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Entidades defensoras dos direitos LGBTQIA+, juntamente com outros grupos de direitos humanos, divulgaram notas de repúdio contra o pastor José Olímpio, da Assembleia de Deus de Alagoas, neste sábado (17). A motivação foi pelo comentário considerado homofóbico do pastor contra o ator Paulo GustavoNos comunicados, também pediram que o religioso seja processado. 

 “É urgente que crimes como estes, motivados por homofobia, sejam enquadrados da tipificação da LGBTfobia , na lei de combate ao racismo de n. 7.716/2018, e que punições mais rigorosas e severas sejam tomadas contra condutas homofóbicas e atos discriminatórios como o em questão”, diz uma das notas.

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A publicação feita por Olímpio em sua conta no Instagram no último dia 15 dizia: "Esse é o ator Paulo Gustavo que alguns estão pedindo oração e reza. E você vai orar ou rezar? Eu oro para que o dono dele o leve para junto de si”Após receber duras críticas, a publicação foi excluída da rede social. Ao LeiaJá, ele reconheceu que o post foi infeliz e se defendeu das críticas.

 

O ator Paulo Gustavo está internado na unidade de terapia intensiva (UTI) no Rio de Janeiro desde o início de março, por agravamento da Covid-19. 

Veja as notas na íntegra:

"CARTA DE REPÚDIO E REVOLTA AS AGRESSÕES PROFERIDAS PELO LÍDER RELIGIOSO DA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ALAGOAS - PR. JOSÉ OLÍMPIO

Instituições LGBTQIA + e outras defensoras de direitos humanos de todo o país,  vem a público manifestar seu repúdio as  agressões motivada por homofobia, escarrada pelo líder religioso da Assembleia de Deus em Alagoas - pastor José Olímpio, na última quinta-feira, 15/04 , na página oficial do Instagram do pastor.

O ato criminoso de violência, praticado por este líder religioso, contra o ator Paulo Gustavo, que se encontra internado em virtude de problemas de saúde causadas pelo COVID-19, problema sério de saúde pública e sanitária mundial, fere severamente não só Paulo, mas todas as vítimas da doença, a comunidade LGBTQIA+, classe artística e a todos os cidadãos de bem que tenham bom senso e sintam empatia por seu próximo.

A intolerância e o conservadorismo, observados não apenas em crimes de ódio como este, mas também em discursos e práticas preconceituosas, presentes em diversas instâncias do cotidiano brasileiro atual, causam sérios problemas à ordem pública democrática deste país e entristece-nos saber que este não é um caso isolado, mas apenas um dos tantos casos de crimes motivados por LGBTfobia no Brasil, como foi o atentado de 15 de abril de 2021, a honra de Paulo Gustavo e todos os cidadãos decentes e de caráter libido deste país.

É urgente que crimes como estes, motivados por homofobia, sejam enquadrados da tipificação da LGBTfobia , na lei de combate ao racismo de n. 7.716/2018, e que punições mais rigorosas e severas sejam tomadas  contra condutas homofóbicas e atos discriminatórios como o em questão.

Fora o tratamento jurídico específico para tais crimes, reconhecendo sua  especificidade, compreendemos ainda que apenas através da educação é que poderemos construir um país mais tolerante à diversidade sexual,  de gênero, religiosa, política, étnica, social e cultural, tambem de pensamento político e religioso mas não de intolerância criminosa e libertinagem.

Por fim, manifestamos nosso apoio e solidariedade ao ator Paulo Gustavo e a todos que se sentiram feridos e magoados com a fala criminosa do pastor, ao mesmo tempo comunicamos oficialmente que medidas judiciais serão tomadas contra o pastor José Olímpio - líder religioso da Assembleia de Deus em Alagoas, ao mesmo tempo também nos solidariezamos com todos os religiosos que se sentiram agredidos e triste por este ato criminoso e intolerante.

Maceió, 17 de abril de 2021.

Assinam esta carta:

GGAL- Nildo Correia ,; CAERR - Kamila Emanuele ; Givanildo Lima - ARTGAY/AL, Aliança Nacional LGBT - Toni Reis ; Rede Gay Brasil - Fábio de Jesus ;

GGM -  Messias Mendonça ; INCVF/AL - Rosaly Damião) - INCVF ; Movimento dos Povos das Lagoas - Isadora Padilha ;  Ticiane Simões - Ateliê Ambrosina ;  CAVIDA - Wilza Rosa ; Marcelo Nascimento -  Fundador do Movimento LGBTQIA+ em Alagoas ; Associação Cultural Joana Cajuru - Waneska Pimentel, Annabella Andrade - Coletivo " O Direito Achado na Rua", REBRACA - Indianarae Siqueira, GGB - Marcelo Cerqueira, Quibamda Dudu - Otávio Reis, Associação As Musa de Castro Alves do Recôncavo - ASMUSADECAR - Gilvan Dias Medeiros ; Movimento Nacional da População em Situação de Rua de Alagoas MNPR/AL e Fórum Nacional dos Usuários do Sistema Único de Assistência Social de Alagoas FEUSUAS/AL - Rafael Machado ; GLAD Delmiro - Anna Moura ;  Luiz Mott - Fundador do Movimento LGBTQI+ na Bahia ; Coletivo LGBTIA+ Flutua (UFAL) -  Fernando I. Rodrigues de Farias; Associação LGBTQI+ e Candomblé GRUPO IGUAIS DE CORURIPE - Sophia Braz ; Arco Íris LGBT de Paripueira - Darlan Kadosh ; Instituto Feminista Jarede Viana - Ana Pereira ; Núcleo de Estudo e Pesquisa das Expressões Dramáticas ; Cia Cultural Vixe Maria ; PesComPasso Artes Cênicas ; Paty Maionese Produções e Eventos - Paty Maionese ; Coletivo Popfuzz - Nina Magalhães ; Cia Orquídeas de Fogo ; AMIREBO - Lafon Pires"

Aliança LGBT+:

"NOTA OFICIAL DA ALIANÇA NACIONAL LGBTI+

DE REPÚDIO AO PASTOR JOSÉ OLÍMPIO

A Aliança Nacional LGBTI+ vem a público manifestar seu mais profundo repudio acerca da declaração do Pastor José Olímpio, considerado hoje como braço direito do Presidente da Assembleia de Deus em Alagoas, no tocante ao estado de saúde do ator Paulo Gustavo, que está internado há mais de 30 dias por complicações da Covid-19.

