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Na frente do primeiro trio da 16ª Parada da Diversidade do Recife, um grupo de mulheres já se reunia com faixas e cartazes, na tarde deste domingo (17). Na frente do Parque Dona Lindu, na Zona Sul do Recife, durante a abertura do evento, o coletivo “Mães pela diversidade” já se reunia.

Em sua maioria, o grupo é composto por mães e pais de lésbicas gays, bissexuais, travestis e transexuais. Algumas famílias que compõem o grupo perderam seus filhos assassinados por conta da homotransfobia. O coletivo surgiu há pouco mais de um ano em São Paulo e se expandiu para 14 estados do Brasil. O objetivo do movimento  é  lutar pela garantia de direitos civis da população LGBT. 

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De acordo com o Grupo Gay da Bahia, o ano passado foi o mais violento dos últimos 40 anos para a comunidade LGBT. Segundo a entidade, 343 pessoas foram mortas em todo o Brasil, uma média de um assassinato a cada 25 horas. 

A maior parte dos crimes de LGBTfobia acontecem em lugares ermos das cidades ou dentro de casa e a predominância é de vítimas jovens, com idades que variam entre 19 e 30 anos. O relatório do GGB apontou 14 assassinatos no ano passado em Pernambuco. Ainda segundo dados da Secretaria de Defesa Social (SDS), entre 2014 e 2016 foram 635 casos de violência domiciliar contra a população LGBT.

Confira:

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Com mais de um metro e meio de altura e gradeada, as catracas da Estação Benfica do BRT, no corredor Leste/Oeste, complicam a vida dos usuários. O espaço é o mais recente inaugurado e recebeu esses equipamentos para evitar fraudes.

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Como explica Bernardo Braga, consultor do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE), “este é um teste motivado pelo grande índice de embarques irregulares”.

Na manhã desta quinta-feira (17), a Urbana-PE apresentou a campanha Faça Certo com a finalidade de coibir esse tipo de ação irregular. Para evitar que as pessoas pulem o equipamento, passem por baixo ou ingresse juntamente com outro passageiro, a medida foi adotada nesta Estação, exclusivamente. 

Braga ainda acrescenta que “será avaliada a adequação do modelo para ver o que é possível ser feito para coibir essas fraudes que recaem sobre o passageiro, a tarifa e o conforto”. Apesar disso, ele adianta que não há um período específico desse teste e a readequação desses equipamentos ainda é uma questão que será avaliada e que “não há nenhuma previsão do mesmo modelo para as demais”. 

Transgêneros são pessoas que não se identificam com o gênero que foi designado a elas de acordo com o sexo biológico. São homens que nasceram com um corpo social e biologicamente interpretado como feminino, ou mulheres que foram designadas como pertencendo ao sexo masculino. 

O preconceito da sociedade contra a população transgênero faz com que 73% das pessoas trans já tenham sofrido violência de gênero. Além disso, a negação do reconhecimento da identidade e do nome dessa parte da população gera problemas psicológicos e sociais, que muitas vezes afastam os transgêneros dos estudos e do mercado de trabalho. 

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Essa realidade faz com que as pessoas trans tenham piores condições de educação e saúde, menor expectativa de vida, baixa renda e muitas vezes precisem recorrer a atividades ilegais, como a prostituição, para garantir o próprio sustento. 

Para tentar ajudar a mudar essa realidade, integrantes de um coletivo de jovens chamado Rua estão criando, em parceria com outras entidades, como o Fórum LGBT de Pernambuco, um curso preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e para o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja). O “Educar e Transformar” tem prioridade para pessoas trans que queiram ingressar na universidade. 

Rávanny Landim é militante do coletivo Rua e uma das coordenadoras do curso. Ela explica que a ideia é fornecer aulões gratuitos aos sábados para os estudantes, abordando tanto os conteúdos que estão no programa dos exames quanto questões sociais e políticas através de oficinas ministradas pelos voluntários do projeto. Além disso, o acolhimento aos estudantes, pensando no empoderamento e respeito às vivências e identidades de cada estudante.  

Rafael Aldo é estudante de Licenciatura em Química na Universidade Federal de Pernambuco e decidiu se voluntariar para dar aulas no curso Educar e Transformar para ter uma experiência profissional com uma parcela da população com a qual ele, devido aos problemas sociais geram a exclusão de pessoas trans do ambiente escolar e acadêmico, nunca teve contato na escola ou na universidade. O incômodo de Rafael o levou a querer ser parte do processo de mudança, ajudando pessoas trans que querem ter um diploma universitário. 

Leonardo Tenório é um homem trans de 27 anos de idade que está inscrito no curso “Educar e Transformar”. Ele vai começar a cursar biomedicina na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) a partir da próxima segunda-feira (7) e quer estudar os conteúdos do Enem para tentar entrar em medicina. Apesar disso, a trajetória de Leonardo com os estudos, sendo um homem trans, não foi fácil. 

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A transexualidade foi descoberta pouco depois de concluir o Ensino Médio, por volta dos 18 anos de idade, em uma época que não havia muita facilidade para se obter informações a respeito de questões de gênero mesmo na internet. O preconceito e a falta de um ambiente acolhedor que respeitasse sua identidade fez com que Leonardo retardasse seu ingresso na universidade. 

“Na época que eu terminei o Ensino Médio a UFPE ainda não adotava o nome social e eu não queria estudar em um lugar onde eu iria ser desrespeitado e ofendido o tempo todo”, conta Leonardo, que ajudou a formular a resolução que a faculdade adota desde 2015 para permitir o uso do nome social para travestis e transgêneros. 

Para Leonardo, a quebra dos preconceitos e a inclusão das pessoas trans nas universidades, assim como a adequação do meio acadêmico à diversidade de gênero, é um fator importante para que as pessoas trans que hoje vivem em condições precárias e são postas à margem do convívio social possam melhorar de vida através da qualificação profissional e ascensão econômica.

Antes de ingressar no curso superior pela primeira vez, Leonardo iniciou uma trajetória de militância pelo Brasil, dando palestras, reunindo outros homens trans e contribuindo para a formulação de políticas públicas para a população trans. A rotina, no entanto, o impedia de ingressar na universidade. 

Algumas dificuldades financeiras fizeram com que Leonardo, que não tem mais contato com sua família, precisasse deixar o curso para trabalhar e poder se manter. Hoje, retomando os estudos, ele espera poder estudar contando com bolsas de assistência estudantil e com estágios em sua área de conhecimento. 

Como se Inscrever

As pessoas que se interessarem pelo cursinho popular com prioridade para estudantes transgênero devem se inscrever gratuitamente através do site do curso Educar e Transformar até a próxima quarta-feira (9). As aulas começam no próximo sábado (12) serão ministradas semanalmente, no centro do Recife, em local a ser confirmado pela organização do projeto. Estão sendo disponibilizadas, ao todo, 60 vagas. 

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Quem precisa utilizar o transporte complementar nesta segunda-feira (17) encontrou dificuldades. Isto porque os profissionais que operam essas linhas cruzaram os braços em pedido do pagamento de três quinzenas de salários atrasados.

Ao todo, as 18 linhas que operam de forma gratuita para o usuário ficaram paradas. Elas são responsáveis pelo transporte de passageiros para linhas convencionais e metrôs em locais onde outros ônibus não conseguem acessar. 

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Diante disso, o Grande Recife explicou o motivo da falta de pagamento desses profissionais. O órgão frisa que “não efetuou o pagamento devido à falta de repasse pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE), responsável pela arrecadação da bilhetagem eletrônica”.

Porém, o atendimento à população deve ser reestabelecido quando o Sindicato realizar o pagamento. “Contudo, a Urbana-PE informou que efetuará o pagamento ainda hoje”.

Quem utiliza a linha 2040 - CDU/Boa Viagem/Caxangá deixará de ser atendido pelos veículos BRTs a partir de sábado (15). A linha estava utilizando esse tipo de veículo de forma temporária e agora as viagens serão realizadas em ônibus comum. 

Conforme o Grande Recife, o trajeto será feito com doze novos coletivos, todos equipados com ar-condicionado, e não terá redução de frota ou mudança no quadro de horários. O órgão atenta para a volta do uso das paradas de ônibus convencionais, “na Praça do Derby e em toda a extensão da Avenida Caxangá, ou seja, não mais atenderá às estações do BRT”.

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Para mais informações, o Grande Recife disponibiliza o número 0800 081 0158, que atende os passageiros de domingo a domingo, das 7h às 19h.

 

 

Durante um trajeto de ônibus, os passageiros foram surpreendidos por um acidente. O coletivo biarticulado se partiu em movimento, na cidade de Palhoça, na Região Metropolitana de Florianópolis, por volta das 17h da última sexta-feira (7). Um vídeo registrou o momento em que a parte central do veículo se desconectou da traseira, dividindo os passageiros em duas áreas. Ninguém ficou ferido.

Conforme testemunhas à imprensa local, o ônibus da linha Unisul/Jardim Aquarius já apresentava barulho e, inclusive, o motorista pediu que o acesso dos passageiros fosse realizado pela parte traseira. Pessoas informaram que essa área estava lotada e que, por haver congestionamento, o veículo estava em baixa velocidade, fato que pode ter impedido que houvesse feridos. 

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Veja o vídeo:


O Movimento Ocupe Estelita realizou um ato simbólico na tarde e que entrou pela noite deste domingo (21) para comemorar os cinco anos do movimento. Entre as atividades: lançamento de livro, feira, exposição de fotografias e roda de debates. A iniciativa também foi importante, segundo um dos integrantes do movimento Fernando Ribamar, para ressaltar que o projeto para a área deve ser pensado em coletivo. 

“A importância do ato é simbólico, especialmente porque a gente está comemorando cinco anos que esse bando de desocupados e maconheiros vem impedindo que as 12 torres se ergam aqui no Cais. Então, é uma comemoração nesse sentido e também uma reflexão com relação ao momento em que estamos vivendo”, ironizou.

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Ribamar declarou que o Ocupe Estelita não é contra que seja construído algo na área, no entanto que deve ser feito de forma coletiva. “A gente não defende que aqui seja construído nada ou que seja construído alguma coisa. O que a gente defende é que este espaço como sendo o último vazio urbano do Recife entre o centro e a Zona Sul deve ser pensado com a sociedade de modo a atender da forma mais ampla possível os anseios de toda a sociedade e não somente da construtora que adquiriu o terreno”. 

“Quantas milhares de pessoas moram aqui no Coque, no bairro São José e em Afogados que vão ser impactadas diretamente por um empreendimento de luxo que vai inflacionar os alugueis e os terrenos que eles moram? Eles vão ser expulsos daqui para ir morar onde? Então, a gente tem que fazer o debate que inclua todo mundo. A gente não tem uma receita pronta, não, a gente quer é debater com a participação popular. O projeto para o Cais deve ser pensado em coletivo”, acrescentou.

O representante ainda disse que o grupo também discute o momento que o Brasil está passando. “E a necessidade de garantir que lutas sejam unificadas, por isso estamos chamando para o Cais para poder questionar que lutas cabem aqui. O Ocupe Estelita é fruto de uma luta que, no Recife, unificou diversos movimentos e áreas diferentes que entenderam que o direito da cidade era muito mais amplo do que simplesmente urbanismo e que cabia a discussão de raça, de gênero, de classe e tudo isso foi congregado aqui no Cais Estelita”, finalizou. 

Uma campanha de arrecadação de recursos foi viabilizada entre os participantes do movimento. O objetivo foi custear o pagamento de toda a estrutura necessária para montar a programação do encontro. 

Uma amizade pode surgir a qualquer momento e em qualquer lugar. Por que não no ônibus? Isso aconteceu com Natalia Soares, em Fortaleza, e os passageiros da linha 341. Com a proximidade da páscoa eles resolveram fazer uma confraternização, afinal, todos os dias o encontro acontecia no coletivo e o laço de amizade foi se fortalecendo. 

A história ficou conhecida após a prima de Natalia ter usado as redes sociais para divulgar as fotos do evento. Com bolo, café e até troca de chocolates fizeram a comemoração de páscoa dos passageiros que sempre pegam ônibus no mesmo horário. À imprensa, Natalia explicou que conheceu essas pessoas após entrar em um curso há oito meses e encontrar sempre os mesmos passageiros no coletivo. 

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O elo formado é consistente, de acordo com a postagem feita por ela com a foto do grupo. Na legenda ela diz não precisar de “muita coisa para ser feliz, amigos de trajeto, amigos pra vida”. Segundo BuzzFeed, Natalia disse ter havido também uma confraternização no Natal, mas que a da páscoa ocorreu pela primeira vez. Para esse evento, no início de abril eles fizeram o sorteio do amigo secreto e no dia 10 houve a troca de chocolates entre os 12 integrantes do grupo que inclui cobrador e motorista.  

Após vários protestos dos rodoviários, o governador Paulo Câmara suspendeu a retirada de cobradores das linhas de ônibus da Região Metropolitana do Recife (RMR). A determinação vale até mesmo para as linhas que já possuíam previsão de adotar pagamento apenas através dos cartões VEM.

Em nota, o Grande Recife anunciou que “está suspensa a retirada de cobradores de qualquer linha do Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife”. Além disso, esclarece que as linhas previstas para entrarem no novo modelo a partir dos dias 17 e 24 de abril também estão inclusas na nova determinação. São elas a 033 – Aeroporto e 511 – Alto do Mandu. 

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Durante esta semana, funcionários da Rodoviária Caxangá cruzaram os braços desde as primeiras horas da segunda-feira (14) em protesto contra a retirada desses profissionais, alegando, inclusive demissões. Os rodoviários já realizaram diversas manifestações contra a extinção desse cargo em algumas linhas em detrimento do pagamento apenas com os cartões VEM. 

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Após uma paralisação de dois dias, os motoristas e cobradores da empresa Rodoviária Caxangá voltaram às suas atividades normalmente nesta quarta-feira (12). Os trabalhadores resolveram cruzar os braços já na madrugada da última segunda-feira (10) e, segundo eles, o motivo do protesto era reivindicar contra referidas demissões. A empresa chegou a solicitar ao Grande Recife Consórcio de Transporte que outras empresas reforçassem as linhas sem circulação.

Segundo a categoria, com a implantação da exclusividade do pagamento das passagens através dos cartões VEM, cobradores foram demitidos. Isto porque, com o novo método, houve a extinção deste trabalhador em algumas linhas operadas pela empresa. Por outro lado, em nota, a empresa informou não ter havido qualquer demissão a cobrador em função das alterações do funcionamento das operações das linhas. “Os cobradores foram capacitados e aproveitados em outras funções ou realocados para outras linhas. Nos últimos meses, 314 cobradores foram promovidos e 89 estão atualmente em escolas de formação de motoristas”.

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Conforme informações do Sindicato das Empresas de Ônibus (Urbana-PE), a Rodoviária Caxangá informa que sua operação foi normalizada nesta quarta-feira (12). Além disso, alegou que 100% da frota está na rua e seguindo quadro de horários.

Na tendência dos ônibus sem cobrador, mais uma linha tem esse profissional retirado da função. Desta vez, a linha 072 – Candeias (Opcional) entrará no novo sistema a partir da próxima segunda-feira (27). De acordo com o Grande Recife, a medida foi tomada para incentivar o uso da bilhetagem eletrônica, reduzindo a circulação de dinheiro nos ônibus do Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife. 

Por conta disso, os passageiros terão que fazer o pagamento da passagem apenas com os “cartões VEM Comum e VEM Trabalhador”. Em nota, o órgão informa que “para os usuários que fazem a viagem nestas linhas, através de pagamento em dinheiro, o Grande Recife solicita que o passageiro adquira o VEM Comum”.

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Para quem não possui esses cartões, é possível adquiri-lo “dentro dos ônibus da própria linha, nas máquinas instaladas em 17 Terminais Integrados, nas estações de BRT e na sede da Urbana-PE (localizada na Rua da Soledade, Boa Vista)”. O Grande Recife disponibiliza a Central de Atendimento ao Cliente (0800 081 0158) para o usuário que desejar adquirir mais informações.

 

Coletivos são grupos de pessoas que se unem a favor de um objetivo em comum, seja ele artístico, político ou apenas profissional. Os coletivos de jovens estudantes que atuam em Belém ganharam, recentemente, mais destaque na capital paraense. Leticia Olivier, do Coletivo Publismo (no facebook, aqui), voltado para a produção audiovisual, conta que o grupo surgiu para elaborar trabalhos da faculdade, mas a vontade de ter suas ações reconhecidas fez os estudantes continuarem com o projeto. "Somos apaixonados por produzir audiovisual, a maioria dos integrantes do Publismo é estudante, então ninguém é profissional ainda, mas sempre nos esforçamos para melhorar", relata Leticia.  

A estudante de teatro conta que o reconhecimento do público é muito bom e que as críticas recebidas, também. "Já fui reconhecida na rua e foi muito legal. Claro que também recebemos críticas, mas a gente sempre procura absorver o que é importante e descarta o que não é válido", afirma.

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A revista Sketchline (no facebook, aqui), criada pelos estudantes Heleno Beckman e Gabriella Salme, surgiu logo quando eles ingressaram na universidade. A revista foi criada com o objetivo de falar sobre cultura, arte e política. "Eu e a Gabriella estávamos muito parados e tínhamos muita vontade de produzir algo e sempre gostamos muito de escrever, então resolvemos criar uma revista", conta Heleno. Gabriella conta que o foco da revista é de integrar pessoas, de fazer uma dinâmica de compartilhar projetos. "Gostamos muito do que fazemos e queremos fortalecer o cenário do nosso Estado, da nossa cidade. Queremos falar do que acontece, não só aqui no Pará, mas em todo o país, porque vemos um conteúdo legal de se explorar, mas pouco explorado na cultura. Então queremos fazer um trabalho bacana envolvendo essa parte", relata.

O estudante de Publicidade e Propaganda Kleiton Pantoja, integrante do coletivo Ver-a-Cidade (no facebook, aqui), conta que o projeto surgiu para produzir para o Festival Osga de Vídeos Universitários e que tem como objetivo resgatar a cultura do Estado do Pará. "Eu e meus amigos do Ver-a-Cidade já estávamos no quinto semestre e não tínhamos nenhuma produção, então resolvemos participar do Osga. Então, percebemos que tínhamos capacidade de produzir um curta-metragem, e decidimos então continuar com o projeto e produzir mais coisas, mostrar tudo isso de movimentos socioculturais do Estado", afirma Kleiton.

Lucas Moraga, estudante de Publicidade e Propaganda, explica como surgiu a ideia de produzir a web série "Pretas", que estava em exibição em fevereiro desse ano na França, no Festival de Curta-Metragem Clermont-Ferrand, e que ganhou vários prêmios no Festival Osga de Vídeos Universitários. "A nossa principal vontade partiu de um incômodo de não haver negro sendo representado no audiovisual, nos mais variados pontos e aspectos do cinema", conta Lucas. O estudante também conta como foi receber a notícia da série ser exibida em uma mostra no estande brasileiro do festival na França. "A gente enviou o e-mail de uma forma muito despretensiosa, porque a gente mora em Belém do Pará e aqui o nível de oportunidade é ínfimo no audiovisual. E o festival da França é o maior de lá, então dá uma válvula de gás pra gente muito forte, pra gente continuar produzindo ainda que com baixo orçamento", afirma Lucas.

Veja entrevistas no vídeo abaixo.

Por Leticia Aleixo (com apoio de Jhonathan Rafel e Marcella Salgado).

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Em um mês, mais de 310 assaltos a ônibus foram registrados em Pernambuco, risco constante e medo generalizado sentido pelos que precisam utilizar o coletivo. Além de estarem na mira dos bandidos, as vítimas ainda podem ter perdas materiais, doendo no bolso de quem sua o mês inteiro para adquirir o tão sonhado celular, relógio e outros pertences. Depois dos danos, fica o prejuízo, afinal, a possibilidade de ressarcimento é um resultado sob dependência de bom senso. 

Rayana Souza é uma das tantas vítimas das ações dos bandidos e contabilizou a perda de um celular, levado durante um assalto no mês de agosto de 2016, na linha TI TIP (Derby). Ela voltava da faculdade, à luz do dia, por volta das 13h15, quando homens entraram no coletivo, anunciaram o assalto e levaram os pertences dos passageiros. Ela contou que soube da possibilidade de ressarcimento, mas por medo de se expor fez apenas o Boletim de Ocorrência (B.O) pela internet. “Não sei direito o procedimento, mas pelo telefone 190 eles falaram para ir à delegacia e entrar em contato com a empresa. As informações foram soltas e eu não segui adiante”. 

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Assim como não ficou claro para Rayana, também foi um assunto ouvido vagamente e sem profundidade pela administradora Mariana Cavalcanti. Vítima de um assalto dentro do coletivo da linha CDU/Boa Viagem/Caxangá, por volta das 20h, em agosto de 2015, ela teve seu celular levado pelos bandidos. “Nunca procurei informações sobre isso, mas se eu fosse pedir indenização, seria por algo superior ao valor do aparelho, afinal, ficou o trauma causado pelo assalto”.

