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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta sexta-feira, 20, que espera uma definição sobre a forma de aplicação da terceira dose da vacina contra a covid-19 no Brasil a partir de outubro, quando a pasta terá os resultados de uma pesquisa que vem sendo realizada para testar a eficácia da vacinação de reforço. Ele afirmou que há um consenso de que a 3ª dose será necessária, mas que a decisão sobre como fazer a aplicação desse reforço ainda depende de evidências científicas.

A terceira dose está em debate no Brasil, diante da alta de infecções em algumas localidades, como o Rio, e do avanço da variante Delta, mais transmissível. Nesta quarta-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou que o Ministério da Saúde avalie a possibilidade de dar uma dose de reforço para grupos específicos que receberam as duas doses da vacina Coronavac.

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Queiroga participou de um evento no Centro de Distribuição de Insumos Estratégicos de Saúde em Guarulhos, na Grande São Paulo, para demonstrar o processo de liberação das vacinas até a chegada aos Estados. O Ministério vem sendo criticado pela demora na distribuição dos imunizantes. Também é cobrado por alguns Estados mais adiantados no calendário de vacinação para dar um aval à imunização de reforço.

Segundo o ministro, "já há um consenso de que será necessária a terceira dose". Ele disse, porém, que a decisão de como fazer essa aplicação pode decorrer da opinião de especialistas ou pode ser baseada em evidências cientificas - e que a pasta optou pela segunda opção. Queiroga lembrou que o Ministério da Saúde está conduzindo um estudo científico para avaliar a eficácia da aplicação de uma terceira dose em pessoas que tomaram as duas doses da Coronavac.

Esta pesquisa, em parceria com a Universidade de Oxford, deve ter resultados entre o fim de outubro e o início de novembro - quando a pasta deverá tomar a decisão sobre a dose de reforço. A pesquisa vai aplicar a 3ª dose de quatro imunizantes diferentes: Pfizer, AstraZeneca, Coronavac e Janssen. Queiroga afirmou que, se antes dos resultados dessa pesquisa surgirem outros estudos científicos sobre a 3ª dose, a decisão em relação ao reforço pode ser antecipada.

O ministro também voltou a afirmar que a 3ª dose depende do avanço da vacinação com a segunda. No Brasil, o ministro espera que em setembro toda a população adulta esteja coberta com a primeira dose e, em outubro, 75% da população adulta tenha recebido as duas doses. "Aí teremos as repostas da ciência, que é o que se quer, para se aplicar a terceira dose."

Queiroga criticou a decisão de Estados e municípios de judicializar para receber mais vacinas. "O direito de recorrer à Justiça é de todos. Nós não observamos necessidade de recorrer à Justiça." Nesta semana, o Estado de São Paulo conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) decisão para que a União assegure o envio das vacinas contra a covid-19 necessárias para que o Estado complete a imunização de quem já tomou a primeira dose. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, também pressiona o governo federal pelo envio de mais doses.

Para Queiroga, "em vez de ficar fazendo essas confusões, (os governos locais) deveriam trabalhar em parceria com o Ministério da Saúde para acelerar de maneira justa a vacinação no País". Ele questionou o fato de que alguns Estados estão vacinando adolescentes, enquanto outros ainda estão aplicando o imunizante para a faixa etária dos 30 anos. A distribuição de doses, porém, segue os critérios estabelecidos pelo próprio Ministério da Saúde.

No Brasil, é o presidente da Câmara dos Deputados quem decide quais projetos de lei serão votados e também quando - e se - algum pedido de impeachment será analisado pelos outros 512 colegas. Em relação ao impedimento, está em discussão no Congresso a ideia de que o processo contra o presidente da República possa começar a tramitar se tiver a assinatura da maioria dos deputados.

No começo do mês, a deputada Adriana Ventura (Novo-SP) e outros parlamentares da sigla apresentaram um projeto de resolução (PRC) que pretende mudar o poder absoluto do presidente da Câmara em relação ao impeachment. Pela proposta, o presidente da Câmara teria um prazo total de 60 dias para dar resposta aos pedidos de impeachment. E mais importante: o ato contra o presidente da República poderia começar a tramitar ao receber o apoio da maioria absoluta dos deputados, ou seja, 257.

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Até nessa quarta-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro tinha contra si 130 pedidos de impeachment, recebidos pela Secretaria-Geral da Mesa da Câmara desde o começo do mandato dele, em janeiro de 2019. Alguns foram descartados por problemas técnicos, mas a maioria estava "em análise", isso é, aguardando despacho do atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). Nem ele nem seu antecessor no cargo, Rodrigo Maia (DEM-RJ), analisaram o mérito de nenhum dos pedidos até agora.

Além de Adriana, outros quatro deputados do Novo, um partido de direita liberal, assinam a proposta: Paulo Ganime (RJ) Alexis Fonteyne (SP), Tiago Mitraud (MG) e Vinicius Poit (SP).

O requerimento representa a adesão de uma parte da direita a uma ideia que já era defendida por partidos de esquerda que fazem oposição a Bolsonaro: a de que o presidente da Câmara não pode ter o monopólio sobre o tema do impeachment.

Pedidos anteriores com o mesmo objetivo do apresentado pelo Novo já tinham sido feitos pelos deputados Henrique Fontana (PT-RS), em maio deste ano; e Denis Bezerra (PSB-CE), em maio de 2020. Como a proposta do cearense é a mais antiga, os outros dois projetos foram apensados a ela.

"O que a gente está discutindo é que, se a Câmara é a Casa do Povo, esta Casa não pode ficar à mercê da vontade de uma única pessoa, que é o seu presidente. Não é porque é este presidente (Arthur Lira). É qualquer presidente da Câmara. Ele tem um poder absurdo. Decide o que entra ou não em pauta, o que vai ou não para frente", diz Adriana Ventura ao Estadão.

"O que o projeto de resolução busca é dar um prazo para isso (decisão sobre os pedidos de impeachment). Isso (protelação indefinida) não é saudável. Qual o sentido disso?", questionou ela.