Vivemos tempos sombrios. Esta afirmativa foi dita por nós inúmeras vezes nos últimos meses. O mundo enfrenta uma gravíssima pandemia que segue ceifando milhões de vidas pelo globo, o país em que vivemos segue sendo epicentro da pandemia do novo Coronavírus.

Quando acreditamos que mesmo em meio ao caos instalado, não haveria a chance de nos depararmos com declarações absurdas, nos deparamos com os seguintes dizeres proferidos pelo já citado Pastor:

“Esse é o ator Paulo Gustavo que alguns estão pedindo oração e reza. E você vai orar ou rezar? Eu oro para que o dono dele o leve para junto de si” diz o religioso.

A pandemia que ainda segue em curso transformou o caráter de alguns e revelou o verdadeiro caráter de outros, fazendo com que pudéssemos separar o joio do trigo e sem nenhuma sombra de dúvidas fossemos capazes de compreender melhor o outro. Porém, neste caminhar tênue, assim como dito, alguns se revelaram legítimas ervas daninhas, capazes de espalhar-se apenas com a finalidade de interferir negativamente em uma plantação.

Não há espaços na sociedade para tolerância com discursos preconceituosos, desrespeitosos e desonestos, que precisam ser rejeitados. Líderes religiosos são representantes de suas entidades e exemplos para os fiéis, por isso não devem jamais propagar o ódio e naturalizar a intolerância à diversidade de famílias, identidades de gênero e orientações sexuais.

'O sonho da igualdade só cresce no terreno de respeito pelas diferenças.'

Augusto Cury

Não obstante, alinhados com o repúdio manifestado pela Aliança Nacional LGBTI+, lideranças e outras entidades representativas manifestaram seu posicionamento, que encaminhados a nós, reproduzimos abaixo:

Para: Giana Karla Oliveira Teixeira (Pedagoga, Religiosa Praticante, Colaboradora da Área de Evangélic@s da Aliança Nacional LGBTI+):

Diante de acontecimento tão arcaico, a comissão de Pedagogos da Secretaria de Desenvolvimento Social do Município de Patos na Paraíba, se solidariza com toda comunidade LGBTI e repudia veemente toda e qualquer conduta de ódio a qualquer pessoa, inclusive homofobia. Os discursos de ódio proferidos por líderes religiosos contra qualquer ser humano em razão de sua condição sexual, nos impelem a cobrar da justiça punições imediatas para tal crime contra a humanidade.

Para: Vagner Veras (Pedagogo da Secretaria de Desenvolvimento Social - Patos/PB):

É lamentável a postura crítica de alguns que se dizem "representantes de Cristo" que disseminam discurso de ódio e preconceito contra as minorias, fazendo o caminho inverso dos ensinamentos cristãos.

Para: Madalena Kelly Brandão Cordeiro (Professora, Evangélica da Primeira Igreja Batista ):

Esse pastor não me representa e não sabe o que é o Amor de Deus!

Eu como evangélica posso garantir que ele não sabe o que é o Amor. Este pastor não me representa como evangélica!

Em meio a tantas perdas, e tantas vidas ceifadas por uma doença fatal, podemos lembrar que não temos motivos para nenhum bastardo julgamento, e seguindo ao princípio Cristão e sendo fidedignos à Bíblia Sagrada, podemos compreender que seja conforme Mateus, Capítulo 7, Versículos 1 ao 2: "Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês."

I João, Capítulo 4, Versículo 20: " Se alguém declarar: “Eu amo a Deus!”, porém odiar a seu irmão, é mentiroso, porquanto quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não enxerga."

Neste passo, manifestamos toda nossa Solidariedade a Thales Bretas, esposo do ator Paulo Gustavo, desejando forças para enfrentar este momento grave. Desejamos também saúde, e força para que o quão breve possível Paulo Gustavo esteja alegre como sempre junto aos que ama.

Continuaremos nas orações e rezas para que sua melhora seja a mais plena e rápida possível.

A Igreja é chamada a ser instrumento de paz e de reconciliação

“Ad intra et Ad extra”.

Curitiba,16 de abril de 2021

Toni Reis

Diretor Presidente da Aliança Nacional LGBTI+

Gregory Rodrigues Roque de Souza

Coordenador Nacional de Comunicação da Aliança Nacional LGBTI+

Coordenador Titular da Aliança Nacional LGBTI+ em Minas Gerais

Robson Lourenço da Silva

Coordenador Adjunto Nacional de Comunicação da Aliança Nacional LGBTI+

Coordenador Adjunto Aliança Nacional LGBTI+ em Pernambuco

Giana Karla Oliveira Teixeira

Pedagoga, Religiosa

Colaboradora da Área de Evangelic@s da Aliança Nacional LGBTI+

Hugo Raffael Andrade

Coordenador Adjunto Nacional de Interiorização e Integração da Aliança Nacional LGTBTI+

Coordenador Adjunto Estadual da Aliança Nacional LGBTI+ na Paraíba

Messias da Silva Mendonça

Coordenador da Aliança Nacional LGBTI+ em Alagoas"

 

Um tapete vermelho "minúsculo", poderosos magnatas de Hollywood ausentes e um papel "central" para as máscaras. O Oscar presencial do próximo fim de semana não correrá riscos em termos de Covid-19, mas o evento ainda teria sido "impossível" apenas algumas semanas antes, disseram seus produtores neste sábado (17).

Os 93º Academy Awards, um espetáculo de três horas, "não serão como nada que já foi feito antes", segundo o coprodutor Steven Soderbergh. Adiada para 25 de abril, a cerimônia será realizada apenas uma semana após a Califórnia liberar as vacinas para todos acima dos 16 anos, com taxas de infecção despencando. Os cinemas estão até sendo reabertos.

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Questionado pela AFP sobre o impacto do adiamento de dois meses, Soderbergh disse: "Teria sido impossível fazer antes o que vamos fazer". Em coletiva de imprensa virtual, ele afirmou que sua experiência fazendo filmes durante a pandemia e seu thriller de 2011 "Contágio" se mostraram muito úteis.

A cerimônia acontecerá na grandiosa Union Station, em Los Angeles, com os indicados socializando ao ar livre e depois entrando e saindo do local durante a apresentação. O tradicional tapete vermelho será drasticamente reduzido e a lista de convidados será tão limitada que até mesmo o poderoso chefe da Disney, Bob Iger, "não estará lá", contou Soderbergh.

Ao falor do pátio do local - onde apenas os indicados, seus convidados e um punhado de apresentadores vão conversar e beber - Soderbergh disse que espera que o Oscar dê ao mundo "um vislumbre do que será possível quando a maioria das pessoas for vacinada, e testes rápidos, precisos e baratos forem a norma".

"As máscaras vão desempenhar um papel muito importante na história desta noite", acrescentou. "Se isso é enigmático, é para ser - mas esse tema é muito central para a narrativa."

'Um retrato dos filmes'

Soderbergh e seus colegas produtores Jesse Collins e Stacey Sher estão mantendo muitos detalhes em segredo, mas indicaram que a natureza incomum e "esperançosamente única" de um Oscar da era pandêmica "certamente abriu uma oportunidade para tentarmos coisas que nunca foram tentadas antes".

A cerimônia terá "a estética de um filme em vez da de um programa de TV", incluindo o uso de "tomadas por cima do ombro do público" semelhantes às do cinema e formatos widescreen de alta resolução, revelou Soderbergh.

A maioria dos indicados deve comparecer pessoalmente, com hubs preparados em Londres e Paris permitindo a participação de europeus que não possam viajar devido às restrições. Porém, apenas por meio de conexões de satélite no padrão da indústria, não por Zoom. Prêmios recentes foram criticados por seu intenso uso de videochamadas.

Seguindo o conceito de premiação como um filme, nenhum apresentador foi divulgado, mas os apresentadores - anunciados como o "elenco" da cerimônia - "representarão a si mesmos, ou... Uma versão de si mesmos". Harrison Ford, Brad Pitt e Reese Witherspoon são algumas das estrelas já anunciadas.

Os indicados serão convidados a compartilhar histórias pessoais, em um programa que terá muitas entrevistas. "As histórias têm sido incríveis, muito úteis para nós", afirmou Soderbergh. "E um arquivo maravilhoso - um retrato dos filmes em 2020."

Sem um plano sólido de vacinação nacional contra a Covid-19, o Consórcio Nordeste, formado pelos nove Estados da região, tomou a frente da negociação das vacinas contra a Covid-19 e deve receber as doses da Sputnik V antes do governo federal. 

O laboratório responsável pela produção da vacina decidiu que após autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), distribuirá o imunizante primeiramente aos governadores nordestinos.

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Ao todo, 37 milhões de doses foram compradas pelo Consórcio Nordeste. No momento, o entrave para a chegada da vacina é a aprovação da Anvisa. As entregasestão previstas para os meses de abril, maio e junho. 

O contrato foi celebrado no dia 17 de março pelo governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Wellington Dias. 

“Além do contrato geral para a compra dessas doses da vacina, agora, cada Estado do Nordeste também celebrou contrato individualmente. Estamos com as equipes do Consórcio Nordeste e do Ministério da Saúde trabalhando um termo pela decisão de colocar essas doses à disposição na regra do Plano Nacional de Imunização. Vacina para o Nordeste, mas também para todo o Brasil”, disse Wellington Dias.

Na semana em que o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a decisão que mandou o Senado abrir a CPI da Covid, o presidente Jair Bolsonaro mobilizou dois helicópteros para viajar a Goianápolis (GO), a cerca de 200 quilômetros de Brasília, promoveu aglomeração e cumprimentou populares, ao lado do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

Pazuello é um dos principais alvos da comissão, criada para investigar a atuação do governo Bolsonaro no enfrentamento da pandemia, além dos repasses de verbas federais para Estados e municípios.

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A abertura de uma CPI pode levar à convocação de autoridades para prestar depoimentos, quebra de sigilo telefônico e bancário de alvos da investigação, indiciamento de culpados e encaminhamento ao Ministério Público de pedido de abertura de inquérito. Um depoimento de Pazuello à CPI preocupa o Planalto. Os trabalhos da comissão aprofundam o desgaste de Bolsonaro em um momento de queda de popularidade do presidente, agravamento da pandemia e piora nos indicadores econômicos.

Na última quarta-feira, ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) sinalizaram que devem punir Pazuello e seus auxiliares por omissões na gestão da pandemia da Covid-19. Relator da ação sobre a conduta do Ministério da Saúde durante a crise sanitária, o ministro Benjamin Zymler disse que a pasta evitou assumir a liderança do combate ao novo coronavírus no País.

Segundo o relator, uma das ações da gestão de Pazuello foi mudar o plano de contingência do órgão na pandemia, com a finalidade de retirar responsabilidades do governo federal sobre o gerenciamento de estoques de medicamentos, insumos e testes. "Em vez de expandir as ações para a assunção da centralidade da assistência farmacêutica e garantia de insumos necessários, o ministério excluiu, por meio de regulamento, as suas responsabilidades", afirmou Zymler.

A CPI da Covid já definiu seus principais cargos e deve iniciar os trabalhos na próxima semana. Com minoria na comissão, o Palácio do Planalto jogou a toalha e aceitou o acordo fechado por senadores independentes e de oposição. O presidente da CPI será Omar Aziz (PSD-AM), a vice-presidência ficará com Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e a relatoria, com Renan Calheiros (MDB-AL).

Passeio. Assim que pousou em um campo de futebol neste sábado, diversas pessoas se aglomeraram para saudar Bolsonaro, conforme revelaram imagens transmitidas pelo líder do PSL na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO). O chefe do Executivo cumprimentou os populares apertando as mãos, ignorando protocolos sanitários para evitar a propagação da Covid-19. Nas imagens, é possível ver que há desde pessoas idosas até crianças. O presidente chegou a pegar um bebê no colo, logo depois de tocar em vários apoiadores.

Em seu passeio, Bolsonaro ainda parou em um posto da Polícia Rodoviária Federal, em compromissos que não foram divulgados na agenda pública da Presidência da República. Mais uma vez, o chefe do Executivo ignorou os protocolos sanitários e dispensou o uso de máscara, apesar do agravamento da pandemia, que já levou à morte mais de 360 mil brasileiros.

O presidente já foi contaminado pela Covid-19 e atribuiu sua recuperação ao que chama de tratamento precoce - que não tem comprovação científica - e a seu histórico de atleta. Depois de ter declarado que não tomaria vacina, Bolsonaro disse a apoiadores ontem à noite que pretende ser imunizado "por último". Segundo o presidente, a decisão se dá porque há "muita gente apavorada" esperando pela vacina "dentro de casa".

Conforme o Estadão/Broadcast mostrou, com 66 anos de idade, Bolsonaro está apto a receber a vacina no Distrito Federal desde o dia 3 de abril, mas optou por não se vacinar. Outro argumento do presidente para não receber o imunizante é o de já ter contraído o vírus em julho do ano passado. Segundo dados do consórcio de veículos de imprensa, 12,17% dos cidadãos brasileiros já foram vacinados com a primeira dose. Desde o início da pandemia, o Brasil contabiliza mais de 369 mil mortes por coronavírus.

Os deputados estaduais Arthur do Val (Patriota) e Ricardo Mellão (Novo), além do deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), invadiram o Hospital Geral de Guarulhos, Grande São Paulo, na tarde de sexta-feira (16), segundo o governo do Estado.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, eles tentaram acessar à força a área restrita de atendimento aos casos graves de Covid-19 promovendo aglomeração e risco à equipe e aos pacientes da ala.

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Nesta sexta-feira, o Hospital Geral de Guarulhos estava com 60 pacientes internados com quadros graves da Covid-19, sendo 27 em enfermaria e 33 em UTI.

Arthur do Val, conhecido como Mamãe Falei, publicou em seu perfil no Twitter um vídeo no qual afirma que o grupo fez "uma fiscalização com o máximo de respeito e que em nenhum momento usou de grosseria ou de violência". Segundo do Val, a escolha pelo Hospital Geral de Guarulhos acontece por ser uma unidade a qual ele enviou emendas."É claro que há o primeiro choque de uma fiscalização surpresa, quando a gente chega lá com câmera. O pessoal resiste no começo, isso é normal. Só que, em nenhum momento, nós usamos de grosseria ou violência. Em nenhum momento. A gente simplesmente pediu permissão para entrar, a gente disse que não podia esperar porque era uma fiscalização surpresa."

Kim Kataguiri, também por meio do Twitter, disse ser "bizarro que, no meio de uma pandemia, a pasta dedique seu tempo para espalhar mentiras na internet".

Em nota, a SES lamentou ocorrido e informou que a "conduta dos parlamentares destoa do que é esperado de autoridades públicas, que deveriam ser exemplo e zelar pela segurança da população, principalmente em tempos de crise sanitária global".

Ainda segundo o texto, o episódio é "um ato de desrespeito não apenas com os profissionais da saúde que ali atuam, mas também com as vítimas da doença e seus familiares."

O humorista Maurício Meirelles informou na sua conta do Twitter que o pai está internado com Covid-19. Na rede social, ele contou que Eduardo Meirelles precisou ser intubado, devido à complicações da doença. "Estou vivendo uma luta. Pesada. Meu pai já está internado com Covid faz uma semana. Hoje ele foi intubado. Porém o Governo Federal confiscou os medicamentos dos hospitais. Por qual motivo?", desabafou na rede social.

Ainda no relato, Meirelles pediu aos seguidores apoio através de rezas: "Estou fazendo meu possível pra tentar resolver isso. É uma luta, dolorido, estou cansado demais, mas vai dar certo. Peço a todos vcs que ainda tem energia boa no Twitter, orarem pelo meu pai".

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Depois que fez a postagem, Maurício Meirelles acabou sendo confrontado pela Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República. A Secom informou que o governo do presidente Jair Bolsonaro não confiscou os medicamentos das redes hospitalares. "A requisição – feita aos fabricantes, não aos hospitais – nada tem a ver com confisco e se refere à produção excedente daquela já prevista em seus contratos. A ação serviu para socorrer regiões em situação crítica", disse a secretaria, compartilhando a mensagem do artista.

Quando percebeu que estava sendo rebatido pela Secom, Maurício Meirelles não se calou. Ele disparou: "É assim que funciona esse governo lixo, porco, degradante. Os caras sem base alguma inventam eu estar mentindo. Repito: não só meu pai. Milhares de pacientes estão intubados sem sedativos porque o Governo Federal confiscou remédios. Todos me criticam, não vivem minha situação".

Veja:

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Neste sábado (17), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, comemorou a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Na publicação feita em seu perfil no Twitter, o magistrado defendeu a Ciência e o SUS.

Sem distinguir o fabricante, Gilmar informou que recebeu o imunizante nessa sexta (16), em Brasília. "Parabenizo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal que tem trabalhado intensamente pelo avanço da imunização na capital", escreveu.

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Ao fim da publicação, o ministro deixou as hashtags #VacinaParaTodos e #VivaOSuS, após afirmar que a Ciência salva vidas.

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Pernambuco registrou, neste sábado (17), 1.966 novos casos da Covid-19, chegando a 380.818 infectados no Estado. Também foram confirmados 77 óbitos, ocorridos entre julho de 2020 e essa sexta (16). Com isso, já são 13.179 vidas perdidas para a doença causada pelo coronavírus.

Entre os confirmados nas últimas 24h, 255 (13%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 1.711 (87%) são leves.

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Ocupação de leitos

Pernambuco segue com hospitais lotados com pacientes de Covid-19. No boletim divulgado na sexta (16), os números apontam 96% das UTIs públicas ocupadas com pacientes acometidos da SRAG e ainda 83% dos leitos de enfermaria ocupados.

Nas unidades de saúde privadas, a ocupação está em 88% nas UTIs e 64% nas enfermarias.

Serginho Groisman está radiante. O apresentador do Altas Horas compartilhou um vídeo nas redes sociais recebendo a segunda dose da vacina contra a Covid-19. Na postagem, ele vibrou ao tomar o imunizante. "Obrigado aos profissionais de saúde e a todos que desejam o bem ao lado da ciência. Espero que todos possam fazer esse vídeo logo assim como eu", escreveu.

Após a publicação, Serginho recebeu o carinho de seguidores anônimos e famosos. Fábio Jr., Paulo Miklos, Samuel Rosa, Padre Fábio de Melo, Letícia Sabatella e Marcos Veras festejaram no conteúdo divulgado. Além de Serginho Groisman, nomes como Maria Bethânia, Gilberto Gil, Renato Aragão, Roberto Carlos, Rita Lee, Lausa Cardoso, Fernanda Montenegro, Betty Faria, Faustão e Ney Matogrosso já foram contemplados com a vacina.

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O mundo passou neste sábado (17) da marca de três milhões de mortes confirmadas pela Covid-19, informou o portal da Universidade Johns Hopkins, que compila os números de todas as nações.

Em números absolutos, os Estados Unidos são os que mais registram falecimentos, com 566.238, seguidos pelo Brasil (368.749), México (211.693), Índia (175.649) e Reino Unido (127.472).

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Quando analisadas as taxas de mortalidade, o cenário é diferente. A República Tcheca aparece em primeiro com 265,4 a cada 100 mil pessoas. Na sequência, aparecem San Marino (256,94), Hungria (253,45) e Bósnia e Herzegovina (235,93). O Brasil aparece na 14ª posição, com 174,72 mortes a cada 100 mil.

A primeira morte por coronavírus Sars-CoV-2 ocorreu, oficialmente, no dia 9 de janeiro de 2020 na China.

O mundo chegou à marca de 1 milhão de vítimas em 28 de setembro daquele ano e é possível perceber o quanto a doença acelerou a partir de então - no que foi chamado de segunda onda na Europa e nos EUA.

A marca de 2 milhões foi atingida em menos da metade do tempo, em 15 de janeiro de 2021. E agora, 92 dias depois, são 3 milhões de vítimas.

Da Ansa

Com mais um morador confirmado com a Covid-19 nessa sexta-feira (16), Fernando de Noronha acumula 555 casos de contágio local e 82 importados. Com a pandemia controlada, a ilha registrou apenas dois óbitos.

Atualmente Noronha acomoda 28 pacientes em isolamento domiciliar, aponta a Administração, que calcula ter notificado 637 pessoas com a doença.

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Nessa sexta (16), três pacientes alcançaram a cura clínica e ampliaram o índice de recuperações para 607 casos.

A atenção à gestante voltou a ser foco nas discussões recentes do Ministério da Saúde, que investiga inserir o público nos grupos prioritários do Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19. Já consideradas grupo de risco, gestantes estão mais suscetíveis às infecções sistêmicas e graves, podendo assim comprometer a própria vida e também a vida do feto. Nesta sexta-feira (16), o secretário de Atenção Primária da pasta, Raphael Câmara Medeiros Parente, já anunciou que a nova recomendação da pasta, alinhada com as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), é de incluir as futuras mães ou pais. Também nos próximos dias, os municípios devem receber R$ 247 milhões para prevenir a disseminação da Covid-19 entre gestantes.

Enquanto a vacina não chega para todos, o cuidado segue fazendo parte da rotina daqueles que precisam atenção redobrada à saúde, seja porque realizam atividades fora de casa ou porque convivem com quem vai e volta diariamente da rua. Para o obstetra pernambucano André Buarque Lemos, entrevistado nesta reportagem, o sentimento não é somente forte entre gestantes, como tem se intensificado de forma geral, por um efeito da segunda onda de casos, “pois há mais informações do que há um ano, mas há também mais óbitos e poucas vacinas”.

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Em Pernambuco, os casos de Covid-19 entre gestantes seguem na casa inferior a 1%, diferente de outros estados como o Rio Grande do Sul e Minas Gerais, onde as infecções entre grávidas passaram por uma crescente de casos e os destacam que cerca de 10% das gestantes e puérperas com Covid-19 têm casos graves da doença.

Desde janeiro de 2021, o Governo do Estado disponibilizou a Cartilha de recomendações para gestantes e puérperas frente à pandemia da Covid-19, para informar e atualizar o grupo quanto ao contexto pandêmico e sua relação com o acesso, situação e assistência à saúde. Segundo a futura mãe, Eduarda Serafim, 29 anos, grávida de seis meses, as orientações prescritas no protocolo têm sido aplicadas no cotidiano da Saúde, ao menos nas unidades em que precisa visitar para o pré-natal e exames de rotina, no Grande Recife.

“Desde o início estou bem tranquila em relação a isso. Meu maior receio é sobre o dia de parir, de estar no hospital, onde a incidência [das infecções] parece maior. Eu já fiquei sabendo que no hospital onde eu estava imaginando ter a bebê, não estão recebendo grávidas porque lá só recebem pessoas que tenham sintomas da Covid-19 e sintomas relacionados, nenhum outro tipo. O resto é encaminhado ao Hospital da Mulher, que é onde provavelmente eu terei a bebê. Estão acontecendo superlotações por conta disso, mas lá eles estão tomando todas as medidas cabíveis para que tudo flua da melhor maneira. Sempre nas consultas eles nos confortam e nos informam. No hospital de pré-natal, que é perto de onde eu moro também há distanciamento entre as grávidas, a prioridade da consulta e dia específico para comparecimento. Isso me conforta muito”, relata Serafim.

Com uma vida ativa, Eduarda é professora de dança e ainda dá aulas presenciais semanalmente, tendo contato com as ruas e ambientes fechados, mas de convivência coletiva. Em casa, além do companheiro, também tem a responsabilidade de cuidar de sua filha mais velha, Fernanda, 8, fazendo o possível para não levar o vírus até dentro de casa. Se aproximando da reta final, Serafim diz que já se isola mais, evita idas ao supermercado e delega as atividades ao marido e aos sogros.

“O medo é existente, demais, principalmente agora, gestante. Até então não peguei, e se peguei, foi assintomático. Mas eu tenho muito medo. Quando eu descobri que estava grávida no meio da pandemia, fiquei desesperada. As pessoas que estão ao meu redor têm essa consciência também, estão tendo esse cuidado. Eu ainda estou trabalhando, de forma presencial e dou aulas de dança, mas tomo todos os cuidados desde sempre, em dobro agora. Agora ando mais isolada do mundo, só saio uma vez na semana para trabalhar. Não pego mais transporte público, mas é porque tenho a sorte de ter carro e moto. No geral, faço agora tudo o que estava fazendo há um ano”, completa, explicando que só se vê mais tranquila porque tem tido um acompanhamento “bacana” dos profissionais de saúde da rede pública, que focam no acompanhamento psicológico de gestantes durante a pandemia.

Covid-19 pode trazer complicações antes e no pós-parto

Assim como a gestante recifense, a potiguar Tatiane Lourenço, 24 anos, também passou por uma gravidez sossegada, mas foi pega de surpresa a menos de duas semanas do seu trabalho de parto, quando testou positivo para a Covid-19. A publicitária está trabalhando em regime home-office desde o início da pandemia e vivia em Vera Cruz-RN, sua cidade natal, até se mudar para o Recife em junho do ano passado. Dias após chegar à capital pernambucana, se descobriu grávida. Apesar de todos os cuidados, Lourenço contraiu a doença e acredita ter sido em algum momento durante as suas frequentes idas ao Rio Grande do Norte, onde realizava o pré-natal.

“Escolhi fazer assim porque como o bebê ia nascer lá, toda a minha rede de apoio está lá [no RN]. Passamos oito meses nos cuidando, eu e meu companheiro, sem Covid. Peguei a doença já no nono mês. A gente achava que estava indo tudo bem, até que no nono mês eu fui pro Rio Grande do Norte de vez, porque perto da hora de parir ficamos naquela iminência de que o bebê pode vir a qualquer momento e então comecei a apresentar alguns sintomas como tosse, moleza e coriza, mas não tive dor no corpo, nem febre, só sintomas gripais. Falei para a médica como estava me sentindo e ela disse que era bom fazer o teste. E foi bem num período que estava muito quente e do nada chovia, então a gente pensou até que podia ser uma crise alérgica”, relata a publicitária sobre o começo da sua relação com a doença.

Para ela, o ponto alto do seu período infectada foi quando precisou ser encaminhada a um outro hospital e se separou do filho. Temendo desenvolver um caso de SRAG e uma internação mais longa, diz ter pensado que poderia morrer: “Meu maior medo era ser separada do meu filho. Lembrei do que vemos nos jornais sobre os quadros respiratórios, fiquei com medo de piorar e precisar ser intubada. Entregar o meu filho para a minha mãe e seguir sozinha para o hospital foi cruel”.

Hoje, Tatiane está curada e o seu filho, Arthur, tem pouco mais de um mês de nascido. O bebê nasceu dia 6 de março, quando a mãe ainda estava com 11 dias de sintomas da Covid-19. Apesar do susto, a criança nasceu bem e não contraiu a doença. No entanto, ela não consegue mais amamentar, após ter a lactação interrompida por um processo anêmico grave, piorado pela doença e durante a sua internação, também não teve direito a acompanhante. 

Cuidados

Para alertar sobre os cuidados necessárias que as gestantes devem ter, o LeiaJá convidou o médico e especialista em saúde da família e ginecologia obstetrícia André Buarque Lemos, coordenador do programa Nascer Bem, da rede Hapvida. Lemos também é médico intensivista e trabalha na linha de frente da Covid-19, tendo demandas dos dois grupos — gestantes e pessoas com Covid positivo.

LeiaJá: Qual o protocolo para atendimento de gestantes durante a pandemia? Há demanda com dúvidas e medos relacionados à Covid?

ABL: O cuidado da gestante e da não gestante, de prevenção, é o mesmo: evitar contato com quem teve contato com a doença recentemente, respeitando o período dos quatorze dias de quarentena. O tratamento também vai ser o mesmo da gestante para a não gestante. A dificuldade da gestante é que ela é uma paciente que tem uma imunodepressão pela gestação. Então ela tem uma tendência de o caso ter uma porcentagem um pouco maior de evoluir para casos moderados e graves. Lembrando que a Covid tem um percentual de chance de 85% da população ter sintomas leves. E 15% ali, 10% a 15%, vai ter sintomas moderados a graves. Grave mesmo, na realidade, apenas 5%, e desses, apenas 1% a 2% podem ter chance de risco de morte.

*LeiaJá: Como é que a Covid atua durante uma gestação?

ABL: A gestante é imunodeprimida. A gestação em si causa inflamações no corpo que diminuem o sistema imunológico da mulher, deixando ela mais suscetível a infecções sistêmicas, que é o maior medo dos médicos, se tratando de gestantes que contraem Covid. Por isso, nós obstetras também temos medo de uma infecção urinária ou de uma infecção vaginosa se tornar uma infecção maior. Porém, na prática médica, a gente não observa essa grande quantidade de gestantes graves e óbitos de gestantes [por Covid]. A gente não tem um número tão expressivo, seguindo mais ou menos a lógica que a gente tem visto no normal, com apenas 1%, menos de 1%, 0.5%, 0.3%, de óbitos entre as gestantes. Realmente é um grupo de risco, mas elas estão seguindo os grupos [de vacinação] conforme as comorbidades. Elas não estão pulando na frente de idosos e jovens; estão seguindo o critério.

*LeiaJá: Quais os perigos para a saúde do feto e da criança, durante a recepção do corpo ao vírus?

ABL: O grande risco de a mulher [gestante] pegar Covid é essa infecção se tornar uma infecção sistêmica. E o corpo, durante a infecção, vai querer se proteger, vai querer viver. A primeira forma de ele querer viver é querer expulsar esse feto e ser iniciado um trabalho de parto prematuro, levando, assim, ao aborto ou a uma perda fetal. Um exemplo muito conhecido disso aqui no Brasil foi o caso da esposa de Alok (DJ), cuja Covid evoluiu para um caso tão grave que acabou com o corpo tendo que expulsar a criança. Como ela já tinha trinta e três semanas gestacionais, a criança era uma com viabilidade e sobreviveu. A gente ainda não tem estudos que relatem se a imunidade da mãe passa pra criança; ainda não tem nada em relação a isso. Sobre a transmissão [da doença] da mãe para o feto, não passa, muito pelo contrário. O que a  gente observa é que em RNs e em crianças, a doença não desenvolve. Muito se coloca devido à hemoglobina, porque a hemoglobina das crianças é fetal, então ela, com o passar do tempo, vai se transformando em hemoglobina normal, que é a que tem os adultos.

*LeiaJá: Sabemos que os estudos sobre a reação dos imunizantes da Covid em gestantes ainda caminham de forma um pouco mais lenta que os demais. Qual a orientação médica quanto à imunização desse público?

ABL: A recomendação é tomar a vacina. A gente sabe que a nossa realidade é a seguinte: a gente não tem ainda números que deem relatos de que tomar ou não tomar a vacina pode causar algum problema para a restante, mas a gente sabe que uma gestante com Covid é preocupante e ainda há dificuldade no acesso à vacina por parte da população. Independente de qual seja a vacina, a gestante ou lactante podendo tomar, deve tomar. Tanto para sua segurança, quanto para a segurança do seu lar. Então essa celeuma de possíveis contra indicações ainda não tem números, ainda não tem dados, pra gente em nenhuma hipótese alarmar ou criar esse pânico para a população. Então, acho que a corrente é incentivar e, a partir daí, com a população vacinada é que infelizmente a gente deve conseguir dados. A gente sabe que é uma pandemia, sobre a vacina foram feitos estudos, mas a gente não sabe realmente as reações mas a gente sabe de fato que as gestantes, principalmente que pegarem no segundo ou terceiro trimestre, podem ter maiores chances abortivas e aí sim o perigo ser maior para a criança e para a vida dessa mãe.

*LEIAJÁ: O que pode ser feito para proteger o bebê depois que nasce?

ABL: O que se sabe é que o aleitamento materno traz anticorpos pra criança de forma geral. Então a criança bem amamentada vai pegando esses anticorpos e vai estar forte pra qualquer infecção. E mais uma vez: a gente não tem visto COVID como problema pra RN, neonatos, e ainda um problema pediátrico. 

 

 

 A enfermeira Cláudia Freitas, investigada pela Polícia Federal por ter aplicado supostas vacinas contra a Covid-19 em empresários mineiros, foi filmada na portaria de um prédio de Belo Horizonte para aplicar doses em moradores, ao custo de R$ 600.

No vídeo divulgado pela Band, a cuidadora de idosos aparece de jaleco branco, conversando com um homem sobre o valor de cada aplicação. O rapaz ainda pergunta se as vacinas estão disponíveis nos laboratórios, mas ela diz que não. 

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Cláudia é suspeita de se passar por enfermeira e ter "vacinado" pelo menos 57 pessoas em uma garagem de ônibus da família Lessa, que comanda grande parte das empresas de transporte urbano da Região Metropolitana de Belo Horizonte. 

Um laudo apresentado pela Polícia Federal mostra que parte do material apreendido na casa da cuidadora de idosos era soro fisiológico. Os empresários Robson e Rômulo Lessa chegaram a admitir a montagem do esquema de imunização clandestino, sem saber que estavam caindo em um golpe.

Uma análise internacional de estudos divulgados pela revista científica Nature aponta que o tratamento com hidroxicloroquina aumenta a mortalidade de pacientes com Covid-19. Além disso, o medicamento é associado como causador da hospitalização por mais tempo e maior risco de progressão para a ventilação mecânica invasiva.

O remédio faz parte do "kit covid", que é defendido pelo presidente Jair Bolsonaro como "tratamento precoce" da doença - algo que não tem comprovação científica. Os estudos apontam que o uso da Cloroquina, que também integra esse kit, não traz benefício no seu uso no tratamento do novo coronavírus. 

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Cerca de 10.319 pacientes, em 28 ensaios clínicos, foram analisados. Centenas de milhares de pacientes receberam hidroxicloroquina e cloroquina fora dos ensaios clínicos, sem evidências de seus efeitos benéficos. O interesse público é sem precedentes, com evidências fracas que apoiam os méritos da hidroxicloroquina sendo amplamente discutidas em mídias e redes sociais, apesar dos resultados desfavoráveis”, diz a pesquisa.

O ator Thomás Aquino, intérprete do personagem Pacote no filme Bacurau, fez um desabafo emocionante na internet. Nesta sexta-feira (16), no Instagram, o pernambucano revelou que o motivo do seu afastamento das redes sociais se deu após contrair a Covid-19. Por causa das complicações da doença, ele chegou a enfrentar uma embolia pulmonar, além de ser internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

"Queria compartilhar uma coisa pessoal, mas que de uma certa maneira é pra agradecer algumas mensagens de carinho e afeto que tenho recebido por amigas (os) mais íntimos. Tive Covid, e devido a ele uma complicação: embolia pulmonar. Fiquei na UTI por dez dias e vi e vivi muitas coisas tenebrosas. Não desejo pra ninguém... cuidem-se", explicou.

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Na postagem, Thomás compartilhou imagens se exercitando com a ajuda de uma fisioterapeuta: "Hoje, estou no quinto dia de alta na casa dos meus pais, e essa foto representa minha determinação de reabilitar meu corpo que está debilitado devido ao Covid. Perdi 7kg de massa muscular, e agora estou fazendo fisioterapia em casa".

Tranquilizando as pessoas que curtem sua trajetória profissional, ele ainda disse que os exames estão apresentando resultados significativos, garatindo que está se sentindo mais firme e confiante. Thomás Aquino também se solidarizou com quem perdeu um parente ou um conhecido para o coronavírus: "Mantenham a fé e a esperança de que tudo passa.. o tempo cura. O tempo nos ensina. O tempo nos acolhe e nos acaricia com sua sabedoria. É difícil... sei. Mas você não está só".

Confira:

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O total de mortes registradas em decorrência da covid-19 cresceu 8% na Semana Epidemiológica (SE) 14, de 4 a 10 de abril. Neste período, foram registrados 21.141 novos óbitos, contra 19.643 confirmados na semana anterior. A média móvel de mortes (total de vidas perdidas pelo número de dias) na SE 13 ficou em 3.020.

O resultado foi mostrado no Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde sobre o coronavírus de número 58. O documento reúne a avaliação da pasta sobre a evolução da pandemia, considerando as semanas epidemiológicas e o tipo de mediação empregada por autoridades de saúde para essas situações.

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A curva de mortes durante a pandemia mostra um aumento intenso a partir do fim do mês de fevereiro. O resultado da SE 14 é quase o triplo de dois meses atrás, quando na SE 6 foram registrados 7.528 novos mortos.   

 

Em 975 cidades brasileiras, há risco de prefeituras e sistemas de saúde ficarem sem os remédios do kit intubação, usados no uso de suporte ventilatório de pacientes com covid-19, como anestésicos e neurobloquedores.

O total representa 33,2% das 2.938 cidades consultadas pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Desse total, 190 (6,5%) não responderam à pesquisa e 1.773 (60,3%) disseram que não passavam por esse problema naquele momento.

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Na semana passada, autoridades de 1.207 municípios relataram o temor de desabastecimento do kit intubação, o que equivalia a 38,1% dos entrevistados. Assim, houve queda tanto em números absolutos quanto no percentual da amostra analisada pelo estudo.

Oxigênio

Entre os municípios pesquisados, 391 prefeituras citaram a possibilidade de falta de oxigênio para atendimento aos pacientes com covid-19. O número corresponde a 13,3% das autoridades locais ouvidas. Não responderam à consulta 63 prefeituras (2,1%) e 2.484 (84,5%) disseram não haver risco de desabastecimento agora.

Assim como no caso do kit intubação, o resultado desta semana foi menor do que o da anterior, quando tal possibilidade foi relatada por 589 prefeituras, o equivalente a 18,7% dos ouvidos naquele levantamento. Na outra semana, o índice havia sido ainda maior, de 23,4%.

Vacinas

A pesquisa analisou pela primeira vez o registro e o envio de informações sobre casos e mortes decorrentes da covid-19. Entre as 2.938 autoridades municipais ouvidas, 2.317 (78,9%) disseram alimentar os dados no mesmo dia e 563 (19,2%) relataram só conseguir fazer o repasse em dias posteriores.

Das prefeituras consultadas, 413 (14,1%) informaram que só fazem a alimentação dos dados uma vez na semana, e 2.377 (80,9%) afirmaram que realizam o procedimento duas ou mais vezes na semana.

