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O Sri Lanka fechou nesta quinta-feira (6) suas fronteiras com a Índia, seguindo os passos de outros vizinhos do gigante do Sudeste Asiático, que luta contra uma onda brutal do coronavírus.

Bangladesh e Nepal também fecharam suas fronteiras com a Índia, que registrou um grande número de infecções e mortes relacionadas à covid-19 nas últimas três semanas.

A Índia contabiliza mais de 230.000 mortes e 21 milhões de casos desde o início da pandemia.

Sri Lanka, Bangladesh e Nepal combatem seus próprios problemas sanitários, enquanto a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho destaca "um desastre humanitário que se aprofunda" no sul da Ásia.

O governo do Sri Lanka proibiu a entrada em seu território de passageiros em voos procedentes da Índia. O país registrou nesta quinta um recorde de mortes diárias, com 14 e 1.939 infecções em 24 horas.

A Marinha do Sri Lanka, que intensificou suas patrulhas para evitar que os pesqueiros indianos se aproximem de suas águas, informou que interceptou hoje 11 embarcações que cruzavam o estreito entre os dois países vizinhos.

Bangladesh suspendeu os voos internacionais a partir de 14 de abril e fechou sua fronteira com a Índia em 26 de abril.

Colombo notificou 11.755 mortes ligadas à covid-19 e 767.338 casos da doença, embora os especialistas acreditem que os números reais seja muito mais elevados, como em todos os países do sul da Ásia.

Bangladesh recebeu 10 milhões de doses de vacinas da Índia, mas o fornecimento foi interrompido e o governo agora está em negociações com a China.

O Nepal, por sua vez, suspendeu os voos internacionais por uma semana, até 14 de maio. Apenas dois voos semanais para a Índia são permitidos para repatriar cidadãos bloqueados. A maioria dos postos de fronteira também estão fechados e apenas os nepaleses que retornam ao seu país podem cruzar os que seguem abertos.

A maioria dos hospitais do Nepal estão lotados de pacientes com covid-19, de acordo com a Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho.

"As cidades do sul perto da fronteira com a Índia não conseguem lidar com o número crescente de pessoas que precisam de tratamento médico", informaram. "O Nepal atualmente tem 57 vezes mais casos do que há um mês", observaram.

Nepal, Bangladesh e Paquistão registram atualmente taxas exorbitantes de mortes por covid. O Paquistão fechou suas fronteiras com a Índia antes do início da nova onda devido a tensões políticas.

"Devemos agir agora e rapidamente para manter alguma esperança de conter esta catástrofe humanitária", disse o diretor regional da organização para a região da Ásia-Pacífico, Alexander Matheou.

"Esse vírus não respeita fronteiras e suas variantes se espalham pela Ásia", alertou.

Até mesmo as Maldivas, um destino turístico de luxo, aumentaram as restrições para os viajantes indianos e exigem testes negativos para permitir sua entrada.

A Índia é o maior mercado de turismo para o Sri Lanka e também para as Maldivas, que agora são fortemente afetadas economicamente pela nova onda do coronavírus.

As Maldivas contabilizam 32.665 infecções e 74 mortes.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) quer acabar com a malária em 25 países até 2025, entre eles Honduras, Guatemala e Panamá, graças a uma nova iniciativa lançada nesta quarta-feira (21).

"A iniciativa E-2025 fornecerá um apoio a esses países no último desafio para eliminar a malária", explicou a organização em um comunicado, às vésperas do dia mundial dedicado a combater esta doença que mata todo ano centenas de milhares de pessoas.

Oito novos países serão adicionados à lista dos 17 que já participavam desta campanha, mas que não conseguiram eliminar a doença. São eles: Guatemala, Honduras, Panamá, República Dominicana, Coreia do Norte, São Tomé e Príncipe, Tailândia e Vanuatu.

Entre as outras nações que já estavam no programa destacam-se África do Sul, Arábia Saudita, México, Costa Rica, Equador e Coreia do Sul.

Algumas delas não registraram nenhum caso local de malária, mas não pediram a certificação oficial da OMS como país isento da doença.

Em 2019, o número de novos casos chegava às 229 milhões de pessoas, um número relativamente estável nos últimos quatro anos. Desde 2018, as mortes se mantêm em cerca de 400.000 por ano. Dessas, 90% ocorrem na África, onde mais de 265.000 crianças morreram devido a esta doença em 2019.

Conseguir erradicar a malária "se deve principalmente à vontade política de acabar com a doença em um país onde é endêmica", afirmou o médico Pedro Alonso, responsável pelo combate à malária na OMS.

Segundo as estatísticas da instituição, no mundo há 87 países afetados pela malária, 46 deles declararam menos de 10.000 casos em 2019, contra os 26 em 2000.

O sonho de vivenciar a cultura de um país no exterior, para muitos brasileiros, foi adiado. O setor de intercâmbios foi fortemente impactado pela pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 2 milhões de pessoas no planeta. Alguns países, inclusive, endureceram as normas para a entrada de estrangeiros e fecharam suas fronteiras para os visitantes.

Devido ao agravamento da pandemia e o fechamento das fronteiras, muitos brasileiros cancelaram suas viagens. Para Regina Quadrelli, CEO da Intercâmbio Help, há, ainda ouras dificuldades no segmento de viagens. “Outro grande impacto foi a incerteza das pessoas que já estavam viajando e não podiam voltar, entender como poderiam permanecer no país legalmente e o retorno de muitos intercambistas antes do tempo”, pontua.

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O setor, que estava em curva de crescimento antes da pandemia, chegou a movimentar em 2020, segundo a Belta, Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio, US$ 1,2 bilhão, mesmo em um ano de crise econômica e de instabilidade política. Agora, na visão da diretora de relações institucionais da Associação, Neila Chammas, o segmento sofre com o alto índice de remarcação de viagens.

Mas manter os sonhos vivos é também um sinal de resistência em tempos difíceis. Nesse sentido, é possível planejar, sem cravar datas, a viagem que, após a pandemia da Covid-19, será inesquecível. Por isso, o LeiaJá inicia, neste domingo (28), a série de repórtagens "Pós-pandemia: planejando a viagem dos sonhos", em que vamos apresentar países que podem boas opções para quem almeja estudar e trabalhar fora do Brasil. Na primeira reportagem, destacamos o Canadá.

O país da educação e do desenvolvimento

Em 2019, segundo a pesquisa da Belta, 386 mil estudantes viajaram para o exterior. Desse total, cerca de 93 mil embarcaram para o Canadá. O país, inclusive, é o destino de intercâmbio preferido dos brasileiros e se estabeleceu por 14 anos em primeiro lugar na escolha dos intercambistas

. Para a brasileira Adriane Pasa, que vive no Canadá, isso não é novidade. O país, segundo a dona da empresa BFF Intercâmbio, consegue ser "maravilhoso" em todos os aspectos. "Moro em Vancouver há cinco anos e a cada dia me surpreendo. Falar de primeiro mundo é sempre meio clichê, mas aqui não é exagero. O Canadá está há anos no top 10 dos países mais seguros do mundo e foi considerado novamente, ano passado, como o melhor país em qualidade de vida. E é verdade. A gente nem lembra que é frio, até porque tem toda a estrutura para isso", relata.

Em entrevista ao LeiaJá, Adriane revela que antes de se mudar para o Canadá com o marido, trabalhava na área de marketing, mas não queria continuar na função. Quando chegou ao país, fez uma nova graduação em serviço social. Ela comenta como é fácil mudar de profissão: “Aqui existem instituições de ensino chamadas 'colleges', que não existem no Brasil. Elas oferecem ensino superior mais 'mão na massa', onde em até dois anos o aluno está preparado para o mercado de trabalho. É muito comum estudar em colleges aqui e depois se o aluno quiser continuar em uma universidade, pode fazer equivalência de matérias, caso a área seja correlata”.

A brasileira Amanda Spinelle, antes de viajar para o Canadá, trabalhava na área de logística. Assim que chegou ao País, há mais de um ano, decidiu fazer um ‘college’ na área financeira. “O curso foi todo em francês. Antes da pandemia eu tinha aulas presenciais de segunda a sexta-feira, agora se tornou on-line. O estudante aqui pode trabalhar também 20 horas por semana. O curso teórico foi finalizado. Hoje faço um estágio não remunerado numa empresa de finanças e receberei o diploma quando terminar. Esse será o momento que vou pedir ao governo meu visto de trabalho após receber o diploma”, conta.

Amanda Spinelle comenta que viver no Canadá é “uma caixinha de surpresas”. O país, na sua visão, é bastante próspero e muito bom para morar. “Os imigrantes que chegarem devidamente preparados para viver essa experiência terão um futuro bem estável se conseguirem passar pelos desafios de imigrar", diz.

Quem deseja fazer um intercâmbio para o Canadá, neste momento, precisa, segundo a última atualização da Belta, fazer os seguintes passos: ficar em quarentena obrigatória por 14 dias, ter visto de estudante, apresentar um teste de PCR negativo efetuado nas 72 horas anteriores à partida e documentação que comprove que a viagem é essencial.

As fronteiras estarão abertas aos estudantes internacionais que embarcaram para fazer um programa de estudos e que tenham carta de aceitação das universidades, escolas de idioma ou colleges autorizados pelo governo. No entanto, a dificuldade se encontra ainda no Brasil, uma vez que devido à quarentena mais rígida, os centros de processamento de vistos (VACs) estão fechados.