"O projeto de resolução dá 30 dias, que podem ser prorrogados por mais 30, para que o presidente analise. Se arquiva, ou se instala a comissão especial (que começa análise do pedido de impeachment), como prevê o regimento (Interno). O problema é não ter nada que obrigue o presidente da Casa a fazer isso. Hoje, se ele quiser deixar anos engavetado ele deixa", diz ela.

Tramitação

Assim como outros tipos de projetos, a tramitação de um PRC desse tipo depende da Mesa Diretora da Casa, comandada por Lira. No caso dos projetos de resolução (PRCs), como o apresentado pelo Novo e pelos deputados do PT e do PSB, a tramitação começa pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Na opinião de Adriana, um pedido de impeachment que alcance o apoio de mais da metade dos deputados teria legitimidade suficiente para, ao menos, ser analisado pela Câmara no rito do impeachment, o julgamento do mérito é feito depois, pelo Senado. "Vamos supor que tenha um pedido de impeachment com 257 deputados apoiando. A gente está falando da maioria da Casa. Nesse caso, vai direto para a comissão especial. O projeto de resolução estabelece isso, que eu acho que é justo", diz ela.

O início do funcionamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, que vai apurar a omissão do governo federal na pandemia e o repasse de verbas para Estados e municípios, só deve ocorrer após o feriado de Tiradentes, na próxima quarta-feira, 21. O motivo é a convocação de sessões do Congresso Nacional, anunciadas pelo presidente do Legislativo, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para a semana que vem.

No formato virtual, as reuniões do Congresso, que incluem deputados e senadores, têm tomado um dia inteiro, o que impede qualquer comissão de funcionar no mesmo período. Pacheco marcou sessão para segunda,19, e terça-feira, 20, para análise de vetos presidenciais e um projeto orçamentário. Não estão previstas sessões do Senado para a próxima semana.

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A convocação do Congresso atende ao governo por dois motivos. Um deles é justamente atrasar a instalação da CPI, motivo de dor de cabeça para o Palácio do Planalto. Os 11 integrantes já foram definidos pelos partidos na quarta-feira, 14. Falta Pacheco designar oficialmente os membros e marcar uma data para a instalação, quando vão ser definidos o relator, o presidente e o vice do colegiado.

Outro motivo que atende ao Poder Executivo está no fato de que o projeto orçamentário que será analisado pelo Congresso abre caminho para mais gastos neste ano. O argumento do governo federal é retomar programas de socorro a empresas, como o Pronampe e a redução de jornadas e salários. A proposta, porém, vai além e autoriza aumento de outras despesas sem compensação financeira em 2021, inclusive para atender a redutos eleitorais de parlamentares. A CPI no Senado aumenta o poder de fogo dos senadores na negociação.

O líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), negou que a data da sessão do Congresso tenha relação com a CPI. "Não tem nada a ver uma coisa com a outra. O Congresso não vai parar por causa da CPI". Ele argumenta que a reunião de deputados e senadores não é impeditivo para instalar o colegiado. "(A sessão do Congresso) vai ter horário definido. É possível que não possa haver eleição (da CPI) nesse horário específico, mas durante o dia inteiro pode tirar 20 minutos e fazer a eleição e instalação, que eu nem sei se está marcada".

O senador Humberto Costa (PT-PE), um dos 11 titulares da CPI, afirmou que vai pressionar o presidente do Senado para que a primeira reunião do grupo aconteça na semana que vem: "Estou imaginando que vai ser na próxima semana, pelo menos a gente vai pressionar para isso". Costa também disse que não vê motivo para que a eleição não seja virtual. "Não é necessário (eleição presencial). Por exemplo, a eleição de presidentes de comissões permanentes foi feita remotamente. Todas as comissões, até a Comissão de Constituição e Justiça, foi tudo remoto".

Pacheco quer que a eleição para presidente da CPI aconteça de forma presencial. Caso o desejo do presidente do Senado seja atendido, haverá dificuldades para que a instalação aconteça na semana que vem. Por conta das duas sessões do Congresso e do feriado, os senadores teriam espaço para instalar a CPI a partir de quinta-feira, 22, e teriam de mobilizar os 11 titulares para estarem em Brasília um dia após o feriado.

Governo e oposição disputam comando

Mesmo ainda sem um prazo para a CPI começar, governo e oposição disputam nos bastidores quem vai comandar o colegiado. Os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) são os favoritos. O primeiro é próximo ao governo, apesar de ser crítico à postura de Bolsonaro na crise. O segundo faz oposição sistemática ao Executivo.

O nome do PSD agrada mais ao Palácio do Planalto, que chegou a tentar emplacar Marcos Rogério (DEM-RO) no cargo. Os membros da CPI, porém, não querem alguém tão ligado a Bolsonaro no comando da comissão - Rogério é vice-líder do governo. Randolfe reivindica a presidência por ser autor do pedido para criação da comissão. "Isso não é time de futebol que você é o dono da bola e é obrigado a jogar se não toma o bola", afirmou Aziz ao Estadão/Broadcast Político.

Diante do impasse, senadores discutem um acordo para colocar Randolfe como vice-presidente, mas ainda não há negociação fechada.

O MDB, por sua vez, quer a relatoria. Renan Calheiros (AL) ou Eduardo Braga (AM) podem assumir a função.

A Fiocruz anunciou que produzirá a vacina de Oxford/AstraZeneca em grande escala a partir desta segunda-feira, 8. Pelo menos 3,8 milhões de doses do imunizante contra a covid-19 serão entregues até o fim deste mês. Pelo calendário da instituição, 30 milhões de doses serão entregues até abril. E até meados do ano, a Fiocruz espera já ter disponibilizado 100 milhões de doses.

O anúncio foi feito durante a visita do governador Wellington Dias, do Piauí, que preside o consórcio de governos do Nordeste, e do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ao laboratório de BioManguinhos, onde as vacinas contra a covid-19 estão sendo produzidas.

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Já houve a conclusão dos testes de fábrica - em que as condições da produção são testadas. Os chamados testes de consistência verificam, por exemplo, se há alguma contaminação dos frascos na linha de produção, se o volume envasado está calibrado corretamente, se a temperatura de todo o processo está correta, entre outras variáveis. Para isso são feitas três produções independentes.

Se houver qualquer problema, e preciso parar a produção para reajustar os equipamentos. Havia o temor de que algum desajuste pudesse atrasar ainda mais a produção, mas não houve contratempo.

Pelo calendário original, estava prevista a entrega de 15 milhões de doses até o fim deste mês. Um problema técnico em um dos laboratórios, no entanto, acabou atrasando a produção.

A presidente da Fiocruz, Nísia Silveira, não participou presencialmente da reunião porque teve contato com uma pessoa que testou positivo para covid-19 na ultima sexta-feira, dia 5.

O Japão confirmou que começará na quarta-feira (17) a administrar vacinas contra a Covid-19, inicialmente reservadas a um número reduzido de profissionais da saúde, enquanto o resto da população terá que esperar semanas ou inclusive meses, às vésperas dos Jogos Olímpicos.

As primeiras doses serão administradas em cerca de 40.000 profissionais da saúde, disse o ministro encarregado de supervisionar a campanha, Taro Kono.

A vacinação se ampliará posteriormente para outros profissionais da saúde e depois se estenderá aos idosos a partir de abril, confirmou o ministro.

"Gostaria que muitas pessoas fossem vacinadas assim que tivermos uma compreensão exata dos benefícios e dos riscos", acrescentou Kono, sem estabelecer uma data para a vacinação do resto da população.

Ele disse que o público japonês poderia se informar sobre a eficácia e os efeitos colaterais das vacinas no site e na conta do Twitter do gabinete do primeiro-ministro e pelos meios de comunicação.

A cinco meses do início dos Jogos Olímpicos de Tóquio, sobre os quais há dúvidas relacionadas à possibilidade de organizá-los de forma segura, o ministro afirmou "não levar o evento em consideração" para determinar o ritmo da campanha.

No domingo, o Japão deu sinal verde para uma primeira vacina, a desenvolvida pela Pfizer, depois dos ensaios clínicos nacionais exigidos pelas autoridades de saúde locais.

O país também assinou acordos com as empresas AstraZeneca e Moderna para obter doses suficientes para seus 126 milhões de habitantes.

Feras de 104 cidades brasileiras estão, neste momento, dando início ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) Digital. Às 13h30, horário de Brasília, começaram as provas do primeiro dia da seleção, que abarca 90 questões de Ciências Humanas, Linguagens e redação. Durante a prova os candidatos terão o mesmo tempo de aplicação da versão impressa da seleção, cinco horas e 30 minutos. Apenas a redação deverá ser feita de maneira tradicional, à mão.

A previsão do Inep é que, ao todo, 93.079 pessoas participem desta edição. Apesar disso, a capital pernambucana registrou um clima de calmaria. Ruas tradicionalmente cheias de estudantes foram encontradas vazias e, até mesmo os atrasos característicos do certame, não foram flagrados. 

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No dia 7 de fevereiro, será realizada a segunda etapa da aplicação, os estudantes terão 90 quesitos de Ciências da Natureza e matemática. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), até 2026 o Enem passará a ser complementarmente digital.

Já começaram as provas do segundo dia da versão impressa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 neste domingo (24). Das 13h30 até às 18h30, os candidatos deverão responder a 90 questões de Ciências da Natureza e matemática.

A partir das 15h30, os participantes podem deixar os locais de prova, entretanto não levam o caderno de questões. Apenas às 18h, os candidatos podem levá-los. Nesta edição, 5,8 milhões de estudantes se inscreveram no processo seletivo, sendo 5,6 para a versão impressa e 96 para a digital.

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No último domingo (17), primeiro dia do Enem 2020, os candidatos responderam das 13h30 às 19h, questões de Ciências Humanas, Linguagens, além da redação.

A versão digital está programada para o dia 31 de janeiro e 7 de fevereiro. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela organização do Enem, quase 5,8 milhões de candidatos se inscreveram no Exame, cujo resultado está programado para março. No primeiro dia da prova, mais da metade dos candidatos faltou.

As aulas nas escolas da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro vão começar em 8 de fevereiro e terminar em 17 de dezembro. Ainda não está decidido se as aulas serão presenciais ou virtuais. O recesso do meio do ano será entre 12 e 23 de julho, mesmo período adotado pela rede estadual de ensino.

As datas foram definidas pelo secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, e publicadas na edição da quarta-feira, 6, do Diário Oficial do município.

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O ano letivo de 2021 da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Rio terá 202 dias, dois a mais que o mínimo necessário.

"Neste momento estamos focados no processo de matrículas e em planejar 'como' as aulas vão voltar. Para isso, estamos estruturando o protocolo sanitário junto com a Saúde, o sistema integrado de monitoramento de casos e um plano de contingência para dar segurança ao retorno presencial das aulas. Em breve vamos consultar o Comitê Especial de Enfrentamento da Covid-19, além de continuar ouvindo a comunidade escolar, para definir a data da volta presencial. O fato é que dia 8 de fevereiro começa o nosso ano letivo", afirmou Ferreirinha em nota divulgada pela pasta da Educação.

Para o secretário, é fundamental iniciar o ano letivo no próximo mês para que todo o conteúdo programado seja aplicado da forma adequada.

"Tivemos um 2020 muito difícil e, por conta da pandemia, temos pela frente grandes desafios: acolher nossos estudantes e profissionais, reestabelecer os laços entre a escola e a comunidade escolar e entregar uma educação pública de qualidade para todos", concluiu o secretário.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que faltou coragem ao presidente Jair Bolsonaro para concretizar sua promessa de não comprar a vacina chinesa e afirmou que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, fez um papelão no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. Ele parabenizou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o Instituto Butantan pelo início da vacinação da população no Estado no domingo (17).

Maia lembrou que Doria foi muito criticado por Bolsonaro e seus apoiadores nas redes sociais por ter firmado uma parceria com o laboratório chinês Sinovac para a produção da vacina - cuja distribuição aos Estados começou nesta segunda-feira (18). Em várias oportunidades, Bolsonaro se mostrou contrário à Coronavac, dizendo que o imunizante era a "vacina chinesa" do João Doria. Ao longo da pandemia, Bolsonaro questionou a origem da vacina, colocou em dúvida a segurança do imunizante e chegou a comemorar a interrupção dos testes da Coronavac nas redes sociais.

