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O primeiro dia de aplicação da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste domingo (4), manteve o nível de ansiedade nas alturas com as expectativas dos alunos e professores referentes as questões de linguagens e ciências humanas, além do tema da redação, que trouxe este ano a produção do texto argumentativo sobre "Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet".

O professor João Pedro Holanda, de filosofia e sociologia, disse em entrevista ao LeiaJa.com que as provas foram surpreendentes. "As minhas apostas é que elas manteriam uma certa tendência, tanto temática como de distribuição das matérias, em relação ao ano passado. Ela quebrou essa tendência que a maioria dos professores acreditava que fosse continuar. Ela distribuiu quase que por igual as questões em história, filosofia, sociologia e geografia", avalia.

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Para o docente, em relação com as provas de 2017, as questões deste ano foram menores, e , por isso, a confiança pode ter sido um fator que bateu a porta de quem se preparou razoavelmente. Ao analisar os assuntos de filosofia, Holanda critica.

"Apesar de ter sido mais tranquila que no ano passado, a prova foi mal dividida. Caíram duas questões de filosofia medieval, o que é estranho. Em todos esses anos só caiu uma vez" (...) Em sociologia há uma tendência de cair um pouco menos questões sobre cultura, mas uma maior distribuição das questões dentro dos subtemas. Caiu sobre sociologia política, cidadania, desigualdade social e ainda sim uma questão de gênero muito melhor que em 2017", complementa.

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Uma das principais características de um regime democrático é o voto. A aproximação de períodos eleitorais, porém, levanta uma série de questionamentos e discussões sobre o papel das eleições para o desenvolvimento da sociedade. Se vivo em uma democracia, por que tenho obrigação de votar? Se as eleições são oportunidade de renovação, por que eu vejo sempre os mesmos rostos e nomes nas campanhas políticas? Os “votos pela razão” e “votos pela emoção” são realmente dois lados de uma mesma moeda?  

Os professores Albino Dantas e Salviano Feitoza discutiram como essas e outras questões envolvendo a democracia brasileira e a história do voto no mundo podem ser analisadas do ponto de vista da história, filosofia e sociologia. Confira a conversa completa:

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A atriz Michele Campos apresenta, em Belém, o ato-poético, assim definido por ela, "Arte de Mim". A performance é resultado dos anos de pesquisa cênica e fecha a trilogia iniciada em 2012 com a performance "Ritos", seguida de "Para Você", em 2014. A temporada será de três dias no Espaço Oficina Assim, dias 27, 28 e 29 de setembro, sempre às 20 horas, com entrada franca.

O que somos além da soma de nossos antepassados? Quem nos permite escolher quais desses nós precisam ser desatados durante a caminhada? Quais histórias queremos perpetuar e quais devemos romper? Essas são algumas das perguntas presentes no espetáculo "Árvore de Mim", um mergulho poético-performático, segundo Michele Campos.

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Parte final da trilogia de Michele, "Árvore de Mim" chega num momento singular para a atriz, vivenciado pela gravidez que gerou sua primeira filha. Uma gestação que encerra um ciclo de 10 anos fora de Belém, período em que estudou mestrado e doutorado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro - Unirio, sendo o doutorado em formato sanduíche Rio de Janeiro-Paris; e durante os quais criou e apresentou as performances "Ritos" (2012) e "Para Você" (2014).

"O 'Árvore de mim' são as três gerações que vêm acima de mim. O que é ouro e o que é dor. E com sabedoria cortar os galhos podres e se formar em cima dos bons. Como curar as dores do percurso, desde a infância até a transformação da criança, mãe, anciã. As gerações. Acho que ele (o ato-poético) fala de morte, da mulher que morre quando pari, da nova que nascerá em um tempo demorado, doido, rasgado. Como falar do que não pode ser falado, do lado obscuro e sombrio nosso. Da não divisão do bom e do mau. Somos uma só, múltiplas dentro de uma matriz", diz a atriz.

Com pesquisa em Alejandro Jodorowsky, Carl Jung, Friedrich Nietzsche, Antonin Artaud, Carlos Nejar, dentre outros, Michele leva essas referências e estudos do eu para seu palco, aprofundando em si os espaços de corpo, tempo e memória. A equipe técnica tem: Patricia Gondim, que assina visualidade cênica, concepção e desenho de luz; Mauricio Franco na pesquisa e confecção de figurino; Mateus Moura com concepção musical e ambientação sonora; Waldete Brito na colaboração cênica; Amanda Melo como contra-regragem e apoio técnico; César Aires na arte gráfica e design de mídia; fotos e filmagem de Rodolfo Mendonça; Assessoria de Comunicação (textos, redes sociais e imprensa) com Dani Franco; Produção de Lívia Condurú Gurjão Sampaio; e a própria Michele Campos de Miranda assinando pesquisa, dramaturgia, direção e performance.

Serviço

"Árvore de Mim" é resultado do Prêmio Fusão e Difusão Artística do Edital Seiva, da Fundação Cultural do Pará;

Dias 27, 28 e 29 de setembro no Espaço Oficina Assim, na travessa Frei Gil de Vila Nova, 215, sempre às 20 horas, com entrada gratuita e retirada de ingressos uma hora antes de cada apresentação no próprio Espaço. Lotação de 20 pessoas.

