Tópicos | Meirelles

Já contando com a possibilidade de algum atraso, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, previu nesta quinta-feira (16) em Frankfurt, que a reforma da Previdência será aprovada pela Câmara dos Deputados até maio - a expectativa inicial é que o aval dos parlamentares seja concedido em abril, mas ele já considerou a possibilidade de alguma necessidade de postergação. A aprovação no Senado, conforme Meirelles, deve se dar no início do segundo semestre deste ano, considerando que se trata de uma casa com menos parlamentares e que, portanto, os trâmites tendem a ser mais rápidos.

As previsões do ministro foram apresentadas um dia depois de protestos contra a mudança nas regras da aposentadoria em várias regiões do País. Ele argumentou que não adianta manter as regras atuais e ter um sistema previdenciário falido, que não tem condições de cumprir suas obrigações. "Vimos isso acontecer aqui na Europa e também em alguns Estados no Brasil. Isso é uma coisa que prejudica todos", disse para jornalistas após participar de um seminário na Alemanha.

##RECOMENDA##

Mais cedo, ao canal de notícias CNBC, Meirelles já havia dito que o Brasil tem mostrado que agora está caminhando para a direção certa. "As reformas estão ocorrendo", afirmou. "Todas as reformas devem ser aprovadas no segundo semestre deste ano", previu. Além da Previdência, o ministro citou também as reformas tributária, de trabalho e da educação.

Discussões

O ministro da Fazenda afirmou que, apesar do descontentamento popular e dos protestos recentes no Brasil contra a reforma da Previdência, as conversas com partidos e no Congresso "estão indo bem", de acordo com ele. "Demonstrações como esta fazem parte da democracia", afirmou. "O importante é que o debate no Congresso está indo para frente", continuou, destacando que a reforma da Previdência é um desafio importante em todos os países.

Durante Conferência do Instituto Internacional de Finanças (IIF) sobre o G-20, em Frankfurt: "A agenda do G-20 sob a presidência da Alemanha", Meirelles também descreveu que o Ministério da Fazenda foi invadido por algumas horas na quarta-feira. Os manifestantes, no entanto, não chegaram ao gabinete.

O ministro aproveitou o seminário para explicar a importância da aprovação da PEC do teto dos gastos pelo Congresso para as finanças do governo. Ele enfatizou que a relação dos gastos públicos com o Produto Interno Bruto (PIB) praticamente dobrou nos últimos 25 anos passando de 10% para pouco mais de 19%. "Essa tendência, evidentemente, ficou mais clara nos últimos dois anos, quando houve aceleração, que não foi sustentável", disse, em relação ao governo de Dilma Rousseff. Com a PEC, de acordo com ele, haverá uma tendência importante de reversão.

Efeito das eleições

Meirelles afastou a possibilidade de que a disputa eleitoral de 2018 seja uma ameaça para as reformas que o governo quer implantar ainda deste ano: Previdência, trabalhista, tributária e de Educação. "A maioria dos candidatos é do centro ou do centro-direita e eles são favoráveis às reformas", afirmou Meirelles. "Claro que o PT do Lula fala contra a reforma. Ele falou em São Paulo ontem; foi uma das coisas que ele falou."

O ministro afirmou, no entanto, que, mesmo na hipótese de o ex-presidente Lula vencer o pleito, dificilmente haverá impacto na reforma da Previdência, por exemplo. Isso porque o ex-presidente, de acordo com Meirelles, possui um histórico de moderação. O atual ministro foi presidente do Banco Central durante todo o mandato de Lula como presidente de 2003 a 2010.

Ao descrever os candidatos que aparecem mais bem posicionados nas pesquisas, Meirelles citou o prefeito de São Paulo, João Doria. "Ele está subindo muito forte", considerou. Ele também citou a existência de um "militar controverso" na corrida presidencial, referindo-se ao deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ).

Para Meirelles, o maior desafio no Brasil atualmente é a Educação, que possui reflexos sobre a produtividade. De acordo com ele, alunos se debruçam por muito tempo sobre áreas que não têm efetividade prática.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse não ter presenciado nada "ilícito ou ilegal" durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva, quando foi presidente do Banco Central. Meirelles também afirmou que sua relação com parlamentares se restringia a depoimentos em comissões e não teve conhecimento sobre compra de apoio no Congresso Nacional.

As declarações foram dadas em depoimento por videoconferência ao juiz Sérgio Moro, em ação penal no âmbito da Lava Jato, que investiga supostos crimes de lavagem de dinheiro do ex-presidente. O vídeo do depoimento foi divulgado nos autos do processo.

##RECOMENDA##

No vídeo, Meirelles é questionado apenas pela defesa do ex-presidente. Moro não fez nenhuma pergunta e chegou a brincar que teria questionamentos econômicos, mas que aquela não era a ocasião apropriada para fazê-los.

A defesa de Lula perguntou se o ministro, enquanto presidente do Banco Central, identificou alguma prática indevida, como, por exemplo, Lula comandar um esquema de corrupção no governo. "Minha relação com o presidente era totalmente focada em assuntos do Banco Central ou de política econômica. Nunca vi ou presenciai nada que pudesse ser identificado como ilícito ou ilegal", afirmou.

Os advogados de Lula também perguntaram a Meirelles se, no contato com parlamentares para cumprir funções do Banco Central, ele teria tomado conhecimento de algum dado que pudesse indicar que o governo estaria promovendo a compra de apoio para expandir sua base no Congresso.