Dúvidas. Esta é a situação dos usuários de transporte público. Apesar de especular a opção de ressarcimento ou algum tipo de indenização, vale lembrar que essa possibilidade é um processo árduo e, na maioria das vezes, sem sucesso. De acordo com Roberto Campos, gerente de fiscalização do Procon-PE, este tipo de ação é considerada “fato imprevisível e as empresas não gozam de qualquer obrigatoriedade de ressarcimento das vítimas (passageiros) por assaltos e furtos”. Ele ainda esclarece que o motorista e cobrador são as únicas pessoas a terem direito a esta indenização “por força da Convenção Coletiva dos Trabalhadores da Categoria”. 

Campos explica duas exceções em que a vítima pode ser ressarcida. São elas: quando a pessoa é assaltada ou roubada nas dependências de uma instituição financeira – isto inclui estacionamento, e em caso de acidentes em coletivos. Nesta última situação, a empresa tem obrigação junto ao passageiro. 

No entanto, o advogado e professor da Estácio, Leonardo Moreira, aponta para a responsabilidade do Estado em disponibilizar transporte público à população. “No momento em que este tipo de serviço é oferecido, deve ser mantido o mínimo de segurança para o passageiro”. Em Pernambuco, o serviço é feito pelas empresas concessionárias e, por isso, elas assumem o risco e devem garantir a segurança de quem é transportado. Apesar do grande número de assaltos a coletivos e as evidências de insegurança dos passageiros, ele esclarece que, de acordo com o Código do Consumidor, não há legislação específica que abarque isto. 

Opção para o passageiro

Como não há normas dando direito de ressarcimento ao passageiro, ele pode apelar para o bom senso da empresa e do Estado. Moreira aponta para a necessidade de prestar queixa imediatamente após o crime. É importante ter em mãos um comprovante que demonstre o valor real do objeto roubado. “Portando todos os documentos, e levando à empresa de ônibus e ao Estado, há uma pequena possibilidade de indenização, no entanto, vai depender da razoabilidade das companhias”. 

Por outro lado, o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) explica que não cobre o prejuízo pois “constitui causa excludente de responsabilidade da empresa transportadora o fato inteiramente estranho ao transporte em si, como é o assalto ocorrido no interior do coletivo”. A entidade alega que as operadoras são vítimas dos assaltos nos coletivos da Região Metropolitana do Recife (RMR) assim como a população. 

Quanto ao cenário de violência, a Urbana-PE informou sobre o reforço das empresas em enviar “relatórios detalhados com os registros dos assaltos às autoridades competentes de forma a permitir o planejamento da ação policial”. São destacados os sistemas de bilhetagem eletrônica e o investimento de câmeras para inibir as ocorrências.

Ocorrências em Pernambuco

Somente em janeiro de 2017, o número de assaltos a ônibus ultrapassou os 313 casos. O mês foi classificado como o mais violento, ultrapassando dezembro – considerado o de maior incidência de assaltos e roubos – com 226 registros. Segundo o Sindicato dos Rodoviários, em 2016 foi contabilizada uma média de mais de dez assaltos por dia, totalizando 1.916 casos em todo o ano. 

De acordo com Benilson Custódio, presidente da entidade, o ressarcimento é aplicado para motoristas e cobradores de forma cordial. “Com a apresentação de todos os documentos, a empresa indeniza o funcionário que perdeu seu bem em assalto”. 

O coletivo Ni Una Menos, que nasceu na Argentina em 2015 como resposta a uma onda de feminicídios que mobilizou a sociedade, convocou nesta terça-feira uma paralisação internacional pelos direitos das mulheres, no próximo 8 de março.

A paralisação, que coincide com o Dia Internacional da Mulher, é produto de uma articulação do coletivo com mulheres de vários países em defesa de seus direitos, explicou a ativista e jornalista do Ni Una Menos Marta Dillon à rádio Télam.

A ação de rua quer denunciar em um "grito comum" que "o capital explora nossas economias informais, precárias e intermitentes. Que os Estados nacionais e o mercado nos exploram quando nos endividam", afirma a convocatória.

O protesto, cuja proposta é uma paralisação de cinco horas, também tem como alvo a diferença salarial entre homens e mulheres, que é de 27% em média, acrescenta o comunicado.

