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Após um hiato de oito anos, a banda Cordel do Fogo Encantado lançou, nesta sexta-feira (9), o primeiro single 'Liberdade, A Filha do Vento', que disponível nas plataformas de streaming. A faixa faz parte do novo álbum 'Viagem ao Coração do Sol', que será lançado no dia 6 de abril.

A canção conta a história da 'filha do vento', conhecida como 'Liberdade', através de cinco figuras fictícias, que remetem à história do Fogo Encantado. "Essa música nasceu com os primeiros contatos para o retorno da banda e traduz o sentimento do nosso novo disco", explica Lirinha. O álbum foi produzido por Fernando Catatau, do grupo cearense Cidadão Instigado, que também participa da faixa.

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O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou um pedido da defesa de Gustavo Pedreira de Couto Ferraz e revogou a prisão domiciliar do aliado do ex-ministro Geddel Vieira Lima. Ferraz foi preso em 8 de setembro após a Polícia Federal encontrar vestígios de suas digitais em algumas notas dos R$ 51 milhões apreendidos em um apartamento de Salvador durante a operação Tesouro Perdido. Ele estava em prisão domiciliar desde o mês de outubro.

A reportagem apurou que mesmo com a decisão de Fachin, expedida na sexta-feira, 2, Ferraz ainda permanece em casa com sua tornozeleira porque nenhum dos órgãos notificados pelo ministro cumpriram o alvará de soltura. O documento foi encaminhado ao diretor-geral da Polícia Federal Fernando Segovia e ao secretário de Administração Penitenciária da Bahia Nestor Duarte Guimarães Neto.

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Os advogados Pedro Machado de Almeida Castro e Octávio Orzari, que representam Ferraz, tentam desde outubro do ano passado revogar a prisão do ex-chefe da Defesa Civil da Bahia. O principal argumento dos defensores era de que Ferraz colaborou com a investigação.

Em pedido encaminhado a Fachin na última quinta-feira, 1, os advogados afirmaram que "a longa duração de sua prisão também passa a ser um argumento (que ganha força a cada dia que se passa) para a concessão da liberdade, considerando que já está preso há mais de 4 meses, sendo que, jamais demonstrou qualquer risco à sociedade ou ao processo".

Confissão

Ferraz confessou à PF que buscou malas de dinheiro em um hotel, em São Paulo, para o ex-ministro, em 2012, no âmbito das eleições municipais. Ele diz nunca ter ido ao bunker dos R$ 51 milhões em Salvador, mas alegou que a viagem à capital paulista pode explicar o fato de suas digitais terem sido encontradas nas cédulas.

Em depoimento, Ferraz disse acreditar que 'suas digitais foram identificadas no material encontrado durante a busca, uma vez que no ano de 2012, a pedido de Geddel Vieira Lima, transportou de São Paulo/SP para Salvador/BA dinheiro de contribuição para campanhas do PMDB da Bahia'.

Ele ainda afirmou que Geddel 'disse à época que o dinheiro seria utilizado nas campanhas dos prefeitos e vereadores do PMDB no Estado da Bahia'.

Ferraz contou à PF que foi informado pelo ex-ministro de que 'a entrega do dinheiro seria intermediada por uma outra pessoa' com quem ele deveria se encontrar em um hotel.

Ele alega que foi até o hotel indicado e se encontrou com a pessoa - não identificada em seu depoimento - e que, com ela, foi até um escritório 'sem identificação externa' aonde aguardou em uma sala de reuniões até pegar, junto a outro interposto, uma mala de dinheiro de 'tamanho pequeno, compatível com as permitidas no interior de aviões'.

A deputada federal Maria do Rosário (PT) comentou a decisão da Justiça de apreender o passaporte de Lula o proibindo de sair do país. O ex-presidente teve que cancelar uma viagem que faria para a e Etiópia, onde participaria de um evento da FAO, agência de combate a foma da ONU. Rosário disse que o líder petista é um “líder mundial” e que, por esse motivo, não poderia ser preso em uma cova. 

