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A notícia de que o desembargador Rogério Fraveto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), concedeu o habeas corpus ao ex-presidente Lula, já está gerando muitas polêmicas. Segundo a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, o juiz Sérgio Moro, responsável pela operação Lava Jato na primeira instância, teria afirmado que não "obedecerá" a decisão de soltar o petista. 

Moro teria ido além. Segundo a colunista, o juiz chamou o desembargador de autoridade "absolutamente incompetentemente". Moro condenou Lula a cumprir nove anos e seis meses de prisão no caso do triplex do Guaruja, em julho de 2017. A pena, posteriormente, foi aumentada para 12 anos e um mês de prisão. 

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Na sentença, Moro chegou a lamentar "que um ex-presidente da República seja condenado criminalmente, mas a causa disso são os crimes por ele praticados e a culpa não é da regular aplicação da lei".

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O ex-presidente Lula pode ser solto ainda neste domingo (8). O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) deferiu liminar para que o petista saia da prisão da Polícia Federal em Curitiba ainda hoje; Lula foi condenado há mais de 12 de prisão por corrupção, entre outros crimes, mas alega inocência e briga para disputar as eleições presidenciais deste ano.

A informação foi confirmada ao LeiaJa.com pela assessoria de imprensa do TRF-4 e está disponível para consulta no site do Tribunal. Segundo a jornalista Mônica Bérgamo, da Folha de São Paulo, o desembargador Rogério Favreto aceitou o habeas corpus apresentado na última sexta-feira (6) pelos deputados Wadih Damous, Paulo Pimenta e Paulo Teixeira, do Partido dos Trabalhadores. No argumento deles, Lula deve ser solto de imediato porque não existem provas jurídicas para a realização da prisão.

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Os deputados devem se dirigir para a sede da Polícia Federal em Curitiba. Lá, tentarão a liberação do ex-presidente. A assessoria de imprensa do TRF-4 enviou ao LeiaJa.com o texto da decisão do poder judiciário. Confira, a seguir, um trecho do conteúdo:

Ante o exposto, defiro o pedido liminar para suspender a execução provisória da pena para conceder a liberdade ao paciente LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, se por outro motivo não estiver preso.

Cumpra-se em regime de URGÊNCIA nesta data mediante apresentação do Alvará de Soltura ou desta ordem a qualquer autoridade policial presente na sede da carceragem da Superintendência da Policia Federal em Curitiba, onde se encontra recluso o paciente.

Emita-se, desde logo, o Alvará de Soltura diretamente por esse Tribunal, a fim de garantir a melhor eficácia na execução da presente ordem, evitando demasiada circulação interna pelos órgãos judiciais e risco de conhecimento externo antes do seu cumprimento, o que pode ensejar agitação e clamor público pela representatividade do paciente como Ex-Presidente da República e pessoa pública de elevada notoriedade social.

Fumar faz mal à saúde? Só os homens podem usar o torso nu? O estilista veterano Jean Paul Gaultier demostrou que seu inconformismo continua intacto em seu desfile de alta-costura, nesta quarta-feira (4), em Paris.

Enquanto as autoridades sanitárias de todo o mundo lutam com todas as armas contra o cigarro e seus efeitos nocivos, é exatamente ele que serviu de inspiração em um pendente, uma pulseira e um colar no desfile do estilista, adepto da transgressão.

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Na cortina branca de onde saíam os modelos, foram projetadas imagens de espirais de fumaça em uma passarela mista aberta com a canção "Cigarette", de Jacques Higelin.

Os modelos desfilaram com cachimbos e cigarros eletrônicos, mas também foram representados os que lutam contra o fumo, como a frase "No smoking" (não fumar) em um suéter de pele e em uma máscara.

O jogo de palavras é evidente, já que o elemento central dessa coleção em preto e brando é o smoking.

A mensagem também parece clara, "a liberdade que deveríamos poder ter de fumar ou não", disse o estilista em entrevista à AFP. "Vivemos em um mundo muito politicamente correto", acrescentou.

- 'Mamilos livres' -

A liberdade é expressa também na mensagem "mamilos livres", inscrita em corpetes de plástico transparente, usados por modelos homens e mulheres.

"Os homens têm direito a mostrar seu tórax nu, por que não as mulheres?", disse o estilista francês.

Gaultier fez alusão ao "escandaloso" incidente em que uma jovem foi obrigada, em abril, pela direção de seu colégio na Flórida, a colocar adesivos em seus mamilos, já que não usava sutiã.

- Viktor & Rolf: a cama móvel -

A dupla holandesa Viktor & Rolf apresentou no último dia de desfiles da Semana de Alta-Costura uma coleção exclusivamente em branco, concentrada na modelagem, de imaginação transbordante.

Uma das modelos lembrava uma cama móvel usando um casaco acolchoado extragrande que se parece com um edredon, com duas almofadas atrás da cabeça.

Outra usava uma jaqueta branca decorada com dezenas de laços brilhantes em tom de cinza.

O plissado na lapela de uma jaqueta é rígido, formando uma espécie de leque. Um vestido de noite branco tem três grandes buracos, como se fosse mordido por uma boca gigante.

- Franck Sorbier: século XIX -

"Ajuda!", batizou o francês Franck Sorbier sua nova coleção, aberta com duas crianças que agitavam duas placas em que se lia "Chega de prejudicar meu planeta" e "Chega de prejudicar os animais".

Inspirado em animais como a zebra, o orangotango e o rinoceronte branco, o estilista apresentou uma série de vestidos com influência do século XIX, desfilados por bailarinas no ritmo de uma música oriental apresentada ao vivo.

O ex-ministro do governo Lula José Dirceu [Casa Civil], que foi condenado a 30 anos e 9 meses de prisão em processo da Operação Lava Jato, foi solto após a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidir conceder uma liminar em um habeas corpus protocolado pela sua defesa. Dirceu, que também não vai precisar usar tornozeleira eletrônica, parece estar empolgado com a decisão e decidiu lançar o primeiro volume de um livro de memórias. 

Segundo o colunista Ancelmo Gois, Dirceu pretende lançar o livro em uma caravana onde deve visitar 24 cidades brasileiras. Ainda de acordo com o jornalista, a editora Geração Editorial pensa em até alugar um trailer para as viagens. 

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Além da Segunda Turma do STF decidir libertar Dirceu provisoriamente, nessa segunda-feira (2), o ministro Dias Toffoli cassou a decisão do juiz Sérgio Moro, que impôs uso de tornozeleira eletrônica para o ex-ministro. Toffoli também derrubou outras restrições a Dirceu como, por exemplo, deixar a cidade de domicílio [Brasília] e deixar o país. 

Toffoli, em uma decisão de sete páginas, explicou que a Segunda Turma liberou José Dirceu "por reconhecer a existência de plausibilidade jurídica" no recurso da defesa apresentado aos tribunais superiores, ou seja, por considerar que as justificativas no recurso eram convincentes.

O criminalista José Roberto Batochio, um dos advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se disse surpreso com a decisão do ministros Edson Fachin de retirar da pauta do Supremo Tribunal Federal (STF) o pedido de liberdade do petista, que seria avaliado na próxima terça-feira, 26.

"É absolutamente surpreendente", disse Batochio à reportagem no início da noite desta sexta-feira. O advogado comentou também que ainda não teve acesso à decisão, mas que "dizer que o fato de ter sido negado o trânsito prejudica o pedido não tem cabimento".

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Em sua decisão, assinada nesta sexta-feira, Fachin apontou a "alteração do quadro processual" após a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). "Com efeito, a modificação do panorama processual interfere no espectro processual objeto de exame deste Supremo Tribunal Federal, revelando, por consequência, a prejudicialidade do pedido defensivo", escreveu o ministro.

A decisão de Fachin veio após a vice-presidente do TRF-4, Maria de Fátima Freitas Labarrère, rejeitar à defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a possibilidade de recorrer ao STF contra a condenação na Operação Lava Jato. A desembargadora, no entanto, admitiu que o petista impetre recurso especial junto ao Superior Tribunal de Justiça contra a sentença de 12 anos e um mês no caso triplex.

Batochio notou que a rejeição do prosseguimento dos recursos já era algo esperado pela defesa do ex-presidente, que pretendia entrar com um agravo já na segunda-feira. Já a decisão deixa os advogados de Lula, pelo menos por enquanto, sem estratégia sobre os próximos passos. "Esse é um fato absolutamente novo, precisamos saber qual o teor do despacho dele, como isso chegou ao Supremo. A velocidade (da decisão de Fachin) é espantosa, é uma coisa inédita", disse.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), jugou prejudicado e retirou da pauta da próxima terça-feira, 26, o pedido de liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O motivo é a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) de negar, nesta sexta-feira, 22, a admissão do recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal.

A suspensão dos efeitos da condenação imposta pelo TRF-4, que poderiam liberar o petista da cadeia e sua inelegibilidade, era um pedido feito ao STF através do recurso extraordinário, que foi rejeitado nesta sexta pelo tribunal de segunda instância. No jargão jurídico, a defesa de Lula pedia o "efeito suspensivo"ao recurso.

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Em sua decisão, assinada nesta sexta, Fachin apontou a "alteração do quadro processual"após a decisão do TRF-4.

"Com efeito, a modificação do panorama processual interfere no espectro processual objeto de exame deste Supremo Tribunal Federal, revelando, por consequência, a prejudicialidade do pedido defensivo. Diante do exposto, nos termos do art. 21, §1°, RISTF, julgo prejudicada esta petição. Retire-se de pauta. Diligências necessárias. Publique-se. Intime-se. Brasília, 22 de junho de 2018", determinou o ministro.

Em uma carta enviada ao cantor pernambucano Maciel Melo, o ex-presidente Lula se mostrou esperançoso sobre a sua situação. No texto, Lula contou que já ganhou um disco do artista e que espera ganhar outro pessoalmente assim que sair da prisão. “Espero ganhar das suas mãos depois quando sair da Polícia Federal e tiver em liberdade. Te pagarei”. O Jornal do Commercio teve acesso completo ao conteúdo da correspondência datada do dia 6 de junho.

Chamando Maciel Melo carinhosamente de “neguinho”, Lula expôs que tinha acabado de ler o livro do cantor intitulado “A Poeira e a Estrada”. “Fiquei orgulhoso de ver mais um nordestino fazendo sucesso como escritor, poeta e sobretudo como músico”. O líder petista chegou a ressaltar que “jamais” imaginava que dentro de uma solitária na PF poderia ganhar a obra. 

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Lula ainda contou que recebeu de uma amiga um pendrive com as músicas de Maciel e que escutou até meia-noite. No final da carta, o ex-presidente encoraja o músico: “Continue porque nordestino não pode parar”, salientou.

Em nota ao Jornal do Commercio, Maciel disse que guardava dele muitos momentos bons na vida dos brasileiros. “Principalmente na vida dos menos favorecidos e, sinceramente amigo, hoje, na realidade em que vivemos me sinto completamente desnorteado e creio que não só eu, todo o povo brasileiro está sem rumo”, opinou.


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou com novo pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que possa recorrer em liberdade contra sua condenação na segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex no Guarujá.  

O mesmo pedido foi também protocolado no Superior Tribunal de Justiça (STJ), de acordo com a defesa de Lula.

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As peças são assinadas pela equipe de oito advogados do ex-presidente, entre eles o ex-ministro do STF Sepúlveda Pertence e Cristiano Zanin Martins, responsável pelas sustentações orais em julgamentos. A defesa quer que as apelações contra a condenação, destinadas ao Supremo e ao STJ, tenham efeito suspensivo sobre a execução de pena, o que resultaria na libertação de Lula.

Lula está preso desde 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde cumpre sua pena de 12 anos e um mês imposta pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal da capital paranaense.

O ex-presidente foi preso após ter sua condenação confirmada pela segunda instância, de acordo com entendimento atual do Supremo Tribunal Federal (STF), que permite o cumprimento de pena mesmo que ainda reste a possibilidade de recurso a instâncias superiores.

O juiz Sérgio Moro mandou expedir alvará de soltura de Mário Miranda, apontado como operador de propinas do MDB, nesta sexta-feira, 1. Alvo principal da Operação Dejà Vu, fase 51 da Lava Jato, Miranda confessou crimes e colocou à disposição da Justiça US$ 7,2 milhões em valores repatriados da Suíça.

O dinheiro, segundo ele próprio, teve origem em "práticas ilícitas em contratos da Petrobras".

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A investigação Dejà Vu mira contrato da área Internacional da Petrobras no valor de US$ 825 milhões que teria rendido propinas de US$ 40 milhões ao MDB, em suposto encontro entre delatores da Odebrecht, os ex-presidentes da Câmara Henrique Eduardo Alves e Eduardo Cunha e Temer, então candidato a vice-presidente, em 2010.

Miranda e outro operador, Sérgio Bocaletti, são suspeitos de receber US$ 31 milhões por meio de contas mantidas por operadores financeiros no exterior e supostamente representavam políticos do MDB. Os operadores são investigados por entregas de valor equivalente em moeda nacional, em espécie e no Brasil, ao encarregado pelo recebimento e distribuição do dinheiro aos agentes políticos.

Sob sigilo, as declarações de Miranda foram registradas pela força-tarefa da Operação Lava Jato no dia 16.

O depoimento envolve contrato que, segundo a Odebrecht e os investigadores, beneficiou o MDB em 2010, em suposto acerto com políticos da cúpula do partido, dentro do escritório de Michel Temer em São Paulo.

O termo foi assinado após a prisão de Miranda na 51ª fase da Operação Lava Jato, que mira suspeita de propinas em benefício do partido.

Nesta sexta-feira, o juiz Sérgio Moro despachou. "Considerando que R$ 6.129.355,34 já foram depositados na conta judicial, expeça-se o alvará de soltura em relação a Mario Ildeu de Miranda, bem como o termo de compromisso com as cautelares. Deverá subscrever no prazo de cinco dias os formulários necessários para a renúncia dos valores bloqueados no exterior e repatriação dos mesmos junto ao Ministério Público Federal."

Miranda está livre, mas não pode sair do País, por imposição de Moro. "Oficie-se ainda à Delegacia da Polícia Federal de Fronteira para registrar a proibição de que deixe o país."

Para os procuradores da força-tarefa da Lava Jato, há "contas secretas ainda mantidas no exterior e que não tiveram saldos sequestrados", como a offshore Fairfamily Foundation, mantida pelo operador nas Bahamas.

De acordo com o advogado Antonio Figueiredo Basto, que defende o operador, no depoimento do dia 16 Mário Miranda "respondeu a todas as perguntas e enfrentou as apontadas omissões que, segundo o MPF, justificaram a prisão preventiva".

Basto disse que o operador "manifestou em seu depoimento que abre mão de eventuais valores depositados no exterior e concorda com a repatriação, comprometendo-se ainda a apresentar, quando os bancos enviarem, os documentos da conta da fundação no Banco Heritage que deram origem à movimentação para a instituição nas Bahamas".

Entre as contas de valores ilícitos repatriados e já postos à disposição das autoridades pelo operador estão uma mantida no banco suíço Julius Bar, com saldo atualizado em 2 de abril de 2017 no valor de US$ 1.834.682, e outra no Credit Suisse, com saldo atualizado em 17 de março de 2017 no valor de US$ 5.449.540.

De acordo com Miranda, o valor totaliza US$ 7.284.222, a ser atualizado. Ainda restaria conferir o "saldo na conta mantida nas Bahamas cujos demais dados desconhece".

Defesas

No dia 20 de maio, quando o depoimento de Miranda foi divulgado, a reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, mas não obteve resposta.

Foram procuradas as defesas dos ex-deputados e ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha e Henrique Alves, mas elas também não se manifestaram

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar, nesta sexta-feira 1º, o ex-presidente da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), Orlando Diniz, preso desde fevereiro pela Operação Jabuti, desdobramento da Lava Jato.

"Ante o exposto, identificando adequação fática e jurídica com os argumentos e razões (…) defiro o pedido de liminar para suspender a ordem de prisão preventiva", afirma Gilmar sobre a prisão do ex-presidente, que foi para cadeia por ordem do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio.

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O pedido de liberdade chegou ao STF na quarta-feira, 30. Diniz foi preso durante investigações de desvio de recursos da Fecomércio, lavagem de dinheiro e pagamento em honorários advocatícios com recursos da entidade.

O nome da operação faz alusão a funcionários fantasmas, que, entre os empregados da Fecomércio-RJ, eram conhecidos como "jabutis". Em dezembro do ano passado, Diniz foi afastado do Sesc-Rio, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Na época de sua prisão, em nota, a Polícia Federal informou que as investigações apontaram que gestores da Fecomércio do Rio "estariam envolvidos em operações irregulares incluindo o desvio de recursos, lavagem de dinheiro e pagamento, com recursos da entidade, de vultosos honorários a escritórios de advocacia, somando mais de R$ 180 milhões".

"Nesse valor estão incluídos cerca de R$20 milhões que teriam sido pagos ao escritório pertencente à esposa de um ex-governador do Rio que se encontra recolhido ao sistema prisional à disposição da Justiça", dizia a nota da PF.

Durante o governo de Sérgio Cabral (MDB) no Rio, o escritório da ex-primeira dama do Estado, Adriana Ancelmo, teria recebido R$ 35,8 milhões de 10 empresas. Uma delas, a Fecomércio do Rio.

O programa Globalizando desta semana fala sobre Tratados internacionais e a liberdade de imprensa. E tem como convidado o professor Leandro Lage, mestre e doutor em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Atualmente, realiza pós-doutorado em Ccomunicação na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É professor dos cursos de Jornalismo e Publicidade da Universidade da Amazônia (Unama) e coordena o Programa de Pós-graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura da Unama.

Acompanhe esse e outros temas no programa Globalizando, na Rádio Unama FM 105.5, produzido pelos alunos do curso de Relações Internacionais da Universidade da Amazônia (Unama). Clique no ícone abaixo para ouvir o Globalizando.

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O Comitê de Direitos Humanos da ONU rejeitou o pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que seja solto no Brasil, como parte de medidas cautelares solicitadas por seus advogados. O caso nas Nações Unidas, porém, não está encerrado e uma avaliação completa de sua situação continua sendo realizada, em análise que começou em meados de 2016.

O governo brasileiro terá mais seis meses para responder a uma série de perguntas formuladas pela ONU. Mas uma decisão, segundo a entidade, ficará apenas para 2019.

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"O Comitê de Direitos Humanos não concederá medidas cautelas no caso de Lula da Silva", declarou a porta-voz de Direitos Humanos da ONU, Julia Gronnevet.

O jornal O Estado de S. Paulo revelou com exclusividade no mês passado que um recurso ao Comitê de Direitos Humanos da ONU era uma possibilidade. Um dia antes de ser preso, enquanto Lula negociava com a Polícia Federal, seus advogados entraram com a queixa na ONU. A reportagem apurou que chamou a atenção do organismo a rapidez da decisão do juiz federal Sérgio Moro.

Lula foi preso no dia 7 de abril para cumprir a pena de 12 anos e um mês de reclusão que lhe foi imposta pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), o Tribunal da Lava Jato, no processo do triplex do Guarujá (SP). O ex-presidente ocupa uma "sala especial" no prédio-sede da Polícia Federal em Curitiba.

Uma resposta positiva por parte da ONU significaria, na avaliação da entidade, apertar o botão de "pausa" num processo em andamento para que eventuais violações de direitos humanos fossem avaliadas. Nesse caso, os riscos de um dano irreparável não foram constatados.

Uma eventual decisão de recomendar medidas urgentes ocorreria por conta da avaliação dos peritos da ONU de que a prisão lhe impediria de exercer plenamente seus direitos políticos. Mas o apelo não foi atendido.

Olivier de Frouville, um dos membros do Comite da ONU, explicou que a avaliação concluiu que "não houve um dano irreparável" com a prisão de Lula. "Tomamos medidas cautelas quando há um risco de dano irreparável", explicou. "Olhando para o pedido dos advogados de defesa e para a situação presente, consideramos que, neste momento, não existe esse risco", disse.

Um dos danos irreparáveis, segundo ele, seria a perda de direitos civis ou políticos por conta de uma ação. "Não estávamos convencidos de que isso era o caso", disse. "Não há risco pessoal claro ainda", apontou, alertando que o "estado presente é ainda muito incerto".

De acordo com Frouville, o Comitê enviou uma carta ao governo brasileiro comunicando a decisão. Mas também alertando que o estado não poderá tomar medidas que sejam incompatíveis com o trabalho do Comitê e nem no caso de Lula.

"Vamos continuar atentos sobre o que ocorre nesse caso e, claro, os advogados de defesa tem o direito de voltar ao Comitê para pedir medidas cautelas caso tenham novas informações", indicou. "Mas, neste ponto, o Comitê não vê risco de dano irreparável", indicou.

Uma esperança entre aliados de Lula era de que a ONU seguisse a mesma decisão que já havia tomado em um caso que consideravam semelhante. Em março, ela atendeu a um pedido similar de políticos catalães, presos nos últimos meses. Ela recomendou, por exemplo, que o deputado independentista Jordi Sanches, fosse liberado para que pudesse participar de eleições. Mas o estado espanhol ignorou a recomendação da ONU.

Eleição

Mesmo sem atender ao pedido dos advogados de Lula, a ONU continua a avaliar o caso e juntar em um mesmo processo a questão da admissibilidade e seu mérito. Mas alerta que dificilmente teria uma posição final antes de 2019, depois das eleições presidenciais. A queixa de Lula foi levada ao Comitê de Direitos Humanos Nações Unidas em julho de 2016, pelo advogado Geoffrey Robertson. A denúncia central era de que Moro estaria sendo parcial no julgamento do ex-presidente. Em outubro daquele ano, as equipes legais da ONU aceitaram dar início ao exame.

"Ainda não lidamos com o mérito do caso", disse Frouville. "Isso vai ser feito se o caso for aceito", explicou. De acordo com ele, o estado brasileiro recebeu seis meses de prazo para responder a uma série de questões. "Nesse momento, não há ainda uma decisão sobre a admissibilidade do caso", disse.

Depois disso, a defesa de Lula ainda tem mais quatro meses para dar uma resposta aos comentários do Brasil. Se o obstáculo da admissibilidade for superado, o Comitê então avaliará seu mérito.

Yuval Shany, um dos 18 peritos do Comitê, explicou ao Estado no mês passado que o caso ainda está sendo avaliado no que toca sua admissibilidade. Para que o caso seja tratado em seu mérito, porém, ele aponta que primeiro há que se decidir se os remédios locais foram esgotados ou não.

"Só podemos lidar com o caso se isso foi totalmente resolvido pela Justiça doméstica. O sr. Lula sugeriu que as injustiças são tais, que não há remédios locais efetivos para ele no Brasil", explicou Shany. "O estado (brasileiro) contesta isso. Portanto, precisamos primeiro decidir sobre essa questão", disse.

Na fase inicial da avaliação de uma queixa, não se avaliava o conteúdo do caso. Mas somente se a ONU tem o direito ou não de examinar e fazer suas recomendações. Em 2017, o governo brasileiro deu respostas às Nações Unidas sobre o caso, alegando que todas as instituições do estado estão "funcionando" e que os direitos do ex-presidente foram preservados.

 

COM A PALAVRA, O ADVOGADO CRISTIANO ZANIN MARTINS, QUE DEFENDE LULA

ONU confirma que está formalmente investigando violações contra Lula e alerta autoridades brasileiras sobre qualquer ação que possa comprometer julgamento

Recebemos hoje (22/05) do Comitê de Direitos Humanos da ONU, com satisfação, decisão que confirma que o órgão internacional está formalmente investigando as violações contra garantias fundamentais do ex-Presidente Lula que apresentamos em comunicado individual protocolado em julho de 2016. A admissibilidade do comunicado e o mérito serão julgados conjuntamente. Trata-se do primeiro comunicado individual feito por um brasileiro àquele órgão internacional.

O Comitê também admitiu julgar o caso à luz do artigo 25 do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, que assegura a todo cidadão a possibilidade de participar "sem restrições infundadas" o direito de "votar e ser eleito em eleições periódicas, autênticas, realizadas por sufrágio universal e igualitário por voto secreto, que garantam a manifestação da vontade dos eleitores", diante de aditamento que apresentamos em 06/04/2018.

O governo brasileiro terá 6 meses para apresentar defesa sobre o mérito do comunicado.

Na peça protocolada em julho de 2016, foram listadas diversas violações ao Pacto de Direitos Políticos e Civis, adotado pela ONU, praticadas pelo juiz e pelos procuradores da Operação Lava-Jato de Curitiba contra Lula, seus familiares e advogados. Esse Pacto prevê, dentre outras coisas: (a) proteção contra prisão ou detenção arbitrária (Artigo 9º); (b) direito de ser presumido inocente até que se prove a culpa na forma da lei (Artigo 14); (c) proteção contra interferências arbitrárias ou ilegais na privacidade, família, lar ou correspondência e contra ofensas ilegais à honra e à reputação (Artigo 17); e, ainda, (d) do direito a um julgamento independente e imparcial (Artigo 14).

As evidências apresentadas no comunicado se reportam, dentre outras coisas: (i) à privação da liberdade por cerca de 6 horas imposta a Lula em 4 de março de 2016, por meio de uma condução coercitiva sem previsão legal; (ii) ao vazamento de materiais sigilosos para a imprensa e à divulgação de ligações interceptadas, inclusive entre Lula e seus advogados; (iii) a diversas medidas cautelares autorizadas injustificadamente; e, ainda, (iv) ao fato de o juiz Sergio Moro haver assumido em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal, em 29/03/2016, o papel de acusador, imputando crimes a Lula por doze vezes, além de antecipar juízo de valor sobre assuntos pendentes de julgamento na 13ª. Vara Federal Criminal de Curitiba.

O Comitê de Direitos Humanos da ONU também decidiu que por ora não irá conceder uma medida liminar em favor de Lula, tal como requerido em 06/04, mas alertou as autoridades brasileiras de que é incompatível com as obrigações assumidas pelo Brasil no Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos qualquer ato de obstrução "que impeça ou frustre a análise pelo Comitê [da ONU] de um comunicado alegando violação ao Tratado, ou que afirme que a expressão dos entendimentos do Comité é frívola e fútil".

CRISTIANO ZANIN MARTINS E VALESKA TEIXEIRA ZANIN MARTINS

Desde que o PT incentivou militantes e simpatizantes de escreverem cartas para o ex-presidente Lula, que se encontra preso em Curitiba, desde o último dia 7 de abril, o líder petista vem recebendo o carinho de diversas pessoas que são contra o seu enclausuramento. Nesta terça-feira (15), foi publicada na página do facebook do ex-presidente a carta de uma criança de 10 anos chamada Caio pedindo “Fora Temer”.

O garoto chegou a fazer um desenho no qual o presidente Michel Temer (MDB) aparece “atrás das grades” enquanto o guarda e Lula estão do lado fora. Na carta, o menino diz que soube que Lula “fez grande coisas” como tirar pessoas da miséria. O texto ainda fala sobre Dilma Rousseff. “A Dilma continuou o que podia, mas foi substituída pelo Temer, por isso Fora Temer (ou melhor na prisão)”, destaca. 

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Lula foi condenado em duas instâncias da Justiça no caso do triplex em Guarujá. A pena definida pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) é de 12 anos e 1 mês de prisão, com início em regime fechado, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. 

 

 

 

As ruas de Curitiba, onde o ex-presidente Lula se encontra preso em uma cela especial na sede da Polícia Federal, ficaram repletas de militantes petistas e grupos pró-Lula, nesta terça-feira (1), Dia do Trabalhador. Com o tema “em defesa dos direitos e por Lula Livre”, a manifestação pediu a liberdade do líder petista, bem como mostrou mais uma vez a insatisfação com as propostas do governo Temer. 

Na página oficial do facebook de Lula, foi destacado que o 1º de Maio está sendo “histórico” na capital paraense. “Queriam prender Lula, mas não sabiam que ele não estava só”, avisa o texto publicado com a foto de uma multidão. Muitos políticos se deslocaram até a cidade para participar da atividade. 

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A programação desta tarde vai contar com shows diversos na praça Santos Andrade, como da artista Beth Carvalho e Ana Canãs. Mais cedo, o “Bom Dia Lula” também reuniu a população. De acordo com o senador Lindbergh Farias (PT), “milhares de pessoas” seguiram em marcha rumo à Superintendência da Polícia Federal para participar do café onde se uniram com outras caravanas. 

O senador Humberto Costa (PT) definiu o ato como o mais importante dos últimos tempos. “Nós teremos em Curitiba um grande ato com a participação de todas as centrais sindicais do país. Com o objetivo de fazer a defesa da democracia, denunciar a violência política e exigir a liberdade do ex-presidente Lula. Estaremos denunciando também todas as perdas que os trabalhadores tiveram após o golpe”, detalhou. 

No Recife, grupos pró-Lula saíram em caminhada na Avenida Conde da Boa Vista também pedindo a liberdade do ex-presidente. Na manifestação teve até um boneco gigante do ex-presidente com uma faixa presidencial. A Polícia Militar do Paraná reforça a segurança nos dois acampamentos e na vigília petistas. 

O dono da Riachuelo, o pré-candidato a presidente do Brasil Flávio Rocha (PRB), falou sobre uma comparação feita entre ele e os presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSC) e João Amôedo (NOVO). O empresário disse que respeita os dois, porém que não observa características parecidas com eles. 

“Eu acho que tenho muito pouco a ver com os dois, apesar de respeitá-los, mas eu saí da minha cadeira empresarial no melhor momento da minha vida empresarial quando estava comemorando o meu melhor ano da história da minha empresa por falta de ter em quem votar”, disse. 

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Rocha falou que Bolsonaro radicaliza alguns temas relacionados basicamente a segurança. “Eu não acredito que ele represente a formula de prosperidade econômica que é a liberdade econômica”, alfinetou. Por sua vez, o dono na Riachuelo falou que Amôedo apresenta apenas o discurso econômico. “Eu acho que o discurso econômico é importante para recolocar o país na prosperidade, mas não é o que vai ganhar a eleição porque o que está tocando o coração do eleitor é a indignação com relação a inversão de valores”. 

Segundo ele, é essa inversão de valores que está gerando os piores escândalos de corrupção no Brasil e que gerou um aumento de 300% na criminalidade. “O povo está clamando um candidato que una o liberalismo econômico com a liberdade econômica, que é o único caminho para a prosperidade. Não existe outro caminho senão o talento individual, a livre iniciativa para gerar riqueza e prosperidade. Tem que ter também uma indignação com esse período de inversão de valores que aconteceu no nosso país e na nossa política”.

Flávio Rocha garantiu que representa essa demanda do povo no sentido de deixar esse “período ruim” da economia e da política no passado. “Eu represento não o empresário, não esse ou aquele setor. O nosso projeto político representa é quem produz e quem produz são os 98% da população brasileira que sua a camisa, que acorda cedo de manhã, que batalha e que gera riquezas, empregos, que pagam impostos e que bancam essa verdadeira farra estatal com o dinheiro público. Temos que combater a parasitagem”. 

 

O empresário anda falou que não adianta apenas prender os corruptos. “Isso é importante, é o fim da impunidade, mas o final o combate duradouro e sustentável conta a corrupção, que é eliminar esse estado apetitoso e tirar essas estatais ineficientes e colocar onde deve estar que é na saúde, educação, na justiça e na polícia”. 

 

 

O artista circense Pablo Dias Bessa Martins divulgou vídeo no qual agradece pela liberdade, após passar duas semanas no presídio de Bangu, no Rio. Ele também pede que amigos presos com ele em suposta festa de milicianos sejam liberados. Na madrugada do dia 7 de abril, 159 pessoas foram presas em um show de pagode no bairro de Santa Cruz, na zona Oeste do Rio, sob a acusação de serem milicianos. O ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, em entrevista, afirmou que o grupo deveria explicar o que fazia em "festa de bandido".

Entre os presos, 139 não têm antecedentes criminal. "Há balconistas, palhaços e motoristas de ônibus", segundo a Defensoria Pública, que divulgou o vídeo do artista. A Justiça determinou que Pablo fosse liberado na última quinta-feira,19, mas ele só deixou o presídio na tarde de ontem, 21. "Além do caso de Pablo, também atuamos em 40 casos, com o objetivo de conseguirmos na Justiça a revogação das prisões", informou a Defensoria.

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"Quero agradecer a Deus por ter o meu direito de ser humano, de estar livre. Como disse um rapaz com quem trabalhei, o Marcos Frota, lugar de artista é no palco, no picadeiro. Estou livre para isso: para voar, para saltar, para arrancar sorriso das pessoas", disse o artista circense.

Ele agradeceu à Defensoria, amigos e familiares por não terem desistido da sua causa. "Não desejo isso pra ninguém, nem para um inimigo, nem para os meus amigos, que a Justiça seja feita o mais rapidamente possível", complementou. No fim do vídeo, ainda gritou: "I´m free!" (estou/sou livre!).

Desde anunciada sua volta aos palcos, no início de 2018, a banda Cordel do Fogo Encantado vem matando a saudade do público aos poucos. Primeiro, lançando o single Liberdade, a filha do vento; depois, o novo disco, Viagem ao Coração do Sol; e, nesta sexta (13), o clipe da música que anunciou o retorno do grupo pernambucano. O vídeo está disponível no YouTube.

O clipe de Liberdade, a filha do vento, foi gravado em 360º, o que possibilita o espectador ter diferentes visões do trabalho. Em um palco, os músicos do Cordel tocam seus instrumentos enquanto bailarinas dançam suspensas no ar. A direção do clipe ficou sob responsabilidade de Marcela Nunes e Felipe Barros. 

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O Cordel do Fogo Encantado passou oito anos parado deixando uma legião de fãs órfãos. Em 2018, o grupo formado por Lirinha, Clayton Barros, Emerson Calado, Nego Henrique e Rafa Almeida, retomaram os trabalhos e já marcaram uma turnê pelo Brasil para reencontrar seu público. Os primeiros shows estão marcados para Salvador (21/04), Rio de Janeiro (28/04) e Recife (12/05).

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O ministro da Educação Mendonça Filho (DEM) afirmou na manhã desta segunda-feira (26), que desistiu de acionar órgãos de controle do erário público para que investigassem se havia improbidade administrativa na oferta da cadeira eletiva “O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”, na Universidade de Brasília, conforme havia prometido. O motivo alegado por ele foi que a conotação das discussões acerca desse tema estavam colocando a sua atitude como uma forma de censura ao exercício acadêmico nas universidades. 

“Eu disse que faria uma consulta aos órgãos de controle e terminei não fazendo, encaminhei uma análise da assessoria de assuntos jurídicos do MEC, composta por advogados da União (...) e preferi não levar adiante porque a conotação tava (sic) se levando para um debate de censura, intervenção na universidade e todos me conhecem, sabem que eu sempre fui uma pessoa que defendi a autonomia das universidades”, afirmou Mendonça. 

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A declaração foi feita durante uma entrevista concedida pelo ministro à Rádio Jornal na manhã desta segunda-feira (26). Ainda falando a respeito da oferta da disciplina, Mendonça Filho disse que o caso incitou uma discussão necessária sobre o caráter da universidade. Afirmou também que há segmentos dentro das universidades que se entendem como donos dos espaços acadêmicos e enxergam as instituições de ensino superior públicas como meios de propagação ativa de seus ideais. 

“Eles entendem como se porventura aquilo fosse um ativo, então eu acho que a gente tem que avançar para que as universidades voltem a ter papel plural e amplo e representativo. Eu vejo até situações em que na exibição de um filme, porque você discorda daquela ideologia, daquela tese, você vai à troca de tapas como se viu aqui na Universidade Federal de Pernambuco, então isso para mim é um retrato de um momento de intolerância. Ela é algo a ser rechaçado de todos os lados, não de um lado só”, afirma Mendonça. 

O ministro também contou que, ao visitar algumas universidades, foi recebido por esses mesmos grupos políticos de forma hostil. “Muitas vezes grupos organizados de militantes de PSOL, PT e PCDOB faziam verdadeiros corredores poloneses, eu fui recebido com um corredor polonês na Universidade Federal de Sergipe e eu acho isso o retrato daquilo que eu não acredito porque a crítica e a livre manifestação política tem que se dar de forma democrática, respeitando o direito de ir e vir e o direito à opinião”, reiterou.

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A defesa do ex-ministro Antonio Palocci pediu, novamente, ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que julgue o seu pedido de liberdade, pendente de análise pelo plenário da Corte. Os advogados pedem que o habeas corpus seja julgado no dia 4 de abril, mesmo dia em que o Supremo julga o pedido preventivo de liberdade do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.

A solicitação foi feita na manhã da quinta-feira, 22, antes da Corte marcar a nova data para o ex-presidente. O relator do caso é o ministro Edson Fachin.

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O julgamento do habeas corpus do ex-ministro da Fazenda estava previsto para ser analisado em novembro do ano passado, mas foi suspenso a pedido da própria defesa.

Críticas

A defesa de Palocci critica a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, por ter "priorizado" o julgamento do habeas corpus de Lula, que é preventivo e de "paciente que não se encontra preso". Os advogados ainda reafirmam haver "ilegalidade" na prisão preventiva de Palocci, que já dura um ano e meio.

"Após a inclusão do feito em pauta, seguida de pedido de indicação de adiamento pelo nobre relator, a defesa do paciente peticionou por nada menos do que quatro vezes requerendo o julgamento do writ, sem que tenha obtido qualquer tipo de pronunciamento judicial a respeito", diz a defesa, que pede um tratamento "isonômico" entre os casos.

Palocci está preso em Curitiba desde setembro de 2016, quando foi alvo da 35ª fase da Lava Jato, a Operação Omertà. Entre os argumentos da defesa ao pedir a soltura do ex-ministro é o longo tempo da prisão preventiva, decretada nove meses antes da condenação. Seu caso ainda não foi julgado em segunda instância.

Caso

A princípio, a expectativa era de que o julgamento do habeas corpus de Palocci ocorresse na Segunda Turma da Corte, mas Fachin decidiu levar ao plenário para que os 11 ministros pudessem firmar um entendimento único para as prisões provisórias. Os ministros também devem discutir se é possível entrar com um pedido de liberdade em cima de prisão preventiva quando o réu já sofreu uma condenação na justiça. As turmas divergem sobre esse entendimento.

Palocci foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em junho do ano passado. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) ainda deve analisar seu caso.

Também pesou na decisão de Fachin, de levar o caso ao plenário, a sequência de derrotas em três casos envolvendo alvos da operação presos preventivamente, como José Dirceu e o pecuarista José Carlos Bumlai. O relator tem sido derrotado nas discussões da Segunda Turma, que formou maioria crítica às chamadas "prisões alongadas" da Lava Jato.

Além de Fachin, fazem parte do colegiado os ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Celso de Mello.

O ex-diretor do Câmpus Cornélio Procópio da Universidade Tecnológica Federal do Paraná Devanil Antônio Francisco foi solto nesta sexta-feira, 16, por decisão do juiz Robson Carlos de Oliveira, da 5ª Vara Federal de Londrina. Ele é o principal alvo da Operação 14 Bis, que investiga supostos desvios e fraudes em licitações na instituição de ensino.

Segundo a PF, ele construiu um patrimônio milionário e é dono de 58 quitinetes que eram alugadas pelos alunos da Universidade. Devanil estava em prisão temporária, que tem duração de 5 dias - prorrogáveis. O juiz decidiu, de ofício, soltá-lo antes do fim do prazo. "Foi de ofício porque não tinha elementos suficientes contra ele, não tinha por que mantê-lo preso", afirmou o advogado Mário Barbosa, que defende Devanil.

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O ex-diretor é acusado de ter amealhado um patrimônio extraordinário durante o período em que exerceu as funções no Câmpus. Os investigadores informaram que Devanil montou uma empresa, a 14 Bis, que deu nome à operação, exclusivamente para administrar tantos bens, entre os quais dois edifícios em Cornélio Procópio (PR), um com 32 quitinetes e outro com 26, que eram alugados para os próprios alunos da Universidade.

Além dos bens imóveis, Devanil, segundo a PF, é sócio na construção de um terceiro prédio de luxo, em parceria com empresário envolvido nas fraudes, na mesma cidade situada a 400 quilômetros da capital Curitiba.

Devanil esteve na diretoria de agosto de 2008 até dezembro de 2015.

A defesa de Devanil refutou com veemência as informações da Polícia Federal. "No que tange o aspecto do enriquecimento ilícito, há como comprovar, através do Imposto de Renda, a atividade empresarial da família, que é totalmente compatível com o crescimento do patrimônio", afirmou o advogado Mário Barbosa.

"Eles tinham dois imóveis em que foram construídas quitinetes. São vários. Foi criada uma empresa que é a 14 bis para justamente administrar esses alugueis, ao contrário do que foi alegado, de que foi criada para atos ilícitos".

A Operação 14 Bis, deflagrada pela PF em parceria com a Procuradoria, a Controladoria-Geral da União e a Receita, prendeu ao todo 20 investigados, em regime temporário por cinco dias, e realizou buscas em 26 endereços - além de joias, carros de alto padrão e três lanchas, os federais apreenderam 27 mil dólares.

Outro ex-servidor da Universidade foi preso, Sandro Rogério de Almeida, que ocupou o cargo de diretor de Planejamento e Administração do Câmpus Cornélio Procópio. Ele permaneceu no cargo entre setembro de 2007 e outubro de 2015.

As fraudes foram investigadas também por meio de auditoria interna da Universidade, que demitiu Devanil e Sandro em 2016. A PF informou que a Reitoria da Universidade colaborou decisivamente com as investigações. Levantamento preliminar põe sob suspeita contratos que somaram gastos de R$ 5,7 milhões.

Segundo a PF, os desvios foram constatados em todos os contratos firmados por Devanil e Sandro no período em que ocuparam cargos estratégicos no Câmpus, pelo menos por dois anos e meio.

A investigação descobriu a atuação de dois núcleos de empresários, um deles fazia uso de pessoas jurídicas de fachada com vários "laranjas", inclusive seus próprios familiares, que emprestavam seus nomes. As empresas contratadas eram praticamente do mesmo ramo - prestação de serviços gerais, conservação predial e limpeza. "A fraude era generalizada", afirma o delegado-chefe da PF de Londrina, Nilson Antunes da Silva.

A PF, a Procuradoria, a CGU e a Receita constataram que os ex-dirigentes do Câmpus direcionavam as licitações para contratação das empresas. "Supervalorizavam os contratos de limpeza, de mão de obra, de prestação de serviços e de manutenção e também no fornecimento de peças e combustíveis."

A PF informou que "abriu o leque" das investigações no âmbito da Operação 14 Bis e descobriu que o mesmo grupo de empresários que se infiltrou no Câmpus estaria ligado a contratos milionários com outros órgãos públicos federais.

A PF não revelou os nomes dessas repartições. "São órgãos da administração pública federal de grande porte", destacou a PF.

O superintendente da CGU no Paraná, José William Gomes da Silva, detalhou que as fraudes ocorriam até em contratos de manutenção do ar condicionado. "Por exemplo, no processo de manutenção de 180 aparelhos de ar condicionado, muitas vezes eram trocadas 90 peças, mas a maioria dos equipamentos era nova. Isso gerava um superfaturamento e despesas que não correspondiam ao objeto daquele tipo de licitação."

José William destacou que "o controle interno não é absoluto". "Não é possível saber, muitas vezes, que o gestor (do órgão público) está burlando as regras, se há um conluio por trás, se ele é associado. Muitas vezes o controle interno não tem o domínio dessas licitações. Quando acionado, o controle funcionou. Eles (Devanil e Sandro) foram demitidos em 2017. O ser humano é complicado, sempre vai encontrar uma maneira de burlar as regras da administração pública."

Defesas

Com a palavra, a universidade:

Nota de Esclarecimento, Operação 14 Bis

"Na manhã desta terça-feira, dia 13, o Câmpus Cornélio Procópio da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) foi alvo de operação conjunta da Polícia Federal (PF), Ministério Público Federal (MPF), Receita Federal e Controladoria Geral da União (CGU).

Dois ex-servidores da Instituição foram presos. A acusação é de fraudes em licitações e contratos no âmbito do Câmpus.

A Reitoria da UTFPR esclarece que, tão logo recebeu as denúncias de irregularidades no Câmpus, no segundo semestre de 2015, deu início às apurações por meio da Auditoria Interna da Instituição e afastou os servidores envolvidos nas acusações.

A partir das investigações internas, foram abertas sindicâncias e processos administrativos, que resultaram nas demissões do então diretor de Planejamento e Administração do Câmpus Cornélio Procópio, Sandro Rogério de Almeida, e do então diretor-geral do Câmpus, Devanil Antonio Francisco.

Cabe destacar, portanto, que a UTFPR tomou todas as providências de sua competência para que o patrimônio e a moralidade da administração pública fossem preservados.

A Universidade reitera que continuará contribuindo para que as investigações sejam realizadas de forma rápida, efetiva e dentro dos preceitos do Estado Democrático de Direito."

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