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A Jovem Pan emitiu nota com um pedido de desculpas, após o episódio de agressão protagonizado pelo jornalista Augusto Nunes contra o também jornalista Glenn Greenwald, nesta quinta-feira (7). Ao receber Glenn no programa Pânico, Augusto Nunes reagiu de modo agressivo, a ponto de bater no norte-americano, por ele criticar os comentários que o radialista fez em relação aos seus filhos.

Nunes teria dito que Glenn e o deputado federal David Miranda (PSOL) deveriam perder a guarda dos filhos. O jornalista norte-americano chamou o apresentador do Pânico de “covarde” e Nunes reagiu com tapas.

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Em nota, A Jovem Pan afirmou repudiou com veemência o episódio e frisou ser “vigilante dos princípios democráticos, do pluralismo de ideias e da liberdade de expressão”.

Confira a nota na íntegra:

Nota do Grupo Jovem Pan

A Jovem Pan lamenta o episódio ocorrido ao vivo no programa Pânico desta quinta-feira (7) entre os jornalistas Augusto Nunes e Glenn Greenwald.

Defensora vigilante dos princípios democráticos, do pluralismo de ideias e da liberdade de expressão, a Jovem Pan sempre abriu suas portas para convidados de diferentes campos ideológicos e com opiniões dissonantes, para que cada brasileiro forme seu juízo tendo acesso a visões variadas sobre os temas mais relevantes do momento.

Uma das principais marcas do Pânico é receber personalidades para o debate aberto e franco, bem-humorado e eventualmente ácido. Glenn Greenwald já participou da bancada em diversas outras oportunidades.

A liberdade de expressão e crítica concedida pela Jovem Pan a seus comentaristas e convidados, contudo, não se estende a nenhum tipo de ofensa e agressão. A empresa repudia com veemência esses comportamentos.

 

A agressão do jornalista Augusto Nunes ao também jornalista Glenn Greenwald, nos estúdios da rádio Jovem Pan, nesta quinta-feira (7), durante exibição do programa Pânico, chegou ao mundo do rock.

Conhecido militante de direitos humanos, Tom Morello, guitarrista da banda Rage Against the Machine, que recentemente anunciou o retorno aos palcos, usou sua conta no Twitter para prestar solidariedade a Greenwald e postar a hashtag #AugustoNunesCovarde.

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"Meu amigo e um dos jornalistas mais inteligentes, perspicazes e mais bravos do mundo @ggreenwald foi agredido fisicamente e submetido a insultos homofóbicos durante uma entrevista no Brasil", escreveu. Confira a postagem:

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O clima pesou nos estúdios da rádio Jovem Pan, nesta quinta (7), durante exibição do programa Pânico. Convidados da atração se estranharam e o jornalista Augusto Nunes acabou agredindo o também jornalista Glenn Greenwald. A agressão aconteceu após Glen criticar comentário de Nunes feito recentemente a respeito de seus filhos. 

Os jornalistas participavam do programa quando Glen chamou Nunes de "covarde" pelos comentários feitos a respeito de seus filhos com o esposo, David Miranda. O comentário foi feito durante o programa Os pingos nos Is, também da rádio Jovem Pan, coapresentado por ele próprio.

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Na ocasião, Nunes disse: "O Glenn Greenwald passa o dia tendo chiliques no Twitter, ou trabalhando como receptador de mensagens roubadas. Esse David fica em Brasília lidando com rachadinhas, que essa é a suspeita, que isso dá trabalho. Quem é que cuida das crianças que eles adotaram?! Isso aí um juizado de menores deveria investigar".

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Nesta quinta (7), os jornalistas ficaram cara a cara e Glen decidiu cobrar o colega de profissão pelo comentário, chamando-o de "covarde". Nunes, então, partiu para cima de Glen e os dois trocaram tapas. Pouco antes do início da atração, Greenwald havia tuitado a respeito do encontro: "Acabei de chegar no Jovem Pan pra fazer @programapanico e descobri que @augustosnunes - que disse que um juiz de menores deve investigar a remoção de nossos filhos - vai participar. Tô muito feliz pq tenho muitas perguntas pra ele".

O Ministério Público do Rio (MP-RJ) recebeu do antigo Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) um relatório que aponta "movimentação atípica" de R$ 2,5 milhões na conta do deputado federal David Miranda (PSOL-RJ) no período de um ano, entre o início de abril de 2018 e o final de março de 2019.