Apoio: Take 1- Doceria Artesanal e Café e Vintage Studio Hair.

Classificação: 16 anos.

Da assessoria do evento.

Com índices alarmantes e crescentes, a violência vem sendo uma triste realidade presente na sociedade brasileira. Segundo levantamento do Atlas da Violência de 2018, cerca de 553 mil pessoas foram mortas na última década, o que consiste em um total de 153 mortes por dia no país. Ainda segundo o estudo, em alguns Estados os números de homicídios aumentaram mais de 200% entre 2006 e 2016, como é o caso do Rio Grande do Norte (RN), que elevou as taxas em 256,9%. Os feras que vão prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em novembro, nos dias 4 e 11, devem saber como a chamada “Cultura da Violência” é abordada na prova.

Não são apenas homicídios e agressões físicas que caracterizam violência. De acordo com o professor de sociologia e filosofia Salviano Feitoza, o Exame costuma abordar o tema de um ponto de vista simbólico, que possa levar o aluno a identificar a violência através da leitura de uma charge, texto, ou letras músicas. “A violência simbólica é mais uma das variações da violência. Na parte sociológica e filosófica é importante que o estudante consiga identificar os conceitos elaborados por algum pensador, como por exemplo Pierre Bourdieu, e aplica-los à uma situação da realidade. O fera deve instrumentalizar seu olhar para identificação de elementos presentes no cotidiano que possam expressar violência”, pontuou.

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Segundo a professora de língua portuguesa e redação Teresa Albuquerque, os temas atrelados às questões sociais sempre estão presentes no Enem. Para a educadora, a cultura da violência é um tema atual com diversas nuances que impactam o cenário social.

“O aluno deve ter em mente dados e estatísticas que retratem por exemplo a questão da violência sexual, a violência contra o idoso, a violência contra criança e o feminicídio. Também é importante aprofundar os estudos sobre a situação carcerária no Brasil, temos um país onde não é possível o preso se ressocializar e isso acaba gerando ainda mais violência”, destacou. Vale ressaltar que o Brasil é um dos países onde mais se matam mulheres, segundo dados do Mapa da Violência. Desde 2013, o país ocupa o quinto lugar no ranking de homicídios femininos entre 83 nações.  

O professor de redação Felipe Rodrigues afirma que os vestibulandos devem utilizar agentes polifônicos para construir um bom texto com argumentação em diversas áreas de estudo. De acordo com o educador, cultura da violência é um assunto social que integra vários aspectos sociais.

“É primordial que o fera respeite os direitos humanos e proponha soluções inovadoras para a problemática. A violência também pode ser psicológica, social e cultural. Estudar autores que possam servir de arcabouço para argumentação vai ser uma vantagem para o aluno”, comentou.

Durante o aulão sobre 'Cultura da Violência', realizado no Recife, os professores Felipe Rodrigues, Salviano Feitoza e Tereza Albuquerque deram dicas importantes aos feras. Confira no vídeo a seguir:

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Filosofia é uma das áreas do conhecimento cobradas na prova de Ciência Humanas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será realizado nos dias 4 e 11 de novembro. Nos últimos anos, caíram assuntos como ética e cidadania, principalmente na política; teorias sobre o conhecimento humano, política moderna, democracia, cidadania, filosofia moderna e antiga, entre outros assuntos.

Esses temas quase sempre vêm atrelados a teorias, estudos e citações de grandes filósofos da história da humanidade. Com auxílio dos professores Pedro Botelho e Carla Ribeiro, o LeiaJá destaca nesta terça-feira (18) os filósofos que você deve revisar para ter um bom desempenho no Enem. Confira: 

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 Os pré-socráticos

De acordo com Carla Ribeiro, o Enem tem cobrado esses pensadores com uma certa frequência. Eles são considerados os primeiros filósofos, pois iniciaram uma busca racional acerca da origem do cosmo, formando o que denominamos Cosmologia. Os principais nomes desse período são Tales de Mileto, Heráclito de Éfeso e Pitágoras de Samos.

Sócrates, Platão e Aristóteles

Carla ainda enfatiza: "os pensadores socráticos são fundamentais para entendermos a formação do pensamento ético-político no ocidente. Além disso, desenvolveram teorias do conhecimento que serviram de base para diversos pensadores nos demais tempos históricos".

Sócrates - Pedro Botelho explica que o pensador é responsável pelo desenvolvimento do chamado Método Socrático, que é um processo de autoconhecimento e reflexão; além da elaboração da técnica maiêutica. 

Platão - Ainda de acordo com o professor, frequentemente são questões do Exame a concepção política e metafísica do filósofo, que é o estudo do mundo das ideias; sofocracia e ditadura dos filósofos. 

Aristóteles - "Aborda questões da finalidade, virtude, moral e ética, e felicidade como finalidade humana", friza o educador. 

"Os textos costumam aparecer com citações diretas dos filósofos da chamada Tríade Clássica da filosofia grega, ou indiretas, por meio de estudos de filósofos contemporâneos", explica o professor Pedro Botelho.

 Santo Agostinho e Tomás de Aquino

Segundo a professora Carla Ribeiro, eles desenvolveram teorias que relacionaram fé e racionalidade. Fizeram uma adaptação do pensamento platônico e aristotélico, ao período cristão. 

 Maquiavel

Considerado o fundador do pensamento político moderno, propõe uma análise da política sem a interferência de preceitos metafísicos, como a religião, a moral e a ética. A frase “os fins justificam os meios” sintetiza bem a proposta política deste pensador. 

 René Descartes

Conhecido pela frase “penso, logo existo”, Descartes propõe uma teoria do conhecimento baseada na dúvida e na busca de um conhecimento inabalável e seguro. 

 Hobbes, Locke e Rousseau

Conhecidos como contratualistas, esses pensadores refletiram, na modernidade, a transição do homem no seu estado de natureza, para o estado de civilidade. Compreenderam a necessidade humana de formar uma instituição reguladora da convivência coletiva, o Estado. 

David Hume e Kant

Pensadores empiristas, refletiram como podemos alcançar o conhecimento. David Hume é considerado um cético moderado, pois analisou os limites da ciência. Em Kant encontramos a revolução copernicana, modificando a relação sujeito e objeto na construção do conhecimento. "Além disso, devemos conhecer os conceitos de ética e esclarecimento na perspectiva kantiana", destaca Carla. 

  Escola de Frankfurt

"Pensadores como Max Horkheimer, Theodor Adorno e Jürgen Habermas são fundamentais para a prova do Enem, seja para embasar sua redação ou te ajudar na interpretação das questões na prova de Ciências Humanas. Na teoria crítica, esses intelectuais buscaram compreender aspectos ligados a formação da cultura de massa através da existência de uma indústria cultural", alerta a professora.

"Não esqueça de conhecer alguns dos filósofos contemporâneos, como Michel Foucault e Hannah Arendt. Apesar de não estarem tão frequentes na prova de Ciências Humanas, são excelentes embasamentos para a construção de sua redação", finaliza Carla Ribeiro.  

*Por Jhorge Nascimento

A primeira edição do Festival Internacional Cartonera chega à capital pernambucana, e será realizado até o dia 23 de setembro. O encontro discute sobre o modo de produção e publicação artesanal de livros.

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A programação do evento é gratuita e conta com oficinas, palestras, conversas, feira e atividades culturais em seus 17 polos pelo Estado. O festival acontece nas cidades de Garanhuns, Goiana, Lagoa dos Gatos, Olinda e Recife, por meio do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura - FUNCULTURA.A programação completa no site da Nós Pós, organizadora do evento.

 Serviço 

Internacional Cartonera

De 1 a 23 de Setembro

Atividades previstas em 17 polos: Garanhuns, Goiana, Lagoa dos Gatos, Olinda e Recife.

Programação Gratuita

Um Aulão Solidário com o tema ‘Cultura da Violência’ foi realizado por professores na tarde deste sábado (15), no Espaço Teresa Albuquerque, no bairro do Derby, Centro do Recife. A temática foi trabalhada pelos docentes nas áreas de sociologia, filosofia e redação, exemplificando as maneiras como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pode abordar o assunto. Aberto ao público, o ingresso do evento era simbólico: 1kg de alimentos não perecíveis, que serão doados para o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip).

O professor de redação Felipe Rodrigues, um dos idealizadores do Aulão, destacou alguns pontos que poderão ajudar os estudantes na elaboração de um bom texto envolvendo cultura da violência. “A redação aborda temas sociais e a violência é um assunto radical e essencial para a gente discutir diversos problemas. Alguns problemas sociais vêm dessa violência e, sem dúvida, a gente tem que discutir, de maneira que os argumentos sejam estruturados, com fontes, dados e bases de pesquisas. Essas colocações com certeza vão ser tratadas aqui hoje”, destacou.

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Segundo a professora de Redação e Linguagens Teresa Albuquerque, a cultura da violência é um tema atual com diversas nuances que precisam ser discutidas em sala de aula. “Geralmente quando se fala em violência, o imaginário popular está atrelado à violência física, mas também temos outros tipos de violência, como a violência simbólica e sexual, que os estudantes devem estar ligados. Na aula de hoje irei tratar um pouco sobre a situação da população carcerária, o preconceito contra o preso e essa impossibilidade de ressocialização que o país tem e que acaba gerando ainda mais violência. Também vale ter em mente a violência contra o idoso e contra a criança”, pontuou. Para Teresa, a “cultura da violência está pautada em um discurso histórico que vem desde a colonização e está arraigada na sociedade brasileira”.

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A estudante Aline Jennifer, de 16 anos, que vai prestar o Exame em novembro, afirma vai usar os conteúdos trabalhados pelos professores para desenvolver um bom raciocínio na hora da prova. “É preciso trazer o tema para nossa atualidade com argumentos que retratem o cotidiano em sociedade. A violência contra mulher e violência sexual são realidades bem atuais que precisam ser trabalhadas em sala de aula”, disse.