A Belta revela que Toronto e Vancouver são as cidades canadenses mais procuradas por brasileiros para fazer intercâmbio de inglês; já Montréal é o destino mais buscado pelos intercambistas que desejam aprender francês. A diretora da Associação aponta que o trabalho é outro grande programa de intercâmbio oferecido no País, mas adverte: “Só é permitido para quem for fazer um college (curso profissionalizante de no mínimo seis meses) ou ensino superior".

O país da cultura e das oportunidades

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O Canadá é um país atrativo para os brasileiros e não há como negar que sua cultura receptiva e de oportunidades se tornam fatores para muitos intercambistas escolherem viver nesta nação. Em entrevista ao LeiaJá, Amanda Spinelle comenta que muitas cidades pequenas estão à procura de profissionais qualificados que estejam dispostos a trabalhar. “Boa parte da comunidade brasileira aqui é bem vista. Temos boa reputação. Somos tidos como responsáveis e pessoas que gostam muito de trabalhar. Aqui, somos motivados a aprender o francês de forma gratuita e as empresas oferecem salários bem atraentes”, revela.

Além das oportunidades profissionais, o Canadá, segundo o ranking da empresa de mídia americana U.S. News & World Report, é o segundo melhor país do mundo pela sua qualidade de vida. A brasileira Adriane não nega, o país apresenta uma série de qualidades em sua cultura social.

“O que mais me impressiona é viver numa sociedade que respeita o coletivo e a diversidade. A segurança também impressiona muito. A gente, como brasileiro, acaba achando 'normal' conviver com certos problemas e quando chegamos aqui, percebemos o quanto fomos privados de liberdade, principalmente a de ir e vir. É uma sociedade muito evoluída em muitos aspectos”, pontua.

Com mais de 37 milhões de habitantes, o Canadá possui um vasto território e cada lugar tem suas particularidades. Entre os aspectos que tornam o país tão atrativo estão, segundo a U.S. News & World Report, a qualidade de vida, a cidadania, a abertura para os negócios, o empreendedorismo e a influência cultural.

No Canadá, os intercambistas poderão curtir, após a pandemia, o Festival Internacional de Jazz de Montreal, um grande evento musical realizado entre os meses de junho e julho. Assim como os seguintes pontos turísticos indicados pela diretora de relações institucionais da Belta, Neila Chammas: Banff National Park, na província de Alberta; Niagara Falls, em Ontário; CN Tower, localizado em Toronto; Parliament Hill, em Ottawa, capital do país; e Capilano Suspension Bridge, situado em Vancouver.

Como planejar o intercâmbio dos sonhos pós-pandemia?

A dica mais importante, segundo Neila Chammas, é planejar com antecedência a viagem: “Planeje com antecedência o intercâmbio, com isso conseguirá a melhor condição de escola, acomodação e passagem aérea. E terá mais tempo para acompanhar o câmbio”, sugere.

Ao LeiaJá, Regina Quadrelli, especialista em intercâmbio, revela o passo a passo para fazer um intercâmbio: “Primeiro entender quanto dinheiro irá precisar, decidindo o seu destino e o tipo de curso que pretende fazer. A partir disso, podemos planejar melhor e pesquisar quais são as escolas e cursos que se enquadram em seu budget (orçamento) e proficiência na língua. Quando passamos por esse primeiro passo, já podemos iniciar os processos de matrícula e visto. É muito importante entender e planejar o visto com antecedência”, adverte.

De acordo com Camila Ferreira, consultora educacional da Hi Bonjour Travel, os orçamentos de programas podem variar conforme a necessidade dos intercambistas. “Atualmente, um intercâmbio de um mês com carga de 25 horas por semana de aula, mais taxa de matrícula, material escolar, acomodação em casa de família canadense, com direito a café da manhã e jantar, está custando, em média, CAD$ 1875. Já um programa de estudo e trabalho de 66 semanas de duração na área de Business, está saindo por cerca de CAD$ 8 mil (somente o curso, sem acomodação)".

Vários países, incluindo Itália e Alemanha, retomam nesta sexta-feira (19) aplicação da vacina da AstraZeneca, após uma decisão favorável ao fármaco anunciada pela Agência de Medicamentos Europeia (EMA), ao mesmo tempo que a França volta ao confinamento de quase um terço de sua população.

O governo francês anunciou a retomada da campanha de vacinação e, simultaneamente, ordenou um confinamento parcial de quatro semanas no mínimo para Paris e seus arredores, assim como para outras regiões do país devido à "terceira onda" da pandemia.

Um terço da população francesa, submetida pela terceira vez ao fechamento do comércio não essencial, poderá fazer deslocamentos de no máximo 10 km a partir de suas residências. As escolas permanecerão abertas.

Os contágios aceleram no país, que registrou mais de 38.000 casos em 24 horas e se aproxima de 100.000 mortes provocadas pelo coronavírus.

A vacinação com o fármaco da AstraZeneca será retomada na França, Alemanha, Bulgária, Eslovênia e Itália, outro país que voltou ao confinamento em boa parte de seu território na segunda-feira.

Espanha, Portugal e Holanda voltarão a aplicar a vacina a partir da próxima semana.

Quinze países suspenderam a administração do fármaco da AstraZeneca pelo temor de efeitos colaterais como a formação de coágulos.

- "Segura e eficaz" -

Na quinta-feira, a EMA respaldou o uso da vacina da AstraZeneca.

"O comitê chegou a uma conclusão científica clara: é uma vacina segura e eficaz", disse a diretora-executiva da EMA, Emer Cooke, em videoconferência, após uma "análise profunda".

A vacina da AstraZeneca, que devia ser a grande resposta europeia à pior epidemia que o mundo viu em um século, causou confusão logo após ser aprovada, quando países que haviam assinado contratos gigantescos de fornecimento a viram primeiro chegar a conta-gotas e, depois, informaram os casos de tromboses.

Mas a agência reguladora europeia "concluiu que a vacina não está associada a um aumento do risco global de eventos de tromboses ou coágulos sanguíneos", afirmou Cooke.

Noruega e Suécia decidiram aguardar os resultados de suas próprias avaliações para retomar a vacinação na próxima semana.

Também é aguardado um pronunciamento nesta sexta-feira do comitê consultivo mundial de segurança das vacinas (GACVS), da Organização Mundial da Saúde (OMS), sobre o produto da AstraZeneca.

Nos Estados Unidos, o ritmo de vacinação registrou uma aceleração espetacular nas últimas semanas, com a média de 2,4 milhões de doses aplicadas por dia.

O presidente Joe Biden anunciou que o país alcançará nesta sexta-feira - com mais de um mês de antecedência - a meta de aplicar 100 milhões de doses nos primeiros 100 dias de seu mandato.

Do outro lado do Atlântico, o Reino Unido anunciou uma redução do abastecimento de vacinas em abril, o que poder frear a campanha de vacinação, uma das mais avançadas do mundo.

- 402 milhões de doses -

Apesar dos problemas, a vacinação avança e 402,3 milhões de doses foram aplicadas no mundo, quase 25% delas nos Estados Unidos, segundo um balanço da AFP.

Na América Latina, o México anunciou que receberá lotes de vacinas dos Estados Unidos.

A Casa Branca confirmou os dados: 2,5 milhões de doses para o México e 1,5 milhão para o Canadá, embora os prazos de entrega ainda não sejam conhecidos.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, admitiu um atraso na chegada das vacinas e pediu o aumento dos cuidados ante o impacto da segunda onda de covid-19 no país.

"Até hoje chegaram ao país quatro milhões de doses, 6% das doses que contratamos. Quase três milhões de doses foram aplicadas em argentinas e argentinos", afirmou o presidente, antes de admitir: "Está saindo tudo da maneira que esperávamos? Não. Porque há atraso global na produção de vacinas".

A Argentina, com 45 milhões de habitantes, registra mais de dois milhões de casos e mais de 54.000 mortes por covid-19. O governo assinou contratos para a compra de 65 milhões de vacinas, disse o presidente.

O Chile impôs um novo confinamento estrito do país a partir de quinta-feira, enquanto as vacinas chegaram inclusive na base chilena na Antártica, onde 50 pessoas receberam a primeira dose.

E em Honduras o governo se declarou em alerta ante a possível entrada irregular de supostas vacinas russas contra a covid-19, após a apreensão no México de uma suposta carga destinada ao país centro-americano.

burx-mlb/ob/lda/erl/fp

Desde o começo do mês de março, o Brasil é o campeão mundial de mortes provocadas pelo novo coronavírus, segundo informações compiladas pelo site Our World in Data, da Universidade de Oxford. Mesmo assim, ainda há pelo menos 88 países que permitem a entrada de pessoas saídas do Brasil sem uma justificativa específica - como trabalho, estudo ou reunião familiar.

O levantamento foi realizado pelo Estadão, com base em dados da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA, na sigla em inglês), de sites de agências de viagens e de contatos com as embaixadas dos países no Brasil. A reportagem considerou uma lista de 196 países reconhecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

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Como as regras de cada país são atualizadas constantemente, é importante checar a situação diretamente com a representação estrangeira no Brasil, antes de planejar qualquer viagem. Especialistas consultados pela reportagem também recomendam que se evitem deslocamentos não essenciais no momento, dada a gravidade da pandemia. Apesar da grande quantidade de países, a lista de 88 nações com entrada liberada não inclui os destinos mais procurados pelos brasileiros: ficam de fora lugares como Estados Unidos, Argentina, Itália, Espanha e Portugal. Dos dez países que mais receberam brasileiros em 2019, só dois continuam permitindo a entrada: México e Paraguai. Este último tem fronteira terrestre com o Brasil. Além destes, outro destino popular que permite a entrada de brasileiros no momento é o Chile.

