Tópicos | jornais

Diversos jornais dos Estados Unidos decidiram não publicar mais a famosa tirinha cômica "Dilbert", depois que seu criador, Scott Adams, publicou um vídeo referindo-se à população negra como "grupo de ódio".

Adams ganhou fama na década de 1990 com o quadrinho "Dilbert", uma crônica contundente do mundo do trabalho, e seus comentários sobre temas sociais têm sido cada vez mais polêmicos.

##RECOMENDA##

Em seu programa veiculado na última quarta-feira (22) no YouTube, o cartunista de 65 anos fez comentários sobre uma pesquisa recente da Rasmussen Reports que mostrava que apenas uma pequena maioria de pessoas negras entrevistadas afirmava estar de acordo com a afirmação "é ok ser branco".

"É um grupo de ódio e não quero ter nada a ver com eles", afirmou. "Tal como estão as coisas neste momento, o melhor conselho que eu poderia dar aos brancos é: afastem-se dos negros", acrescentou o cartunista.

A USA TODAY Network, responsável pela publicação de centenas de jornais nos Estados Unidos, anunciou, na noite de sexta-feira (24), que "já não vai mais publicar a tirinha" devido "aos últimos comentários discriminatórios de seu criador".

Chris Quinn, editor do Plain Dealer em Cleveland, Ohio, também disse na sexta que "não foi uma decisão difícil" para a sua publicação deixar de publicar a tirinha. "Não acolhemos quem defende o racismo", acrescentou.

No sábado (25), o Washington Post disse que o quadrinho não estaria mais presente em suas páginas a partir de agora, mas que já não havia tempo hábil para evitar sua publicação nas edições do fim de semana.

"Devido às últimas declarações de Scott Adams que promovem a segregação, o Washington Post não vai mais publicar a tira cômica Dilbert", disse um porta-voz do jornal.

Em anúncio de página inteira em grandes jornais, a Americanas publicou, neste sábado (11), uma carta aberta comentando a crise financeira na empresa iniciada em janeiro.

Depois de descoberto um rombo multibilionário, a empresa entrou com pedido de recuperação judicial (RJ) e, como diz a carta assinada por João Guerra, CEO interino, tem empreendido esforços em diferentes frentes. Como exemplo, a companhia diz que investiu em um projeto-piloto para pagamento semanal aos lojistas por vendas na plataforma. "Em outra frente, conseguimos a aprovação, pelo juiz da RJ, de um financiamento DIP de R$ 1 bilhão feito pelos acionistas de referência, que pode chegar a R$ 2 bilhões, e que ajudará a companhia a manter o curso normal dos negócios, seu fluxo de caixa e reforçar sua liquidez", diz o texto.

##RECOMENDA##

Ontem, o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, publicou que a Americanas começou a notificar os shopping centers onde tem lojas físicas de que os aluguéis devidos até a data do deferimento do pedido de recuperação judicial, em 19 de janeiro passado, não serão pagos por conta do efeito de suspensão de cobranças de dívidas autorizado pela Justiça do Rio de Janeiro.

Abaixo, está a íntegra do texto publicado na edição de jornais neste sábado:

"Ao longo dos últimos trinta dias, ainda que sob o impacto constante de notícias que nos deixam ansiosos, fizemos juntos aquilo que mais sabemos fazer: trabalhamos com dedicação para nossos clientes. Quero começar aqui, portanto, com um agradecimento. Todos sabemos da seriedade do momento. Nem por isso perdemos a garra. Nossa resposta foi mais esforço e mais foco. Muito obrigado.

Para nossos clientes, o resultado do que estamos fazendo juntos é que a experiência nas lojas, no site e no app continua sendo exatamente a mesma. As lojas seguem abertas e com prateleiras cheias. As entregas, garantidas. Protegemos nosso maior aliado e amigo de toda hora: o cliente.

A resposta que recebemos não poderia ser mais tocante. Nas nossas redes sociais ganhamos mais de 100 mil novos seguidores. Só no Instagram, já somos mais de 13 milhões. Nossa nota no site Reclame Aqui continuou sendo destaque em nosso setor, com a certificação RA 1000.

Em uma palavra, a resposta do nosso cliente foi carinho.

É essa força de mercado que nos dá a confiança em superar os obstáculos. Ao fim do caminho que iniciamos, provavelmente seremos uma empresa diferente. E chegaremos lá cuidando sempre de todas as nossas pessoas, que fizeram e farão a força da Americanas.

Quero reafirmar aqui um compromisso que já assumimos em outras oportunidades: salários, benefícios e direitos são a prioridade da administração. Tudo segue - e seguirá - exatamente como está contratado.

Os sindicatos que representam nossa gente estão sendo informados de cada passo à medida que decisões são tomadas. Manteremos esse diálogo franco.

Sabemos que muito do futuro da companhia depende de fatores que não controlamos inteiramente. Para cuidar dessas diversas frentes de trabalho, trouxemos de imediato equipes experientes e qualificadas. A consultoria global Rothschild & Co está cuidando do acordo com os bancos, essencial para nosso futuro; a consultoria Alvarez & Marsal, da condução do processo de Recuperação Judicial (RJ) e um comitê independente, da apuração dos fatos. Essas frentes de trabalho seguem seus cursos em paralelo, com cada uma delas respeitando sempre os limites que a Recuperação Judicial exige de nós e com foco na solução e no plano de recuperação.

Para reforçar tudo isso, recebemos a importante contribuição da Camille Loyo Faria, que chegou em fevereiro como Diretora Financeira e de Relações com Investidores e traz uma valiosa experiência em reorganização financeira de empresas.