“Um líder mundial e suas ideias não será preso em uma cela, não será preso em uma cova, não será preso longe dos ideais que tem e longe do povo que o ama e o respeita. Por isso revogue-se imediatamente essa decisão de prisão e impedimento de Lula de viajar para fora do país e garanta a liberdade de Lula para exercer plenamente os seus direitos políticos”, declarou em tom imperativo por meio de vídeo publicado em seu Facebook. 

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A parlamentar petista falou que a decisão foi uma “provocação”. “Um juiz, mais um integrante do Poder Judiciário, além da decisão tomada no TRF-4, promove uma provocação sem limite. Impede Lula de sair do país. Por óbvio que essa decisão deve ser revogada imediatamente, pois Lula não pode ser um preso político nem em uma cela, nem na cadeia e tampouco nas fronteiras brasileiras", reiterou.  

Maria do Rosário ainda ressaltou que Lula é reconhecido no mundo por ter combatido a miséria e a fome e que por isso é convidado para participar de eventos que tratam sobre o assunto. 

No último dia 21 de Janeiro, foi celebrado o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. O deputado federal Jean Wyllys (PSOL), que recentemente disse que se sentia “ferido de morte” em relação aos parlamentares que “ostentam” bíblias como guia e não a Constituição Federal, falou sobre a data por meio do seu Facebook destacando que o Estado nem qualquer pessoa pode interferir quando o assunto é religião. 

Jean ressaltou que é necessário “a defesa da liberdade de crer e da liberdade de não crer também”. "Sem que ninguém, nem o Estado, nem outras pessoas, possa coagir ou constranger alguém a seguir ou deixar de seguir um credo”. 

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O psolista lembrou que o Estado é laico. “Vivemos, ainda que com ressalvas, em um Estado laico, que não pode ser guiado por regras de determinada religião. Antes, o Estado deve reconhecer a diversidade, respeitá-la, e não agir contra ela seja em benefício de uma ou de nenhuma outra fé”. 

Ele lamentou a intolerância. “Infelizmente o país da diversidade religiosa e cultural não consegue, ainda, conviver com a pluralidade e, não raro, vemos ataques de algumas igrejas aos locais sagrados de religiões de matriz africana destruindo seus objetos, queimando seus terreiros, e até mesmo promovendo a perseguição e a ameaça a quem as professa”.

“Vemos também a crescente difamação às pessoas de origem e tradição islâmica, o antissemitismo muitas vezes disfarçado de discurso político, a difamação e destruição da fé e da tradição da população indígena, justamente o instrumento medieval empregado na sua escravização, das mulheres que professam a fé Wicca, frequentemente, acusadas de promover o mal através da "bruxaria", de pessoas ateias e agnósticas”, complementou. 

Na semana passada, ao comentar um suposto projeto que visa criminalizar a evangelização na Bolívia, o deputado federal Pastor Eurico (PHS), também falou sobre religião salientando que a bíblia é respeitada na Câmara dos Deputados. “A bíblia que é a palavra de Deus, que aqui está sendo honrada e respeitada, embora algumas pessoas não concordem, não aceitem, mas ela está respaldada por lei e vai continuar”, chegou a dizer. 

Condenado a 39 anos de prisão pela morte do casal Manfred e Marisa von Richthofen, em 2002, Daniel Cravinhos deixou a Penitenciária de Tremembé (SP) nesta terça-feira (16) para cumprir o restante da pena em liberdade.

É o segundo dos irmãos Cravinhos a progredir para o regime aberto - Christian, condenado pelo mesmo crime, está em liberdade desde agosto do ano passado. À época do crime, Daniel era namorado da filha do casal, Suzane von Richthofen, também acusada pela morte dos pais. Ela cumpre pena em regime semiaberto, mas já teve laudo favorável para também deixar a prisão.

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A saída de Daniel Cravinhos para o regime aberto foi autorizada pela Vara de Execuções Criminais de Taubaté (SP), atendendo a um pedido da sua defesa. A alegação é de cumprimento do tempo legal de prisão nos regimes fechado e semiaberto, sem incorrer em falta grave e com registro de bom comportamento. Ele cumpriu 16 anos de prisão e ganhou direito a outros dois anos de desconto na pena por ter trabalhado na cadeia.