Sobre a atualização, 2.181 (74,2%) disseram que o envio dos dados é instantaneamente atualizado no sistema de informações do Ministério da Saúde e 598 (20,4%) relataram que isso não ocorre.

A CNM também questionou as prefeituras sobre o estoque da segunda dose de vacina, o que foi confirmado por 1.449 (49,3%) e negado por 1.426 (48,5%) das cidades que participaram da sondagem.

Entre os quase 3 mil municípios ouvidos, 2.852 (97,1%) informaram que poderiam aumentar o ritmo de vacinação se recebessem mais doses. Conforme a CNM, 1.516 (51,6%) disseram que os frascos não estão rendendo as 10 doses, mas 1.338 (45,5%) afirmaram que o recipiente garante este quantitativo de doses.

 

Nesta sexta-feira (16), Lenine recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19. O cantor dividiu com os fãs o momento em que tomou o imunizante. "Obrigado a todos os profissionais que estão na linha de frente. A vacina é esperança. Mas ela só vai funcionar se tiver a adesão da sociedade", escreveu. Homenageando o SUS (Sistema Único de Saúde) com uma camiseta, Lenine ainda refletiu sobre a importância da vacina.

"Pressione por vacina para toda a população. Ficar em casa, se possível, é uma atitude importante para esse momento. Continue com os cuidados ainda mais rigorosos: use a máscara (dê preferência a PFF2), higienize as mãos e evite aglomerações e, tão importante quanto: lute pelo SUS e pela ciência! Ajude quem está próximo de você a se imunizar também contra a desinformação e as fake news", legendou.

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Nomes como Junior Lima, Antonio Grassi, Sarah Oliveira, Zé Renato e Paulo Miklos se derreteram na postagem do artista pernambucano. Além de Lenine, já foram vacinados famosos como Caetano Veloso, Lima Duarte, Maria Bethânia, Gal Costa, Gilberto Gil, Fernanda Montenegro, Betty Faria, Susana Vieira, Ney Matogrosso, Laura Cardoso, Walderez de Barros, Ziraldo, Mauricio de Sousa, Renato Aragão e Roberto Carlos.

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Neste sábado (17), a UNAMA - Universidade da Amazônia vai ser ponto de vacinação dos fonoaudiólogos ativos no Pará contra a covid-19. O pedido veio por meio do Conselho Regional de Fonoaudiologia (Crefono9). Foram disponibilizadas 300 vacinas a serem aplicadas como primeira dose, no campus Alcindo Cacela, das 9 às 12 horas.

Desde fevereiro deste ano, a UNAMA é sede para a imunização dos grupos prioritários. Alunos do curso de Enfermagem estão atuando na recepção, triagem e apoio ao serviço. Já os enfermeiros egressos da instituição são responsáveis por aplicar as doses nas categorias que buscam imunização, conforme calendário da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma). Os fonoaudiólogos podem buscar atendimento na unidade da avenida Alcindo Cacela, nas salas BT 01 e BT 02.

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Na UNAMA, o momento terá apoio da coordenadora do curso de Fonoaudiologia, Christiane Menezes. "É muito importante essa inclusão dos profissionais de fono na vacinação, já que os nossos serviços não param. Estamos a todo tempo em contato com pacientes, sejam em recuperação pós-covid ou nos tratamentos em clínicas. Feliz por essa conquista e pela UNAMA poder fazer parte dessa história", disse a gestora.

A inclusão dos fonoaudiólogos no grupo prioritário para a imunização da covid-19 veio por meio de articulação entre o Crefono9 e a prefeitura de Belém. As negociações se iniciaram ainda em março. "Nós acreditamos que deveria ter vacina para todos. No entanto, devido à pouca quantidade de vacina que tem sido disponibilizada, as secretarias de saúde têm feito a imunização de acordo com prioridades. Em Belém, no momento, as doses estão sendo ofertadas aos profissionais de saúde, como os fonoaudiólogos, que diariamente entram em contato com diversas pessoas para realizar atendimentos fonoaudiológicos. Agradecemos à Sesma pela atenção à nossa classe profissional e à UNAMA, por mais de 20 anos colaborando com a fonoaudiologia no nosso Estado", disse a vice-presidente do Conselho Regional de Fonoaudiologia 9ª Região, Neyla Arroyo Mourão.

Por Rayanne Bulhões/Ascom UNAMA.

 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que deve convocar a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19 para a próxima quinta-feira, 22, ou para a terça-feira da semana seguinte, dia 27. Em coletiva de imprensa, ele anunciou que vai publicar o ato com os procedimentos de instalação na próxima segunda-feira, 19.

O senador Omar Aziz (PSD-AM), próximo ao governo, é o favorito para presidir a CPI. Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição, deve ficar com a vice-presidência, conforme negociação feita até o momento. Renan Calheiros (MDB-AL), outro crítico de Bolsonaro, é cotado para ser o relator da comissão. O governo tenta, porém, tirar Renan do páreo e emplacar Marcos Rogério (DEM-RO), aliado do Planalto, na relatoria.

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A escolha do presidente e do vice é feita pelo voto. Normalmente, há acordo de lideranças para essa definição, mas somente a eleição oficializa os nomes. Após ser eleito pelos integrantes do colegiado, o presidente da CPI indica formalmente o relator e pauta um cronograma de trabalho para votação. Pacheco evitou comentar os nomes e disse que não cabe ao presidente do Senado definir presidente e relator da comissão.

Pacheco afirmou que está garantindo com "bastante agilidade" os atos preparatórios para o funcionamento da CPI, mas afirmou que sua atuação vai se limitar à instalação da comissão. Aliado do Palácio do Planalto, ele prometeu não interferir no andamento da investigação.

"Uma vez cumprindo essa minha parte como presidente do Senado, de garantir que haja uma sessão de instalação com eleição do presidente e do vice-presidente da forma adequada, eu não mais interferirei nas questões da CPI porque não é meu papel fazê-lo", disse.

Pacheco afirmou que a reunião de instalação deve ser presencial. A partir daí, o formato de reuniões caberá aos integrantes da comissão. A necessidade de isolamento social, em função da covid-19, é apontada como fator para atrasar o funcionamento da CPI. Depoimentos de testemunhas, ponderou Pacheco, precisam ocorrer necessariamente no formato presencial, em função da necessidade de garantir que essas pessoas não se comuniquem com outras e sejam coagidas. Investigados pela comissão, por outro lado, podem ser ouvidos virtualmente porque têm direito, inclusive, a não comparecer ou a não falar após uma convocação, disse o presidente do Senado.

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