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Representando o ex-governador Eduardo Campos, falecido ano passado, vítima de acidente de avião, João Campos, acompanhado da irmã, Maria Eduarda, discursou nesta sexta-feira (17), durante solenidade de inauguração da Fábrica de Itaipava. Na cerimônia realizada na sede da unidade, na cidade de Itapissuma, Região Metropolitana do Recife, o herdeiro do ex-chefe do Executivo fez questão de elogiar o ex-presidente Lula, também presente no evento.

“É com muita emoção e como muita alegria que estou aqui hoje”, iniciou João, relembrando ter visitado com o pai diversos empreendimentos importantes no Estado, inclusive, a Fábrica da Fiat e da Itaipava. “Ali (nas visitas) eu tinha consciência que estava participando da história do Estado e com essa alegria que estamos hoje aqui”, enfatizou.

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O herdeiro de Eduardo Campos elogiou a atuação do pai e garantiu que ele tinha palavra. “Porque um homem público precisa ter palavra e não precisa assinar em papel. E palavra ele tinha de sobra”, enalteceu.

O desenvolvimento econômico do Estado também foi lembrado por João. “Essa fase de crescimento econômico que veio para Pernambuco foi pensada nos mais pobres, nos que mais precisam, para dar oportunidade ao mais pobre e ao pai de família”, pontuou, frisando o apoio de Lula. “E eu aqui tenho que reconhecer que ele não fez isso sozinho, teve o apoio de Lula, porque não adianta ser amigo de um presidente, tem que trazer projetos”, destacou.

Agradecendo a homenagem feita a Eduardo Campos, o filho do ex-governador encerrou o discurso descrevendo as atuações de Campos e de Lula. “São dois homens públicos que sabem fazer política e os resultados são os melhores possíveis. Fizeram o Estado crescer e o povo crescer junto. Agradeço esta homenagem ao senhor (ao presidente do Grupo Petrópolis) e a solidariedade de todos os pernambucanos porque se não fosse vocês não conseguiríamos superar essa falta que ele faz. Muito obrigado”, finalizou

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Com um vasto discurso nesta quinta-feira (16), a ex-senadora Marina Silva se posicionou contra a Proposta de Ementa à Constituição (PEC) 215, em solenidade em homenagem ao Dia do índio, na Câmara dos Deputados, em Brasília. A ex-candidata à presidência da República pediu apoio dos parlamentares para votarem contra a PEC e fez críticas ao governo Dilma Rousseff (PT) em relação aos investimentos nas áreas indígenas. 

“Em primeiro lugar dizer que tudo o que foi conquistado, durante todos esses anos em benefício das comunidades indígenas, é fruto da luta da resistência dos povos indígenas para a demarcação de suas terras (...). A luta que foi feita para que a constituição de 1988 estabelecesse o direito das comunidades indígenas sobre os seus territórios é fruto do esforço, principalmente, do movimento indígena brasileiro e daqueles parlamentares que são seus aliados e daquelas organizações da sociedade civil que ajudaram a dar suporte a essa luta”, iniciou.

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Marina frisou que há uma falácia na provação da PEC. “A Constituição Federal que estabeleceu pelo constituinte originário, e não por poder derivado, de que a Presidência da República tem o poder discricionário para demarcar terra indígena, no meu entendimento não deveria ser alterada. Para mudar é algo que só poderia ser mudado por uma outra Constituição, numa outra [assembleia] constituinte”, ressaltou. 

Visto por ela como um assunto de caráter legal que os juristas saberão interpretar, a ex-senadora reforçou que a proposta tira poderes da Presidência da República, que foi estabelecido pelo constituinte originário, e que por isso não deveria ter acolhimento por parte da Câmara. “Um outro aspecto é de natureza ética, de natureza política. Nós temos que reconhecer que dos 513 deputados, dos 81 senadores (...), nós sabemos que aqui são poucos aqueles que de fato estão identificados com a questão indígena”, contabilizou. 

Marina Silva também aproveitou o pronunciamento para fazer uma comparação entre ações negativas de períodos anteriores. “Nos últimos anos, nos últimos 12 anos – mais precisamente nos últimos cinco anos – tivemos grandes retrocessos na agenda socioambiental e nos direitos indígenas no Brasil. Foi nesses anos que se fez a mudança no Código Florestal para permitir avanço de destruição sobre a floresta Amazônica e em outras regiões do nosso país”, descreveu.

Para a ex-senadora há uma diferença abissal entre os investimentos na área indígena dos últimos três presidentes. “Se somarmos tudo o que foi declarado e homologado nos oito anos de Lula e Fernando Henrique temos o seguinte número: Lula declarou 13 milhões de hectares, homologou 18 milhões de hectares; Fernando Henrique declarou 39 milhões de hectares, homologou 41 milhões de hectares; Presidente Dilma Rousseff declarou 1 milhão e homologou 2 milhões de hectares”, comparou.

Frisando ter respeito pela Casa Legislativa, Marina Silva aproveitou o momento para pedir apoio de deputados e senadores na votação contra a PEC. “por isso que fiz questão de estar aqui. Porque eu sei que essa luta aqui é crucial e eu quero muito que os parlamentares que estão aqui trabalhem em suas bancadas, conversem com seus líderes”, solicitou. 

