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O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, saiu em defesa da manutenção dos vetos da presidente da República, Dilma Rousseff, que serão apreciados nesta quarta-feira, 2, no Congresso Nacional. Na quarta-feira (2), os parlamentares decidem sobre os vetos ao reajuste de servidores do Judiciário e a alternativa ao fator previdenciário. "Sustentar o veto da presidente é maneira de combater o desemprego e trazer tranquilidade", disse durante audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara.

No caso da regra alternativa ao fator previdenciário que foi vetada, ela permitiria se aposentar com o salário integral quem conseguisse atingir uma soma mínima de idade e tempo de contribuição. Para os homens, essa soma é 95 e, para as mulheres, 85. A presidente argumentou que essa medida seria prejudicial à Previdência Social. No caso do reajuste a servidores do Judiciário, a proposta era um aumento de 78,56%, o que, segundo a Presidência, traria impacto de R$ 25,7 bilhões nos próximos quatro anos.

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Levy ainda falou sobre o endividamento de Estados e municípios e afirmou que "deu um freio de arrumação" na liberação de empréstimos externos em função do dólar mais volátil. Hoje, depois de tocar a máxima de R$ 3,700 durante o dia, a moeda norte-americana fechou em alta de 1,60%, cotada a R$ 3,691, maior valor desde 13 de dezembro de 2002 (R$ 3,730). No entanto, ele não descartou que esses empréstimos voltem a ocorrer. "Temos a intenção de trazer liberação de empréstimos externos de volta à pauta e dar andamento ainda neste ano", disse.

A presidenta Dilma Rousseff vetou integralmente o Projeto de Lei nº 1.048 de 1991, que regulamenta a profissão de garçom. Entre outras determinações, o texto tornava obrigatório o pagamento de 10% de gorjeta para a categoria. O veto foi publicado sexta-feira (7) no Diário Oficial da União.

A decisão, segundo Dilma, foi tomada após ouvir os ministérios da Justiça, da Fazenda, do Planejamento, Orçamento e Gestão e do Trabalho e Emprego, além da Secretaria da Micro e Pequena Empresa e da Advocacia-Geral da União. Todos os órgãos se manifestaram favoráveis ao veto.

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“A Constituição Federal, em seu Artigo 5º, inciso XIII, assegura o livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, cabendo a imposição de restrições apenas quando houver a possibilidade de ocorrer dano à sociedade”, argumentou a presidenta na justificativa do veto.

A polêmica que cerca o aplicativo Uber acaba de chegar ao Recife. O Projeto de Lei (154/2015), da vereadora Isabella de Roldão (PDT), quer proibir o uso do serviço de caronas pagas na capital pernambucana. Hoje, a ferramenta que promove o contato entre passageiros e motoristas, funciona em 295 cidades, de 55 países em todo mundo.

Segundo a proposta, fica proibido o transporte remunerado de pessoas em veículos particulares cadastrados através de aplicativos para locais pré-estabelecidos na cidade do Recife. Se o projeto virar lei, os que descumprirem estarão sujeitos à multa no valor de R$ 1.700, apreensão do automóvel e demais sanções cabíveis. Em caso de reincidência, o valor a ser pago será aplicado em dobro.

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De acordo com a vereadora Isabella de Roldão, a regulamentação dos motoristas é uma forma de proteger os usuários do sistema. “Valorizo o trabalho dos taxistas e não podemos permitir que sejam prejudicados por uma concorrência desleal. Embora inegável, o valor de novas tecnologias no aprimoramento dos serviços, não se pode permitir o uso das mesmas quando em completo desacordo com a Lei Nacional vigente”, disse.

No Brasil, o serviço existe em quatro cidades, são elas o Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília. De acordo com a empresa responsável pelo aplicativo, ainda não há planos para operar no Recife. "Inovação é fundamental para o desenvolvimento das cidades e sabemos que ela enfrenta resistência. Acreditamos que é hora de um debate amplo sobre inovação e tecnologia podem ajudar a solucionar problemas como os de mobilidade nas grandes cidades", defendeu o Uber, em nota. 

A presidente Dilma Rousseff (PT) vetou a extensão da política de reajuste do salário mínimo a todos os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A correção do mínimo é calculada pela variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores mais a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Com o veto, os benefícios do INSS acima de um salário mínimo continuarão sendo reajustados somente pela variação do INPC.

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A proposta fazia parte da Medida Provisória 672, que prorroga até 2019 o atual cálculo de reajuste do salário mínimo, aprovada pelo Senado em junho. Dilma sancionou o texto parcialmente, com veto apenas à extensão do cálculo a todos os benefícios do INSS. O veto foi publicado nesta quinta-feira (30) no Diário Oficial da União. O texto voltará ao Congresso Nacional, que pode derrubar a decisão da presidente.

