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Marcelle Decothé da Silva, assessora especial de assuntos estratégicos do Ministério da Igualdade Racial, foi demitida da pasta nesta terça-feira, 26. No domingo, 24, enquanto acompanhava a ministra Anielle Franco em uma agenda oficial, ela debochou e ofendeu a torcida do São Paulo Futebol Clube.

"Torcida branca, que não canta, descendente de europeu safade... pior de tudo pauliste", escreveu a assessora nas redes sociais, usando adjetivos em linguagem neutra. As declarações repercutiram mal e a ministra telefonou para os presidentes do São Paulo e da torcida Independente para pedir desculpas. A Independente pediu a demissão da assessora.

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Em nota, a pasta disse que "as manifestações públicas da servidora em suas redes estão em evidente desacordo com as políticas e objetivos do ministério" e que a demissão de Decothé foi para "evitar que atitudes não alinhadas a esse propósito interfiram no cumprimento de nossa missão institucional". Ela ocupava o cargo de chefe da assessoria especial do Ministério. Leia a íntegra da nota no final deste texto.

Um comitê interno foi criado para investigar a conduta de Decothé e das demais assessoras da pasta. "Recém-instalado pelo Ministério, o Comitê de Integridade, Transparência, Ética e Responsabilização - instância interna de debate e sobre situações que envolvam temas de transparência, integridade pública, ética e questões disciplinares de caráter abrangente - vai investigar o caso", diz a nota que anuncia a demissão da assessora.

Além dela, outras funcionárias do Ministério apareceram em publicações debochando da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), como mostrou o Estadão. "30 segundos de diálogo com a CBF, já viraram patriotas. Prontas pro cancelamento", escreveu a assessora demitida nas redes.

Ela também apareceu em stories de outra assessora, Luna Costa, abrindo uma camiseta do Flamengo no meio da torcida são-paulina e correndo com uma pasta com o timbre do governo federal. Dentro, estava o documento que a ministra assinou com a CBF.

"Realidade = derrota do Flamengo + saindo andando com o protocolo de intenções do Gov Federal na mão + tentando achar transporte + gás lacrimogêneo + olho e boca ardendo", escreveu Costa na imagem em que Decothé aparece com a pasta de documentos.

Parlamentares de oposição foram ao Ministério Público pedir que a entidade abra uma investigação criminal contra Decothé. Kim Kataguiri (União Brasil-SP) e Paulo Bilynskyj (PL-SP) acusam a agora ex-assessora de ter cometido o crime de discriminação, que pode ser punido com um a três anos de reclusão.

Entenda o caso

No domingo, 24, Anielle Franco e um grupo de assessoras viajou a São Paulo usando um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para irem ao jogo da final da Copa do Brasil, no estádio do Morumbi, na capital paulista. O uso da aeronave colocou a ministra no centro de críticas por causa do alto custo da viagem, que pode ser até 70 vezes maior do que o de um voo comercial.

No evento, a ministra assinou um protocolo de ações antirracistas com a CBF. O ministro do Direitos Humanos, Silvio Almeida, também participou da cerimônia, mas foi a São Paulo em um voo comercial.

Franco disse que as críticas "configuraram violência política de gênero e raça, na tentativa de impedir o nosso trabalho". A ministra também argumentou que "não são ataques a este ministério ou a mim, mas ao povo brasileiro".

Na segunda-feira, 25, começaram a repercutir as publicações das assessoras da pasta. As primeiras imagens publicadas por elas nas redes sociais debochando da torcida são-paulina e da CBF foram exibidas pelo Estadão. Usuários do X (antigo Twitter) subiram a hashtag (símbolo que reúne publicações sobre o mesmo assunto) #ForaAnielleFranco por causa do episódio. Até o final desta terça, ela reunia 18,2 mil publicações.

Leia a íntegra da nota do Ministério da Igualdade Racial:

O Ministério da Igualdade Racial reafirma seu compromisso inegociável com a promoção de direitos e com a igualdade étnico-racial, a partir de princípios como a transparência e o cuidado.

Com nove meses de atual gestão e um legado de luta de muitas e muitos que constroem as políticas de enfrentamento ao racismo no país, reerguemos a agenda de ações afirmativas e colocamos em prática medidas fundamentais de inclusão e valorização da população negra.

Esta é uma luta que se configura como compromisso de governo e política de Estado, por isso seguiremos realizando as transformações sociais que a sociedade brasileira e os povos negros, quilombolas e ciganos almejam, prezando pela boa conduta dos servidores do nosso quadro.

De acordo com esses princípios, e para evitar que atitudes não alinhadas a esse propósito interfiram no cumprimento de nossa missão institucional, informamos que Marcelle Decothé da Silva foi exonerada do cargo de Chefe da Assessoria Especial deste Ministério na data de hoje.

As manifestações públicas da servidora em suas redes estão em evidente desacordo com as políticas e objetivos do MIR.