Durante participação na 7ª Cúpula das Américas, a presidenta Dilma Rousseff (PT) discursou no Foro Empresarial, no Panamá, na tarde desta sexta-feira (10) e pontuou a importância de inovar através da educação. A petista também estará nesta tarde do painel “Unindo as Américas: Integração Produtiva para o Desenvolvimento Inclusivo” juntamente com os presidentes do Panamá, Juan Carlos Varela, dos Estados Unidos, Barack Obama, e do México, Enrique Peña Nieto.

No espaço de diálogo que reúne empresários de 35 países com o objetivo de tratar de oportunidades de negócio, Dilma assumiu precisar reequilibrar a postura atual para evoluir o governo. “Temos de fazer um reequilíbrio para continuar crescendo. Isso passa por continuar com programas, tanto na área social quanto na infraestrutura”, pontuou. “Considero fundamental a abertura comercial e a desburocratização. Contribuem para que tenhamos horizonte de crescimento maior”, acrescentou. 

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De acordo com a chefe do executivo, o Brasil só terá sustentabilidade se tiver uma agricultura, indústria e todo setor de serviços baseado em inovação “e isso vem da educação", destacou. Reconhecendo as desigualdades ainda existentes no país, Rousseff falou em transformações. “Uma das exigências para se fazer isso é ter clareza do que é necessário para transformar um país desigual num país de inclusão social. A inovação, educação e integração regional das economias funcionam como fator que amplia oportunidades”, considerou. 

Para Dilma Rousseff, outro desafio do país é equilibrar as classes sociais. “Hoje temos um desafio, justamente porque 44 milhões foram para a classe média e 36 milhões saíram da extrema pobreza”, descreveu, se comprometendo ao término de sua fala com  a integração das regiões. “Queria deixar claro nosso compromisso com a integração regional”, finalizou a petista. 

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Durante a bênção de Páscoa, o Papa Francisco elogiou neste domingo o acordo nuclear com o Irã e expressou sua profunda preocupação com os conflitos no Iêmen, Síria, Iraque, Nigéria e em outras localidades da África.

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Em discurso da Praça de São Pedro, logo após a realização de uma missa, o Papa fez seu primeiro comentário sobre o recente acordo firmado na Suíça, que visa garantir que o Irã não produzirá armas nucleares. Segundo ele, esse pode ter sido um passo definitivo para um mundo mais seguro e fraternal.

O pontífice falou ainda no "derramamento de sangue absurdo" e de todos os atos bárbaros de violência na Líbia e desejou a paz no Iêmen, assolado pela Guerra Civil.

O papa Francisco disse que reza pelo fim dos conflitos na Síria e Iraque e para que a paz tome conta da África, Nigéria, Sudão do Sul e Congo. Fonte: Associated Press.

O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) usou a tribuna do Senado, nesta segunda-feira (23), para defender a ampliação e a participação popular na tomada de decisões políticas como a realização de consultas populares. As bandeiras levantadas pelo parlamentar também enfatizou o programa Todos por Pernambuco criado pelo ex-governador Eduardo Campos e seguido por Paulo Câmara.

“Um jeito de governar compartilhando as decisões, ouvindo as pessoas, independentemente da posição política de quem quer que seja”, descreveu o senador, em seu pronunciamento, completando em seguida. “Nas reuniões do Todos por Pernambuco não há situação ou oposição, há cidadãos dispostos a discutir o interesse coletivo. Esta é a boa política, a política que transforma a vida da população”, enalteceu.

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Detalhando o funcionamento do programa, Bezerra relembrou ter comparecido aos últimos seminários no interior do Estado. “Pude participar da maior parte da agenda realizada durante a abertura do evento, no Sertão pernambucano. Mais de 6,5 mil pessoas foram espontaneamente aos fóruns de Araripina, Petrolina, Salgueiro, Floresta, Afogados da Ingazeira e Arcoverde. O número de participantes cresceu quase 40%, se compararmos com a edição de 2011. Este dado mostra que o programa foi assimilado pela sociedade, que identifica um alto grau de entrega a partir das demandas geradas nas plenárias”, ressaltou o pessebista, buscando dar visibilidade à ação.

O senador também comparou o Brasil com outras nações firmando que enquanto no país houve apenas duas grandes consultas populares, uma em 1993 e outra em 2005, nos Estados Unidos foram mais de 140 perguntas durante as eleições de 2012. "Ou seja, estes mecanismos são corriqueiros em outras nações e comprovadamente ajudam a consolidar a democracia, pois fortalecem o poder popular, fomentam os debates e mobilizam a sociedade para discutir ideias, modelos sociais e programas políticos”, confrontou o pessebista.

O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, disse nesta segunda-feira, 16, em cerimônia na capital paulista que os procuradores se protegem no profissionalismo. "O que nos protege é justamente simplesmente sermos Ministério Público, de forma reta, clara, transparente. Isso profissionaliza nossa atuação e nos protege 'de qualquer outro tipo de interpretação'", afirmou Janot ao discursar sobre como as esferas do Ministério Público podem ajudar o Estado.

Janot falou por menos de cinco minutos, assinou protocolos e saiu rapidamente do auditório no Ministério Público de São Paulo, evitando a imprensa. Ele não citou nenhuma vez a operação Lava Jato. Disse apenas que o Ministério Público passa por um momento rico, por "diversos motivos".

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O procurador-geral pode ser reconduzido ao cargo em setembro, para mais dois anos à frente da PGR - recondução essa que depende do aval de senadores. Janot, contudo, tem sido alvo de críticas abertas e nos bastidores por parlamentares, especialmente do PMDB. O partido se ressente da abertura de inquérito contra os presidentes peemedebistas da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), e do Senado, Renan Calheiros (AL).