Enquanto os esforços do plano de recuperação seguem o curso, posso prometer que nós, aqui, seguiremos mantendo a chama acesa no máximo, com parceiros e clientes a cada dia mais engajados. Como exemplo, além do cumprimento dos repasses quinzenais aos "sellers", anunciamos um projeto-piloto para pagamento semanal aos nossos lojistas por vendas que fazem em nossa plataforma. Em outra frente, conseguimos a aprovação, pelo juiz da RJ, de um financiamento DIP de R$ 1 bilhão feito pelos acionistas de referência, que pode chegar a R$ 2 bilhões, e que ajudará a companhia a manter o curso normal dos negócios, seu fluxo de caixa e reforçar sua liquidez.

Com isso, estamos confiantes em dizer que já aceleramos os preparativos para a nossa Páscoa, um evento que é tão simbólico para os brasileiros e tão significativo para nós, Americanas.

Seguiremos fazendo o que mais sabemos fazer.

Juntos somos Americanas.

João Guerra, CEO interino da Americanas S.A"

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a reclamar da restrição imposta pelo Facebook para que recebesse de apoiadores imagens sobre os impostos cobrados em combustíveis e disse que seria "certo" tirar de circulação jornais. Segundo o presidente, a Advocacia-Geral da União (AGU) foi acionada para que investigue o bloqueio imposto pela plataforma, que proibiu a publicação de imagens em páginas de conteúdo político.

"O certo é tirar de circulação Globo, Folha de S.Paulo, Estadão, Antagonista. São fábricas de fake news. Agora deixa o povo se libertar, ter liberdade. Logicamente, se alguém extrapolar alguma coisa, tem a Justiça para recorrer. Agora o Facebook vir bloquear a mim (sic) e a população. É inacreditável que isso impere no Brasil. E não há reação da própria mídia", afirmou Bolsonaro do litoral catarinense onde passa o período de Carnaval.

##RECOMENDA##

Apesar da declaração, Bolsonaro disse que não tomaria providências para a censura aos jornais por ser "um democrata".

Sob pressão de setores de transporte e caminhoneiros pelo preço dos combustíveis, no último dia 11, o presidente pediu a apoiadores para que abasteçam os veículos em postos de combustíveis e enviem foto de notas fiscais com os valores pagos. Segundo o presidente, o intuito é encontrar indícios de bitributação e esclarecer as alíquotas pagas em impostos federais e estaduais. O presidente afirma que sofreu bloqueio do Facebook para se comunicar, receber imagens e utilizar a rede social.

"Aos críticos: fiquem tranquilos, vocês estão sempre preocupados com alguma coisa. Os combustíveis continuam aí com uma nuvem muito carregada no horizonte mas vamos resolver esse problema", afirmou o presidente em transmissão feita nas redes do filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, suspendeu o envio de notícias da imprensa brasileira aos diplomatas no exterior. Apenas as informações de veículos internacionais, que trabalham no Brasil, serão fornecidas.

O trabalho feito pela assessoria do Itamaraty auxiliava os diplomatas brasileiros com informações sobre o cotidiano do país. Segundo a apuração da Reuters, a decisão foi tomada pela insatisfação de Araújo com a cobertura da política externa do país, que é liderada pelo próprio ministro.

##RECOMENDA##

A proibição veio após um artigo assinado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e os ex-chanceleres Aloysio Nunes Ferreira, Celso Amorim, Celso Lafer, Francisco Rezek e José Serra, o ex-ministro da Fazenda Rubens Ricupero e o ex-secretário especial de Assuntos Estratégicos da Presidência, Hussein Kalou.

O grupo se mostrou preocupação com o “desmoronamento da credibilidade externa, perdas de mercados e fuga de investimentos" e a “sistemática violação pela atual política externa dos princípios orientadores das relações internacionais do Brasil”. A aparente subserviência aos Estados Unidos também foi criticada.

No ano passado, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) suspendeu a assinatura da Folha de S. Paulo - jornal com maior circulação no país. Depois, o gabinete do ministro ordenou a assinatura de sites que apoiam o mandatário.

O vídeo de Roberto Alvim simulando o discurso de Joseph Goebbels - que era ministro de propaganda da Alemanha nazista - está repercutindo na imprensa do mundo todo. O The New York Times classificou a reação popular ao vídeo como o mais recente caso de "debate mais amplo sobre a liberdade de expressão e cultural na era Bolsonaro".

-> Artistas repudiam o secretário da cultura Roberto Alvim

##RECOMENDA##

Até na Alemanha, onde o Nazismo foi disseminado, o caso também foi noticiado. A revista Der Spiegel afirmou se opor a qualquer tentativa de "banalizar ou mesmo glorificar o tempo do nazismo. 

Já que Alvim, até ser demitido pelo presidente Jair Bolsonaro, era o secretário de cultura, o jornal britânico The Guardian o descreveu como um aliado do governo Bolsonaro na "guerra cultural". O jornal também mencionou o silêncio do presidente Bolsonaro nas redes sociais, meio que é muito ativo quando quer se posicionar sobre algo. 

A comissão mista que analisa a medida provisória que dispensa a publicação de balanços de grandes empresas nos jornais impressos (MP 892/2019) rejeitou nesta terça-feira (12) por 13 votos a 5 o relatório da senadora Soraya Thronicke (PSL-MS). A matéria altera a Lei das Sociedades por Ações (Lei 6.404, de 1976) para permitir que empresas de sociedades anônimas abertas ou fechadas divulguem seus balanços e demais documentos de publicação obrigatória apenas nos sites da Comissão de Valores Mobiliários (CMV), da própria empresa e da bolsa de valores onde suas ações são negociadas.