A maioria dos 89 países que permitem a entrada de brasileiros está concentrada em três regiões: a África subsaariana, o Leste Europeu e o Caribe -- no último caso, vários dos países da região têm o turismo como uma das principais fontes de renda. Na África, permitem a entrada países como a África do Sul, o Egito, a Nigéria e a República da Guiné-Bissau. Outros países lusófonos, como Moçambique e Angola, não permitem a entrada no momento. No leste da Europa, a entrada é permitida em países como a Croácia e Montenegro, na costa do Mar Adriático, além da Albânia. No Caribe, é possível visitar alguns países, como Cuba, Bahamas, as Ilhas Seychelles e Dominica.

O grau de restrição e as regras impostas pelos países variam desde aqueles que não fazem nenhuma exigência específica de testes e quarentena, como a Macedônia do Norte, até lugares onde a entrada está totalmente proibida, como Tuvalu, Iêmen e a Coreia do Norte. Mesmo que alguns países ainda permitam a entrada de visitantes, é desaconselhável realizar viagens não essenciais neste momento, dada a gravidade da situação, diz o epidemiologista Paulo Lotufo, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

"É uma verdadeira catástrofe que se permitam viagens não essenciais para estes países", diz ele. "Nós estamos numa situação muito complexa, deveríamos nos concentrar em combater a pandemia nas nossas próprias cidades. Fazer aglomeração em aeroporto, pegar voo, não é seguro neste momento. O avião é uma das formas mais fáceis que existem de transmitir o vírus de cá pra lá e de lá pra cá", diz o especialista. Mesmo viagens nacionais não essenciais devem ser evitadas, diz ele.

Procurado pela reportagem, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou que não mantém uma lista atualizada dos países que permitem ou não a entrada de brasileiros. O Itamaraty destacou que as medidas de proibição de entrada de pessoas vindas do Brasil não são "discriminatórias" contra brasileiros, e se devem à disseminação das novas variantes do coronavírus no país.

"O principal critério para as medidas mais drásticas, como proibição de voos ou de entrada de passageiros, tem sido a detecção de novas variantes do coronavírus, o que atinge não apenas o Brasil, mas também países como Reino Unido, Irlanda, África do Sul, Dinamarca e Japão. Esse é o mesmo critério que justifica a proibição, ora vigente, de ingresso no Brasil de voos oriundos do Reino Unido e da África do Sul, embora a fronteira aérea esteja aberta a voos e viajantes provenientes dos demais países, desde que cumpridos certos requisitos sanitários", disse a pasta.

O MRE também afirmou que a maioria dos países que proíbem a entrada de pessoas vindas do Brasil criou exceções, "tais como voos exclusivamente de carga, tripulação aérea e voos extraordinários de natureza humanitária e os que visam a repatriar cidadãos e residentes permanentes retidos no exterior", declarou o MRE, em nota. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Passaportes sanitários para estimular as viagens internacionais, apesar da pandemia de Covid-19? Há vários países que apostam nesta ideia, especialmente a União Europeia (UE), que apresentou seu projeto nesta quarta-feira (17). A China já lançou sua versão da proposta.

O que é?

O passaporte sanitário é um documento que prova que o titular está, em princípio, imunizado contra a Covid-19. Com isso, pode viajar de um país para outro sem risco de transmitir o vírus entre fronteiras.

Com frequência, fala-se de passaporte "de vacinação", pois é o fato de ter recebido uma vacina que aponta, mais claramente, para essa imunidade. Os diferentes projetos que estão em desenvolvimento - e que, em geral, consistem em um aplicativo móvel - aceitam, no entanto, outros critérios: por exemplo, um teste que garanta a presença de anticorpos no viajante, se este já tiver tido a doença.

Também é preciso distinguir entre esses passaportes e outro conceito, que alguns chamam de "passe sanitário". Este último não tem a mesma finalidade, pois seria válido apenas no país de origem. Este "passe" seria usado para poder entrar em alguns estabelecimentos, como restaurantes, ou assistir a concertos.

Quem está trabalhando nesse projeto?

Vários países contemplam adotar um passaporte sanitário, e alguns já começaram a utilizá-lo. Nesta quarta, a UE apresentou seu projeto, o qual espera começar a aplicar neste verão (boreal, inverno no Brasil) para os viajantes em seu território. O documento, que estará dotado de um código QR, certificará que seu titular foi vacinado contra a covid-19 - por enquanto, com uma das quatro vacinas autorizadas no bloco (Pfizer/BioNTech, Moderna, AstraZeneca/Oxford e Johnson & Johnson) -, deu negativo em um teste de PCR, ou está imunizado, após ter sido contaminado pelo vírus.

No início de março, a China anunciou, por sua vez, o lançamento de um "certificado de saúde" digital para os chineses que quiserem viajar para o exterior.

De maneira isolada na Europa, Grécia e Chipre adotaram passaportes desse tipo para viajar para Israel, um país particularmente avançado em sua vacinação, segundo suas autoridades. Os cidadãos vacinados podem viajar entre esses três países sem restrições.

Dinamarca ou Suécia preveem instaurar passaportes sanitários em breve, enquanto outros membros da UE, como França e Alemanha, manifestam reservas quanto à ideia de que se imponham restrições muito severas.

É um passaporte de verdade?

Não, nenhum projeto equivalerá a um passaporte verdadeira, ou seja, um documento obrigatório para viajar de um país para outro.

O documento chinês, por exemplo, é apenas uma das várias opções da população. Além disso, como até o momento não foram firmados acordos com outros países a esse respeito, seu interesse continua sendo vago.

Enquanto isso, a UE trabalha em um certificado que "facilite" a livre-circulação entre seus Estados-membros, mas que não será uma obrigação para cruzar fronteiras.

Mais do que um documento oficial, trata-se de um aplicativo destinado a facilitar os controles sanitários nas fronteiras.

Por isso, o setor privado também estuda este tipo de iniciativa, começando pelas companhias aéreas, ansiosas pela retomada a atividade, após sentir o baque das restrições.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), que reúne as principais companhias do setor, também examina há meses a possibilidade de instaurar um passaporte digital para que os viajantes possam provar sua condição de saúde antes de embarcar. Algumas companhias, como a American Airlines, já estão fazendo isso.

É possível ir além?

Sistematizar o uso dos passaportes sanitários e torná-los "mais obrigatórios" coloca alguns problemas jurídicos. Em primeiro lugar, tornar a vacinação obrigatória para se realizar certos deslocamentos daria lugar a desigualdades entre cidadãos, já que o acesso a vacinas anticovid ainda é muito limitado na maioria dos países.

Outro ponto é que o acesso desses aplicativos a dados de saúde dos usuários também coloca dúvidas sobre até que ponto não se estaria invadindo a vida privada.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) concedeu nesta segunda-feira (15) a aprovação de emergência para a vacina anticovid da AstraZeneca, o que abre caminho para a distribuição de centenas de milhões de doses para países desfavorecidos.

"A OMS registrou hoje (segunda-feira) duas versões da vacina AstraZeneca/Oxford para uso emergencial, dando sinal verde para que essas vacinas sejam distribuídas globalmente por meio da Covax", informa um comunicado, em alusão ao programa de garantia a um acesso equitativo às vacinas.

Este procedimento, que a OMS pode recorrer em caso de emergência sanitária, ajuda os países que não dispõem de meios para determinar por si próprios a eficácia e segurança de um medicamento, com intuito de ter acesso mais rápido.

"Os países sem acesso às vacinas até hoje poderão finalmente começar a imunizar seus profissionais de saúde e as populações mais vulneráveis", declarou a dra. Mariangela Simão, vice-diretora geral da OMS responsável pelo acesso aos medicamentos.

A vacina da AstraZeneca representa a grande maioria das 337,2 milhões de doses que o dispositivo Covax - integrado pela OMS, pela Aliança da Vacina (Gavi) e pela Coalizão por Inovações em Preparação para Epidemias (Cepi) - pretende distribuir no primeiro semestre deste ano.

Essas doses são fabricadas na Coreia do Sul e na Índia pelo Serum Institute of India (SII). A aprovação diz respeito a essas duas versões, de acordo com um comunicado da agência da ONU.

Na semana passada, a vacina foi recomendada pelo comitê de especialistas em vacinas da OMS para qualquer pessoa com 18 anos de idade ou mais, inclusive em países onde mais variantes contagiosas estão circulando.

Isso apesar de que o produto da AstraZeneca tenha levantado dúvidas sobre a eficácia sobre os idosos acima de 65 anos e diante da variante encontrada na África do Sul.

- Um simples refrigerador -

No entanto, para a OMS e seus especialistas, essa vacina cumpre perfeitamente a prioridade do momento: limitar a gravidade e a mortalidade de uma pandemia que já matou 2,4 milhões de mortos em pouco mais de um ano.

Já está sendo aplicada em vários países, tendo iniciado no Reino Unido em dezembro.

Embora seja considerada menos eficaz que as vacinas da Pfizer/BioNTech e Moderna, que utilizam pela primeira vez a técnica de RNA mensageiro, o medicamento da AstraZeneca tem a grande vantagem de poder ser armazenado em sistemas comuns de refrigeração.

Este é um argumento fundamental para os 92 países e territórios que a receberão gratuitamente por meio do dispositivo Covax.

Sua tecnologia chamada "vetor viral" torna-a muito mais em conta: cerca de 2,5 euros ou US$ 3 por dose, com variações dependendo dos custos de produção locais.

O laboratório britânico também prometeu não lucrar com o produto.

Mas, como outros fabricantes, a AstraZeneca está lutando para responder à enorme demanda pelo medicamento e teve que buscar empresas parceiras para conseguir produzir uma maior quantidade.

Apesar de todas essas iniciativas, o processo para levar vacinas aos países mais desfavorecidos é longo.

Embora o número de doses aplicadas no mundo já supere o número de casos registrados da covid-19, três quartos dessas vacinas foram realizadas em apenas 10 países, que correspondem a 60% do PIB mundial, conforme ressalta o diretor-geral do OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Os países árabes do Golfo voltaram a impor restrições para enfrentar o forte aumento de casos de Covid-19, que coloca em risco a frágil reativação econômica prevista pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

A pandemia deprimiu as economias locais afetadas pelo fechamento do setor comercial e pela queda dos preços do petróleo. O ano de 2021 começou com uma queda acentuada no número de contaminações, mas a melhora durou pouco.

Os casos de coronavírus atingiram recentemente níveis recordes nos Emirados Árabes Unidos, e centenas de infecções são registradas diariamente na Arábia Saudita.

As autoridades sauditas anunciaram o fechamento de cinemas, restaurantes, cafés e outros locais de entretenimento a partir desta quinta-feira e por pelo menos dez dias.

A suspensão pode ser prorrogada, alertou o ministério do Interior saudita em um comunicado divulgado pela agência de notícias oficial SPA.

"Todos os eventos e festas", inclusive casamentos, estão suspensos por trinta dias, para "evitar o surgimento de uma segunda onda" de contaminação pelo coronavírus, explicou o ministério.

O anúncio foi feito depois que o ministro da Saúde, Tawfik al Rabiah, alertou no domingo que restrições adicionais poderiam ser impostas se as pessoas não cumprissem as medidas sanitárias.

A Arábia Saudita suspendeu na quarta a entrada de pessoas de 20 países - vizinhos ou mais distantes como os Estados Unidos - na tentativa de conter o aumento das infecções.

A proibição de sair do país, inicialmente estabelecida até 31 de março, foi estendida há uma semana até 17 de maio.

A Arábia Saudita, que registrou cerca de 369.000 casos de covid-19 e quase 6.400 mortes, lançou sua campanha de vacinação em 17 de dezembro após receber a primeira entrega de doses da dupla Pfizer-BioNTech.

- Incertezas -

Os Emirados Árabes Unidos registraram 3.977 novos casos na quarta-feira, um recorde absoluto desde o início da pandemia.

Dubai, um dos principais componentes da federação, tomou várias medidas, incluindo a suspensão de operações não urgentes, proibição de todas as celebrações e fechamento de bares.

Os Emirados já vacinaram 3,4 milhões de pessoas em uma população de cerca de 10 milhões.

Assim como a Arábia Saudita, o Kuwait suspendeu por duas semanas a entrada de estrangeiros e decidiu proibir toda atividade comercial entre 20h e 5h, com exceção de farmácias e centros de abastecimento de alimentos.

Por sua vez, Omã cogita fechar aeroportos, enquanto o Catar proibiu, até novo aviso, casamentos, prática de esportes em parques e praias e obrigou os restaurantes a limitar o número de clientes a 15% da capacidade.

Desde o início da pandemia, os seis países do Golfo (Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Omã, Catar e Kuwait) registraram 1,2 milhão de casos, dos quais 10 mil mortes.

O FMI alertou nesta quinta-feira que o acesso "desigual" às vacinas pode afetar a esperada recuperação econômica em 2021.

"Este ano, esperamos uma recuperação", após uma contração de 3,8% em 2020, disse à AFP Jihad Azour, diretor do departamento do FMI para o Oriente Médio e Ásia Central.

Mas a recuperação será "desigual e incerta", alertou Azour, porque "vai variar de um país para outro dependendo do acesso às vacinas".

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, adiou sua visita aos Emirados Árabes Unidos e Bahrein marcada para a próxima semana devido à pandemia, anunciou seu gabinete.

O domingo (31) será de atos em mais de 20 países a favor do impeachment do presidente Jair Bolsonaro, por sua controversa gestão da crise sanitária causada pela pandemia da covid-19. As movimentações estão sendo divulgadas por parlamentares de oposição como os deputados federais José Guimarães (PT-CE) e Gleisi Hoffmann (PT-PR).

De acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), é a quarta vez que a mobilização, intitulada "Stop Bolsonaro" ocorrerá, organizada por diversos movimentos sociais e sindicais, coletivos, bem como partidos. No Brasil, algumas das cidades com atividades- como carreatas, bicicletadas, faixaços, panelaços, projetaços e buzinaços- previstas são São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre e Brasília. No Recife, está programado apenas um ato virtual, promovido pelo PT estadual.

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“Mais um pedido, mais um grito de socorro ao parlamento brasileiro para livrar o povo desse governo genocida”, afirmou Hoffman, segundo reporta o site do PT.  Para a deputada a pressão popular é essencial para “livrar o país e o povo do caos sanitário, econômico e social imposto por Bolsonaro e seu governo”, completa.

Oito países das Américas registraram a variante do novo coronavírus detectada no Reino Unido em meados de dezembro, enquanto dois relataram ter identificado a mutação localizada na África do Sul também no mês passado, disse a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) na quarta-feira (13).

Até as 12h de Brasília desta quarta, 13 de janeiro, Brasil, Canadá, Chile, Equador, Jamaica, México, Peru e Estados Unidos relataram a variante britânica, enquanto Brasil e Canadá encontraram a da África do Sul em suas amostras de laboratório, disse Sylvain Aldighieri , gerente de incidentes para covid-19 na OPAS, a repórteres.

“Queremos encorajar os países a aumentarem seu nível de alerta”, disse Aldighieri, pedindo a “implementação estrita” das medidas de saúde pública recomendadas.

Na mesma coletiva de imprensa, a Diretora da OPAS, Carissa Etienne, destacou que até agora não há evidências de que essas variantes afetem os pacientes de maneira diferente, mas sugerem que o vírus pode se espalhar mais facilmente, colocando em risco a resposta dos sistemas de saúde.

“Manter o distanciamento social, usar máscaras faciais em público e lavar as mãos com frequência ainda são nossa melhor opção para ajudar a controlar o vírus neste momento, em todas as suas formas”, disse ele.

- 2021 será pior que 2020? -

A Opas, escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), informou que a região das Américas registrou um recorde de infecções na semana passada desde o primeiro caso identificado no continente há quase um ano.

"Só na última semana, 2,5 milhões de pessoas foram infectadas com covid-19 em nossa região, o maior número de casos semanais desde que o vírus chegou à nossa costa", disse ele.

“Praticamente todos os países das Américas estão experimentando uma aceleração na disseminação do vírus”, acrescentou.

A expansão é mais expressiva nos Estados Unidos, país mais afetado pela pandemia no mundo, com picos também no Canadá e no México. Na América Central, as infecções aumentaram na Costa Rica e Belize, enquanto houve um rápido aumento de casos em muitas ilhas do Caribe.

Na América do Sul, onde o verão meridional causa mais viagens e reuniões, todos os países relataram mais casos, mesmo aqueles como Chile e Argentina em que as infecções diminuíram.

Etienne disse que a trajetória do vírus depende da capacidade coletiva de cumprir as medidas para contê-lo.

“Se relaxarmos, não se engane: 2021 será muito pior do que 2020”, alertou.

- Politizar "poderia custar vidas" -

Diante dos desafios colocados pelo novo coronavírus, e enquanto a região inicia suas campanhas de vacinação, a OPAS pediu aos governos que atuem de maneira transparente e com base científica para controlar a pandemia, alertando que colocar a política acima do interesse público "pode custar vidas".

“Politizar vacinas e outras medidas de controle não é apenas inútil, mas pode alimentar o vírus e custar vidas”, disse Etienne. "Esta pandemia nos ensinou repetidamente que a liderança determina a eficácia da resposta de um país."

A organização Human Rights Watch denunciou nesta quarta-feira que no Brasil, segundo país do mundo mais atingido pelo covid-19, o presidente Jair Bolsonaro tentou "sabotar" medidas sanitárias para conter a pandemia, divulgando "informações erradas" ou tentando "Impedir que os estados imponham regras de distanciamento social".

Embora otimista sobre a disponibilidade de vacinas contra covid-19, Etienne pediu acesso equitativo aos recursos, priorizando os mais vulneráveis e defendendo a solidariedade entre os países.

“Os próximos dois anos serão críticos, visto que a vacinação da maioria da população não será realizada da noite para o dia”, afirmou.

O vice-diretor da Opas, Jarbas Barbosa, disse que seis países americanos já começaram a distribuir vacinas a partir de acordos bilaterais com laboratórios produtores: Argentina, Canadá, Costa Rica, Chile, Estados Unidos e México.

