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 Estão abertas a partir desta segunda-feira (13), as inscrições para os concursos Cepe Nacional de Literatura, promovido pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). Os interessados poderão se inscrever para o 5º Prêmio Cepe Nacional de Literatura e para a 2ª edição do Prêmio Cepe Nacional de Literatura Infantil e Infantojuvenil até o dia 13 de julho.

Poderão participar do concurso brasileiros pessoa física, residentes no Brasil ou no exterior, bem como estrangeiros naturalizados residentes no País, independente de sexo, etnia, idade, formação cultural, religiosa ou política, desde que atendam às normas do edital publicado no site da Cepe. As obras devem ser inédidas e os candidatos só poderão inscrever um projeto em cada categoria.

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Os prêmios concedidos serão de R$ 20 mil ao vencedor de cada categoria. As inscrições podem ser realizadas via internet. O resultado do concurso será divulgado no Diário Oficial do Estado de Pernambuco, no portal, no site e na página da editora no Facebook. 

Com a crise das livrarias e o fechamento de unidades em diversas partes do país, alguns leitores estão órfãos do lugares que costumavam ser seu refúgio. Além de ser espaço para o intecâmbio cultural, alguns desses estabelecimentos chamam a atenção seja por sua estrutura e por seu acervo. O LeiaJá mostra cinco livrarias e bibliotecas que oferecem uma experiência diferente para o leitor.

1 – Biblioteca Acqua Alta, na Itália

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Localizada em Veneza, na Itália, essa livraria não chama atenção por sua localização ou pelo belo prédio que a abriga. Ela é famosa por reunir volumes usados, cujos os leitores podem encontrar dispostos em móveis clássicos, banheiras e até dentro de gondolas.

2 – The Last Bookstore, nos Estados Unidos

Imagine fazer uma visitação no estilo "Alice no País das Maravilhas". Essa é a proposta dessa livraria localizada em Los Angeles, que abriga os livros das formas mais inusitadas. Alguns, estão guardados de maneira que formam arcos, labirintos e túneis. Outros, estão pendurados como se estivessem voando sobre os visitantes. Grande partes dos volumes para venda são de livros usados.

3 – Livraria Zaccara, em São Paulo, no Brasil

Localizada no bairro de Perdizes, essa livraria é praticamente um achado. No jardim, é possível passar algumas horas do dia folheando livros de diversos temas. No andar de cima, os visitantes podem assistir os saraus e debates organizados pelos donos da livraria e únicos funcionários, que abordam temas desde a psique feminina a cursos que ensinam a ouvir e a apreciar o jazz. O local ainda conta com um pequeno café que oferece expressos e bolos.

4 – El Ateneo, na Argentina

Localizada em um antigo teatro de Buenos Aires do século 20, ela é uma das mais belas e famosas livrarias da América do Sul. O local é tão conhecido que mais de um milhão de pessoas visitam a biblioteca todos os anos. O palco e os bastidores foram transformados em salas de leitura que chamam atenção por conta de sua beleza.

5 – Word on the Water, na Inglaterra

A livraria que está instalada em um barco de madeira desde a década de 1920, se localiza em Londres e está ancorada nas proximidades da estação de King’s Cross. A biblioteca virou um ponto de referência cultural, graças ao evento que organiza, desde os encontros com escritores até apresentações de jazz.

por Junior Coneglian

Um dia reservado para contação de histórias, estimulando o hábito da leitura entre crianças e jovens é a proposta da “Viagem literária”, que acontece na Biblioteca de São Paulo dia 14 de maio. O evento, que está na sua 12ª edição, tem a participação do grupo “Cia Bisclof” de contadores de histórias, que irá apresentar “O monstro monstruoso da caverna cavernosa”, texto de Rosana Rios.

A “Viagem Literária” é um programa do governo do estado e desde a sua criação,  em 2008, já percorreu 195 municípios. Em 2019, a “Viagem” vai passar por 76 cidades, com 15 grupos diferentes de contadores de histórias. Os eventos acontecem em bibliotecas municipais e comunitárias. A entrada é gratuita e não é necessário fazer inscrição prévia.

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Confira a programação no site www.viagemliteraria.org.br.

 

 

 O ‘Leia para uma criança’, do Itaú Unibanco, lançou neste mês a coleção digital “Garotas Incríveis”. O projeto conta com três livros em formato kidsbook e tratam da igualdade de gêneros. As obras, que podem ser lidas gratuitamente, foram escritas por mulheres e trazem protagonistas femininas.

O primeiro livro é ‘Meu Amigo Robô’, que conta a história de uma menina que sonha em ter um amigo de lata e pede para que um “faz tudo” o construa. Já em ‘Malala, a menina que queria ir para a escola’, os pequenos poderão conhecer a história da ativista paquistanesa Malala Yousafzai. A pessoa mais jovem a ganhar o Prêmio Nobel da Paz. Por último, o terceiro livro é ‘As Bonecas da Vó Maria’ e foi inspirado na história de três empreendedoras de sucesso.

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Os livros contam com recursos audiovisuais e podem ser lidos por meio de aplicativo e nas redes sociais. ‘Meu Amigo Robô’ já está disponível para download no site. Os outros títulos serão disponibilizado em breve.

A Saraiva criou uma campanha especial para celebrar o Dia das Mães, celebrado no dia 12 de maio, em 2019. Com o tema "Inspiração e palavras para dizer eu te amo", a rede varejista de educação, cultura e entretenimento, vai oferecer aos clientes uma seleção de livros com descontos, além de outros produtos e ação interativa com lambe-lambes.

O objetivo da campanha é reforçar o poder das palavras como parte essencial dos presentes dados pelos filhos. A ação vai contemplar uma curadoria com descontos de até 50% em livros nacionais e importados, e de 80% em e-books. A seção musical também estará com 30% de desconto e filmes e Blue-Ray serão vendidos com a mecânica leve três pague dois.

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Nas lojas físicas, a campanha acontece até o dia 14 de maio e contará com itens a partir de R$ 29,90. Já no site da rede, as promoções valem até o dia 12 e os produtos serão divididos por 'até R$ 29,90', 'até R$ 50', 'até R$ 100' e 'acima de R$ 100'.

 

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Na última quarta-feira (17), foi realizado pela Escola Municipal Dr. Lauro Chaves o “Biblioteca vai à praça”, em comemoração ao Dia Nacional do Livro Infantil - 18 de abril -, na praça da Baía do Sol, ilha de Mosqueiro, distrito de Belém. O projeto tem o objetivo de incentivar a leitura literária e mostrar o trabalho que vem sendo realizado na biblioteca da escola em parceria com professores e comunidade escolar.

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Para a professora Adélia Valente, a paisagem da Baía do Sol e a reforma do coreto da praça foram as inspirações para realização do evento. “O resultado foi bom - valorizar e envolver a nossa cidade no nosso fazer pedagógico, admirando os barcos, os pescadores, os moradores misturados com a leitura, as crianças recitando poemas no coreto e cantando”, disse.

O incentivo à leitura foi a peça fundamental no processo de criação do projeto. “É muito bom perceber o interesse dos alunos pela leitura literária quando eles vêm à biblioteca emprestar livros, participando de eventos como esse”, destacou a professora.

Adélia Valente disse que foi importante divulgar os projetos da escola para a sociedade. “Nós desenvolvemos vários projetos aqui na escola, por isso a necessidade de mostrar”, disse.

Por Felipe Martins.

 

No próximo sábado (27), será realizado o 34º encontro do clube de leitura Floriterárias. O movimento literário feito por mulheres e só para mulheres discute a obra “Maria Bonita – Sexo, violência e mulheres no cangaço”, de Adriana Negreiros. O evento, aberto ao público e gratuito, está marcado para as 14h, no Ateliê Arte Machê Café, em Olinda, Região Metropolitana do Recife.

Nascido do amor pela leitura e da amizade de mais de 20 anos entre a pedagoga Anita Presbitero e a historiadora Luciana Seabra, o ‘Floriterárais’ existe há três anos. O que começou com um grupo pequeno de amigas, que compartilhavam experiências literárias via WhatsApp, foi ganhando proporção ao longo do tempo e saiu do mundo virtual para o real. Para Anita, o movimento é um espaço onde as mulheres podem ser ouvidas e têm lugar de fala garantido. “Entre mulheres a gente se sente mais à vontade, mais forte. Conseguimos ser ouvidas e temos tranquilidade para falar e trocar ideias com mais fluidez”, disse em entrevista ao LeiaJá.

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Além de servir como instrumento de incentivo à leitura, num país onde as pessoas lêem em média 2,43 livros por ano, de acordo com estudo realizado em 2016 pelo Instituto Pró-Livro, o clube também é uma forma de conhecer as perspectivas e olhares de outras mulheres sobre diversos assuntos. Um modo de furar as ‘bolhas’ sociais e relacionar-se com pessoas que não fazem parte do convívio diário das leitoras.

“É interessante por termos contato com diferentes tipos de mulheres, de religiões diferentes, posicionamentos religiosos e políticos diferentes, orientações sexuais. Mulheres casadas, solteiras, aposentadas, com filhos, sem filhos. Todas reunidas em um círculo, debatendo um livro e trocando ideias”, ressaltou Luciana.

Com encontros itinerantes e mensais, o grupo lê diversos gêneros, de autoras e autores nacionais e estrangeiros. Há também a preocupação de que a obra do mês seja acessível, não só em termos financeiros, mas que as participantes possam ler o livro em tempo hábil e que consigam acessá-lo de diversas formas: livraria, sebos e sites. Além disso, o movimento traz autoras e autores para roda de discussão, o que enriquece ainda mais os encontros.

Em maio, o ‘Floriterárias’ irá ler a obra de Miró da Muribeca. As mulheres interessadas em participar do grupo podem entrar em contato com as idealizadoras pelo e-mail: floriterarias@gmail.com ou através do Instagram e Facebook oficial do clube. 

Hoje, 23 de abril é considerado o Dia Mundial do Livro. De acordo com a pesquisa Retratos de Leitura no Brasil, o brasileiro lê, em média, 2 livros por ano. Diante da crise que se instalou no mercado editorial e livreiro, o grande desafio continua sendo estimular a leitura entre crianças, jovens e até mesmo adultos.

O Leia Já separou uma lista especial de livros para comemorar esse dia. Confira:

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1 – O Conto da Aia – Margareth Atwood 

Escrito em 1985, o livro ganhou a atenção do mundo com a adaptação televisiva estrelada por Elizabeth Moss. O livro narra uma realidade futurista, onde mulheres tornam-se propriedade do governo e, além de oprimidas, servem como gestantes a fim de sanar uma crise de infertilidade instalada na Nova Inglaterra. O livro permanece na lista dos mais vendidos da Revista Veja em sua 67ª semana.

2 - Outros Jeitos de Usar a Boca - Rupi Kauar

A indiana Rupi Kauar revelou-se um novo nome da poesia. Publicado inicialmente de forma independente, o livro tornou-se um fenômeno mundial com seus poemas que falam de dor amor, ruptura e cura. Ela estabeleceu uma  linguagem que dialoga direto com a geração mais jovem e identifica seus dilemas através de textos profundos e tocantes.

3 - Boneco de Neve - Jo Nesbo

O detetive Harry Hole se vê diante de uma série de crimes no rigoroso inverno da cidade de Oslo, Noruega. O assassino espalha pistas em bonecos de neve com partes humanas nas casas de suas vítimas, criando um quebra cabeça e um enorme desafio para o detetive. Dono de uma narrativa eletrizante, o escritor Jo Nesbo, cria uma história de tirar o fôlego com final surpreendente. Considerado um de seus melhores livros, chegou a ser comparado ao célebre "O Silêncio dos Inocentes"(1988) de Thomas Harris.

4 - A Revolução dos Bichos - George Owell

Apontado pela revista Times como um dos melhores romances da língua inglesa de todos os tempos, A Revolução dos Bichos satiriza questões de hierarquia e poder. Os animais da fictícia Granja do Solar possuem características humanas e decidem questionar as decisões de seu dono, o senhor Jones. Owell traz reflexões filosóficas e de relações neste livro pulicado pela primeira vez em 1945.

5 - O Homem Mais Inteligente da História - Augusto Cury

O psiquiatra paulista Augusto Cury é o autor mais vendido da década. Seus livros já ultrapassam a marca de 28 milhões. O Homem Mais Inteligente da História narra uma reunião onde cientistas e teólogos debatem sobre a vida e a inteligência de Jesus Cristo. Os assuntos vão desde a violência contra as mulheres, até terrorismo e suicídio.

Por André Filipe

Neste ano a obra do escritor Monteiro Lobato (1882 – 1948) entrou em domínio público. Diversas editoras preparam reedições de seus livros previstos para chegarem à praça no segundo semestre.

Além de obras conhecidas como “Urupês” e a série infantil “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, o escritor de Taubaté ainda tem material a ser revelado. O pesquisador Pedro Rubim revelou ao jornal O Estado de S. Paulo que possui em seu acervo 62 cartas, escritas por Lobato entre 1918 e 1948, endereçadas ao poeta Cesídio Ambrogi e outros destinatários.

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As cartas revelam que Lobato era rejeitado pela elite intelectual de sua cidade natal e por isso guardava certa mágoa. O escritor era crítico do comportamento dos barões do Vale do Paraíba e afirmava isso em publicações em artigos de jornais e livros como “Cidades Mortas”(1919).

O material será publicado na íntegra nesta quinta-feira (18) na plataforma online Almanaque Urupês.

Por André Filipe

George R.R. Martin, o escritor americano e autor da saga que inspirou a famosa e sangrenta série "Game of Thrones", criou uma grande variedade de mundos de fantasia com inspirações que vão da era medieval ao futuro sci-fi.

Graças ao sucesso de seus livros, o escritor de 70 anos, sempre visto de barba branca, gorro, óculos e suspensórios, se transformou em 2016 no 12º autor mais bem pago do mundo, segundo a revista Forbes.

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Fã de história medieval e mitologia, apaixonado pela Guerra das Rosas, vendeu mais de 85 milhões de exemplares de sua saga, traduzida para 47 idiomas.

Sua obra, com dezenas de romances, inclui também ficção científica ("Uma canção para Lya"), fantasia ("The Armageddon Rag"), terror ("Nômades Noturnos") e HQ ("Wild Cards").

George Raymond Richard Martin, filho de um estivador, nasceu em 20 de setembro de 1948 em Bayonne, Nova Jersey.

"Fui criado em uma moradia popular. Éramos pobres [...] nunca viajávamos no verão. Mas os livros me levaram a todo lugar", diz esse leitor voraz em entrevista ao canal americano PBS.

Quando era criança, escrevia histórias de monstros que vendia para os amigos por algumas moedas,e mais tarde histórias de super-heróis para fanzines de sua escola.