Recém-instalado pelo Ministério, o Comitê de Integridade, Transparência, Ética e Responsabilização - instância interna de debate e deliberação sobre situações que envolvam temas de transparência, integridade pública, ética e questões disciplinares de caráter abrangente - vai investigar o caso e atuar para prevenir ocorrências que contrariem os princípios norteadores da missão do Ministério.

Durante entrevista para a TV Globo, o novo presidente do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), Guilherme Gastaldello Pinheiro Serrano, não respondeu a uma pergunta sobre o aumento no volume de trabalho e diminuição no quadro servidores após ser interrompido pela assessora.

A mulher que encerrou a entrevista alegou que a agenda do presidente do INSS estava cheia, não deixando que ele respondesse à pergunta da repórter Mônica Carvalho.

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Guilherme assumiu a presidência do INSS em 7 de abril deste ano, substituindo José Carlos Oliveira, nomeado Ministro do Trabalho e Previdência no lugar de Onyx Lorenzoni (PL), que vai disputar o governo do Rio Grande do Sul.

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Nesta quarta-feira (29), a Polícia Civil do Ceará indiciou o cantor Wesley Safadão, sua esposa Thyane Dantas e mais seis pessoas pelos crimes de peculato e por infração a determinação do poder público, cujas penas somadas podem chegar a treze anos de prisão.

O inquérito da polícia investigava a vacinação irregular dessas pessoas em um shopping no bairro do Jóquei Club, em Fortaleza, Ceará, no dia oito de julho deste ano. Na época, o calendário municipal de vacinação da cidade previa a aplicação da vacina contra a Covid-19 apenas em pessoas com 32 anos ou mais - Thyane tinha 30 anos e não poderia ser vacinada.

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Já Wesley e a sua assessora, que foi indiciada apenas por infração de medida sanitária, estavam agendados para receberem a imunização no mesmo dia, no Centro de Eventos do Ceará, mas foram para outro posto de vacinação em um shopping. A polícia investiga se eles procuraram outro local a fim de escolher o tipo da vacina que estava sendo aplicada.

As investigações indicaram que três servidores públicos da Secretaria de Saúde de Fortaleza foram os responsáveis pela vacinação de Thyane, Wesley e da assessora de Safadão, contando ainda com o apoio e as participações de outras duas pessoas que não atuavam na administração pública.

A Polícia Civil afirma que os servidores agiram de maneira voluntária e deliberada, sem qualquer autorização ou conivência da Secretaria de Saúde municipal. 

O delegado responsável pelas investigações aponta que a vacinação de Wesley e das mulheres decorreu de um ajuste prévio entre eles e de uma pessoa próxima do cantor que possuía contato com os três servidores públicos. Por isso, a polícia descartou a hipótese de coincidência ou falha do sistema.

Ainda não existem provas de que houve alguma vantagem financeira entre as partes envolvidas. O inquérito policial foi enviado ao Poder Judiciário nesta quarta (29), onde segue para apreciação.

Kellyanne Conway, assessora durante muitos anos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conhecida pelos embates com os jornalistas, anunciou que vai deixar a Casa Branca para se dedicar à família.

Conway, 53 anos, está ao lado de Trump desde o primeiro dia e coordenou a campanha de 2016 que levou o republicano ao Salão Oval. 

Mas os últimos quatro anos de lealdade a Trump tiveram consequência. Seu marido, George Conway, advogado famoso de Washington e um dos críticos mais ferrenhos de Trump no Twitter, questionou diversas vezes a aptidão mental do presidente para o cargo.

A filha de 15 anos do casal, Claudia, escreveu no sábado no Twitter que estava "devastada" porque sua mãe participaria na Convenção Republicana. A adolescente prometeu buscar a emancipação legal "devido a anos de trauma e abuso infantil".

Menos de 24 horas depois, Kellyanne Conway publicou um comunicado no Twitter que termina com a frase: "A partir de agora, e para meus queridos filhos, será menos drama, mais mamãe".

Conway informou que pretende deixar o cargo até o fim do mês e que o marido George também fará algumas mudanças. "Não concordamos sobre muitas coisas, mas estamos unidos no que mais importa: as crianças", escreveu.

Conway se tornou famosa por discutir com a imprensa, geralmente ao encontrar uma maneira de mudar o tema, devolver a pergunta ao jornalista ou simplesmente protestar.

E tudo isso com um senso de moda extravagante: um dia com um vestido estampado de pele de cobra e no dia seguinte com um vermelho brilhante. Conway, advogada de formação, afirmou que a decisão de sair da Casa Branca partiu dela.

"Esta é minha decisão e minha voz. Com o tempo, anunciarei meus planos".

O Ministério Público do Rio identificou que Luiza Souza Paes, ex-assessora de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio, só compareceu ao Palácio Tiradentes em três ocasiões - e apenas para assinar o ponto. Dentro do período ao qual os investigadores tiveram acesso ao dados de seu telefone celular, entre 2014 e 2017, ela esteve nomeada por 792 dias.

