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Após encontro com o governador de São Paulo, João Doria, nesta quarta-feira (18), o único presidente eleito da história do PSDB, Fernando Henrique Cardoso (FHC), confirmou apoio à candidatura de Doria ao comando da Presidência da República em 2022. O principal concorrente do gestor de São Paulo dentro do partido é o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que já viaja pelo Brasil para estabelecer alianças.

Embora tenha parabenizado a coragem de Leite, FHC afirmou que “Doria representa o Brasil do futuro”. O sociólogo e ex-ministro da Fazenda no governo de Itamar Franco justificou sua a opção pelo governador paulista por entender que ele é “bom para o Brasil”.

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"As prévias não excluem ninguém. Escolhem. Eu já disse que vou escolher o João. Por que? Não só porque sou de São Paulo e ele é de São Paulo. Ele veio da Bahia, eu vim do Rio. Não, não. É porque é bom para o Brasil", indicou.

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Na visão do ex-presidente da República, mesmo Doria sendo dos principais opositores da gestão de Jair Bolsonaro, ele é o candidato com maior capacidade de união em um cenário polarizado.

"Falar é mais fácil"

"Qual o X da política? É a capacidade de juntar. Quem junta mais? É o Doria neste momento. Por que? Não só porque é de São Paulo e São Paulo tem força. [É] Porque ele é Brasil. E nós precisamos, pelo bem do Brasil, ver o exemplo de São Paulo. Não é como exemplo que os outros podem seguir. Todos são. Todos tentam. E vão ser", ressaltou.

FHC ainda acrescentou que seu apoio à pré-candidatura do governador também é estruturada na sua experiência à frente de São Paulo. 

"O Doria representa o Brasil do futuro. O governo de SP foi a maior vitória do PSDB. E nós temos mostrado que somo capazes de governar e de fazer coisas. E não só de falar. Falar é mais fácil", complementou.

O ex-ministro da Cultura, Francisco Correa Weffort, morreu nesse domingo (1º), aos 84 anos, após um infarto do miocárdio, segundo informações confirmadas hoje (2) pela Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro. Cientista político e professor universitário, Weffort ocupou a pasta durante os dois mandatos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), de 1995 e 2002.

Antes de integrar o governo FHC, Weffort participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), em 1980, e foi secretário-geral do partido na década de 1980. O cientista político também participou da mobilização para a realização de eleições diretas para presidente da República, em 1984.

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O ex-ministro nasceu em Quatá, em São Paulo, em 17 de maio de 1937, e se formou em ciências sociais na Universidade de São Paulo (USP), onde começou a lecionar em 1961.

Weffort também foi professor visitante da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), já nos anos 2000, e, ao longo de sua carreira, também atuou em universidades no exterior.

Fora do país, seu currículo inclui o Instituto Latino-Americano de Planificação Econômica e Social (Ilpes), no Chile; a Universidade de La Plata, na Argentina, e as universidades americanas de Woodrow Wilson Center e no Helen Kellogg Institute, da Universidade de Notre Dame.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso declarou neste sábado que o governador de São Paulo, João Doria, é candidato à Presidência da República e "tem o meu voto".

Um vídeo do momento da fala do ex-presidente foi divulgado pela assessoria de imprensa do governador paulista e FHC estava acompanhado dos presidentes de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, além do ex-presidente Michel Temer e do governador João Doria, por ocasião da reabertura do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.

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O vice-procurador-geral Eleitoral, Renato Brill de Góes, emitiu nesta terça-feira, 29, parecer favorável a uma representação que imputa ao presidente Jair Bolsonaro propaganda eleitoral antecipada negativa em razão de declaração: "Para o ano que vem já tem uma chapa formada. Um ladrão, candidato a presidente, e um vagabundo como vice". O procurador apontou que a afirmação de Bolsonaro foi direcionada ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fez menção direta às eleições de 2022 e constituiu 'ofensa à honra de seu notório adversário à disputa do cargo de Presidente da República', configurando infração ao Código Eleitoral.

"A fala do representado foi proferida em uma cerimônia pública oficial, o que revela ainda mais ser inoportuna e descabida, já que voltada exclusivamente a atacar adversário político, já havendo aí um desvio de finalidade, transbordando para propaganda eleitoral antecipada ou extemporânea, cuja caracterização vislumbra-se independentemente da distância temporal entre o ato impugnado e a datas das eleições", ressaltou Brill de Goés no parecer.

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A declaração de Bolsonaro se deu em cerimônia oficial de entrega de títulos de propriedade rural em Açailândia, no Maranhão, no dia 21 de maio. Pouco antes do início do evento, foi divulgada uma imagem de um almoço entre Lula e FHC, promovido pelo ex-ministro Nelson Jobim, que atuou tanto no governo do petista quanto no do tucano.