Na parte de sociologia e filosofia, o professor Salviano Feitoza destaca que possíveis questões podem requerer do aluno uma boa interpretação de charges e imagens que retratem a cultura da violência. “É importante que o fera saiba identificar os conceitos e as aplicações desses conceitos na leitura de um texto jornalístico, na leitura de uma charge e na leitura de uma canção. Que ele consiga aplicar o conceito elaborado por um pensador a uma situação da realidade. Hoje, nós vamos trabalhar a instrumentalização do olhar do estudante na identificação de elementos do cotidiano que em muitas vezes podem expressar violência e passar despercebidos”, ressaltou.

O Aulão Solidário é uma iniciativa dos professores Felipe Rodrigues, Teresa Albuquerque e Salviano Feitoza, em parceria com a Secretaria de Juventude do Recife, o instituto Fly educacional, o professor Francisco Coutinho e Ícaro Rodrigues e o Núcleo de Ciências da Natureza (NCN).

Filosofia e sociologia são duas das áreas do conhecimento cobradas na prova de ciências humanas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcada para ocorrer no dia 4 de novembro. A menos de dois meses para a prova, é hora de o candidato revisar os principais conteúdos para alcançar boas notas.

A SAS, plataforma nacional de educação, realizou um levantamento com os assuntos que mais caíram no Enem desde 2009 As temáticas que mais foram cobradas em filosofia e sociologia são as seguintes:

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Filosofia

A temática de ética e justiça teve destaque nos últimos anos do exame. A recomendação é que o candidato revise o pensamento filosófico de pensadores como Aristóteles, Baruch Espinoza, Platão e Agostinho de Hipona (conhecido como Santo Agostinho).

O estudo da natureza do conhecimento, também chamado de epistemologia ou gnosiologia, aparece em 2º lugar nos assuntos mais recorrentes do exame. Por isso, é importante que o inscrito foque seus estudos em escolas de pensamento que buscam explicar a origem do conhecimento humano.

No que tange a democracia e cidadania, estudante deve rever os conceitos de liberdade e autoritarismo. Já em filosofia contemporânea é imprescindível o estudo sobre o niilismo do filósofo alemão Nietschzie além de que para dominar a filosofia moderna, é preciso que o candidato conheça o trabalho e a importância de pensadores como Immanuel Kant e René Descartes.

Sociologia

A temática do mundo do trabalho cobra assuntos como a precarização do trabalho, os conceitos de capitalismo, fordismo, taylorismo, globalização, escravidão contemporânea, flexibilização das leis trabalhistas e a relação entre trabalho e cidadania.

Quando se trata de ideologia, nas questões do exame costumam cair correntes teóricas, econômicas e políticas a partir do trabalho de autores que são referência do pensamento social, como Karl Marx e Max Weber. É importante que o inscrito também domine a relação entre ideologia e direitos humanos, além de processos históricos que envolvem essa temática.

Em cidadania, o exame enfatiza os direitos civis, políticos e sociais, assim como violência e discriminação e a relação entre democracia e movimentos sociais.

Um dos assuntos que diz respeito ao nosso momento atual e que tem sido cobrado nas questões do Enem é a reflexão sobre o impacto da tecnologia na socialização e nos hábitos de consumo, além da relação entre publicidade e violência simbólica.

Por fim, as definições antropológicas sobre a teoria crítica e o mercado de bens culturais, bem como identidade e o patrimônio cultural são os principais assuntos que permeiam a temática da cultura e da indústria cultural.

O Brasil amarga um momento político ruim e repleto de conflitos. Discussões que, em determinados momentos, ultrapassam o diálogo e chegam à violência. Professor de filosofia e sociologia, Luiz Neto aborda esse cenário com base em teorias políticas.

O docente é o convidado desta semana do programa Vai Cair No Enem, produzido pelo LeiaJa.com. Semanalmente trazemos aulas exclusivas para os feras que enfrentarão a prova do Exame Nacional do Ensino Médio. Estamos também no Instagram - @vaicairnoenem -, onde o público conta com dicas diárias. Veja, a seguir, o programa desta semana:

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Eles não pensam em seguir carreira acadêmica, mas consideram Filosofia uma das disciplinas mais importantes que tiveram na escola. Monique Murer, de 17 anos, e Pedro Lucas de Oliveira, de 18, vão representar o Brasil neste ano na 26ª Olimpíada Internacional de Filosofia, em Montenegro, na Europa.

Alunos do 3.º ano da Escola Móbile, na zona sul de São Paulo, os adolescentes dizem que a disciplina deu a possibilidade de refletir sobre situações cotidianas e desenvolver um olhar mais crítico - e mesmo empático.

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"Nas aulas de Filosofia, nós sempre debatíamos e fazíamos um paralelo da teoria com o que está acontecendo atualmente. Isso ajudou a mudar minha compreensão de mundo. Consigo me colocar mais no lugar do outro, lidar com opiniões diferentes da minha e esse aprendizado é importante para qualquer profissão que for seguir", afirma Pedro Lucas, que pretende cursar Psicologia.