O MP chegou a solicitar à Justiça a quebra dos sigilos bancário e fiscal do parlamentar, mas o juiz Marcelo da Silva, da 16ª Vara de Fazenda Pública do Rio, negou o pedido. Na decisão, ele determina que, antes de adotar alguma medida nesse sentido, o deputado do PSOL e os demais envolvidos nas suspeitas - quatro assessores e ex-assessores - sejam ouvidos.

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Miranda é casado com o jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept, que tem publicado reportagens baseadas em mensagens trocadas por procuradores e pelo então juiz Sergio Moro, atual ministro da Justiça, na Operação Lava Jato. Eles não reconhecem autenticidade nas declarações que lhes são atribuídas. Segundo o jornal O Globo, que revelou o caso envolvendo Miranda, o relatório chegou ao MP estadual dois dias depois de o site começar a publicar as reportagens.

O relatório feito pelo Coaf não tem relação direta com Miranda. Foi feito no âmbito de uma investigação maior, para apurar ilegalidades em gráficas de Mangaratiba, município na região metropolitana do Rio. Como o deputado contratou o serviço de uma delas, suas movimentações entraram no radar do órgão federal.

Em nota, David Miranda afirmou que o trabalho como parlamentar não é sua única fonte de renda. Disse ter uma empresa de turismo com o marido - e que, portanto, os valores movimentados não seriam atípicos porque envolveriam dinheiro dessa empresa. Ele não detalhou, porém, quais são os serviços prestados. No cadastro na Receita Federal, a Enzuli Viagens e Turismo Ltda tem capital social de R$ 170 mil e aparece como "inapta" desde setembro de 2018.

O jornalista e editor do site The Intercept, Glenn Greenwald, repudiou uma afirmação feita pela deputada federal Carla Zambelli (PSL) por uma correlação que ela fez entre aumento de casos de HIV e homossexualidade.

Em seu perfil oficial no Twitter, Zambelli disse que é errado “esfregar homossexualidade” para crianças - fazendo menção de apoio à atitude do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), em recolher livros de bienal por conter um beijo gay entre dois personagens.

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“Pesquisa de 2018 do Ministério da Saúde mostra que os casos de HIV entre jovens gays de 15 a 19 anos TRIPLICARAM entre 2006 e 2015 (na era PT). E ainda tem gente que acha que esfregar homossexualidade na cara de crianças vai ajudar os gays em alguma coisa”, afirmou.

A afirmação da parlamentar gerou revolta no meio político, de educação e da saúde. Pois há anos vem sendo combatido o preconceito com homossexuais e a relação mentirosa de que relações homossexuais têm mais chances de propagar o vírus do HIV.

“Um dia depois, e ainda não consigo acreditar no quão ignorante, primitiva, perigosa e nojenta essa declaração é. É uma competição difícil, mas acho que ela é a deputada mais odiosa do PSL. Eu vi de perto. Ela não é burra. Mas está cheia de puro ódio por alguém que não é como ela”, lamentou Greenwald.

Ao receber a mensagem do jornalista, a deputada não deu muita importância e tratou a resposta dele com deboche: “Minhas rugas de preocupação estão se desdobrando”.

Após a participação do jornalista e fundador do site The Intercept Brasil, Glenn Greenwald, no programa de entrevistas Roda Viva, na noite desta segunda-feira (2), o norte-americano foi alvo de elogios por suas respostas.

O deputado federal David Miranda (PSOL), marido de Glenn, não escondeu o orgulho que sentiu do companheiro e utilizou suas redes sociais para fazer bons comentários à participação do jornalista.

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“Acordei com o Brasil todo querendo casar com meu marido! Rsrs Glenn Greenwald lavou a alma de muitos brasileiros ontem! Que o orgulho!”, escreveu o psolista, que recebeu mensagens de seguidores em concordância.

Além disso, David - que ocupou uma cadeira na Câmara Federal após a desistência de Jean Wyllys (PSOL) do mandato, no último mês de janeiro - fez um alerta para o debate jornalístico feito no Brasil.

“A entrevista do #RodaViva de ontem revela que há um debate necessário a ser feito em nosso país: o papel do agente público, o papel do jornalismo e a importância de um jornalismo comprometido com o interesse público”, opinou.