Meirelles respondeu que a relação dele com o Parlamento se restringia a depoimentos em comissões e à prestação de contas do BC ao Senado. Sob seu comando, reforçou, a autoridade monetária não se envolveu em políticas de governo ou na relação com parlamentares.

"Não tive conhecimento (sobre compra de apoio), porque minhas presenças no Congresso diziam respeito exclusivamente a assuntos do BC. Para ser mais preciso, pode ter havido algum parlamentar que pediu audiências ao BC para mencionar situação específica de interesse do Banco Central, mas não tive nenhum tipo de conhecimento ou interação com outros assuntos que não fossem do BC", afirmou Meirelles.

A defesa de Lula insistiu no questionamento sobre se Meirelles teve conhecimento de fato que indicassem a presença de uma estrutura criminosa no governo chefiada diretamente pelo ex-presidente. "Não tive acesso a nenhuma informação sobre isso, me limitava aos assuntos do BC", repetiu o ministro.

Independência

Meirelles confirmou ainda que Lula cumpriu a promessa de dar independência operacional a ele na presidência do Banco Central, cargo em que permaneceu durante todo o período que compreende os dois mandatos do petista (2003-2010). "Independente de desacordos que tive com outros membros do governo e outros ministros, sempre tomei decisões no BC de forma independente e o presidente Lula me manteve no cargo", relatou.

Resultados econômicos

O ministro também foi perguntado sobre os resultados econômicos do governo Lula e avaliou que o grande fator daquele período foi a estabilização da inflação e da economia, com a queda dos custos financeiros e dos juros para as empresas. "Isso levou ao aumento do crédito e do crescimento. Paralelamente, o governo adotou políticas de cunho social para complementar a renda da população mais necessitada", afirmou.

Pergunta impugnada

A defesa de Lula ainda chegou a perguntar se, na avaliação de Meirelles, o governo Lula teria trazido benefício para o País, e não benefícios próprios para pessoas do governo, mas essa pergunta foi impugnada pelo juiz Sérgio Moro, que disse não "ser apropriado fazer propaganda política" no depoimento.

O presidente Michel Temer e a primeira dama Marcela Temer aproveitaram o sábado de sol no Palácio da Alvorada. É o primeiro final de semana do presidente na residência oficial. Mesmo depois de assumir a Presidência, após o impeachment de Dilma Rousseff, Temer permanecia no Palácio do Jaburu enquanto aguardava uma reforma no Alvorada.

Com as obras encerradas, a mudança para a nova residência foi concluída esta semana. Na sexta-feira, Temer e sua família estiveram em São Paulo, mas neste sábado o presidente manteve encontros políticos no Alvorada.

##RECOMENDA##

Durante a tarde, enquanto Marcela e o filho do casal, Michelzinho, brincavam com um cachorro, Temer recebia os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira. Mesmo antes da mudança oficial, Temer já vinha utilizando as instalações do Alvorada para reuniões e encontros com lideranças políticas.

Situado às margens do Lago Paranoá, o Alvorada foi o primeiro edifício inaugurado em Brasília, em 30 de junho de 1958. A residência oficial, assim como muitos outros prédios públicos de Brasília, foi projetada por Oscar Niemeyer.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta sexta-feira, 10, que é muito importante que o plano de recuperação fiscal do Estado do Rio seja executado integralmente. Segundo o ministro, não há "plano B" para solucionar a crise fiscal do Rio e será preciso privatizar e dar as ações da estatal de águas e esgoto Cedae para que o governo consiga novos empréstimos.

"É muito importante que o programa seja executado integralmente para funcionar. A Cedae é colocada em processo de privatização, e as ações da companhia são dadas em garantia para a União, que, em função disso, pode conceder um aval para que instituições financeiras possam fazer um empréstimo para o Estado do Rio", disse Meirelles, após visitar a nova sede do jornal O Globo, no Rio.

##RECOMENDA##

Segundo Meirelles, se a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) rejeitar algum item do plano de recuperação, o acordo não poderá ser levado à frente, a menos que o item rejeitado seja substituído por outro pelo governo estadual. "Em resumo, as contas têm que fechar. A matemática não aceita acertos", disse o ministro.

Além da privatização da Cedae, o termo de compromisso assinado entre o Estado do Rio e a União exige como contrapartida a elevação da contribuição previdenciária dos servidores públicos e o congelamento dos salários.

Meirelles voltou a minimizar o fato de o Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) ter cassado o mandato do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), que também teve o nome citado em algumas investigações da Operação Lava Jato. "O acordo é institucional entre a União e o Estado do Rio de Janeiro. Ele é superior às pessoas. É um acordo no interesse da população", afirmou o ministro.

O ministro disse ainda que Pezão não consultou o Ministério da Fazenda antes de anunciar que o reajuste para servidores da área de segurança, previsto em acordo firmado em 2014, seria mantido mesmo com a assinatura do plano de recuperação. Pezão confirmou o reajuste após o movimento dos policiais militares do Espírito Santo, que estão aquartelados.

Segundo Meirelles, não haveria motivo para o governo fluminense consultar o ministério, porque o plano ainda não está valendo. "Para o acordo ser implementado é necessária a aprovação de uma lei no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa. A partir daí, sim, o governo federal vai estar inspecionando e fiscalizando o que está sendo feito. No momento, existe uma autonomia federativa, garantida pela Constituição", disse o ministro.