Mas ele ressaltou que a imunização ainda não é massiva: os Estados Unidos, que lideram os esforços até agora, vacinaram 3% de sua população, disse ele, enquanto o resto dos países estão abaixo de 1%.

A Bélgica receberá apenas metade de suas doses esperadas para janeiro da vacina da Pfizer contra o coronavírus por causa de uma "questão logística", disse um porta-voz do governo Yves Van Laethem em uma entrevista coletiva nesta terça-feira (5). Segundo Van Laethem, os problemas logísticos na segunda quinzena de dezembro "atrapalharam a entrega da vacina". Das 600 mil doses esperadas, o país receberá pouco mais de 300 mil.

Depois de vacinar cerca de 700 pessoas em quatro lares de idosos durante uma semana de teste de vacinação, o país começou nesta terça a vacinar residentes em lares de idosos em todo o país, juntamente com a equipe de saúde. A vacina continuará a ser administrada principalmente a residentes de asilos em duas doses, acrescentou. O número de casos, felizmente, continua diminuindo "em todas as províncias" do país, disse Van Laethem, e a situação nos lares de idosos também continua melhorando "lenta e sistematicamente".

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A Bélgica totaliza 650,011 contaminações e 19,701 mortes, segundo levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Inglaterra

A Inglaterra entrou em lockdown pela terceira vez nesta terça-feira, semelhante ao imposto no país em março do ano passado. O bloqueio nacional é uma tentativa de conter a disseminação do vírus e de novas cepas enquanto a vacinação avança. Dados do governo apontam que o Reino Unido atingiu outro recorde diário de casos de Covid-19, com 58.784 novos infectados, representando o sétimo dia consecutivo com mais de 50 mil casos.

O ministro do Gabinete britânico, Michael Gove, ao canal Sky News, apontou que "no início de março devemos ser capazes de retirar algumas destas restrições, mas não necessariamente todas". "Faremos todo o possível para vacinar o máximo de pessoas e para que consigamos começar a retirar progressivamente as restrições", completou, anunciando que as próximas semanas serão "muito, muito difíceis".

Hungria

O governo da Hungria suspendeu a proibição de voos de passageiros da Grã-Bretanha a partir desta quarta-feira, 6, disse a força-tarefa. O governo impôs a proibição em 22 de dezembro para limitar a propagação da nova variante do vírus. A proibição deveria durar originalmente até 8 de fevereiro.

Rússia e Alemanha

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, discutiram a possibilidade de produzir em conjunto vacinas contra o coronavírus em um telefonema, disse nesta terça o Kremlin. "As questões de cooperação no combate à pandemia do coronavírus foram discutidas com ênfase nas possíveis perspectivas para a produção conjunta de vacinas", segundo comunicado.

Ainda, o Kremlin acrescentou que foi alcançado um acordo para "continuar os contatos sobre o assunto" entre os ministérios da saúde dos dois países e agências especializadas.

Na Alemanha, Angela Merkel e os líderes estaduais devem estender o fechamento da principal economia da Europa, à medida que as mortes por coronavírus continuam a aumentar.

China

Na onda do aumento do número de casos no mundo, a província de Hebei, no norte da China, elevou seu nível de resposta de emergência contra a covid-19 nesta terça-feira, tornando-se a única área de alto risco na China no momento. Só nesta terça, a região relatou 14 novos casos confirmados e 30 casos assintomáticos.

Atualmente, o país tem uma área de alto risco e 48 áreas de médio risco, das quais 32 estão localizadas na província de Liaoning, sete em Pequim, seis na província de Heilongjiang e três em Hebei.

EUA

Na segunda-feira, o governador de Nova York, Andrew Cuomo, afirmou que o Estado norte-americano detectou seu primeiro caso da nova variante do coronavírus. O paciente é um homem na faixa dos 60 anos, que mora em uma cidade ao norte de Albany. No entanto, segundo Cuomo, o paciente não viajou recentemente, o que sugere a ocorrência de uma transmissão local.

Cerca de cinquenta países já iniciaram sua campanha de vacinação contra o novo coronavírus, um ano após o primeiro alerta lançado pelas autoridades chinesas à Organização Mundial de Saúde (OMS).

China na vanguarda

A China foi o primeiro país a iniciar uma campanha de vacinação reservada aos mais vulneráveis (trabalhadores e estudantes que viajam ao exterior, cuidadores, etc.)

Mais de cinco milhões de doses de vacinas experimentais chinesas foram aplicadas no país, que oficialmente aprovou uma desenvolvida pela Sinopharm na quinta-feira.

A Rússia começou em 5 de dezembro a imunizar trabalhadores em risco com a Sputnik V, desenvolvida pelo Centro Nacional Russo de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya.

Essa vacina já foi aprovada por Belarus e Argentina, que começaram sua campanha de vacinação na terça-feira. A Argélia seguirá seus passos em janeiro.

O Reino Unido, primeiro no Ocidente

O Reino Unido foi o primeiro país ocidental a autorizar a vacina desenvolvida pela aliança alemã-americana Pfizer-BioNTech. Sua campanha começou em 8 de dezembro e mais de 800 mil pessoas já receberam a primeira das duas doses da vacina, segundo o primeiro-ministro Boris Johnson. O país também foi o primeiro a aprovar a vacina AstraZeneca-Oxford nesta quarta-feira, que será administrada a partir de 4 de janeiro.

No Ocidente, o Canadá e os Estados Unidos iniciaram suas campanhas em 14 de dezembro, a Suíça no dia 23, a Sérvia no dia 24, quase toda a União Europeia e Noruega no domingo e a Islândia na terça, todas com a vacina Pfizer-BioNTech.

Os Estados Unidos e o Canadá também foram os primeiros dois países a licenciar a vacina do laboratório Modern American. Mais de 2,8 milhões de americanos já receberam uma dose, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Na UE, a Alemanha é o país que mais vacinou até agora, com mais de 130 mil doses em cinco dias.

A corrida de Israel

No Oriente Médio, os Emirados Árabes Unidos foram os primeiros a lançar sua campanha com as doses da chinesa Sinopharm em 14 de dezembro em Abu Dhabi, a capital. No dia 23 de dezembro também aplicou doses da Pfizer-BioNTech.

Arábia Saudita e Bahrein iniciaram sua campanha em 17 de dezembro, Israel em 19 de dezembro, Catar em 23, Kuwait em 24. Omã deve iniciar sua campanha no domingo. Todos esses países escolheram inicialmente a Pfizer-BioNTech.

Israel, que se comprometeu a imunizar um quarto de sua população em um mês, já aplicou mais de 800.000 doses, Bahrein mais de 60.000 e Omã mais de 3.000, segundo dados oficiais.

Na América Latina, México, Chile e Costa Rica iniciaram sua campanha em 24 de dezembro, com as vacinas Pfizer-BioNTech.

Na Ásia, a Cingapura iniciou a vacinação nesta quarta-feira com o mesmo produto. Os demais países do continente não parecem ter a mesma pressa: Índia, Japão e Taiwan planejam iniciar suas campanhas no primeiro trimestre, Filipinas e Paquistão aguardarão o segundo e Afeganistão e Tailândia, meados de 2021.

Na África Subsaariana e Oceania, ainda não há planos de vacinação. Guiné, que começou na quarta-feira a injetar as primeiras 60 doses da Sputnik V antes de decidir se lança ou não sua campanha, aparece como pioneiro em seu continente.

O Big Ben tocará onze badaladas e, uma hora antes da meia-noite desta quinta-feira(31), o Reino Unido cortará definitivamente seus laços com a União Europeia, encerrando quase 50 anos de um conturbado relacionamento.

“Seremos um vizinho amigável, ou melhor amigo e aliado que a UE pode ter”, prometeu o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, durante a aprovação parlamentar na quarta-feira do acordo comercial pós-Brexit alcançado in extremis há uma semana com Bruxelas.

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"O destino deste grande país está agora firmemente em nossas mãos", disse Johnson, o homem que tomou as rédeas para realizar esta partida histórica no final da noite.

Se a aplicação de uma nova vacina contra a covid-19 ofuscou o Brexit na imprensa britânica nesta quinta-feira, o Daily Mail falou em "dois saltos gigantescos em direção à liberdade", o Sun comemorou que o divórcio foi "finalmente finalizado" e The Times disse "adeus a tudo isso".

Após anos de caos e confronto político, o Reino Unido deixou oficialmente a UE em 31 de janeiro, colocando em prática o que os britânicos haviam decidido por 52% dos votos em um polêmico referendo de junho de 2016.

No entanto, durante onze meses, o país viveu o chamado "período de transição", durante o qual continuou a aplicar as regras europeias enquanto negociava a sua futura relação com os seus 27 antigos parceiros.

Impedida pela pandemia do coronavírus e pela resolução de Londres de "recuperar sua total soberania" e pela UE de "proteger o mercado único", a negociação parecia condenada em várias ocasiões.

Porém, em 24 de dezembro, horas antes da véspera de Natal, acabou dando frutos: a façanha de chegar ao acordo de livre comércio mais completo e abrangente possível no prazo recorde de dez meses, em vez dos vários anos que esses acordos costumam exigir.

Com ele, a UE oferece ao seu ex-parceiro acesso sem precedentes sem tarifas e sem cotas ao seu enorme mercado de 450 milhões de consumidores em troca do compromisso do Reino Unido de respeitar uma série de regras que irão evoluir ao longo do tempo sobre o meio ambiente, trabalho e direitos fiscais para evitar qualquer concorrência desleal.

Isso evitará que o caos se instale nas fronteiras britânicas às 11:00 GMT (20h, Brasília), meia-noite na Europa continental, seus portos sejam bloqueados pelo acúmulo de cargas sujeitas a procedimentos aduaneiros deixando o Reino em escassez de produtos em meio a um terceiro pelo alta dos casos de coronavírus.

No entanto, apesar do acordo, a burocracia vai aumentar e os despachantes aduaneiros de Dover, principal porto britânico no Canal da Mancha, estão preocupados com os novos procedimentos.

Olhando para o futuro

Devido à pandemia, não haverá comemorações. Só o Big Ben, o imenso sino da torre norte do Parlamento britânico, em restauração desde 2017, excepcionalmente quebrará o silêncio para tocar na virada e também uma hora antes, em um dos testes de seu mecanismo.

Os desafios agora são consideráveis para o governo Johnson, que prometeu dar ao Reino Unido um novo lugar no mundo, uma ideia resumida sob o slogan do "Reino Unido global".

No entanto, ele está prestes a perder um aliado poderoso com a saída de Donald Trump, um apoiador do Brexit que será substituído na Casa Branca pelo democrata mais pró-europeu Joe Biden.

No nível nacional, o executivo conservador deve se esforçar para reunificar os britânicos, divididos por um Brexit que contrariou a Escócia e a Irlanda do Norte.

“Deixamos um lugar vazio à mesa na Europa” mas “não ficará vazio por muito tempo”, ameaçou na quarta-feira o deputado escocês pró-independência Ian Blackford, cujo partido, o SNP, exige um novo referendo sobre autodeterminação, depois do vencido em 2014, com a esperança de poder reintegrar a UE como um Estado independente.

Desde sua entrada na Comunidade Econômica Europeia em 1973, a relação britânica com o bloco tem sido marcada por conflitos.

Mais interessado na integração econômica do que política, Londres se recusou em 1985 a participar dos acordos de Schengen que permitem a circulação de pessoas sem controle de passaporte e em 1993 na moeda única europeia, o euro.

Ele também lutou para contribuir menos para o orçamento comum. Agora, a UE perde definitivamente seu primeiro membro e com ele 66 milhões de pessoas e uma economia de 2,85 trilhões de dólares.

E vence o medo de que outros nacionalismos populistas sejam tentados a seguir o exemplo. Ao mesmo tempo, livre dos freios britânicos, poderá continuar trabalhando em seu projeto de maior integração política.

"Foi um longo caminho. É hora de deixar o Brexit para trás. Nosso futuro se constrói na Europa", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nesta quarta-feira.

Os 27 países da União Europeia (UE) autorizaram nesta segunda-feira (28) a aplicação provisória do acordo comercial pós-Brexit com o Reino Unido a partir de 1° de janeiro, à espera da ratificação parlamentar formal em Londres e Bruxelas.

"Os embaixadores da UE aprovaram de forma unânime a aplicação provisória do acordo de Comércio e Cooperação entre UE e Reino Unido em 1º de janeiro", anunciou no Twitter o porta-voz da presidência alemã do bloco para a Comissão de Representantes Permanentes (COREPER II), Sebastian Fischer.

A aprovação por escrito da autorização provisória acontecerá na terça-feira às 14h00 GMT (11h00 de Brasília).

A intenção dos representantes permanentes é permitir que o texto (de mais de 1.200 páginas) seja publicado no Diário Oficial da UE o mais rápido possível, provavelmente na quinta-feira (31).

No Twitter, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou que teve uma conversa com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e que ambos destacaram que o acordo é "um novo ponto de partida" para a relação bilateral.

"Esperamos a ratificação formal do acordo e poder trabalhar em prioridades compartilhadas", destacou o chefe de Governo britânico.

- Ratificação parlamentar -

No dia 1o de janeiro, o Reino Unido sairá definitivamente do mercado comum e da união alfandegária da UE. O acordo estabelece as normas que administrarão a partir desta data as relações comerciais entre as partes.

Do lado britânico, o Parlamento poderia ratificar o acordo ainda esta semana, provavelmente na quarta-feira.

No Parlamento britânico, a aprovação do acordo não deve, a princípio, apresentar dificuldades, graças à maioria conservadora de Johnson e ao apoio anunciado ao texto por parte da oposição trabalhista.

O Parlamento Europeu, no entanto, já havia advertido que só teria condições de ratificar formalmente qualquer acordo antes de 1o de janeiro se recebesse o texto até 20 de dezembro.

Como o prazo não foi cumprido, o Parlamento se propõe a submeter o acordo à votação de ratificação em fevereiro de 2021, provavelmente no dia 23, e por isso era urgente aprovar a aplicação provisória do tratado.

Em um comunicado divulgado nesta segunda-feira, o Parlamento Europeu destaca que o caráter provisório da aplicação do acordo "não constitui um precedente nem reabre acordos assumidos entre as partes"

- Análise de 1.200 páginas -

A autorização da aplicação provisória, no entanto, é válida apenas até 28 de fevereiro, a menos que as partes estabeleçam outro prazo.

Em sua nota, no entanto, o Parlamento afirma que decidiu "examinar" a possibilidade de estender a aplicação provisória para além de 28 de março, para permitir a ratificação durante uma "sessão plenária em março".

A partir de agora, explica o comunicado, as comissões do Comércio e das Relações Exteriores "examinarão cuidadosamente" o texto do acordo para preparar uma moção antes de submetê-lo à votação. Além disso, o Parlamento pretende "monitorar de perto" a aplicação do acordo em "todos os detalhes".

O Reino Unido abandonou a UE em 31 de janeiro, mas as partes concordaram com um período de transição até 31 de dezembro para negociar a relação comercial a partir de 2021.

A negociação avançou relativamente bem, mas na reta final ficou travada por divergências aparentemente intransponíveis sobre os direitos de pesca, normas de concorrência e a gestão jurídica do eventual acordo.

Em dezembro, as negociações entraram em um momento crítico e diversas vezes se aproximaram do colapso, mas finalmente em 24 de dezembro as partes anunciaram um acordo.

Com a associação econômica e comercial, a UE oferece ao Reino Unido acesso sem tarifas ou cotas a seu mercado de 450 milhões de consumidores, mas prevê sanções e medidas compensatórias em caso de descumprimento das normas.

Superstições, ritos pagãos e tradições religiosas. Em cada país do mundo, o Natal tem ritos que vão desde representações de fé comuns, que iniciam com o Advento e seguem até a Epifania, simbolizadas com presépio, luzes coloridas e árvores enfeitadas, até tradições curiosas e estranhas ligadas ao folclore local.

Na região de Provença, na França, que começa suas celebrações no dia 4 de dezembro, existe um curioso rito ligado a Santa Bárbara. A tradição diz que é preciso semear grãos de trigo ou de algumas lentilhas em um prato coberto de musgo e regá-los todos os dias até o Natal. O ritual é para desejar uma boa colheita na primavera e para ter sorte e abundância.

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No dia 6 de dezembro, em que é comemorado São Nicolau, os países de língua alemã e do centro da Europa celebram o santo católico protetor das crianças na "competição" contra o Krampus, a criatura mitológica que acompanha o santo e dá carvão para as crianças. Com máscaras de madeira e repletas de musgo, ele assusta os pequenos e é considerado o oposto do Papai Noel.

Em algumas áreas da Alemanha, ao invés disso, São Nicolau enche as botas bem cuidadas que as crianças colocam embaixo de suas camas na noite do dia 24 de dezembro.

Nos países escandinavos, a Reforma Luterana proibiu o culto aos santos, trocando a figura de Nicolau, em algumas comunidades, por uma jovem mulher vestida de branco com uma coroa de velas, que mais tarde foi associada a Santa Lúcia e celebrada todos os dias 13 de dezembro. Aqui, também há outro símbolo ligado ao Natal, presente nas casas escandinavas: a Yule Goat ou Julbock, uma cabra de palha e panos vermelhos, portadora de presentes e símbolo de bom presságio.

    Na véspera do Natal, na Islândia, há a tradição do Gato Yule (Jólakötturinn), um enorme gato bravo e faminto que devora qualquer criança que não use roupas novas feitas para a data.

Na República Tcheca, as mulheres solteiras jogam um sapato em direção à porta da frente da casa: se o dedo do pé estiver voltado para a porta, significa que casarão em breve. Outra tradição natalina para as jovens que querem casar é colocar, no dia 4 de dezembro, um ramo de cerejeira em um vaso. Se florescer no Natal, o casamento está garantido.

No Leste Europeu, em particular na Bulgária, ao fim da ceia de Natal, deixa-se a comida na mesa até o dia seguinte como uma oferta aos espíritos dos falecidos.

Segundo a tradição norueguesa, porém, todas as vassouras são escondidas para evitar que bruxas e duendes as roubem e voem para longe.

No dia de Natal, em algumas regiões de Portugal e da Espanha, sobretudo na Catalunha, há a tradição do "El Caganer" (literalmente, "o cagador"): um boneco com as calças abaixadas, geralmente de cerâmica, que fica escondido por todo o mês de dezembro ou até mesmo no presépio e, no dia 24, é quebrado pelas crianças como um sinal de boa sorte.

Na tradição ucraniana, costuma-se esconder uma aranha de plástico e uma teia de aranha entre a decoração de Natal: o primeiro que achar, terá um ano de boa sorte.

Na Rússia, onde a celebração natalina principal ocorre em 7 de janeiro por seguir o antigo calendário juliano, ao invés do Papai Noel é usado o Ded Moroz, vestido com uma longa veste azul ou branca e acompanhada pela Donzela da Neve. Além disso, na noite do Natal, as crianças vestem casacos de pele de carneiros ao contrário e vão de casa em casa cantando músicas da época e pedindo doces e presentes.

Na Dinamarca e na Noruega, ao invés disso, a missão de dar os presentes cabe aos elfos Nisse, que usam calças cinzas, tamancos de madeira e um chapéu pontudo, sendo conhecidos por pregar peças. Para acalmá-los, as crianças deixam uma tigela com mingau como oferta.

Na Ásia, o período das festas natalinas já foi amplamente afetado pelas tradições ocidentais, mas é bom saber, por exemplo, que no Japão, virou uma tradição comer frango frito no estilo dos Estados Unidos no dia 25 de dezembro.

Também nos países em que o Natal é celebrado no calor, há diversas curiosidades: Em Caracas, na Venezuela, as pessoas podem ir de patins às missas entre 16 e 24 de dezembro; na Colômbia, no dia 7 de janeiro, as celebrações de Natal são encerradas com velas quando, nas janelas e varandas, são colocadas pequenas luzes.

No México, à meia-noite do dia 24, as crianças quebram as "piñatas" repletas de doces e frutas da estação.

Da Ansa

Vários países europeus começaram, neste domingo (20), a proibir voos procedentes do Reino Unido, após a descoberta de uma variante mais contagiosa do coronavírus que circula "fora de controle" nesse país e diante da qual a OMS pediu para "reforçar os controles".

Seguindo os passos da Holanda, onde a suspensão dos voos de passageiros procedentes do Reino Unido entrou em vigor neste domingo e será mantida até 1o de janeiro, Bélgica e Itália anunciaram que também suspenderão suas conexões aéreas britânicas.

O governo alemão estuda "seriamente" fazer o mesmo com os voos procedentes do Reino Unido e África do Sul.

Espanha, por sua vez, pediu uma resposta "coordenada" da Europa sobre esses voos.

Essas medidas acontecem ao mesmo tempo em que um terço da população inglesa inicia um reconfinamento, devido a uma nova cepa do coronavírus que circula "fora de controle", segundo o ministro britânico da Saúde, Matt Hancock.

Diante desta nova cepa, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu para "reforçar os controles" na Europa.

Fora do território britânico, foram detectados vários casos na Dinamarca (9), um na Holanda e outro na Austrália, segundo a OMS, que recomendou aos seus membros "aumentar suas [capacidades de] sequenciamento" do vírus, afirmou uma porta-voz da OMS Europa.

- 70% mais contagiosa -

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson já havia explicado no sábado que Londres e o sudeste da Inglaterra voltariam a respeitar um confinamento rigoroso, às vésperas das festas natalinas, porque uma nova variante do vírus circulava muito mais rápido.

Em declarações à Sky News, Hancock disse que a situação era "extremamente séria".

"Será muito difícil controlá-la até que tenhamos distribuído a vacina", afirmou. "Teremos que lidar com isso durante os próximos dois meses".

Os cientistas descobriram esta variante em um paciente em setembro.

Susan Hopkins, de Saúde Pública da Inglaterra (PHE), disse à Sky News que a agência avisou ao governo na sexta-feira, depois que os estudos revelaram a gravidade da nova cepa.

A cientista confirmou os dados divulgados por Johnson, que estabelecem que esta variante pode ser 70% mais contagiosa.

Desde a semana passada, a Europa é a região do mundo com mais mortes pela covid-19, com mais de 514.000 óbitos desde o início da pandemia há quase um ano.

Para evitar que o vírus se propague ainda mais durante as festas de Natal e Ano Novo, vários países impuseram novas restrições mais rigorosas.

Na Holanda está em vigor um confinamento de cinco semanas, e as escolas e comércios que não são essenciais permanecerão fechados até meados de janeiro.

Itália, um dos países mais afetados com mais de 68.400 mortes e quase dois milhões de casos, impôs novas medidas para as festas, entre 21 de dezembro e 6 de janeiro: só estará permitida uma saída ao ar livre diária por casa, não estará permitido viajar entre regiões e bares, restaurantes e lojas não essenciais estarão fechados.

- Sem "pressa" no Brasil -

No restante do planeta, o vírus continua se espalhando. No total, o coronavírus cobrou mais de 1,6 milhão de vidas em todo o mundo e infectou mais de 76 milhões de pessoas, de acordo com uma contagem da AFP neste domingo com base em fontes oficiais.

A Rússia superou os 50.000 mortos por Covid-19, segundo as autoridades de saúde, embora os especialistas acreditem que o número real é muito maior. Um ex-funcionário da agência estatística nacional russa, Alexéi Raksha, fala de 250.000 mortos.

No Chile, os novos casos confirmados aumentaram 22% na última semana, despertando preocupação no governo sobre um possível novo pico pandêmico.

E em El Salvador, o governo pediu à população para cumprir com as medidas sanitárias para conter um aumento dos casos.

No Brasil, o segundo país do mundo com mais mortos (186.356) atrás dos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro não parece tão preocupado com o assunto.

"A pandemia realmente está chegando ao fim. Os números têm mostrado isso aí. Estamos com uma pequena ascensão agora, o que se chama de pequeno repique; pode acontecer. Mas pressa para a vacina não se justifica, porque você mexe com a vida das pessoas", disse o presidente em uma entrevista com seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, no YouTube.

A maioria dos países aguardam impacientes o início das campanhas de vacinação, que se apresentam como a única forma de conter o vírus.

Na União Europeia, começarão a partir de 27 de dezembro, seguindo os passos dos Estados Unidos e Reino Unido.

Rússia e China também começaram a administrar vacinas em seu território produzidas em nível nacional.

Estados Unidos, o país mais afetado do mundo pela pandemia, autorizou a vacina da Moderna, a segunda aprovada contra a Covid-19, em um momento em que vários governos tomam medidas drásticas para as festas de Natal e Ano Novo para prevenir um aumento de contágios e mortes.

Neste sábado (19), a capital do México e setores de Sydney - a cidade mais populosa da Austrália - começaram a aplicar restrições, e a Itália anunciou na sexta-feira (18) novas medidas nesta época de festas, incluindo o fechamento de bares e restaurantes e muitas lojas, e a proibição de viagens entre regiões. Será permitida apenas uma saída ao ar livre diária por casa.

Estados Unidos, que registra mais de 2.500 mortes por dia por Covid-19, é a primeira nação a autorizar as duas doses da Moderna, a segunda vacina a ser implementada em um país ocidental depois da desenvolvida pela Pfizer e BioNTech.

Milhões de doses começarão a ser enviadas neste fim de semana a partir de lugares de armazenamento em temperaturas frias localizados nos arredores das cidades de Memphis e Louisville.

Os países depositam suas esperanças nas vacinas para deter uma pandemia que já matou ao menos 1,66 milhão de pessoas e infectou mais de 74 milhões em todo o mundo.

- Vacinações públicas -

Nos Estados Unidos, altos funcionários foram vacinados na sexta-feira, incluindo o vice-presidente Mike Pence, cuja vacinação pública tenta persuadir os céticos das vacinas a se juntar a ele.

O presidente eleito Joe Biden, que assumirá o cargo em 20 de janeiro, anunciou que se vacinará, também em público, na segunda-feira.

O atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por muito tempo cético sobre a gravidade da pandemia e que atualmente pode ser imune ao vírus depois contraí-lo, também afirmou que estaria disposto a receber a vacina.

Trump esteve ausente na vacinação pública de Pence, mas atribuiu o mérito dos avanços das vacinas registrados em tempo recorde a si mesmo várias vezes, apesar das mais de 310.000 mortes que seu país lamenta até agora.

Outros líderes mundiais, do presidente russo Vladimir Putin ao primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu, também se comprometeram a receber injeções públicas para aumentar a confiança nas vacinas.

Na Europa, a preocupação aumentou depois que o primeiro-ministro eslovaco Igor Matovic deu positivo para covid-19 uma semana depois de comparecer a uma cúpula da União Europeia em Bruxelas.

Acredita-se que foi lá que o presidente francês Emmanuel Macron contraiu o vírus. Seu diagnóstico positivo levou uma série de líderes europeus e funcionários franceses a se autoconfinar. Macron reconheceu na sexta-feira que sua infecção o fez "diminuir o ritmo", mas insistiu que ainda participava ativamente nos assuntos do governo, incluindo as negociações comerciais sobre o Brexit.

A União Europeia, que enfrenta uma forte pressão para aprovar as vacinas, tem a intenção de começar suas vacinações com o produto da Pfizer-BioNTech antes do fim do ano, e alguns países anunciaram que em 27 de dezembro iniciarão suas campanhas de vacinação.

No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro, que minimizou o coronavírus sistematicamente, zombou dos possíveis efeitos colaterais da vacina da Pfizer. "No documento da Pfizer está muito claro: 'não somos responsáveis por nenhum efeito colateral'. Se você virar um jacaré, é problema seu", disse.