A fala do chefe do Executivo motivou representação do Diretório Nacional do Partido Comunista do Brasil. O partido não só questionou o discurso do presidente durante a cerimônia no Maranhão, mas também a instalação de um outdoor em São Luís com as informações sobre vacinas encaminhadas pelo Ministério da Saúde aos Estados ao lado de uma foto de Bolsonaro.

Com relação ao outdoor, Renato Brill de Goés indicou que a instalação da peça não configurava propaganda eleitoral antecipada em razão de a principal mensagem da publicidade se referir a atos de governo. Por outro lado, o vice-PGE entendeu necessária a decisão judicial que intimou a empresa responsável pela instalação do outdoor a revelar quem custou a peça. Segundo o procurador, se constatado que a contratação foi realizada por órgão da Administração Pública direta ou por pessoa jurídica ligada à Administração Pública indireta, o fato pode vir a ser enquadrado como conduta vedada.

Renato Brill de Goés também foi responsável pela representação que pediu a aplicação de multa a Bolsonaro em razão de o presidente mostrar uma uma camiseta com a mensagem "É melhor Jair se acostumando. Bolsonaro 2022" durante cerimônia de entrega de títulos de propriedade rural, em Marabá, no Pará. A Procuradoria eleitoral imputou ao chefe do Executivo e a outras autoridades propaganda eleitoral antecipada e conduta vedada a agente público.

Três dias depois da apresentação de tal representação ao Tribunal Superior Eleitoral, no dia 19 de maio, Renato Brill de Goés formalizou um pedido de dispensa da função de vice-PGE a partir de julho. Ofício encaminhado do Procurador-Geral da República Augusto Aras registra que a saída se deu a pedido, 'por motivos pessoais, na certeza do dever cumprido'. O documento indica ainda que a dispensa solicitada foi ajustada previamente com o chefe do Ministério Público Federal.

O ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), foi às redes sociais na manhã deste sábado (12) para se manifestar sobre a morte de Marco Maciel (DEM). Na publicação, chamou o amigo de “leal” e relembrou o período em que trabalharam juntos, afirmando sempre ter confiado no desempenho do democrata. Maciel foi vice-presidente no governo FHC entre os anos de 1995 e 2002, nos dois mandatos do tucano.

“Morreu hoje Marco Maciel. Exerceu a vice-presidência nas duas vezes em que fui Presidente. Se me pedirem uma palavra para caracterizá-lo diria: lealdade. Viajei muito, sem preocupações: Marco exercia com competência e discrição as funções que lhe correspondiam. Deixa saudades”, escreveu o ex-chefe do Executivo.

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Várias personalidades políticas também lamentaram a morte do pernambucano. O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT); Eduardo da Fonte, presidente do Progressistas em Pernambuco; o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) e o presidente nacional do Democratas, ACM Neto: todos prestaram condolências e ressaltaram a saudosa carreira política de Maciel, que era popular por sua capacidade de diálogo.

Marco Maciel morreu na madrugada deste sábado (12), em decorrência de adversidades causadas pelo mal de Alzheimer, doença que o acometia desde 2014. O também ex-senador e ex-deputado deixa a esposa, Anna Maria Ferreira Maciel e três filhos.

Morreu na madrugada deste sábado (12) o ex-vice presidente do Brasil, Marco Maciel, aos 80 anos. Após uma batalha de quase sete anos contra o mal de Alzheimer, o político faleceu em um hospital em Brasília, deixando a mulher, Anna Maria, e três filhos. A informação foi confirmada pelo também pernambucano e democrata, Mendonça Filho, e posteriormente pelo perfil oficial do Democratas. O velório será neste sábado, das 15h às 17h, no cemitério Campo da Esperança, na capital federal.

O pernambucano, que também foi senador e deputado, ocupou o 2º posto do governo Fernando Henrique Cardoso entre 1995 e 2003.

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Na vida e na política

Marco Antônio de Oliveira Maciel nasceu em Recife, em 21 de julho de 1940. É filho de José do Rego Maciel e Carmen Sylvia Cavalcanti de Oliveira Maciel. Seguiu o exemplo do pai, que foi Secretário da Fazenda, duas vezes deputado Federal, prefeito do Recife, promotor e consultor-Geral do Estado. Dos nove filhos da família, apenas Marco seguiu vida política. Começou a militância ainda na universidade.

Em 1966, foi deputado estadual e passou a deputado federal por Pernambuco por dois mandatos, tendo sido eleito em 1970. Em 1977, foi presidente da Câmara dos Deputados. Também ocupou cadeira no Senado e em 1990, passou à condição de líder do governo Collor na casa legislativa. Em agosto de 1994 foi escolhido pelo PFL como o novo candidato a vice-presidente da República, sendo eleito e reeleito como companheiro de chapa de Fernando Henrique Cardoso, em 1994 e 1998, respectivamente.