Na justificativa do veto, Dilma argumentou que a vinculação de todos os benefícios do INSS ao salário mínimo é inconstitucional. “Ao realizar vinculação entre os reajustes da política de valorização do salário mínimo e dos benefícios pagos pelo Regime Geral de Previdência Social – RGPS, as medidas violariam o disposto no Artigo 7º, inciso IV, da Constituição.”

Além disso, segundo Dilma, o veto não fere a garantia constitucional de que os benefícios não sejam inferiores a um salário mínimo.

De acordo com o Ministério da Previdência, a extensão das regras do mínimo para todos os aposentados e pensionistas teria impacto de R$ 9 bilhões nas contas da Previdência em 2015.

A presidente Dilma Roussef (PT) vetou integralmente, nesta quarta-feira (22), o Projeto de Lei 28/2015 que reajusta os salários dos servidores do Poder Judiciário em até 78,56%. A restrição, já adiantada nessa terça (21) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi publicada no Diário Oficial de União (DOU) de hoje. Na justificativa, a petista alega que vetou o texto “por inconstitucionalidade e contrariedade ao interesse público”.

“Sua aprovação geraria impacto financeiro de R$ 25,7 bilhões para os próximos quatro anos, ao fim dos quais passaria dos R$ 10 bilhões por exercício. Um impacto dessa magnitude é contrário aos esforços necessários para o equilíbrio fiscal na gestão de recursos públicos”, pontua a presidente. 

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O PL que promovia o reajuste foi aprovado em junho pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado. Caso a proposta fosse sencionada por Dilma, a categoria poderia receber um reajuste nos vencimentos entre 53% e 78,56%, dependendo da classe e do padrão do servidor. 

Com apenas 9% de aprovação conforme a recente pesquisa Ibope de avaliação de seu mandato, a presidente Dilma Rousseff está acuada diante de medidas de impacto popular aprovadas pelos parlamentares. Nos próximos dias, ela terá de decidir se veta essas "pautas-bomba" e, com isso, assume o risco de ver sua avaliação cair ainda mais, ou se incorpora à sua gestão um custo de pelo menos R$ 77,4 bilhões até 2018. A título de comparação, a conta dos parlamentares é maior do que a meta de economia que o País faz para pagar os juros da dívida em 2015, o chamado superávit primário, que é de R$ 66,3 bilhões.

O levantamento do jornal O Estado de S. Paulo refere-se apenas às propostas apreciadas pelo Legislativo que aguardam sanção ou veto de Dilma. O impacto fiscal das iniciativas legislativas tiveram como base dados do próprio governo ou, na sua falta, de uma entidade representativa do setor. O passivo pode ser ainda maior porque há outros projetos com custo econômico que devem ser votados pelo Congresso.

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A aprovação dessas medidas tem sido uma estratégia da base aliada, PT inclusive, para impor constrangimentos à presidente com o veto, uma vez que o ato indispõe o Executivo com os setores beneficiados com a aprovação. Por exemplo, o veto ao reajuste do Judiciário coloca contra ela servidores, enquanto o veto à extensão do cálculo do reajuste do salário mínimo às aposentadorias contraria os aposentados.

A proposta de maior impacto foi a emenda incluída pela Câmara e depois aprovada pelo Senado à Medida Provisória 670, que concede isenção de PIS e Cofins para o óleo diesel. A MP tratava originalmente do reajuste escalonado da tabela do Imposto de Renda, mas os deputados, à revelia do governo, incluíram a isenção no texto sob argumento de atender à demanda dos caminhoneiros e favorecer o agronegócio.

O impacto da isenção é de R$ 1,15 bilhão por mês ou R$ 13,8 bilhões por ano, conforme estimativa do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) baseada no atual preço e consumo do combustível. A se projetar que a proposta teria vigência de julho de 2015 até dezembro de 2018, o custo seria de R$ 48,3 bilhões. A Receita não dispõe de dados sobre o impacto dessa proposta. Na mesma MP 670, ainda há outra emenda com impacto não calculado, a que concede a professores e seus dependentes a possibilidade de deduzir pagamento de despesas com aquisição de livros. A presidente tem até o dia 29 para sua decisão.

O segundo maior custo para Dilma vetar é o do reajuste dos servidores do Judiciário, aprovado no Senado na semana passada. O Ministério do Planejamento calcula que a despesa será de R$ 25,7 bilhões para arcar com o aumento escalonado médio de 59,5% para a categoria entre 2015 a 2017. Os servidores contestam esse números.