Na tentativa de flexibilizar a matéria, a relatora ainda acatou emenda apresentada pelo senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) para retomar a necessidade de publicação dos atos e demonstrações financeiras, na forma resumida, em jornal de grande circulação editado na localidade sede da companhia, com divulgação simultânea da íntegra dos documentos no site do mesmo jornal na internet. Parlamentares da base do governo apontaram a redução de custos como uma das justificativas para a medida provisória, que desobriga as empresas de pagar pela divulgação dos balanços e demais documentos.

##RECOMENDA##

“Só nos últimos cinco anos, dez empresas públicas gastaram R$ 50 milhões. Então a urgência está na economia”, ressaltou Soraya.

Ao desobrigar a publicação em veículos impressos, a mudança reduz custo para as empresas, mas causa perdas aos jornais, que deixam de vender o espaço em suas páginas.

“Hoje temos um grupo de empresários que estão "mordidos" com isso porque vão perder uma "boquinha"”, afirmou o deputado David Soares (DEM-SP).

O deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) observou que “nenhuma empresa está proibida de publicar balanço na internet”, ao considerar que a MP é "desnecessária e inconstitucional".

“Se o governo quer propor o fim da exigência para a publicação de balanços que o faça por meio de um projeto de lei e não através de medida provisória, que já entra com força de lei, atropelando esse Parlamento, retirando dele a possibilidade de legislar durante o prazo de vigência da MP”, disse.

Democracia

Rejeitado o relatório de Soraya Thronicke, a comissão mista aprovou o parecer da senadora Rose de Freitas (Podemos-ES), pela inconstitucionalidade e pela rejeição da medida provisória. Senadores e deputados contrários à MP atribuíram a medida à “briga” entre o presidente Jair Bolsonaro e alguns veículos de comunicação e classificaram a medida como um “ataque à democracia”.

“Quando o presidente se pronunciou dizendo que esse era um instrumento que poderia amanhã esvaziar a imprensa, isso é um demérito para essa matéria”, ressaltou Rose de Freitas, para quem o documento eletrônico pode também abrir espaço para fraudes.

“Não vou ser lenha dessa fogueira em que briga hoje o presidente com a imprensa”, declarou o senador Telmário Mota (Pros-RR).

“Essa matéria tem pouco a ver com tecnologia ou recursos, mas tem a ver com a democracia, a disputa de Jair Bolsonaro com os órgãos de imprensa. O que ele pretendeu fazer ali foi estrangular os jornais. É matéria que, de fundo, quer atacar a liberdade de imprensa”, avaliou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).

*Da Agência Senado

 

A medida provisória 896, que extingue a exigência legal da divulgação de editais públicos em jornais diários, publicada nesta segunda-feira, 9, é um retrocesso na transparência e uma tentativa de enfraquecer a atividade jornalística, de acordo com a Associação Nacional de Jornais (ANJ).

Após desobrigar empresas de publicarem seus balanços em jornais, o presidente Jair Bolsonaro agora altera quatro leis, incluindo a Lei de Licitações. Com a medida, os órgãos públicos poderão divulgar editais de concursos, licitações e leilões públicos apenas na internet e, em alguns casos, no diário de imprensa oficial dos governos.

##RECOMENDA##

Para a ANJ, Bolsonaro contraria o princípio da "ampla publicidade dos procedimentos licitatórios", expresso na legislação, e ainda "atropela" o Parlamento. "Ao editar desnecessária medida provisória sobre o tema, o presidente da República atropela o Parlamento, uma vez que a publicação de editais nos jornais impressos é objeto de debate no Congresso, onde tramita projeto de lei que promove ampla reforma na legislação sobre licitações", diz a ANJ, em nota.

A entidade vê uma tentativa de enfraquecer a atividade jornalística. "A MP 896 segue o espírito da MP 892, a qual pretende anular decisão do Congresso sobre a transição digital para a divulgação dos balanços empresariais sancionada pelo próprio presidente da República, que afirmou ser a medida provisória uma 'retribuição' à cobertura dos jornais. Na ocasião, ele disse que ação semelhante poderia vir a ser tomada em relação a editais de licitações."

Medidas jurídicas

Editada em agosto, a MP 892 foi recebida na época com "surpresa e estranhamento" pela ANJ, que agora diz estudar medidas jurídicas contra a nova medida. "A ANJ estuda medidas jurídicas contra esse novo retrocesso e confia que o Congresso não endossará mais esse ato que busca fragilizar a atividade jornalística, atingindo especialmente pequenos e médios jornais no interior do país, onde já começam a se formar os chamados desertos de notícias."

A Medida Provisória 896/2019, publicada nesta segunda-feira (9) no Diário Oficial da União, altera quatro leis para desobrigar órgãos públicos da União, estados, Distrito Federal e municípios de publicar documentos relativos a licitações em jornais de grande circulação. Com isso, a exigência legal de divulgação estará cumprida quando houver publicação em site oficial e no Diário Oficial da União.

Pelo texto da MP, poderão ser publicados somente em diário oficial ou na internet avisos de licitação (que contêm os resumos dos editais), chamamento público para a atualização de registro cadastral, convocação de interessados em pregões, minuta de edital e de contrato de parceria público-privada (PPP) e extrato de edital de concorrência sob o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC).