O governo prepara um programa de simplificação tributária que será adotado até o fim do ano. A promessa foi feita pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Temas mais espinhosos como a reforma do sistema estadual do ICMS ou do PIS/Cofins, porém, demandarão mais tempo, reconheceu o ministro.

"A simplificação de procedimentos tributários será implementada até o fim do ano. Essa é uma medida de maior importância porque hoje as empresas dispendem recursos humanos e técnicos importantes para simplesmente pagar impostos", disse o ministro após cerimônia para divulgar mudança no programa Minha Casa Minha Vida. A mudança, disse Meirelles, fará com que o pagamento de impostos "seja racional, simples e rápido".

##RECOMENDA##

O ministro da Fazenda notou, porém, que alguns temas demandarão mais tempo do governo para avanços. Ele deu como exemplo o complexo sistema estadual do ICMS e a estrutura do federal PIS/Cofins. Nesses casos, disse o ministro, a mudança "vai demandar mais tempo".

"Isso é a simplificação tributária no sentido de racionalizar e simplificar toda a estrutura tributária do Brasil. Esse é um projeto com prazo maior, mas certamente muito importante tal qual outros projetos que eram julgados como impossíveis como a questão do teto do gasto", disse Meirelles. "Também vamos enfrentar e será bem sucedido."

O Banco do Brasil negocia empréstimo de R$ 6,5 bilhões ao Rio de Janeiro para ajudar o governo do Estado a sair da situação atual de caos financeiro. Uma ampla reestruturação da dívida do Estado com bancos credores também faz parte das negociações do acordo de emergência, que precisa ser homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A estimativa ainda preliminar é de uma reestruturação de R$ 6 bilhões em dívidas que vencem só este ano. Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, a reestruturação vai prever a suspensão do pagamento de principal e juros durante o período de vigência do Regime de Recuperação Fiscal (RFF) previsto para durar três anos.

##RECOMENDA##

O financiamento do BB, que pode contar com a participação de outros bancos, terá a garantia da União. A operação e a reestruturação da dívida fazem parte das linhas gerais do acordo que o Ministério da Fazenda fechou ontem com o governo fluminense e que será concluído na próxima semana pelas equipes técnicas.

A privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae) fará parte do acordo, segundo uma integrante da equipe econômica. Apesar da resistência do governo estadual, a Fazenda não abriu mão da privatização da estatal para garantir o fechamento das contas nos próximos anos. Será feita uma avaliação do valor da empresa, que pelos cálculos preliminares poderá ficar entre R$ 4 bilhões e R$ 6 bilhões.

Nesta quarta-feira, 11, a Cedae informou em nota ao mercado que suas ações poderão ser colocadas em garantia, com possibilidade de venda, para o abatimento da dívida do Estado com a União. O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, era contrário à ideia de privatizar a companhia, mas acabou cedendo e admitiu a necessidade de incluir a estatal no acordo. O BNDES já trabalha, inclusive, na modelagem da operação, que está em processo adiantado.

Os recursos obtidos com a venda da estatal ou receitas de royalties de petróleo do Estado poderão ser oferecidos como contragarantias à União no empréstimo a ser concedido BB, segundo informou um integrante da equipe econômica.

Sem detalhes

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, preferiu não adiantar pontos específicos da negociação, mas admitiu que a concessão de novos empréstimos ao Rio é uma das alternativas estudadas. Nesta quarta-feira, o presidente do BB, Paulo Caffarelli, participou da reunião com Meirelles e Pezão.

Havia a expectativa de que a negociação fosse concluída nesta quinta-feira, 12. A base é a proposta de RRF que havia sido encaminhada ao Congresso, mas acabou sendo vetada pelo presidente Michel Temer após os deputados terem derrubado todas as contrapartidas de ajuste fiscal que seriam cobradas do Estado que aderisse ao programa. Mas a conclusão foi de que não haveria tempo hábil para acertar todos os detalhes pendentes. "Acredito que quinta ou sexta da semana que vem estamos entregando (o acordo) à ministra Cármen Lúcia", disse Pezão.

Com o fechamento das linhas gerais do acordo, que inclui a redução de jornada de trabalho, aumento para 14% da contribuição previdenciária e proibição de reajustes dos servidores, os técnicos estão mapeando contrato por contrato de empréstimos feitos pelo Rio com os bancos. Cada credor fará um acordo em separado.

Segundo Meirelles, não há nenhum ponto que esteja "pegando" no acordo. Entre os compromissos que deverão ser honrados pelo governo fluminense estão o aumento da alíquota da contribuição previdenciária ou a redução de jornada e salários de servidores. Pezão lembrou que a redução de jornada e de salários depende de decisão do STF, que discute a questão em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade. O plenário do STF vai julgar o caso na primeira sessão do ano, em 1º de fevereiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, assinou há pouco a adesão formal do Brasil ao Clube de Paris, fórum criado na década de 1950 e que gerencia o valor devido a 21 das maiores economias globais. A assinatura ocorre em cerimônia no Ministério da Fazenda, da qual participa o embaixador da França no Brasil, Laurent Bili.

Antes de assinar, Meirelles, afirmou que o Brasil já tinha sido admitido no clube, mas não tinha entrado formalmente, o que ocorreu nesta sexta-feira, 30, com a assinatura da adesão. Até então, o Brasil era membro "ad hoc", que dava o direito ao País de participar das negociações.

##RECOMENDA##

Simbolismo

Meirelles afirmou que, para além das vantagens objetivas, a adesão do Brasil ao Clube de Paris é um ato simbólico que consolida a figura do País como credor internacional. Para Meirelles, a adesão é ainda uma sinalização de confiança para os credores internacionais.

"Além das vantagens objetivas, existe também um aspecto simbólico. Brasil foi durante um longo tempo um devedor internacional líquido e, portanto, participou do clube como devedor", afirmou Meirelles em discurso após a assinatura da adesão do Brasil ao Clube de Paris ao lado do embaixador da França no Brasil, Laurent Bili.

O ministro ressaltou a ação do Clube no equacionamento da situação de crédito de países em desenvolvimento e emergentes, na adoção de mecanismos de prevenção de crise e problemas de dívida externa de toda a comunidade internacional e na definição do tratamento homogêneo por parte dos credores.

Meirelles ressaltou ainda que a adesão do Brasil permitirá ao País participar da definição das regras e da formação de jurisprudência para o tratamento da dívida que definem o comportamento dos credores. "Isso é vital para qualquer país credor", afirmou o ministro no discurso.

O ministro afirmou ainda que a adesão ao Clube é uma sinalização para credores internacionais de que o Brasil está adotando políticas, propostas e reformas para consolidar sua posição como credor.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, não descartou orientar o presidente Michel Temer vetar algum ponto do projeto do Regime de Recuperação Fiscal, desenhado para Estados em calamidade financeira, aprovado nessa terça-feira (20) pelos deputados.

"É uma prerrogativa do governo, mas ainda nem recebemos o texto, temos que analisar isso com lupa", afirmou em evento promovido pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Futuro 10 Paraná, em Curitiba.

##RECOMENDA##

Da forma como foi aprovado na Câmara, o pedido de recuperação fiscal de Estado que decretar calamidade financeira vai demorar mais tempo para ser aprovado pelo Ministério da Fazenda. A equipe econômica já avisou que não vai aprovar planos de recuperação judicial na base de "me engana que eu gosto". O plano terá que atender as exigências do governo.

Sem as contrapartidas previstas na lei, a aprovação da recuperação deixará de ser automática e a equipe do Tesouro terá que levar mais tempo para analisar em detalhes os planos de recuperação a ser apresentado pelos Estados do Rio, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

"É igual a um processo de recuperação judicial que uma empresa faz com um juiz. A empresa tem que levar um plano que convença o juiz de que executando ele a empresa ficará viável", disse ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, um integrante da equipe econômica.

Para a Fazenda, a Câmara dos Deputados tomou "aparentemente" a decisão mais fácil ao retirar as contrapartidas, mas acabou retardando as negociações com prejuízos para a recuperação dos próprios Estados. Isso porque a lei aprovada manteve o poder do Ministério da Fazenda de dar a recomendação favorável para o Estado entrar no Regime de Recuperação Fiscal. Esse regime procura espelhar o que acontece com a recuperação judicial das empresas. Os deputados também mantiveram a prerrogativa do presidente da República de homologar ou não a recuperação.

"Sem o plano de recuperação, a Fazenda não vai aprovar", disse a fonte da equipe econômica. Ela acrescentou que teria sido muito melhor manter as contrapartidas.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, avisou o governador do Rio de Janeiro, Luiz Pezão, que sem as contrapartidas o plano vai demorar mais para ser aprovado.

A pressão política é vista pela equipe econômica com naturalidade, mas a avaliação é de que o efeito de aprovar uma recuperação que seja inútil seria um desastre, comprometendo a recuperação da economia brasileira. "Se tivesse tudo na lei, seria melhor, inclusive para o Rio", ressaltou a fonte. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira, 20, que às vezes as pessoas reclamam do ruído político, mas mesmo assim os mercados brasileiros estão estáveis. A declaração foi dada durante evento promovido pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Futuro 10 Paraná, em Curitiba.

Meirelles contou que ouviu durante meses que a PEC do teto dos gastos não seria aprovada, mas hoje o projeto já foi sancionado pelo presidente Michel Temer e faz parte da Constituição brasileira. "O risco País está estável, porque as medidas fundamentais estão sendo tomadas."

##RECOMENDA##

Meirelles se atrasou mais de duas horas para o evento e, mesmo quando já estava no palco e foi chamado ao púlpito, discutiu ainda alguns minutos com um assessor antes de iniciar sua fala. "Foi muito difícil sair de Brasília hoje, pois estávamos resolvendo questões fundamentais que estão sendo discutidas lá. O momento atual exige de nós total senso de responsabilidade", comentou.

Ele disse que a reforma da Previdência foi apresentada ao Congresso este ano, "também contra as expectativas", e que isso mostra que o Brasil trabalha e caminha em direção a um crescimento fiscal sustentável.

PIB

Meirelles afirmou que o ano de 2017 deve ter um crescimento baixo, porque o PIB se mede pela média de ano contra ano. Entretanto, considerando que o PIB caiu muito este ano, quando se comparar o último trimestre deste ano com o último de 2017, o crescimento será de mais de 2%.

Meirelles explicou que demanda um certo tempo para as empresas reestruturarem suas dívidas e as famílias organizarem suas contas, mas isso já está acontecendo. Segundo ele, o nível de endividamento das famílias já caiu de 44% para 42% da renda atualmente.

Ele também comentou que a atividade no próximo ano pode ter auxílio da política monetária, já que o Banco Central está reduzindo os juros e indicou que pode aumentar o ritmo de corte na Selic no próximo ano. O ministro, no entanto, fez questão de ressaltar que não está dando nenhum palpite sobre o que o BC deveria fazer. "Não sou eu que estou falando, é o mercado, os analistas que esperam uma queda gradual nos juros."

Não foram apenas divergências em relação à economia e o histórico de rusgas acumuladas durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva que fizeram a então presidente Dilma Rousseff resistir à nomeação do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles no Ministério da Fazenda como substituto de Joaquim Levy, segundo conta um dos ex-assessores da petista em livro a ser lançado nesta quinta-feira, 8.

"Além das diferenças do que fazer na economia, havia um motivo pessoal para ela recusar toda a pressão feita em nome de Henrique Meirelles: Dilma jamais perdoaria o ex-presidente do Banco Central pela reação deste quando ela descobriu que tinha câncer, já candidata à Presidência da República em 2010 (na verdade em 2009). A então ministra soube que Meirelles aproveitara a notícia para dizer a Lula que se Dilma não se recuperasse, ele estaria ali, com saúde e à disposição para ser o candidato."

##RECOMENDA##

O episódio, negado por Meirelles, recheia "À Sombra do Poder" (editora Leya), do jornalista e cientista político Rodrigo de Almeida. Em 219 páginas, Almeida, que foi assessor de imprensa de Levy e secretário de Imprensa da Presidência da República entre abril de 2015 e maio de 2016, relata, de um ponto de vista privilegiado, histórias de bastidores sobre o processo que levou ao impeachment de Dilma. Entre elas a desavença com o atual ministro da Fazenda.

Solidário no câncer

"Em nome da sua vontade incessante de ser presidente da República, Meirelles não foi solidário nem no câncer, ela (Dilma) pensou, num raciocínio que evidentemente nunca externou em público", escreve Almeida.

Meirelles, por meio de sua assessoria, negou enfaticamente que tenha feito a movimentação. "Essa história é falsa e jamais ocorreu. Eu não cometeria essa indelicadeza. O autor demonstra desconhecimento dos eventos e das minhas características pessoais", disse o ministro ao questionamento feito pela reportagem.

Boa parte do livro é dedicada à relação entre Dilma e o então vice-presidente Michel Temer, começando pelo esforço do peemedebista para recompor a relação entre o Planalto e o Congresso no início do segundo mandato da petista, "dinamitado" pelo então ministro da Casa Civil Aloizio Mercadante.

"O ex-presidente Lula havia tentado pacificar o PMDB no início do segundo mandato. Mercadante dinamitou a estratégia. Dilma ainda fez uma tentativa quando Temer assumiu a coordenação política, em abril de 2015, mas se esqueceu de tirar Mercadante do caminho."

Segundo o livro, a presença de Mercadante no caminho de Temer não foi um ato de inabilidade de Dilma mas, ao contrário, um primeiro sinal de desconfiança da presidente em relação ao vice.

O vice

"Dilma sabia, no entanto, da movimentação de seu vice. Sabia que Cunha o avisou previamente da decisão de aceitar o pedido de impeachment contra ela. Sabia que uma parcela significativa do PMDB discutia com setores do governo e da oposição sobre o dia seguinte à sua queda".

A ruptura, no entanto, só se tornaria pública em abril de 2016, quando vazou o áudio de um possível discurso de posse de Temer. "Não estou acreditando. Eu não ouvi direito ou ele mostrou a todos que é, de fato, um golpista", reagiu Dilma, segundo Almeida.

O jornalista também relata com riqueza de detalhes o longo processo de fritura de Levy. Segundo ele, Dilma soube da demissão do auxiliar quando um repórter telefonou para repercutir a informação. "A presidente balançou a cabeça em sinal de reprovação e sorriu para mim como quem pergunta: 'O que posso fazer?!'".

Antes disso, em setembro de 2015, Dilma havia recebido uma visita do presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, descrito como um dos mais próximos conselheiros da presidente. "Naqueles dias de tensão, muita gente primeiro torcera o nariz contra a visita. Mas uma segunda conclusão sugeriu que Trabuco era, no fundo, o portador de uma importante mensagem do sistema financeiro para a presidente da República. Nas entrelinhas, ele lhe dizia:'se Joaquim Levy não for fortalecido no seu papel de ministro da Fazenda, os bancos tiram o apoio ao governo'".

O livro será lançado nesta quinta-feira, na Casa do Saber, no bairro do Itaim Bibi, na zona sul de São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira (6) ser "evidente" que a instabilidade política causa "incertezas" na economia. Ele espera, porém, que o Senado cumpra o cronograma de votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Teto de Gastos, marcada para a próxima terça-feira (13).

As declarações foram feitas na tarde de terça durante evento na sede da União Geral dos Trabalhadores (UGT), em São Paulo. Ele apresentou a proposta de reforma da Previdência aos sindicalistas no mesmo dia em que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se recusou a deixar o cargo após decisão liminar do ministro Marco Aurélio Mello. Renan controla a pauta da Casa.

##RECOMENDA##

Questionado se a instabilidade política atrapalha a economia, Meirelles disse que a expectativa do governo é de que a votação da agenda econômica seja respeitada. "É evidente que (a instabilidade política) gera algumas incertezas, mas é difícil dimensionar isso neste momento. Os mercados estressaram um pouco, depois se acalmaram um pouco. O importante é que a agenda de votação no Senado prossiga normalmente", afirmou o ministro.

"O calendário de votação da PEC já é objeto de acordo de líderes. Vamos aguardar o pronunciamento do presidente em exercício do Senado, o senador (Jorge) Viana (PT), e a partir daí vamos ver. Nossa expectativa é de que vai ser votado normalmente, que o acordo (de líderes) será seguido", afirmou Meirelles.

Opinião

O ministro reconheceu, no entanto, que Viana e o PT têm uma postura contrária à PEC. "Todos sabemos a opinião do partido em relação a isso, o debate já existe há bastante tempo. Vamos aguardar como ele vai definir o prosseguimento da votação", disse.

Meirelles lembrou que a votação da PEC em primeiro turno teve apoio de ampla maioria dos senadores. Foram 61 votos a favor da proposta e 14 contra - eram necessários 49 votos para aprová-la. A votação em segundo turno foi acertada entre líderes das bancadas e Renan Calheiros.

De acordo com o ministro da Fazenda, o governo Michel Temer não mudou sua programação em relação à reforma da Previdência, ou seja, o Palácio do Planalto espera aprová-la no primeiro semestre de 2017.

Meirelles afirmou que a PEC do Teto, que impõe um limite aos gastos públicos pelos próximos 20 anos, e a reforma da Previdência vão impulsionar a confiança e isso é um fator relevante para a retomada da economia da brasileira - em recessão pelo sétimo semestre seguido.

Prazos

Nesta terça, o adiamento da sessão plenária do Senado levou ao cancelamento da votação do projeto de lei para atualizar o crime de abuso de autoridade e estendê-lo para integrantes do Ministério Público e Judiciário. Ainda não está definido quando o texto será discutido novamente na Casa.

Em relação à PEC do Teto, o cancelamento da sessão não interferiu na contagem do prazo para o segundo turno. A PEC se encontra em fase de interstício, que é contado em dias úteis. Dessa forma, o cancelamento da sessão não interfere na contagem do prazo.

A partir desta quarta-feira (7), a PEC do Teto entra na pauta de votação do plenário do Senado, onde deve aguardar novo prazo, este, sim, contado em sessões deliberativas. Com isso, a PEC terá de passar por três sessões de discussão antes de ser votada.

No calendário do Senado, é previsto que as sessões de discussão sejam realizadas na próxima quarta, quinta e terça-feira. Em caso de sessões canceladas, os senadores podem abrir sessões extraordinárias na sexta ou na segunda-feira para evitar atrasos. Ainda, em último caso, os senadores podem fazer um requerimento para suspender os prazos e votar urgentemente a PEC. Colaboraram Isabela Bonfim, Erich Decat, Julia Lindner e Isadora Perón. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O dólar começou volátil, prevalecendo nesta segunda-feira (5) a desvalorização ante o real. No exterior, o dólar perdeu força também ante divisas principais no exterior, além de outras moedas emergentes e ligadas a commodities.

Os mercados passam por realização de lucros recentes, após subirem um pouco mais nos primeiros negócios", disse um operador de uma corretora.

##RECOMENDA##

Às 9h46, o dólar à vista caía 0,46%, a R$ 3,4568. O dólar para janeiro recuava 0,54%, a R$ 3,4870.

No exterior, o governo da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, deve entrar nesta segunda com um pedido na Suprema Corte do país para revogar uma sentença orientando que o Parlamento tenha a última palavra sobre as negociações da saída do país da União Europeia.

Segundo um profissional de renda fixa, o mercado mostra também alívio após o presidente Michel Temer ter dado respaldo ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e com notícias de que o governo prepara um pacote de medidas para ajudar na retomada do crescimento.

O líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse nesta segunda-feira, 28, que a substituição de Geddel Vieira Lima será decidida "no momento apropriado". "Por enquanto, há uma equipe na Secretaria de Governo preparada que vai continuar tocando o trabalho. No momento apropriado, o presidente fará a mudança", afirmou.

Jucá disse ainda que o cargo não é do PMDB. "Não é vaga de ninguém, qualquer cargo de ministro é do presidente da República". O senador disse que é preciso ter calma e tranquilidade e que "o governo vai continuar funcionando, operando, independente de ter um ministro na Secretaria".

##RECOMENDA##

Questionado se defende que a Secretaria seja extinta e que o presidente Michel Temer assuma um papel de articulador, Jucá disse que o presidente "por ser um político experiente é um homem que toma decisões políticas num governo que ele comanda". "Ele não será apenas um coordenador político", afirmou.

Calero

O senador, que também é presidente nacional do PMDB, disse ainda que não sabia que o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero - que foi o pivô do episódio que culminou com a saída de Geddel - era filiado ao partido. "Não sei se ele é filiado ao PMDB, soube que ele tinha disputado eleição pelo PSDB", afirmou.

Diante da afirmação de que o ex-ministro era sim do partido e dos questionamentos de uma eventual punição a Calero, Jucá afirmou que é preciso aguardar os desdobramentos. "Não temos porque tomar nenhuma posição a respeito da função dele por conta da questão partidária. Não é questão partidária que está em jogo", disse.

Jucá disse ainda que a gravidade do ministro Calero ter gravado um Presidente da República existe independentemente do meio que foi utilizado, mas também ponderou que é preciso aguardar o desenrolar dos fatos para ver se o ex-ministro pode ser punido, já que é um diplomata. O ex-ministro disse que ele e o presidente tiveram três conversas sobre o embargo à obra do empreendimento imobiliário La Vue, em Salvador - projeto em construção onde Geddel é dono de um apartamento.

Sobre a solicitação da Procuradoria-Geral da República à Polícia Federal para ter acesso as gravações, Jucá disse que isso é "extremamente positivo". "O presidente Michel Temer ontem disse que é importante que a conversa que ele teve, ele gostaria que ficasse tudo claro. Se existe a gravação e fosse possível torná-la pública também seria importante, então não há nenhum tipo de apreensão", completou.

Impeachment

Jucá disse ainda que o pedido de impeachment de Temer protocolado hoje pelo PSOL "não tem nenhum cabimento". "Eu acho que é uma ação política", disse. "Não tem nenhum cabimento jurídico nesse pedido do PSOL, é uma chicana, é uma manobra política, tentando atrapalhar, mas não tem dimensão", afirmou.

O senador comentou ainda a retomada das manifestações de rua e disse que elas "são legítimas". "Elas podem ocorrer, em ocorrendo o governo deve levar em conta. É importante aprender e ouvir as manifestações, mas também será levada em conta (...) uma manifestação político-partidária, que é natural da democracia, mas não deve atrapalhar a maioria", afirmou.

Começou na tarde desta segunda-feira, 28, a reunião do presidente Michel Temer com líderes da base aliada no Senado, no Palácio do Planalto. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, também está na reunião. Após o encontro, segundo a assessoria do Planalto, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) deverá conceder entrevista coletiva.

Também participam da reunião: o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), o interino do Planejamento, Esteves Pedro Colnago Junior, além dos líderes Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), Cristovam Buarque (PPS), Elmano Férrer (PTB), Eunício Oliveira (PMDB), José Agripino (DEM). Com a saída de Geddel Vieira Lima da Secretaria de Governo, Temer reassume ainda mais a articulação política e quer garantir o avanço da PEC do Teto no Senado, cuja votação em primeiro turno está agendada para ocorrer amanhã.

##RECOMENDA##

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, confirmou nesta quinta-feira, 24, que, com a devolução imediata de R$ 100 bilhões do BNDES ao Tesouro Nacional, a dívida bruta da União cairá na mesma proporção ainda este ano. A operação foi aprovada na quarta-feira, 23, pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e o banco de fomento anunciou que o repasse ocorrerá em uma só parcela, ao invés das três previstas originalmente.

"Os recursos do BNDES serão utilizados integralmente para o pagamento da dívida pública", enfatizou o ministro.

##RECOMENDA##

Além disso, com a devolução antecipada desses recursos, destacou Meirelles, o Tesouro terá uma economia superior a R$ 30 bilhões com relação as custos implícitos dos empréstimos. De acordo com o BNDES, esse efeito será de R$ 37,3 bilhões.

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta segunda-feira (21) que as negociações de medidas para socorrer os Estados, que enfrentam grave crise financeira, está concentrada no Ministério da Fazenda. A declaração ocorre depois de um desencontro entre Padilha e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sobre fontes de recursos que poderiam ser empregadas na operação de resgate.

Na sexta-feira, 18, Padilha disse que os R$ 100 bilhões que devem ser devolvidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao Tesouro poderiam ser utilizados no socorro, o que mais tarde foi desmentido por Meirelles. Nesta segunda, o titular da Casa Civil preferiu destacar que a discussão está sob o comando da Fazenda.

##RECOMENDA##

"Na área econômica do governo, centralizada na Fazenda, é que esse tema está sendo discutido. Haverá por parte dos governadores propostas, ou proposta de cada um deles, que serão avaliadas pela Fazenda para ver de que forma (o governo federal) pode ser parceiro. O ministro da Fazenda tem deixado claro que o mais fácil é fazer com que se viabilizem financiamentos diretamente para os Estados", disse Padilha.

O ministro-chefe da Casa Civil afirmou ainda que, assim como o governo federal está ajustando suas contas, os governos estaduais também terão de reequilibrar suas finanças. Amanhã, os governadores estarão em Brasília para se reunir com Meirelles e o presidente Michel Temer.

"A União vai para negociação com Estados sem que haja premissas sobre a mesa. O governo federal, nas palavras do presidente, tem sim as responsabilidades que são da federação, há outras que são dos Estados, mas ele (Temer) entende que é preciso que haja convergência de interesses para que se possa ir resolvendo progressivamente a crise dos Estados", disse Padilha. "Medidas eu penso que não (teremos), nós teremos propostas dos Estados que serão analisadas pela área econômica do governo."

Segundo Padilha, uma questão que deve ser avaliada pela Fazenda é a possibilidade de antecipar recursos da repatriação em 2017. Os Estados têm direito a parte do imposto de renda, e há quem defenda que a União antecipe esses valores para repassar aos Estados ainda este ano.

O ministro-chefe da Casa Civil disse ainda que Temer vai cumprir a promessa de enviar ao Congresso Nacional a proposta de reforma da Previdência ainda este ano.