Editor e fundador do The Intercept Brasil, o jornalista norte-americano Glenn Greenwald repercutiu neste sábado (31) os vazamentos que o site vem fazendo desde o último mês de junho.

Greenwald, que é casado com o deputado federal David Miranda (PSOL), afirmou que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e o procurador e chefe da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, mentem patologicamente. “Quanto mais Moro e Deltan falam sobre #VazaJato, mais seu verdadeiro caráter é revelado. Ninguém está acima da lei - exceto eles. E mentem patologicamente para se defender, nunca admitindo nenhum erro: tudo que eles fizeram eram perfeito”, destacou o jornalista.

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Desde que começou a fazer a divulgação de mensagens privadas, Moro e Dallagnol são os principais alvos afetados com o conteúdo das mensagens. Ambos, entretanto, já disseram não reconhecer a veracidade do que foi divulgado.

De passagem pelo Recife para participar de um evento na OAB-PE nesta terça-feira (20), o advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Cristiano Zanin, conversou com a reportagem do LeiaJa.com sobre os recentes vazamentos feitos pelo site The Intercept, do jornalista Glenn Greenwald.

Zanin, que participou do 3º Seminário Pernambucano de Direito Econômica, afirmou que a divulgação das informações feitas pelo Intercept reforçam violações que a defesa do petista vem alegando desde o início do processo de Lula.

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“Essas revelações que começaram com o Intercept e que agora existe uma parceria com diversos outros veículos de imprensa, ao nosso ver, reforçam e confirmam todas as violações que nós estamos apresentando e denunciando desde o início dos processos do ex-presidente Lula”, enfatizou. 

Um dos pontos falados pelo advogado durante sua fala no evento foi sobre o “Princípio da imparcialidade na Operação Lava Jato”. Ao LeiaJá, Zanin afirmou que desde 2016 se alegava o fato de existir juristas responsáveis pelo caso atuando de maneira imparcial.

“Desde a primeira manifestação que nós apresentamos, pela defesa técnica, em 2016, nós já dizíamos que não existia um juiz imparcial e que os procuradores que estavam atuando no caso também não estavam observando as garantias da legalidade, da impessoalidade e também da imparcialidade”, complementou. 

Segundo Zanin, graças ao trabalho desempenhado pelo Intercept e às revelações feitas, todo o trabalho que a defesa vinha desenvolvendo desde o começo em prol de Lula passa a ser endossada, agora, de maneira com maior repercussão.

“O processo estava se desenvolvendo sem a observância do devido processo legal, de forma a chegar num resultado pré-estabelecido, que era a condenação do ex-presidente Lula. Então todo esse cenário que vem sendo dito desde o início da defesa agora fica bastante reforçado por todas essas revelações”, finalizou.

 

 

 

 

O jornalista Glenn Greenwald, editor e fundador do The Intercept Brasil, expressou nesta terça-feira (20) sua indignação por ser insultado por parlamentares do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, após uma homenagem que receberia.

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) votaria nesta terça a concessão da Medalha Tiradentes ao jornalista, mas antes da votação deputados do PSL o chamaram de "criminoso", "marginal" e "vagabundo". 

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O deputado Rodrigo Amorim - que ficou conhecido por quebrar a placa da vereadora Marielle Franco - defendeu, inclusive, a extradição de Glenn. Logo em seguida uma emenda foi apresentada e projeto saiu de pauta.

Em seu perfil no Twitter, Greenwald lamentou o ocorrido. “Doloroso ser insultado por um partido que não acredita em uma imprensa livre ou em instituições democráticas básicas”, escreveu.

Ainda em sua publicação, o jornalista fez menção ao deputado Rodrigo Amorim: “Liderado pelo monstro que orgulhosamente destruiu a placa de Marielle semanas após o assassinato brutal dela”, complementou.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, concedeu uma medida cautelar que impede as autoridades de responsabilizarem o jornalista Glenn Greenwald, responsável pelo site The Intercept Brasil, pela divulgação das mensagens vazadas de conversas entre os procuradores da Lava Jato e do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.

A decisão atendeu a um pedido da Rede Sustentabilidade para que fossem proibidas investigações contra Greenwald, após rumores de que a Polícia Federal (PF) teria solicitado ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) dados bancários do jornalista. O Tribunal de Contas da União chegou a questionar o órgão sobre a eventual investigação, mas as respostas não foram conclusivas. 

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No despacho, Gilmar observa que “a atuação do jornalista Glenn Greenwald na divulgação recente de conversas e de trocas de informações entre agentes públicos atuantes na Operação Lava Jato é digna de proteção constitucional, independentemente do seu conteúdo ou do seu impacto sobre interesses governamentais”.

Além disso, o magistrado ressalta que apesar das especulações sobre a forma como as mensagens foram obtidas - o que é alvo da operação Spoofing da Polícia Federal, que prendeu quatro suspeitos de hackearem celulares de autoridades - “a liberdade de expressão e de imprensa não pode ser vilipendiada por atos investigativos dirigidos ao jornalista no exercício regular da sua profissão” e “o sigilo constitucional da fonte jornalística impossibilita que o Estado utilize medidas coercivas para constranger a atuação profissional e devassar a forma de recepção e transmissão daquilo que é trazido a conhecimento público”.

No texto, Gilmar Mendes diz que as autoridades públicas e seus órgãos de apuração administrativa ou criminal devem não devem investigar Greenwald pela "recepção, obtenção ou transmissão de informações publicadas em veículos de mídia, ante a proteção do sigilo constitucional da fonte jornalística". 

O jornalista e editor do site The Intercept, Glenn Greenwald, responsável pelos vazamentos realizados desde junho comprometendo membros do alto escalão do Governo Federal, repercutiu nesta quarta-feira (7) materiais divulgados por sua equipe.

Greenwald fez um alerta aos defensores do atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e do procurador da operação Lava Jato, Deltan Dallagnol - dois dos principais nomes alvos do The Intercept.

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“Para os defensores de Moro e Deltan, eles são reduzidos a apenas um argumento: os fins justificam os meios. Não importa quão corrupto ou ilegal seja seu comportamento, porque seus objetivos são tão nobres e eles são tão benevolentes que residem acima da ética e até da lei”, comentou o jornalista.

Ainda em seu perfil no Twitter, Glenn também fez menção ao comportamento de Moro e Dallagnol. “Que Deltan tentou abusar de seu poder contra o STF usando a Rede ilustra um ponto vital: muitos dos críticos mais veementes do comportamento de Moro e Lava Jato agora eram anteriormente apoiadores deles, mas viram a verdade. Isso é o que o jornalismo faz: desmascara os poderosos”, explicou.

A Polícia Reservada, popularmente conhecida como “P2”, da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, acompanhou e monitorou o jornalista Glenn Greenwald no ato realizado na terça-feira (30), na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Centro do Rio de Janeiro.

Quatro agentes à paisana da Polícia Militar do estado, governado por Wilson Witzel, aliado de Jair Bolsonaro, permaneceram ao longo do evento na parte externa. A reportagem não tem a confirmação de presença de agentes no interior do auditório onde ocorreu a cerimônia que contou com a presença de representantes de diversos setores da sociedade civil.

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Ás 22h01, Glenn Greenwald, desceu o elevador da instituição e dirigiu-se para a garagem da ABI, onde o marido, o deputado federal David Miranda e os dois filhos do casal já aguardavam, depois de também participarem do ato. Em seguida, às 22h04, acompanhado de seguranças e seguido por um outro carro da também com seguranças, o jornalista deixou o prédio.

Os agentes acompanharam e monitoram a saída do jornalista e ato contínuo dirigiram-se ao carro, um Fiat sem identificação da Polícia Militar, placa K**- 3*1* (aqui preservada em respeito a segurança dos agentes públicos da PM) e final de chassi 40*4*.

O carro estava estacionado do lado direito da quadra seguinte, na rua Araújo Porto Alegre esquina com Avenida Rio Branco e partiu com os quatro agentes após a passagem de Glenn Greenwald.

Carro usado pela “P2” pertenceu ao MPF-RJ

Foi possível pela reportagem comprovar que o carro sem identificação da Polícia Militar é da frota da instituição porque documentos públicos mostram que o Fiat pertenceu ao Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF-RJ) desde 2011, tendo sido doado para a Polícia Militar no ano passado, 2018, como consta em relatório público da Procuradoria Regional da República da 2ª Região.

A participação de policiais militares em atividades de investigação, reunidos na chamada “Polícia Reservada” ou popularmente conhecida como “P2”, é objeto de controvérsia jurídica e questionamento sobre as atribuições constitucionais.

De acordo com a Constituição Federal de 1988, a segurança pública é de responsabilidade atribuída a diferentes órgãos: Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Ferroviária Federal (PFF), Polícia Civil (PC), Polícia Militar (PM) e Corpo de Bombeiros Militar (CBM).

A função de cada um está claramente delimitada na partilha de competências:

A PF, entre outas funções, exerce com exclusividade a Polícia Judiciária da União. A PRF cuida do patrulhamento ostensivo das rodovias federais. A PFF ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. Já a Polícia Civil tem as funções de Polícia Judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. Por fim, a PM é a polícia ostensiva com função da “preservação da ordem pública” e o CBM responde pela execução de atividades de defesa civil.

Mesmo com as atribuições claramente delimitadas na carta de 1988 como polícia ostensiva, a Polícia Militar (em todos os estados) criou setores de inteligência, e esses setores, de uma polícia que deveria ser apenas a polícia ostensiva, muitas vezes atua na investigação, papel reservado constitucionalmente para a Polícia Civil.

Assim, os chamados “P2” são exatamente policiais militares realizando atividades de inteligência e muitas vezes atuando em investigações.

O tema segue sendo objeto de amplo debate jurídico. Não obstante, em todos os estados do país, independente do debate, a chamada “P2” segue realizando trabalho de investigação. E curiosamente, um carro doado por um órgão como o Ministério Público Federal é o veículo dessa atuação no caso da ABI na noite de 30 de julho.

Outro lado:

A reportagem enviou questões para a Polícia Militar do Rio de Janeiro sobre a atuação de “polícia reservada” no ato de ontem, já enviando os dados do carro e detalhes da atuação.

Em resposta, através da Coordenadoria de Comunicação Social (CCS), da instituição, a PM respondeu que “a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que medidas preventivas foram adotadas, na modalidade ostensiva e reservada, para resguardar a integridade física dos participantes do evento. Ressaltamos ainda que a corporação está presente em todos os eventos que possam gerar aglomeração de pessoas”.

POR LÚCIO DE CASTRO

* Da "Agência Sportlight de Jornalismo Investigativo"

 

O deputado federal David Miranda (PSOL) expressou seu amor e admiração pelo seu marido, o jornalista e editor do site The Intercept, Glenn Greenwald, nesta quarta-feira (31).

Através de seu perfil oficial no Instagram, Miranda elencou as qualidades que vê no marido. “Eu queria que as pessoas te conhecessem 10% do que eu conheço. Sua coragem, seu senso de justiça, de humanidade, e de respeito ao próximo, independente de quem seja o próximo”, disse. 

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“Sinto orgulho do ser humano que você é, e felicidade por poder estar junto de quem eu amo. Obrigado por cada dia do meu lado, me ajudando a ser uma pessoa melhor. Te amo”, declarou David a Glenn.

Desde os vazamentos feitos pelo Intercept, que começaram no dia 9 de junho, o jornalista norte-americano vem sendo alvo de ataques por parte de apoiadores do governo do presidente Jair Bolsonaro. 

Após declarações polêmicas do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) disparou contra ele nesta terça-feira (30). Em publicação no Twitter, Freixo disse que o presidente tinha um "esgoto" na boca. 

"Destamparam o esgoto bucal do presidente", alfinetou o psolista no microblog. 

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A avaliação de Freixo diz respeito às novas falas de Bolsonaro. Nesta terça, o presidente chegou a questionar a legitimidade da Comissão Nacional da Verdade, que apontou os militares como responsáveis pela morte de Fernando Santa Cruz - pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz; e desdenhou do massacre que deixou 57 mortos no Centro de Recuperação Regional de Altamira (CRRALT), no sudoeste do Pará, sendo que 16 deles foram decapitados.

Além disso, alfinetou o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil, a quem chamou de "militante" e acusou de cometeu crime ao divulgar informações que teriam sido obtidas por hackers.

Já nessa segunda (29), Bolsonaro declarou que sabia a verdade sobre o desaparecimento de Fernando Santa Cruz, na época da ditadura militar. E pontuou que se Felipe Santa Cruz quisesse ele contaria a verdade. Logo depois, Bolsonaro declarou que o militante estudantil foi morto por companheiros do movimento esquerdista Ação Popular, do qual Fernando fazia parte, e não por militares, como aponta relatório da Comissão Nacional da Verdade. 

O presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer nesta terça-feira (30) que o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil, é militante e cometeu crime ao divulgar informações que teriam sido obtidas por hackers.

"O primeiro crime é invasão. Foi por terceiros. Quando você pega uma informação dessa e se tivesse informação... Nem sei se tem e nem sei se é verdade o que tiram lá de dentro, e começa a passar para frente. Você está dando repercussão a um crime, pô, você tem que ter a obrigação de desvendar aquele crime", disse ao deixar o Palácio da Alvorada pela manhã.

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Interpelado por repórteres sobre o fato de que não cabe a um jornalista desvendar crimes, Bolsonaro afirmou que Greenwald não é jornalista, mas militante.

"Aqui, o Greenwald é jornalista? Ah tá, o Greenwald é jornalista? Ele é jornalista? Ele é militante. Eles já acharam 100 mil reais com gente deles lá, tá", disse.

O presidente não esclareceu como sabe sobre a suposta existência do valor citado e não respondeu aos questionamentos se está tendo acesso às investigações. "Isso é reservado, tá ok?".

Na segunda-feira, o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, afirmou que as acusações de Bolsonaro a Greenwald estão sendo feitas com base no "entendimento pessoal" do presidente. Ele também não respondeu se Bolsonaro teve acesso ao inquérito sobre hackers presos na Operação Spoofing, que prendeu os acusados de terem acessado os telefones de autoridades, inclusive o do presidente e do ministro da Justiça, Sérgio Moro. Eles teriam repassado as informações obtidas de forma anônima e gratuita ao site The Intercept Brasil.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar o jornalista Glenn Greenwald e disse que ele "cometeu um crime" no caso da divulgação de mensagens atribuídas ao ministro da Justiça, Sergio Moro, e outras autoridades. "No meu entender, ele Glenn cometeu um crime. Em qualquer outro país, ele estaria já em uma outra situação. Espere que a Polícia Federal chegue realmente, ligue os pontos todos", disse Bolsonaro nesta segunda-feira, 29.

Em depoimento, Walter Delgatti Neto afirmou que repassou conversas da Lava Jato ao editor do The Intercept de forma não remunerada. O presidente Jair Bolsonaro, no entanto, colocou dúvidas nessa versão.

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"No meu entender, isso teve transações pecuniárias. A intenção aí é sempre atingir a Lava Jato, atingir o Sergio Moro, a minha pessoa, tentar desqualificar e desgastar. invasão de telefone é crime, ponto final", afirmou. "Não pode se escudar 'sou jornalista'. Jornalista tem que fazer seu trabalho. Preservar o sigilo da fonte, tudo bem. Agora, uma origem criminosa o cara vai preservar, o crime invadindo a República, desgastando o nome do Brasil lá fora", disse Bolsonaro.

O artigo 5º da Constituição Federal estabelece que "é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional".

Liberdade de expressão

No final de semana, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) criticou em seus canais nas redes sociais a declaração do presidente que levantou a possibilidade de uma prisão de Greenwald.

"Ao ameaçar de prisão um jornalista que publica informações que o desagradam, o presidente Bolsonaro promove e instiga graves agressões à liberdade de expressão. Sem jornalismo livre, as outras liberdades também morrerão. Chega de perseguição", escreveu a Abraji na postagem.

Após os filhos do jornalista e editor do site The Intercept, Glenn Greenwald, e do deputado federal, David Miranda (PSOL), terem o pedido de visto temporariamente negado pelo consulado dos Estados Unidos, no início da tarde desta segunda-feira (22) a família foi informada que o documento foi concedido.

Greenwald apresentou na manhã desta segunda-feira (22) um relatório médico atestando que sua mãe sofre de um câncer terminal, junto com outros documentos, para receber o visto das crianças em um horário combinado previamente.

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Entretanto, na hora combinada para receber o documento de volta, o jornalista foi informado que seriam necessárias informações adicionais e que, naquele momento, não seria possível entregar o visto dos seus filhos. Glenn foi solicitado por novas informações para que a aprovação aconteça, mas horas depois eles receberam uma ligação com a notícia de que já podiam buscar o visto dos filhos.