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"O presidente da República disse várias vezes que não compraria a vacina chinesa, que quem mandava era ele, mas na hora da verdade a coragem não é tão grande. Não é isso? É corajoso até uma parte da história", afirmou Maia. "Apesar do papelão do ministro Pazuello, agora querendo capturar o tema das vacinas, pelo menos eles compraram as vacinas", acrescentou.

Maia ironizou ainda a indicação de Pazuello para o Ministério da Saúde, escolhido segundo o presidente, por sua especialização em logística. "Não tem planejamento no governo federal", disse.

Sobre o caos no sistema de saúde em Manaus, onde a falta de oxigênio em 14 de janeiro levou à morte de pacientes por asfixia, Maia lembrou que a responsabilidade pela coordenação do Sistema Único de Saúde (SUS) é do governo federal.

Maia ressaltou que alguns laboratórios enviaram propostas de venda de vacinas ao governo federal por e-mail e que nunca tiveram resposta. "Não se acreditava nesse tema, na importância da vacina. O que me estranha é que o ministro Pazuello, com quem tenho uma boa relação, acho que é bom militar, mas o motivo que o levou ao ministério, que era ser um homem bom de logística, provou-se um fracasso, pelo menos até o momento", afirmou.

"Se ele fosse bom de logística, ele teria organizado e planejado, acompanhando os indicadores de crescimento do problema em Manaus e outras regiões de forma a não faltar insumos para o trabalho dos profissionais de saúde", finalizou.

Um dia após o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), sair na frente e iniciar a vacinação contra Covid-19 no Estado, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que a "vacina é do Brasil", em referência à Coronavac, imunizante produzido pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac. "Não é de nenhum governador não", afirmou o presidente em conversa com apoiadores ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã desta segunda-feira (18). O início da imunização no restante do País está previsto para hoje, a partir das 17h.

"A Anvisa aprovou, não tem o que discutir mais. Havendo disponibilidade no mercado, a gente vai comprar e vai atrás de contratos que fizemos que era para ter chegado aqui", disse o presidente aos apoiadores, sem entrar em detalhes a quais vacinas se referia. O vídeo da conversa foi divulgado por um canal de apoio ao governo no YouTube.

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O início da vacinação em São Paulo foi vista como derrota política para Bolsonaro. O Ministério da Saúde planejava um evento no Palácio do Planalto para a terça-feira (19), para marcar o início da campanha de imunização no País para tentar mostrar protagonismo do governo federal no enfrentamento à pandemia. Doria, porém, foi mais rápido e venceu a corrida pela foto da primeira pessoa imunizada no País - uma mulher, negra, enfermeira em um hospital público de São Paulo.

Doria é hoje o principal adversário político de Bolsonaro e potecial rival na disputa pela Presidência da República em 2022.

O governo federal, por sua vez, tinha como principal aposta a vacina produzida pela Universidade de Oxford em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Um lote com 2 milhões de doses do imunizante deve ser importado da Índia nos próximos, mas o país asiático frustrou os planos de Bolsonaro ao atrasar o envio em alguns dias.

O governador paulista iniciou a imunização no Estado horas após a Agência Nacinonal de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberar o uso emergencial da Coronavac. Doria abriu a entrevista coletiva com uma crítica direta ao governo federal. "Hoje é o dia V. É o dia da vacina, é o dia da verdade, é o dia da vitória, é o dia da vida", disse. "É o triunfo da vida contra os negacionistas, contra aqueles que preferem o cheiro da morte ao invés do valor e da alegria da vida."

Logo depois, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, reagiu e disse que a vacinação em São Paulo foi "jogada de marketing" e ameaçou ir à Justiça. "Todas as vacinas produzidas pelo Butantan foram contratadas de forma integral e exclusiva, todas, inclusive essa que foi aplicada agora. Então, é uma questão jurídica. Todo o custeio do Butantan é contratado e pago pelo Ministério da Saúde, pelo SUS, pelos senhores. Não foi com nenhum centavo de São Paulo", disse Pazuello ontem - sendo depois contestado por Doria.

O vice-presidente Hamilton Mourão comemorou, nesta segunda-feira (18), a aprovação do uso emergencial de duas vacinas contra a Covid-19 no Brasil. Ele não quis entrar em detalhes, contudo, sobre a vacinação da primeira pessoa no País realizada ontem, sob a tutela do governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O vice-presidente chamou a repercussão da vacinação de "politicagem".

Ontem, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial no País da vacina Coronavac, desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, e da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca.

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"Há três meses atrás o que falei? Que nós iríamos ter vacina, que a vacina seria aprovada. A Anvisa fez o excelente trabalho dela", comentou Mourão na chegada à vice-presidência nesta manhã. Ele ressaltou que o País tem imunizantes suficientes já contratados para vacinar 70% da população brasileira até o fim do ano.

A enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, há oito meses na linha de frente do combate ao coronavírus no Hospital Emílio Ribas, na capital paulista, foi a primeira brasileira a receber uma dose da Coronavac. Logo após a confirmação do registro emergencial, Doria fez uma cerimônia para garantir a primeira foto da vacinação no País antes mesmo que o Butantan assinasse um termo de compromisso exigido pela Anvisa.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, avaliou na tarde de ontem que o evento promovido pelo governador estava "em desacordo com a lei". Questionado sobre a fala do chefe da Saúde, Mourão evitou se aprofundar no assunto: "Não vou entrar nesses detalhes, isso aí tudo é politicagem. Eu não entro na politicagem, (no) meu caso aqui lido com as coisas de modo objetivo, isso aí deixo de lado", disse.

O vice-presidente também disse não ter sentido "nada" ao ver a vacinação da primeira pessoa no País, mas concordou que quanto mais rápido ocorrer a campanha de imunização melhor. Ele ressaltou ainda que é preciso seguir medidas de proteção mesmo após a vacinação. "O próprio ministro Pazuello falou isso semana passada, leva um tempo para que a vacina faça seus efeitos."

Para ele, o primeiro lote da vacina deve permitir a vacinação de até 20% do primeiro grupo prioritário e em abril o Brasil deve atingir a capacidade de imunização contínua. "Julgo, pelos cálculos que estão sendo feitos, a partir de abril a gente entra no modo contínuo de vacinação e consequentemente uma situação melhor para o País como um todo", afirmou.

O processo de imunização dos brasileiros permitirá depois que, na opinião do vice-presidente, o Brasil possa "resolver a situação econômica". "Nós vamos resolver esse problema da pandemia e o principal que vem depois a gente resolver a situação econômica do País de modo que a gente consiga retornar a uma situação melhor de emprego para o nosso povo e o País entre em um ciclo de crescimento", declarou.

Nesta manhã, governadores e o ministro da Saúde entraram em acordo para a antecipação do início da campanha de vacinação contra a Covid-19. Antes prevista para quarta-feira, Pazuello anunciou que a imunização deve começar hoje, às 17 horas. De acordo com o Ministério da Saúde, serão distribuídas 4,6 milhões de doses da vacina aos Estados e cerca de 1,3 milhão permanecem em São Paulo.

O ministro da Saúde, Eduardo Pauzello, voltou a falar sobre o governo de São Paulo nesta segunda-feira (18) ao comentar a distribuição de doses da vacina Coronavac aos Estados. Sobre a aplicação da primeira dose da vacina contra o novo coronavírus neste domingo (17) em evento com a presença do governador do Estado, João Doria (PSDB), Pazuello disse que "ontem é passado, é para historiador. A partir de agora, só discuto futuro".

Durante ato simbólico de entrega das doses da Coronavac aos Estados nesta manhã em Guarulhos, Pazuello destacou novamente que "o governo e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cumpriram seus papéis". Nesta segunda-feira, o carregamento de doses da Coronavac embarcou em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para que as vacinas sejam levadas aos Estados. Conforme acordo fechado entre o ministério e governadores presentes ao encontro, a vacinação contra o novo coronavírus começa nesta segunda-feira a partir das 17h.

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Doria não participou da cerimônia de hoje. Segundo o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (DEM), que esteve presente, o governador de São Paulo não pode participar por uma "questão de agenda".

Críticas a Doria

Alguns governadores que participaram do evento com Pazuello criticaram Doria por ter se adiantado à data combinada. Para o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), o lançamento da vacina, feito por Doria, "é um gesto que coloca os (outros) governadores numa posição de segunda categoria". "Não tínhamos sequer vacinas no nosso Estado", completou.

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT-PI), reforçou as críticas ao governo paulista pelo início da vacinação neste domingo, antes dos outros Estados. "Foi uma decisão ruim (vacinar no domingo). O Programa Nacional de Imunização é um programa nacional, que envolve todos os Estados. Deveria haver igualdade entre todos", afirmou. "Mas esse é o momento de união. O mais importante agora é iniciar a vacinação da nossa população".

Para o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), "o Plano Nacional de Imunização deve buscar com que haja uma isonomia de calendário e de critérios". "São Paulo em face à logística e à celeridade e ao fato de deter sob seu guarda-chuva o Instituto Butantan , entendeu acelerar este processo", completou.

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), disse que não comentaria a aplicação da primeira dose pelo Governo de São Paulo. Entretanto, a chefe do Executivo estadual ressaltou que "houve muito tumulto e descoordenação ao longo do período pandemia".

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), afirmou que "está de parabéns o Butantan". "Porém neste momento, entendo que devemos manter a coesão. Disputas por viés eleitoral não são bem-vindas em um momento cujo grande foco é cuidar da saúde dos brasileiros", completou.

Governadores comemoram o início da imunização contra a Covid-19 no Brasil, com data acertada para esta segunda-feira (18), às 17h, e o recebimento das doses para a distribuição nos Estados, após reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, nesta manhã. No Twitter, os líderes celebram o imunizante como "vitória da ciência" e garantem logística para dar início à campanha de vacinação o mais rápido possível.

O governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB), afirmou que o secretário de Saúde do Estado, Carlos Eduardo Lula, já recebeu o primeiro lote de vacinas destinadas ao Maranhão e, "assim que elas chegarem, iniciaremos o transporte e entrega às prefeituras". Apesar de classificar o momento como uma "grande conquista", Dino faz um apelo à "viabilização urgente" dos imunizantes, "pois o número inicial é muito pequeno". Segundo ele, a alternativa mais viável é a fabricação dos imunizantes no Brasil, pelo Butantan e pela Fiocruz. "Foco deve ser esse agora", afirmou.

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No início da reunião desta manhã, os governadores tinham combinado com o início da vacinação para terça-feira (19) às 14h. No entanto, Pazuello adiantou o 'Dia D e hora H' para hoje, às 17h. Antes, o planejamento da pasta era iniciar a vacinação na quarta-feira (20) às 10h.

Diante da mudança, governadores foram obrigados a antecipar o calendário de vacinação. Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, escreveu ser um "dia emocionante e decisivo na luta contra a pandemia" e afirmou que o Estado está "preparado para a chegada da vacina contra a covid-19". Segundo a publicação, Minas Gerais iniciará a distribuição e aplicação aos grupos prioritários "imediatamente".

A antecipação do calendário de imunização também foi noticiada pelos governadores Renato Casagrande (PSB-ES), Wellington Dias (PT-PI), Antonio Denarium (PSL-RR), Reinaldo Azambuja (PSDB-MS), Camilo Santana (PT-CE). Também o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), publicou na rede social que "a primeira dose da vacina será aplicada hoje às 17h no Cristo Redentor".

Um dos grandes problemas que cercou a corrida da vacinação no País foi a falta de seringas e agulhas para aplicação das doses. O governador do Tocantins, Mauro Carlesse (PHS), acalmou a população e garantiu um estoque "de seringas com agulhas necessárias e a logística definida para agilizar a entrega das doses aos 139 municípios".

O Estado do Amazonas, que esteve no foco nos últimos dias pelo colapso do sistema de saúde na capital, Manaus, também mostrou-se pronto para iniciar a imunização. O governador Wilson Lima (PSC) ainda afirmou que o Estado receberá, além das 256 mil doses preestabelecidas, 50 mil doses doadas pelo Governo de São Paulo.

O aval dado no domingo (17) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alcança a distribuição de 6 milhões de doses da Coronavac, imunizante produzido pela farmacêutica Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, para todos os Estados do País.

Na reunião simbólica de recebimento das doses desta manhã, participaram os governadores do Amapá, Waldez Góes (PDT); Ceará, Camilo Santana (PT); Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB); Goiás, Ronaldo Caiado (DEM); Mato Grosso, Mauro Mendes, (DEM); Pará, Helder Barbalho (MDB); Paraná, Carlos Massa Ratinho Jr. (PSD); Pernambuco, Paulo Câmara (PSB); Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT); Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB); Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL); e o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (DEM), em substituição a João Doria (PSDB).

A vacinação nacional contra o novo coronavírus começa nesta segunda-feira (18) às 17h, segundo acertaram governadores dos Estados e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em reunião no início da manhã. Eles participaram de ato simbólico em Guarulhos (SP) para a distribuição das doses da Coronavac - imunizante desenvolvido pelo Instituto Butantan e a chinesa Sinovac.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, nesta manhã começa a distribuição de 4,6 milhões de doses da vacina. Os imunizantes estão no Departamento de Logística em Saúde, em São Paulo, e serão transportados para cada um dos Estados pela Força Aérea Brasileira (FAB). A Anvisa aprovou no domingo (17) o uso emergencial de 6 milhões de doses da Coronavac. Com a divisão das doses entre os Estados, cerca de 1,3 milhão permanecem em São Paulo.

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O ministério informou que a logística contará com aviões e caminhões preparados para a refrigeração dos imunizantes. Além dos aviões da FAB, aeronaves das companhias aéreas Azul, Gol, Latam e Voepass farão o transporte gratuito da vacina para as capitais brasileiras. Após a chegada dos imunizantes às capitais, a distribuição passa a ser feita por cada Estado, com apoio do Ministério da Defesa.

Veja a quantidade de vacinas que será distribuída para cada Estado nesta segunda-feira:

Região Norte - 296.520 doses

- Rondônia - 33.040

- Acre - 13.840

- Amazonas - 69.880

- Roraima - 10.360

- Pará - 124.560

- Amapá - 15.000

- Tocantins - 29.840

Região Nordeste - 1.200.560 doses

- Maranhão - 123.040

- Piauí - 61.160

- Ceará - 186.720

- Rio Grande do Norte - 82.440

- Paraíba - 92.960

- Pernambuco - 215.280

- Alagoas - 71.080

- Sergipe - 48.360

- Bahia - 319.520

Região Sudeste - 2.493.280 doses

- Minas Gerais - 561.120

- Espírito Santo - 95.440

- Rio de Janeiro - 487.520

- São Paulo - 1.349.200

Região Sul - 681.120 doses

- Paraná - 242.880

- Santa Catarina - 126.560

- Rio Grande do Sul - 311.680

Região Centro-Oeste - 415.880 doses

- Mato Grosso do Sul - 61.760

- Mato Grosso - 65.760

- Goiás - 182.400

- Distrito Federal - 105.960

Diversos governadores brasileiros reunidos na manhã desta segunda-feira (18) com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, entraram em um acordo para que a vacinação contra a Covid-19 tenha início no País já nesta segunda-feira às 17h. Eles participam de ato simbólico em Guarulhos (SP) para a distribuição das doses da Coronavac - imunizante desenvolvido pelo Instituto Butantan contra o novo coronavírus - do Ministério da Saúde aos Estados.

Mais cedo, governadores haviam entrado em um acordo para que a vacinação tivesse início na terça-feira (19) às 14h, porém o ministro adiantou o prazo para que as doses fossem entregues ainda hoje e aplicadas ao fim da tarde. Inicialmente, a largada para a vacinação nacional estava planejada pelo ministério para quarta-feira (20), às 10h.

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O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), não compareceu ao evento. O Estado foi representado no evento pelo vice Rodrigo Garcia. No domingo, Doria participou de cerimônia para a aplicação da primeira dose da vacina no Brasil, logo depois que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, por unanimidade, o uso emergencial do imunizante.

Para o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, a inauguração promovida por Doria "é um gesto que coloca os governadores numa posição de segunda categoria". "Não tínhamos sequer vacinas no nosso Estado", completou.

Durante o evento, Pazuello falou que "a lealdade federativa será mantida", em uma crítica ao Doria, e destacou que o Brasil é referência em vacinação "e continuará sendo". Além de Caiado, participaram do evento governadores de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pará, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, entre outros.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, começa nesta manhã a distribuição de 4,6 milhões de doses da vacina. Os imunizantes estão no Departamento de Logística em Saúde, em São Paulo, e serão transportados para cada um dos Estados pela Força Aérea Brasileira (FAB).

A Anvisa aprovou neste domingo o uso emergencial de 6 milhões de doses da vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Com a divisão das doses entre os Estados, cerca de 1,3 milhão permanecem em São Paulo.

Segundo o ministério, a logística contará com aviões e caminhões preparados para a refrigeração dos imunizantes. Além dos aviões da FAB, aeronaves das companhias aéreas Azul, Gol, Latam e Voepass farão o transporte gratuito da vacina para as capitais brasileiras. Após a chegada dos imunizantes às capitais, a distribuição passa a ser feita por cada Estado, com apoio do Ministério da Defesa.

Foi dado o início à jornada rumo à aprovação de 5,6 milhões de estudantes que estão fazendo, neste momento, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 impresso. Às 13h30, horário de Brasília, começaram as provas do primeiro dia da seleção, em que os candidatos precisarão responder a 90 questões de Ciências Humanas, Linguagens e redação, durante cinco horas e 30 minutos.

A partir das 15h30, os participantes podem deixar os locais de prova, entretanto não levam o caderno de questões. Apenas às 18h30, os candidatos podem levá-los. O Enem acabada às 19h.

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No próximo domingo (24), os participantes farão as provas das áreas de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e matemática. O gabarito será divulgado no próximo dia 27 deste mês.

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O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, revelará nesta quinta-feira (14) seus planos para lutar contra a Covid-19 e injetar 1,9 trilhão de dólares na economia, mas a agenda de seus 100 primeiros dias de governo será ofuscada pelo julgamento político do atual presidente, Donald Trump.

Um dia após Trump ser acusado na Câmara dos Representantes, Biden espera aproveitar seu discurso, pronunciado no horário nobre, para dar esperança aos americanos. Com os companheiros democratas no controle de ambas as câmaras do Congresso, o futuro presidente terá a chance de aprovar o que seria o terceiro pacote de ajuda em massa para uma pandemia.

O democrata tomará posse em 20 de janeiro, numa Washington transformada em um campo entrincheirado desde o ataque ao Capitólio na semana passada por partidários do presidente republicano. Agora é urgente que Joe Biden volte ao seu programa, depois de uma semana que abalou a maior potência mundial.

Ele deve apresentar uma série de "projetos legislativos para financiar vacinas e prestar ajuda imediata e direta às famílias", em face da pandemia e da crise econômica, segundo sua equipe de transição. Biden deve aproveitar a oportunidade para lançar "um apelo" ao seu campo democrata e aos seus adversários republicanos para "adotar suas propostas rapidamente no Congresso".

A proposta do democrata, chamada Plano de Resgate Americano, incluirá uma série de medidas destinadas a revitalizar a maior economia do mundo, informaram membros do alto escalão do próximo governo. A iniciativa inclui o aumento do salário mínimo em nível federal para 15 dólares a hora, ajuda aos governos estaduais e municipais, a reabertura de escolas de forma segura, a implementação de uma campanha de imunização em massa contra a Covid-19 e o aumento do pacote de estímulo que o Congresso aprovou no mês passado.

A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, e o líder dos democratas no Senado, Chuck Schumer, disseram que começariam a trabalhar para garantir o êxito do plano. "Colocaremos mãos à obra para converter a visão do presidente eleito em uma lei que seja aprovada por ambas as câmaras e promulgada", assinalaram em declaração conjunta.

- Promessa de 'reconciliação' -

Nesta quarta-feira à noite, após a votação que rendeu a Donald Trump o título inglório de primeiro presidente americano alvo de um segundo "impeachment", Joe Biden pediu ao Senado que conciliasse "o processo de impeachment" e o avanço de "assuntos urgentes da nação".

"Esta nação permanece sob a ameaça de um vírus mortal e uma economia vacilante", alertou, enquanto o país continua a bater recordes de mortes diárias por Covid-19 e pode superar até sua posse os 400.000 mortos.

O futuro presidente também deixou transparecer sua preocupação em ver um Congresso monopolizado pelo julgamento de Donald Trump por "incitamento à insurgência", relegando para segundo plano as audiências de confirmação de membros de seu governo, essenciais para permitir que passe rapidamente para a ação.

E o clima de confronto partidário que poderia acompanhar os debates também ameaça a promessa de "reconciliação" e "união" do candidato Biden.

Porque agora que o "impeachment" foi votado na Câmara de Representantes pelos democratas, mas também, notadamente, por dez republicanos, a continuação do procedimento permanece muito incerta.

Nancy Pelosi, ainda não disse quando pretende encaminhar a acusação à Câmara Alta, que é constitucionalmente responsável pelo julgamento. E o Senado, que passará em 20 de janeiro para o controle democrata, não se reunirá até o dia anterior. A data do julgamento não foi definida.

- Campo republicano rachado -

Mesmo que o acusado seja posteriormente um ex-presidente e que, portanto, a aposta de destituí-lo do poder tenha desaparecido, tal julgamento corre o risco de capturar toda a atenção da mídia.

Por um lado, porque "se o presidente for considerado culpado, haverá outra votação para proibi-lo de ser candidatar novamente", advertiu na quarta-feira Chuck Schumer, que se prepara para assumir as rédeas da maioria democrata no Senado.

Por outro lado, porque ao contrário do julgamento de impeachment há um ano no caso ucraniano, quando os republicanos se uniram em apoio ao seu presidente, desta vez a unidade da direita já está rompida - muitos de seus representantes viraram as costas ao ex-empresário desde a violência no Capitólio, que deixou cinco mortos. A tal ponto que uma condenação de Donald Trump, embora longe de ser garantida, não parece mais impossível.

O influente líder dos senadores republicanos, Mitch McConnell, tornou público que não descarta votar a favor da condenação. O estrategista sabe que um sinal de sua parte nessa direção poderia ajudar o partido Republicano a virar definitivamente a página de Trump.

O presidente cessante, que obstinadamente se recusava até o caos da semana passada reconhecer que Joe Biden ocuparia a Casa Branca em 20 de janeiro, sonhava em continuar a ter peso na formação, ou mesmo concorrer à reeleição em 2024.

Cada vez mais isolado enquanto se prepara para se retirar em sua propriedade em Mar-a-Lago, Flórida, ele tem tentado nos últimos dias tranquilizar pedindo calma e se distanciando de seus apoiadores na origem da violência de 6 de janeiro.

Principalmente porque os serviços de segurança estão a ponto de enfrentar a ameaça de novas manifestações em Washington e outras cidades do país, neste final de semana e durante a tomada de posse do democrata, nos degraus de um Capitólio reforçado em termos de segurança.

Os senadores terão que fazer malabarismo para julgar um ex-presidente republicano enquanto cooperam com uma agenda enviada por um presidente democrata. Biden tenta persuadir a câmara alta a administrar os dois temas de forma organizada e eficaz, ocupando-se "metade do dia do julgamento político e na outra metade, de que minha gente seja nomeada e confirmada no Senado, além de tratar do pacote".

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou a prefeitos, em reunião nesta quinta-feira, 14, que a vacinação contra a covid-19 deve começar no próximo dia 20. A data já era apontada pelo governo federal como o cenário "mais otimista" para abrir a campanha de imunização. Pazuello participa de reunião com a Frente Nacional de Prefeitos (FNP). Mais de 130 chefes de municípios acompanham virtualmente a discussão.

O ministro repetiu aos presentes que 8 milhões de doses de vacinas devem estar disponíveis em janeiro, sendo 2 milhões do modelo de Oxford/AstraZeneca e 6 milhões da Coronavac. Estes imunizantes serão entregues no Brasil pela Fiocruz e pelo Instituto Butantan, respectivamente.

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidirá no domingo, 17, se libera ou não o uso emergencial destes dois imunizantes. Após este aval, as doses poderiam ser aplicadas na população.

Pazuello disse aos prefeitos que as doses da vacina de Oxford/AstraZeneca devem chegar aos Estados na segunda-feira, 18.

Há uma disputa entre os governos federal e de São Paulo pela "primeira foto" da vacinação no Brasil. O ministério planeja realizar um evento no Palácio do Planalto para começar a campanha. A ideia era realizar o evento no dia 19. Bolsonaro já disse que não irá se vacinar contra a covid-19. Já o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou na quarta-feira, 13, que quer abrir a vacinação no seu Estado imediatamente após a decisão da Anvisa.

A Índia planeja começar no sábado (16) a vacinar 1,3 bilhão de pessoas, uma tarefa colossal que enfrenta desafios de segurança, infraestrutura incerta e ceticismo da população.

O segundo país mais populoso do mundo busca imunizar 300 milhões de pessoas - quase o equivalente à população dos Estados Unidos - até julho, como parte de uma das maiores campanhas de vacinação do planeta.

Depois dos Estados Unidos, a Índia é o segundo país mais afetado pelo coronavírus. São mais de 10 milhões de casos confirmados, embora a taxa de mortalidade seja uma das mais baixas do mundo.

"Mal posso esperar para ser vacinado e viver sem medo e sem máscara o tempo todo. O ano passado foi muito difícil", disse à AFP Shatrughan Sharma, um trabalhador de 43 anos de Nova Délhi.

Os 30 milhões de profissionais da saúde e os mais expostos à doença serão os primeiros a serem vacinados, seguidos das pessoas com mais de 50 anos, ou em risco.

O governo autorizou o uso de duas vacinas que requerem armazenamento refrigerado ininterrupto: Covishield, da AstraZeneca e da Universidade de Oxford; e Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech.

Para garantir a refrigeração, serão mobilizados 29 mil pontos de armazenamento com temperatura controlada, quase 300 câmaras frigoríficas, 45 mil frigoríficos, 41 mil freezers e 300 frigoríficos que utilizam energia solar.

O maior fabricante mundial de vacinas, o Serum Institute of India (SII), afirmou já ter produzido 50 milhões de doses da vacina AstraZeneca e planeja acelerar sua produção para chegar a 100 milhões mensais até março.

Embora a Índia tenha realizado um ensaio geral nacional para se preparar para a campanha e treinado 150.000 pessoas, a operação representa um desafio colossal neste país vasto e pobre, com uma rede rodoviária de baixa qualidade e um dos sistemas de saúde mais sucateados do mundo.

As autoridades afirmam que vão aproveitar sua experiência na organização de eleições e nas campanhas de vacinação contra a poliomielite e a tuberculose.

Essas campanhas representam, contudo, "um exercício de menor alcance", lembra Satyajit Rath, do Instituto Nacional de Imunologia, especialmente quando a vacinação contra a covid-19 é anunciada como "muito exigente".

- Desafios no terreno -

Embora a Índia tenha quatro grandes armazéns para receber vacinas e transportá-las para os diferentes centros de distribuição em veículos com temperatura controlada, a última etapa parece ser a mais complexa.

Durante um recente ensaio na região rural do estado de Uttar Pradesh (norte), onde as temperaturas chegam a 40°C no verão, um profissional da saúde foi observado transportando caixas de vacinas falsas de bicicleta.

A preocupação também paira sobre a instabilidade e a confiabilidade das redes de comunicação. O governo busca gerenciar o processo digitalmente, principalmente por meio do aplicativo governamental CoWIN, do qual já existem cópias ilegais.

Mais de 150.000 pessoas morreram de covid-19 na Índia, cuja economia é uma das mais afetadas do mundo e onde milhões de pessoas não têm meios de sobreviver.

Além disso, como acontece em outros países, a chegada da vacina enfrenta um certo ceticismo alimentado por notícias falsas nas redes sociais.

A "aprovação limitada" da Covaxin, juntamente com a falha do Bharat Biotech em fornecer dados sobre os testes de fase 3, alimenta a desconfiança.

O projeto do SII de distribuição da vacina AstraZeneca a indivíduos e empresas por um valor de 1.000 rúpias (14 dólares) levanta preocupações sobre o aumento das desigualdades.

"Haverá uma longa espera para os pobres como eu. Os ricos serão os primeiros a serem vacinados", desabafou Suresh Paswan, motorista de riquixá na província de Bihar.

A secretária estadual de Desenvolvimento Econômico de São Paulo, Patrícia Ellen, anunciou nesta sexta-feira (8) nova classificação do Plano São Paulo de quarentena heterogênea para conter a propagação do novo coronavírus no Estado. De acordo com classificação válida a partir deste sábado, a região de Presidente Prudente evoluiu da fase vermelha para a laranja e as regiões de Marília, Sorocaba e Registro retrocederam da fase amarela para a laranja. As demais permanecem na amarela. Encontram-se na fase laranja, a segunda mais restritiva, as regiões de Presidente Prudente, Marília e Sorocaba por causa da ocupação de leitos de UTI acima de 70% e Registro por conta do número de novos óbitos.

Já na fase amarela, permaneceram a Região Metropolitana de São Paulo e as regiões de Araçatuba, Araraquara, Baixada Santista, Barretos, Bauru, Campinas, Franca, Piracicaba, Ribeirão Preto, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, e Taubaté. Não há nenhuma região na fase vermelha, a mais rigorosa, ou na verde, a segunda menos restritiva.

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Critérios

De acordo com o coordenador do Centro de Contingência do Covid-19 no Estado, Paulo Menezes, as regras para mudança de fase - tanto da fase vermelha para a laranja e da amarela para a verde - passam a ser mais criteriosas, com o endurecimento dos critérios de óbitos e casos por 100 mil habitantes bem como da taxa de ocupação dos leitos de UTIs.

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