Janot assinou com Márcio Elias Rosa, procurador de Justiça do Estado de São Paulo, acordos de cooperação de bases de dados e para coibir o uso de explosivos e o uso de armas com numeração raspada - o que facilita o contrabando de armamentos. "É chegado o momento de o Ministério Público, além de sua atividade própria, começar a usar a expertise que adquire na atividade do dia a dia para contribuir, para sugerir aos órgãos do Estado medidas que possam auxiliar seja na segurança pública, seja no combate à corrupção", afirmou.

Janot ouviu um elogio de Elias Rosa, que falou antes dele, sobre sua atuação na Lava Jato. O procurador paulista disse a Janot que o MP-SP apoia seu trabalho e que as suas iniciativas estão elevando "o patamar ético" do Estado brasileiro.

O vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), utilizou a tribuna da Casa nesta sexta-feira, 13, para defender o irmão, o governador do Acre, Tião Viana, que teve o nome inserido na lista de investigados por suposto envolvimento em desvios ocorridos na Petrobras.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) instaurou na noite desta quinta o inquérito contra Tião Viana, suspeito de receber R$ 300 mil em propina da Petrobras. O dinheiro teria sido distribuído como auxílio para elegê-lo pela primeira vez ao governo do Acre, em 2010. Segundo a Procuradoria, a solicitação do montante foi feita pelo doleiro Alberto Youssef e autorizada pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa. O pedido de investigação foi encaminhado pela vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko, ao ministro Luis Felipe Salomão, relator da Operação Lava Jato no STJ.

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"Esse processo tem dois volumes e 400 páginas - dele tomamos conhecimento esta semana. São dois volumes e 400 páginas, e o nome do Governador Tião Viana é citado em quatro linhas. Quatro linhas em dois volumes e 400 páginas! A vida de uma pessoa, de um homem público, pode ser desmoralizada em quatro linhas", afirmou o senador Jorge Viana.

O petista também apontou possíveis contradições ocorridas no depoimentos de Youssef. "Poderiam ter olhado as quatro linhas que citam o nome do governador Tião Viana. O sr. Paulo Roberto diz que, no entendimento com Youssef, ficou acertado que Youssef iria mandar R$ 300 mil para a campanha do senador Tião Viana, em 2010. Mas o governador Tião Viana não era candidato a senador em 2010. Ele foi candidato a governador. Está aqui o documento. O documento que tenta destruir moralmente a honra do governador Tião Viana".

Em outro momento, o senador tentou desqualificar Alberto Youssef lembrando que o doleiro já havia realizado delação premiada em razão da participação em desvios no Banestado, banco estatal do Paraná. Youssef foi condenado, em setembro do ano passado, a quatro anos e quatro meses de prisão por ter praticado uma série de operações ilegais com dólar nos anos 1990 e 2000.

"O senhor Youssef, aliás, já esteve envolvido num escândalo com o PSDB do Paraná. Chantageou no Banestado e safou-se delatando e fazendo negociata - repetiu o mesmo modus operandi agora. E tem gente que acha que ele é um herói. Bandido é sempre bandido, de herói não tem nada - não tem nada, nem na hora que confessa. Por que vamos acreditar na palavra do bandido plenamente?", ponderou.

Em tom de desabafo, Jorge Viana defendeu ainda que, antes do encaminhamento do processo ao STJ, seu irmão poderia ter sido procurado pelas autoridades envolvidas nas investigações para prestar os esclarecimentos. "Esse processo poderia ter sido resolvido com um pedido de informação ao governador, com uma sindicância, mas a Justiça decidiu abrir inquérito, que não é condenação, e muito menos baseada na posição de dois criminosos que confessaram os crimes. Um diz uma coisa, outro diz outra completamente diferente. Mas nós confiamos na Justiça", afirmou.

As bolsas europeias se recuperaram das perdas de terça-feira, 10, e terminaram em alta nesta quarta-feira (11) após o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, adotar um tom positivo em seu primeiro discurso após o início do programa de compra relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês).

Draghi afirmou hoje que o programa de estímulo do BCE irá ajudar a recuperação econômica do bloco, movimento que deve ser ajudado pelo euro mais fraco e a queda dos preços do petróleo. Ele também acrescentou que o QE deve contribuir para a recuperação das expectativas de inflação, embora inflação anual harmonizada "deva permanecer muito baixa ou em terreno negativo" no curto prazo.

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Investidores reagiram bem ao discurso, mas também ficaram de olho na reunião entre equipes técnicas da Grécia e do Eurogrupo, que discutem em Bruxelas as propostas de reformas enviadas por Atenas. Temores sobre a falta de avanços significativos duas semanas após a aprovação da extensão do programa de financiamento pesaram sobre os mercados nos últimos dois dias.

O dia também foi marcado pela continuidade da queda do euro, que perto do final dos pregões era cotado a US$ 1,0593, nos menores níveis desde abril de 2003. Como resultado, as ações das empresas exportadoras, como a indústria automobilística alemã, tiveram alta diante da perspectiva de lucros maiores.

O índice pan europeu Stoxx 600 terminou o dia com alta de 1,49%, para 395,48 pontos, o maior nível desde julho de 2007. Segundo Peter Garnry, analista do Saxo Bank, o número reflete uma expectativa de fortes lucros por parte das empresas. "As expectativas de que os lucros irão crescer por causa da desvalorização estão tão altas que, caso eles não aconteçam, haverá um rápido movimento de liquidação dos papéis europeus", disse.

Em Frankfurt, o índice DAX fechou em alta de 2,66%, aos 11.805,99 pontos, com destaque para montadoras como a BMW e a Volkswagen, cujas ações avançaram 4,66% e 4,91, respectivamente. Já em Paris, o índice CAC-40 subiu 2,37%, aos 4.997,75 pontos. As ações da Airbus subiram 4,33% com a perspectiva de um euro mais fraco.

O índice FTSE-100, da bolsa de Londres, avançou 0,28%, fechando aos 6.721,51 pontos, enquanto o FTSE-Mib, da bolsa de Milão, fechou em alta de 2,18%, aos 22.833,04 pontos.

Em Madri, o índice IBEX-35 teve alta de 1,10%, aos 11.021,80 pontos. Já em Lisboa, o PSI-20 avançou 2,16%, aos 2.519,59 pontos.

O presidente nacional do PSDB e senador, Aécio Neves, usou a Tribuna do Senado Federal nesta terça-feira (10) para defender o ex-governador de Minas Antonio Anastasia por ter sido citado na lista do Supremo Tribunal Federal (STF) no suposto envolvimento com a Operação Lava Jato. Iniciando o discurso como um “desabafo“, o tucano relembrou ter covivido com homens como Tancredo Neves, entre outros e segundo ele ninguém supera Anastasia.

“Mas eu digo aqui, na Tribuna do Senado Federal, que do ponto de vista pessoal, moral, nenhum supera V. Exa. (Anastasia). Talvez alguns igualem V. Exa. no compromisso com a coisa pública, na retidão, na seriedade, no espírito público; mas V. Exa. se iguala aos maiores que o Brasil já teve. Conheço V. Exa., senador Anastasia, há muitos anos”, elogiou.

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Neves relembrou conhecer o ex-governador de Minas Gerais durante a caminhada política e o avaliou como o realizador do “mais ousado modelo de gestão pública da nossa contemporaneidade, depois acompanhado por vários outros estados brasileiros. E em todos os instantes, nas graves crises e nos momentos mais sutis, V. Exa. sempre comparecia com a altivez, com a capacidade de compreender com clareza a dimensão do que significa ser um homem público”, acrescentou.

O senador conta que um policial federal diz que levou durante o processo eleitoral de 2010 um recurso a uma determinada casa e entregou a um cidadão que o recebeu e meses depois, vendo o resultado eleitoral por fotografia e por imagens de televisão, achou que aquela pessoa a quem ele tinha entregue o recurso parecia com candidato. 

“A barbaridade desta história, a fantasia que a emoldura fica clara logo no primeiro instante porque ao contrário do que diz este policial, talvez enganado, talvez orientado, não sabe, temos elementos para dizer qual a razão, ele não teria hipoteticamente entregue o dinheiro ao candidato. O senador Anastasia hoje era o governador de Minas Gerais naquele período. Era o governador de Minas. O cidadão não se lembraria de chegar em um Estado e se encontrar com o governador do Estado”, questionou, avaliando em seguida as denúncias da delação premiada como frágeis e anunciou que “V.Exa. (Anastasia) sairá deste episódio ainda muito maior do que entrou”, pontuou.

 

Milhares de pessoas se reuniram neste sábado na cidade de Selma, no estado norte-americano do Alabama, para ouvir o discurso do presidente Barack Obama no 50º aniversário de um marco no movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos.

Depois de um pequeno atraso na viagem por questões de segurança, Obama chegou a Selma e fez um discurso centrado em temas atuais. O presidente lembrou a morte de um jovem negro por um policial branco em Ferguson, no Missouri, e voltou a criticar leis com restrições eleitorais. Para Obama, medidas sendo adotadas em estados do sul do país dificultam o voto.

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"Cinquenta anos depois de Selma, há leis neste país destinadas a tornar mais difícil que as pessoas votem", disse Obama. Ele desafiou o Congresso norte-americano a "cumprir sua missão e restaurar a lei este ano".

O presidente já havia discutido o tema do direito ao voto antes, incluindo no seu discurso "State of the Union". Sua administração tem questionado estados que impuseram novas exigências para votar, incluindo a necessidade de mostrar foto com identificação e coibindo oportunidades para votar cedo. Críticos dessas medidas dizem que elas afetam sobretudo eleitores de minorias e que representam um retrocesso nas conquistas do movimento pelos direitos civis.

No aniversário do "domingo sangrento", o dia de 1965 em que a polícia atacou pessoas que participavam de uma passeata pelo direito ao voto, Obama prestou uma homenagem a Selma. O presidente norte-americano afirmou que aquele local mudou o destino do país há 50 anos. A cidade, declarou, é um símbolo de que ainda há mais trabalho a ser feito para reparar as relações raciais.

"Sabemos que a marcha ainda não acabou, que a corrida ainda não está ganha, e que nos tornarmos uma nação abençoada em que somos julgados pelo conteúdo do nosso caráter requer admitir esses pontos", disse Obama em seu discurso.

Obama afirmou que a história racial dos Estados Unidos ainda "lança uma grande sombra", mas que progresso tem sido feito. O presidente falou daquilo que considerou ser retrocessos recentes, como o relatório do departamento de Justiça detalhando tratamento supostamente inconstitucional dado pela polícia a afro-americanos em Ferguson.

"O que aconteceu em Ferguson pode não ser um caso único, mas não é mais algo epidêmico, não é mais aceito pela lei e os costumes", disse Obama. "Antes do movimento pelos direitos civis, era certamente aceito", completou.

Entre os que participaram das comemorações neste sábado, estava a primeira-dama Michelle Obama, o ex-presidente George W. Bush e uma delegação de membros do Congresso que incluía o deputado John Lewis, nascido no Alabama e um dos que foram seriamente feridos na violência da marcha pelos direitos cinquenta anos atrás. Fonte: Dow Jones Newswires.

Ao discursar nesta terça-feira na tribuna do Senado, o líder do PT na Casa, Humberto Costa saiu em defesa do ajuste fiscal promovido pela presidente Dilma Rousseff. O senador fez questão de falar em nome da bancada petista composta por 14 parlamentares, que todos estão em consonância com as medidas adotadas pela presidente, negando os rumores de divisão interna devido à aprovação das Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665 propostas pelo Governo Federal. 

Segundo Humberto, há uma visão "torta" de que o PT esteja atuando na oposição da gestão Dilma. “Isso é falso. Esse argumento falacioso de que somos oposição ao ajuste fiscal tem o viés de querer nos emparedar e nos constranger e, com isso, enfraquecer tanto o partido, quanto os seus parlamentares e o próprio governo”, destacou, segundo sua assessoria de imprensa.

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O senador também avaliou que é a “unidade” dentro da legenda é fator de “garantia” da “força” petista. “Os que pensam que vão colocar o PT contra o governo ou o governo contra o PT podem tirar os respectivos cavalos da chuva. Nossa unidade é o que garante o nosso sucesso e força”, assegurou. Ele também garantiu que: “Mas o partido nunca faltou à presidenta Dilma, do mesmo jeito que jamais faltou ao presidente Lula”, complementou. 

Para exemplificar a lealdade do grupo petista na Casa, Humberto ressaltou que, apesar das divergências em relação à tramitação de medidas provisórias como a dos portos, do Mais Médicos e do setor elétrico, ao final foram suplantadas. “Mesmo com as divergências, ao final não só a base do governo, mas especialmente o PT, votou fechado com aquilo que foi devidamente acordado com o governo”, comentou. 

O parlamentar também ponderou não ter dúvidas que os correligionários proporão modificações para as Medidas Provisórias 664 e 665, que versa sobre os ajustes econômicos. No entanto, ele reitera que a bancada está aliada e confiante nas medidas firmadas pela presidente.

Nesta terça-feira (10), o deputado estadual Miguel Coelho (PSB) proferiu discurso pela primeira vez. Em pronunciamento no plenário, o socialista pediu mais investimento na educação e enfatizou a necessidade da união na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), com a proposta de auxiliar o governador Paulo Câmara.

Na ocasião, o parlamentar elencou a construção de escolas de tempo integral, a expansão das escolas técnicas e enfatizou a necessidade de investir no setor. “Defendi como minha principal bandeira a educação. Temos um modelo exitoso, porém a demanda continua crescente e devemos também buscar a valorização dos profissionais da educação”, pontuou o deputado.

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Ainda durante discurso, Miguel sinalizou a importância de manter a unidade na Alepe. “Os desafios que nos esperam são enormes, precisamos unir a Casa Joaquim Nabuco para que Pernambuco possa sair na dianteira na superação dos obstáculos. Independente de oposição ou situação, nosso compromisso maior é com os pernambucanos”, concluiu Miguel conforme informações da assessoria de imprensa. 

A presidente Dilma Rousseff defendeu o papel do pré-sal para os investimentos na educação nesta quinta-feira (5) em meio à crise na Petrobras, após a diretoria da estatal e a presidente Maria das Graças Foster terem pedido demissão. Em discurso na posse do novo ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Mangabeira Unger, a presidente destacou a importância de "transformar o nosso passaporte do pré-sal em qualidade educacional". Apesar da afirmação, ela não mencionou a estatal em nenhum momento durante o discurso de dez minutos.

A transmissão de cargo ocorreu de forma discreta, com um rápido discurso de Dilma e sem o direito a despedida pelo ex-ministro Marcelo Neri, que passou o bastão para um também calado Mangabeira Unger. O cerimonial do Palácio do Planalto organizou a posse relâmpago em uma das salas do terceiro andar do prédio, onde fica o gabinete de Dilma. Ela entrou e saiu por uma porta longe do local onde a imprensa foi colocada, para evitar contato com jornalistas.

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Apenas o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas, falou na saída. Ele disse que a presidente Dilma "está tratando da escolha do novo presidente da Petrobras". "Esse é um assunto que está sendo tratado pela presidente da República", disse. "Assim que ela tiver algo a comunicar, ela comunicará", afirmou.

Seis anos depois da crise de 2008, o presidente Barack Obama declarou vitória sobre a mais longa recuperação econômica dos EUA e propôs ontem ao Congresso "virar a página" com um pacote de medidas redistributivas, que aumentam a tributação dos mais ricos para financiar programas em favor da classe média. Ele também pediu autorização para o uso da força contra o Estado Islâmico e a aprovação do fim do embargo econômico a Cuba.

Em seu primeiro discurso sobre o Estado da União desde que os republicanos assumiram o controle das duas Casas do Congresso, Obama defendeu sua decisão de retomar relações diplomáticas com a ilha, encerrando um rompimento de 53 anos.

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"Nossa mudança na política para Cuba tem o potencial de colocar fim a uma herança de desconfiança no nosso hemisfério, remover uma falsa desculpa para restrições em Cuba, defender valores democráticos e estender a mão da amizade ao povo cubano", afirmou.

A esmagadora vitória dos republicanos nas eleições legislativas de novembro não intimidou o presidente, que lançou mão de decretos para mudar a política para Cuba e suspender a deportação de milhões de imigrantes ilegais, o que azedou sua relação com a oposição.

Ontem, Obama deixou claro que pretende manter a iniciativa nos dois anos que lhe restam de mandato. "Eu não tenho mais campanhas para disputar", declarou. Apesar de reconhecer as divergências, pediu apoio a suas propostas e prometeu trabalhar com os republicanos.

"Nós estamos há 15 anos nesse novo século. Quinze anos que começaram com o terror tocando nossas margens, que se desenrolaram com uma nova geração lutando duas guerras longas e custosas, que viram uma recessão cruel se espalhar por nossa nação e pelo mundo. Esse foi, e ainda é, um momento duro para muitos. Mas hoje à noite, nós viramos a página."

Depois de seis anos de lenta recuperação, a economia parece ter se firmado em uma trajetória ascendente. Os bons números deram impulso à aprovação do presidente, que enfrentará um Congresso que continua profundamente impopular.

Apesar da aceleração no crescimento, a renda média dos americanos se mantém estagnada, enquanto os ganhos financeiros dos mais ricos sobem no ritmo das altas recordes da Bolsa de Valores de Nova York. "Nós vamos aceitar uma economia na qual apenas alguns se dão espetacularmente bem? Ou vamos nos comprometer com uma economia que gera crescentes rendimentos e chances para todos os que se esforçam?", perguntou Obama, defendendo o que chamou de "economia da classe média".

Para reverter a desigualdade, ele propôs elevar impostos sobre ganhos de capital dos mais ricos. Se aprovadas, as medidas vão gerar receita de US$ 320 bilhões em dez anos. Esses recursos seriam utilizados para financiar benefícios que reduziriam a carga tributária da classe média, amenizando a anêmica recuperação de renda. Também seriam destinados a dar a 9 milhões de estudantes acesso gratuito a faculdades comunitárias, medida que consumiria US$ 60 bilhões nos próximos dez anos e enfrenta forte resistência da oposição.

Aumentos de impostos são rejeitados de maneira dogmática pelos republicanos, que veem a maior tributação como uma ameaça aos investimentos e à livre economia. Pesquisas de opinião, no entanto, mostram que a maioria dos americanos acredita que os mais ricos pagam menos impostos do que deveriam.

"O presidente transferiu aos republicanos o ônus de decidir sobre propostas que têm apelo popular", disse Gabrielle Trebat, da consultoria McLarty Associates. "Com o controle do Congresso, os republicanos passaram a ter responsabilidade na aprovação de políticas."

Obama terá mais facilidade em obter dos republicanos a autorização para os ataques contra o Estado Islâmico. Os bombardeios contra posições do grupo extremista iniciados agosto são feitos com base em legislação aprovada logo depois dos ataques de 11 de setembro de 2001. Apesar de sustentar que as operações são legais, Obama cedeu aos argumentos dos que defendem a necessidade de uma nova autorização.

O equilíbrio das contas públicas é condição indispensável para manter a justiça social e ampliar o desenvolvimento do país, disse há pouco o novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Em discurso ao assumir o cargo, ele ressaltou que o ajuste fiscal estimula os investimentos e a geração de empregos, ao recuperar a credibilidade na economia.

"Restam poucas dúvidas de que, mais uma vez, a democracia brasileira deu prova de excelência ao reafirmar o consenso imperativo da disciplina fiscal para o crescimento econômico social e o desenvolvimento sustentável", declarou Levy. “O equilíbrio fiscal é indispensável para ampliar oportunidades para o povo, principalmente para os mais jovens. É a chave para crescimento do crédito, que permite aos empreendedores investir e gerar empregos”, completou.

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O novo ministro não descartou a possibilidade de aumento de tributos para realinhar as contas públicas. “Possíveis ajustes de tributos serão considerados, especialmente aqueles usados para estimular a poupança doméstica e corrigir desbalanços tributários entre os setores”, ressaltou.

Levy anunciou ainda os novos secretários da pasta. Tarcísio Godoy ocupará a Secretaria Executiva e será o número 2 do ministério. Jorge Rachid voltará a comandar a Secretaria da Receita Federal. O secretário do Tesouro Nacional será Marcelo Saintive Barbosa. O novo secretário de Política Econômica é Afonso Arino de Melo Franco Neto.

O secretário de Assuntos Internacionais será o diplomata Luís Balduíno. Na Secretaria de Assuntos Econômicos, foi mantido o economista e servidor de carreira Pablo Fonseca. A procuradora-geral da Fazenda Nacional, Adriana Queiroz, também foi mantida no cargo. O ex-secretário da Receita Federal Carlos Alberto Barreto voltará a comandar o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão que cuida de recursos administrativos de contribuintes.