O caso de Luiza ajuda a ilustrar o que a Promotoria afirma ser um amplo esquema de funcionários fantasmas empregados no antigo gabinete do filho do presidente Jair Bolsonaro, hoje senador. Esses servidores repassariam o dinheiro de seus salários por meio da "rachadinha".

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Como o Estadão mostrou ontem, com base na decisão do juiz Flávio Itabaiana Nicolau, da 27ª Vara Criminal da Capital, Luiza e o pai, Fausto Antunes Paes, buscaram Queiroz para ver como lidariam com a revelação do caso. O rastreamento foi possível graças à quebra de sigilo telefônico, que permitiu o monitoramento de investigados pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC). O raio considerado para avaliar se ela esteve ou não na Alerj foi de 750 metros.

Por meio das mensagens entre Luiza e o pai, a investigação também aponta que ela combinou com o servidor da Alerj Matheus Azeredo Coutinho, que trabalha no Departamento de Pessoal, de assinar o ponto retroativo no dia 24 de janeiro de 2019. Com orientações de Queiroz, o contato se deu por intermédio do advogado Luis Gustavo Botto Maia e pela assessora Alessandra Esteves Marins, funcionária de Flávio Bolsonaro.

Nas primeiras mensagens entre Luiza e Fausto, o pai explica que iria ver com Queiroz como eles deveriam agir diante da revelação do esquema de "rachadinha" pela imprensa - a história foi publicada pelo Estadão em dezembro de 2018. As conversas também mostram que havia uma preocupação do gabinete de Flávio em maquiar o suposto esquema de funcionários fantasmas e, com isso, dar respostas a jornalistas sobre a presença dos servidores na Casa legislativa.

Ao assinar pontos retroativos referentes a 2017, diz o MP, Luiza e os demais investigados "efetivamente adulteram as provas dos crimes de peculato ao inserirem informações falsas em documentos públicos", com "clara finalidade de embaraçar as investigações acerca da organização criminosa que desviava recursos públicos pelo esquema das "rachadinhas" com atuação de ‘funcionários fantasmas’."

Luiza, Botto Maia, Alessandra e Coutinho foram alvo de buscas e apreensões na manhã de ontem, quando Queiroz foi preso em Atibaia. O Estadão não conseguiu contato com as defesas dos citados.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A operação da Polícia Civil e do Ministério Público que prendeu Fabrício Queiroz também teve como alvo uma atual assessora do senador Flávio Bolsonaro. Trata-se de Alessandra Esteves Marins, que exerce um cargo de confiança no gabinete do parlamentar, com salário de R$ 8.996,28. Alessandra é lotada no escritório de apoio do senador que fica no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

A assessora já trabalhou com Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e está entre os investigados pela suspeita de "rachadinha" - o desvio dinheiro dos salários dos funcionários públicos.

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Colega de Alessandra na Alerj, Queiroz foi preso nesta quinta-feira. Em dezembro de 2018, o Estadão revelou que ex-assessor de Flávio foi citado em um relatório do antigo Conselho de Controle e Atividades Financeiras (Coaf) por movimentar R$ 1,2 milhão em sua conta de maneira "atípica", o que arrastou o gabinete do filho do presidente Jair Bolsonaro para o centro de uma investigação do Ministério Público Estadual.

Além de Alessandra e Queiroz, também foram alvo da operação nesta Quinta-feira (18) - batizada de Anjo - Matheus Azeredo Coutinho, que ainda é servidor da Alerj, a ex-servidora Luiza Paes Souza e o advogado Luis Gustavo Botto Maia.

Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro, foram decretadas medidas cautelares contra eles, que incluem busca e apreensão, afastamento da função pública, o comparecimento mensal em juízo e a proibição de contato com testemunhas.

Convocada a depor na CPI das Fake News, Taíse de Almeida Feijó foi demitida nesta sexta-feira, 1º, do cargo de assessora na Secretaria-Geral da Presidência da República. A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União. A reportagem apurou que ela foi comunicada que perderia o emprego na noite de quinta, 31.

Feijó trabalhou na comunicação da campanha que elegeu Jair Bolsonaro no ano passado. Na época, ela atuava na AM4 Inteligência Digital, empresa que prestou serviço ao então candidato.

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Ela entrou para o governo no início do ano como assessora do gabinete do então secretário-geral da Presidência, Gustavo Bebianno, demitido em fevereiro após desentendimentos com o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), filho do presidente.

A convocação da agora ex-servidora do Palácio do Planalto na CPI das Fake News foi solicitada pelo deputado Rui Falcão (PT-SP) e aprovada na reunião do dia 23 de outubro. O petista justificou o requerimento pelo fato de Feijó ter sido citada em reportagens como responsável pela contratação de empresas que faziam disparo em massa de mensagens pelo WhatsApp, o que é vedado pela legislação eleitoral.

A CPI investiga a disseminação de notícias falsas nas eleições de 2018. Adversários tentam usar a comissão para encontrar irregularidades na campanha que elegeu Bolsonaro. A oposição é maioria no colegiado e tem imposto sucessivas derrotas ao governo.