O visto solicitado pelo casal no consulado dos EUA no Rio de Janeiro se trata de um pedido de autorização emergencial de viagem. 

Após um evento no Rio de Janeiro, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou neste sábado (27) que o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept, “talvez pegue uma cana aqui no Brasil”.

Na mesma oportunidade, o presidente aproveitou para atacar o deputado federal David Miranda (PSOL), com quem Glenn é casado há mais de dez anos. Segundo o presidente, o casal é ‘malandro’ por ter se casado e adotado duas crianças no Brasil.

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“Ele não se encaixa na portaria. Até porque ele é casado com outro homem e tem meninos adotados no Brasil. Malandro, malandro, para evitar um problema desse, casa com outro malandro e adota criança no Brasil. Esse é o problema que nós temos. Ele não vai embora, pode ficar tranquilo. Talvez pegue uma cana aqui no Brasil, não vai pegar lá fora não”, disse o presidente.

A portaria que Bolsonaro se referiu é a publicada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que estabelece um rito de deportação de estrangeiros considerados perigosos ao país. Glenn é fundador do The Intercept no Brasil, site que é responsável por publicações que ameaçam a credibilidade de membros do alto escalão do governo de Bolsonaro, principalmente o ministro Sergio Moro.

O petista Fernando Haddad utilizou seu perfil oficial no Twitter neste sábado (27) para expressar apoio à Manuela d’Ávila (PCdoB), que vem sido alvo de ataques nas redes sociais desde esta sexta-feira (26).

Os ataques a d’Ávila começaram após Walter Delgatti Neto, o hacker preso nesta terça-feira (23) sob suspeita de invadir os celulares de membros do governo, ter prestado depoimento e dito que quem intermediou o seu contato com o jornalista Glenn Greenwald foi d’Ávila.

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“Manuela tem sido vítima dos golpes mais baixos desde a campanha. Não se curvou. Tenho muito orgulho de ter enfrentado as práticas eleitorais mais repugnantes lado a lado com ela. Seguiremos firmes até derrotar o fascismo”, pontuou Haddad. 

Nas eleições de 2018, Manuela d’Ávila era vice na chapa do petista. Ambos enfrentaram o atual presidente Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno do pleito, mas perderam com 44,87% dos votos.

Por meio de uma nota nesta sexta-feira, Manuela confessou ter repassado o contato do hacker Walter Delgatti Neto, o "Vermelho", ao jornalista Glenn Greenwald. Ela também, inclusive, ofereceu o seu aparelho celular para que a Polícia Federal faça as devidas investigações cabíveis.

O presidente Jair Bolsonaro defendeu neste sábado (27) a proposta do Ministério da Justiça que prevê deportação sumária para suspeitos de alguns crimes.

Ele negou, entretanto, que a portaria ministerial tenha o objetivo de atingir o jornalista americano Glenn Greenwald, cujo site tem divulgado supostas conversas do ministro Sérgio Moro, da Justiça, com procuradores da Operação Lava Jato.

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"Tanto é que não se encaixa na portaria o crime que ele está cometendo. Até porque ele é casado com outro homem [deputado federal David Miranda, que é brasileiro] e tem meninos adotados no Brasil. Ele não vai embora, o Glenn pode ficar tranquilo. Talvez ele pegue uma cana aqui no Brasil. Não vai pegar lá fora, não", disse durante cerimônia de formatura de paraquedistas no Rio de Janeiro.

Bolsonaro afirmou que suspeitos de crime têm que ser "mandados para fora do Brasil". "Eu não sou xenófobo, mas na minha casa, entra quem eu quero. E a minha casa, no momento, é o Brasil".

Novos dados sobre desmatamento

Ainda no Rio, Bolsonaro afirmou neste sábado que deve divulgar, na próxima semana, novos dados sobre desmatamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O presidente mostrou recentemente insatisfação com informações da instituição que mostram aumento da área desmatada no país.

"Já está tudo levantado. Está nas mãos do Marcos Pontes [ministro da Ciência e Tecnologia] e do Ricardo Salles [ministro do Meio Ambiente] a divulgação desses dados, talvez na quarta-feira agora", observou.

O presidente da República voltou a defender a exploração econômica da Amazônia e de outras áreas protegidas, como o litoral de Angra dos Reis. "Não podemos tratar o meio ambiente como uma psicose ambiental", afirmou.

 

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