Com 13 anos se impressionou com "O Senhor dos Anéis", de J.R.R. Tolkien.

"A partir do momento em que Gandalf morre, o suspense se multiplica por mil, porque qualquer um pode morrer".

Estudou jornalismo na Universidade de Northwestern University e foi contra a Guerra do Vietnã.

Em 1972, quando o americano Bobby Fischer se transformou em campeão mundial de xadrez, gerando forte interesse pelo jogo, George R.R. Martin foi contratado para ser juiz de xadrez nos finais de semana, o que deixava "cinco días livres para escrever" e proporcionava dinheiro suficiente para pagar as contas, disse ao jornal The Independent.

- "Um peso enorme" -

Começou a publicar nos anos 1970 com romances curtos e depois trabalhou em roteiros para séries de TV como "Além da Imaginação" e "A Bela e a Fera", sem nunca deixar de escrever.

"Cada vez que apresentava um roteiro, me diziam: 'George, gostamos, mas é cinco vezes nosso orçamento'".

"A batalha, em que coloquei 10.000 pessoas se transformava em um duelo entre o herói e o cara malvado", disse em entrevista à Time.

Após vários projetos para televisão não aprovados, passou a se dedicar apenas à literatura, pensando em "escrever algo tão grande como [sua] imaginação, com todos os personagens que queria, castelos gigantes, dragões, lobos, centenas de anos de história e uma trama realmente complexa.

Ou seja, algo impossível de filmar", contou sobre sua saga "Canção de Gelo e Fogo", que começou em 1991 com a ideia de fosse uma trilogia.

Quando os livros entraram na lista dos mais vendidos e o "Senhor dos Anéis" foi adaptado para o cinema, Hollywood se mostrou interessado.

O autor era contra filmes centrados nos personagens Jon Snow e Daenerys e recusou as propostas de filmes baseados no primeiro livro.

Mas em um encontro em 2006 com os roteiristas David Benioff e D. W. Weiss um entendimento foi alcançado, conduzindo ao lançamento de "Game of Throne" em 2011 pelo canal HBO.

A transmissão da última temporada da série começa em 14 de abril, a partir de elementos que George R.R. Martin deu aos roteiristas "há cinco ou seis anos".

"Mas podem ter acontecido mudanças e acrescentado muitas coisas", reconheceu o autor, que não leu os últimos roteiros, como disse em entrevista à revista Rolling Stone.

Apesar disso, ainda não terminou os dois últimos livros da saga, o que gera impaciência e muitas vezes mal-estar entre os fãs.

"Sou muito consciente de que devo fazer algo grandioso", disse ao jornal The Guardian. "É um peso enorme".

A 2º Feira do Livro da Unesp será realizada a partir da próxima quarta-feira (10) até domingo (14), na capital paulista. O evento conta com mais de 160 editoras que colocarão livros à venda com descontos a partir de 50% sobre o valor de capa. A lista completa com as editoras participantes está disponível no site do evento.

Em 2018, a Feira do Livro reuniu pouco mais de 100 editoras e recebeu aproximadamente 20 mil pessoas. Para este ano, os organizadores do evento esperam receber até 30 mil pessoas.

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Além do espaço físico e o número de editoras ser maior do que do ano passado, a novidade deste ano é a programação cultural durante todos os dias do evento, com apresentações de músicas e teatro, palestras e mesas-redondas com alguns autores, como Pedro Bandeira, Milton Hatoum, Fernando Meligeni e Fernando Rocha, ex- apresentador do programa "Bem Estar" (Globo).

Serviço

2º Feira do Livro da Unesp

De quarta a sábado, das 9h às 21h, e domingo, das 9h às 18h

Campus da Unesp (ao lado da estação Palmeiras-Barra Funda do Metrô)

Rua Jornalista Aloysio Biondi, s/n

Barra Funda – São Paulo

O padre polonês Rafal Jarosiewicz, responsável pela queima de livros de Harry Potter e da saga Crepúsculo (Twilight) para considerá-los sacrílegos, pediu desculpas nesta quarta-feira (3) por essa ação que causou uma onda de críticas na Polônia.

"Queimar os livros e outros objetos foi um ato infeliz", declarou o padre Rafal Jarosiewicz na página do Facebook da fundação "SMS of the Skies", que organizou a cerimônia de queima.

"Não foi uma questão de zombar de qualquer grupo social ou de qualquer religião e não visava aos livros ou à cultura. Se alguém entendesse meu ato assim, peço sinceras desculpas", escreveu o padre.

Rafal Jarosiewicz e dois outros padres católicos queimaram em público no domingo em Gdansk (norte) os livros das famosas sagas Harry Potter e Crepúsculo para considerá-los sacrílegos e o episcopado polonês reconheceu os fatos.

Segundo Jan Kucharski, exorcista e sacerdote da paróquia de Nossa Senhora Mãe da Igreja em Gdansk (nordeste), "não se tratava de queimar livros, mas de objetos associados à magia e ao oculto".

Além dos livros, havia objetos como amuletos e talismãs trazidos pelos fiéis.

 Nesta terça-feira (2) é comemorado o Dia Internacional do Livro Infantil. A data foi escolhida em homenagem ao dinamarquês Hans Christian Andersen, considerado o primeiro autor moderno de contos de fadas. ‘Soldadinho de Chumbo’, ‘ A Pequena Sereia’ e ‘Patinho Feio’ são algumas das obras clássicas escritas por Hans.

Para celebrar esta data, o LeiaJá listou algumas obras infantis que abordam temas como representatividade, empoderamento e igualdade de gênero. Confira:

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Olivia não quer ser princesa

A porquinha Olívia não entende o porquê de todas as suas amigas gostarem de rosa, varinha de condão e quererem ser princesas. Olívia não quer vestir as mesmas roupas, sonhar os mesmos sonhos e pensar igual a todo mundo. Ela quer explorar todas as possibilidades e descobrir quais coisas combinam mais com o seu jeito de ser. A narrativa é de Ian Falconer e ilustrações de Roberto Fukue. No Brasil, a obra foi lançada em 2014 pela editora Globo.

Ceci tem pipi?

Max e Ceci se conhecem na escola e até onde Max sabe existem pessoas com pipi, que são os mais fortes e as pessoas sem pipi. No entanto, Ceci não tem pipi e parece ser tão forte quanto Max. Ela joga bola, desenha mamutes e tem uma bicicleta de menino. Em ‘Ceci tem pipi?’ as crianças têm contato de forma divertida sobre a importância da igualdade de gênero entre meninas e meninos.

 

Menina não entra

Idealizado pela escritora brasileira Telma Guimarães Castro Andrade, ‘Menina não entra’ também aborda a igualdade de gênero. Na narrativa, um grupo de meninos decidem formar um time de futebol e não querem deixar Fernanda participar por ela ser menina. Mas a visão dos garotos muda quando percebem que ser menina não significa não ter habilidades .

 

A princesa e a costureira

Prometida em casamento a um príncipe do reino vizinho, a princesa Cintia vai encomendar seu vestido de noiva e acaba se apaixonando pela costureira Isthar. Cintia irá contar com ajuda de amigos para enfrentar seus pais e viver esse amor. O livro foi escrito por Janaina Leslão e conta com ilustrações de Júnior Caramez. De acordo com a editora, a obra pretende auxiliar famílias e escolas na discussão sobre a diversidade e ampliação dos direitos LGBT.

Tenho Dois Papais

Financiado com o apoio de uma campanha colaborativa no Catarse, a obra apresenta a história de um garotinho que tem dois pais, mostrando que sua vida é igual a de outras crianças que têm pais heterosexuais.

Amoras

Escrito pelo rapper Emicida e inspirado na música ‘Amoras’, a obra mostra a importância da autoaceitação. O livro tem ilustrações de Aldo Fabrini.

 

 

Meu crespo é de rainha

Publicado originalmente em 1999, o livro celebra a beleza e a diversidade dos cabelos crespos e cacheados, além de desconstruir a ideia de beleza padrão imposta pela sociedade.

Padres católicos da cidade de Gdansk, localizada na província de Pomerânia, na Polônia, queimaram livros e diversos objetos em uma cerimônia na frente da igreja após a missa do último domingo (31). Dentre os itens incinerados estão livros de Harry Potter, Crepúsculo e um guarda-chuva da Hello Kitty.

"Nós obedecemos a Palavra", publicaram os padres através de uma conta no Facebook, citando algumas passagens do "Deuteronômio, o quinto livro do Pentateuco", do Velho Testamento. Uma das citações estimula os fiéis a destruir os inimigos de Deus e "queimarem os ídolos deles".

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Segundo informações publicadas no portal Extra, uma máscara africana e uma figura do hinduísmo também foi parar nas chamas. Em entrevista, o padre Jan Kucharski afirmou que os objetos tinham ligação com "magia e ocultismo".

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Uma das principais características do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é a apresentação de questões com textos longos. Esse formato, para muitos estudantes, é sinônimo de cansaço, já que as densas leituras ao longo da prova podem tomar um percentual importante de tempo dos candidatos.

Durante a preparação para a prova, uma das estratégias que devem ser adotadas pelos concorrentes é justamente o desenvolvimento do gosto pela leitura, seja dos assuntos relacionados diretamente às questões do Exame ou fatos da atualidade. Em Linguagens, por exemplo, os estudantes podem se deparar com quesitos que abordem grandes obras literárias. Mas diante de tantos assuntos para estudar, envolvendo ainda as áreas de matemática e Natureza, é indispensável a leitura completa de livros literários ou é mais indicado direcionar a atenção apenas aos resumos das obras?

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Para o professor de Linguagens e redação Diogo Xavier, como o Enem não define uma relação de livros indicados à leitura, os estudantes devem buscar obras em períodos literários mais recorrentes. O educador orienta, contudo, que os alunos escolham ao menos uma obra para ler por mês.

“Vale a pena eleger algumas obras para ler, se possível uma por mês. E que seja, antes de tudo, uma leitura de deleite. Mas é impossível ler completamente todas as obras relevantes da literatura brasileira. Nesse sentido, a leitura e os resumos se fazem importantes para guardar aspectos relevantes das obras analisadas”, ressalta Xavier. É importante ainda atentar para a produção de poesias. “Manoel Bandeira, por exemplo, é um dos mais importantes poetas brasileiros, e teve influências de diversos estilos literários ao longo de sua carreira. Vale a pena dedicar duas leituras ao seu livro de estreia, ‘A cinza das Horas’”, acrescenta o professor.

Segundo o professor de redação e Linguagens Felipe Rodrigues, é relevante que o candidato busque resumos, mas não deixe de ler por completo, ao menos, livros dos autores mais citados nas últimas cinco versões do Enem. “Como exemplo Clarice Lispector, inerente ao Modernismo: A Hora da Estrela e Perto do Coração Selvagem. Os demais, pegue grandes resumos e, principalmente, análises, como contam em alguns manuais literários. É válido lembrar que o fato da leitura e interpretação das obras, soma numa das provas contidas no Exame, a redação”, diz Rodrigues.

O professor de literatura Talles Ribeiro, em entrevista ao LeiaJá, também destacou dicas para os candidatos do Enem. Confira no vídeo a seguir:

Para ajudar os candidatos, os professores Diogo Xavier e Felipe Rodrigues prepararam resumos de obras que podem contribuir na preparação para o Enem. Confira:

Diogo Xavier

Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, é marco do Realismo no Brasil. Brás Cubas, um defunto-autor (não autor defunto, como o próprio personagem explica), narra, sem compromissos com nenhuma espécie de polidez, a trajetória de sua vida, revelando o caráter, as hipocrisias, as vaidades de todas as personagens.

Assim, Brás Cubas vai contando a sua vida, começando sobre sua morte, seu enterro e seus últimos momentos terrenos. A narração é mesclada com digressões, uma característica marcante de Machado de Assis, que consiste num desvio momentâneo do assunto sobre o qual se está falando para inserir comentários. Sem contar a ideia do narrador intruso, que por vezes dialoga com os leitores. Merece destaque, a passagem de Marcela, em sua adolescência, mulher mais velha e interessada em bem materiais (Marcela amou-me durante quinze meses e dez contos de réis); Quincas Borba, protagonista de outra obra machadiana, fundador da filosofia que chamou de humanitismo; e Virginia, sua ex futura esposa que acabou virando sua amante, mostrando mais uma visão frequente no autor, a do casamento como instituição falida.

A hora da Estrela, de Clarice Lispector, foi publicada em 1977. De um lado, retrata a história da ingênua Macabéa, migrante nordestina pobre em luta pela sobrevivência na cidade grande; de outro, o drama do escritor e seu processo de criação ao retratar uma pessoa distante de seu universo socioeconômico e ser capaz de se comunicar com ela: “Tentarei tirar ouro do carvão”, diz ele. A moça alagoana, sem recursos para lidar com os códigos urbanos numa cidade do porte do Rio de Janeiro, despreparada para enfrentar a competição

Felipe Rodrigues:

Macunaíma - Mário de Andrade: publicado em 1928, traz uma linguagens romântica e moderna. A relação que se nota no livro é dos elementos constitutivos do Brasil, suas riquezas, desde o descobrimento, com o foco nos detalhes indianistas. As relações e análises da tradição, costumes diversos e atualidade indígena são essenciais para a leitura da obra.

O Crime do Padre Amaro - Eça de Queirós: com publicação definitiva em 1880, os entraves com as vertentes do naturalismo e as barreiras das questões ideológicas, baseadas nos princípios religiosos, são os maiores choques na produção literária. O fato da quebra do celibato, quebra a concepção do idealismo romântico da época, trazendo críticas sociais como ênfase; a importância da difusão do realismo-naturalismo, sem dúvidas, deve ser observada.

O que mais atrai os leitores a realizar suas compras em um sebo é o valor e a ampla variedade de autores e títulos. O Procon-SP dá algumas dicas para as pessoas que costumam adquirir livros, CDs, DVDs, entre outros produtos.

Uma delas é a nota fiscal. Segundo o Código de Defesa do Consumidor, os produtos usados e comercializados em sebos também possuem garantia. Mesmo que haja informação que o consumidor adquiriu o produto "no estado em que se encontra". O documento é importante no caso de eventual utilização da garantia.

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As trocas, se necessárias, podem ser feitas, porém a maioria dos lugares não possuem estoques do mesmo produto. Nesse caso, a troca pode ser por outra mercadoria que agrade o consumidor.

A telefonista Selma Sampaio, 39 anos, tem o costume de ler obras de suspense e terror e costuma comprar livros em sebos. Ela relata que nunca pediu nota fiscal sobre esses produtos, mas sabendo que é seu direito como consumidora, passará a solicitar em suas novas aquisições.

É dever do fornecedor informar no ato da compra todos os defeitos que o produto pode conter, e essa informação é um direito básico ao consumidor. Para realizar uma reclamação nesse sentido, o prazo é de até 90 dias, a contar do dia efetivo de entrega. O Procon-SP ressalta que quando essas informações constam em notas fiscais ou recibos de compra, não podem ser reclamados.

'Era uma vez' é sinal de que a história vai começar. Sob os olhos e ouvidos atentos das crianças, os contadores de histórias dão vida às palavras e personagens dos contos, poemas e crônicas. Por meio do olhar, tom de voz e dos movimentos corporais, os contadores dão força a um texto. Muitas vezes, eles, que atuam em escolas ou bibliotecas, usam recursos como maquiagem, figurinos e acompanhamento musical para transportar os pequenos ouvintes até as páginas dos livros e fomentam o hábito da leitura. Nesta quarta-feira (20), é comemorado o Dia do Contador de Histórias. A data, cujo principal objetivo é reunir esses profissionais e promover a prática em várias partes do mundo, foi criada em 1991, na Suécia.

Há 10 anos, Roma Júlia exerce a função de contadora de histórias. Ela iniciou a profissão ao participar de um programa educacional vinculado a uma prefeitura. “Eu fazia um trabalho de contação de história para Educação de Jovens e Adultos (EJA). Então, surgiram oportunidades para espalhar histórias por aí. Na verdade, tudo começou nas escolas municipais da minha cidade, porque as bibliotecas dessas instituições estavam fechadas, mesmo aquelas que tinham estrutura, organizadas estavam fechadas por falta de pessoas. Assim, eu comecei a contar histórias para reabrir estes espaços. Pode-se dizer que foi da necessidade de dar acesso à literatura para as crianças que estavam naquelas escolas que iniciei na profissão”, relembra.

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Pedagoga e contadora de histórias, Beth Cruz atua profissionalmente desde 2002. O contato com contos dos folguedos das cantigas e brincadeiras populares a levou pelo caminho da tradição oral. Pesquisadora da área, Cruz mantém a missão de conservar brincadeiras, brinquedos populares, promover a cultura Africana e Indígena, incentivando à prática da leitura.

Questionadas sobre a escolha do ofício, as profissionais explicam: elas que foram elegidas pela profissão. “Ser contadora de história já estava plantada em mim, em algum lugar. Acredito que meus ancestrais plantaram em mim e ela floresceu”, explica Roma. O mesmo sentimento é compartilhado por Beth. Para ela “ o verdadeiro contador de histórias é incumbido de uma missão lúdica na sociedade, encantar pela palavra, resgatar o ato de ouvir e de falar”, afirma.

A função do contador de história vai além da leitura, mas implica, direta ou indiretamente, no desenvolvimento humano, a partir da memória. “A história do meu povo é o que me move. Então, eu conto histórias da tradição oral do meu povo, porque quero a perpetuação da memória do meu povo, para que essas histórias não morram. Logo, a nossa função é acessar, no outro, essa memória”, aponta Roma Júlia.

Para ser contador de histórias não é necessário ter ensino superior, mas é preciso ter a sensibilidade e o prazer de oralizar narrativas.  “Os melhores contadores de histórias, para mim, muitas vezes, não sabem nem ler. Então, para ser contador de histórias não é preciso ter formação acadêmica. O ofício é ancestral e vai além de qualquer coisa que você pode imaginar de academia. No entanto, a contação de histórias no mercado cultural é outra coisa, outro universo. Logo, dentro deste mercado, em geral, os contadores são pedagogos, artistas e também é composto por diversas pessoas com diferentes formações”, ressalta Júlia.

Beth Cruz pontua que o profissional deve estar atualizado e ser munido de sensibilidade.“Estar atualizado e procurar o entendimento para as coisas do coração, buscar os cursos profissionalizantes são opções interessantes para uma boa atuação”.

A tradição milenar de narrar histórias através da oralidade ultrapassa o tempo e continua diante das transformações sociais. O ofício, que é sinônimo de resistência, atualmente, lida com o forte crescimento das redes sociais e ferramentas digitais. Porém, os contadores têm se utilizados das novas plataformas como aliadas. " A contação de história é resistência desde que o mundo é mundo. Um ofício que resiste ao tempo e resistir a ele é muito difícil. As novas ferramentas e redes sociais chegaram para somar, mas precisamos entender como usá-las como aliadas. Acredito que a tecnologia e a contação de histórias, juntas, podem chegar mais longe”, esclarece Roma.

*Fotos: Reprodução/Facebook Roma Júlia e Beth Cruz

Publicado originalmente no site da UNAMA.

Nesta quarta-feira (20), o massacre que aconteceu na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, São Paulo, completa uma semana. O ataque feito por dois ex-alunos da escola, deixou 7 pessoas mortas na instituição, sendo 5 alunos e 2 funcionários. Após o massacre, os assassinos cometeram suicídio.

Os acontecimentos se assemelham com o ataque realizado na Columbine High School, no Colorado, Estados Unidos, em 1999, também cometido por dois ex-alunos. Na ocasião, 13 pessoas foram mortas e 24 ficaram feridas.

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Em 2009, o jornalista Dave Cullen lançou a obra de não-ficção ‘Columbine’, baseado no massacre do Colorado. O livro, de acordo com com o autor, foi fruto de uma pesquisa realizada por ele durante 10 anos e compreende dois enredos: a evolução dos assassinos pré ataque e as consequências para os sobreviventes durante a década seguinte.

‘Columbine’ ganhou vários prêmios e foi aclamado pela crítica. Assim como a obra de Cullen, outros livros, de ficção e não-ficção, também abordam o tema. Confira:

 

A sangue frio

Concebido pelo aclamado escritor Truman Capote, autor de ‘A bonequinha de luxo’, ‘A sangue frio’ foi lançado em 1966 e também é uma obra de não-ficção. A história é baseada na investigação realizada por Capote sobre a chacina da família Clutter, cometido em 1959 na cidade de Holcomb, nos Kansas, Estados Unidos.

Após conhecer a história pelos jornais, Capote foi até a cidade onde o casal Clutter e seus dois filhos foram assassinados e apurou o acontecido. Em 2005, essa investigação virou tema principal do filme ‘Capote’.

 

Precisamos falar sobre o Kevin

Escrito como um romance epistolar, Lionel Shriver estudou vários casos de massacres para construir a narrativa ficcional de ‘Precisamos falar sobre o Kevin’. Na história, a autora aborda um lado pouco discutido pela sociedade em casos como esses: Como fica a família dos assassinos?

No livro, o leitor conhece Eva, mãe de Kevin, personagem de 15 anos que mata 11 pessoas na escola em que estuda, e acompanha a guerra diária que a protagonista sofre pós-massacre.

 

A lista do ódio

Assim como ‘Precisamos falar sobre o Kevin’, ‘A lista do ódio’ também discute a perspectiva pós-ataque de alguém próximo ao assassino. Na narrativa, o leitor é apresentado a Val, uma adolescente que sobreviveu a um massacre realizado em sua escola e que resultou em várias mortes. No entanto, o assassino era seu namorado e a adolescente de forma inconsciente participou do planejamento.

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A Nossa Biblioteca realizou uma roda de conversa com os pais das crianças que frequentam o espaço, onde conversaram sobre o incentivo à leitura e comportamento dentro de casa, na quarta-feira (13), no bairro do Guamá, em Belém.

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Uma das coordenadoras da biblioteca falou que o objetivo da reunião é que os pais saibam a importância da leitura e passem a ter mais interação com os filhos. “Percebemos que algumas das nossas crianças convivem no mesmo espaço, mas os pais não têm afeto, momento de brincar e conversar com o filho. Aqui na biblioteca não abrimos mão disso”, disse Marta Lima.

As participantes da roda falam que a conversa é importante para desabafar e entender a dificuldade de outras famílias e juntos se ajudarem. “Achei interessante a professora perguntar o que se passou na nossa vida aos 8 anos de idade e cada uma de nós falou o que passou, o que brincou, o que viveu e eu tive uma infância boa”, explicou Iuza Vale, mãe da integrante do projeto.

 Aconteceu também uma oficina de desenho para as crianças da biblioteca com o professor Bruno Pedroso, que acredita na educação através da arte, principalmente dentro das periferias de Belém. “As crianças têm pouco acesso à informação e até mesmo acesso à arte. Crescemos nesse meio e vemos espaços como museus, galerias como uma realidade muito longe da nossa. Trazer essa experiência de trabalhar com a arte e incentivar é importante para buscar um estudo e um futuro melhor”, disse.

A conversa foi mediada pela professora Lúcia Garcia, do curso de Serviço Social, que falou da importância desse trabalho paralelo com os pais para poder identificar as dificuldades do relacionamento e convivência das crianças com a família.

“Além de criar um espaço de escuta para os familiares, em que a população em sua maioria em vulnerabilidade social, tem muitas dificuldades individuais e pessoais que, se não cuidadas, extrapolam na relação com as crianças”, finalizou a professora Lúcia.

 

 

 

Falando sobre amor e revolução, o livro de poesias ‘Furtiva’ será lançado neste sábado (16), no Recife Antigo, área Central da cidade. A obra foi escrita pela adolescente Bionde, de 16 anos.

Baseado em sua vivência periférica, os versos da escritora trazem à tona assuntos políticos e de cunho social, como racismo, violência urbana, machismo e misoginia. No entanto, o primeiro livro de Biondi fala sobre amor. “É um livro bem confessional, que passa por muitas das minhas vivências pessoais. Minha poesia sempre aborda temas políticos e eu considero que amar nesses tempos de hoje também é revolução”, conta.

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O lançamento faz parte do projeto Mostra de Publicações Independentes (MOPI), uma iniciativa da Castanha Mecânica, editora pernambucana independente que também é responsável pela publicação do livro. O evento é aberto ao público e acontece na sede da INCITI -Pesquisa e Inovação para as Cidades, às 16h.

Serviço

Lançamento do livro 'Furtiva'

16 de março | 16h

 Inciti (Rua do Bom Jesus, 191, Recife)

Aberto ao público

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