Além disso, um laudo atestou que o condenado está em condições de viver em sociedade. A saída de Daniel Cravinhos da prisão foi confirmada por autoridades da administração penitenciária paulista.

A Justiça ainda deve julgar o pedido da Defensoria Pública de Taubaté, que atende Suzane, para que ela também seja colocada em liberdade. Conforme a Defensoria, a condenada já cumpriu o tempo previsto para permanecer na prisão e também tem direito a um período de remissão por ter trabalhado na penitenciária. No início deste ano, um laudo criminológico encomendado pelo Ministério Público atestou que a condenada reúne condições de voltar a viver em sociedade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade e Jovens sob Medida Socioeducativa que inclua privação de liberdade (Enem PPL) foi cancelada em 13 unidades prisionais por causa de greves de agentes penitenciários e de rebeliões de detentos. O Enem PPL foi realizado nos dias 12 e 13 de dezembro.

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), no primeiro dia, a aplicação foi cancelada em nove unidades prisionais de Maceió, e uma em Girau do Ponciano (AL), em função de greve dos agentes penitenciários. Em uma unidade prisional de Itaitinga (CE) e, em uma unidade em Cascavel (PR), a aplicação foi cancelada por causa de rebeliões.

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No segundo dia, foi necessário cancelar a aplicação em uma unidade prisional de Marabá (PA), por causa de rebelião. Segundo o Inep, não está prevista uma nova aplicação do Enem nesses locais.

Em Paulo Afonso (BA), houve interrupção temporária de energia em uma unidade, onde foi acionado um gerador para garantir que os participantes terminassem as provas. Outra ocorrência foi registrada em Rio Branco, onde um detento não inscrito tentou se passar por participante. Uma pessoa foi eliminada por descumprimento às regras gerais do edital.

Dos 31.765 inscritos para fazer o Enem em unidades prisionais e socioeducativas, 74% participaram no primeiro dia e 70% no segundo dia. O Enem PPL foi preparado para 1.078 unidades prisionais de 577 municípios.

Segunda aplicação

Também foi realizada nesta semana a segunda aplicação do Enem para os participantes da prova regular que tiveram direito ao benefício. Segundo o Inep, das 3.886 pessoas com o direito, 1.100 compareceram às provas.

A nova oportunidade foi dada aos participantes que registraram reclamações, para cumprir decisões judiciais ou solicitações do Ministério Público Federal. Entre os motivos para a segunda aplicação estão a interrupção do fornecimento de luz nos locais de prova e problemas diversos.

A aplicação regular do Enem ocorreu em 5 e 12 de novembro, pela primeira vez em dois finais de semana seguidos. Em 19 de janeiro de 2018 serão divulgados os resultados.

A onça parda que foi encontrada no escritório de uma empresa em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, na última semana foi solta na tarde desta quarta, 23, em uma reserva ambiental em Cotia.

A ONG Mata Ciliar, de Jundiaí, cuidou da onça nos últimos dias e foi a responsável por soltar o animal. O processo foi realizado com o apoio dos bombeiros, que publicaram um vídeo do momento.

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Quando foi encontrado na semana passada, o animal precisou ser sedado, imobilizado e foi então entregue para a ONG Mata Ciliar. Segundo os bombeiros, um incêndio no dia anterior em uma mata nas proximidades da empresa teria feito o animal buscar refúgio ali.

Animal facilmente adaptável a diferentes condições ambientais, a onça parda pode ser encontrada em todo o continente americano.

O ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Aldemir Bendine, pediu, nesta sexta-feira, dia 4, a revogação de sua prisão preventiva ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). O executivo está encarcerado desde o dia 27 de julho, no âmbito da Operação Cobra, 42ª fase da Lava Jato, sob investigação de ter recebido propinas de R$ 3 milhões da Odebrecht.

Os advogados de Bendine, Pierpaolo Cruz Bottinni, Igor Sant’ana Tamasauskas e Cláudia Vara San Juan Araújo sustentam que "nada há que justifique esse cerceamento da liberdade".

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"O paciente é primário, de bons antecedentes e não há qualquer indicativo concreto - além da mais lacônica suspeita levantada pela Autoridade Coatora - que irá interferir na colheita da prova", afirmam os defensores.

De acordo com as investigações, inicialmente, ainda na presidência do Banco do Brasil, Bendine teria pedido R$ 17 milhões de propinas em troca da facilitação da rolagem de uma dívida da Odebrecht Agroindustrial. A nova cobrança, de R$ 3 milhões, teria sido feita à época em que Bendine já estava à frente da Petrobras, em 2015.

Os valores teriam sido fornecidos pelo departamento de propinas da empreiteira, e operacionalizados por meio dos publicitários Antônio Carlos Vieira da Silva Junior e André Gustavo Vieira da Silva. Para a retirada dos R$ 3 milhões, eles supostamente precisaram entregar as senhas "Oceano", "Rio" e "Lagoa" ao intermediário da Odebrecht responsável pela entrega.

A defesa sustenta que as anotações de Bendine sobre encontros com executivos da Odebrecht, apreendidas pela Polícia Federal, se referiam a "naturais encontros e reuniões entre ele e os principais executivos de tais instituições". "Não há nada de incriminador nos papéis manuscritos além de números que representavam as demandas das empresas, em sua maior parte não atendidas, como a seguir demonstrado".

Os advogados ainda afirmam que o executivo está ilegalmente privado de sua liberdade. "Vale destacar, inclusive, que as medidas cautelares decretadas em seu desfavor já foram efetivadas pela Polícia Federal, sem qualquer intervenção ou resistência do peticionário, já tendo sido colhidas, consequentemente, todas as provas possíveis e necessárias à elucidação dos fatos, inclusive seu interrogatório".

O criminoso Ralston Dodd, 25 anos, foi condenado no final de 2016 a nove anos de cadeia por esfaquear um jovem em Londres. Neste mês, no entanto, ele foi liberado da prisão HMP Thameside, no sudeste londrino, no Reino Unido porque a sentença dele foi registrada com um erro. Ao invés de nove anos, como previsto pelo Tribunal, o cumprimento da reclusão foi registrado nos autos com nove meses.

De acordo com o Ministro da Justiça, esses tipos de confusão são extremamente raros e o ocorrido está sendo investigado. Conforme informações da BBC, um novo mandado para a prisão de Dodd já foi expedido. 

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Em setembro de 2016, Dodd atacou um jovem de 21 anos em Londres com três facadas nas costas após uma discussão. Segundo reportou o jornal The Sun, após ele ser liberado da cadeia, foi visto dentro de um carro ao lado do veículo onde estava a vítima das facadas. O pai da vítima lembrou que seu filho poderia ter morrido. "Eu segurei meu filho e pensei que ele fosse morrer. Como isso pode passar despercebido?", disse em entrevista ao jornal. 

A irmã do senador Aécio Neves deixou a prisão nesta quinta-feira (22) após mais de um mês custodiada em Belo Horizonte. Andrea Neves foi capturada na Operação Patmos, desdobramento da Lava Jato, em 18 de maio.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu nesta terça-feira (20) colocar Andrea Neves em prisão domiciliar. Os irmãos são acusados de pedir supostas propinas de R$ 2 milhões à JBS.

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Andrea Neves, teria feito o primeiro contato com o empresário Joesley Batista. O tucano indicou seu primo Frederico para receber o dinheiro. Mendherson Souza, assessor de Zezé Perrella (PMDB-MG), teria sido o destinatário das supostas propinas. O dinheiro foi entregue pelo diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud, um dos sete delatores da JBS. Ao todo, foram quatro entregas de R$ 500 mil cada uma.

Defesa

Em nota, a defesa do senador afastado afirma que o dinheiro foi um empréstimo oferecido por Joesley Batista com o objetivo de forjar um crime que lhe permitisse obter o benefício da impunidade penal. O empréstimo não envolveu dinheiro público e nenhuma contrapartida por parte do senador, não se podendo, portanto, falar em propina ou corrupção. "O senador tem convicção de que as investigações feitas com seriedade e isenção demonstrarão os fatos verdadeiramente ocorridos", diz a nota.

Nessa quinta-feira (15), a atriz e apresentadora Dani Suzuki causou nas redes sociais. Em sua conta oficial do Instagram, ela postou uma foto mergulhando em Noronha, completamente despida.

A foto é do fotógrafo Fernando Barros. Na legenda, a apresentadora comemorou e exaltou a liberdade, escrevendo a seguinte legenda: "a liberdade tá dentro de você".

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O impacto na Lava Jato da decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, de revogar a prisão preventiva de José Dirceu, divide analistas. Para alguns, a liberdade concedida ao ex-ministro e a outros condenados pelo juiz Sérgio Moro pode ser considerada um revés para a força-tarefa, com reflexos nas delações premiadas. Outros questionam o uso da prisão preventiva na operação.

Para a jurista Janaina Paschoal, autora do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, há um processo de "desmerecimento" da Lava Jato. "Aparentemente, existe uma vontade de desconstituir o trabalho dos procuradores e da força-tarefa", afirmou. Ela disse ainda que "não é comum" todas as teses de defesa serem aceitas pelos ministros do STF, como ocorreu nos votos favoráveis ao habeas corpus de Dirceu.

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Segundo Janaina, o ministro Dias Toffoli, que "já foi funcionário de Dirceu", não deveria participar do julgamento. Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski votaram pela revogação da prisão do petista.

O professor de Direito Penal do Mackenzie Orlando Sbrana afirmou que a liberdade de Dirceu pode trazer consequências para a Lava Jato. "A prisão preventiva servia para que José Dirceu não tivesse influência em delações e nesse processo de forma geral. Mesmo que ele não tenha contato com outros investigados, a simples soltura dele já traz consequências - vide a posição de Antonio Palocci, que já não parece mais disposto a delatar", disse Sbrana.

Divergências

O professor de Direito Constitucional da PUC-SP Marcelo Figueiredo afirmou que o caso de Dirceu mostrou que o STF tem "diferentes interpretações" sobre prisões preventivas. "Como a votação foi apertada, a indicação do Supremo é de que existem dúvidas e diferentes interpretações. A prisão preventiva só deve ser tomada se existe algum risco de o infrator prejudicar a coleta de provas."

O debate sobre prisões preventivas da Lava Jato divide o plenário do Supremo. Como mostrou o Estado, no entanto, o entendimento pela manutenção das detenções, defendida pelo relator dos casos na Corte, ministro Edson Fachin, tem maior chance de prevalecer entre os 11 ministros.

O professor de Direito da PUC-SP Luiz Guilherme Conci disse não concordar com a maneira com que as prisões preventivas são usadas. "Claramente, as prisões preventivas no âmbito da Lava Jato têm como objetivo desestabilizar o preso até que ele decida aceitar a delação. Esse não é o espírito da lei. A prisão preventiva no Brasil acabou criando uma máquina de encarceramentos", afirmou.

Para Conci, um entendimento mais "garantista" em relação às prisões preventivas não pode ser acusado de prejudicar as investigações no País.

A professora de Direito da FGV-SP Heloísa Estellita segue a mesma linha. "É preciso ter muito cuidado com prisões preventivas. É uma excepcionalidade, não pode ter função de pena. Quando esse tipo de prisão é aplicada, como ainda não existe condenação, ela acaba se tornando a pena mais pesada do nosso sistema." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quarta-feira (3) que as investigações conduzidas pela Operação Lava Jato fortalecem as instituições brasileiras e, consequentemente, aumentam a confiança na economia do país.

"Minha opinião é que, apesar de gerar uma preocupação no curto prazo, as investigações aumentam o grau de confiança nas instituições e que a Justiça irá prevalecer. Aumenta a confiança que as contas públicas serão bem gerenciadas", afirmou, durante o 9º Fórum Liberdade de Imprensa & Democracia, na sede do Conselho Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

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Para o ministro, uma imprensa livre e uma Justiça independente aumentam o grau de confiança no país. Questionado pelo público do evento sobre o grau de interferência do governo Temer sobre a liberdade de imprensa, Meirelles disse não ter conhecimento sobre esse tipo de ocorrência.

Transparência

Meirelles disse também que uma das posturas que a atual equipe econômica tem adotado desde que o governo Michel Temer começou é a transparência na apresentação de dados da economia para favorecer a retomada da confiança por consumidores e empresários.

"Existe uma correlação muito clara entre o nível da confiança e o crescimento da economia e do emprego. E a confiança foi muito erodida pelas incertezas sobre os dados econômicos, sobre a real situação das contas públicas. Foi se perdendo a segurança sobre a trajetória da dívida pública. Isso levou ao aumento do risco Brasil e da inflação", relatou.

Meirelles disse que a combinação entre recessão profunda, com desemprego e inflação elevados, não é uma situação comum. De acordo com ele, isso ocorreu devido a uma postura defensiva do setor produtivo frente às incertezas sobre a sustentabilidade das contas públicas brasileiras. "A falta de transparência e de acesso a informação gera um comportamento defensivo", resumiu.

Segundo ele, a partir do momento em que a nova equipe econômica assumiu o governo, começou a passar aos jornalistas informações mais transparentes, como a projeção de um déficit de R$ 170,5 bilhões no ano passado. "Quando a informação correta foi divulgada, alguns temeram que o confiança iria cair, mas ela subiu, justamente pela transparência", afirmou.

Meirelles destacou que a imprensa cumpriu o seu papel ao questionar o tamanho do déficit e considerou importante esse debate. O ministro destacou ainda a importância de se assegurar a liberdade de imprensa para a recuperação da atividade no Brasil. "Existe uma correlação relevante entre nível de renda e bem-estar social de um país com o seu nível de liberdade de imprensa. Isso tem uma relação de causa e efeito com o maior crescimento da economia de um país", afirmou.

A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), fez uma defesa do direito de informar e ser informado e afirmou que o exercício da atividade política depende do jornalismo. "O cidadão que não tem informação é um analfabeto político", afirmou a ministra, na abertura do Fórum Liberdade de Imprensa e Democracia, nesta quarta-feira (3) em Brasília.

"A melhor forma de espancar dúvidas e dificuldades que sobrevenham para a democracia se dá exatamente por uma imprensa que seja livre", afirmou Cármen Lúcia, em uma palestra de cerca de uma hora, abrindo o evento, sediado em uma unidade da Ordem dos Advogados do Brasil, em Brasília.

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"Você é livre na sua capacidade de criticamente fazer escolhas na vida, e o cidadão é livre quando ele tem essa capacidade. O cidadão que não tem informação é um analfabeto político. É aquele que até tem o direito formal de participação, mas não tem como exercer livremente e responsavelmente esse direito", acrescentou a ministra.

"Afirmo minha fé na imprensa livre, porque é um direito fundamental do cidadão, porque há na imprensa livre os dados que ele precisa para firmar suas convicções. E em segundo lugar é preciso que a imprensa seja livre para que eventuais tentativas de qualquer tipo de cerceamento e de restrição à democracia sejam apenas isso: tentativas infrutíferas", afirmou.

A presidente do STF disse que a "democracia é construída a partir de uma cidadania livre, comprometida e responsável" e que "é dever de cada cidadão lutar pela informação e ir atrás da informação que lhe é oferecida de maneira a ter capacidade crítica para sobre ela e com ela se manifestar".

A abundância de informações disponíveis na internet e nas redes, no presente, também motivou um comentário da ministra, que pede atenção em relação à autenticidade dos conteúdos, mas sem cerceamento da liberdade de expressão.

"Redes sociais tanto podem criar pós-verdades ou não verdades, mas também podem ampliar liberdade de participação", falou a ministra. "É preciso, nesse momento de tão grande transformação sobre dados que nos passam, tentar garimpar o que é verdade, o que é fato, o que é ocorrência, ou não."

Portaria

Como presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a ministra anunciou, no evento, a criação de uma comissão nacional que vai analisar dificuldades que jornalistas enfrentam no Brasil no exercício da profissão. Essa comissão fará parte do Fórum Nacional de Liberdade de Imprensa e Poder Judiciário, que foi criado pelo ministro Joaquim Barbosa, aposentado do STF, quando presidiu a Corte e o CNJ.

"Me dizem: hoje é mais difícil. O Brasil não é um país que garante livremente o exercício do jornalismo. Eu quero apurar isso de uma forma até melhor, para a gente ver quais são os problemas que são gerados mesmo com uma Constituição que garante tão amplamente a liberdade de imprensa, com um texto que não necessita de grande elucubração e grande intervenção para ser interpretado. É proibido qualquer tipo de censura. E, no entanto, continua a haver censura e, no entanto, continua a haver jornalistas que não podem exercer seus direitos. É preciso verificar isso", afirmou Cármen Lúcia.

A ministra disse que pediu indicação de nomes à Associação Brasileira de Imprensa, à Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e à Associação Nacional de Jornais (ANJ), que vão compor a comissão junto com membros do CNJ. "E hoje, 3 de maio, está pronta a portaria que só não foi publicada ainda porque estou anunciando aqui", afirmou.

O empresário Eike Batista deixou o presídio de Bangu 9 na manhã deste domingo, 30, depois de três meses de prisão. Ele seguiu para sua casa no Jardim Botânico, onde ficará em prisão domiciliar. O empresário deixou o complexo penitenciário em carro da Polícia Federal.

Eike foi preso em 30 de janeiro na Operação Eficiência, um desdobramento da Calicute, que levou à prisão o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). O empresário foi indiciado por corrupção ativa, de dinheiro e pertencimento a organização criminosa. Ele teria pago US$ 16,5 milhões em propina ao esquema liderado por Cabral.

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Eike ficará em prisão domiciliar por determinação do juiz federal Gustavo Arruda Macedo. A decisão foi tomada neste sábado, 29, um dia depois de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, atender o pedido de liberdade da defesa do empresário. A Polícia Federal poderá fazer vistorias de surpresa no imóvel.

A saída de Eike em carro da PF provocou revolta em parentes de presos, que estão na fila para a visita, já que os presidiários costumam deixar o complexo penitenciário a pé. Para as famílias, o empresário recebeu tratamento privilegiado.

Após prisão preventiva em janeiro de 2017, Eike Batista recebeu habeas corpus na noite desta sexta-feira (28). A defesa do empresário realizou o pedido de liberdade, acatado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Segundo o advogado de Eike, não havia justificativa para que ele fosse mantido na prisão e ainda não passou por julgamento.  

Já a decisão de Gilmar Mendes tem como justificativa "o perigo que a liberdade do paciente representa à ordem pública ou à instrução criminal pode ser mitigado por medidas cautelares menos gravosas do que a prisão". Ele ainda acrescenta: “o fato de o paciente ter sido denunciado por crimes graves – corrupção e lavagem de dinheiro -, por si só, não pode servir de fundamento único e exclusivo para manutenção de sua prisão preventiva”.

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Em sua decisão, Mendes afirmou que "o perigo que a liberdade do paciente representa à ordem pública ou à instrução criminal pode ser mitigado por medidas cautelares menos gravosas do que a prisão".

Não foi só em defesa de Lula que o presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Rui Falcão, tomou partido durante o evento promovido nesta sexta-feira (24). Falcão também falou sobre a prisão dos ex-ministros da Casa Civil e da Fazenda, respectivamente, José Dirceu e Antonio Palocci. 

Ele declarou que a condenação sem provas são “prisões arbitrárias”. Rui Falcão disse, durante o encontro, que o partido de solidariza publicamente e que “clamam” pela liberdade dos dois. 

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Ainda comentou a declaração do empreiteiro Marcelo Odebrecht, que teria afirmado em seu depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que a ex-presidente Dilma Rousseff sabia sobre o uso de caixa dois para pagar o marqueteiro João Santana, responsável por sua campanha à reeleição em 2014. “Ontem vazaram supostas implicações envolvendo a presidente Dilma. Essas são vazamentos como tantos outros que tem saído. Vazamentos seletivos”, criticou. 

No evento de hoje, Lula chegou a dizer que nunca antes no Brasil um presidiário teve tanta dificuldade em conseguir um habeas corpus como atualmente. 

No próximo sábado (18) e domingo (19), o Teatro Marco Camarotti recebe a montagem ‘Cárcere’, do Grupo Corpore de Dança, do Sesc Piedade. Em cena, o debate aborda a falta de liberdade e a repressão. No palco, o público poderá conferir a performance das bailarinas Débora Freitas, Ildete Mendonça, Luara Mendonça, Milla Flor, Vitória Mendes. O ingresso custa R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).

A montagem, que estreou no ano passado, possui 45 minutos de duração e começou a ser produzida em 2014, sendo resultado de mais de um ano de dedicação, investigação e estudo sobre o tema. De acordo com a diretora Ivana Motta, o trabalho busca traduzir, através da dança, aspectos relevantes do período.

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“Nos debruçamos para encontrar referências que nos motivassem a traduzir em dança, em corpo e movimento, aspetos relevantes deste período. Embora não tenhamos vivenciado a época, consideramos atuais os fatos para compreender o funcionamento político, social e cultura do nosso país”, afirma Ivana Motta. 

Ex-goleiro do Santos e filho de Pelé, Edson Cholbi do Nascimento, de 46 anos, que estava preso desde a última sexta-feira, 24, foi solto nesta quinta-feira, 2. Edinho deixou a cadeia do 5º Distrito Policial de Santos, no bairro do Bom Retiro, na zona noroeste da cidade, no final desta tarde.

Na quarta, 1º, o ministro Antonio Saldanha Palheiro, da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), concedeu habeas corpus ao ex-jogador. Edinho também é ex-treinador do Tricordiano, time da terra natal de seu pai, Três Corações, no interior de Minas Gerais.

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O caso. Edinho foi preso em junho de 2005, durante a Operação Indra, do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), com mais 17 pessoas, acusado de ligação com uma organização de tráfico de drogas que atuava na Baixada Santista sob o comando de Ronaldo Duarte Barsotti de Freitas, o Nadinho, que está desaparecido.

Após seis meses em prisão provisória, Edinho foi solto com liminar em habeas corpus concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a fazer críticas ao jornal New York Times usando sua conta no Twitter. Ele comentou há pouco o anúncio criado pelo jornal, chamado de "A verdade é difícil" e que será exibido neste domingo durante a premiação do Oscar.

"Pela primeira vez o New York Times vai fazer um anúncio (um anúncio ruim) para ajudar a salvar sua falha reputação", escreveu Trump. "Tentem reportar de forma precisa e justa!".

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O New York Times vai transmitir o comercial apenas poucos dias depois de ter sido barrado, junto com outros veículos de imprensa como a rede de TV CNN, em um pronunciamento da Casa Branca. O vídeo de 30 segundos inclui áudio de vozes tratando sobre certas "verdades" que variam de "a verdade é que nossa nação está mais dividida do que nunca" a "a verdade é que a mídia é desonesta". É a primeira propaganda de TV do Times desde 2010 e seu primeiro anúncio focado em marca em uma década.

O vídeo se encerra com as frases: "A verdade é difícil. A verdade é difícil de encontrar. A verdade é difícil de conhecer. A verdade é mais importante do que nunca". Publicado na página oficial do jornal no Youtube na quinta-feira, o vídeo já foi visualizado mais de 2,5 milhões de vezes. (Dayanne Sousa - dayanne.sousa@estadao.com, com informações da Associated Press)

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