Além de Feijó, a CPI também aprovou a convocação de outros assessores de Bolsonaro que atuam no Palácio do Planalto, como os integrantes do chamado "gabinete do ódio". O termo é usado internamente no governo para se referir ao núcleo composto pelos assessores especiais da Presidência Tércio Arnaud Tomaz e José Matheus Sales Gomes, além de Mateus Diniz, lotado na Secretaria de Imprensa. Os três são ligados a Carlos Bolsonaro.

Outra convocada é Rebecca Félix, também ex-assessora da Secretaria-Geral da Presidência, ligada a Bebianno, demitida do cargo há 15 dias. Félix coordenou uma equipe de comunicação digital na campanha de Bolsonaro e foi responsável pela atualização das redes sociais. Ela chegou a prestar depoimento em ação no Tribunal Superior Eleitoral que investiga o disparo de mensagens em massa por WhatsApp.

Procuradas pela reportagem, Feijó e Félix não quiseram se manifestar. A Secretaria-Geral da Presidência também não comentou as exonerações.

A presidência do Senado Federal, comandado por Davi Alcolumbre (DEM-AP), exonerou a jornalista Elisangela Machado dos Santos de Freitas, que disputou uma vaga na Câmara dos Deputados como Elisa Robson (PRP-DF) no ano passado, e estava lotada no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PSL-SP).

Elisangela é a administradora do perfil República de Curitiba, página simpática ao governo de Jair Bolsonaro, que recentemente patrocinou ataques ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Em fevereiro, a Folha de S. Paulo mostrou que segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Elisangela recebeu R$ 25 mil do fundo criado para financiar campanhas políticas e sua maior despesa, R$ 14,9 mil (59% do total), foi com o próprio marido, o engenheiro Ronaldo Robson de Freitas. A candidata obteve 11.638 votos (0,81% dos votos válidos).

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Na época, o engenheiro afirmou que os gastos "estão todos discriminados e apresentados à Justiça eleitoral bem detalhadamente". Em seu perfil no Facebook, ela afirmou o marido "gerenciou todo o trabalho que foi feito de comunicação nas redes sociais", afirmou na postagem.

"Ele administrou as informações, os posts patrocinados, a produção de pequenos vídeos e os poucos recursos financeiros que precisaram ser gerenciados (com gasto total de R$ 30 mil). Inclusive, nossa família de 5 pessoas está sem carro até o hoje porque decidimos dar prioridade financeira para a minha campanha na época", publicou a candidata derrotada.

A reportagem não conseguiu contato com os citados. Procurado para saber o motivo da exoneração, o gabinete do senador Flávio Bolsonaro não se manifestou.

Nesta quinta-feira (24), o Diário Oficial do Estado trouxe um nome polêmico para integrar a equipe do governador Paulo Câmara (PSB): a ex-diretora-presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) Luciana Vieira de Azevedo será “assessora especial” do pessebista. 

De acordo com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Luciana teria sido condenada por improbidade administrativa por fatos da época em que comandava a fundação, no ano 2007. Ela foi mencionada no chamado “escândalo dos shows fantasmas”, ocorrido no primeiro governo Eduardo Campos. 

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Em novembro de 2015, no site oficial, o MPPE chegou a publicar uma reportagem expondo que a pedido do órgão, a Justiça condenou Luciana por improbidade. O texto destaca o motivo: “Consistente na ação dolosa de contratar temporariamente pessoal para o exercício da função pública, de forma ilícita, no exercício financeiro de 2007”. 

A condenação teria sido com base em quatro irregularidades: “Contratação temporária de pessoal sem atendimento das exigências legais; contratação temporária de pessoal para cargos inexistentes; contratados temporários que não constam na folha de pagamento; e classificação contábil indevida de despesas”. 

 

O candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, afirmou que sua assessora parlamentar Walderice Santos da Conceição pediu demissão hoje pela manhã. Segundo Bolsonaro, Walderice solicitou o desligamento por causa da exposição de seu nome em denúncia de irregularidade.

Ela foi apontada em reportagens do jornal "Folha de S. Paulo" como uma assessora fantasma do deputado que trabalhava em sua residência em Angra dos Reis e vendia açaí na cidade, no 'Açai da Wal'. O caso foi lembrado pelo candidato do PSOL, Guilherme Boulos, no debate entre os presidenciáveis realizado na última sexta-feira, na Band.

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"O crime dela foi dar água para os cachorros", disse Bolsonaro a jornalistas, sobre os serviços prestados pela funcionária em sua residência no litoral do Rio de Janeiro.

Pelo site da Câmara dos Deputados, Walderice recebe atualmente salário bruto de R$ 1.351,46. "Tenho aquela casa há 25 anos e contratei ela há uns 12 anos. Como de vez em quando estou lá, muita gente me procura e ela é encarregada de filtrar e passar pra mim, só isso", disse.

Bolsonaro disse ainda que pode ser um dos alvos dos protestos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O movimento iniciou uma marcha à Brasília para dar apoio à inscrição junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima quarta-feira da chapa que tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como candidato a presidente.

"Estou sabendo que o MST vai estar aqui a partir de hoje. Ações acontecerão em Brasília e, a princípio, eu sou uma pessoa que interessa para eles", disse ele a jornalistas nesta segunda-feira.

A assessora que acompanhava a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) quando a parlamentar foi morta, em 14 de março, no centro do Rio, está fora do Brasil. Segundo integrantes do PSOL, que preferem não divulgar o nome da assessora, ela tomou a decisão com receio de sofrer retaliações de criminosos por ter presenciado a morte da vereadora.

Logo após o crime, a assessora prestou depoimento à Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro e em seguida deixou o Rio de Janeiro. Foi primeiro para outro Estado do Brasil, onde permaneceu alguns dias e tomou a decisão de sair do País acompanhada pelo marido. A viagem para o exterior ocorreu dias depois.

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O PSOL não divulga o destino da assessora na tentativa de garantir sua segurança.

Depoimento

Quando depôs à Polícia Civil, ainda na madrugada de 15 de março, a única sobrevivente da ação criminosa que matou Marielle e o motorista Anderson Gomes contou não ter percebido que o veículo em que estavam era seguido nem ter visto nenhum carro ou moto próximos.

Assim que o veículo em que estavam entrou na Rua João Paulo I, no Estácio, na região central da capital, onde aconteceu o crime, a assessora, que estava distraída falando ao telefone celular, ouviu o barulho dos tiros, que pareciam vir de trás, na diagonal.

Segundos antes, Marielle havia dito "Ué?", em tom de dúvida, contou a assessora à polícia. No momento dos disparos, o motorista disse "Ai". A sobrevivente se abaixou para tentar se proteger, e Marielle, que usava cinto de segurança, tombou sobre ela. O veículo, que trafegava devagar, seguiu desgovernado até que a própria assessora conseguiu se esticar e acionar o freio de mão.

Dois dias após o crime, a assessora publicou nas redes sociais uma homenagem à vereadora.

"Estou viva. Mas a alma oca. A carne, ainda trêmula, não suporta a dor que serpenteia por dentro, num looping sem fim. Minha amiga, na tentativa de calarem a sua voz, a ampliaram ensurdecedoramente, em milhares de bocas. Para sempre. #MarielleVive", escreveu.

A assessora de imprensa da vereadora Marielle Franco, assassinada na semana passada, no Rio, contou que o som dos tiros que atingiram o carro onde estavam e que mataram Marielle e o motorista Anderson Pedro Gomes durou "um segundo". Ela concedeu entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, e contou como foi o momento do homicídio.

"Estávamos olhando o celular. Um minuto antes, mais ou menos, eu vi a Marielle comentar alguma coisa do tipo: eita. Mas um comentário muito tranquilo. Não era um susto. No momento dessa interjeição dela, ouvi uma rajada. Na mesma hora me abaixei. Eu estava achando que ela estava se abaixando junto comigo. Foi um barulho forte, mas rápido", disse a assessora, que, por segurança, não divulgou sua imagem e nome.

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Ela disse que, quando ouviu os tiros, achou que estivessem passando por uma área de fogo cruzado. "Nesse momento, o Anderson fez assim: 'ai'. E eu estava ali abaixando. Não vi se veio de um carro, de uma moto, de nada. Não sei de onde veio isso. E logo depois do 'ai', vi que os braços dele que seguravam o volante caíram", afirmou. O carro foi parado por ela, que dominou o volante e puxou o freio de mão.

Ao deixar o carro, a assessora sinalizou para os carros e gritou pedindo socorro. Ela contou ainda que foi acalmada por uma mulher que chamou polícia e ambulância. Até então, achava que Marielle e Anderson estivessem desmaiados. Apenas com a chegada da polícia, ouviu o comentário de que apenas uma pessoa havia sobrevivido aos tiros.

"A coisa da sobrevivente me marcou muito. Eu queria a Marielle viva. Eu queria o Anderson vivo. Sobreviver é muito cruel. Por que eu preciso sobreviver? Que coisa horrenda. Que violência é essa?", disse.

"As autoridades têm que me dizer logo quem foi que fez isso e por que fez isso. É isso que eu espero", afirmou a assessora de Marielle.

A assessora de Marielle afirmou à Polícia Civil não ter percebido que o veículo em que estavam era seguido e não ter visto nenhum carro nem moto perto. O conteúdo do depoimento foi divulgado na sexta-feira, 16, pela TV Globo.

Cerca de dez dias antes do crime, segundo a emissora, uma funcionária de Marielle foi abordada de forma ameaçadora em um ponto de ônibus por um desconhecido. Em tom de ameaça, ele perguntou se a funcionária trabalhava com a vereadora. A mulher, que trabalhava administrativamente, estranhou. A assessora que estava com Marielle na hora do crime, porém, disse que a vereadora nunca havia relatado qualquer ameaça.

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Segundo o depoimento, a assessora disse que Marielle costumava ficar no banco da frente, ao lado do motorista, mas naquela noite preferiu ir atrás para falar com a funcionária. Queriam escolher fotos do evento que haviam acabado de ir.

