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Durante o discurso que fez no Cais da Alfândega, no Recife Antigo, o candidato ao senado pela Frente Popular, Fernando Bezerra Coelho, afirmou que o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, sabia que o Brasil estava preparado para romper a polarização entre o PSDB e o PT, que já dura mais de 20 anos.

O nome de Campos foi muito lembrado pelo candidato ao Senado, destacando que o ex-governador foi um dos mais promissores políticos do Brasil e avaliou que os ideais e sonhos de Eduardo não "morreram" no acidente.

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Fernando Bezerra Coelho também comentou que Eduardo nunca pensou no conforto, mas sim no melhor para o Brasil. “Todas as vezes que eu faço esse discurso eu penso  que Eduardo poderia estar no meu lugar se tivesse pensado no conforto. E eu tenho certeza que ele seria eleito facilmente por tudo que ele fez pelo estado nos oito anos de governo”, afirmou o candidato.

Para pedir votos para Marina Silva, FBC disse que Eduardo nunca deixava uma tarefa pela metade, e que o ex-governador tinha o sonho de mudar o Brasil, e que hoje, Recife e Pernambuco vão votar em Marina para que ela possa realizar o sonho de Campos.

Na hora da eleição estadual, FBC afirmou que na eleição deste ano, Pernambuco terá que escolher um novo líder. “Eduardo estava convencido que Paulo seria um extraordinária governador. Ele sabia que Paulo pode dar continuidade ao trabalho começado por ele. Paulo será a força de Pernambuco para Marina governar o Brasil”, disse FBC.

O candidato concluiu o discurso afirmando que este ano a Frente Popular vai fazer barba, cabelo e bigode, se referindo a eleição do Governo, Senado e Presidência. 

No discurso de posse como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Ricardo Lewandowski citou nesta quarta-feira as críticas que o tribunal recebe por um protagonismo mais acentuado "ou até mesmo exagerado". Estabeleceu metas no exercício da presidência e retomou a defesa da recomposição salarial dos magistrados, falando em esforço "sobre-humano" dos juízes, além de prometer enviar ao Congresso o novo Estatuto da Magistratura. O novo presidente falou no "sonho" de "ver um Judiciário forte, unido e prestigiado, que possa ocupar o lugar que merece no cenário social e político deste País".

Sentado ao lado da presidente Dilma Rousseff - que reduziu a proposta orçamentária do Judiciário enviada ao Congresso Nacional para 2015, impasse ainda não solucionado -, Lewandowski afirmou que é preciso "restaurar a autoestima dos honrados magistrados e operosos servidores do Poder Judiciário", cuja importância "não tem sido adequadamente reconhecida pela sociedade e autoridades em geral". "Particular atenção será dada à recuperação de suas perdas salariais, de modo a garantir-lhes uma remuneração condigna com o significativo múnus público que exercem", disse Lewandowski ao final do discurso.

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Ele citou esforço "quase sobre-humano" dos magistrados, que em 2013 somavam 16,5 mil profissionais e proferiram 25 milhões de sentenças. "Em 2013, segundo o último levantamento do Conselho Nacional de Justiça, tramitaram no Judiciário brasileiro cerca de 95 milhões processos. Naquele ano, foram ajuizados aproximadamente 28 milhões de casos novos, sem contar os feitos que ingressaram no Supremo Tribunal Federal", disse. O presidente do Supremo afirmou ainda que hoje existem 6.500 cargos em aberto, "por motivos que vão desde a falta de verbas para preenchê-los até a carência de candidatos motivados ou qualificados".

Além de defender mecanismos alternativos de solução de controvérsias, por exemplo, Lewandowski citou outras metas para aprimorar o Judiciário e anunciou que, na próxima Legislatura, enviará ao Congresso Nacional o novo Estatuto da Magistratura, "assim como projetos de lei que possam superar topicamente certos entraves na prestação jurisdicional, sem prejuízo da impostergável tarefa de atualizar e consolidar o regimento interno da Casa".

Protagonismo

Lewandowski iniciou sua fala afirmando que "não são poucas as críticas" contra o que é visto como "um protagonismo mais acentuado - ou até mesmo exagerado - do Poder Judiciário, em particular do Supremo Tribunal Federal, quanto à tomada de decisões relativas a temas de maior impacto sobre a sociedade".

"Alguns falam numa "judicialização da política", enquanto outros mencionam uma "politização da Justiça". Ambas as expressões traduzem uma avaliação negativa acerca da atuação do Judiciário", disse o novo presidente. Durante o julgamento do processo do mensalão, Lewandowski travou com seu antecessor, Joaquim Barbosa, acaloradas discussões sobre o caso que ganharam repercussão pública.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva referiu-se nesta quinta-feira (28) pela primeira vez à candidatura de sua ex-ministra e atual candidata pelo PSB à Presidência da República, Marina Silva, dizendo que os eleitores não devem acreditar em quem faz a apologia da não política. Sem citar o nome de Marina uma única vez, Lula partiu para o ataque: "É impossível governar fora da política, pois quem for eleito presidente da República tem que conversar com o Congresso Nacional. Não está na hora de negar a política."

As afirmações de Lula, feitas em cima de um carro de som, na cidade de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, em São Paulo, em ato de campanha de seu afilhado político e candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, são uma resposta a uma das principais bandeiras de campanha de Marina Silva, a apologia da não política.

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A candidata que foi alçada à cabeça de chapa do PSB após a morte do governador Eduardo Campos vem ganhando a adesão do eleitorado justamente pelo discurso de que pretende romper com o que ela classifica de política tradicional. Além disso, Marina foi uma da poucas políticas que se beneficiaram dos movimentos de rua deflagrados em todo o País do ano passado, pelo fato de ter conseguido passar uma imagem de que não compactua com a atual política.