Dillon se referiu à dificuldade das mulheres de "conciliar o trabalho remunerado com o trabalho não remunerado", em referência às tarefas domésticas, que contribuem para trabalhos mais precários, de meia jornada, com salários mais baixos e levam a renunciar a carreiras profissionais.

Segue até o próximo dia 29 de outubro a 1º Mostra de teatro alternativo do Recife, com mais de 50 apresentações e 35 espetáculos na capital pernambucana. A mostra 'Outubro ou Nada' foi criada por um coletivo de artistas pernambucanos independentes e traz à tona a questão da representatividade do teatro na sociedade contemporânea. Ao todo, são 14 espaços alternativos utilizados por mais de 24 grupos e companhias durante os 26 dias de apresentações.

Elaborado através de uma construção coletiva, a mostra marca o momento atual de como as artes cênicas, através de todos esses artistas mobilizados, tem lidado com o sucateamento dos espaços culturais de Pernambuco. A ideia do evento é transformar culturalmente e garantir a identidade desta geração. 

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De acordo com a organização da mostra, há uma necessidade de agitar o mercado das artes cênicas de Pernambuco, dinamizando linguagens múltiplas e periféricas, que não é fazendo o teatro apenas acontecer nos espaços oficiais, mas por toda a cidade, em qualquer lugar, até mesmo, numa casa privada ou partamento. Confira a programação completa da 1º Mostra de Teatro Alternativo do Recife aqui.

Nesta quinta-feira (6), a programação será realizada no Edifício Textas, no Espaço Magiluth, às 20h. Com 1h de duração, o espetáculo "1 Torto", traz um olhar de fora para as cidades que muitas vezes ficam soterradas pelo banal. A peça trabalha a partir das pequenas coisas, aquelas que volatizam num piscar de olhos deixando marcas mais profundas do que o mais grandioso gesto. Os ingressos serão vendidos uma hora antes do espetáculo e custa R$ 20 (inteira) e R$ 10. 

Um adolescente de 17 anos foi vítima de estupro coletivo, nesta quarta-feira (5), dentro da Casa de Semiliberdade (Casem), no bairro de Indianópolis, em Caruaru, Agreste de Pernambuco. Seis pessoas são suspeitas de participar do crime, entre elas, dois maiores de idade. 

De acordo com a Polícia Militar, os dois maiores já foram levados à audiência de custódia e, dependendo da decisão da Justiça, podem ser encaminhados para o presídio de Santa Cruz do Capibaribe, também no Agreste. Caso seja comprovada a participação dos menores no crime, eles perdem a semiliberdade e voltam para a medida de internação na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase).

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A Funase se pronunciou por meio de uma nota. Confira na íntegra:

De acordo com a Fundação de Atendimento Socioeducativo – Funase, um adolescente da Casa de Semiliberdade (Casem) Caruaru, relatou ter sido estuprado por outros cinco jovens assistidos pela Unidade, na madrugada da última terça-feira (4). Segundo a vítima, o fato aconteceu após a ronda noturna da Unidade. 

Após tomar conhecimento do caso, a coordenação da Unidade encaminhou o jovem a uma unidade hospitalar, para realização de exames e atendimento necessários. Em seguida, o mesmo foi transferido para outra Unidade da Funase. De acordo com a equipe médica, o jovem passa bem. 

Os socioeducandos acusados de cometer o ato foram identificados e, também, transferidos para outras casas da Fundação. 

A Funase reitera que trabalha para oferecer tranquilidade e segurança aos socioeducandos, seus familiares e funcionários de todas as Unidades. 

 

A falência da ressocialização de jovens infratores em PE

De acordo com o Fórum de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de Pernambuco (DCA/PE), entre 2012 e 2016, 28 adolescentes foram mortos dentro das unidades de internação de Pernambuco. Ainda de acordo com o DCA, os números alarmantes garantem que Pernambuco ocupe o 1º lugar do Brasil em extermínio de adolescentes sob a responsabilidade do Estado. 

Para o Conselho Nacional de Justiça, o sistema socioeducativo pernambucano vigora em total desacordo com as diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e do Sistema Nacional de Medidas Socioeducativas (Sinase). 

Fatores básicos para a ressocialização, como o tratamento digno, respeito à individualidade e liberdade, projetos de escolarização e profissionalização, manutenção de vínculos familiares, acesso ao lazer, à cultura e à convivência comunitária são quase que utopias nas unidades socioeducativas de Pernambuco.

Para Lourdes Viana, presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA), as unidades de Caruaru, no Agreste pernambucano, e de Abreu e Lima, no Grande Recife, são as piores. "Em uma análise que fizemos, registramos a ausência de um plano sociopedagógico de recuperação e de aceleração de aprendizagem", pontua. 

Ela explica que a superlotação é um problema recorrente na Funase e que já foram solicitadas várias vezes a redução dos quantitativos que estão nos centros, principalmente no de Abreu e Lima, que consta com um número de internos muito superior ao capaz de abrigar. "A Funase tem que estudar novamente e rever um plano estrutural que inclui a construção de novas unidades para que nenhuma delas tenha a capacidade de atendimento superada".

Pessoas a partir dos 60 anos não precisarão mais de cadastro para terem gratuidade integral no Sistema de Transporte Coletivo Urbano e Rural do Município de Caruaru. Para utilizar os ônibus sem a necessidade de pagamento da taxa, basta apresentar documento de identificação pessoal. 

A decisão foi assinada, no último dia 21 de setembro, pelo o juiz José Adelmo Barbosa da 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca. O texto dispensa a obrigação de cadastramento no Sistema de Bilhetagem Eletrônica denominado "Cartão Leva". 

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As empresas que descumprirem a decisão estarão sujeitas a multas no valor de R$ 1 mil por cada passageiro que tenha o comprovante de identificação negado. A sentença ainda cabe recurso.

De acordo com o magistrado, a legislação municipal que trata deste tema encontra-se vigente desde 2004 e vem sendo descumprida pelas empresas de transporte público, há mais de 11 anos. O argumento utilizado é de que a norma não foi regulamentada. A decisão deve ser cumprida pelas 16 empresas integrantes do Sistema de Transporte de Caruaru.

Os assaltos a ônibus na Região Metropolitana do Recife continuam tendo grandes índices de ocorrências. Mais uma possível investida foi evitada com a prisão de dois homens armados em um coletivo que seguia pela Avenida Caxangá, na Zona Oeste da cidade, nas imediações do Hiper Bompreço. 

Segundo a Polícia Civil, o ônibus fazia o roteiro no qual, em cinco dias seguidos, houve investidas criminosas. A dupla atuava na divisa entre Recife e Camaragibe, assaltava e desembarcava na PE-05, no bairro da UR-7. O delegado Bruno Magalhães, responsável pelo caso, aponta que a linha é a mesma e o modus operandi é semelhante ao realizado nos últimos dias. A prisão foi efetuada pela Polícia Militar; os homens foram encaminhados à Central de Flagrantes. 

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Outro caso de violência envolvendo o transporte público foi registrado na Região Metropolitana do Recife (RMR). No início da tarde deste sábado (27), dois adolescentes armados entraram em um ônibus da linha Rio Doce/CDU, nas proximidades do Centro de Convenções (Cecon), em Olinda, anunciando um assalto. Um dos suspeitos foi baleado e morreu após fugir. O segundo ficou ferido, mas mesmo assim conseguiu alvejar o motorista do veículo.

Os dois jovens, de 16 e 17 anos, subiram no coletivo pedindo todos os pertencentes dos passageiros. O suspeito mais velho atirou no motorista, atingindo o pescoço do condutor. Foi quando um policial militar fora de serviço que estava no coletivo reagiu, atirando na perna de um deles.

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A dupla ainda conseguiu escapar do ônibus. O adolescente ferido não resistiu e morreu antes mesmo de ser socorrido. O motorista baleado foi levado ao Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, em estado grave e passa por cirurgia. De acordo com o 1º Batalhão da Polícia Militar (PM), nenhum pertence dos passageiros foi levado.

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Na manhã deste sábado (27), por volta das 8h, um homem atirou em um motorista de ônibus que fazia a linha CDU/Várzea, na Avenida Caxangá, Zona Oeste da cidade. O tiro atingiu a mão do condutor, de raspão. 

Populares afirmaram que o ônibus seguia em direção à área central do Recife e, no momento do disparo, estava com cerca de 50 passageiros que se assustaram com o episódio. O suspeito foi conduzido ao Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP).

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A polícia não confirmou qual teria sido a motivação da investida.

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