Na quarta-feira à noite o governo sofreu nova derrota no Senado com a aprovação, na Medida Provisória 672, de uma emenda que estende a política de valorização do salário mínimo aos aposentados e pensionistas. Projeções feitas pelo Ministério da Previdência apontam para um impacto de cerca de R$ 3,4 bilhões entre 2016 e 2018. A presidente tem até 21 de julho para decidir se mantém ou derruba o texto do aumento dos servidores do Judiciário e a indexação dos benefícios da Previdência ao salário mínimo.

Para aumentar o desgaste, por outro lado, a oposição tem apoiado iniciativas na contramão da época em que era governo, como é o caso da flexibilização do fator previdenciário. A introdução da fórmula de aposentadoria 85/95 (soma da idade com o tempo de serviços para homens e mulheres) foi vetada por Dilma, que editou uma nova MP mantendo a fórmula, só que elevando progressivamente o valor da soma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), disse nesta quinta-feira (9) que o texto da medida provisória que prorrogou a política de valorização do salário mínimo está pronto para ser vetado no trecho que estende aos aposentados a mesma política de reajuste dos benefícios.

O texto original do Poder Executivo estabelecia apenas que o mínimo seria reajustado nos próximos quatro anos, seguindo a regra que já é adotada desde o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: a variação da inflação do ano anterior mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país) de dois anos antes.

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Durante votação do projeto na Câmara dos Deputados, foi aprovada emenda concedendo o mesmo reajuste aos aposentados, inclusive os que ganham mais de um salário mínimo. Segundo Delcídio, isso terá impacto muito grande nas contas da Previdência e não pode ser bancado pelo governo neste momento de ajuste fiscal.

“A medida provisória foi preparada com emendas de redação, de modo a possibilitar o veto. Da forma que está, o texto é inviável para a Previdência, porque coloca em risco a vida das pessoas que já se aposentaram. Com um déficit desse tamanho, não sustentamos as aposentadorias existentes. Imaginem as próximas.”

Segundo Delcídio, o projeto que retira a concessão de desonerações na folha de pagamento para empresas de diversos setores da economia deverá ser votado somente após o recesso legislativo. O projeto já foi aprovado na Câmara, mas só será apreciado pelos senadores a partir de agosto. “Será difícil votá-lo ainda neste mês. Muito possivelmente atravessará agosto. Com isso, poderemos melhorar o texto, se esse for o entendimento no Senado.”

Para Delcídio, o texto enviado pela Câmara dá tratamento diferenciado a quatro segmentos da economia, mas os senadores querem que todos sejam tratados da mesma forma. “Vamos discutir com as lideranças do Senado, a fim de avaliar se alteramos ou não o texto que veio da Câmara.”

A Constituição prevê que o Congresso entre em recesso no dia 18 deste mês e retorne no dia 2 agosto, mas somente após aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano seguinte. Como a LDO ainda não foi votada, o Senado entrará no chamado recesso branco, quando as sessões não são deliberativas. As votações ficam suspensas nesse período.

O plenário do Senado aprovou na noite dessa terça-feira (30) o projeto de lei da Câmara que estabelece reajuste escalonado, em média de 59,49%, para os servidores do Poder Judiciário. A proposta foi negociada pelo senador Walter Pinheiro (PT-BA) com o Executivo e o Judiciário, permitindo uma tramitação rápida, além do parecer favorável do relator, senador José Maranhão (PMDB-PB). Os servidores do Judiciário estão sem reajuste desde 2006 e vinham pressionando em busca de aumento salarial.

Pelo texto aprovado, o reajuste vai variar de 53% a 78,56%, a depender da classe e do padrão do servidor. O pagamento deverá ser feito em seis parcelas, entre julho deste ano e dezembro de 2017. A aplicação da proposta dependerá ainda de previsão nas próximas leis de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e os órgãos do Poder Judiciário deverão se comprometer em ajustar as contas, otimizando os processos na área administrativa e reduzindo os gastos com funções de confiança.

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A aprovação foi por unanimidade, mas, apesar disso, o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), anunciou que o projeto será vetado pela presidente Dilma Rousseff devido aos impactos financeiros sobre as contas públicas.

Mais cedo, o senador apresentou um requerimento para adiar a votação, de modo que o governo tivesse mais tempo para negociar com os servidores do Judiciário. O requerimento foi acompanhado por ofícios do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowiski, e do ministro interino do Planejamento, Dyogo Henrique de Oliveira, solicitando o adiamento da votação. No entanto, todos os partidos votaram contra o adiamento e o projeto foi colocado em votação.

A presidente Dilma Rousseff vetou na noite desta quarta-feira, 17, oficialmente, o Projeto de Lei de Conversão 4/2015 aprovado pelo Congresso a respeito do fator previdenciário. Em nota, o Planalto informa, entretanto, que será editada Medida Provisória que assegura a regra de 85 pontos (idade+tempo de contribuição para mulheres) 95 pontos (idade+tempo de contribuição para homens), que fora aprovada pelo Congresso Nacional. "Ao mesmo tempo, introduz a regra da progressividade, baseada na mudança de expectativa de vida e ao fazê-lo visa garantir a sustentabilidade da Previdência Social", cita a nota. A decisão pelo veto já era esperada.

O vice-presidente Michel Temer, disse nessa quarta-feira (27) que a presidente Dilma Rousseff ainda não se manifestou se vai vetar ou não a alteração das regras do fator previdenciário aprovada pelo Senado, mas ressaltou que a decisão será tomada sob o foco “econômico e político”. Os senadores aprovaram a Medida Provisória (MP) 664, que altera a forma de concessão de benefícios previdenciários e estabelece novo cálculo para a concessão de aposentadoria.

De acordo com Temer, a presidente “jamais disse uma palavra” sobre o assunto, se vetaria a emenda incluída na Câmara, ou não. “A presidenta terá 15 dias ainda para examinar essa questão”, disse Temer, em referência ao prazo legal que o presidente da República tem para sancionar uma matéria aprovada pelo Congresso Nacional. “Esta é uma questão econômica e política", e a presidenta certamente examinará sob esses prismas, acrescentou.

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Temer disse concordar com a posição dos ministros da Previdência, Carlos Gabas, e do Planejamento, Nelson Barbosa, que a medida aprovada inviabiliza a Previdência no longo prazo, mas lembrou que o governo tem a preocupação de equacionar o fator previdenciário “de uma maneira que não crie problemas naturalmente para o governo, mas que não crie problemas para os aposentados”.

Pelo texto aprovado, fica valendo a chamada regra do 85/95. A alteração estabelece que o trabalhador receberá seus proventos integrais, quando, no cálculo da aposentadoria, a soma da idade com o tempo de contribuição for 85 para mulher e 95 para homem. Enquanto o prazo corre, Michel Temer disse que já está em andamento a comissão escalada para firmar uma posição de governo e apresentá-la no Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência Social, que ainda será instalado.

“Em breve tempo, acho que haverá uma solução para o fator. A comissão está trabalhando ativamente e rapidamente. É uma revelação da preocupação do governo com o fator e especialmente com os aposentados”, declarou o presidente. Apesar da perspectiva de celeridade, ele não sabe se será possível uma solução nos 15 dias de prazo para sanção presidencial.

Michel Temer fez avaliação “positiva” da aprovação da MP no Senado, já que ela faz parte do ajuste fiscal que o governo busca promover nas contas públicas. “Eu tenho dito com muita frequência, embora com muita cautela, que as reuniões que temos feito com os líderes da Câmara e do Senado têm revelado apoio incondicional às teses do governo. Hoje, o Senado deu mais uma demonstração de apoio ao governo, de apoio às medidas necessárias ao Brasil para termos uma economia cada vez mais saudável”, ressaltou.

Desde abril, o vice-presidente assumiu a articulação política do governo, acumulando o comando da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência (SRI). Questionado por jornalistas se a posição contrária às medidas dos senadores petistas Paulo Paim (RS) e Lindbergh Farias (RJ) chegou a assustar o governo, Temer afirmou que as distensões em partidos políticos é uma coisa natural. “A divergência só é grave, digamos assim, quando ela impõe uma derrota às teses do governo", que governa muito com o apoio do Congresso Nacional. "É claro que não há unanimidade. Mas se tem a maioria, é o suficiente para prosseguir”, destacou.

 

O deputado federal Daniel Coelho (PSDB) criticou duramente o veto presidencial de Dilma Rousseff (PT) em relação ao fim do sigilo das operações do BNDES. Em nota, o parlamentar disse que se surpreendeu com a atitude da petista.

“Após apresentar um vasto pacote de maldades com as recentes medidas provisórias retirando direitos de trabalhadores, viúvas e pensionistas, eis que a presidente da República nos surpreende mais uma vez, agora vetando o fim do sigilo das operações do BNDES”, destacou o tucano.

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Segundo Daniel Coelho, a postura de Dilma é inadmissível. “É inaceitável que nos dias de hoje, num momento de ajustes e com a economia em crise, a chefe do Poder Executivo seja contrária a uma medida que pretende dar mais transparência no que se refere ao uso do dinheiro público”, disparou.

Para o tucano a alternativa agora é esperar uma postura contrária do Congresso Nacional, em relação ao veto da petista. “Esperamos que o Congresso tome a medida correta, que atenda os interesses da sociedade já tão insatisfeita com as recentes atitudes do governo federal, e derrube este veto autoritário, que nos faz questionar porque razão a presidente não quer dar transparência às operações realizadas pelo BNDES. Se tudo é feito de maneira correta, o que há para esconder? Vamos aguardar e esperar, repito, que o veto seja derrubado e a sociedade tenha acesso às informações que lhe são de direito”, questionou o deputado. 

A nova Lei Geral das Antenas, aprovada em 25 de março pelo Senado (PLS 293/2012), foi sancionada com vetos pela presidente Dilma Rousseff e publicada nesta quarta-feira (22) no Diário Oficial da União. A norma unifica regras para instalação e compartilhamento de torres e de infraestrutura, além de dar mais rapidez aos processos de autorização para as empresas de telecomunicações, atendendo reivindicações antigas do setor.

De autoria do ex-senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), o projeto que resultou na Lei Geral das Antenas foi aprovado em novembro do ano passado na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), onde foi relatado pelo senador Walter Pinheiro (PT-BA).

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Ele lembra que, na prática, a proposta regulamenta normas gerais para implantação e compartilhamento da infraestrutura de telecomunicações nos estados e municípios. “Atualmente, cada um tem a sua própria regra para a instalação das antenas. O objeto central da nova legislação é facilitar a instalação, o acesso e a construção de redes de infraestrutura para promover a banda larga e o atendimento ao cidadão no Brasil”, ressaltou Pinheiro.

Para simplificar a solicitação de licenças, por exemplo, a lei determina que a operadora deve enviar requerimento a um único órgão administrativo em cada ente federado. O prazo máximo para decisão, de 60 dias, será contado simultaneamente nos casos em que houver exigência de deliberação de mais de um órgão.

Além disso, novas antenas devem ser planejadas para permitir seu compartilhamento pelo maior número possível de prestadoras, sempre observando a preservação do patrimônio urbanístico, histórico, cultural, turístico e paisagístico.

Um dos pontos vetados por Dilma dava à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) o poder de conceder autorização à prestadora de serviço que não conseguisse emissão de licença para instalação de torres em área urbana no prazo máximo de 60 dias.

Outro veto atinge os artigos 21, 22 e 23, que tratam da capacidade das estações. Segundo eles, os chamados limiares de acionamento, responsáveis por indicar a necessidade de expansão da rede para prestação dos serviços, serão estabelecidos em regulamentação específica.

A presidente também não concordou com o inciso III do artigo 4º. O comando reconhece que a oferta de serviços de telecomunicações requer constante ampliação da cobertura e da capacidade das redes, o que exige a instalação ou substituição frequente de equipamentos, cabendo ao governo os investimentos para tornar o processo ágil e de baixo custo para empresas e usuários.

A presidente afirmou que tal comando permitiria o entendimento de que o Poder Público seria responsável por arcar com os investimentos que são de responsabilidade das empresas, invertendo a lógica regulatória de investimentos privados aplicada ao setor.

Com informações da Agência Senado

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), comemorou, no fim da noite desta quarta-feira (11), a vitória da base governista pela manutenção do veto da presidenta Dilma Rousseff à proposta que previa a correção linear da tabela do Imposto de Renda (IR) em 6,5%. Segundo o senador, o resultado foi fruto de um entendimento entre Dilma, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e os líderes da base aliada no Congresso Nacional.

O acordo com a base levou o governo a encaminhar uma nova Medida Provisória (MP) que escalona a correção da tabela do IR entre 4,5% e 6,5%, oferecendo reajuste maior para quem ganha menos e reajuste menor para quem ganha mais. “É uma política mais equilibrada, mais distributiva. Foi uma vitória para o país. Adotamos uma política que beneficia os brasileiros que mais precisam. Fizemos um esforço para que possamos recuperar o crescimento econômico com igualdade social”, afirmou, através da assessoria de imprensa.

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Para o senador, houve um diálogo elevado entre o Governo e o Congresso, com apresentação de propostas e contrapropostas. “O simbolismo do entendimento é a coisa mais importante que conseguimos construir com essa medida”, acredita.

O parlamentar avalia que essa boa relação fortalece os poderes da República e beneficia o cidadão. “Inaugura-se, neste momento, algo que pode se tornar praxe entre Executivo e Legislativo. O Governo teve a prova de que o diálogo com os senadores e deputados é o melhor caminho para o Brasil”, destacou. 

Em seu discurso na sessão do Congresso, o líder do PT ainda criticou o comportamento da oposição, que pediu a derrubada do veto alegando proteger a classe trabalhadora. “Que autoridade política tem essa oposição para cobrar isso? Em oito anos de Governos do PSDB, sabe quanto de correção foi dado ao Imposto de Renda? Zero, nada", disse Humberto. 

“Estamos dando ao povo brasileiro mais humilde e mais pobre, num momento de crise, os menores efeitos possíveis desse ajuste fiscal. Essa oposição que se diz defensora dos contribuintes precisa responder aqui porque passou anos sem corrigir a tabela do imposto de renda, mesmo com inflação alta”, ressaltou. 

O senador ressaltou que foi durante o governo do ex-presidente Lula que os trabalhadores do país foram contemplados com uma política de valorização permanente de salários e benefícios. "Foi Lula quem instituiu a obrigatoriedade dos reajustes anuais na tabela do Imposto de Renda para que os trabalhadores não sofressem o efeito negativo da inflação sobre o imposto pago", lembra. 

Agora, com a manutenção dos vetos, os parlamentares irão analisar uma nova medida provisória encaminhada por Dilma que escalona a correção do imposto de renda em 6,5%, 5,5%, 5% e 4,5%, de acordo com a faixa salarial. Quanto menor a faixa, maior a correção.

A medida não vale para as declarações de Imposto de Renda feitas neste ano, mas apenas para as prestações de contas que serão realizadas em 2016. Por esse modelo, a faixa de isenção será elevada de R$ 1.787,77 para R$ 1.903,98

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apurou os casos de violações de direitos humanos e abusos em universidades paulistas quer criar um cadastro de antecedentes para proibir que alunos envolvidos em trotes participem de concurso público. A comissão também vai encaminhar moção ao Congresso Nacional, pedindo a classificação dos trotes como crime de tortura no Código Penal.

Essas propostas estão no relatório final, aprovado ontem, na Assembleia Legislativa de São Paulo. O primeiro projeto da CPI propõe alterar o texto da Lei estadual 10.454/1999, que proíbe o trote em todo o Estado. O texto teria um parágrafo acrescido, que cria o Cadastro de Antecedentes Universitários do Estado de São Paulo, com dados a respeito do comportamento dos alunos das instituições públicas e privadas e registro de participação em trotes. O estudante ficaria com o nome "sujo" por 10 anos, sendo proibido de participar de concursos e processos seletivos.

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O outro projeto proíbe o patrocínio de eventos estudantis por empresa fabricante de bebida alcoólica. A empresa infratora seria obrigada a pagar multa de R$ 10 mil, com possível cassação de inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS.

A CPI pede responsabilização civil, penal e administrativa aos diretores de Centros Acadêmicos e Associações Atléticas que tenham denúncias de violações aos direitos humanos. O deputado estadual Adriano Diogo (PT), que presidiu a CPI e deixa a Casa na próxima semana (ele não foi reeleito), diz que agora a responsabilidade é do Ministério Público Estadual, que já abriu inquérito para apurar os casos denunciados.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Senadores republicanos não conseguiram derrubar o veto do presidente Barack Obama ao projeto que permitiria a construção do oleoduto Keystone XL, aprovado pelo Congresso na semana passada.

Por um placar de 37 votos a favor da manutenção do veto e 62 contra, a medida presidencial foi mantida. Eram necessários 67 votos, ou dois terços da casa, para recolocar nos trilhos o projeto que autorizaria a empresa canadense Transcanada a construir o Keystone, um projeto de 1.897,4 quilômetros de dutos que ligariam a produção de petróleo de areias petrolíferas (tar sands) do Canadá às refinarias do Golfo do México. Os dutos teriam capacidade de transportar cerca de 830 mil barris de petróleo por dia.

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O veto, entretanto, está ligado ao projeto de lei, e não ao oleoduto. O executivo ainda pode autorizar sua construção. A Casa Branca, entretanto, quer esperar a conclusão de um relatório do Departamento de Estado, que está sendo elaborado há mais de seis anos.

Em mensagem enviada a Congresso na semana passada, Obama afirmou que ainda espera a entrega do relatório do Departamento do Estado. Ele também criticou a atitude do Congresso, afirmando que a tentativa "entra em conflito com os procedimentos estabelecidos do Executivo, e tenta contornar discussões que são de interesse nacional, como a segurança e o meio ambiente". Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), informou, na tarde desta segunda-feira (23), que o veto presidencial ao reajuste de 6,5% da tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) não entrará na pauta da sessão do Congresso Nacional, marcada para amanhã. Segundo Cunha, ainda não venceu o prazo regimental de 30 dias para que o veto seja apreciado. "Ainda não está trancando a pauta", justificou.

O peemedebista explicou que conversou com o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e que o assunto provavelmente entrará na pauta de votação da próxima semana. Ele lembrou que só após a votação do veto sobre a correção da tabela do IR será possível votar o Orçamento de 2015. Ele negou que o governo tenha pedido para retirar o assunto de pauta. "Não foi nenhuma articulação nem contra e nem a favor", insistiu.

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Cunha teve um almoço hoje com o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, mas disse que não ouviu nenhum pedido específico do governo para a Câmara. O presidente da Casa revelou que a conversa girou em torno de temas como ajuste fiscal e as comissões que pretende criar para discutir o pacto federativo e a lei de licitações.

Sobre as Medidas Provisórias que tratam do ajuste fiscal, Cunha lembrou que as comissões que debaterão preliminarmente as medidas ainda não foram criadas e que caberá ao governo articular com a base para evitar que as emendas descaracterizem a proposta do Executivo.

O presidente anunciou também que deve trazer os ministros à Câmara só a partir da quinta-feira da próxima semana. Embora, de acordo com Cunha, os ministros estejam se colocando à disposição para comparecer, ele preferiu começar a rodada de visitas com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, que é de seu partido. "Ao contrário do que vocês achavam, eles estão achando ótimo", declarou.

Venezuela

Cunha voltou a condenar a prisão do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma. Para deputado, que já havia comentado o assunto em sua conta no Twitter, a situação no país vizinho é "absurda" e "estranha". "Ficar prendendo oposicionista ninguém pode aplaudir. Não me parece que ele tenha praticado nenhum crime que permitisse essa prisão, parece mais 'forçação' de barra", comentou.

Com a popularidade em baixa e diante da conflagração de sua base de sustentação no Legislativo, a presidente Dilma Rousseff retorna nesta quarta-feira (18) da Base Naval de Aratu, na Bahia - onde passou o feriado de carnaval -, em busca de uma estratégia para tentar reverter a agenda negativa que ameaça ser agravada com novas derrotas políticas nos próximos dias.

O primeiro embate do Palácio do Planalto deve ocorrer na próxima terça-feira (24) quando deputados e senadores se reúnem em sessão do Congresso. Na pauta, está prevista a análise de vetos presidenciais e a votação do Orçamento de 2015. Dos vetos, o que de fato acende o alerta no governo é o que reajusta em 6,5% a tabela do Imposto de Renda para a pessoa física. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou na semana passada, após reunião com sindicalistas, que esse veto seria apreciado nessa sessão.

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O índice foi aprovado por deputados e referendado por senadores em dezembro, menos de dois meses após Dilma conquistar a reeleição, derrotando o candidato do PSDB, Aécio Neves, no 2 º turno da eleição presidencial. A aprovação do reajuste da tabela do imposto foi um sinal de descontentamento da base aliada com os rumos que a montagem da equipe do segundo mandato tomava.

Preocupado com o impacto nas contas públicas que o índice vai acarretar em um ano de ajuste fiscal, o Palácio do Planalto trabalha para evitar a anulação do veto em troca de uma correção menor, de 4,5%. Mas mesmo os aliados da petista são céticos em relação à possibilidade de sucesso.

Até lá, há duas estratégias em curso. A primeira é que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre de fato em campo em Brasília para liderar a rearticulação da base aliada. Na agenda, encontros com integrantes do PT e do PMDB. Sua ida a Brasília estava prevista para a quinta-feira, 19, mas ainda não estava confirmada.

Uma segunda estratégia é apostar no adiamento da sessão, contando, para tanto, com o apoio da própria base. Isso porque o relator do Orçamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR), deu prazo até segunda-feira, 23, para que novos parlamentares apresentassem suas emendas individuais. O prazo pode inviabilizar no dia seguinte a votação da lei orçamentária, o que demandaria o adiamento da sessão.

Em outra frente, a presidente precisa acelerar as negociações com o Congresso para evitar o "afrouxamento" do pacote da equipe econômica que endureceu o acesso a benefícios trabalhistas, como o seguro-desemprego e o abono salarial. Aliados, inclusive do PT, apresentaram centenas de emendas às duas medidas provisórias que tratam do tema propondo alterações menos duras.

Também na terça, os líderes da base na Câmara se reúnem em almoço com os ministros Nelson Barbosa (Planejamento), Pepe Vargas (Relações Institucionais), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Manoel Dias (Trabalho) e Carlos Gabas (Previdência). No encontro, eles argumentarão que a essência do pacote é corrigir distorções e preservar benefícios sociais, mas internamente o governo já admite ceder em alguns pontos, como o tempo de carência exigido para o pagamento do seguro-desemprego.

Diálogo

Diante da crise política que se instalou em Brasília, com a base "rachada" e o PT isolado de postos estratégicos na Câmara, Dilma quer sinalizar mais uma vez que está disposta ao diálogo. O líder do governo na Casa, deputado José Guimarães (PT-CE), procurou as lideranças partidárias nos últimos dias para comunicar que a presidente pretende realizar encontros mensais com eles.