O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega não estava presente à cerimônia de transmissão de cargo. Ele foi representado pelo secretário executivo da pasta, Paulo Caffarelli, que citou medidas tomadas em dezembro para conter gastos públicos, como a restrição à concessão do seguro-desemprego e a diminuição dos subsídios ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Caffarelli alegou que a extensão do prazo para o pagamento do seguro-desemprego não retira direitos dos trabalhadores. Ele também lembrou que a política de aumento de gastos públicos para estimular a economia ajudou o Brasil a manter o desemprego no menor nível da história. No entanto, disse que chegou o momento de reequilibrar as contas públicas e ressaltou que 2015 será o ano do ajuste fiscal.

*Colaborou André Richter

Durante discurso na cerimônia de diplomação para o próximo mandato, a presidente Dilma Rousseff defendeu na noite desta quinta-feira, 18, um "pacto" para combater a corrupção no País. Em meio à denúncias de escândalos envolvendo a Petrobras, a presidente falou que a corrupção não é defeito ou vício " de um ou outro partido, de uma ou outra instituição" e afirmou que a "não dissolução" de laços entre público e privado é "herança nefasta" do sistema patrimonialista. "Chegou a hora de o Brasil dar um basta a esse crime que ainda teima em corroer nossas entranhas", afirmou.

Dilma afirmou que é preciso empreendeu uma reforma política e ainda uma mudança cultural. "Sei que é um trabalho de mais de uma geração", disse. "Quero ser a presidente que ajudou a tornar esse processo irreversível."

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Crescimento

A presidente falou em oferecer ao Brasil "luta renovada" por justiça social, educação de qualidade, igualdade de oportunidades, estabilidade econômica e política e compromisso com a ética. Sobre a economia, disse que a estabilidade será fundada em crescimento sustentado, no controle da inflação. "Crescimento que vai se acelerar mais rápido do que alguns imaginam".

Oposição

Ela aproveitou o discurso para pedir que a oposição "exerça da melhor forma seu papel". "Como uma eleição democrática não é uma guerra, ela não produz vencidos", disse. "Quem vence com o voto da maioria e não governa para todos transforma a força majoritária em um legado mesquinho", completou.

Em seu último discurso na tribuna do Senado, o senador e ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) disse nesta quinta-feira ter se arrependido de ter voltado ao Congresso depois de ter ocupado a Presidência da República. "Eu me arrependo, acho que foi um erro que eu cometi ter voltado, depois de presidente, à vida pública", afirmou para um plenário praticamente vazio.

Sarney afirmou que seria preciso proibir os ex-presidentes de ocuparem cargos públicos. Para ele, quem já foi presidente deveria se dedicar a trabalhar pelo bem do País, independentemente das preferências partidárias. Após a morte de Tancredo Neves, Sarney ocupou a Presidência entre 1985 e 1990, no período da transição democrática. Antigo líder da UDN, partido que deu sustentação ao regime militar, o senador chamou o golpe de 1964 de "revolução" em um momento de sua fala.

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Depois do terceiro mandato consecutivo no Senado, Sarney decidiu não disputar a eleição deste ano. Em junho, ele surpreendeu o mundo político ao anunciar que iria deixar a vida pública. Durante o seu discurso, ele fez duras críticas ao atual modelo político e propôs que seja colocada em prática a reforma política. Ele afirmou também que decidiu reapresentar um projeto que regulamenta o funcionamento das estatais como o seu "último legado". Segundo ele, a medida acabaria com casos de corrupção como o da Petrobras, que "envergonham" o País.

Despedida

Apesar do seu histórico político - ele fez questão de ressaltar que era o parlamentar mais longevo do País, tendo sido eleito para o primeiro mandato como deputado em 1955 -, Sarney optou por uma despedida discreta. O ex-presidente não avisou nenhum correligionário que faria o seu último discurso nesta quinta. Vários peemedebistas correram para o plenário quando souberam que ele estava na tribuna. "Eu quis fazer cedo, para que não tivesse ninguém mesmo, para falar às cadeiras vazias, mas, infelizmente, demorei bastante, a generosidade dos colegas foi grande, de maneira que a Casa está se enchendo", brincou.

Maranhão

Apesar de ter conseguido o mandato pelo Amapá, Sarney fez questão de agradecer ao povo do Maranhão, seu Estado natal. Segundo ele, apesar de a imprensa destacar apenas aspectos negativos, o Maranhão estaria na "vanguarda" do País. Recentemente, a sua filha, Roseana Sarney, renunciou ao governo do Estado alegando problemas da saúde. Depois de décadas no comando do Estado, o grupo de Sarney perdeu as eleições de outubro para o candidato do PC do B, Flávio Dino.

O romancista francês Patrick Modiano, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura 2014, explorou o papel do escritor, testemunha distante de seu tempo, ao fazer o seu discurso de recepção do prêmio, este domingo, em Estocolmo.

"Um escritor é marcado de forma indelével por sua data de nascimento e por seu tempo, ainda que não tenha participado diretamente da ação política, mesmo que dê a impressão de ser um solitário retirado em sua 'torre de marfim'", disse o romancista no discurso, lido em francês na imponente sala da Bolsa na Academia sueca.

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"Prisioneiro de seu tempo", está marcado por sua percepção da época em que nasceu e em que vive.

Patrick Modiano disse ver-se como "um menino da guerra (...), um menino que deveu seu nascimento à Paris da ocupação" alemã.

Também é um escritor do século XXI que, assim como seus colegas, pode sentir certa nostalgia dos grandes romancistas do século XIX, já que "o tempo passava mais lentamente que hoje e essa lentidão permitia ao romancista concentrar sua energia e atenção".

Hoje, "as redes sociais reduzem parte da intimidade e do segredo que, até pouco tempo era o nosso bem, o segredo que dava profundidade às pessoas e podia ser um grande tema romanesco".

Apesar disso, o escritor não condenou a internet e a cultura imediatista proferida nas redes sociais.

"Estou convencido de que os escritores do futuro garantirão a renovação, como fez cada geração desde Homero", afirmou, sobretudo porque o escritor "manifesta em suas obras algo de atemporal".

Para ele, todo autor às vezes é acupunturista, sonâmbulo, vidente e sismógrafo, e também artista. Modiano explicou sentir-se próximo de pintores como Modigliani, como os músicos, "que parece que praticam uma arte superior ao romance".

Modiano é o décimo quinto escritor francês a ganhar um Nobel de Literatura. Nesta quarta-feira, ele receberá o prêmio das mãos do rei da Suécia, Carlos XVI Gustavo, ao lado de outros ganhadores da edição deste ano do Nobel, com exceção do da Paz, que será entregue em Oslo, na Noruega.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou nesta quinta-feira (6) que vai articular a criação de uma nova CPI mista da Petrobras em 2015 para investigar as denúncias de corrupção envolvendo a estatal, caso a comissão atual encerre suas atividades sem apresentar resultados claros. "Vamos cobrar que as investigações continuem", disse Aécio em entrevista à Rádio Estadão.

Na sua volta ao Senado após a derrota pela disputa à Presidência, Aécio condicionou o estabelecimento de um diálogo com o governo Dilma Rousseff à investigação das denúncias contra a estatal. Segundo ele, o "nível do diálogo" vai depender de "gestos claros" da presidente.

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"Se no encerramento da CPI mista este ano, em dezembro, não estiverem ainda elucidados em profundidade todo esse esquema, quem ele atingiria, quais suas ramificações dentro do governo, já anunciei que a partir do dia 1º de fevereiro, na reabertura do Congresso, vamos iniciar a coleta de assinaturas para uma outra CPI mista", afirmou durante a entrevista, a primeira concedida a uma rádio de São Paulo após as eleições.

Atualmente, duas comissões estão em curso no Congresso, a CPI do Senado e uma CPI mista, composta por deputados e senadores. Nessa quarta, uma articulação da base aliada e também da oposição na CPI mista decidiu barrar a convocação e convites a políticos citados no esquema. O PSDB atuou para impedir a convocação do empresário Leonardo Meirelles, ligado ao doleiro Alberto Youssef. À Justiça Federal, o doleiro disse que o ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra, morto neste ano, também recebeu dinheiro do esquema.

De acordo com Aécio, o PSDB, do qual é presidente nacional, tem uma "minoria pouco expressiva na CPI mista". "O governo é que define as oitivas. Eu não participei dessas reuniões. No que depender de mim, se não for possível chamar ainda este ano, que isso seja feito a partir do início do ano que vem", disse.

Questionado se a investigação também não vai atingir seu partido, o senador afirmou que defende a apuração, mas que a responsabilidade pelo andamento dela é do atual governo. "Tem que investigar todo mundo. Se houver alguém de outro partido tem que ser punido exemplarmente", afirmou.

A proposta de articular uma nova comissão também foi aventada por integrantes da base aliada do governo Dilma. O regimento do Congresso determina o fim das comissões parlamentares antes do começo de uma nova legislatura.

O líder da bancada do PMDB, e favorito para presidir a Câmara em 2015, Eduardo Cunha (RJ) declarou na semana passada ser favorável uma nova CPI da Petrobras.

Depois de confirmada a vitória da presidente Dilma Rousseff (PT) no 2.º turno da eleição presidencial, o candidato do PSDB, Aécio Neves, deixou o apartamento de sua irmã, Andrea Neves, em Belo Horizonte e foi até um hotel no centro da cidade acompanhado de uma comitiva de tucanos, aliados e celebridades de vários estados. Em um breve pronunciamento, que durou pouco mais de dois minutos, o tucano fez um discurso de conciliação.

"Cumprimentei agora há pouco a presidente reeleita e desejei a ela sucesso na condução do seu próximo governo. Ressaltei que considero que a maior de todas as prioridades deve ser unir o Brasil em torno de um projeto honrado, que dignifique a todos os brasileiros".

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O senador, que terá mais quatro anos de mandato pela frente no Congresso, não respondeu perguntas. Em sua fala, Aécio lembrou o apóstolo Paulo. "Mais uma vez São Paulo é que trata de forma mais clara o sentimento que tenho hoje na minha alma e no meu coração: combati o bom combate, cumpri minha missão e guardei a fé", afirmou.

Aécio passou o dia em seu apartamento e no final da tarde foi para o da irmã, onde recebeu dirigentes tucanos e aliados. Havia a expectativa da chegada do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do governador Geraldo Alckmin, o que não se confirmou. De São Paulo vieram o senador eleito José Serra e o senador Aloysio Nunes Ferreira, candidato a vice na chapa tucana.

Em coletiva realizada pela manhã, o presidenciável, que falou ao lado da esposa, já havia feito um discurso pedindo a união a nacional, mas disse ter "muito melhores condições" para promover um entendimento nacional do que sua rival, Dilma Rousseff (PT). Mas acusou o PT de promover "a mais sórdida campanha jamais feita no País, com ofensas, calúnias e mentiras" para se manter no poder e disse que sua candidatura deixará como lembrança no Brasil a mobilização nas ruas.

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