As críticas indiretas de Lula à sua antiga aliada foram feitas em um momento em que o PT e a assessores da presidente Dilma Rousseff se mobilizaram para rechaçar um vídeo divulgado na internet em que Lula pede voto para a candidata do PT ao Senado por Goiás, Marina Sant'Anna, mas que passou por montagem para dar a impressão que pede votos à Marina Silva. No palanque ao lado de Padilha, Lula fez questão de pedir votos à candidata à reeleição Dilma Rousseff, deixando claro sua preferência.

Discurso

No início de seu discurso de cerca de 20 minutos, Lula criticou duramente o governo do tucano Geraldo Alckmin, dizendo que pretende fazer com que os tucanos nunca mais governem o Estado e exemplificou com a crise hídrica. "Nós não culpamos o governo pela seca e sim pela falta de planejamento do governo. Os tucanos não fizeram uma obra sequer no Cantareira para resolver o problema da água", afirmou. Lula aproveitou também para criticar mais uma vez a imprensa. "Se fosse o PT que governasse São Paulo, a crise da água teria outro tratamento. A imprensa cairia em cima." Na mesma linha, ele afirmou que "a bandalheira e a corrupção no Metrô são tratados pela imprensa como cartel."

Ainda no discurso, Lula questionou as pesquisas de intenção de voto, onde Alckmin lidera a corrida, segundo o Ibope, dizendo que não sabe por que o povo reclama tanto e o Alckmin tem 50% nas pesquisas. "Tem alguma coisa errada (com as pesquisas)." Após a divulgação da última pesquisa Ibope, que mostra o não crescimento de Padilha mesmo depois do início do horário eleitoral, Lula esteve estrategicamente ao lado de seu afilhado político em um reduto eleitoral dos adversários. São José dos Campos foi governada durante 16 anos pelo PSDB e há um ano e meio está sob a gestão do PT.

Euforia

Ao chegar, ao lado Padilha e o presidente do PT estadual, Emídio de Souza, Lula foi recebido com euforia pelos militantes. No entanto, um grupo de pessoas que estava próximo, quando ele descia de um veículo para subir em outro, foi atingido por um ovo. Alguns funcionários comissionados da prefeitura foram dispensados e orientados a participar do ato.

Lula também voltou a defender a área econômica da gestão petista, que tem sido alvo de críticas dos adversários. Lula afirmou que antes de ele assumir o governo, em 2003, muitos economistas diziam que o Brasil não tinha jeito. "Era questão de honra provar que tínhamos competência", afirmou. "Controlamos a inflação e tenho orgulho de ter saído com a maior aprovação da história."

Como costuma fazer em seus discursos, Lula lembrou a criação do PT e destacou a importância do Brasil ter conseguido eleger um representante da classe trabalhadora. "Decidimos criar um partido para mostrar que um trabalhador poderia governar este País", disse.

A candidata a presidente da República Marina Silva (PSB) rebateu, em um mesmo discurso, seus dois principais adversários na campanha eleitoral, Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Sem citar nomes, respondeu nesta quinta-feira às afirmações de Aécio, que considerou temerário o governo de amadores e inexperientes, numa referência a Marina, e ainda Dilma, que hoje afirmou que a distinção entre bons e maus pregada pela candidata do PSB é complicada e simplista.

"Muita gente no Brasil diz que não podemos ser governados por amadores do sonho. Ou apostam no sonho, ou vamos continuar nas mãos dos profissionais, dos que fazem escolhas incorretas", disse Marina em discurso na Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética (Fenasucro), em Sertãozinho (SP).

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Ela ratificou que escolherá os melhores quadros para compor seu governo, caso seja eleita, e não indicados por partidos ou grupos. "A escolha tem de ser feita por essa gente que tem o sonho amador." Marina comparou a desconfiança que existe em relação ao seu nome às situações enfrentadas pelos ex-presidentes da República Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso. "Diziam que o Lula não tinha capacidade e que o Fernando Henrique era acadêmico demais", disse.

Ainda segundo ela, "o Brasil não precisa de gerente, precisa de quem tem visão estratégica, de quem sabe onde vai chegar e como vai chegar e que reúne todos os setores", numa referência, também velada, ao estilo de governar de Dilma. "Não tenho dúvida que os brasileiros escolherão as mudanças e não querem ficar na polarização PT e PSDB", concluiu.

A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, criticou a política energética criada e gerenciada pela presidente Dilma Rousseff desde que ela assumiu o Ministério de Minas e Energia no primeiro governo do ex-presidente Lula. "É lamentável que o Brasil tenha, desde 2002, a ameaça do apagão. E digo lamentável, porque temos há 12 anos uma mesma pessoa à frente da política energética do nosso País, inicialmente como ministra de Minas, depois da Casa Civil e, agora, como presidente", afirmou. "Essa política energética está custando caro ao povo brasileiro", disse.

Marina considerou que o uso de usinas termelétrica para compensar a baixa dos reservatórios de hidrelétricas em períodos de seca, como atualmente, deve ser acionado para "eventualidades extremas" e não como componente fixo do grid energético como é feito há cerca de um ano. "Infelizmente, estamos sujando a matriz energética brasileira", disse. "Os arremedos que estão sendo feitos com as térmicas para os momentos que são baixa dos reservatórios têm de ser reduzidos", sugeriu.

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Apesar da crítica, ela reconheceu que é difícil substituir neste momento as térmicas e que, caso eleita, vai "recorrer às fontes que já existem para fazer a complementação" representada pela baixa na produção das hidrelétricas.

A candidata expôs suas propostas para o setor, afirmando que a meta de um eventual governo seu será "aumentar as fontes de geração sustentáveis". Marina afirmou ser importante "combinar o que temos (hidrelétricas) com outras fontes, como solar, biomassa e eólica". "Temos o compromisso de resolver de forma estrutural esse problema que se arrasta desde 2001, com fontes sustentáveis para não ter a dependência quase exclusiva das hidrelétricas", disse.

A presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), participou de uma cerimônia religiosa na manhã desta sexta-feira, 08, e, apesar de abrir a sua fala garantindo que o "Estado brasileiro é um Estado laico", fez algumas citações de orações e falou em nome de Deus em alguns momentos do discurso. "Todos os dirigentes desse País dependem do voto do povo e da graça de Deus, eu também", disse para um público de 5 mil pessoas, durante Congresso Nacional de Mulheres das Assembleias de Deus Ministério de Madureira, no Brás, região central da capital paulista.

A presidente citou por duas vezes um salmo de David. "Feliz a nação cujo Deus é o Senhor". Durante sua fala, Dilma foi aplaudida dezoito vezes e ao final do culto recebeu uma bênção da plateia e muitos aplausos.

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Dilma reconheceu a importância do trabalho feito pelas assembleias de Deus e destacou que nenhum governo consegue fazer sozinho tudo que precisa ser feito. "Fizemos nossa parte, graças a Deus", disse. "Mas nesses primeiros quatro anos, vimos que um trabalho em parceria é muito mais forte. Nenhum governo, sozinho, sem essas entidades, essas instituições, com é o caso da Ciben, sem vocês nós não fazemos sozinhos o trabalho", afirmou, sob aplausos. "Há que ter a humildade política de reconhecer isso".

"Reconheço a autoridade e a qualidade do trabalho prestado ao longo dos 103 anos da igreja evangélica Assembleia de Deus, em todos os Estados, em todos os rincões, nas partes mais isoladas, nas periferias das grandes cidades, no interior", afirmou. Segundo a presidente, o trabalho da igreja tem ajudado a reconstruir histórias de vida e a devolver esperança "aos carentes, aos mais necessitados e aos excluídos".

Após a fala de Dilma, o líder da igreja, bispo Manoel Ferreira, usou um bordão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para agradecer a presença de Dilma. "Nunca ouvi antes, na história deste País, o presidente reconhecer o trabalho das Assembleias de Deus. Nem o Lula, que é meu amigo", afirmou. O bispo disse ter ficado muito satisfeito com as palavras de Dilma. "Creio que todos nós saímos daqui de alma lavada porque a presidente do Brasil disse reconhecer o trabalho das assembleias".

O bispo-presidente Samuel Ferreira também elogiou Dilma e disse que "se sentiu gente" com as palavras da presidente. Ele perguntou à plateia quem também estava se sentindo gente, pedindo que levantasse a mão. A plateia toda manifestou a mesma opinião do líder religioso. "Dilma, nós lhe respeitamos, mas mais do que isso: nós lhe amamos (sic)", afirmou Samuel, pedindo que as palmas para a presidente fossem ainda mais fortes.

Samuel disse ainda que, se um dia a presidente não for aplaudida em algum lugar do País, ela deve se lembrar dessa assembleia e que "há um povo que lhe aplaude", afirmou.

Em discurso, Dilma destacou a importância das mulheres nos programas sociais do governo. Citou o Bolsa Família, o Pronatec, o Minha Casa, Minha Vida, além de esforços para educação, com ampliação e creches, e o Brasil Sem Miséria. "Até aqui, Deus nos abençoou, mas ainda temos um caminhão de coisas a serem feitas", afirmou, para ser novamente aplaudida.

"A gente não muda tudo, nem corre atrás do prejuízo em dez ou doze anos. Essa realidade que nós recebemos é uma realidade de injustiça dura construída por séculos", disse. "Nós fomos capazes de mexer nas bases e construir um novo futuro", afirmou.

Esta é a segunda vez em uma semana que a presidente se encontra com o público evangélico, que soma hoje mais de 40 milhões de pessoas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na quinta-feira passada, Dilma participou da inauguração do Templo de Salomão, complexo religioso construído no mesmo bairro pela Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), com capacidade para receber até 10 mil fiéis.

Acompanham a presidente no evento o secretário-geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho; o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz; além dos deputados federais Geraldo Magela (PT-DF), Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP). No início do ano, Cunha foi um dos principais articuladores do movimento conhecido como blocão, de dissidência da base aliada de Dilma na Câmara.

Nesta sexta à tarde, Dilma fará campanha em Minas Gerais, Estado de seu principal adversário, Aécio Neves (PSDB). A presidente vai visitar as obras da Ferrovia Norte-Sul, em Iturama, a 780 quilômetros de Belo Horizonte, na divisa com São Paulo.

Neste sábado, 09, Dilma volta a São Paulo para participar de caminhada pelas ruas do comércio de Osasco, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do candidato do PT ao governo do Estado, Alexandre Padilha.

O candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB) iniciou seu discurso na inauguração do comitê de campanha, em São Paulo falando sobre a "crise de representatividade" na democracia brasileira. Campos voltou a bater na tecla dos ciclos pelos quais o Brasil passou na história recente, de reconquista da democracia, estabilização econômica e de inclusão social, e disse que é chegada a hora da "renovação" política.

"É hora de o Brasil ter coragem de inverter as prioridades", disse Campos ao falar do tema escolhido para o evento de inauguração: saúde pública. O candidato disse que o País precisa ter recursos para não deixar as pessoas "morrendo nas calçadas" e também para a educação integral e para o Passe Livre, promessas de campanha de Campos e da vice Marina Silva.

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O candidato também reforçou o discurso contrário à polarização entre PT x PSDB, que tem se desenhado nos resultados das últimas pesquisas de intenção de voto. "Temos a possibilidade de unir o Brasil, de acabar com a dicotomia da polarização que toca o Brasil há mais de 20 anos", disse. Campos colocou a chapa que encabeça como opção que pode cuidar tanto do lado econômico como do lado social.

Campos argumentou que, com um orçamento de R$ 100 bilhões para a educação, o Brasil pode adiantar a agenda do Plano Nacional de Educação e fazer a escola integral em quatro anos. Na área da saúde, fez críticas indiretas ao programa do governo federal Mais Médicos ao dizer que não se pode seguir com uma "política de criminalização dos médicos, que joga o povo contra os médicos". O evento conta com a participação do presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto d'Avila.

O pessebista criticou decisões do governo Dilma Rousseff na área de energia e com relação à Petrobras. Segundo Campos, graças à política equivocada do governo federal, o setor elétrico brasileiro passa por um de seus momentos "mais duros". "Ninguém pergunta de onde vêm os R$ 50 bilhões para botar nos cofres das empresas de energia, ninguém pergunta como a Petrobras tem R$ 50 bilhões para segurar o custeio de decisões eleitoreiras da Presidência da República", disse, argumentando que essas correções de orçamento poderão financiar melhorias na saúde, a escola integral e propostas como o Passe Livre.

Campos falou ainda dos erros na economia que levaram à alta de juros e à estagnação do crescimento. "O governo que prometeu desenvolvimento freou o Brasil, que prometeu taxas de juros mais baixos, legou juros mais altos", disse. O candidato afirmou ainda que é preciso acabar com as "forças patrimonialistas e fisiológicas" que rondam o governo Dilma. Antes dele, Marina Silva havia falado sobre a necessidade de fazer uma política "programática" e acabar com o fisiologismo.

A Executiva Nacional do PSDB lançou uma nota, nesta segunda-feira (16), criticando o discurso do PT contra a oposição. De acordo com o texto, o Partido dos Trabalhadores estimula o ódio nas declarações das suas lideranças políticas. Os tucanos relatam que não querem esse tipo de debate e pede para seus militantes “não responderem esse tipo de agressão e ameaça”.

Leia a nota na íntegra:

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Aos companheiros do PSDB,

A perspectiva de perder o poder está levando o PT a aumentar a agressividade e intolerância do seu discurso, apostando cada vez mais na divisão do país.

Tentam atribuir a uma “elite conservadora” o desejo de mudança, ignorando que cerca de 70% dos brasileiros ouvidos pelas pesquisas de opinião exigem uma nova maneira de governar o país.

Primeiro, tentaram a tática do medo. Deu errado. A presidente caiu ainda mais nas pesquisas. Agora, estimulam o ódio. Mais uma vez, fracassarão. O Brasil é melhor e maior do que isso.

Convocamos nossos militantes a não responder a esse tipo de agressão e ameaça.

Vamos continuar firmes na nossa caminhada com a alegria, unidade e convicção presentes na nossa Convenção Nacional, no último sábado.

Nossa caminhada tem a missão não de dividir, e sim de unir os brasileiros em torno de um futuro que seja ético, generoso e solidário.

Executiva Nacional do PSDB

O presidente da Índia, Pranab Mukherjee, discursou ao Parlamento nesta segunda-feira (9) e citou o controle da inflação e o crescimento do investimento como prioridades para o primeiro ano de governo do recém-eleito primeiro-ministro, Narendra Modi.

Após ser eleito, Modi já havia relatado que iria reparar as deficiências em infraestrutura no país e trabalhar para restaurar a confiança dos investidores. Hoje, Pranab discursou em nome da nova administração e ressaltou que o governo vai aliviar as restrições ao investimento estrangeiro para ajudar a criar empregos e impulsionar o setor industrial.

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"Estamos passando por uma fase extremamente difícil", disse Mukherjee. "Colocar a economia de volta nos trilhos é de suma importância para meu governo", acrescentou.

O discurso do presidente é entregue sempre na primeira sessão do ano do Parlamento e tem como objetivo destacar as políticas mais amplas que o governo pretende executar nos próximos meses. Fonte: Dow Jones Newswires.

Durante sessão plenária nesta quinta-feira (22), em Brasília, o líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE), manifestou  indignação com a falta de rumo do País nas áreas social e econômica. O democrata fez duras críticas à postura da presidente Dilma Rousseff (PT) e citou algumas área defasadas como a segurança, transporte público e as greves que tomam conta do País.

O parlamentar também mencionou o empenho do governo em bloquear a CPI Mista da Petrobras e as greves de ônibus na capital paulista que deixou milhões de pessoas com dificuldade de deslocamento na maior cidade do País e a da Polícia Militar na última semana em Pernambuco que resultou numa série de saques ao comércio e ação de vândalos em Recife e região metropolitana.

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“Isso dentro de um contexto de absoluta omissão do governo federal. O quadro econômico se agrava a cada dia, a inflação está sempre inclinando para cima batendo o teto da meta, incomodando o povo no que diz respeito a alimentos, com taxa na casa de 9%. O crescimento do país é medíocre em comparação com qualquer país da América do Sul (...). Enquanto isso, a presidente está cuidando da articulação política para assegurar apoio à sua reeleição. Para que se candidatar à reeleição se o Brasil está sem rumo sob seu comando? Eu não entendo. E aí toda essa insatisfação vai significar a resposta que o povo dará nas urnas porque ela não será reeleita”, destacou.

Confira o discurso do deputado na íntegra abaixo:

O novo primeiro-ministro da Líbia, Ahmed Maiteg, prometeu nesta terça-feira fortalecer as instituições de segurança do país, para que elas possam trazer ordem à Líbia, e fazer avançar a reconciliação nacional.

Ahmed Maiteg fez seu primeiro discurso televisionado desde que foi nomeado em votação à qual se opôs o bloco não-islâmico do Parlamento. Listando as prioridades do seu governo, Maiteg disse na segunda-feira que a segurança está em primeiro lugar.

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"Impor a hegemonia, o controle e a soberania do Estado em solo nacional e construir as instituições de segurança e militares", se encontra no topo da lista, afirmou o premiê, seguido por reconciliação nacional, descentralização e reestruturação de serviços públicos e da economia.