- Uma luz mais brilhante -

As nações mais pobres também receberam um impulso na sexta-feira quando a Organização Mundial da Saúde e seus sócios disseram que as vacinas serão distribuidas no início do próximo ano aos 190 países, no âmbito de sua iniciativa Covax, um esforço conjunto para garantir uma distribuição igualitária.

"A luz no fim do túnel se tornou um pouco mais brilhante", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Enquanto isso, o vírus não para. A Índia superou os 10 milhões de casos neste sábado, o que a torna o segundo país com mais infectados no mundo, atrás dos Estados Unidos, embora a propagação tenha desacelerado nas últimas semanas.

No México, a prefeita da capital anunciou que sua cidade e o estado vizinho suspenderão quase todas as atividades a partir deste fim de semana, permitindo atividades apenas em setores essenciais como alimentação, energia, transporte, manufatura e os serviços financeiros.

Panamá terá uma quarentena total para Natal e Ano Novo e limitou o acesso a supermercados. Áustria terá um novo confinamento de um mês a partir de 26 de dezembro.

E Suécia deu um giro de 180 graus ao recomendar o uso de máscaras no transporte público, após resistir durante meses a uma medida deste tipo.

Na África do Sul, a ministra da Saúde, Zwelini Mkhize, apontou a detecção de uma variável grave do coronavírus que poderia explicar a rápida propagação de uma segunda onda de casos.

Os 27 países da União Europeia (UE) iniciarão no mesmo dia as campanhas de vacinação contra a Covid-19, em sinal de unidade, afirmou nesta quarta-feira (16) a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

"Começaremos assim que possível a vacinação, todos juntos, os 27, no mesmo dia, da mesma maneira que enfrentamos esta pandemia", disse a alemã em um discurso no Parlamento Europeu.

“Para controlar a pandemia, precisaremos vacinar até 70% da população. Esta é uma tarefa enorme", destacou.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA), órgão regulador da UE, antecipou para a próxima segunda-feira (21) a reunião que avaliará a aprovação da vacina desenvolvida pelos laboratórios Pfizer e BioNTech.

Paralelamente, Reino Unido e Estados Unidos já começaram a vacinar, uma situação que provocou a impaciência de países como a Alemanha, que deseja iniciar a sua campanha antes do Natal.

As normas europeias permitem que os países adotem individualmente decisões sobre o início de campanhas de vacinação, mas a UE prefere uma ação unificada para evitar que algumas regiões fiquem atrasadas.

Von der Leyen recordou ainda que a vacina da Pfizer/BioNTech é apenas uma das seis que a UE têm reservadas, depois que o bloco assinou grandes contratos de compra antecipada com vários laboratórios.

"No total, compramos doses mais que suficientes para todos na Europa. E poderemos apoiar nossos vizinhos e aliados em todo o mundo", disse Von der Leyen.

A cooperação pode acontecer por meio do programa COVAX, coordenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), justamente para que vacinas consideradas eficazes e seguras estejam disponíveis para todos os países e não apenas para os mais ricos.

Depois de dizer que revelaria nomes de países que atuam como "receptadores" de madeira ilegal que sai do Brasil, o presidente Jair Bolsonaro recuou de suas declarações nesta quinta-feira, 19. Em vez de países, Bolsonaro disse que o governo tem, na realidade, "nomes de empresas" que comprariam produtos brasileiros de forma ilegal. Nem mesmo esses nomes, porém, foram citados.

"Nós temos aqui os nomes das empresas que importam isso e os países que elas pertencem. A gente não vai acusar o país A, B ou C de estar cometendo um crime. Mas empresas desses países, sim. Isso já está em processo. Isso vai se avolumar, no meu entender, ao ponto tal que se tornará não atrativo a importação de madeira ilegal", disse Bolsonaro, durante a sua live.

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Ao lado do ministro da Justiça, André Mendonça, e do superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Saraiva, Bolsonaro chegou até mesmo a dizer que "países outros nos criticam, em algumas oportunidades, até com razão, mas em outras, não".

"Quando nós conseguirmos chegar a bom termo essa questão, vai diminuir drasticamente o desmatamento no Brasil. Nós temos aqui o montante de madeira que é exportada por ano. E, só nesse contexto, já vê que não sai de área de manejo. Obviamente, tem também de reserva indígena em área de proteção ambiental. Esse é um grande sinalizador", declarou o presidente.

Segundo o presidente, além da atuação da PF no combate ao crime na floresta, a Marinha do Brasil já foi contatada e apoiará as ações. "Toda ela (madeira) sai por via aquoviária. Não sai por estrada, sai por rios. Então dá pra gente fazer barreiras e conter o deslocamento dessa madeira. A que for legal, passa. A que não for, não passará mais."

As declarações de Bolsonaro divergem daquelas que deu na terça-feira, 17, quando voltou a afirmar que revelaria "nos próximos dias" a lista dos países que compram madeira ilegal da Amazônia. Em discurso na cúpula do Brics, Bolsonaro afirmou que o País sofre com "injustificáveis ataques" em relação à região amazônica e ressaltou que algumas nações que criticam o Brasil também importam madeira brasileira ilegalmente da Amazônia.

"Revelaremos nos próximos dias os nomes dos países que importam essa madeira ilegal nossa através da imensidão que é a região amazônica", declarou, em sua participação no encontro do grupo de países que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. "Porque, daí, sim, estaremos mostrando que estes países, alguns deles que muitos nos criticam, em parte têm responsabilidade nessa questão", disse.

Interesses

Bolsonaro disse que "há um clamor mundial no tocante" à exportação da madeira brasileira e voltou a dizer que não vai apontar nenhum país como culpado pelas operações ilegais. "A gente não quer culpar outros países em nada. Até reflorestamento, eu te pergunto: tem notícias de outros países que está preocupado com seu próprio reflorestamento? Ou não? É uma acusação constante em cima do Brasil, visando obviamente nos enfraquecer comercialmente", disse.

Mais uma vez, o presidente voltou a citar que haveria interesses de outros países em prejudicar o Brasil, por causa de sua competitividade em commodities agrícolas. Bolsonaro citou um projeto de lei no Reino Unido que, segundo ele, prevê que não se importe mais commodities de produtos vindo de países que desmatam. "Aí, (cortaria) soja, café, açúcar, borracha, seja lá o que for, de países que praticam o desmatamento... E o ano que vem, novembro do ano que vem, teremos um encontro da cúpula europeia sobre mudanças climáticas. E esse assunto vai falar alto lá. Daí outros países podem adotar a mesma coisa. A intenção é sempre nos deixar isolados naquilo que nós temos na nossa economia, que é o mais pujante, que é a locomotiva da nossa economia, que é o agronegócio."

Um dos desafios em relação à vacina da Pfizer será obter o produto - a empresa já fechou acordo com mais de 30 países, entre eles os Estados Unidos, que já compraram 100 milhões de doses antecipadamente. Outra questão logística diz respeito ao armazenamento e transporte da vacina, que requer temperaturas de menos 70 graus Celsius para se manter estável.

Ontem, a Pfizer e BioNTech reforçaram que estão trabalhando para escalar a produção, na expectativa de chegar a 50 milhões de doses - suficientes para imunizar 25 milhões de pessoas - até o fim do ano, e a 1,3 bilhão de doses em 2021.

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Dessas primeiras 50 milhões de doses, metade deve ficar nos Estados Unidos já este ano, após o acordo feito pelo presidente Donald Trump, de US$ 1,95 bilhão. Americanos vão receber a vacina gratuitamente. Há possibilidade de compra de outras 500 milhões de doses ao longo do próximo ano. O Reino Unido negociou 30 milhões de doses. O Japão, 120 milhões. A União Europeia fechou acordo para comprar 300 milhões.

Na semana passada, a farmacêutica não revelou os preços que cobrará por cada dose, mas afirmou que a empresa está praticando três valores: um para EUA e Europa, outro para países em desenvolvimento como o Brasil e um terceiro para nações subdesenvolvidas.

Gelo seco

Sobre a logística de refrigerar o imunizante, a empresa disseque "elaborou plano logístico detalhado com ferramentas para apoiar o transporte eficaz, armazenamento e monitoramento contínuo" da temperatura da potencial vacina.

"A alternativa que a empresa oferece é transportar as vacinas em contêineres especiais com gelo seco, que manteriam a vacina viável por 15 dias. E o produto ainda se mantém estável por mais cinco dias em um freezer normal", diz infectologista Edson Moreira, coordenador do estudo da Pfizer no Brasil. Para esse transporte, é necessário que haja recarga do gelo seco e que as caixas não sejam abertas mais do que duas vezes por dia.

"É um desafio, mas é o tipo do problema que estávamos loucos para ter de enfrentar. Até pouco tempo atrás não tínhamos vacina, um problema maior", afirma o médico.

Inicialmente, a vacina deve ser oferecida a grupos de risco, como profissionais de saúde e idosos. "Trabalhávamos com estimativa de eficácia de 70%; o resultado foi excepcional, significa que de cada cem vacinados, 95 estão protegidas", diz. "Nenhuma vacina é 100% eficaz", diz ele, lembrando que a do sarampo, com, eficiência de 80%, erradicou a doença no mundo.

O bom resultado em idosos também anima. "É bom porque, em geral, a eficácia das vacinas diminui com a idade, uma vez que o sistema imunológico envelhece e se torna menos eficiente", diz. "É extremamente importante que possamos oferecer proteção dessa magnitude a pessoas desse grupo de risco."

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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