O aceno, no entanto, é visto com ressalvas no Congresso, já que a petista prometeu estabelecer um calendário regular de encontros com os parlamentares em ocasiões anteriores, mas abandonou a ideia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (13) emendas que anulam o novo programa de imigração do presidente Barack Obama, anunciadas em novembro do ano passado. O projeto precisa passar agora pelo Senado.

Os vetos foram aprovados como emendas a um projeto que trata do orçamento do Departamento de Segurança Interna dos EUA. Ele passou por 237 votos favoráveis e 190 contra.

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O movimento é um reflexo do fortalecimento dos republicanos, que se tornaram maioria nas duas casas na última eleição. O partido se opõe fortemente às políticas de imigração de Obama, que regulariza provisoriamente a situação de cerca de 4 milhões de imigrantes ilegais.

Eles também derrotaram o projeto que dá estende a permanência de cerca de 600 mil imigrantes ilegais que chegaram ao país quando crianças. Os republicanos afirmam que os decretos de Obama eram inconstitucionais.

Os republicanos da Câmara acreditam que o Senado pode rejeitar essa manobra e possivelmente obrigá-los a aprovar o projeto sem as emendas relacionadas à imigração. Mesmo que seja aprovada na segunda casa, Obama deve vetar a lei.

A relutância do Senado em aprovar as emendas de imigração acontece porque elas pegaram "carona" justamente no projeto que trata do orçamento do Departamento de Segurança Interna, que ganhou importância renovada depois dos atentados à Paris, na semana passada. A pasta ficará sem dinheiro à partir do final de fevereiro. Fonte: Associated Press.

A presidente Dilma Rousseff vetou, integralmente, o Projeto de Lei 7.082/2010, que reduz a contribuição social do empregador e do empregado doméstico ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Para rejeitar a proposta, Dilma alegou "contrariedade ao interesse público" e "impacto negativo" nas contas do governo em cerca de R$ 600 milhões por ano, "não condizente com o momento econômico atual".

A proposta, aprovada pelo Congresso na primeira quinzena de novembro, criaria uma alíquota única de 6% sobre o salário para a contribuição social recolhida por empregador e pelo trabalhador. A legislação atual prevê alíquotas que variam entre 8%, 9% e 11% de recolhimento pelo funcionário doméstico. Já a contribuição devida pelo patrão é de 12% do salário do empregado.

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Na justificativa do veto, Dilma destaca que o projeto é anterior à Emenda das Domésticas. "O Projeto de Lei foi proposto anteriormente à promulgação da Emenda Constitucional nº 72, de 2 de abril de 2013, cuja regulamentação legal, de forma integral e mais adequada, encontra-se em tramitação no Congresso Nacional", cita na mensagem com a razão do veto, publicada no Diário Oficial da União (DOU).

A derrubada do veto ao projeto de lei complementar que regulamenta a criação de novas cidades é esperado para os próximos dias e pode permitir, de acordo com parlamentares, a criação de mais 180 municípios. Eles se reuniram, nesta terça-feira (18), para discutir o assunto durante um seminário realizado pela Comissão de Integração Nacional. A perspectiva de que o veto de Dilma Rousseff seja derrubado nos próximos dias é do presidente da Comissão de Integração Nacional, deputado Domingos Neto (Pros-CE). Quando vetou o projeto, a presidente argumentou de que haveria elevação de custos, o que é contestado pelo deputado.

“Nós já fizemos diversos cálculos para mostrar que a matemática fecha. Esse custo de novos municípios é facilmente diluído quando você coloca dentro do bolo nacional e também quando você retira a nova cidade enquanto despesa corrente do município-mãe”, afirmou. 

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O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CMN), Paulo Ziulkoski, disse que existem 807 pedidos de criação de municípios nas assembleias legislativas do País. No entanto, segundo o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), como o projeto é restritivo, o número ficaria em torno de 180 novos municípios.

Presidente da CMN, Ziulkoski defendeu a derrubada do veto porque, segundo ele, os 1.530 municípios criados após 1988 tiveram melhora de seus indicadores sociais. Ele afirmou, porém, que "é preciso restringir os gastos com os gabinetes dos prefeitos e com as câmaras municipais". Se o veto cair, cada assembleia estadual terá que fazer uma lei sobre o assunto e a decisão final caberá a um plebiscito com os habitantes das regiões envolvidas.

O Brasil tem hoje 5.570 municípios, sendo que Minas Gerais lidera a contagem com 853 cidades. A menor delas, Serra da Saudade, tem apenas 825 habitantes e é a menor do país. Segundo levantamento do movimento Emancipa Brasil, 3.025 municípios atuais não teriam sido sequer criados se o projeto vetado estivesse vigorando na data das respectivas emancipações.

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