O governo federal avalia diversas alternativas para tentar ajudar os Estados em crise, mas desde que não prejudiquem o ajuste fiscal, afirmou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em entrevista a jornalistas em Nova York nessa quinta-feira (17). Uma das possibilidades, segundo disse posteriormente o Ministério da Fazenda, seria fazer novas operações de securitização de recebíveis para ajudar governos estaduais.

A ideia seria permitir operações de securitização de recebíveis por instituições ligadas aos Estados. Esse modelo foi usado na captação feita pelo fundo de previdência dos servidores fluminenses, a RioPrevidência, em 2014. Naquela ocasião, o fundo captou recursos com a emissão de papéis respaldados com a perspectiva de recebimento futuro de royalties do petróleo.

##RECOMENDA##

Impacto

O ministro da Fazenda fez questão de salientar em diversos momentos da entrevista que essa ajuda aos Estados não pode comprometer o ajuste fiscal, o que prejudicaria a economia. "Não podemos, na ânsia de aliviar os efeitos da doença no paciente, prejudicarmos fatalmente a saúde do paciente."

Na semana que vem, de volta ao Brasil, Meirelles disse que se reunirá com o presidente Michel Temer para discutir a questão dos Estados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quinta-feira (3) que ainda está concluindo as contas sobre os R$ 50,9 bilhões arrecadados com a lei da repatriação para só então chamar a imprensa para detalhar como e quando o governo irá aplicar esses recursos. "Ainda estamos fechando as contas e vamos chamar vocês, jornalistas, hoje ou amanhã para conversarmos", afirmou Meirelles, ao sair do ministério para uma solenidade no comando da Aeronáutica em Brasília.

Na última terça-feira, em São Paulo, Meirelles disse que do total arrecadado com a lei de repatriação, R$ 38,5 bilhões vão para o governo federal e o restante será dividido proporcionalmente entre Estados e municípios, conforme previsto em lei. O ministro acrescentou na ocasião que mais da metade dos R$ 38,5 bilhões da União serão usados para quitar restos a pagar deixados pelo governo anterior. Os valores também farão frente a possíveis frustrações de receita nos últimos dois meses do ano.

##RECOMENDA##

Meirelles recebe agora às 13 horas a Comenda da Ordem do Mérito Aeronáutico. Como não estava em Brasília no Dia do Aviador, quando diversas personalidades receberam o título, o ministro irá receber a Comenda em uma cerimônia fechada do gabinete do comando da Aeronáutica.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, destacou nesta quinta-feira (27) para uma plateia de micro e pequenos empresários no Palácio do Planalto que o governo precisa controlar suas contas como condição essencial para o País voltar a crescer. "Fazer o dever de casa começando por si próprio", defendeu o ministro.

Meirelles acrescentou que, com a aprovação da PEC do Teto dos Gastos Públicos na Câmara dos Deputados, o governo de Michel Temer mostra que já está fazendo esse movimento de cuidar dos próprios gastos. O ministro ponderou, no entanto, que conter a expansão das despesas públicas não será algo simples e que exigirá muito trabalho de todos. "Não vamos nos enganar que isso é um projeto, uma empreitada fácil. É muito dura, muito difícil". Porém, segundo ele, "é o que precisamos fazer para permitir que a economia cresça."

##RECOMENDA##

O ministro disse também, reafirmando fala do presidente do Sebrae, Afif Domingos, que política social eficaz é aquela que gera emprego e renda e que passa pelo crescimento econômico. "Crescimento econômico no Brasil hoje passa pelo governo controlar suas próprias despesas", reforçou mais uma vez.

Para o ministro, quando a atividade começa a dar sinais de reação, o primeiro resultado é a criação de empregos nas micro e pequenas empresas, na base. "Esse é o grande impacto."

O presidente Michel Temer está reunido neste momento com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, no gabinete presidencial do Palácio do Planalto. O encontro, que não constava na agenda presidencial, segundo a assessoria do Planalto, é para tratar do calendário de votação da PEC do teto dos gastos no Congresso.

O governo pretende aprovar a matéria em segundo turno na Câmara amanhã e depois da pauta segue para o Senado. O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, também está no encontro. O governo quer que toda a tramitação da PEC seja concluída ainda este ano e trabalha para que o Congresso acelere o processo.

##RECOMENDA##

No encontro de ontem, entre Temer e Renan, no palácio do Jaburu, o presidente do Senado assegurou seu apoio ao governo. Temer vai daqui a pouco para jantar na residência do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para repetir o afago que fez aos parlamentares no primeiro turno da PEC.

No caso do jantar com senadores, o presidente pensou em chamá-los ao Alvorada para repetir o que faz com deputados nesta quarta-feira e incumbiu Renan de administrar todos os convidados. No entanto, a data foi alterada para possivelmente na segunda semana de novembro.

Embate

Apesar de o encontro acontecer após Renan voltar a criticar o ministro da Justiça, Alexandre Moraes, fontes do Planalto tentam minimizar o episódio e afirmam que o assunto não está em pauta. Na semana passada, em entrevista exclusiva ao Broadcast Político no dia da operação quando disse que ele havia extrapolado das suas funções quando falou sobre a ação que deteve os policiais legislativos.

"É lamentável que isso aconteça, um espetáculo inusitado, que nem a ditadura fez, com a participação do ministro do governo, que não tem se portado como um ministro de Estado, no máximo como um ministro circunstancial de governo, chefete de polícia", reclamou novamente hoje.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando