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O ano de 2019, definitivamente, não foi para amadores - e o mundo político que o diga. Foram várias declarações polêmicas, 'laranjal do PSL', briga entre os partidos, caso Marielle Franco respingando na família Bolsonaro. Algumas pessoas poderiam imaginar como seria o cenário político deste ano. Mas, talvez, nem uma taróloga conseguiria acertar tudo o que aconteceu em Brasília durante os últimos meses. Por isso, caso já tenha esquecido essas polêmicas, deixe que o LeiaJá vai refrescar a sua memória:

Início do racha no PSL

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Engana-se quem pensa que as brigas envolvendo os parlamentares do PSL só começaram bem depois que o presidente Jair Bolsonaro foi empossado. O ano de 2019 deu as boas vindas com os pesselistas brigando entre sí para ver quem conseguia abocanhar algum cargo de comando no Congresso Nacional. Pode-se dizer que foi neste momento que as alas bolsonaristas e bivaristas já estavam bem definidas, tendo em vista que muitas movimentações para as escolhas tiveram à frente o próprio Jair Bolsonaro e o deputado Luciano Bivar, presidente do PSL - um sem consultar o outro, o que causou vários atritos internos. 

-> PSL racha por disputa de cargos na Câmara

Bebianno vs Carlos Bolsonaro: a exoneração do ministro

Com 44 dias de governo Bolsonaro, o Planalto teve uma de suas piores crises. Tudo causado pelo embate entre o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSL), filho do presidente da República, e Gustavo Bebianno - que na época exercia o cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência. A faísca para essa explosão se deu porque Bebianno estaria envolvido num esquema de candidaturas laranjas do PSL. Em entrevista, o então ministro chegou a afirmar que falou três vezes com Jair Bolsonaro um dia antes da crise envolvendo o seu nome ganhar as redes sociais. 

Carlos, por meio de sua conta no Twitter, afirmou que Gustavo Bebianno estava mentindo e que o presidente, que estava internado no Albert Einsten, em São Paulo, não havia falado com ninguém. A partir daí uma crise se instaurou e Jair Bolsonaro, em defesa do filho, exonerou o ministro sem qualquer explicação oficial. A única declaração dada pelo porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, é que a motivação tinha sido de "foro íntimo" do presidente Jair Bolsonaro.

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Tabata Amaral apoiou a Reforma da Previdência e contrariou o PDT

Não é só no PSL que 2019 vai deixar marcas. A deputada federal Tabata Amaral (PDT), em seu primeiro ano de mandato, contrariou a determinação do partido e apoiou a Reforma da Previdência. Na época, a parlamentar disse que sentia "uma tristeza muito grande" ao ver deputados e partidos se posicionarem contra a reforma. Vale lembrar que o PDT havia fechado questão contra a proposta, o que não foi um impeditivo para Tabata. 

“Meu voto pela Reforma da Previdência é um voto de consciência, não é um voto vendido, não é um voto por dinheiro de emendas. É um voto que segue as minhas convicções e tudo que estudei até aqui. Ao tomar essa decisão, eu olho para o futuro do país e não para o próximo processo eleitoral”, explicou a parlamentar na ocasião.

O ex-governador Ciro Gomes, um dos principais nomes do PDT, chegou a defender que Tabata e outros sete deputados pedetistas deixassem o partido por não terem votado contra a reforma. 

-> Tabata Amaral contraria PDT e apoia reforma

Governadores de 'paraíba'

Em um café da manhã com os jornalistas, pensando que o seu microfone ainda não estava ligado, o presidente Jair Bolsonaro declarou que "dos governadores de 'paraíba', o pior é do Maranhão", referindo-se ao gestor Flávio Dino (PCdoB). Bolsonaro ainda disse na época ao ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que "não tem que ter nada com esse cara (Flávio Dino)". O governador do Maranhão respondeu o comando de Jair afirmando que o "presidente da República não pode determinar perseguição contra um ente da Federação". 

Lorenzoni chegou a defender Bolsonaro afirmando que tudo ocorreu porque os governadores do NE "são muito agressivos com o governo e com o presidente, partindo até para o campo pessoal". Na época, o ministro afirmou que a crise desencadeada por conta do comentário de Bolsonaro fazia parte do "jogo político" e que não haveria nenhuma espécie de boicote do Governo Federal a esses entes federativos.

-> "Dos governadores de 'paraíba', o pior é o do Maranhão"

Jair Bolsonaro vs Luciano Bivar

Na saída do Palácio da Alvorada, onde apoiadores esperavam para conversar e tirar fotos com o presidente Jair Bolsonaro, um homem se apresentou como pré-candidato no Recife pelo PSL. Bolsonaro, então, cochichou em seu ouvido: "Esquece o PSL". Ainda assim, o rapaz gravou um vídeo junto ao presidente em que diz: "Eu, Bolsonaro e Bivar juntos por um novo Recife". O presidente, por sua vez, pediu para que ele não divulgasse a gravação. "Ó cara, não divulga isso, não. O Bivar está queimado pra caramba lá. Vai queimar o meu filme também. Esquece esse cara, esquece o partido", disse Bolsonaro.

Bivar, já nesta época, estava sendo investigado por conta do 'laranjal do PSL'. Semanas depois da declaração, o presidente Bolsonaro e um grupo de 23 parlamentares do PSL acionaram a Procuradoria-Geral da República (PGR) para pedir o afastamento de Luciano Bivar, atual presidente da sigla. A intenção de Bolsonaro era de comandar o partido, já visando as próximas eleições e, claro, o Fundo Partidário de R$ 110 milhões. Sem sucesso na empreitada, Jair Bolsonaro decidiu sair do PSL e agora tenta engatilhar a criação do seu partido, o Aliança Pelo Brasil.

-> "Está queimado para caramba", diz Bolsonaro sobre Bivar

AI-5 "se a esquerda radicalizar"

Talvez por estarem no foco do poder no Brasil, foi da família Bolsonaro que vieram as mais polêmicas declarações. Uma das que mais reverberou no país foi a da possível reedição do Ato Institucional Número 5 (AI-5), dita pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro. O presidente Jair Bolsonaro chegou a afirmar que não via nada de mais nas citações do ato.

Na época, em entrevista a jornalista Leda Nagle, o deputado disse: "Tudo é culpa do Bolsonaro, percebeu? Fogo na Amazônia, que sempre ocorre nessa estação, culpa do Bolsonaro. Óleo no Nordeste, culpa do Bolsonaro. Daqui a pouco vai vir outra coisa e será culpa do Bolsonaro. Se a esquerda radicalizar esse ponto, vamos precisar dar uma resposta, que pode ser via um novo AI-5, via uma legislação aprovada através de plebiscito, como ocorreu na Itália”, considerou, ao fazer referência aos protestos que aconteciam no momento no Chile. 

-> Eduardo defende novo AI-5 como resposta à radicalização

Família Bolsonaro envolvida no assassinato de Marielle?

O possível envolvimento do presidente Jair Bolsonaro e de seu filho Carlos Bolsonaro no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes foi a última polêmica do mundo político que 'parou o Brasil'. 

À polícia, o porteiro do condomínio que Bolsonaro mora disse que no dia do crime interfonou para a casa de "Seu Jair" e ouviu dele a liberação para a entrada do Élcio Queiroz, acusado pelos assassinatos juntamente com Roni Lessa. 

O presidente chegou a desmentir a informação e disse que no dia do crime estava em Brasília. No entanto, um tuíte feito pela jornalista Thais Bilenky no dia 14 de março de 2018 - exato dia dos assassinatos - Bolsonaro teve uma intoxicação alimentar, passou mal e havia voltado mais cedo para o Rio de Janeiro. Agora, a Polícia Civil trabalha com a tese de participação do vereador Carlos Bolsonaro.

Apesar disso, em novo depoimento, o porteiro negou qualquer ligação para a casa do presidente e nessa quarta-feira (18) o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, arquivou o processo que remetia Bolsonaro à uma espécie de obstrução de justiça no caso.

-> Caso Marielle: jornalista diz que Bolsonaro estava no Rio

-> Carlos acusa Witzel de 'forjar provas' no caso Marielle

Em mais um capítulo da crise do PSL, o partido decidiu nesta quinta-feira, 12, expulsar a deputada Bia Kicis (PSL-DF). Em uma notificação assinada pelo presidente do partido Luciano Bivar (PE), a qual a reportagem teve acesso, a sigla alega "grave infração ética" e "infidelidade partidária" como motivos para a punição. Procurada, a deputada disse ainda não ter sido notificada sobre o assunto.

"É notório que a deputada em questão vem realizando campanha em favor do partido em formação denominado 'Aliança' e para tanto desacreditando a agremiação à qual pertence atualmente e contraindicando a permanência de filiados e novas filiações a esta agremiação", diz ainda Bivar no documento.

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Kicis é ligada ao presidente Jair Bolsonaro e faz parte da ala do partido denominada "bolsonarista". Na terça-feira, 10, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), havia acatado a suspensão de 14 parlamentares do PSL - todos do grupo "bolsonarista". Essa punição permitiu que os oponentes, ligados ao dirigente da sigla, Luciano Bivar, ficassem com a maioria na Câmara para elegerem a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) como líder, derrubando do posto Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). No entanto, essas suspensões foram revogadas hoje por Maia, a partir de uma decisão judicial.

Ontem, ao conceder sua primeira entrevista como líder, Joice mandou um recado para Kicis. "A deputada Bia Kicis tem de decidir se fica ou não no partido porque ela é a única que tem prerrogativa de sair do PSL. Pode sair imediatamente sem perder o mandato porque ela foi eleita pelo PRP, legenda que não existe mais", afirmou Joice ontem ao responder sobre a presidência da Comissão, Constituição e Justiça (CCJ), da qual Bia é a vice-presidente e Felipe Francischini (PSL-PR) é o presidente.

Ainda ontem, Kicis disse ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que considerava a possibilidade de deixar o PSL e tinha convites de outros partidos.

Após ser expulso do Podemos, o deputado federal Marco Feliciano usou o Twitter para se posicionar sobre a decisão unanime do partido. O pastor também atacou o presidente de São Paulo da sigla, Mario Covas Neto - responsável pelo comunicado - e o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB).

O apoio ao presidente Jair Bolsonaro na Câmara, acusações de assédio e o gasto de R$ 157 mil em um tratamento dental pago com dinheiro público motivaram os oito votos que confirmaram sua exclusão do partido. Com a expulsão de Marco Feliciano, o Podemos mantém a estratégia de distanciar-se do bolsonarismo e exaltar a Operação Lava Jato para atrair a centro-direita.

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"Ser expulso de um partido por apoiar o presidente Bolsonaro é para mim motivo de orgulho. @mariocovasneto ficou com medo de eu ser candidato à prefeito de São Paulo e me expulsou, pois colocou o Podemos a reboque dos interesses de seu parente @brunocovas", tuítou Feliciano ao reorçar o apoio ao presidente.

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O Podemos expulsou o deputado Marco Feliciano (SP). A decisão foi tomada pelo comando da legenda em São Paulo por oito votos a zero e foi comunicada ao parlamentar pelo presidente estadual do Podemos, Mario Covas Neto. A denúncia que originou a expulsão de Feliciano cita uma série de acusações. Entre elas, estão os gastos de R$ 157 mil referentes a um tratamento odontológico reembolsados pela Câmara, caso revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo.

"Parece-nos importante destacar que entendemos por desproporcional e pouco recomendado que em pleno ano de 2019 um parlamentar ainda se utilize de recursos públicos para fins particulares, vide o caríssimo tratamento (dentário) feito pelo representado e pago com dinheiro do povo", diz parecer do Conselho de Ética do partido.

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O deputado terá três dias para recorrer à Executiva Nacional do partido se quiser reverter a decisão. A expectativa entre dirigentes da sigla, no entanto, é que ele aceite sair da legenda. Como foi expulso por decisão do Podemos, Feliciano não perde o mandato, a menos que haja uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que não deve acontecer.

A saída forçada de Feliciano acontece dentro da estratégia do Podemos de se afastar do "bolsonarismo" e se firmar como a sigla da Lava Jato. O partido tem atraído parlamentares da centro-direita descontentes com o governo e, só no Senado, passou de cinco para dez parlamentares nos últimos meses - a segunda maior bancada.

Feliciano é um dos principais aliados do presidente Jair Bolsonaro na Câmara. Além de apoiar a eleição de Bolsonaro, contra o candidato do seu partido, o senador Álvaro Dias, ele costuma acompanhar o presidente em compromissos oficiais.

Alguns deputados e senadores, citam fontes da legenda, condicionam a negociação de migração para a legenda à saída do deputado dos quadros do Podemos. Além do apoio a Bolsonaro, acusações de assédio sexual, recebimento de propina e pagamento a supostos funcionários foram citados como justificativas para a expulsão.

Procurado pela reportagem, Feliciano não respondeu. No início do mês, quando perguntado sobre o assunto, o parlamentar afirmou que iria respeitar a decisão da legenda. "Para mim, o que acontecer está bom. Que o eleitor julgue o caso. Um partido expulsa um deputado por apoiar um presidente da República. Aí, não tem mais o que fazer", afirmou, na ocasião. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No último sábado (23), após uma festa no reality ‘A Fazenda’, o participante Lucas Viana protagonizou mais um caso de assédio do programa. Durante a madrugada, o modelo deitou ao lado da ex-namorada Hariany Almeida e deu alguns beijos em sua nuca e tentou passar a mão pelo corpo da peoa, próximo a suas partes íntimas.

Ao ser questionado por Hariany, que já estava muito sonolenta e pediu para que ele parasse e se retirasse para dormir, Lucas insistiu com os atos e pediu “deixa eu ficar aqui um pouquinho”. Hariany tirou sua mão e encerrou: “Não. Vai pra lá Lucas”. O modelo finalmente deixou a cama, visivelmente excitado.

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Confira o vídeo:

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A atitude de Lucas se configura como importunação sexual, de acordo com a Lei 13.718/2018. E nas redes sociais, os internautas cobram da emissora e do apresentador Marcos Mion, um posicionamento quanto ao ocorrido.

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O segundo deputado estadual mais votado de São Paulo, com 478 mil votos, Arthur do Val, mais conhecido como 'Mamãe Falei', por conta do seu canal no YouTube, foi expulso do DEM nesta terça-feira (19). Antes de participar da corrida eleitoral de 2018, Arthur ficou famoso no Brasil depois de levar uma tapa no pescoço do então candidato a presidência Ciro Gomes. 

A determinação, segundo a Veja, acontece porque 'Mamãe Falei', por vezes, não seguiu as orientações do partido nas votações e atacava constantemente nas redes sociais o governador João Doria. Ainda de acordo com o site, a relação do Arthur, que integra o MBL, estava desgastada com a base do governo paulista.  

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Por meio de sua conta no Twitter, 'Mamãe Falei' confirmou: "Fui expulso do DEM por descumprir o estatuto do partido e não votar com a bancada. Sem partido ou em uma nova sigla, continuo com os ideais liberais e conservadores que me elegeram, ao lado dos meus eleitores e seguidores!".

Em reação à desfiliação do presidente Jair Bolsonaro e ao anúncio de um novo partido, a cúpula do PSL vai analisar, no próximo dia 26, cinco pedidos de expulsão do deputado Eduardo Bolsonaro (SP) por infidelidade partidária. Dirigentes ligados ao presidente da legenda, Luciano Bivar (PE), avaliam que "há elementos suficientes" para que o filho de Bolsonaro perca o mandato parlamentar.

Eduardo pode ser o primeiro de uma lista de deputados que devem ser punidos por terem ficado ao lado de Bolsonaro na disputa pelo comando do PSL. Anteontem, em reunião com um grupo de parlamentares no Palácio do Planalto, Bolsonaro anunciou que ele e o senador Flávio Bolsonaro (RJ) deixariam o partido para fundar uma nova sigla, batizada de "Aliança pelo Brasil".

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O PSL destituiu ontem os diretórios do Rio e de São Paulo e afastou Flávio e Eduardo do comando do partido no Estados. Uma série de medidas ainda serão tomadas para afastar a influência de Bolsonaro e sua família da legenda. O partido ainda vai tirar Eduardo da liderança da bancada na Câmara.

Bolsonaro e Flávio podem sair da legenda sem risco de perder o mandato, já que o Supremo Tribunal Federal (STF) fixou entendimento, em 2015, segundo o qual a regra de fidelidade partidária só vale para cargos proporcionais, como vereadores e deputados. "Eduardo é quem tem mais elementos para ser expulso do partido. Na próxima semana, o PSL se reúne para definir o futuro dele e de outros deputados que foram denunciados no Conselho de Ética", afirmou Júnior Bozzella (PSL-SP), do grupo de Bivar.

Em agosto, o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) foi expulso do PSL após criticar Bolsonaro, mas o partido não reivindicou na Justiça o seu mandato. No acordo para que a punição não fosse tão drástica, o PSL também levou em conta o fato de que Frota se absteve no segundo turno de votação da reforma da Previdência.

Dois integrantes do Conselho de Ética do PSL ouvidos pela reportagem disseram que o caso de Eduardo não pode ser comparado ao de Frota, que, na visão deles, não foi "infiel" à legenda. Para os bivaristas, Eduardo "tramou" contra Bivar para destituí-lo do comando do PSL, pôs em xeque a prestação de contas do partido e incentivou a desfiliação ao anunciar a intenção de criar a Aliança pelo Brasil. A avaliação é a de que esses motivos seriam suficientes para o partido afastar Eduardo por infidelidade partidária e retomar o mandato.

"Eduardo é um dos principais atores dessa trama. É uma das situações mais graves para o Conselho de Ética avaliar", afirmou o senador Major Olimpio (PSL-SP). "Quem quiser sair que saia, mas o mandato é do partido. Não tem conversa", disse a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), destituída em outubro por Bolsonaro da liderança do governo no Congresso.

A interlocutores, Eduardo tem dito que sua expulsão seria "a prova" de que sofre perseguição política no partido. Essa é a justificativa que ele e outros deputados pretendem apresentar para conseguir, na Justiça, manter os mandatos. A defesa do deputado vai argumentar que ele não cometeu infração ética, mas apenas externou críticas à alegada falta de transparência da legenda.

A legislação considera justa a saída do partido em apenas duas situações: mudança substancial ou "desvio reiterado do programa partidário" e grave discriminação política pessoal. Uma outra possibilidade para a troca de sigla ocorre na janela partidária - período de 30 dias que ocorre sete meses antes de uma eleição.

Dos 53 deputados do PSL, 27 anunciaram que pretendem acompanhar Bolsonaro. Mas, ao contrário do presidente, que deve ficar sem partido até a Aliança pelo Brasil sair do papel, os bolsonaristas precisam permanecer no PSL e migrar apenas quando a nova sigla for aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Se anteciparem a saída, correm o risco de perder o mandato.

A equipe jurídica de Bolsonaro busca uma forma de permitir que a nova legenda fique com parte do Fundo Partidário destinado ao PSL. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS) decidiu pela expulsão do cabo da Polícia Militar (PM) Antonio Fernando da Silva Pinto. O policial é acusado de matar um lojista após briga em partida de dominó em um bar de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

 Em portaria, a Corregedoria afirma que as condutas do cabo "defenestraram a honra pessoal, o pundonor militar e o decoro de classe". Antonio Fernando já foi condenado em primeira instância a 15 anos de reclusão.

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 O crime ocorreu em agosto de 2018 no Bar do Boca, no centro da cidade. À época, o policial, que foi apresentado à delegacia pela própria corporação, alegou que a vítima, Albertino José da Silva, havia 'roubado' na partida de dominó e zombado do feito. Antonio era alcoólatra, já tendo sido atendido no Núcleo de Apoio ao Dependente Químico (Nadeq) da Polícia Militar.

 Segundo a filha de Albertino José da Silva, ele levou três tiros na cabeça e um no braço. Albertino costumava apostar dinheiro em partidas de dominó. Ele era proprietário de uma ótica em Camaragibe.

A Polícia Militar do Estado de São Paulo abriu processo administrativo para a expulsão de dois policiais acusados de estuprar uma jovem de 19 anos no interior de uma viatura da corporação. O fato aconteceu no dia 12 de junho deste ano, em Praia Grande, litoral sul de São Paulo. O comando da PM deu sinal verde para o processo após analisar o Inquérito Policial Militar (IPM) aberto pela Corregedoria para apurar a denúncia. A conclusão do inquérito é de que a jovem foi vítima de estupro praticado pelos agentes. Os dois negam o crime, mas estão presos.

O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Benedito Mariano, disse que o processo administrativo já era esperado. Segundo ele, o IPM é a peça preparatória para a Justiça processar os agentes e aplicar a sanção cabível à conduta deles com base no Código Penal Militar. A conclusão, no entanto, também serve para o processo administrativo que pode resultar na expulsão dos acusados. "Normalmente, em casos assim, tanto a corporação quando a Justiça Militar costumam ser muito rigorosas", disse.

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Os dois suspeitos também são investigados pela Polícia Civil. O inquérito, na Delegacia da Mulher de Praia Grande, corre em sigilo. Conforme a apuração da corregedoria, a jovem retornava de uma festa, à noite e, ao avistar uma viatura da PM, pediu informações aos policiais para chegar a um ponto de ônibus. Eles teriam oferecido carona e um deles entrou com a garota no banco de trás. No percurso, ele a estuprou, com a conivência do colega. Após ser deixada no terminal, a jovem procurou ajuda e fez a denúncia à Polícia Civil.

Os policiais negaram o crime, alegando que, durante o trajeto, tinham permanecido no banco da frente. Imagens de uma câmera mostraram o policial entrando com ela na parte traseira da viatura. Um celular perdido pela jovem foi encontrado no veículo. O exame de corpo de delito apontou lesões nas partes íntimas e outros indícios de estupro. A Justiça decretou a prisão preventiva dos suspeitos, os PMs Anderson Silva da Conceição e Danilo de Freitas Silva. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, os dois estão no Presídio Militar Romão Gomes, na capital paulista.

A advogada Flávia Artilheiro, que atua na defesa dos policiais, disse que os agentes ainda não foram cientificados formalmente do processo administrativo. Ela acompanha o processo criminal na Justiça Militar, que tramita em segredo de justiça. "Trata-se de crime praticado por militares no exercício da função e a competência é a Justiça Militar. Não vejo razão para o inquérito na Polícia Civil. Os dois sustentam sua inocência e, no processo, vamos produzir as provas necessárias", disse.

Presidente nacional do PSL, o deputado federal Luciano Bivar (PE) afirmou que não passa pela cabeça dele a possibilidade de expulsar o presidente Jair Bolsonaro do partido. Em entrevista ao programa Em Foco, da Globo News, Bivar alegou que essa decisão cabe ao próprio Bolsonaro.

“Eu acho que seria uma violência [expulsar o presidente] e é muito ruim para o país. Isso nem passa pela cabeça porque ele é o presidente, é meu presidente, é seu presidente. Eu acho que tem que se ter um respeito à liturgia. Por mais terrível que seja”, declarou Bivar.

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“É uma coisa subjetiva dele, mas você tem.... acho que Ana Bolena incendiando na fogueira ela diz ‘Deus salve a rainha’, entendeu? Deus salve o rei. Eu sou muito ruim de história, eu acho que, mesmo com tudo, você tem de respeitar o presidente da República”, emendou o dirigente partidário.

Jair Bolsonaro tem protagonizado um imbróglio dentro do PSL desde 8 de outubro, quando pediu para um apoiador do Recife “esquecer” o partido e alegou que Luciano Bivar estava “queimado para caramba”. 

Depois disso, o presidente já solicitou uma auditoria nas contas internas do partido e, nessa quarta-feira (30), ele e aliados pediram o afastamento de Bivar do comando da legenda. Além disso, Bolsonaro também articulou a queda do líder da bancada da legenda na Câmara dos Deputados, a segunda maior da Casa, Delegado Waldir (GO) para que seu filho, Eduardo Bolsonaro (SP), assumisse o cargo. 

Ao ser indagado sobre como avaliou a frase de Jair Bolsonaro dizendo que ele estava “queimado para caramba”, Luciano Bivar relatou ter ficado triste.

“Olha, foi uma facada no coração. Como eu falei, um entristecimento enorme porque eu sempre me dei, me doei, eu tenho amigos empresários, amigos de toda ordem, que sempre contrariam os discursos dele, pela rejeição ao Bolsonaro. E hoje eu não digo 'mas', me cria um certo constrangimento eu falar com alguns amigos e ‘Olha, Luciano, você tanto tempo falou isso’, mas agora pelo menos eu fico quieto, porque eu não sei [...] Mas daqui a pouco isso passa”, contou. 

Luciano Bivar não conversa, desde então, com Jair Bolsonaro e seus filhos filiados ao partido Eduardo e o senador Flávio Bolsonaro (RJ). Contudo, salientou ainda estar sempre aberto ao diálogo.

O pedido de expulsão do novo líder do PSL na Câmara dos Deputados, Eduardo Bolsonaro foi oficializado nesta quarta-feira (24), segundo a Folha de São Paulo. A representação é assinada pelo ex-líder da sigla na Câmara, Delegado Waldir e demais deputados paulistas, tais como: Joice Hesselmann e Júnior Bozzella, todos integrantes da ala aliada do presidente nacional do PSL, Luciano Bivar.

Segundo a Folha, o documento ao qual teve acesso, a solicitação feita é que seja destituída a Direção Estadual do partido em São Paulo, atualmente comandada pelo o filho de Bolsonaro. Conforme o trâmite do processo, Eduardo tem cinco dias para oferecer sua defesa, “sob pena de confissão e revelia, considerando-se verdadeiros os fatos”.

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No documento, segundo a Folha, os aliados do presidente nacional do PSL diz que Eduardo tem praticado abuso de poder, quando coloca “seus interesses pessoais à frente do interesses do partido” e ainda o acusam de ter uma atuação antidemocrática na liderança da legenda em São Paulo, ao “desmontar o partido no estado”.

Para justificar seus argumentos os parlamentares asseguram que o filho do presidente da República derrubou de “maneira ilegal” mais de 200 diretórios definitivos e comissões executivas municipais no estado.

 

Após ter acusado o presidente Jair Bolsonaro de "ingratidão", a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) defendeu, nesta sexta-feira (18), que o partido discuta a expulsão de parlamentares aliados a Bolsonaro e que estão atacando a cúpula da legenda, presidida por Luciano Bivar.

Ao chegar para uma reunião da direção nacional da sigla, em Brasília, Joice defendeu representar contra deputados da ala "bolsonarista" no Conselho de Ética do PSL. "A porta da rua é serventia da casa", afirmou. "Alguns têm que ser expulsos." A parlamentar defendeu que um dos alvos seja o deputado Daniel Silveira (RJ), que gravou o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), afirmando que iria "implodir" Jair Bolsonaro.

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Na avaliação de Joice, mesmo se o deputado Eduardo Bolsonaro (SP) se tornar líder do partido na Câmara - ele tenta novamente colher assinaturas para isso -, o filho de Jair Bolsonaro não terá "legitimidade" para o cargo.

Após a expulsão de Phellipe Haagensen no último domingo, dia 29, finalmente temos um novo participante em A Fazenda 11. Jorge Sousa, que ganhou a primeira edição do reality Power Couple Brasil ao lado da esposa, Laura Keller, entrou na sede da Fazenda na manhã desta terça-feira, dia 1º, pegando todo mundo de surpresa.

O produtor de eventos de 39 anos de idade já chegou conversando bastante com os competidores. O Instagram oficial de Jorge, agora, está nas mãos de Laura, que já publicou uma mensagem sobre o confinamento do marido.

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Phellipe Haagensen foi expulso de A Fazenda 11 após beijar Hariany Almeida contra a vontade dela. Após sair do reality show, o ator deu uma declaração nos bastidores do programa falando sobre o que achava de toda essa situação e explicando seus motivos para ter feito o que fez:

- O álcool me excedeu um pouco essa atitude de beijar ela. Assumo meu erro como homem. Me precipitei, sim, sou um cara muito mulherengo, estava carente, me deu uma vontade de beijar, sim. Uma hora eu iria estar fora da regra, cedo ou tarde eu iria fazer alguma coisa que não estava de acordo com o contrato jurídico, mas sem agredir ninguém. Eu saí por carinho, tenho certeza disso.

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Porém, Maria Cristina, mãe de Hari, tem uma opinião contrária a do ator. Ela deu uma entrevista ao jornal Extra falando o que sentiu ao ver a cena da sua filha sendo beijada à força. A mãe da ex-BBB disse que vai analisar a situação e depois tomar as medidas necessárias para lidar com o assunto. Maria também falou que sofreu muito com o ocorrido e acredita que a mãe de Phellipe deve ter sentido algo semelhante. Ela ainda completou com detalhes do que fez após assistir à cena da briga:

- Só quem é mãe sabe o pavor que a gente sente quando vê o filho em perigo. Eu me senti impotente com tudo aquilo e essa sensação é horrível. Vi minha filha sendo assediada. Eu, longe, não pude fazer nada. Passei a noite em claro observando a movimentação na casa com medo de que fizessem algo com ela.

Pelo lado da família de Phellipe, o irmão do ator, Jonathan Haagensen, mandou uma suposta indireta para o ex-participante de A Fazenda nas redes sociais. O ator postou textos no Stories falando sobre como a ideia de masculinidade tóxica afeta a vida dos homens e das mulheres. De acordo com o ator de Cidade de Deus, esse conceito faz com que os homens achem que tudo deve ser resolvido com força física e agressão e isso faz com que eles muitas vezes vejam as mulheres como objetos.

Com um homem com masculinidade tóxica, o relacionamento pode facilmente se transformar em um relacionamento abusivo, podendo ter agressão (física e psicológica) e gerando graves consequências à vítima.

Por enquanto, Phellipe não falou nada sobre o assunto além da declaração que deu na televisão e desativou suas contas nas redes sociais.

Phellipe Haagensen foi expulso de A Fazenda 11 no último domingo, dia 30, após beijar Hariany Almeida contra a vontade dela. Após sair do reality, o ator desativou sua conta no Instagram. Por outro lado, o perfil da ex-BBB na rede social publicou uma nota falando sobre o posicionamento que a moça teve no programa. Na postagem, a equipe da peoa escreveu:

Por aqui sempre nos referimos a Hari como nossa menina, no íntimo entre família e equipe. Pois bem, hoje presenciamos o ato de uma mulher, que se impõe, brilha, não perde a simplicidade, mas se atreve a ousar. Entenda menina, nesse exato momento, não nos contemos de orgulho em trabalhar contigo e fazer parte da sua família. Queremos deixar registrado aqui nosso carinho por todos vocês fãs, família, celebridades e amigos que nos apoiaram.

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O humorista Gustavo Mendes, conhecido por imitar Dilma Rousseff, deixou algumas pessoas irritadas durante o seu show na cidade de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, nessa sexta-feira (30). Enquanto fazia seu número de stand up, Gustavo foi interrompido por supostos eleitores do presidente Jair Bolsonaro que não gostaram do teor das piadas. 

Chamado de "fascista", Gustavo Mendes expulsou da plateia as pessoas que o xingaram no meio do show. "Eu não tenho problema nenhum em expor minha opinião política. Pode levantar vocês aí. Eu devolvo o dinheiro e quero vocês fora. Tchau", disse o humorista, sob forte aplauso da plateia. Segundo o advogado João Gabriel Prates, que esteve na apresentação, relatou no Twitter, as pessoas que se sentiram ofendidas chamaram a polícia e registraram um boletim de ocorrência contra Gustavo.

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"Finalizando a noite, a dupla de advogados à disposição do Gustavo, já que os fascistas chamaram a polícia e registraram B.O. A censura violenta vem crescendo no Brasil, mas a firmeza de artistas como ele nos enche de esperança. Luta de segue!", escreveu o jurista, compartilhando uma foto com o humorista. Gustavo Mendes ainda não se pronunciou sobre o caso.

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Em julho, o humorista passou por uma situação parecida dois dias antes de apresentar o show de comédia em Governador Valadares, também em Minas Gerais. Na época, o intérprete de Amadeus no humorístico "Xilindró", do Multishow, declarou que a sua peça estava sofrendo boicote.

"É a primeira vez que me deparo com uma situação de "boicote", no primeiro momento eu gargalhei, mas logo passei a me preocupar profundamente, pois conheço muito bem Governador Valadares, sei de seu povo generoso, acolhedor e amável. De onde então sai esse tipo de gente? Não sei, ratos não costumam ficar muito fora de seus ninhos", escreveu.

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O PSB suspendeu por um ano as prerrogativas parlamentares de nove deputados que votaram a favor da reforma da Previdência na Câmara e, assim, desrespeitaram a decisão do partido que fechou questão contra a proposta. Eles perderão as cadeiras que ocupam nas comissões temáticas da Casa, não poderão ser designados pelo partido para relatorias de projetos e ficam proibidos de encaminhar as votações de propostas no plenário da Casa.

A decisão foi tomada pelo diretório nacional do PSB na tarde desta sexta-feira, 30, com 84 votos a favor, 7 contra e apenas uma abstenção. Foram punidos: Emidinho Madeira (MG), Felipe Carreras (PE), Felipe Rigoni (ES), Jefferson Campos (SP), Liziane Bayer (RS), Rodrigo Agostinho (SP), Rodrigo Coelho (SC), Rosana Valle (SP) e Ted Conti (ES).

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Mais cedo, a legenda decidiu pela expulsão do deputado Átila Lira (PI). Ele foi julgado individualmente porque é considerado reincidente, por ter votado a favor da reforma trabalhista no ano passado, ainda durante o governo do ex-presidente Michel Temer. Na época, o PSB também fechou questão contra a proposta.

O deputado Luiz Flavio Gomes (SP) chegou a votar a favor da reforma da Previdência no primeiro turno de votação na Câmara, mas, no segundo, ele recuou e votou contra. Por isso, Gomes não foi julgado.

Apesar da punição ter prazo de 12 meses, o relator do caso, Domingos Leonelli Netto, integrante do diretório nacional, definiu que haja uma reavaliação da conduta dos parlamentares após seis meses. Se ficar claro que estão cumprindo corretamente as orientações do partido, eles podem ter a punição cancelada.

"Penso que é razoável que o partido lhes dê a oportunidade de se ajustar às diretrizes da direção partidária em relação aos projetos. Em seis meses essa penalidade poderá ser suspensa. Assim, saberemos quem deseja se ajustar ou quem deseja no futuro sair", afirmou o presidente da sigla, Carlos Siqueira.

Ele também esclareceu que os deputados continuarão exercendo seus mandatos e deverão seguir as orientações partidárias nas votações no plenário da Câmara.

"A vida social exige regras. Ninguém entra obrigado no partido. Isso seria uma balbúrdia partidária, uma anarquia. Isso aqui não é a casa da mãe Joana. O partido tem obrigação, se quiser se dar ao respeito, de exigir o cumprimento das regras partidárias", afirmou.

Na discussão sobre o caso de Felipe Rigoni (ES), Siqueira afirmou que um dos argumentos da defesa do parlamentar, de que ele teria autonomia por ser do movimento Acredito, não procede. "A alegação dos integrantes do movimento Acredito de que teriam liberdade para tomarem suas posições não é verdadeira. Eu não aceitei essa condição. Diferentemente do que ele diz, pedi para excluir o parágrafo referente ao que ele se refere. Se entrou no PSB, tem que seguir as regras do partido", disse.

Em relação ao deputado Rodrigo Agostinho (SP) há divergências na legenda sobre se ele poderá continuar como presidente da Comissão de Meio Ambiente. Alguns defendem que ele não teria como deixar o cargo por ter sido eleito pelo colegiado, mas outros alegam que a vaga foi designada ao partido.

O PSB decidiu na tarde desta sexta-feira, 30, expulsar o deputado Átila Lira (PSB-PI) como punição por ele ter votado a favor da reforma da Previdência nos dois turnos de votação na Câmara. Além dele, outros dez deputados também foram a favor da proposta, contrariando a posição tomada pelo diretório nacional do partido contrário à reforma. Foram 82 votos a favor, quatro contrários, três abstenções e uma suspeição.

Ele foi julgado individualmente porque é considerado como reincidente. Lira também votou a favor da reforma trabalhista no ano passado, ainda durante o governo do ex-presidente Michel Temer. Membro do diretório do PSB, Domingos Leonelli Netto foi o relator do caso. "O deputado apresenta constante desalinhamento com as atividades partidárias, votando contrariamente em 71% das deliberações", afirmou Leonelli ao ler seu voto.

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Além da expulsão, o relator pediu a destituição de Lira de cargos ocupados por ele na Câmara como a cadeira de membro titular da Comissão de Educação. "Não estamos julgando aqui um crime de opinião, estaremos julgando um crime de conduta", afirmou o presidente do partido Carlos Siqueira antes da leitura do voto.

O PSB fechou questão no primeiro semestre contra a reforma da Previdência. Mesmo assim, no primeiro turno, 11 deputados do partido contrariaram a posição do partido. Votaram a favor do texto Átila Lira (PI), Emidinho Madeira (MG), Felipe Carreras (PE), Felipe Rigoni (ES), Jefferson Campos (SP), Liziane Bayer (RS), Luiz Flavio Gomes (SP), Rodrigo Agostinho (SP), Rodrigo Coelho (SC), Rosana Valle (SP) e Ted Conti (ES). Destes, no segundo turno, apenas Luiz Flavio mudou de posição.

O diretório nacional analisa agora a situação dos demais deputados. Leonelli, também relator destes casos, propôs que os parlamentares percam as suas prerrogativas partidárias por 12 meses. Se o parecer for aprovado, eles terão que deixar as comissões de que participam e ficam proibidos de encaminhar votações em nome do partido.

Apesar da suspensão, o relatório propõe que eles continuem tendo que seguir as diretrizes do partido e as orientações do líder da legenda em votações na Câmara. Leonelli também propôs que, passados seis meses, a conduta desses deputados seja reavaliada. Se ficar claro que estão cumprindo corretamente as orientações do partido, eles podem ter a punição cancelada.

O humorista Marcelo Madureira teve que sair escoltado pela Polícia Militar de um ato organizado pelo Movimento Vem Pra Rua na praia de Copacabana, no Rio, por fazer críticas ao governo Jair Bolsonaro.

Do alto do carro de som, ele foi alvo de gritos de "fora" e "desce, teu carro é outro" por parte de manifestantes vestidos de verde amarelo e com camisas com o rosto do presidente da República e do ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro.

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"Não tenho medo de vaias. Votei no Bolsonaro e vou criticar todas as vezes que for necessário. Como justificar uma aliança do Jair Bolsonaro com o Gilmar Mendes para acabar com a Operação Lava Jato? É isso que está acontecendo", disse Madureira antes de ter o microfone cortado.

Os organizadores tiveram que apelar ao público para "não dividir o movimento". Pouco depois, Madureira desceu e foi escoltado por policiais militares até um táxi, recebendo vaias de alguns e os parabéns de outros. "É uma minoria de pessoas que não sabem viver em um regime democrático. O governo está fazendo coisa errada", disse ao Estadão/Broadcast.

Liderando manifestações em mais de 60 cidades contra a Lei do Abuso de Autoridade neste domingo, o Movimento Vem Pra Rua, de apoio à Lava Jato, escolheu a casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) como um dos dois pontos de concentração no Rio. Ele é visto pelo movimento como o comandante de "manobra" que levou à aprovação "à toque de caixa e de madrugada" do projeto pelos deputados federais no último dia 14.

Por volta das 10h30 cerca de 80 pessoas vestidas de verde e amarelo se concentraram na porta do prédio de Maia, na praia de São Conrado, aos gritos de "Fora Maia" e "Veta Bolsonaro". Também levavam cartazes e faixas com inscrições como "Rodrigo Maia Inimigo da Lava Jato", "Botafogo apoia a corrupção", em referência ao suposto codinome atribuído a Maia em planilha da Odebrecht.

O texto aprovado na Câmara define os crimes de abuso de autoridade cometidos por servidores públicos, militares, membros dos poderes Legislativo, Executivo, Judiciário, do Ministério Público e dos tribunais ou conselhos de contas. A proposta lista uma série de ações que poderão ser consideradas crimes com penas previstas que vão de prisão de três meses até 4 anos, dependendo do delito, além de perda do cargo e inabilitação por até cinco anos para os reincidentes.

Na ocasião Maia disse que o texto aprovado é o mais justo, por abranger todos os Poderes: "O texto é o mais amplo, onde todos os poderes respondem a partir da lei", destacou.

"É uma lei que não está protegendo o cidadão comum, mas os bandidos da velha política. O vetar tudo seria o recado de que ele (Bolsonaro) não vai retroceder na luta contra a corrupção", disse a coordenadora do Vem Pra Rua no Rio, Adriana Balthazar, para quem Maia é considerado um traidor.

O presidente Jair Bolsonaro vem sofrendo pressão de políticos, entidades de classe e até de Moro para barrar a lei. A medida é vista como uma reação do mundo político à Operação Lava Jato, pois permitiria criminalizar condutas que têm sido comuns em investigações no País. Na quinta-feira, 22, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao presidente que vete o texto.

"O que temos visto é um ataque orquestrado contra algumas das maiores instituições do País, responsáveis pela maior operação anticorrupção do mundo, como o Ministério Público e seus agentes", diz o Vem Pra Rua no texto de convocação da manifestação.

Além do veto, os atos do Vem Pra Rua pedem que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, encaminhe para discussão na casa os pedidos de impeachment de Dias Toffoli, presidente do Supremo; a manutenção da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; a indicação de Deltan Dallagnol para procurador-geral da república.

Durante o ato, os manifestantes criticaram a retirada do Conselho de Controle de Atividades Financeiras do Ministério da Justiça. Por medida provisória, o órgão foi transferido para o Banco Central, transformado, teve seu nome mudado para Unidade de Inteligência Financeira e teve sua composição alterada, permitindo o recrutamento de integrantes fora do serviço público, o que foi visto como uma forma de abrir o órgão para indicações políticas.

Vestida com uma camiseta com a foto de Moro e a hashtag #Morobloco, a manifestante Suzana Correa disse que a fritura do ministro pelo governo Bolsonaro " é coisa da imprensa". Afirmou, porém, que o ex-juiz e o ministro da Economia Paulo Guedes são os pilares do atual governo. "Não sou Bolsonaro, votei contra o que estava aí", disse.

Em São Conrado, a repórter do Estadão/Broadcast foi, por duas vezes, abordada de forma ameaçadora por manifestantes. Não houve agressão física.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), condenou a decisão da Executiva Nacional do PSDB de rejeitar a expulsão do deputado Aécio Neves (PSDB-MG) do partido. "Respeito a votação, mas ela não reflete o sentimento da opinião pública brasileira. Cada membro da Executiva deve responder por sua posição. A minha é clara: Aécio Neves deve se afastar do PSDB e fazer sua defesa fora do partido. O derrotado neste caso não foi quem defendeu o afastamento de Aécio. Quem perdeu foi o Brasil", disse Doria em nota.

O presidente do diretório estadual do PSDB, Marco Vinholi, também emitiu nota condenando a decisão. "A decisão da Executiva Nacional de arquivar a representação contra o deputado Aécio Neves não representa uma derrota de São Paulo, muito menos do governador João Doria ou do prefeito de São Paulo, Bruno Covas. É, isto sim, uma derrota do PSDB, que optou por ficar do lado errado da história. Mantemos nossa posição de trabalhar pela construção de um partido firme, ético e que represente os anseios do povo brasileiro", disse.

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