Deixa a esposa, a socióloga Anna Maria Ferreira Maciel, com quem tem três filhos: Gisela, Maria Cristiana e João Maurício.

Os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgaram neste sábado (5) uma nota assinada em conjunto contra a proposta de redução tarifária unilateral por parte do Mercosul. O texto apoia a posição de Alberto Fernández, presidente da Argentina, que é contrária à medida defendida pelo governo brasileiro.

"Concordarmos com a posição do presidente da Argentina, Alberto Fernández, de que este não é o momento para reduções tarifárias unilaterais por parte do Mercosul, sem nenhum benefício em favor das exportações do bloco", diz o texto.

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O governo de Jair Bolsonaro defende a redução da Tarifa Externa Comum (TEC) em pelo menos 20% a partir deste ano. Essa é a taxa cobrada por todos os países do Mercosul na importação de produtos de fora do bloco. A proposta é defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, como um caminho para abrir e dinamizar a economia brasileira.

Em abril, uma reunião de ministros dos países que compõem o Mercosul terminou com trocas de farpas entre os representantes dos ministérios da Economia do Brasil, Guedes, e da Argentina, Martín Guzmán, e sem acordo. O governo argentino chegou a apresentar uma alternativa mais complexa, para que cada país escolhesse alguns setores econômicos e produtos para reduzir tarifas. Porém, negociadores afirmaram que o Brasil tinha pressa para encerrar a discussão.

Na nota, os ex-presidentes também defendem a manutenção da "integridade do bloco", por meio do desenvolvimento industrial e tecnológico. "Concordamos também que é necessário manter a integridade do bloco, para que todos seus membros desenvolvam plenamente suas capacidades industriais e tecnológicas e participem de modo dinâmico e criativo na economia mundial contemporânea", escrevem.

Esta é uma nova etapa da reaproximação entre FHC e Lula. No final de maio, eles almoçaram juntos, em um encontro promovido pelo ex-ministro Nelson Jobim. O movimento faz parte da estratégia do ex-presidente petista de se apresentar como um pré-candidato moderado, mirando as eleições de 2022.

Leia, a seguir, a íntegra da nota assinada por Fernando Henrique Cardoso e Lula.

"Concordarmos com a posição do Presidente da Argentina, Alberto Fernández, de que este não é o momento para reduções tarifárias unilaterais por parte do Mercosul, sem nenhum benefício em favor das exportações do bloco. Concordamos também que é necessário manter a integridade do bloco, para que todos seus membros desenvolvam plenamente suas capacidades industriais e tecnológicas e participem de modo dinâmico e criativo na economia mundial contemporânea."

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) classificou seu almoço com o ex-presidente Lula como um “gesto de civilidade”, segundo o colunista de política do Globo, Bernardo Mello Franco. O ex-presidente tucano lembrou que nunca “rompeu” com o petista e frisou que o encontro não teve motivação eleitoral e sim de fortalecer a democracia.

“Foi um gesto de civilidade. Minha mensagem é: podemos vir a ser adversários, mas não precisamos ser inimigos nem jogar pedras um no outro”, disse o ex-presidente tucano ao colunista. “Nunca rompi com o Lula. A vida leva a gente a posições diferentes. Mas é importante manter a civilidade e conversar”.  

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Com as eleições presidenciais se aproximando e Lula despontando com favoritismo nas pesquisas eleitorais e algumas até vencendo Bolsonaro em um possível segundo turno, FHC fez questão de negar que sua ida ao encontro de Lula tenha objetivo eleitoral. “Fui lá para conversar. Não tenho nenhum propósito eleitoral. O Lula pode ter, é legítimo. Ele é um ser eleitoral”.

Para alguns líderes tucanos, o encontro não foi bem recebido. O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo se apressou em pontuar que “esse encontro ajuda a derrotar Bolsonaro, mas não faz bem a um potencial candidato do PSDB”. Ele acentua que o partido continua buscando uma candidatura “longe dos extremos”.

No entendimento de FHC, segundo a coluna, “conversar não quer dizer discordar”. “Nunca fui favorável ao "nós e eles". O Lula praticou o "nós e eles" uma certa época. Mas não é o meu estilo, nem o dele”. O tucano também não se sentiu incomodado com a declaração do presidente Bolsonaro ao saber do almoço entre os ex-presidentes e projetar um possível chapa nas eleições de 2022, "um ladrão candidato a presidente e um vagabundo como vice".

“O Bolsonaro já disse que queria me fuzilar, e eu não dei bola. Prefiro não tomar em consideração o que ele fala”, disse FHC a Bernardo Mello Franco.

 

Integrantes do PSDB reagiram aos elogios públicos e à aproximação entre os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. A notícia de que ambos almoçaram juntos, na semana passada, na casa do ex-ministro Nelson Jobim, provocou mal estar no partido. Bruno Araújo, presidente da Executiva nacional tucana, resumiu o incômodo e fez um apelo para o partido evite 'passar sinais trocados" a seus eleitores.

"Esse encontro ajuda a derrotar Bolsonaro, mas não faz bem a um potencial candidato do PSDB. Nossa característica é saber dialogar, inclusive com adversários políticos. De toda forma, precisamos evitar sinais trocados aos nossos eleitores. O partido segue firme na construção de uma candidatura distante dos extremos que se estabeleceram na democracia brasileira", afirmou Araújo. "Depois de o petismo rotular seu governo de 'herança maldita', parece mais que estão em busca de votos do que um reconhecimento da gestão de FHC."

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Lula registrou o encontro nesta sexta-feira, 21, por meio de suas redes sociais. A aproximação com o tucano faz parte da estratégia do petista de se apresentar como um pré-candidato moderado e atrair lideranças do centro político. À coluna Direto da Fonte, FHC afirmou nesta sexta que continua buscando uma terceira via entre Bolsonaro e Lula. Se possível, no PSDB. "Se essa não acontecer, não vou deixar meu voto em branco". Ele também tuitou sobre o assunto: "Reafirmo, para evitar más interpretações: PSDB deve lançar candidato e o apoiarei; se não o levarmos ao segundo turno, neste caso não apoiarei o atual mandante, mas quem a ele se oponha, mesmo o Lula."

Após constantes menções ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas últimas semanas, o que incluiu um almoço com o petista na tarde de ontem (20), o tucano Fernando Henrique Cardoso foi às redes sociais esclarecer rumores de que apoiaria Lula no primeiro turno das eleições presidenciais de 2022. O PSDB já está em busca do próximo nome a ser lançado à corrida eleitoral e deve ser este o candidato apoiado por FHC. Até então, o maior cotado para a aposta no ano que vem é João Doria, governador de São Paulo.

“Reafirmo, para evitar más interpretações: PSDB deve lançar candidato e o apoiarei; se não o levarmos ao segundo turno, neste caso não apoiarei o atual mandante, mas quem a ele se oponha, mesmo o Lula”, escreveu o ex-gestor do Executivo em seu Twitter.

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Nessa quinta-feira (20), em São Paulo, Lula e FHC participaram de um almoço para debater política e o governo Bolsonaro, a convite do ex-ministro Nelson Jobim. No começo de abril, Fernando Henrique Cardoso falou em “ressonância popular” para o próximo candidato, criticou a gestão bolsonarista e questionou quais novidades Lula poderia trazer, defendendo que o Brasil precisa de novas perspectivas.

No entanto, ainda no mesmo mês, afirmou que apoiaria Lula em um possível segundo turno contra Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, temendo as intenções das demais opções do pleito. A preferência foi revelada com ressalvas em entrevista ao Valor Econômico. Na última semana, a opção de voto voltou a ser mencionada sob as mesmas circunstâncias e elogios ao petista, a quem chamou de “democrata” e disse “respeitar as instituições republicanas”.

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Os ex-presidentes da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (FHC) participaram de almoço, nessa quinta-feira (20), em São Paulo. O encontro foi promovido por Nelson Jobim, ex-ministro da Justiça do governo FHC e também ex-ministro da Defesa no governo Lula. Segundo o petista, o teor da reunião foi político e os líderes conversaram sobre democracia e governo Bolsonaro. As informações sobre o almoço foram publicadas por Lula em suas redes sociais na manhã desta sexta-feira (21).

“A convite do ex-ministro Nelson Jobim, o ex-presidente Lula e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se reuniram para um almoço com muita democracia no cardápio. Os ex-presidentes tiveram uma longa conversa sobre o Brasil, sobre nossa democracia, e o descaso do governo Bolsonaro no enfrentamento da pandemia”, escreveu a equipe do pernambucano.

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O reencontro não é inusitado, uma vez que a semana se encerra com troca de elogios entre os ex-gestores do Executivo. Durante entrevista ao programa ‘Conversa com Bial’, da TV Globo, FHC, após criticar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), disse que, entre o petista e o conservador, votaria no primeiro nas eleições presidenciais do ano que vem, por ser mais próximo ao perfil “democrata” de Lula e por pensar que ele “respeita as instituições republicanas”.

A declaração já rendeu farpas de Bolsonaro, que durante live tradicional em suas redes sociais no fim da tarde de ontem chamou o tucano de “cara de pau”. “Cara de pau esse FHC dizendo que agora vai votar no Lula. Dá vontade de soltar um dinheirinho para o MST da região da fazenda do FHC para invadirem de novo lá. Quem sabe ele aprenda”, exclamou o atual presidente.

Já confirmado candidato em 2022, Lula também comentou a entrevista de Cardoso e retribuiu os elogios. “Eu gostei da entrevista do FHC. Sempre tivemos uma disputa civilizada. Ele me conhece bem, conhece o Bolsonaro. Fico feliz que ele tenha dito que votaria em mim e eu faria o mesmo se fosse o contrário. Ele sempre foi um intelectual e sabe que não dá pra inventar uma candidatura”, disse, em suas redes sociais.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou, no Primeiro de Maio unificado das centrais sindicais, que é necessário reabrir a economia brasileira com segurança, para gerar trabalho e renda para os brasileiros. "É fundamental hoje nós pensarmos nos trabalhadores porque há muito desemprego no Brasil. Eu diria que a questão fundamental no Brasil hoje é reabrir a economia de modo tal que ela possa permitir que tenhamos trabalho, renda, para as nossas famílias", declarou, neste sábado.

O tucano adotou tom distinto de seus pares no evento e não teceu críticas diretas ao governo de Jair Bolsonaro.

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FHC disse que, durante toda a sua trajetória política, procurou prestigiar aqueles que lideram os trabalhadores brasileiros. No ato unificado do ano passado, o tucano dividiu - ainda que virtualmente - o palanque com Lula pela primeira vez desde a campanha de 1989, em que ele apoiou o petista contra Fernando Collor de Mello.

O ex-mandatário terminou sua curta declaração destacando a importância da educação no País, e desejou que "tenhamos um futuro mais auspicioso, com mais trabalho, com mais possibilidade de viver melhor, não só individualmente, mas familiarmente".

O evento foi organizado pela CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, Intersindical, Pública e CGTB. Este é o terceiro '1º de Maio Unitário' - como é chamado -, promovido pelas centrais. O primeiro, em 2019, foi realizado de forma presencial, já o segundo, no ano consecutivo, teve de adotar o formato virtual devido à primeira onda da pandemia de covid-19 no Brasil.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou que apoiaria Lula em um possível segundo turno contra Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, temendo as intenções das demais opções diante do pleito tão acirrado. A preferência foi revelada com ressalvas em entrevista ao Valor Econômico nesta segunda-feira (12). FHC também comentou questões relacionadas à pandemia e possíveis cenários para as próximas eleições presidenciais.

“No segundo turno, se ficar o Lula contra o Bolsonaro, não sei se o PSDB vai fazer isso… Se depender da minha inclinação, iria nessa direção, com muita dificuldade porque o Lula jogava pedra em mim. O jogo do poder é um jogo difícil e ganhar do Lula não é brincadeira, é difícil. Ele sabe. Lula segue a regra. Instintivamente, ele sempre faz isso. Isso não quer dizer que o outro lado não possa transformar o Lula num fantasma outra vez. Pode, independentemente do Lula. É claro que eu não vou contribuir para isso nunca”, respondeu o tucano.

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Mais uma vez, o ex-chefe de Estado comentou sobre o Brasil precisar de uma “novidade” que não pode ser, necessariamente, encontrada na disputa Lula vs. Bolsonaro. Para ele, a vitória do democrata Joe Biden nos Estados Unidos é uma influência positiva e que pode refletir no Brasil “de alguma forma” a possibilidade de se escolher “uma candidatura que seja equilibrada”.

O ex-presidente espera, mas não enxerga no momento o portador do perfil ideal para combater Lula e Bolsonaro em 2022: alguém que exerça liderança nacional, “atenda aos mais pobres” e seja popular.

“Estamos longe de ver alguém que simbolize essa diversidade, para ser um bom candidato de oposição”, diz. “Há governadores que têm peso. Dizem que são candidatos, mas eles não simbolizam nada nacionalmente”, acrescenta FHC, correligionário dos governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, pré-candidatos na corrida presidencial.

Para o tucano, “política não se faz com o passado, mas com o futuro” e ele volta a mencionar que o candidato petista pode aglutinar forças do centro, na falta de uma terceira via no pleito.

“Bolsonaro é mais extremo que o Lula. Se não aparecer uma [terceira] candidatura, o Lula vai somar essa gente [que hoje faz oposição ao governo] para enfrentá-lo”, diz o tucano, que tampouco é a favor do impeachment de Bolsonaro. “Estamos muito longe de uma situação de impeachment. Bolsonaro está governando. Então, acho que é insensato”, disse.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou, nesta terça-feira (6), que o Centrão precisa de um nome que tenha “ressonância popular” para conseguir competir com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o atual presidente Jair Bolsonaro em 2022.

Falando dos possíveis caminhos para as próximas eleições, FHC se mostrou descontente com a pré-candidatura do petista, alegando que Lula não representa “novidade” e que deveria “passar o bastão” para uma outra aposta, mais condizente com o que o eleitorado brasileiro espera. As declarações foram feitas durante entrevista à rádio CBN.

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"Chega uma hora que as pessoas devem passar o bastão. Me refiro ao presidente Lula. Que novidade ele vai trazer? É difícil. Para o Brasil seria melhor alguém novo no jogo. Bolsonaro dificilmente vai representar algo diferente do que ele representa. O que ele representou? Ele representou o não ao PT. Ou nos rompemos essa dicotomia ou o Brasil vai atrapalhar o futuro. Vamos voltar ao passado, para quê?", afirmou FHC.

O tucano também considera que será difícil para qualquer candidato conseguir criar uma frente contra Bolsonaro e Lula. Retomando o ponto sobre a “ressonância popular”, indaga, “Qual é o nome que vai ser capaz de fazer isso? (derrotar os dois maiores nomes) Aquele que tem apoio popular”.

Na conversa, FHC comentou o manifesto assinado por Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB), Eduardo Leite (PSDB), Luiz Henrique Mandetta (DEM), João Amoêdo (Novo) e Luciano Huck, em defesa da democracia.

“Eu estou disposto a me curvar a qualquer um deles que tenha apoio popular e seja capaz de apresentar um programa que leve ao crescimento, à distribuição de renda e à democracia, eu apoio. Não é fácil ganhar do Lula ou do Bolsonaro”, completou.

Sobre a gestão de Jair Bolsonaro, ele admite que vê falta de coordenação e atitudes impulsivas, mas não se mostra a favor do impeachment, pois afirma que, historicamente, a exoneração nessas circunstâncias deixou marcas ao povo brasileiro e poderia, inclusive, piorar a situação de crise já instaurada.

"Acho melhor para o Brasil que ele complete o mandato. O Brasil já passou por outros impeachments e isso deixa marcas. Agora, o presidente precisa governar. Às vezes dá a impressão que ele está perdendo tempo com coisas que não são essenciais. O presidente governa para o grupo, a família, os partidários e os amigos dele. Bolsonaro vê o outro lado como inimigo, e não adversário", finalizou.

Mesmo em isolamento social, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de 89 anos, mantém uma rotina intensa de reuniões virtuais e entrevistas. Imunizado com a segunda dose da Coronavac, o tucano faz política por videoconferência. Apesar de afastado da vida orgânica partidária, FHC tem estado especialmente ativo nos últimos meses, procurado por lideranças de dentro e de fora do PSDB para tratar de ações contra a pandemia e, principalmente, da construção de uma candidatura de centro para a disputa presidencial de 2022.

Nesta entrevista, o ex-presidente avalia a hipótese de impeachment de Jair Bolsonaro, o restabelecimento dos direitos políticos de Lula e o cenário eleitoral de 2022. "Quando você fica muito agarrado a um momento da sua história, você morre com ela. É melhor arrumar brinquedos novos", afirmou Fernando Henrique Cardoso, ao citar a possibilidade de o petista entrar na disputa. Confira os principais trechos:

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JAIR BOLSONARO

"Bolsonaro não perdeu o apoio das classes dominantes. Os interesses dominantes se acomodam sempre", afirmou. Segundo o ex-presidente, o estilo do atual mandatário reflete uma classe média "que tem um pouco de raiva". "A classe média se sentiu mais representada por ele", acrescentou. Apesar das críticas, Fernando Henrique não prega o impeachment do atual presidente. "Não vejo razão para isso. Ele tem apoios. Você tem impeachment quando o Congresso para de funcionar. Não é o caso", afirmou. Então, por que o PSDB apoiou o impedimento de Dilma Rousseff? FHC faz questão de frisar que a ex-presidente petista é "uma pessoa correta", mas conclui: "Bolsonaro tem mais apoio que Dilma porque é mais competente em lidar com os interesses que o seguram lá".

LULA

Ao tratar do retorno do petista ao cenário eleitoral, FHC frisou que nunca pensou em voltar à política depois que deixou o Palácio do Planalto. "Não estou julgando ninguém, mas a gente tem que viver com intensidade cada momento. Quando você fica muito agarrado a um momento da sua história, você morre com ela. É melhor arrumar brinquedos novos", afirmou. O tucano lembrou que, quando era presidente, tentou manter, sem sucesso, um canal aberto de diálogo com Lula e o PT. A proposta não teria avançado, segundo ele, por "cálculo eleitoral" do petista. Sobre a expectativa de uma polarização entre Lula e Bolsonaro, FHC acredita que o petista precisa se alinhar ao centro se quiser vencer a eleição. Segundo ele, Lula "nunca foi de esquerda", nem é "um perigo". "Duvido que Lula queira assumir que é a esquerda revolucionária. Aí ele perde. Bolsonaro vai ficar onde está. Lula é esperto, vai para o centro. Vai agradar todo mundo. Lula vai ser construído por Bolsonaro como o perigo do comunismo, mas ele não tem nada a ver com isso. Nunca teve. Não creio que as pessoas vão optar entre esquerda e direita no sentido ideológico."

PSDB

O partido marcou para outubro suas prévias presidenciais e três nomes estão colocados até o momento: os governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS) e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio. Apesar de o processo interno já ter sido anunciado, líderes tucanos têm defendido a tese de que o partido pode abrir mão de ter candidato próprio em nome de uma candidatura de união nacional.

O ex-presidente discorda. "Acho difícil. Temos líderes competentes no PSDB", afirmou FHC sobre a hipótese de a legenda abrir mão da cabeça de chapa. Mas ele não fecha a porta para que um nome novo surja no cenário com força suficiente para enfrentar Bolsonaro. "Eu gostaria mesmo que não fosse nem Bolsonaro, nem Lula. Se eu puder, vou trabalhar nessa direção: ter um candidato de qualquer partido do centro que expresse sentimento positivo. Não pode ser um centro morto, tem que ser um centro que tenha lado." Se o PSDB não for capaz de lançar um nome competitivo, vai ter de escolher o "menos ruim", diz FHC. Sobre as prévias, ele descartou Arthur Virgílio ("não tem força eleitoral"). "Quem tem base eleitoral são esses dois: Doria e Eduardo Leite. O Doria tem mais consistência porque é São Paulo".

LUCIANO HUCK

Amigo do apresentador, o FHC disse que ele precisa buscar logo um partido. "Passa a hora. Ele tem pouco tempo para tomar a decisão". Para o tucano, Huck tem algo essencial na política: popularidade. Mas isso não basta. "O que falta a ele é ser líder político, que é outra coisa. Ser líder político é ter comando sobre o Congresso", disse, argumentando que a entrada de Lula na disputa não é motivo para Huck desistir da política.

CIRO GOMES

Assim como FHC, o ex-governador Ciro Gomes foi ministro da Fazenda de Itamar Franco, mas se tornou um crítico contumaz do tucano. O ex-presidente disse que Ciro ainda é "relativamente" jovem e "fala bem", mas é "um pouco inconstante". "Não acho que seja a pessoa que o Brasil precisa neste momento para abrir um caminho de renovação. Ele sabe falar, mas não sabe para que lado vai. Tenho a sensação que ele pode ir para qualquer lado. Ciro não é de esquerda, de direita nem centro. Ele é ele".

SÉRGIO MORO

Para Fernando Henrique, o ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro fez algo importante: colocou gente rica e poderosa na cadeia. "Alguns eu até conheço", completou. Mas, como ministro, mostrou não ter muita "apetência" para o poder. "Ele simboliza a classe média radicalizada que quer acabar com a corrupção. Não vejo que ele tenha força política real. Pode ser que tenha no Paraná. Esse governo não é especialmente corrompido." Mesmo com todos os reveses recentes da operação (nesta terça, 23, a Segunda Turma do Supremo decidiu pela parcialidade de Moro no julgamento de Lula no caso do tríplex do Guarujá), o tucano disse que o legado histórico da Lava Jato será positivo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em entrevista publicada pelo UOL nesta terça (16), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que, em um segundo turno entre Bolsonaro e Lula, votaria “no mesmo ruim”. Apesar disso, FHC frisou que o petista foi “calejado pela vida e que não era “nenhum principiante” na política.

"O Lula foi calejado pela vida. Isso conta. Não é nenhum principiante. Ele deu uma entrevista agora e acertou em uns pontos fundamentais, ele tem jeito para a coisa", colocou o tucano.

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FHC comentou ainda a anulação de todas as condenações de Lula. "Não anularam as acusações, anularam o processo, vão refazer o processo. Era fácil de reconhecer que o processo estava mal encaminhado", afirmou. Na semana passada, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin anulou todas as condenações de Lula pela Justiça Federal do Paraná, no âmbito da Operação Lava Jato. Com isso, o petista recuperou seus direitos políticos.

"Lamento por terem esperado tantos anos para descobrir a pólvora, que isso? Não tem muito cabimento. Agora, todo mundo ligado ao Lula vai interpretar como se fosse nulidade das acusações, não é nulidade do processo. Agora, politicamente abre-se um caminho novo, diferente. vamos ver o que vai acontecer”, pontuou FHC.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse, em entrevista publicada nesta sexta-feira (5), que sente “um certo mal-estar” por não ter votado em alguém contra Bolsonaro, que era Fernando Haddad (PT). Por outro lado, não assume que se arrependeu de ter contribuído para eleger o atual presidente, por ter votado nulo no segundo turno das eleições de 2018.

Durante a conversa, FHC foi questionado se repetirá o voto nulo em 2022, caso a disputa fique entre PT e Bolsonaro. Ele respondeu: “Foi a única vez na vida que votei nulo. Não acreditava na possibilidade de o outro lado fazer uma coisa, que, no meu modo de entender, fosse positiva. Embora eu reconheça que o outro lado tinha mais sensibilidade social do que o Bolsonaro. Mas tinha medo que houvesse uma crise muito grande financeira e econômica e rachasse ainda mais o país. Só em desespero que se vota nulo”.

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“Tinha votado no Geraldo Alckmin no primeiro turno e fiquei sem ter candidato. E achei melhor que uma candidatura do PT, de uma pessoa que eu conheço até, me dou bem com ele, o Fernando Haddad. É uma boa pessoa, mas eu achei que ele era pouco capaz de levar o Brasil, naquela época. Hoje, deve ter melhorado. A pior coisa é você ser obrigado a não ter escolha. Ao não ter escolha, permite o que aconteceu: a eleição do Bolsonaro. Teria sido melhor algum outro? Provavelmente, sim. Pergunta se eu me arrependo? Olhando para o que aconteceu com o Bolsonaro, me dá um certo mal-estar não ter votado em alguém contra ele”, reconheceu por fim.

Perguntado se o candidato a enfrentar Bolsonaro precisa caminhar pelo centro, ele declarou que sim, “mas o centro sem lado é inútil. Tem de dialogar com todos os campos.”. O ex-presidente não descarta a possibilidade de votar no PT dessa vez para impedir a reeleição de Bolsonaro.

“Depende de quem do PT seria capaz de levar o país. Espero que não se repita esse dilema. Pouco provável que se repita. O PT perdeu muita presença. O Lula tinha uma imantação, que era do Lula, e não do PT. Não sei quem vai ser o candidato do PT. Mas eu prefiro que seja um candidato saído do PSDB, do centro, não necessariamente do PSDB”, afirmou.

O diretório nacional do PSDB divulgou nota nesta quarta-feira, 3, cobrando do governo federal a agir "de verdade" para combater a pandemia e afirma serem "imprescindíveis e urgentes" ações para atenuar os efeitos da crise sanitária na geração de empregos e garantias de renda.

A nota foi publicada após o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso dizer, em entrevista ao Estadão, que o partido precisa "tomar um rumo" e lamentar que o PSDB possa estar em um "ciclo descendente" diante dos mais recentes resultados eleitorais, como a derrota nas eleições para as Presidências da Câmara e do Senado.

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Na nota, que também foi postada nas redes sociais oficiais do partido, o PSDB relata frustração "com o andamento moroso, para dizer o mínimo, da agenda de reformas econômicas prometida pelo presidente Jair Bolsonaro em campanha" e que sempre defenderá o equilíbrio das contas públicas. O partido ainda pede um basta ao "desprezo" do governo federal pela pandemia de covid-19.

"O presidente da República mostra-se mais interessado em agradar tão somente sua base de apoio radical, antidemocrática e extremista do que atender ao conjunto da sociedade brasileira", diz a nota.

Ao final do texto, o PSDB diz que o País precisa de um trabalho sério, algo que Bolsonaro "jamais demonstrou" e de um caminho diferente, com "mais prosperidade, mais união, menos divisões e um novo sentimento de nação".

Após FHC, Lula e Ciro Gomes terem saído em defesa da ex-presidenta Dilma Rousseff, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), também se manifestou em solidariedade à petista, que foi questionada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a sua experiência com a tortura durante a ditadura militar. “Bolsonaro não tem dimensão humana. Tortura é debochar da dor do outro. Falo isso porque sou filho de um ex-exilado e torturado pela ditadura”, disse Maia.

A opinião do democrata foi similar à dos colegas na política, que destacaram as suas diferenças com a ex-guerrilheira, mas destacam acima de tudo que o espírito solidário e a empatia devem permanecer em primeiro lugar. Sobre isso, o presidente da Câmara completou: “Minha solidariedade à ex-presidenta Dilma. Tenho diferenças com a ex-presidente, mas tenho a dimensão do respeito e da dignidade humana”.

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Dilma Rousseff é ex-integrante de movimentos armados da esquerda de vanguarda e atuou como guerrilheira contra a ditadura. Em 1970, ela foi presa em São Paulo, aos 22 anos, e passou cerca de três anos encarcerada.

Na última segunda-feira (28), Bolsonaro ironizou para os seus apoiadores a experiência vivida pela opositora. "Dizem que a Dilma foi torturada e fraturaram a mandíbula dela. Traz o raio X para a gente ver o calo ósseo. Olha que eu não sou médico, mas até hoje estou aguardando o raio X", afirmou.

 

 

Convidados pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), os ex-presidentes José Sarney, Fernando Henrique e Michel Temer vão ser imunizados contra o novo coronavírus juntos.

A expectativa é que eles recebam uma dose da Coronavac, já no primeiro dia do Plano de Imunização paulista, agendado para o dia 25 de janeiro.

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Em busca da aprovação popular, dificultada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que chegou a comemorar a suspensão dos testes do Instituto Butantan, o aceite dos ex-presidentes aumenta a credibilidade da vacina e reforça o campo político do conflito em torno da Saúde dos brasileiros.

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