A Líbia tem sido atingida por ondas de violência desde a queda do ditador Muamar Kadafi em uma guerra civil de oito meses em 2011. Governos sucessivos recorreram às milícias para restaurar a lei e a ordem. Fonte: Associated Press.

No momento em que travam uma disputa acirrada pelo apoio de dirigentes industriais e do mercado financeiro e falam em adotar medidas duras na economia para combater a inflação, os dois principais candidatos de oposição a presidente Dilma Rousseff (PT), o senador Aécio Neves (PSDB) e o ex-governador Eduardo Campos (PSB), subirão nesta quinta-feira (1º) no palanque da comemoração do Dia do Trabalho em São Paulo, com visões diferentes sobre a pauta trabalhista. O tucano e seus aliados falam abertamente em flexibilizar a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) em alguns setores da economia, como o turismo e o agronegócio, a fim de combater a informalidade. O pré-candidato do PSB aproveita para marcar posição, dizendo que não imagina construir o Brasil "tirando direito dos trabalhadores".

Os dois se revezarão no palanque montado pela Força Sindical para celebrar a efeméride do 1° de maio. A posição de Aécio, externada em encontros recentes com empresários, causa desconforto na Força Sindical, central que promete apoiá-lo na campanha. Isso porque, para os sindicalistas, mexer nas leis trabalhistas, mesmo que pontualmente, é como mexer em algo "sagrado".

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"Temos que ter coragem de debater isso. Em determinados eventos e regiões, a falta de flexibilização no turismo tem levado à informalidade", disse o senador na semana passada depois de um encontro na Associação Comercial de São Paulo. Ele já tinha defendido essa tese para empresários do setor em uma feira no começo de abril. Na segunda-feira, deu um passo adiante no encontro da capital. "Defendemos flexibilizações pontuais, mas se chegarmos a conclusão de que elas podem ser necessárias em outros setores, vamos discutir isso".

Reação

"Se o Aécio colocar isso em pauta, ele vai levar chumbo grosso dos trabalhadores. Se vier com essa conversa, não terá apoio de nenhum trabalhador", disse o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, que estará ao lado do tucano no palco montado na festa de hoje em São Paulo. Presidente nacional do Solidariedade, único partido até agora que já declarou apoio a Aécio Neves, o deputado federal Paulinho da Força se mostra preocupado com o discurso do aliado.

"Estamos discutindo o programa. Vamos convencê-lo de que isso é um erro. Somos contra a flexibilização em todos o setores, inclusive no turismo", diz o dirigente. Ainda segundo Paulinho, a flexibilização "seria o caos" para os trabalhadores do setor. "O turismo não tem muita organização. Eles perderiam direitos", diz.

A divergência ocorre no momento que o Solidariedade sonha em indicar o candidato a vice na chapa do senador tucano. O nome da sigla para a "missão" já foi escolhido. "Indicamos o Miguel Torres, presidente da Força", diz Paulinho. A tendência de Aécio, porém, é ter um vice do próprio PSDB, de preferência de São Paulo, maior colégio eleitoral do País.

Oportunidade

A contradição entre Aécio e seus aliados sindicalistas foi vista pelos aliados de Campos como uma janela de oportunidade para delimitar terreno. "É inegável que ele (Aécio) está mais à direita que a gente. Na hora da bifurcação entre PT e PSDB, o PT sempre empurra a pecha de que os tucanos defendem os ricos. Com a gente isso não pega", afirma o deputado Márcio França, presidente do PSB paulista e um dos mais frequentes interlocutores do ex-governador. Ex-secretário de Turismo do governo Geraldo Alckmin (PSDB), ele diz ser contra a flexiblização até mesmo no setor. "Não defendemos flexibilização em lugar nenhum".

Questionado ontem sobre as propostas de Aécio, Campos respondeu em encontro partidário em São Paulo. "Vamos abordar a causa trabalhista com diálogo, como sempre fizemos. Sempre dialoguei muito com o movimento sindical. Imagine se a gente vai começar uma agenda para melhorar o Brasil pensando em subtrair os direitos dos trabalhadores". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff admitiu, em conversa com editores de esportes dos principais jornais e redes de tevê do País, que tem interesse em visitar a seleção brasileira nos preparativos para a Copa do Mundo na Granja Comary, em Teresópolis, mas antecipou que não vai ser possível porque podem confundir a sua visita com campanha eleitoral.

"Queria muito ir até lá só para ver o Felipão comandar o treino da seleção, ver seus métodos de trabalho. Eu gosto muito do Felipão, pela sua dignidade, retidão, aquele jeito assim, um turrão daquela parte do País (Sul), dos gaúchos na mistura de italianos e alemães. Ele é ótimo, faz um bem para o Brasil."

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A visita à concentração da seleção seria uma oportunidade também para acompanhar Neymar de perto. "Ele é diferente dos outros, anima os torcedores. Se fosse para escolher um jogador da seleção para destacar, eu escolheria o Neymar."

VAIAS - Dilma confirmou que não vai discursar na abertura da Copa do Mundo, dia 12 de junho, no Itaquerão, e não teme ser vaiada.

"Se eu falar que não ligo para vaias, não é verdade. Que presidente da República gosta de vaias? Na abertura da Copa, de acordo com o que o Blatter (Joseph, presidente da Fifa) não vai ter discurso. Vou apenas dizer que 'estão abertos os jogos da Copa'. E, se eu for vaiada, paciência. É da vida. As pessoas que vão aos estádios querem ver o jogo e não ouvir discursos."

No jogo de abertura, Dilma confirmou a presença de chefes de Estado da maioria dos países da América Latina, da África, pelo menos cinco da Europa, todos os do Brics (grupo de países em desenvolvimento formado por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul) e alguns dos países asiáticos.

VIOLÊNCIA NOS ESTÁDIOS - Questionada sobre a possibilidade de o governo entrar forte no combate à violência no futebol, Dilma disse que as leis já existem e que poucas são cumpridas. "Conversamos com alguns delegados que cuidam da segurança em estádios e eles reclamam que é difícil indiciar os torcedores violentos e, quando são presos, a Justiça vem e solta. É difícil", comentou a presidente.

Indagada sobre o projeto em que o seu governo trabalha para sanear os clubes, a presidente disse que o maior problema nem eram as dívidas, e sim a gestão do dinheiro. "Os clubes querem o perdão das dívidas, mas não falam em melhorar a gestão do dinheiro. Isso é inadmissível", disse aos jornalistas.

O novo governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PSB), ressaltou, após tomar posse na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), a parceria dele com o ex-governador Eduardo Campos (PSB). Durante o primeiro discurso, Lyra enalteceu o seu antecessor e pontuou as prioridades do governo a partir de agora. Entre os destaques está a interiorização do desenvolvimento estadual.

"O desafio que tenho pela frente é apenas mais um passo de uma jornada que tem história e vem de longe. O meu encontro político com Eduardo Campos nada tem de passageiro. É firmado a partir de raízes profundas. Trata-se de uma longa trajetória de lutas pela causa da democracia, empreendedorismo, inovação em gestão pública e fundamentalmente um compromisso inabalável com as melhores causas do povo brasileiro", cravou, lembrando que vivem um compromisso galgado na família dos dois.

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Lyra Neto garantiu que vai lutar pelo Pacto Federativo, uma das bandeiras já firmadas por Campos. "Vamos tocar em frente a ideia do governador Eduardo Campos de  apoiar os municípios pernambucanos na implantação de projetos que contribuam para o desenvolvimento municipal. Avançar levando, de forma pioneira, a interiorização da Tecnologia e Inovação, aliada a Economia Criativa. Assumo aqui o compromisso de realizar o desembarque do Porto Digital do cais para a Mata, Agreste e Sertão", frisou o caruaruense. Ainda em seu discurso o novo governador recordou a trajetória familiar, destacou a sua atuação em Caruaru.

Ao fim do ato, a sessão de posse foi encerrada e o novo governador escoltado da Alepe a Praça da República por policiais militares, o corpo de bombeiros e os parlamentares.

O governador do Ceará, Cid Gomes (Pros) passou mal no final do discurso que fazia na inauguração da Políclínica de Limoeiro do Norte, a 200 quilômetros de Fortaleza, na noite dessa quinta-feira (3). Cid pediu água e acabou sentando no palco. Os paramédicos do Serviço de Assistência Médica de Urgência (Samu) constataram que o governador estava com pressão baixa e teria que ser transportado para um atendimento melhor qualificado em Fortaleza. Cid foi para a capital cearense de helicóptero e cancelou a reunião que teria com os líderes do Pros para decidir se renuncia ou não ao cargo nesta sexta-feira (4).

Quando Cid estava sendo atendido pelo Samu, uma equipe da TV Diário tentou filmar, mas foi empurrada pelo secretário de Saúde do Ceará, Ciro Gomes, irmão de Cid. Antes de sofrer o desconforto, Cid enfrentou um protesto de professores e estudantes da Universidade Estadual do Ceará (Uece). Ele foi chamado de ditador pelos manifestantes. O governador ainda deu espaço para um representante dos professores e outro dos estudantes falarem no palco. Os representantes reclamaram do que chamaram mal tratamento dado aos professores substitutos e a falta de concurso público para contratação de docentes.

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O irmão do governador Eduardo Campos (PSB), Antônio Campos, homenageou nesta quinta-feira (27) a atuação do ex-deputado federal e ex-ministro da Justiça,  Fernando Lyra, durante evento no Instituto Miguel Arraes. O neto do ex-chefe do executivo também enalteceu o consanguíneo e desejou-lhe boa sorte nos rumos políticos nacionais.

“Quero aqui fazer uma homenagem a Fernando Lyra em memória. Homem que de vez em quando ia me aconselhar. Um os homens que lutou e organizou a transição democrática no Brasil e também merece o registro e o pareço da família Arraes. Que tinha um pensamento político e grande capacidade de fazer amigos que é uma grande capacidade de um homem sábio”, elogiou.

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Depois de relembrar o ex-parlamentar e irmão do vice-governador João Lyra Neto, Campos fechou o discurso demonstrando confiança no corrida eleitoral do irmão, como uma alternativa para o futuro. “Meu irmão e este jovem Miguel (filho do governador) nós depositamos muita esperança e acreditamos num futuro melhor para o Brasil”, desejou

A sugestão do governador do Estado e presidenciável, Eduardo Campos (PSB), de criar no Congresso Nacional uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar problemas em relação a obra da Refinaria Abreu e Lima, e também, aos investimentos da Petrobras foi criticada pelo senador Armando Monteiro (PTB). Segundo o pré-candidato ao governo estadual, a postura do PSB está contaminada pelo processo eleitoral. 

O parlamentar defende um debater político aberto e critica Campos de eleitoralizar o assunto em questão. “Eu acho que o debate político é um debate aberto. Agora, o povo sabe distinguir aquelas colocações que estão contaminadas já pelo interesse eleitoral. Eleitoralizar o debate é algo que é sempre um risco porque a população percebe o que é coerente, o que expressa uma preocupação e o que se destina apenas a fazer o uso eleitoral, a adptalização eleitoral”, alfinetou. 

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Monteiro lembrou que a problemática sobre a refinaria é algo discutido desde 2008 e só agora o PSB levantou a questão. “Vale lembrar que este episódio da refinaria ele aflorou não agora. É algo que a sociedade e alguns setores já conhecem, já sabiam que havia uma indicação de que o valor da aquisição da refinaria já era objeto de questionamento. Foi a presidente Dilma que questionou no primeiro momento, (...) já em 2008 a presidente Dilma questionou a operação. Ora, se este questionamento foi feito já há tanto tempo e inclusive, publicamente este assunto já havia vazado, porque só agora o PSB manifesta essa indignação ou esse inconformismo, ou essa iniciativa de promover um processo de investigação?”, questionou o petebista. 

Para o concorrente do PSB nas eleições estaduais, a postura do governador tem um interesse político e o eleitor está atento a isso. “Então fica claro para mim que já há uma contaminação do processo eleitoral. É preciso que cobremos certa coerência, porque se não existir coerência o próprio o eleitor e a opinião pública sabem distinguir isso”, acrescentou. 

Na madrugada do dia 1º de abril de 1964 (com o Golpe Militar em andamento desde o dia anterior), Rubens Paiva, deputado federal por São Paulo, fez um apelo ao vivo pela Rádio Nacional em defesa da legalidade do presidente João Goulart. O áudio com o discurso de Paiva foi divulgado esta semana pela Agência Brasil, ao ouvir depois de 43 anos a voz do pai, Vera Paiva, filha do deputado se emocionou e afirmou ter sentido um "ourgulho cidadão". 

"Foi uma emoção sem par para toda a família, depois de 43 anos, ouvir a voz de Rubens Paiva. Naquele tempo, a gente não tinha condição de guardar a voz. Tudo o que temos são fotos e algumas imagens, mas sem voz", disse Vera, emocionada. Para ela, ouvir a voz do pai 43 anos depois fez despertar um orgulho profundo. "Orgulho profundo em ver a atitude dele de sair de São Paulo, onde morávamos, e ir até a Rádio Nacional, no Rio, para, em um ato de coragem, apoiar a legalidade", revelou.

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No discurso, o deputado convocou estudantes e trabalhadores a acompanharem as transmissões da Rádio Nacional, que formava uma rede em defesa da legalidade junto a outras emissoras. "Estejam atentos às palavras de ordem que emanarem aqui da Rádio Nacional e de todas as outras rádios que estejam integradas nesta cadeia da legalidade. Julgamos indispensável que todo o povo se mobilize tranquila e ordeiramente em defesa da legalidade prestigiando a ação reformista do presidente João Goulart que neste momento está com o seu governo empenhado em atender todas as legítimas reivindicações de nosso povo".

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"Está lançada inteiramente para todo o país o desafio: de um lado, a maioria do povo brasileiro desejando as reformas e desejando que a riqueza se distribua, os outros são os golpistas que devem ser repelidos e desta vez, definitivamente para que o nosso país veja realmente o momento da sua libertação raiar". Foi dessa maneira que Paiva concluía a sua intervenção pela rádio, em que convocava a resistência pacífica contra o Golpe.

Na madrugada do dia 03 de abril, Paiva ainda providenciou um avião para levar o ministro da Casa Civil, Darcy Ribeiro, e o Procurador-Geral da República, Waldir Pires - que tentavam a resistência em Brasília - para o Rio Grande do Sul, onde Jango tentava ainda articular forças para resistir ao Golpe. No meio do trajeto eles souberam pelo rádio que não haveria resistência e, assim como o presidente, rumaram para o exílio no Uruguai.

No dia 10 de abril, com os militares já no poder,  Rubens Paiva teve seu mandato cassado após a edição do primeiro Ato Institucional (AI-1) . Eleito em 1962 para o mandato parlamentar, Rubens Paiva teve papel de protagonismo na CPI que investigou o IBAD (Instituto Brasileiro de Ação Democrática), cuja conclusão apontava a intervenção da entidade “no processo de escolha de representantes políticos do povo brasileiro para a tomada do poder através da corrupção eleitoral”.

Em 1971, entre os dias 20 e 22 de janeiro, o deputado entrou para a lista dos mortos e desaparecidos políticos da ditadura militar brasileira (1964-1985).

Andamento do caso Rubens Paiva

Na última quarta-feira (19), a A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados vai realizar audiência pública para ouvir o general reformado do Exército José Antônio Nogueira Belham sobre as circunstâncias da prisão, tortura, morte e ocultação de cadáver do ex-deputado federal Rubens Paiva.

O colegiado aprovou requerimento do deputado Vieira da Cunha (PDT-RS) e outros solicitando a audiência. A reunião deverá ser promovida em conjunto com as comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional; e de Direitos Humanos e Minorias. A votação imediata do requerimento pela CCJ foi pedida pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, que, por sua vez, atendeu a pedido da Comissão Nacional da Verdade (CNV).

Informações colhidas pela Comissão Nacional da Verdade (CNV) que apontam responsáveis pela morte do ex-deputado federal Rubens Paiva, desaparecido desde 1971, foram entregues ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), nesta terça-feira (18). Baseado em  pesquisa documental e provas testemunhais, o documento aponta que o hoje general José Antônio Nogueira Belham, então major, no comando do Destacamento de Operações e Informações (DOI) do I Exército, onde Paiva esteve detido, mesmo alertado por duas testemunhas militares de que o preso poderia morrer, nada fez para impedir as torturas ou prestar atendimento à vítima, até hoje desaparecida.

Na ocasião ficou decidido que o tema seria submetido pelo presidente ao colégio de líderes. Uma das ideias propostas é uma sessão conjunta das comissões de Constituição e Justiça e de Direitos Humanos para tratar do caso Rubens Paiva, na qual poderá ser tomado o depoimento do general Belham.