O processo seletivo para a competição internacional consiste em escrever um ensaio filosófico a partir da escolha de um dos quatro fragmentos de textos de grandes filósofos. Pedro Lucas discorreu sobre questões político-sociais e Monique, sobre feminismo.

"Sempre fui apaixonada pelas ideias feministas e, nas aulas, a gente acabava abordando e debatendo o tema, o que me fez enxergar de outra forma, entender melhor e gostar ainda mais", diz a estudante, interessada na graduação de Relações Internacionais.

Em alta

Em um momento em que a Filosofia perdeu espaço na grade curricular do ensino médio como uma disciplina obrigatória - o texto da reforma não coloca Filosofia e Sociologia como disciplinas específicas, mas como "estudos e práticas" -, o interesse dos adolescentes parece ir na contramão da proposta do governo. Canais no YouTube que abordam a área chegam a ter mais de 100 mil seguidores, como o Alimente o Cérebro, em que um dos vídeos mais assistidos trata da "filosofia dos buracos negros".

Badalada na Netflix, a série Merlí também mostra como a Filosofia pode ser apaixonante para adolescentes. A história conta a trajetória de um professor do ensino médio em uma escola catalã. No programa, o ensino da disciplina não se resume a uma série chata de conceitos, mas é considerado uma janela para a descoberta de um mundo do pensamento.

O professor Merlí Bergeron propõe como tarefa que seus alunos aprendam a pensar por si mesmos. O diretor da série Héctor Lozano já disse em entrevistas que a Filosofia não é um saber "distante e inútil", mas pode ser usado como ferramenta para enfrentar desafios do cotidiano. Cada capítulo da série tem por título uma escola ou pensador da filosofia.

"É uma disciplina fundamental na escola, principalmente para adolescentes, que estão em um momento de questionar, de construir a própria identidade. A Filosofia provoca e isso é muito importante nessa idade", afirma Felipe Corazza, professor do Móbile. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta Semana Santa, o Vai Cair No Enem visitou o Museu de Arte Sacra de Pernambuco, situado em Olinda. E nesse importante espaço cultural do Estado, recebemos os professores Marlyo Alex, Cristiane Pantoja e Luiz Fernando; eles mostraram como história, filosofia e literatura têm relação com o Cristianismo e de que forma o tema pode ser abordado no Exame Nacional do Ensino Médio.

O programa Vai Cair No Enem é publicado pelo LeiaJá todas as quintas-feiras, sempre com aulas exclusivas para os feras que participarão da prova. Nós também estamos no Instagram - @vaicairnoenem – com dicas diárias, concursos criativos e outras inúmeras informações sobre o Exame. Confira o programa desta semana:

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A prova de Ciências Humanas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será feita por cerca de 6,7 milhões de participantes que pleiteiam uma vaga em cursos de ensino superior de todo o país. Parte importante da nota, as questões desta prova merecem uma atenção especial de todos os feras que participarão do Enem. O LeiaJá procurou professores de Filosofia, Sociologia e Geografia para dar dicas de como os estudantes serão cobrados e de que maneira os conteúdos são apresentados nas questões.

Filosofia

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Carla Ribeiro, que é professora de Filosofia e Sociologia, afirma que os temas que a prova mais costuma abordar dentro da Filosofia são ética, política e epistemologia, que é a teoria do conhecimento, e que há várias maneiras de abordar esses assuntos.

“As questões de política e ética podem ir no olhar de um pensador ou podem abordar de maneira ampla, contextualizada com o tempo histórico e pensamento social”, explicou a professora, que também fez questão de ressaltar que as questões de epistemologia vão por um caminho diferente e “sempre abordam o olhar de um pensador específico, ligando suas ideias a um determinado período histórico”. 

A orientação que a professora Carla tem para os alunos que farão a prova no próximo domingo é “ter um olhar histórico filosófico, estudando dentro de uma linha cronológica do início da filosofia até a nossa era, que é a pós-modernidade” pois, segundo ela, essa estratégia ajuda o aluno a entender as influências que cada filósofo teve e a evolução do pensamento ao longo do tempo. Além disso, ela também destaca que muitas vezes, ao errar uma questão, o problema não está no conteúdo, que muitas vezes o estudante domina, mas no entendimento da pergunta, sendo preciso “ter uma boa interpretação textual para entender o que a questão quer dizer”.

Sociologia

A professora Carla explica que, por sua vez, a prova de Sociologia aborda tanto pensadores clássicos que ajudaram a formar o pensamento sociológico, como Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber, quanto os principais sociólogos modernos, que são Michel Foucault, Hannah Arendt, Zygmunt Bauman e “sempre se entrelaça a contextos históricos e geopolíticos, o aluno deve saber esse conteúdo de forma técnica também para facilitar na interpretação sociológica”.

Temas como cultura, democracia e movimentos sociais, de acordo com ela, também aparecem muito e sob diversas abordagens. “O aluno precisa entender a parte técnica da questão mas também ter um olhar interpretativo para entender e responder, por exemplo, formação do pensamento democrático e se ele se efetivou no país, relacionado ao que é a cidadania moderna e a abordagem dos movimentos sociais” que, segundo Carla, aparecem como “grupos excluídos devido ao processo democrático ainda estar em formação, que buscam aparecem exigindo direitos que lhes foram historicamente negados”.

Atualidades

A prova de Ciências Humanas do Enem aborda também temas de atualidades, abordando tanto o que vem acontecendo no Brasil como em todo o cenário mundial. Para se dar bem, além de estar sempre atento aos meios de comunicação para saber do que acontece, o professor Wagner Rocha lembra que o estudante que responde a essas questões deve “se comportar como um gestor, vendo os problemas e buscando soluções” e lembrar que “o Enem é uma prova politicamente correta” onde os temas “se apresentam com textos e exigem que o aluno compreenda o contexto. Se a questão aborda, por exemplo, o conflito na Síria, o aluno também deve entender sobre combate à xenofobia, migração e outros temas ligados a esse problema”, alertou. 

Wagner também explicou que além de textos, a prova pode utilizar outros recursos para produzir sentido e introduzir o aluno ao que a questão busca abordar. “A prova do Enem pode usar fotos e gráficos para, por exemplo, ilustrar o crescimento econômico da China ou a vinda de imigrantes para o Brasil”. 

O professor também destacou que é importante ter em mente que o Enem é uma prova que “não aceita decoreba“, buscando alunos que estejam atentos aos meios de comunicação, além de ser “uma prova inteligente” feita para alunos que “lêem bastante e têm muito suporte para abordar temas atuais e polêmicos”. 

A competência textual e o conhecimento de atualidades, filosofia e sociologia servem tanto para responder às questões quanto para escrever a redação, embasando a argumentação. O professor Wagner destaca que “muitos alunos veem aulas de geografia e atualidades para ter suporte para argumentar na redação, então o estudante que alie o conhecimento de questões de atualidades e aprenda as técnicas de escrita pode ir confiante”. 

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A filosofia, ramo do conhecimento que estuda problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, valores morais e estéticos, à mente e à linguagem, tem sua atuação tradicionalmente voltada ao debate acadêmico e ensino. No entanto, também é possível se formar em filosofia e trabalhar sem dar aulas. O LeiaJá entrevistou o professor e chefe do departamento de filosofia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Érico Andrade, para listar quais são as áreas de atuação para graduados em filosofia.

De acordo com o professor, a principal atividade dos filósofos é o ensino, tanto no nível superior como no ensino médio. “A filosofia está substancialmente ligada ao ensino, no ensino médio e no superior, estimulando o pensamento, auxiliando o raciocínio e a reflexão, que ajuda os alunos em outras áreas de estudo”, explica.

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Apesar disso, também há outras possibilidades de trabalho para quem escolhe fazer um curso superior de filosofia. Segundo o professor Érico, é possível aliar a filosofia a outras áreas do conhecimento e trabalhar com consultorias, por exemplo. Outra possibilidade é fazer outa graduação e atuar unindo as duas áreas.

“É fundamental o poder de formação da filosofia em todas as áreas do conhecimento, então é interessante conjugar a filosofia com outras áreas, ampliando a reflexão e o diálogo. A psicologia, a psicanálise, a educação e a filosofia do direito são alguns exemplos de campos de estudo que costumam fortalecer certos diálogos e compreensões quando aliados à filosofia. Essa realidade abre a possibilidade de o profissional prestar consultorias ou até investir em uma segunda formação”, conta chefe de departamento.

Além disso, de acordo com Érico, ter formação em filosofia também pode ajudar pessoas que exercem profissões muito ligadas à reflexão sobre o mundo e a sociedade, mesmo que não estejam diretamente ligadas ao mercado de trabalho dos filósofos. Para ilustrar essa questão, ele cita o caso do presidente da França, Emmanuel Macron, que é formado em filosofia e seguiu carreira na política. 

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A Nabuco Recife realizará nos dias 22 e 23 de março, próximas quarta e quinta-feira, o IV Simpósio Nabuco de Retórica  e Filosofia Aplicada ao Direito, pela manhã das 9h às 12h e a noite das 18h às 21h. O evento é voltado aos estudantes da instituição e tem como objetivo integrar a comunidade acadêmica local através da reflexão a respeito das crises institucionais que instigam a sociedade e o mundo do Direito nacional. 

Para a coordenadora do Núcleo de Práticas Jurídicas da unidade Recife, Manuella Nadége, o debate é importante para que os estudantes desenvolvam afinidade com o tema em questão. "Essas discussões permitem aos estudantes de Direito uma aproximação com conteúdo da filosofia, além de uma aproximação com debates relacionados a uma sociedade mais justa e ética”, salienta. 

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A Faculdade Joaquim Nabuco fica localizada na Avenida Guararapes, 233 – bairro de Santo Antônio, Recife. Confira abaixo a programação completa:

Quarta-Feira  (22)

9h às 12h

“A crise do conceito de constituição: por uma sociologia das constituições? ” - Dr. Alexandsre da Maia

“Ética e Direito na teoria dos sistemas de Niklas Luhmann” - Dr. Artur Stamford

“A retórica da ilusão das massas pelos governos” - Msc. Joelson Vale

18h às 21h

“Entre a técnica jurídica e a estratégia política: qual o momento ideal para proferir decisões judiciais?” - Drndo. Ronaldo Bastos

“Lógica e retórica” - Drndo. Ítalo Oliveira

“A Ética e os limites da Interpretação” - Drndo. Lourenço Torres

Quinta-Feira  (23)

9h às 12h

“Do crepúsculo do dever à aurora da liberdade: o problema de como podemos ser individualistas e coletivamente responsáveis?” - Dr. Pablo Falcão

“Crise na Administração Pública: planejamento tributário e guerra fiscal” –  Dr. Diógenes Teófilo

“A Irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas, e os Direitos Fundamentais” - Dr. João Janguie Bezerra Diniz

“Retórica, relativismo e ética” - Dra. Graziela Bachi Hora

18h às 21h

“Judicialização da Política: um estudo de caso” - Msndo. Renato Hayashi

“Cultura política entre os intelectuais da Faculdade de Direito do séc. XIX” - Dr. Rômulo Oliveira

“Pragmática Jurídica é a mesma coisa que Pragmática Linguística? ” - Dra. Virgínia Colares

Morreu aos 91 anos, em Leeds, na Inglaterra, o filósofo e sociólogo contemporâneo polonês Zygmunt Bauman. A notífica foi confirmada pela mídia polonesa, nesta segunda-feira (9). A causa da morte não foi divulgada. As informações são da Agência ANSA.

Nascido em 19 de novembro de 1925, em Poznan, na Polônia, Bauman serviu na Segunda Guerra Mundial e tem uma extensa biografia com reflexões sobre a sociedade e as mudanças do mundo atual.

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Sua principal teoria, com a qual ficou mundialmente conhecido, é a da chamada 'modernidade líquida, que aborda  a "liquidez" das relações sociais na modernidade e pós-modernidade e abriu um vasto campo de estudos para diferentes áreas, como a filosofia, a cultura, o relacionamento humano.]

Entre suas principais obras estão "Amor Líquido", "Modernidade Líquida", "Globalização" e "Vidas Desperdiçadas". Em todos os seus ensaios e reflexões escritas, Bauman foca no individualismo e na efemeridade das relações - e até mesmo na revolução que as mídias digitais trouxeram para a sociedade moderna.

Mesmo aos 91 anos, o pensador não parava de trabalhar em livros e teorias, sendo um dos maiores filósofos e sociólogos do fim do século 20 e início do século 21. Grande parte das suas obras foram traduzidas para o português e o seu último livro lançado no Brasil foi "A riqueza de poucos beneficia todos nós?".

No Brasil, Baumant é um dos sociólogos mais estudantes nos âmbitos acadêmicos. Por todo o mundo, grupos de estudo analisam a obra do filósofo que, para muitos, era o principal pensador contemporâneo. 

Com informações da Agência Ansa e Agência Brasil

A Universidade de Edimburgo abriu as bolsas para os cursos de verão. O programa é para julho de 2017 e as inscrições vão até o dia 27 de janeiro no site da universidade. Serão contemplados cursos realizados em Edimburgo e que tenham duração de até quatro semanas, nas áreas de empreendedorismo, arte, cinema, música e filosofia. 

As bolsas cobrem os custos do programa, mas os gastos como acomodação e passagens aéreas ficarão a cargo do interessado. Será realizado um teste de conhecimentos gerais, uma avaliação de inglês, e o candidato deve apresentar uma carta de motivação e o currículo para participar.

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As disciplinas de Filosofia e Sociologia poderão ser ensinadas de forma "diluída" durante o ensino médio, e não necessariamente como disciplinas obrigatórias ao longo dos três anos. A decisão foi do plenário da Câmara dos Deputados, que votou nesta terça-feira, 13, emendas ao texto da medida provisória (MP) que flexibiliza o ensino médio, considerada a fase mais problemática do ensino brasileiro.

Os deputados rejeitaram a proposta do PSOL de transformá-las em obrigatórias durante todo o ensino médio, mas aprovaram a do deputado André Figueiredo (PDT-CE) de que os dois temas tenham "estudos e práticas" garantidos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), ainda que não necessariamente como disciplinas específicas. Dos 330 deputados presentes na sessão, 324 concordaram com a emenda, incluindo a oposição.

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As deputadas Maria do Rosário (PT-RS) e Alice Portugal (PCdoB-BA) ponderaram que "o ideal" seria que Filosofia e Sociologia fossem obrigatórias durante os três anos, a exemplo de Matemática, Português, Inglês (conforme estabelece o texto original da MP), Artes e Educação física. Porém, assim como os demais votos da oposição, elas se posicionaram a favor da modificação, com o objetivo de "reduzir danos".

O texto-base da reforma já havia sido aprovado na quarta-feira passada, mas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deixou para esta terça a apreciação dos destaques trechos sugeridos pelas bancadas e parlamentares que ainda poderiam modificar o projeto enviado pela gestão do presidente Michel Temer.

A decisão não contentou todo o plenário. "Quando se quer acabar com uma disciplina, se transforma em 'estudos e práticas'", disse a deputada Professora Marcivânia (PCdoB-AP).

Até 21 horas, outras emendas haviam sido rejeitadas. Permaneceu a possibilidade de componentes curriculares serem ensinados a distância, a liberação de professores com "notório saber" e o tempo de dez anos para que o governo federal banque a ampliação de escolas de tempo integral. Também foi derrubada emenda que buscava inserir "educação política e direitos do cidadão" entre os conteúdos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As provas de sociologia e filosofia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foram uma surpresa para os alunos e professores. As disciplinas apresentaram grande quantidade de questões. A novidade deste ano foram os temas democracia, questões de gênero, em sociologia, bem como as proposições de filosofia Moderna e Medieval foram praticamente inexistentes.

Os temas tradicionais, como indústria cultural, etnocentrismo e sociologia do trabalho, já eram esperados e fizeram presença no Enem. “A gente identificou algumas questões com um certo nível de articulação que exigiram do fera uma abstração maior”, conta o professor Tiago Licarião.

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Apesar da quase inexistência de questões de Filosofia Moderna, uma de Nietzsche incomodou o professor Bruno Lemos. “Não porque foi difícil, mas sim porque quando o fera se deparou com o texto, ele vai teve um grande problema de abstração. O texto da questão é um texto que remete a vários outros conceitos de Nietzsche”, afirma Lemos. Outro ponto em filosofia apontado pelo professor Bruno Lemos é que a incidência foi grande em questões de filosofia contemporânea e antiga, diferentemente do que vinha sendo cobrado nas edições anteriores do Exame.

Com informações de Roberta Patu

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O Ministério da Educação (MEC) divulgou uma nota, na noite desta quinta-feira (22), afirmando que não haverá corte de disciplinas no novo currículo do ensino médio. A pasta voltou atrás, após divulgação da obrigatoriedade apenas das disciplinas de matemática, português e inglês. 

Segundo a medida provisória (MP) divulgada na tarde na última quinta (22), em entrevista coletiva, disciplinas como filosofia, sociologia artes e educação física não seriam obrigatórias no currículo escolar. Caberia às escolas, redes de ensino e alunos escolherem se elas e quais delas fariam parte dos estudos.

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No novo texto divulgado pelo Ministério, está apontado o fato de que as 13 disciplinas indicadas como obrigatórias pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) seriam vistas durante todo o ensino básico.

Confira o esclarecimento do secretário de educação básica do MEC, Rossieli Soares:

A mudança

A reforma do ensino médio, divulgada nesta quinta-feira (22), consolidou uma visão mais técnica e profissional do fim da educação básica. Segundo a medida provisória, agora reformulada, os estudantes de primeiro e metade do segundo ano do ensino médio veriam todas as disciplinas já acompanhadas no currículo atual.

A partir da segunda metade do segundo ano, até o terceiro ano do ensino médio, os alunos poderão escolher as áreas de afinidade em que querem seguir, divididas como nas categorias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). São elas: ciências da natureza, ciências humanas, matemática e linguagens.

A carga horária também será modificada. O planejamento é que o tempo que os estudantes passam na escola deve ser aumentado, progressivamente, para 1,4 mil horas. Isso reflete num total de sete horas diárias que os alunos passariam no ensino médio.

O novo ensino médio também prevê que os estudantes possam escolher o ensino técnico como caminho. As aulas dessa categoria de ensino podem ser ministradas por pessoas de notório saber, ou seja, aquelas que não têm formação específica no assunto que vão lecionar.

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Será lançado nesta terça-feira (23) o livro "Michel Foucault e a Antropologia", do autor paraense Heraldo de Cristo Miranda, professor e doutor em Ciências Sociais. O evento será às 19 horas, no Sesc Boulevard, em Belém.

A obra é resultado da tese de doutorado do autor no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Pará (UFPA), defendida em 2012, sob a orientação do Prof. Dr. Ernani Pinheiro Chaves, que assina a apresentação do livro. Durante a pesquisa, foi necessário recorrer à produção original do autor na França, não disponível no Brasil à época.

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Além da sessão de autógrafos, haverá o bate-papo “Tensões e prazeres do pesquisar: experiências nas ciências humanas”, com a participação do Prof. Dr. Ernani Chaves e do Prof. Dr. Fabiano Gontijo, com mediação do próprio Heraldo.

Heraldo de Cristo Miranda é graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará (2000); mestre em Sociologia pela UFPA com a dissertação "Desencantamento e Transcendência: uma Sociologia da Modernidade na Obra de Dostoiévski", sob orientação da Prof. Dra. Katia Marly Leite Mendonça, e doutor pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais, Universidade Federal do Pará, com a tese de intitulada "Michel Foucault e a Antropologia", sob orientação do Prof. Dr. Ernani Chaves.

Por Gabriella Barros.

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