Assim que o veículo entrou na Avenida João Paulo I, a assessora, que disse estar distraída ao celular, ouviu os tiros, que pareciam vir de trás, na diagonal. Segundos antes, a vereadora havia dito "ué?", em tom de dúvida. No momento dos disparos, o motorista disse "ai". A sobrevivente se abaixou para tentar se proteger e Marielle, que usava cinto de segurança, tombou sobre ela. O carro, que trafegava devagar, seguiu desgovernado até que a própria assessora conseguiu se esticar e acionar o freio de mão.

Na noite de sexta, a assessora publicou nas redes sociais uma homenagem à vereadora: "Estou viva. Mas a alma oca. A carne, ainda trêmula, não suporta a dor que serpenteia por dentro, num looping sem fim. Minha amiga, na tentativa de calarem a sua voz, a ampliaram ensurdecedoramente, em milhares de bocas. Para sempre. #MarielleVive", escreveu. Ela está escondida e sob proteção. O PSOL teme por sua segurança.

Família

Os parentes de Marielle poderão ter segurança profissional pelo menos até o fim da investigação. "A assessoria dela (Marielle) está vendo isso", disse ao jornal O Estado de S. Paulo na sexta a irmã da vereadora, a professora de Inglês Anielle, de 33 anos. "Acredito que vamos ter, mas não fomos ainda comunicadas oficialmente." Mas ela contou que a família não está se sentindo ameaçada. "Porque não temos resposta de nada ainda; até para saber se devemos ou não ficar com medo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A futura assessora de comunicação do Conselho de Segurança Nacional do presidente americano eleito, Donald Trump, Monica Crowley, foi acusada neste sábado de plágio em um de seus livros, publicado em 2012, anunciou a rede de TV CNN.

Monica Crowley, autora e comentarista conservadora do canal Fox News, foi nomeada por Trump diretora de comunicação estratégica do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos.

Um jornalista da CNN revisou o livro "What the (Bleep) Just Happened", publicado em 2012 pela editora HarperCollins, e identificou mais de 50 trechos copiados com mudanças menores de artigos publicados na imprensa, em sites, artigos de think-tanks e do Wikipedia.

A maioria das passagens copiadas é de ordem factual e inclui cifras ou informações históricas ou econômicas. Segundo os trechos divulgados pela CNN, no geral, parecem ter sido simplificados.

A equipe de transição de Trump defendeu Monica em um comunicado. "Qualquer tentativa de difamar Monica não é nada mais do que um ataque com motivação política que visa a desviar a atenção dos verdadeiros desafios do país", diz o texto, sem confirmar ou negar a acusação de plágio.

O morador de Juiz de Fora Rodrigo Augusto de Pádua, de 30 anos, premeditou o ataque a Ana Hickmann em um quarto do Hotel Ceasar Business em Belo Horizonte, que terminou com a morte do agressor e ferimentos na assessora Giovana Oliveira, que acompanhava a apresentadora de televisão. É o que indicam as investigações da Polícia Civil de Minas.

No domingo, 22, a assessora, que levou dois tiros, já estava consciente e em situação estável, embora seu quadro ainda exigisse cuidados. Ana Hickmann afirmou em nota estar "profundamente abalada e triste."

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Segundo o irmão do agressor, Helissom Augusto de Pádua, o parente era recluso, não trabalhava e passava o tempo entre a casa e a academia. De acordo com Helissom, a família sabia que o parente enviava mensagens nas redes sociais para a apresentadora. Os textos indicavam que estaria apaixonado.

Ana Hickmann estava na cidade para o lançamento de uma coleção de roupas de sua grife. O anúncio da presença da apresentadora na cidade já vinha sendo feito em Minas Gerais havia pelo menos 15 dias. O evento estava marcado para as 15 horas de sábado. Dessa forma, o agressor preparou sua ação.

Conforme as investigações da Polícia Civil, Rodrigo de Pádua se hospedou no hotel na sexta-feira, 20, utilizando um nome falso. No sábado, depois do almoço, seguiu para o hall do estabelecimento, na zona sul de Belo Horizonte. Foi quando o agressor abordou o empresário e cunhado da apresentadora, Gustavo Corrêa e o obrigou a levá-lo ao quarto onde estava Ana, ao lado de Giovana.

Armado com um revólver calibre 38, Pádua mandou que todos ficassem de frente para a parede e passou a agredir verbalmente a apresentadora. Em seguida teria disparado a arma. Dois tiros atingiram a assessora. A partir daí, Corrêa reagiu, entrou em confronto com Pádua, tomou-lhe a arma e teria atirado contra o agressor, que morreu no local.

Em seguida, o empresário desceu até a recepção, entregou a arma e pediu que a polícia fosse chamada. A PM chegou ao Caesar por volta das 14 horas.

Depois de ouvir Ana Hickmann e o empresário, o delegado responsável pelo caso, Flávio Grossi, concluiu que houve possível reação em legítima defesa por parte do empresário. Tanto a apresentadora como o empresário foram liberados. Ana Hickmann retornou para São Paulo, onde mora. Corrêa permanece em Belo Horizonte para acompanhar o estado de saúde de Giovana, sua mulher. O marido de Ana Hickmann, Alexandre Corrêa, esteve em Belo Horizonte e voltou para São Paulo com a mulher.

Em nota à imprensa, a apresentadora Ana Hickmann afirmou estar "profundamente abalada e triste" com o que aconteceu em Belo Horizonte. "Nunca pensei que isso poderia acontecer! Nunca pensei que o ser humano fosse capaz disso! Foi terrível! Estou profundamente abalada e triste! Só peço que todos rezem por minha cunhada para que ela se recupere logo", afirmou a apresentadora na nota. À noite, falou com exclusividade ao Domingo Espetacular da TV Record.

Na rede social Instagram, utilizando o perfil de sua mulher, Giovana, que está internada, Corrêa afirmou que o caso foi uma "aberração". Ele foi chamado de herói por seu irmão, marido da apresentadora.

Estável

Giovana foi submetida a cirurgia de emergência ainda no sábado, para tratamento de lesões intestinais e vasculares produzidas pelos dois tiros que a atingiram. Ela foi baleada no abdome e no braço. Até a noite de ontem, a assessora estava em tratamento intensivo no Centro de Terapia Intensiva do Biocor. De acordo com o boletim médico, a assessora já respira sem ajuda de aparelhos, está lúcida, acordada, consciente e com sinais vitais estáveis, apesar de ainda estar sob riscos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cada vez mais acionado para resolver questões políticas, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, contratou como assessora a ex-secretária-geral do Senado Cláudia Lyra Nascimento. A servidora chegou ao cargo no início do mês por indicação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Cláudia já circula pelos corredores do Congresso a serviço de Levy, num momento em que o governo tenta emplacar seu ajuste fiscal. Uma das principais tarefas, no momento, é aprovar a medida provisória 665 no Senado. A MP que restringe acesso a seguro-desemprego e abono salarial deve ir ao plenário na quarta-feira, 20.

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Analista legislativa do Senado desde 1981, ela foi secretária-geral de 2007 a 2014, abrangendo, entre outras, as gestões Renan e José Sarney (PMDB-AP). O cargo é uma espécie de braço direito do presidente do Senado.

Nas eleições passadas, a servidora concorreu a uma cadeira de deputada federal pelo PMDB. Cláudia não conseguiu se eleger. Um dia antes de ter sua nomeação para a Fazenda publicada no Diário Oficial, no dia 6 passado, ela foi homenageada por Renan Calheiros em plenário. "Nos momentos mais tensos, mais dramáticos desta Casa, Cláudia, sempre sorridente, esteve firme em defesa do Brasil", elogiou o peemedebista.

Em ação

Apesar de já contar desde o início do mês com ajuda para suas tarefas de negociação política, Levy não deixou de trabalhar na área. Nesta terça-feira, 19, ele teve um típico dia de "negociador". Primeiro, teve de convencer agricultores familiares que protestam na porta do ministério a liberar sua entrada no prédio. O grupo reivindicava crédito, habitação e investimento. Houve confusão e empurra-empurra, mas Levy acabou passando.

Depois, o titular da Fazenda se dirigiu ao Itamaraty, onde foi servido um almoço para a delegação chinesa. Em um dos intervalos do compromisso, teve uma conversa com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski.

O magistrado ficou ao menos 20 minutos tentando convencê-lo a conceder o reajuste do Judiciário, que deve ser votado hoje na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. "Agora não dá, agora não dá", repetia Levy. Depois, o ministro da Fazenda foi para o Congresso para negociar as propostas do ajuste fiscal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente americano, Barack Obama, anunciou nesta quinta-feira (5) a vice-presidente do gigante de Internet Google, Megan Smith, como chefe nacional de Tecnologias, responsável pela assessoria no uso de computadores e pelos avanços de informática nos programas do governo.

"Ao longo de sue carreira, Megan dirigiu equipes talentosas e lançou iniciativas de ponta na área tecnológica e de inovação - desde o conceito até seu projeto e seu desenvolvimento", disse Obama, em um blog da Casa Branca.

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"Tenho confiança em que suas novas funções como responsável pela tecnologia, ela usará sua longa experiência como líder e suas excepcionais capacidades para trabalhar em favor dos americanos", acrescentou Obama.

Em suas duas bem-sucedidas campanhas presidenciais, Obama se destacou por ser pioneiro no abrangente e intenso uso de tecnologias. Já no governo o uso e o bom funcionamento dessas ferramentas têm sido difícil, como mostrou a implantação do site do Obamacare.

Em outubro de 2013, o lançamento caótico da página on-line que permite milhões de americanos ter um seguro de saúde - parte da reforma de saúde conhecida como Obamacare - resultou, basicamente, de falhas de informática.

Megan Smith, de 49 anos, liderou a aquisição do Google de plataformas de envergadura, como Google Earth, Google Maps e Picasa. Ela é particularmente ativa na defesa dos direitos dos homossexuais e transexuais.

Smith sucederá a Todd Park, um executivo do Vale do Silício que voltará para a Califórnia.

O vice-presidente da República, Michel Temer, nomeou uma assessora para dirigir uma empresa sua que atua no ramo imobiliário. Em 19 de março, ele designou Gilda Cruz Silva e Sanchez, funcionária de seu gabinete, para administrar e assinar pela Tabapuã Investimentos e Participações, da qual é sócio com Luciana Temer, sua filha e atual secretária de Assistência Social da Prefeitura de São Paulo.

Com capital social de R$ 2,2 milhões, a empresa é o maior bem de Temer, que declarou patrimônio de R$ 6 milhões nas eleições de 2012. A Tabapuã administra um conjunto de salas no Itaim Bibi, bairro nobre da capital. Atualmente, os imóveis estão alugados para o banco de investimentos. BR Partners. As informações foram reveladas pelo site Veja.com.

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Como assessora da vice-presidência, Gilda agenda audiências para Temer e cuida de contatos políticos. Pelas atividades, recebe do governo federal um salário de R$ 7,3 mil. Na empresa, ela legalmente pode receber um pró-labore pelo cargo de diretoria, mas o valor não é público como as demais informações na ficha cadastral da empresa na Junta Comercial de São Paulo.

A assessoria de imprensa de Temer informou que Gilda foi nomeada por "um lapso", quando Luciana Temer precisou deixar de assinar pela Tabapuã ao assumir o cargo na Prefeitura paulistana. Ainda segundo a assessoria, a funcionária do vice-presidentes faz um trabalho "eventual" na empresa e apenas assina cheques a cada tanto. De acordo com a vice-presidência, ao ser constatado o "equívoco" da nomeação, um pedido de alteração foi encaminhado à Junta Comercial para que Gilda seja retirada do cargo de gerência.

Relatório da Receita Federal enviado à CPI do Cachoeira mostra que o patrimônio de Eliane Gonçalves Pinheiro, ex-chefe de gabinete do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), se multiplicou por sete no primeiro ano da gestão do tucano. De acordo com o documento, a ex-servidora não apresentou renda suficiente para justificar a evolução de seus bens e investimentos.

Eliane pediu demissão em maio, após a revelação de que trocava informações sobre operações policiais com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Conforme as escutas da Operação Monte Carlo, ela avisou o prefeito de Águas Lindas de Goiás, Geraldo Messias (PP), de que haveria uma busca policial em sua casa. A ex-servidora diz ter sido confundida com outra Eliane, mas, em seus relatórios, a PF a identifica com nome, sobrenome e CPF.

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Com base nas declarações de Imposto de Renda (IR), a análise da Receita diz que Eliane informou, na declaração referente a 2010, bens e direitos no total de R$ 75,4 mil. No ano seguinte, quando passou a ocupar a chefia de gabinete de Perillo, o patrimônio alcançava R$ 570,4 mil.

A Receita calculou variação patrimonial a descoberto de R$ 127,4 mil. Isso significa que os rendimentos informados não foram suficientes para cobrir o aumento dos bens e investimentos, somado às despesas, deduções e doações ocorridas no ano.

Em 2010, Eliane sustentou em sua declaração ter uma Hyundai Tucson, no valor de R$ 72 mil, e saldo em conta corrente de R$ 3,2 mil. Em 2011, o patrimônio aumentou graças à compra de um apartamento no Alto do Bueno, área nobre de Goiânia, com quatro suítes e 153 metros quadrados. A ex-chefe de gabinete declarou naquele ano já ter pago R$ 447,1 mil no negócio, cujo total era de R$ 587 mil.

Há divergências nas declarações de um ano para outro. Embora tenha declarado em 2010 bens e direitos de R$ 74,5 mil - valor levado em consideração pela Receita no cálculo da variação patrimonial -, no ano seguinte Eliane informou que em 2010 tinha, na verdade, patrimônio de R$ 309 mil, incluindo um apartamento de R$ 136 mil, vendido em 2010 mesmo, e prestações pagas do seu novo imóvel no Alto do Bueno (R$ 101 mil).

O advogado de Eliane, Luís Alexandre Rassi, negou evolução patrimonial a descoberto. Segundo ele, por um equívoco, sua cliente não informou, na declaração referente a 2010 e nas anteriores, um apartamento antigo, pois achava que só deveria fazê-lo quando obtivesse a escritura. Posteriormente, ao vendê-lo para a compra de um novo, soube que era necessário constar a propriedade do imóvel.

As informações integram pacote de sigilos fiscais quebrados pela CPI, que apura o envolvimento de Perillo e servidores do governo de Goiás com o grupo de Cachoeira. Além de Eliane, o presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop), Jayme Rincón, não declarou renda que justificasse seu aumento de patrimônio nos últimos quatro anos. Entre 2010 e 2011, o valor dos bens do governador dobraram.

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