Considerado fundamental para o esclarecimento do caso, Belham será convocado a depor em audiência pública da CNV, para a qual a Câmara dos Deputados foi convidada a enviar um representante. Belham inicialmente prestou um depoimento espontâneo à CNV e já havia entregue um documento à comissão onde nega participação na morte ou ocultação do cadáver do deputado. Entretanto sua folha de alterações (documento funcional que aponta todas as atividades exercidas na carreira por um militar) contradiz a versão do general de que ele estava de férias, uma vez que ele recebeu diárias para exercer missão secreta no período em que Paiva passou pelo DOI.

Além disso, documento do DOI do I Exército, apreendido na casa do coronel Júlio Molinas, em Porto Alegre, no final de 2012, e entregue à CNV pelo governo do Rio Grande do Sul, registra, entre outras informações, que o general Belham esteve na posse de dois cadernos de Rubens Paiva, enquanto o deputado esteve preso no Doi. Molinas foi um dos sucessores de Belham no comando do Doi-Codi do I Exército, no Rio.

O senador Humberto Costa (PT) foi muito feliz na defesa que fez do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) com relação às críticas feitas pelo governador Eduardo Campos (PSB) sobre a incontestável distribuição de cargos em vigor desde o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Incontestável porque trata-se de um fato, mas uma crítica falha por ter sido feita por um gestor responsável pela criação do maior número de cargos comissionados do governo estadual – três mil e quinhentos, segundo os cálculos de Humberto.

Conduzido à liderança do Partido dos Trabalhadores no Senado Federal no início do ano, Humberto, que nunca foi lá um dos parlamentares de maior expressão do estado, encontrou na defesa do governo uma possível vocação, uma vez que, ao contrário do conterrâneo socialista, seus argumentos estão surgindo com embasamentos táteis e, quando decide apontar erros, o faz certo de que seus pares não cometeram falhas semelhantes.

Aliás, as falhas nos recentes discursos do governador Eduardo Campos não são poucas. O socialista apontou o dedo para o número de ministros mantidos pela gestão petista, mas passou sete anos à frente do governo estadual ostentando vinte e nove secretarias. Além de um primeiro escalão robusto, não é segredo que ex-prefeitos e aliados políticos sem mandatos sempre encontram nos corredores do Palácio do Campo das Princesas uma sala desocupada para dar meio expediente e ganhar bons tostões.

Há menos de um mês, o gestor decidiu que só agora, no final do seu segundo mandato, o dinheiro do povo pernambucano estava sendo mal empregado quando utilizado pelo seu cerimonial para manter os luxos do camarote do Governo do Estado no Carnaval do Recife. Incrível como essa percepção só surgiu agora, quando da sua intenção de se lançar candidato ao Palácio do Planalto.

E como esquecer anos de críticas ao governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), gestão que, segundo Eduardo Campos, nunca foi saudável para o país? Mas como bem apontou o prefeito de Petrolina, Julio Lossio (PMDB), onde está a coerência quando o governador critica a atuação do PSDB a nível nacional e traz o mesmo partido para sua base aliada, com o intuito de eleger seu sucessor? O PSDB não serve para o Brasil, mas serve para Pernambuco?

As incoerências não são poucas e, vale salientar, o show está apenas começando.

Acertando os ponteiros – Na longa conversa que teve com a presidente Dilma Rousseff (PT) na última terça-feira (18), o senador Armando Monteiro Neto, pré-candidato do PTB ao Governo de Pernambuco, recebeu, mais uma vez, a confirmação de que o Partido dos Trabalhadores vai ser um grande aliado dos seus projetos, tendo inclusive definido a indicação do deputado federal João Paulo (PT) para concorrer ao Senado. O anúncio formal da aliança deve acontecer no início da próxima semana.

Lealdade – A ex-prefeita de Pombos, Jane Povão (PR), embora seja historicamente ligada ao deputado federal Inocêncio Oliveira (PR), não apoia o recuo dele para uma disputa à reeleição, porque, segundo ela, já firmou compromisso com o deputado estadual Sebastião Oliveira (PR). “Não sou política de voltar atrás com a palavra, vou com Sebastião”, disse.

Agenda 40 – O governador Eduardo Campos visita três municípios do Sertão do Estado para continuar a apresentar os três candidatos da chapa majoritária da Frente Popular de Pernambuco – Paulo Câmara (PSB), Raul Henry (PMDB) e Fernando Bezerra Coelho. Eduardo aproveita o ensejo para inaugurar obras.

CURTAS

Boa invernada – Os sertanejos se animaram com a possibilidade de um bom inverno este ano, porque ontem, Dia de São José, choveu intensamente em praticamente todas as regiões do estado. Caruaru, por exemplo, amanheceu alagada. A cidade de Belo Jardim, que enfrenta racionamento de água, também registrou bons índices de chuva.

Equipe de Lyra – O vice-governador João Lyra Neto (PSB) deve concluir e a anunciar na próxima semana a formatação do seu secretariado. Ele precisa substituir pelo menos nove secretários, que deixam o governo Eduardo Campos para disputar as eleições. Lyra deve também fazer mudanças no segundo escalão.

Perguntar não ofende: Até quando dura a disposição do Partido Progressista de manter a pré-candidatura de Michele Collins ao Governo do Estado?

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, reconheceu há pouco que o referendo da Crimeia foi legítimo e defendeu a anexação do atual território ucraniano ao país. Segundo Putin, a etnia russa foi abusada ao longo dos últimos anos pelo governo da Ucrânia.

Em um discurso no Parlamento russo, Putin afirmou que o referendo respeitou as leis internacionais. O presidente negou as acusações de invasão ao território crimeniano e reafirmou que respeita a integridade territorial da Ucrânia. "Nós não queremos dividir a Ucrânia, mas a Crimeia pertence à Rússia".

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Vladimir Putin citou como exemplo o processo de independência de Kosovo, que foi apoiada pelos países do Ocidente. Ele ressaltou que a cessão da Crimeia na Ucrânia repete o mesmo processo de divisão da União Soviética em 1991.

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