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A China registrou neste domingo o maior aumento diário do número de casos do novo coronavírus dos últimos dois meses. Neste domingo, foram identificados 57 novos casos de infecção, sendo 36 delas em Pequim. O registro ocorre após o país ter fechado o maior mercado atacadista de alimentos na capital e ter bloqueado o acesso a 11 comunidades residenciais próximas para conter um novo avanço do surto.

Embora a pandemia tenha se iniciado no país asiático em dezembro, em março as autoridades declararam que a doença estava controlada e iniciaram um processo de afrouxamento das medidas de isolamento social. Mas nesta semana, após 50 dias sem novos casos, os testes de diagnóstico em Pequim voltaram a dar positivo.

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Em Bangladesh, a covid-19 continua avançando. Neste domingo, o país registrou 3.141 novos casos e mais 32 óbitos por causa da doença, elevando o número total de infectados para 87.529 e o de mortos para 1.171. Entre as vítimas fatais estão um ministro do Gabinete do Primeiro Ministro e um ex-ministro da saúde, que morreram ontem, de acordo com a diretora geral da Diretoria de Saúde, Nasima Sultana.

Já na Coreia do Sul, 34 novos casos foram confirmados neste domingo, a maioria na área metropolitana da capital Seul. O número total de infectados agora chega a 12.085, com 277 mortes. As infecções estão sendo vinculadas a estabelecimentos noturnos, serviços religiosos, um armazém de comércio eletrônico e vendedores que vão de porta em porta. O país estava registrando centenas de novas infecções todos os dias antes de conseguir amenizar a propagação da doença com o isolamento social. A flexibilização dessas medidas, entretanto, está possibilitando um retorno dos casos.

O ciclone mais forte a atingir o leste da Índia e Bangladesh em mais de uma década matou ao menos 82 pessoas, disseram autoridades, enquanto equipes de resgate buscam sobreviventes em vilarejos litorâneos devastados, afetados também pela queda de linhas de energia e com grandes extensões de terra debaixo de água. A estimativa é de que três milhões de pessoas tenham sido obrigadas a deixar suas casas em meio à pandemia do novo coronavírus.

Retiradas em massa organizadas pelas autoridades antes da chegada do ciclone Amphan salvaram vidas, mas a extensão total das baixas e dos danos infligidos pelo ciclone a propriedades só será conhecida quando as comunicações forem restabelecidas.

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No Estado indiano de Bengala Ocidental, ao menos 72 pessoas morreram, afirmou nesta quinta-feira a ministra-chefe, Mamata Banerjee.

No vizinho Bangladesh, os primeiros registros indicavam pelo menos 10 mortes. Abrigos adicionais estão sendo preparados em mercados e edifícios públicos levando em conta o distanciamento social na medida possível, e máscaras estão sendo distribuídas a moradores de vilarejos.

A maioria das mortes foi causada por árvores derrubadas por ventos que chegaram a 185 quilômetros por hora e por uma maré de cerca de cinco metros que inundou áreas costeiras quando o ciclone passou diante do Golfo de Bengala na quarta-feira.

Designado como um super ciclone, o Amphan enfraqueceu desde que chegou ao continente. Seguindo terra adentro através de Bangladesh, ele foi rebaixado pelo escritório climático da Índia para uma tempestade ciclônica nesta quinta-feira, e se prevê que continue perdendo força.

É cada vez maior o receio de inundação em Sundarbans, uma região ecologicamente frágil que se estende pela fronteira entre Índia e Bangladesh e é conhecida pelas florestas de mangues espessas e suas reservas de tigres. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O poderoso ciclone Amphan, esperado no final do dia nas costas do golfo de Bengala, causou uma primeira vítima mortal em Bangladesh, um voluntário da Cruz Vermelha local, anunciou a organização à AFP.

Um barco da organização que participava de uma operação de evacuação capotou com a força do vento, na cidade costeira de Kalapara, informou a fonte.

O voluntário "que carregava um megafone pesado" e vestia "botas e colete" não conseguiu nadar e se afogou devido ao peso, disse à AFP Nurul Islam Khan, chefe da Cruz Vermelha de Bangladesh.

Pelo menos 15 pessoas morreram, e dezenas estão desaparecidas, após um naufrágio frente à costa de Bangladesh, de uma embarcação que transportava refugiados rohingyas rumo à Malásia - anunciaram autoridades locais nesta terça-feira (11).

"Até o momento, recuperamos 15 corpos e salvamos cerca de 70 pessoas", disse à AFP o chefe do serviço da Guarda Costeira, Naim ul Haq, acrescentando que as tarefas de busca permanecem em toda zona do Golfo de Bengala.

Ao menos 130 refugiados, principalmente mulheres e crianças, viajavam em um lotado barco de pesca que navegava para a Malásia, uma perigosa viagem de cerca de 2.000 quilômetros, anunciou a Guarda Costeira de Bangladesh.

Esta foi uma das embarcações que partiram, ontem, do distrito de Cox's Bazar, no sudeste de Bangladesh. Nesta região, ficam os acampamentos de refugiados da minoria muçulmana rohingya, onde há quase um milhão de pessoas vivendo em condições bastante precárias.

Vários rohingyas fogem de Mianmar para escapar da violência e tentam deixar para trás os campos de refugiados, abordando navios precários para buscar uma vida melhor na Malásia.

Ao menos 16 pessoas morreram e outras 58 ficaram feridas no choque entre dois trens no leste de Bangladesh na manhã desta terça-feira (12), informou a polícia local.

Três vagões de passageiros foram jogados para fora da linha na estação de Mondogbhag, na cidade de Kasba, após o impacto de uma composição que seguia para a cidade de Chittagong.

"Ao menos 16 pessoas morreram. Outras 58 estão feridas. Levamos os feridos para diferentes hospitais da região", disse à AFP o chefe da polícia local. O serviço ferroviário foi interrompido na região, segundo o oficial.

"Ainda estamos conduzindo uma operação de resgate", revelou um funcionário da ferrovia, que suspeita de um problema na sinalização como a causa do acidente.

Problemas generalizados na infraestrutura provocam muitos acidentes com trens em Bangladesh.

De acordo com o Fórum de Repórteres sobre Cargas e Comunicações no primeiro semestre do ano foram registrados 202 acidentes ferroviários em Bangladesh.

A justiça de Bangladesh condenou 16 pessoas à morte pelo assassinato de uma jovem de 19 anos, queimada viva depois de denunciar o diretor de uma escola religiosa por assédio sexual.

A morte de Nusrat Jahan Rafi em abril comoveu o país e provocou grandes manifestações. Os 16 acusados, incluindo o professor da jovem, eram julgados desde junho por um tribunal em Feni, sudeste do país.

"Este veredicto prova que nenhum assassinato fica impune em Bangladesh", declarou o promotor Hafez Ahmed.

De acordo com as autoridades, a jovem foi levada para o telhado da escola corânica em que estudava. Os agressores afirmaram que ela deveria retirar a denúncia que havia apresentado contra o diretor do centro de ensino por assédio sexual, mas ela se negou.

Os homens jogaram gasolina no corpo da vítima e a queimaram viva. Cinco dias depois ela morreu em consequência das gravidades dos ferimentos. O caso abalou o país de 160 milhões de habitantes.

Todos os acusados se declararam inocentes. Oito deles afirmaram que foram obrigados a assinar confissões do crime e denunciaram torturas.

Ativistas dos direitos humanos acompanharam o caso de perto, no momento em que aumentam os estupros e casos de assédio sexual em Bangladesh. O grupo de defesa das mulheres Bangladesh Mahila Parishad calcula que apenas 3% dos casos de estupro resultam em condenações penais no país.

Dois policiais foram punidos em Bangladesh pela suspeita de que forçaram uma mulher a se casar com um dos homens que ela acusou de estupro em grupo, informaram as autoridades locais.

Uma mulher, mãe de três filhos, apresentou uma denúncia na segunda-feira: ela afirma que cinco homens a deixaram presa em um quarto e a estupraram de forma repetida entre 29 e 31 de agosto no distrito de Pabna, norte de Bangladesh.

De acordo com informações do jornal Daily Star, que citou o irmão da vítima, ela foi obrigada a assinar documentos para divorciar-se de seu marido e casar com o principal suspeito.

A polícia investigou as denúncias e indicou que o matrimônio parecia uma tentativa de impedir a apresentação de acusações contra os suspeitos.

"Suspendemos o subinspetor Ekramul Haq por facilitar o matrimônio entre a vítima e um dos supostos estupradores, que é o principal acusado", declarou à AFP Mohamad Ibne Mizán, vice-comandante da polícia de Pabna.

"Também afastamos de suas funções o oficial que dirigia a delegacia de Pabna Sadar depois que autorizou o casamento nas dependências policiais", completou.

As forças de segurança prenderam quatro pessoas relacionadas ao caso, incluindo três supostos estupradores. Um dos acusados é um dirigente local do partido governante, a Liga Awami, segundo o Daily Star.

Os ativistas dos direitos humanos afirmam que os estupros em grupo aumentaram no país nos últimos anos.

Denunciam também um sistema judicial ineficiente, no qual raros casos de estupro terminam em condenações.

Cerca de 200.000 rohingyas se manifestaram neste domingo em um campo de refugiados de Bangladesh para marcar o aniversário do que chamaram de "Dia do Genocídio", no segundo ano de seu exílio de Mianmar.

Cerca de 740.000 integrantes desta etnia muçulmana fugiram do estado de Rakain (oeste de Mianmar) em agosto de 2017 após uma operação de repressão por parte do exército deste país de maioria budista.

Famílias inteiras se uniram em condições muito difíceis a cerca de 200.000 rohingyas vítimas diretas das perseguições, e já estão instaladas no outro lado da fronteira, em Bangladesh.

No total, cerca de um milhão de pessoas estão atualmente distribuídas em cerca de 30 campos de refugiados do distrito fronteiriço de Cox's Bazar, no sudeste do país.

Sob o sol, crianças, mulheres com véus e homens vestidos com panos coloridos marcharam neste domingo aos gritos de "Deus é grande, longa vida aos rohingyas", no aniversário do que denominam "Dia do Genocídio".

Os presentes cantaram uma música já popular cuja letra evidencia a falta de esperança de seu povo: "O mundo não presta atenção à desgraça dos rohingyas".

"Vim para exigir justiça pela morte dos meus dois filhos. Continuarei lutando até meu último suspiro", declarou à AFP Tayaba Khatun, de 50 anos.

- 'Queremos voltar' -

Os rohingyas não são reconhecidos oficialmente como minoria pelo governo de Mianmar, que os considera bengalis e lhes nega a nacionalidade apesar de que muitas famílias vivem em Rakain há gerações.

A ONU denunciou um "genocídio" deste coletivo, chamando à perseguição penal dos generais birmaneses. Mianmar nega estas acusações, afirmando que apenas se defendeu dos ataques de rebeldes rohingyas contra postos policiais.

Um líder comunitário, Mohib Ullah, declarou neste domingo que os refugiados desejam voltar a Mianmar, mas com três condições: ter garantias sobre sua segurança, obter a nacionalidade birmanesa e poder voltar a suas localidades de origem.

Segundo Ullah, tentaram dialogar com o governo birmanês, mas até agora não obtiveram resposta. "Fomos espancados, assassinados, estuprados em Rakain. Mas não importa, continua sendo nosso lar. E queremos voltar".

Os refugiados organizaram orações em homenagem às vítimas. Alguns balançavam bandeiras birmanesas reivindicando a nacionalidade.

- 'Repatriação perigosa e inviável' -

No sábado, a polícia de Bangladesh declarou que tinha abatido dois rohingyas suspeitos de matar um responsável do partido no poder.

A segurança havia sido reforçada em Kutupalong, o maior campo de refugiados do mundo, onde vivem atualmente mais de 600.000 rohingyas.

"Centenas de policiais, soldados e agentes da guarda fronteiriça foram mobilizados para impedir qualquer incidente violento", indicou à AFP um responsável policial local, Abul Monsur.

Bangladesh e Mianmar assinaram um acordo de repatriação de refugiados em 2017, mas duas tentativas, em novembro passado e nesta semana, fracassaram porque eles se negam a partir.

A Anistia Internacional afirmou que a violência atual no estado de Rakain "torna perigosa e inviável qualquer repatriação imediata".

Duas gêmeas siamesas de Bangladesh unidas pela cabeça foram separadas, nesta sexta-feira (2), em Daca após uma longa intervenção cirúrgica, anunciaram os médicos húngaros que as operaram no âmbito de um projeto humanitário.

As duas garotas estão em "estado estável após a separação final", que durou cerca de trinta horas e mobilizou uma equipe de 35 especialistas húngaros, indicou à AFP o neurocirurgião Andras Csokay.

"Ainda precisamos ser cautelosos na fase pós-operatória", acrescentou o médico, que dirige a operação da ONG húngara Fundação Ação para Pessoas sem Defesa (ADPF).

Rabeya e Rukaya, de três anos de idade, nasceram com seus crânios unidos no alto, uma malformação muito rara que na maioria dos casos leva à morte precoce de recém-nascidos. Apenas poucas operações desse tipo foram bem-sucedidas até o momento.

"Era uma das malformações mais importantes e mais complicadas que já vi na vida", confessou Gergely Pataki, encarregado da cirurgia plástica.

A operação foi realizada no hospital militar de Daca, onde o pai das gêmeas, Rafiqoul Islam, não escondia sua felicidade. "Os médicos separaram meus bebês. Eu as vi com meus próprios olhos. Elas estão bem agora", disse ele.

"Espero que minhas filhas se restabeleçam completamente e possam levar uma vida normal", acrescentou. pmu/phs/lch/mar/es/mr

Oito pessoas foram mortas em linchamentos em uma semana em Bangladesh por causa de boatos sobre sacrifícios humanos destinados a permitir a construção de uma grande ponte, informou a polícia nesta quarta-feira (24).

Os boatos, que se espalharam pelo Facebook, alegavam que havia sequestradores de crianças tentando obter cabeças humanas para entregar como oferenda para a construção de uma enorme ponte de 3 bilhões de dólares que está sendo construída no Padma, uma extensão do rio Ganges em Bangladesh.

"Investigamos cada uma dessas oito mortes. De todos os mortos por uma multidão de linchadores, nenhum era sequestrador de crianças", declarou o chefe da Polícia Nacional, Javed Patwary, em uma entrevista coletiva na capital Daca.

Mais de 30 pessoas foram atacadas em incidentes relacionados aos boatos. Delegacias de polícia em todo o país foram ordenadas a tomar medidas contra esta informação falsa. Assim, pelo menos 25 contas do YouTube, 60 páginas do Facebook e 10 sites foram fechados.

No entanto, a AFP identificou várias mensagens que continuam a propagar o rumor no Facebook. Os linchamentos são frequentes em Bangladesh, mas essa nova onda é particularmente brutal.

Entre as vítimas há uma mãe solteira de dois filhos, Taslima Begum, que foi espancada até a morte no sábado em frente a uma escola de Daca por um grupo que suspeitava que ela fosse uma sequestradora de crianças. Um homem surdo foi linchado nos arredores da capital no mesmo dia quando visitava sua filha.

A Polícia Federal (PF) deteve oito estrangeiros de Bangladesh no Aeroporto Internacional do Recife, em Boa Viagem, Zona Sul da capital. Os asiáticos vinham da Argentina com documentos falsos para tentar entrar no Brasil.

De acordo com a PF, o grupo apresentou documento para embarque em um navio que só chegaria em sete dias no Porto do Recife. A fraude foi detectada porque já havia ocorrido caso semelhante no dia 5 de maio e por não haver contato da empresa responsável pelo navio sobre a chegada dos estrangeiros. A polícia explica que, apesar dos passaportes serem autênticos, a entrada deles seria irregular, pois não possuem visto considerando que são de Bangladesh.

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Em casos como esse, os estrangeiros são reembarcados para o país de origem, porém advogados compareceram na Delegacia de Imigração e impetraram um habeas corpus para que os bangladeses permanecessem no Brasil. Eles devem solicitar refúgio para preservação das integridades física, psicológica e corporal em decorrência de perseguição político-religiosa em seu país de origem.

A Justiça Federal acatou o pedido dos advogados e os estrangeiros foram registrados como refugiados. Após a conclusão dessa primeira fase, o caso seguirá para o Comitê Nacional para Refugiados (Conare), vinculado ao Ministério da Justiça, que decidirá se aprova. Os estrangeiros foram liberados e saíram acompanhados dos advogados para local não informado.

Segundo a Lei 9.474/1997 é considerado refugiado todo indivíduo que sai do seu país de origem devido a fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas imputadas, ou devido a uma situação de grave e generalizada violação de direitos humanos no seu país. Considera-se que uma pessoa é perseguida quando seus direitos tenham sido gravemente violados ou estão em risco. Isso pode acontecer, por exemplo, quando a vida, liberdade ou integridade física da pessoa corre sério risco no seu país.

Um contador, de 55 anos, foi preso em flagrante por suspeita de realizar a migração ilegal de oito estrangeiros, no Aeroporto Internacional dos Guararapes, na Imbiribeira, Zona Sul. Ele contou a Polícia Federal que era estagiário de uma empresa de transbordo, mas foi descoberto que na verdade receberia uma quantia pelo translado dos passageiros.

Os oito cidadãos de Bangladesh desembarcaram no Recife de um voo vindo de Buenos Aires, na Argentina, no último domingo (5). O grupo possuía passaportes, carteira de tripulante marítimo e uma carta da empresa marítima de transbordo, com o objetivo de embarcarem no navio 'Ocean Exporter'. Porém, a Polícia Federal (PF) entrou em contato com a empresa responsável pela embarcação, que informou não haver previsão para o embarque de tripulantes. Mesmo com os passaportes autênticos, a entrada deles no Brasil seria irregular, pois não possuíam visto.

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Nesse momento, o contador que acompanhava o grupo apresentou-se como estagiário de uma empresa de transbordo e afirmou que ia buscar a documentação necessária - esquecida no hotel. Ao retornar a PF, ele apresentou um pedido de refúgio assinado por um advogado de São Paulo e não o documento que regularizaria a situação do grupo.

O contador foi preso em flagrante por promover a migração ilegal de estrangeiros em troca de uma quantia não revelada. Após a apreensão, ele passou por audiência de custódia, mas foi liberado depois de pagar fiança, logo, responderá pelo crime em liberdade. Caso condenado, poderá receber uma pena de dois a cinco anos de reclusão. A PF protocolou o pedido de refúgio dos migrantes, que será encaminhado para o Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE) para avaliação.

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Pelo menos dois muçulmanos foram mortos nesta segunda-feira em uma operação policial em Bangladesh contra um possível esconderijo de extremistas na periferia da capital, anunciaram as autoridades.

Comandos de uma unidade de elite procuravam uma casa em um subúrbio a oeste de Daca pouco depois da meia-noite e foram recebidos a tiros, disse o tenente-coronel Ashique Billah à AFP.

Houve uma forte explosão que destruiu as paredes da casa, acrescentou o comandante.

"Nossa unidade de retirada de minas encontrou pedaços de corpos de dois combatentes na casa. A explosão foi tão forte que pulverizou seus corpos e abalou toda a vizinhança".

As forças de segurança detiveram quatro pessoas para interrogatório.

O grupo Estado Islâmico reconheceu que a explosão está ligada a uma célula da organização jihadista.

O EI não reivindicava uma ação em Bangladesh desde março de 2017, quando o grupo radical perpetrou ataques com explosivos contra a região de Sylhet, no nordeste do país.

Bangladesh lançou uma campanha de repressão aos grupos islamitas locais desde o ataque a um elegante café em Daca, que deixou 22 mortos, incluindo 18 estrangeiros, em julho de 2016.

Depois de denunciar o diretor de sua escola por assédio sexual, a estudante Nusrat Jahan Rafi, de 19 anos, foi queimada viva na instituição de ensino pelos próprios colegas. O caso aconteceu em Bangladesh, país conservador do sul da Ásia.

Nusrat teve a coragem que poucas mulheres que são vítimas de abusos sexuais no país tiveram, já que em Bangladesh elas escolhem manter os casos em segredo, por medo de serem humilhadas pela sociedade ou por suas próprias famílias.

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Rafi procurou a polícia para denunciar o abuso. Em depoimento, ao invés de ter garantido o ambiente de segurança, a vítima foi filmada pelos policiais enquanto fazia a denúncia. Ela era de uma família conservadora e frequentava uma escola religiosa. Por isso, para uma garota em sua situação, relatar o assédio sexual pode trazer consequências.

Mesmo diante de tudo isso, a mulher foi adiante com a denúncia e o diretor de sua escola foi preso. De acordo com  a BBC, as coisas pioraram para a jovem com a prisão do abusador. As pessoas começaram a culpar Rafi e a sua família, que começou a se preocupar com a segurança.

No dia 6 de abril, a vítima precisou ir à escola para fazer as provas finais do semestre. Lá, uma estudante levou Rafi para o último andar da unidade de ensino. No local estavam cinco pessoas usando burcas e começaram a pressionar para que a vítima retirasse as acusações contra o diretor.

Na negativa da Rafi, os suspeitos atearam fogo contra ela, que conseguiu fugir e, no caminho para o socorro, gravou um depoimento sobre o fato. Com 80% do corpo queimado, a vítima não conseguiu sobreviver e morreu no dia 10 de abril.

Notícias sobre o caso dominaram Bangladesh, o que acabou mobilizando muitas pessoas a iniciarem um protesto contra os abusos sexuais cometidos no país. Desde então, a polícia prendeu 15 pessoas, sendo sete que estariam envolvidas com o assassinato de Rafi. Mensagens como "Burcas não param os estupradores" estão viralizando no local.  

Um avião comercial realizou um pouso de emergência neste domingo (24) em Chittagong, sul de Bangladesh, após uma tentativa de sequestro. Um homem armado tentou assumir o controle da aeronave, que fazia a rota entre a capital Daca e Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e pertence à companhia aérea Biman Bangladesh.

Os passageiros foram evacuados no aeroporto de Chittagong, e o sequestrador acabou morto em uma ação das forças especiais bengalis, que haviam cercado o avião. 148 pessoas estavam a bordo, e todas passam bem.

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O sequestrador, de 25 anos, exigia falar com a primeira-ministra Sheikh Hasina e sofria de problemas mentais. 

Da Ansa

Daca, 24 (AE) - Um avião que partiu da capital de Bangladesh, Daca, com destino a Dubai realizou um pouso de emergência em Chittagong, ainda em Bangladesh, após um homem tentar sequestrar a aeronave neste domingo, informou o oficial Mofidur Rahman, da Força Aérea local. Em entrevista coletiva, Rahman disse que não houve feridos no incidente, que envolveu um avião da Biman Bangladesh Airlines.

A autoridade disse que o suspeito foi detido e era interrogado. Rahman qualificou o homem como "um terrorista", mas evitou dar detalhes sobre o episódio, dizendo apenas que todos estavam em segurança.

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Soldados de Bangladesh chegaram a tomar posição dentro do Aeroporto Internacional Shah Ananta, em Chittagong, 252 quilômetros a sudeste de Daca, antes de que a prisão fosse realizada. Fonte: Associated Press.

Pelo menos 69 pessoas morreram nesta quarta-feira (20) no incêndio em um prédio de apartamentos na capital de Bangladesh, que também serve como um armazém produtos químicos, segundo os bombeiros.

O chefe do serviço de bombeiros de Bangladesh, Ali Ahmed, disse que o número de mortos deve subir. Segundo Ahmed , o incêndio em Chawkbazar, na parte antiga de Daca, pode ter se originado em um botijão de gás antes de se espalhar rapidamente pelo prédio onde produtos químicos altamente inflamáveis eram armazenados.

As chamas percorreram quatro edifícios contíguos, que também eram usados como armazéns de produtos químicos. "Houve um tumulto quando o incêndio começou, as pessoas não conseguiram escapar", disse ele, descrevendo uma parte da cidade onde as ruas são muito estreitas.

Outro oficial de bombeiros disse a repórteres que o incêndio, que começou por volta das 22h45 (horário de Brasília) na quarta-feira, foi "contido", mas não encerrado, apesar dos esforços de mais de 200 bombeiros.

"Levará tempo. Este não é como outro incêndio qualquer", disse ele, acrescentando que a proporção foi devastadora por causa dos produtos químicos" altamente combustíveis armazenados no local.

Um inspetor de polícia disse no Hospital do Colégio Médico em Dhaka que pelo menos 45 pessoas ficaram feridas, incluindo quatro em estado grave. Centenas de pessoas correram para o hospital para procurar seus parentes desaparecidos.

Um fato similar em 2010 em um antigo prédio na capital de Bangladesh, que também foi usado como depósito de produtos químicos, matou mais de 120 pessoas em um dos piores incêndios em Daca.

Um incêndio atingiu uma comunidade no sul de Bangladesh neste domingo (17) e matou ao menos nove pessoas, além de destruir centenas de casas, anunciou a Polícia.

O incêndio irrompeu na cidade portuária de Chittagong por volta das 03h30 (locais) e se espalhou pelo distrito de casas de bambu, lata e lona, afirmou o chefe da Polícia local, Pranab Chowdhury.

"Ao menos 470 casebres foram destruídos pelo incêndio. Até agora nove pessoas morreram. Entre elas estão quatro membros de uma família", disse à AFP o oficial da brigada de incêndio, Hefazatul Islam.

É comum ocorrer incêndios nas comunidades de Bangladesh, onde milhões de pessoas vivem em más condições.

Grupos de direitos humanos já alegaram que algumas comunidades foram alvos de ações deliberadas de sabotagem por parte de desenvolvedores que buscavam liberar propriedades para construir prédios.

"Vimos incêndios sendo usados como armas para expulsar moradores", disse o ativista de direitos humanos Nur Khan Liton à AFP.

A estrela de Hollywood Angelina Jolie visitou nesta segunda-feira um campo de refugiados rohingyas em Bangladesh.

Depois de chegar ao sul da nação asiática, Jolie, que é enviada especial da Acnur, a agência de refugiados da ONU, dirigiu-se imediatamente ao campo de Teknaf, perto da fronteira com Mianmar, onde cerca de 720.000 integrantes dessa minoria muçulmana se refugiram em agosto de 2017.

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A atriz de 43 anos não fez comentários, mas o subchefe de polícia do distrito de Cox's Bazar, Ikbal Hossain, contou à AFP que Jolie ficou de visitar outros campos nesta terça-feira.

Jolie está em Bangladesh para verificar as necessidades humanitárias nos campos rohingyas.

Ela anteriormente visitou refugiados rohingyas em Myanmar, em julho de 2015, e na Índia, em 2006.

Bangladesh recebeu em suas terras mais de 700 mil rohingyas fugidos da perseguição em Mianmar desde 2017.

Jolie vai concluir sua visita depois de se reunir com o primeiro-ministro Sheikh Hasina e outras autoridades em Daca.

A ONU deve lançar em breve um novo apelo internacional de US$ 920 milhões para atender às necessidades dos refugiados rohingyas e das nações que os abrigam, segundo a Acnur.

As camisetas lançadas pelas Spice Girls como parte de uma campanha pela igualdade de gênero são produzidas por mulheres que trabalham em condições análogas à escravidão, revelou o jornal britânico "The Guardian".

As mulheres trabalham em uma fábrica de Bangladesh, país bastante procurado pela indústria de moda devido ao baixo custo de produção, onde recebem o equivalente a R$ 1,70 por hora. A investigação ainda diz que elas são forçadas a trabalhar 16 horas por dia e são insultadas caso não batam suas metas.

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Uma dessas mulheres teria dito ao jornal britânico que as condições são desumanas e que há casos de pessoas que desmaiam ao longo do expediente. A fábrica pertence a um ministro do governo de Bangladesh, e as camisetas produzidas são vendidas a 19,40 libras (R$ 94,6) cada. Desse valor, 11,6 libras (R$ 55,9) são revertidos à campanha.

Entretanto, a organização britânica de caridade Comic Relief, que deveria ser beneficiada com o dinheiro da campanha, afirmou que nunca recebeu nada e que está revoltada com a descoberta do jornal. Um porta-voz das Spice Girls disse estar "chocado", e a empresa responsável pela fábrica, a Interstoff Apparels, declarou que as denúncias são falsas.

Em 2013, um edifício que abrigava fábricas de moda em Bangladesh desabou, devido às péssimas condições do prédio, deixando mais de mil mortos. A tragédia, que ficou conhecida pelo nome do edifício, Rana Plaza, marcou a situação têxtil do país e chocou o mundo. 

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