##RECOMENDA##

A medida provisória contém ainda um dispositivo que faculta aos estados, Distrito Federal e municípios publicar os documentos em site oficial da União, assunto que ainda será regulamentado pelo governo federal.

São alteradas as Leis de Licitação (Lei 8.666, de 1993), do pregão (Lei 10.520, de 2002), das PPPs (Lei 11.079, de 2004) e do RDC (Lei 12.462, de 2011).

Antes da medida provisória, que tem validade imediata, todos os documentos eram publicados em jornais de grande circulação do local da licitação e na imprensa oficial.

A MP é assinada pelo presidente Jair Bolsonaro. Em agosto, ele editou uma outra medida provisória (MP 892/2019) acabando com as publicações obrigatórias, em jornais de grande circulação, de atos de empresas de capital aberto (S/A), como convocação de assembleias e avisos aos acionistas. Na ocasião, o governo afirmou que a medida reduziria custos para as empresas.

Tramitação

A MP 896/2019 será analisada inicialmente em uma comissão mista de deputados e senadores. É nesta fase que são apresentadas as emendas e realizadas audiências públicas. A relatoria caberá a um senador, ainda a ser indicado.

O texto aprovado pela comissão será votado posteriormente nos Plenários da Câmara dos Deputados e do Senado.

* Da Agência Câmara Notícias

 

A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), entidade sem fins lucrativos composta por 1.300 publicações no mundo, criticou nesta quarta-feira, 7, a "aparente retaliação à imprensa brasileira" feita pelo presidente Jair Bolsonaro com a assinatura de uma Medida Provisória (MP) que desobriga as empresas a publicarem seus balanços financeiros em jornais.

Na terça-feira, 6, Bolsonaro afirmou durante um evento no interior de São Paulo que a decisão de permitir a publicação dos balancetes apenas em sites oficiais, como o da Bolsa de Valores do Brasil, e no Diário Oficial da União, sem custo, uma "retribuição" à forma como foi tratado pela imprensa durante a campanha eleitoral de 2018, quando foi eleito presidente.

##RECOMENDA##

"Lamentamos que os interesses políticos, partidários e pessoais prevaleçam sobre as críticas, as opiniões e as informações, direitos que a imprensa e os cidadãos possuem numa sociedade democrática", afirmou a presidente da SIP, María Elvira Domínguez, que é diretora do jornal El País, de Cali, na Colômbia.

Bolsonaro negou que a decisão seja uma retaliação à imprensa, mas justificou a medida dizendo foi eleito "com quase toda a mídia o tempo todo esculachando a gente" e que foi rotulado de racista e fascista por jornalistas. "No dia de ontem (5), eu retribuí parte daquilo que grande parte da mídia me atacou", disse o presidente.

Domínguez acrescentou que "é possível entender que, como parte da tensão natural entre a mídia e o poder político, presidentes e funcionários ameacem, desprestigiem ou estigmatizem jornalistas e a mídia, mas que se vinguem concretamente como o fez Bolsonaro é de suma gravidade para o ambiente da liberdade de imprensa que deve reinar num país democrático".

O presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP, Roberto Rock, criticou a supervalorização dos sites do governo sobre a mídia. "Os sites oficiais são consultados por especialistas e pessoas interessadas nas questões, mas não cumprem o papel de informar os cidadãos", afirmou o dirigente da SIP, que tem sede em Miami, nos Estados Unidos.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), criticou a MP, afirmando que ela pode "inviabilizar milhares de jornais da noite para o dia". Segundo Maia, os jornais impressos são instrumentos importantes de "divulgação de informação, da garantia da liberdade de imprensa, liberdade de expressão e da nossa democracia". Maia sinalizou que o Congresso deve modificar a medida.

O presidente Jair Bolsonaro destacou nesta terça-feira que a medida provisória que desobriga as empresas a publicar seus balanços em jornais terá um forte impacto negativo nas finanças da imprensa, o que será uma "retribuição" aos ataques que recebe de parte da mídia.

A medida, publicada no Diário Oficial da União, libera as empresas de capital aberto da obrigação de divulgar seus balanços em jornais impressos, o que constituía uma importante fonte de recursos para muitos jornais.

"Eu tenho certeza que a imprensa vai apoiar esta medida", ironizou Bolsonaro em um congresso na Fenabrave (Federação Nacional de Distribuição Veículos Automotores).

"No dia de ontem eu retribui parte daquilo que grande parte da mídia me atacou. Os empresários que gastavam milhões de reais para publicar seus balancetes em jornais agora podem fazê-lo no Diário Oficial da União a custo zero", disse o presidente na inauguração de uma fábrica de medicamentos no interior do estado de São Paulo.

Posteriormente, o presidente declarou que "não é uma retaliação contra a imprensa, é tirar o Estado de cima daquele que produz", recordando que "as grandes empresas gastavam com jornais, em média, 900 mil reais por ano" para publicar seus balanços.

Bolsonaro recordou que foi eleito "sem televisão, sem tempo de partido, sem recursos, com quase toda a mídia o tempo todo esculachando a gente", chamando de "racista, fascista e seja lá o que for".

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) avaliou que a medida é contrária à transparência das informações que a sociedade exige.

Jornais franceses criticaram o cancelamento da reunião do presidente Jair Bolsonaro com o chanceler do país, Jean-Yves Le Drian, anteontem. As publicações qualificaram como "humilhante" e "esnobe" o fato de o presidente ter cancelado por "questões de agenda" e ter aparecido na sequência em uma transmissão ao vivo pelas redes sociais, feita enquanto cortava cabelo.

Para o jornal Le Monde, o cancelamento do encontro com o ministro francês foi uma "humilhação". "Na diplomacia, Jair Bolsonaro prefere a provocação", diz o jornal. Segundo a reportagem, a transmissão pelo Facebook onde aparecia cortando o cabelo "mergulhou o Quai dOrsay (onde fica o Ministério das Relações Exteriores francês) em espanto". O jornal também cita os dados do Inpe sobre desmatamento e diz que Bolsonaro é "complacente com os autores de crimes ambientais". Para o jornal, "Bolsonaro se esqueceu da promessa, que havia feito para o presidente francês, Emmanuel Macron, durante as reuniões do G20 em Osaka no Japão, de respeitar o Acordo de Paris".

##RECOMENDA##

Para o Le Parisien, "decididamente, não falta topete ao presidente Jair Bolsonaro" e que "Bolsonaro olha mais amorosamente para Washington que para Paris, uma vez que este impôs ao Brasil condição de que haja avanços ambientais para o acordo entre a União Europeia e o Mercosul".

No Le Figaro, por meio de informações da Agence France Presse (AFP), o subtítulo trazia: "finalmente o presidente brasileiro optou por um encontro com o cabeleireiro". Já o jornal Libération, que usou informações da mesma rede, publicou que a gafe pode "parar a ratificação do acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul".

A Google anunciou na última quarta-feira (29) um projeto para ajudar veículos de imprensa a melhorarem suas assinaturas digitais. Chamado de GNI Subscription Laboratory (Laboratório GNI de Assinaturas), o projeto contempla oito jornais impressos da América Latina, quatro deles brasileiros.

Serão oito meses de trabalho em que todas as etapas relativas ao processo de assinaturas digitais dos participantes serão analisadas e aprimoradas. Os veículos selecionados são o Clarín e La Nación, da Argentina, o El Espectador, da Colômbia, Reforma, do México e os brasileiros Estado de Minas, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e Nexo.

##RECOMENDA##

O programa pretende disseminar os resultados desenvolvidos para outras publicações latino-americanas via relatórios e também em treinamentos. A apresentação dos resultados será feita durante a 7ª edição da conferência Digital Media LATAM da WAN-IFRA, realizada no Rio de Janeiro entre 11 e 13 de novembro de 2019.

LeiaJá também

--> Google anuncia pagamento no G Suite em reais

--> Página de resultados mobile do Google muda de visual

--> Internautas confundem Dorina Nowill com Reginaldo Rossi

[@#galeria#@]

Quantas pessoas você conhece que ainda usam discos de vinil para ouvir música? E quantas você conhece que ainda leem jornal impresso? Essas duas invenções passaram (ou passam) por intensas crises causadas por novas tecnologias. Os vinis não ocupam o mesmo espaço na sociedade que tinham na década de 1940, quando foram criados. Hoje, são uma moda que voltou à tona basicamente por ser um aparelho clássico no mundo da música e pelo carinho daqueles que viveram essa época. Mas qual é a real situação dos jornais impressos? 

##RECOMENDA##

Esse meio de comunicação tão antigo vem sofrendo muitas mudanças com as novas concorrências digitais. Existem inclusive rumores de seu fim, mas alguns profissionais da área não concordam com essa hipótese.

Orlando Carneiro trabalha com jornalismo desde os 16 anos, quando implorou à mãe para autorizar que atuasse como locutor na rádio Guajará. Hoje, com 75 anos, acredita ser uma grande testemunha das mudanças que esse ramo sofreu, sem se referir aos seus dois metros de altura, mas à intensa bagagem de histórias e aprendizados. Durante esse percurso, Orlando escreveu crônicas para jornais impressos, foi apresentador do telejornal Factoramana na TV Marajoara, publicou 10 livros e vivenciou outras aventuras, como ele mesmo denomina.

Para ele, o charme de trabalhar com comunicação é saber que os dias não se repetem, já que diariamente novos desafios terão que ser vencidos. Mas e se parte deste todo simplesmente sumir?  Decepcionado, Orlando admite que “o jornal impresso é muito interessante como analítico, mas como informativo inegavelmente está perdendo a razão de ser”. De acordo com ele, as notícias factuais que são publicadas nos jornais impressos, em sua maioria, já estão disponíveis nos jornais digitais desde o dia anterior. “Então para que o leitor vai comprar um material cheio de informações que ele já possui gratuitamente no próprio celular?”, Orlando se pergunta.

O debate que existe sobre a expectativa de vida desse tipo de produção é tão complexo que nem a ciência consegue chegar a uma conclusão. A professora doutora em comunicação Ana Prado assegura que não existe um consenso entre as pesquisas feitas sobre o tema, mas que é certo que cada vez que uma nova forma midiática surge, ela impacta nas formas anteriores. “É óbvio que o jornalismo digital impactou os jornais impressos”, acrescenta ela. Mas apesar das pessoas acharem que o surgimento de uma novidade sepulta a antiguidade, Ana Prado explica que essa tendência esquece que os rádios e cinemas superaram a ameaça televisiva e hoje continuam nos carros e shoppings, o que pode se repetir com os jornais impressos nas bancas de revista.

Apesar da queda de circulação, os jornais de papel ainda estão presentes da vida das pessoas. Talvez isso seja explicado pela crença de Valdo Ferreira, funcionário há 32 anos do jornal O Liberal, em Belém, e hoje diretor de contas da empresa. Para ele, os jornais impressos ainda oferecem muito mais credibilidade que as plataformas digitais, já que os leitores ficam sabendo das informações antecipadamente por elas, mas sempre buscam a confirmação nos tradicionais jornais de papel.

Valdo notou o crescimento das mídias informativas digitais quando a tiragem do jornal impresso começou a cair. De acordo com ele, na década de 2000, o jornal vendia cerca de 100 mil exemplares aos domingos e hoje esse número caiu aproximadamente 50%. Ele ainda diz o mesmo sobre as vendas semanais, que antes alcançavam um público médio de 60 mil leitores e hoje chegam a cerca de 25 mil pessoas diariamente.

Mas assim como os colecionadores de discos de vinil, os jornais impressos ainda cativam um público fiel. Valdo conta que quando, por algum imprevisto, um jornal não chega na casa de um assinante, o cliente imediatamente liga para o jornal para saber o que aconteceu. Ele ainda ressalta como é notório que a indagação não se deve ao valor financeiro, mas porque esse tipo de leitor não abre mão de poder folhear o jornal impresso todos os dias.

Lázaro Morais, editor chefe de O Liberal, diz que com a velocidade dos jornais digitais as notícias ficam ultrapassadas cada vez mais rápido, já que novas atualizações estão sempre disponíveis e que por isso as informações anteriores logo perdem a importância. Ele também acredita que muitos jornalistas ainda não estão preparados para acompanhar as mudanças tecnológicas que vêm ocorrendo no jornalismo. “É preciso entender que a notícia no jornal impresso não precisa ser extensa em termos de tamanho, mas precisa ser profunda em termos de alcance”, explica. 

Já para o editor executivo há seis anos do Diário do Pará, Adaucto Couto, os jornais impressos não mudaram a forma de produzir seus conteúdos com as influências digitais. Otimista, ele ainda se arrisca a dizer que essas novas plataformas não chegam a ser ameaças à sobrevivência dos jornais de papel. Adaucto as enxerga apenas como um tipo de evolução dos meios informativos.

Desencorajando a opinião de Adaucto, os dados do Índice Verificador de Comunicação (IVC), publicados no portal Poder 360, demonstram como os jornais digitais afetaram os impressos. De acordo com eles, de 2015 até 2017, os índices de tiragem dos jornais brasileiros apresentaram constantes e intensas quedas. Durante esse período, a circulação média diária de jornais caiu em 520 mil exemplares. Em dezembro de 2014, a tiragem impressa total dos 11 principais jornais do Brasil era de mais de um milhão de exemplares em média por dia. Já em dezembro de 2017, o número havia caído para aproximadamente 700 mil, ou seja, houve uma redução de 41,4%.

Por outro lado, enquanto o jornal impresso despencava, o número de assinantes digitais aumentava. De acordo com os dados do IVC, o crescimento do público de jornais digitais cresceu em mais de 31 mil assinantes de 2015 a 2017.

Por Yasmim Bitar.

LeiaJá Também:

 

O futuro do jornal impresso: impactos do fator econômico

O futuro do jornal impresso: saída está em nova abordagem

 

Os jornais impressos foram barrados da primeira coletiva do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), na tarde desta quinta-feira, 1º, em sua casa na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Em uma lista regulada por uma policial federal na porta do condomínio, Bolsonaro só permitiu que emissoras de TV (menos a TV Brasil), algumas rádios e dois sites entrassem. O Estado, a Folha de S. Paulo, O Globo e as agências internacionais não puderam passar da guarita do condomínio.

O credenciamento foi feito pelo assessor Tercio Arnaud Tomaz, funcionário da campanha de Bolsonaro, mas lotado no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (PSC), na Câmara do Rio, com o salário de R$ 3.641. Carlos está licenciado do parlamento desde agosto deste ano. Por mensagens pelo Whatsapp, Tercio respondeu aos jornalistas dos veículos barrados que eles não poderiam entrar "por questões de espaço". Pelo menos 20 repórteres e suas equipes entraram no local. Bolsonaro tem usado sua casa para receber grupos de parlamentares e apoiadores.

##RECOMENDA##

Quando jornalistas que participaram da coletiva lhe perguntaram por que alguns veículos tinham sido barrados, Bolsonaro respondeu que "não sei quem marcou isso (coletiva)" e que não mandou restringir ninguém. Desde o episódio da facada, Bolsonaro não tem concedido entrevistas a jornais impressos e privilegiado meios eletrônicos, como emissoras de televisão e rádio.

"Os jornalistas não são o inimigo": revoltados com Donald Trump, muitos jornais americanos responderam nesta quinta-feira (16) publicando coordenadamente editoriais para insistir na importância da liberdade de imprensa.

Liderados pelo Boston Globe, que lançou um chamado acompanhado pela hashtag #EnemyofNone (Inimigo de ninguém), mais de 200 jornais em todo o país se juntaram à campanha.

##RECOMENDA##

"Hoje nos Estados Unidos temos um presidente que criou um mantra de que os membros dos meios de comunicação que não apoiam flagrantemente as políticas da atual administração americana são o 'inimigo do povo'", assinalou o editorial do Globe.

"Esta é uma das muitas mentiras que este presidente lançou, assim como um charlatão de outrora que jogou um pó 'mágico na água' sobre uma multidão esperançosa", acrescentou em um artigo intitulado "Os jornalistas não são o inimigo".

As ações de Trump também estão estimulando fortes líderes como Vladimir Putin, na Rússia, e Recep Tayyip Erdogan, na Turquia, a tratar os jornalistas como inimigos, argumentou o Globe.

O New York Times, um dos alvos mais frequentes da crítica de Trump, publicou um editorial de sete parágrafos sob um título enorme, com todas as letras maiúsculas, que diz "UMA IMPRENSA LIVRE PRECISA DE VOCÊ" e com a declaração de que só é justo que as pessoas critiquem a imprensa quando esta fizer algo ruim.

"Mas insistir que as verdades que não te agradam são 'notícias falsas' é perigoso para o sangue da democracia. E chamar os jornalistas de 'inimigos do povo' é perigoso e ponto", escreveu o Times.

A iniciativa é tomada em um momento particular: Trump multiplica os ataques contra os meios de comunicação, qualificando-os regularmente de "Fake News" ante qualquer informação que possa desagradá-lo.

Para os defensores da liberdade de imprensa, essa retórica ameaça a Primeira Emenda à Constituição americana, que protege a sacrossanta liberdade de expressão e imprensa.

Alguns acreditam que os comentários de Trump desencadearam ameaças contra jornalistas que cobriam seus eventos e também poderiam criar um clima de hostilidade que abriu as portas a ataques violentos, como o ocorrido no Capital Gazette de Annapolis, em Maryland, no fim de junho, quando cinco pessoas foram assassinadas por um pistoleiro que tinha uma relação conflituosa com o veículo.

Outros meios de comunicação defenderam seu papel ressaltando que é um trabalho que economiza tempo ao contribuinte americano.

"Os jornalistas cobrem tediosas reuniões do governo e decifram fórmulas de financiamento de escolas públicas para que isso não tenha que ser feito" pelo leitor, diz o Arizona Daily Star. "Não é tão básico como a Primeira Emenda, mas pode ser útil".

Iniciativa limitada

Nesta quinta-feira, Trump fez um novo ataque por meio de sua rede favorita, o Twitter: "A IMPRENSA FAKE NEWS É O PARTIDO DE OPOSIÇÃO. Isto é muito ruim para o nosso Grande País... MAS ESTAMOS GANHANDO!" escreveu em sua conta.

Os partidários do presidente viram na iniciativa outra razão para fazer críticas.

"Os meios de comunicação sustentam um ataque deliberado, público e principalmente contra @realDonaldTrump" e contra a "metade do país que o apoia. E os meios se perguntam o motivo pelo qual achamos que são notícias falsas", havia escrito Mike Huckabee, ex-governador republicano e colunista do canal conservador Fox News.

"Não acho que a imprensa deva ficar de braços cruzados e sofrer, tem que se defender quando o homem mais poderoso do mundo tenta socavar a Primeira Emenda", afirmou, por sua vez, Ken Paulson, ex-editor do USA Today e líder do "First Amendment Center", no Newseum, o museu do Jornalismo em Washington.

Contudo, atenua o alcance da iniciativa: "As pessoas que leem editoriais não precisam ser convencidas".

Paulson opinou que, no atual contexto conflituoso, o mais adequado para os meios de comunicação é desenvolver uma campanha de mercado mais ampla na qual enfatizem a importância da liberdade de imprensa como valor central.

Para James Freeman, colunista do Wall Street Journal - jornal econômico propriedade do magnata Rupert Murdoch, aliado do presidente -, esta iniciativa "provavelmente não é a melhor maneira de ampliar o número de leitores entre os votantes de direita".

Dan Kennedy, professor de Jornalismo na Northeastern University, não tem dúvidas de que os partidários de Trump verão nesta "mais uma prova de que a imprensa age como um membro da Resistência".

Inclusive críticos de Trump têm dúvidas dos benefícios da campanha. Como Jack Shafer, da especializada Politico, que acredita que o esforço coordenado "com certeza terá um efeito contraproducente".

Segundo uma pesquisa recente da consultora Ipsos, 43% dos cidadãos republicanos acham que o presidente deveria ter a autoridade de fechar meios de comunicação que apresentarem uma "má conduta".

Mais de 300 jornais dos Estados Unidos, entre eles o The New York Times, Dallas Morning News, o The Denver Post, o The Philadelphia Inquirer e o Chicago Sun-Times, publicaram hoje (15) editoriais em defesa da liberdade de expressão e de imprensa. É uma reação às afirmações do presidente norte-americano, Donald Trump, sobre fake news e de que a imprensa é “inimiga do povo”.  

As tensões se agravaram quando o repórter Jim Acosta, da CNN, abandonou a entrevista coletiva após Sarah Sanders, porta-voz da Casa Branca, não responder sobre questões relacionadas à afirmação de Trump de que a imprensa é "inimiga do povo".

##RECOMENDA##

Com a hashtag #EnemyOfNone (Inimigos de ninguém, em tradução livre), a campanha foi organizada pelo jornal The Boston Globe e ganhou a adesão tanto de publicações de peso, como o The New York Times, quanto de jornais menores.

Porém, veículos da imprensa favoráveis ao governo Trump, como o site conservador Townhall.com, criticaram a reação coletiva. Marjorie Pritchard, do The Boston Globe, disse que a resposta dos 300 veículos foi "esmagadora".

 "Temos alguns jornais grandes, mas a maioria é de mercados menores, todos entusiasmados em enfrentar o ataque de Trump ao jornalismo".

*Com informações da PressTV, emissora estatal de televisão do Irã

Com as eliminações de Brasil e Uruguai da Copa do Mundo, nesta sexta (6), apenas seleções europeias poderão disputar o título: Bélgica, França, Rússia, Croácia, Suécia e Inglaterra. “Parece a Euro [...] Haverá também um novo monarca?”, ironizou o jornal argentino Olé. O comentário dá a tônica da reação de jornais de todo o continente sulamericano, perplexos com a onipresença europeia no torneio, ainda que as rodadas quartas de final nem tenham acabado. 

O chileno La Nación publicou: “Neymar e companhia se despediram do torneio, deixando uma imagem ruim e sendo os favoritos em relação aos belgas. Com isso, ‘Les Diables Rouges’ vão estrelar a primeira semifinal da competição contra a França”. 

##RECOMENDA##

O Uruguaio El País lamentou a derrota da seleção local e ressaltou a final entre seleções do Velho Continente. “Para o Brasil, a eliminação nas quartas de final é um duro golpe em seu desejo de se tornar campeão mundial, que desperta o fracasso de quatro anos atrás nas semifinais, quando ele caiu por 7 a 1 contra a Alemanha em sua Copa do Mundo”, lembrou.

A impressionante derrota da Alemanha para a seleção sul-coreana, pelo placar de 2x0, sentenciou a saída da tetracampeã da Copa do Mundo de 2018 e as classificações da Suécia e do México. “É uma desgraça histórica: pela primeira vez na história da Copa do Mundo, a seleção alemã falhou na fase preliminar”, comentou o Der Spiegel, um dos principais veículos de comunicação do país. Outro jornal alemão, o Bild questionou a permanência do técnico à frente da seleção: “Joachim Loew (58 anos) ainda treinador após a embaraçosa Copa do Mundo?”. 

Entre a imprensa especializada, o Sport classificou a atuação alemã como “lenta” e “vergonhosa. O argentino Olé chamou a eliminação de “terremoto mundial” e completou “terminou-se uma era que havia começado com Klinsmann em 2006 [..] A Alemanha deixou de ser a maquinaria perfeita”. 

##RECOMENDA##

"Terremoto mundial", enfatizou argentino Olé. (Reprodução da Internet)

Uma das curiosidades do resultado é o fato de que, desde a Copa de 2010, os campeões são eliminados na primeira fase do campeonato seguinte. Em 2010, a Itália foi eliminada, enquanto em 2014, a Espanha não passou para as oitavas. 

Mark Zuckerberg, dono do Facebook, rede social que se encontra em meio a um escândalo pelos dados pessoais de seus usuários, voltou a se desculpar neste domingo (25) em um anúncio de página inteira na imprensa britânica.

"Temos uma responsabilidade: proteger os dados de vocês. Se não conseguimos, não merecemos vocês", escreveu Mark Zuckerberg nesta mensagem publicada na última página dos jornais deste domingo.

##RECOMENDA##

O grupo está no centro de uma polêmica desde que foram reveladas práticas da empresa Cambridge Analytica, acusada de recuperar - sem autorização - os dados de 50 milhões de usuários do Facebook e de tê-los usado com fins eleitorais na campanha presidencial de Donald Trump em 2016.

Mark Zuckerberg não menciona a empresa, cuja sede em Londres foi inspecionada na noite de sexta-feira, mas evoca o pesquisador russo Alexander Kogan, autor de um aplicativo que teria sido usado pela Cambridge Analytica para obter os dados.

"Talvez tenham ouvido falar de um aplicativo criado por um pesquisador universitário que permitiu vazar os dados de milhões de usuários do Facebook em 2014. Foi um abuso de confiança e lamento que não tenhamos feito mais no momento", declarou Zuckerberg com um estilo que recorda sua primeira mensagem de desculpas, publicada na quarta-feira.

"Agora tomamos medidas para que isso não volte a se repetir", assegurou.

"Já impedimos que aplicativos desse tipo tenham acesso a tantos dados. Também limitamos a quantidade de dados, aos quais os aplicativos podem acessar quando alguém se identifica utilizando o Facebook".

"Investigamos igualmente cada aplicativo que tenha tido acesso a uma grande quantidade de dados antes que solucionemos o problema. Acreditamos que existem outros. E quando encontrarmos, proibiremos e informaremos as pessoas afetadas", continuou Zuckerberg.

Este escândalo, desastroso em termos de imagem para o Facebook, fez sua ação despencar 14% na Bolsa esta semana, o que representa mais de 50 bilhões de dólares em capitalização de mercado.

O presidente Michel Temer (PMDB) criticou o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), em entrevista à RedeTV! concedida na terça-feira (2) e levada ao ar na noite desta quinta-feira (4). Temer afirmou que não há como uma pessoa que assumiu um mandato público afirmar que não é político, como faz o tucano.

"Não tem essa história de você dizer: ah, eu não sou político. Não adianta querer dizer que não é político porque do instante em que ele entra para a administrar a polis, político será", disse o presidente. Segundo ele, há um movimento "anti establishment" no Brasil. "O que existe é uma rebelião contra o político que está no poder."

##RECOMENDA##

Sobre uma eventual candidatura de Doria à Presidência em 2018, Temer afirmou ser difícil avaliar o que vai acontecer no PSDB, mas elogiou a capacidade administrativa de Doria e citou a lealdade que ele tem ao padrinho político, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). "Eu não sei que outros nomes podem aparecer, há nomes com a menor suposição no PSDB, como existem em outros partidos."

O presidente disse ainda que haverá uma redução do desemprego no último trimestre deste ano. Segundo ele, a taxa de desemprego anda não caiu por causa da capacidade ociosa das empresas diante da crise econômica. "Mas, sequencialmente, lá pelo último trimestre do ano, certa e seguramente teremos um combate efetivo do desemprego, com o desemprego caindo."

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando