação na Câmara Municipal para regulamentar aplicativos de transporte como o Uber, a gestão Fernando Haddad (PT) iniciou uma série de demissões de funcionários indicados por vereadores para ocupar cargos comissionados (sem concurso público) na Prefeitura. Ao todo, devem ser exoneradas 140 pessoas.

Nas edições do Diário Oficial da Cidade de sexta-feira, 6, e sábado, 7, o secretário municipal de Governo, Chico Macena, publicou a demissão de 86 servidores, a maioria indicada por parlamentares para trabalhar nas subprefeituras. O restante das exonerações será publicado ao longo desta semana por Haddad - parte será de comissionados da Subprefeitura da Mooca, onde trabalham servidores indicados pelo vereador Adilson Amadeu (PTB), principal opositor à Lei Uber.

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Amadeu nega que ainda tivesse indicados seus ocupando cargos no Executivo. Afirma que pretende representar contra o prefeito no Ministério Público Estadual (MPE), caso Haddad mantenha a proposta de regular o serviço por decreto.

Entre os vereadores que perderam espaço na gestão municipal estão Edir Sales (PSD), George Hato (PMDB), Noemi Nonato (PSB), Sandra Tadeu (DEM) e Conte Lopes (PP), que votaram a favor de projetos do Executivo, mas são apontados como integrantes do grupo que esvaziou as sessões que aprovariam a regulamentação da Uber, no dia 4. O projeto não foi à votação por falta de quórum no plenário da Câmara: o mínimo é de 28 presentes dos 55 eleitos.

Reeleição e CPIs

"Meu pai me ensinou que o que é acordado é o que está valendo, que palavra só existe uma. Fiquei muito surpresa com tudo isso e ainda vou decidir como reagir. Certamente vou agir para mostrar minha indignação diante desse gesto", disse uma vereadora. Os partidos desses parlamentares também não devem apoiar a candidatura à reeleição de Haddad, em outubro. PSD e PMDB têm candidatos próprios: Andrea Matarazzo e Marta Suplicy, respectivamente.

Oficialmente, a Prefeitura informou não ter ciência de razões específicas para demissões. Interlocutores do prefeito, entretanto, afirmam que a não votação da Lei Uber foi "a gota d’água" na relação com o Legislativo. Ele alega que a Câmara havia pedido para "protagonizar" a liberação do aplicativo, mas os vereadores se recusaram a votar o projeto.

Os servidores exonerados, ainda na versão da Prefeitura, haviam sido indicados por parlamentares que chegaram a fazer parte da base de Haddad, mas deixaram de votar com o prefeito e passaram a trabalhar para outros candidatos que devem disputar as próximas eleições.

Por se recusar a votar com o prefeito - e com o cenário das eleições e apoios políticos praticamente definidos -, esses parlamentares viram os acordos para a indicação de cargos serem rompidos. Agora, vereadores ouvidos pela reportagem, sob condição de anonimato, já divulgam as estratégias de retaliação: pretendem colher assinaturas para instalar uma série de CPIs contra a gestão Haddad, para tentar "constranger" o prefeito.

"Isso é uma declaração de guerra aos vereadores que votaram o tempo todo com o governo e agora estão retaliados porque seus partidos não apoiarão o prefeito. A base na Câmara acabou", disse um dos parlamentares. Uma das CPIs na mira dos parlamentares é a do Teatro Municipal e tem como alvo o secretário de Comunicação, Nunzio Briguglio, executivo da cota pessoal do prefeito, que nega relação com desvios na administração do Municipal.

Um dos efeitos colaterais do gesto foi expor um "racha" interno dentro do secretariado de Haddad. A execução das demissões teria sido de responsabilidade do secretário Macena, que agiu sem comunicar a ação ao secretário José Américo, titular da pasta de Relações Governamentais, encarregado de costurar a articulação com a Câmara.

Macena afirmou à reportagem que as demissões eram "técnicas", mas prometeu dar mais explicações nesta terça. Líder do governo na Câmara, Arselino Tatto (PT) afirmou que só hoje será possível medir a reação da Casa diante das demissões.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Vereadores de Valença, no sul fluminense, seus parentes e funcionários da Câmara receberam a vacina contra H1N1 antes dos grupos considerados mais vulneráveis - grávidas, crianças e pacientes renais. A vacinação ocorreu há uma semana, entre 16 e 17 horas, no Paço Municipal, sede do Legislativo. Na cidade, comenta-se que agentes de saúde chegaram a ir à casa de alguns parlamentares. A assessoria do prefeito Alvaro Cabral (PRB) negou que tenha partido da prefeitura a ordem para imunizar os vereadores e determinou a abertura de sindicância.

O vice-presidente da Câmara, Felipe Farias (PPS), confirmou a vacinação, mas procurou minimizá-la. "Estou no segundo mandato e isso sempre aconteceu. Todo ano o prefeito oferece vacinas para a Câmara."

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A campanha em Valença foi antecipada por causa das mortes ocorridas no Médio Paraíba - dos 17 óbitos por H1N1 no Estado, 8 foram na região. Entre as vítimas está Marcilene dos Santos Jardins, de 47 anos, moradora de Valença. Mais nove habitantes foram hospitalizados com a doença.

No dia 18, começaram a ser vacinadas crianças de até 5 anos, grávidas e doentes renais crônicos. No dia seguinte, houve a vacinação dos vereadores. Só depois a campanha foi estendida a idosos, profissionais de saúde, demais pacientes renais e mães de recém-nascidos de até 45 dias. O caso foi revelado pelo site do jornal O Globo.

A sindicância foi aberta pela prefeitura para investigar a quantidade de doses distribuídas, quem as recebeu e de quem partiu a ordem para vacinar vereadores e parentes.

Capital

Na segunda-feira, 25, começou a vacinação em todo o Estado para crianças, pacientes renais e grávidas. No município do Rio, onde já houve três mortes, a meta é vacinar 150 mil pessoas nesses primeiros dias e 1,2 milhão até o fim da campanha. "Se conseguirmos vacinar todo o grupo prioritário, conseguiremos evitar 1.500 internações", disse o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

Pela manhã, houve filas em muitos postos de saúde. Alguns esperaram desde as 6 horas, apesar de os postos só abrirem às 8 horas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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