Tópicos | Carta aberta

O prefeito de Quipapá, município da Zona da Mata do estado, Álvaro “Alvinho” Porto divulgou, nesta sexta-feira (29), uma carta aberta renunciando ao cargo do executivo, deixando a ocupação para o atual vice, Pité. 

Segundo a nota publicada (veja na íntegra no final do texto), o filho do presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Álvaro Porto (PSDB), sua saída do posto se deu por “motivos pessoais”.  

##RECOMENDA##

Confira a carta na íntegra abaixo: 

Minhas amigas e meus amigos de Quipapá: 

Hoje dia 29 de dezembro de 2023, após três anos à frente da administração de Quipapá, venho, por motivos pessoais, comunicar minha renúncia ao cargo de prefeito de Quipapá. 

Após uma dura campanha eleitoral no ano de 2020, vencemos as eleições com o objetivo de implantar uma mudança muito desejada pela população de Quipapá. Em janeiro de 2021, iniciamos o trabalho tão esperado pelo nosso povo e imprimimos uma marca jamais vista na história da cidade. 

Nossas primeiras ações foram na área da saúde, uma vez que tínhamos, à disposição, apenas um médico plantonista no hospital para atender a todo o município. Hoje temos médicos todos os dias no hospital, além de 10 equipes de saúde da família em pleno funcionamento, com atendimento médico, odontológico, entre outros. Na Policlínica, contamos com diversas especialidades médicas, entre elas: ultrassonografia, pediatria, ginecologia, dermatologia, psiquiatria, e várias outras. Firmamos também parceria com outros hospitais para realizar cirurgias. Reformamos o nosso hospital, adquirimos diversos equipamentos, além de climatizar todas as enfermarias. Investimos em equipe e equipamentos, para nossa sala de parto, fazendo com que as mães quipapaenses, possam ter seus filhos na nossa cidade, sem mais precisar se deslocar para outros municípios. 

A população de Quipapá, não aguentava mais o sofrimento de fazer tratamento de saúde em Recife e não ter um lugar para descansar, fazer suas refeições e ficar hospedado em tratamentos mais longos. Pensando nisso, implementamos a nossa casa de apoio com toda a estrutura para acolhimento dos pacientes e acompanhantes. Essa casa, se tornou referência no estado e é vitrine para outras prefeituras que desejam criar casas de apoio. Além de acolhimento, asseguramos transporte de qualidade para os usuários casa. 

Instalamos a Secretaria de Saúde em um novo prédio, com mais espaço e condições para atender nossa população e reestruturamos a farmácia municipal, com a aquisição de móveis, equipamentos, insumos e medicamentos. 

Reativamos o serviço do SAMU, com contratação de nova equipe, nova ambulância e inauguramos uma base. 

Recebemos o município com apenas uma e estamos entregando com sete ambulâncias. Disponibilizamos transporte para tratamento de quimioterapia, hemodiálise entre outros, para as cidades de Recife, Caruaru, Palmares e Garanhuns. 

Colocamos em funcionamento os postos de saúde da Vila do Cruzeiro e inauguramos o Posto de Saúde do Bar do Bode. 

Infraestrutura também foi prioridade no nosso mandato. Tiramos do papel uma das obras mais sonhadas do povo de Quipapá, principalmente, da Vila do Cruzeiro, que era o calçamento da estrada de acesso ao distrito. Foram concluídos mais de três quilômetros do calçamento e estamos deixando R$ 2 milhões em emendas dos deputados Álvaro Porto, André Ferreira e Clarissa Tércio, para o início da nova etapa da obra. Realizamos as obras de esgotamento sanitário da Vila do Cruzeiro, pleito antigo da população. 

Dois desejos da comunidade da Nova Vila também foram realizados: calçamos as duas ladeiras de acesso, tirando o povo da lama e da poeira; e melhoramos o sistema de abastecimento de água. 

Construímos novas praças de eventos na nossa cidade e no distrito de Vila Nova e realizamos as maiores festas já vistas em Quipapá com grandes atrações nacionais e sempre valorizando os artistas da terra. Quipapá recebeu a melhor decoração de Natal da nossa história, atraindo turistas, fomentando o comércio e alegrando nossa população. 

A comunidade do Novo Milênio também foi beneficiada com o calçamento de todo o bairro. 

Reformamos diversas escolas da sede e da zona rural, ofertamos merenda de qualidade e entregamos fardamento para os alunos da rede municipal. 

Fortalecemos a agricultura familiar com a compra da produção para a merenda escolar e para a entrega juntos às famílias carentes. 

A segurança alimentar foi uma das nossas preocupações. Implementamos a cozinha comunitária, ofertando diariamente refeições gratuitas e de qualidade para várias famílias. Fizemos entregas de cestas com peixe na Semana Santa e com frango no Natal, além da distribuição contínua de cestas básicas. 

Criamos o programa Nascer Bem, que faz o acompanhamento social das nossas gestantes, e entregamos o enxoval completo para que os bebês quipapaenses venham ao mundo com mais conforto. 

Com a abertura da sala do empreendedor, facilitamos a vida dos comerciantes e de quem deseja abrir seus negócios, com mais acesso a linhas de crédito com bancos, cursos e capacitações, parceria com entidades como Sebrae, Senar, entre outras. Entre os cursos ministrados, destaco o de manejo de carne bovina, possibilitando o ingresso como funcionários da Masterboi. 

Adquirimos, para assistência ao homem do campo e manutenção de estradas rurais: máquinas pesadas como PC, restroescavadeira e pá carregadeira, além de disponibilizar tratores para aração de terra e serviço de terraplanagem e piçarramento das estradas. Perfuramos diversos poços artesianos por toda zona rural. 

Para ajudar na proteção das nossas crianças e adolescentes, adquirimos um carro zero quilômetro e diversos equipamentos para o Conselho Tutelar. 

Com o pagamento de dívidas de gestões passadas, firmei parceria com a Celpe, e recebemos no dia de hoje, mais de quatrocentos pontos de lâmpadas de Led, para a troca do parque de iluminação. 

Aprovamos, junto ao Governo Federal, convênio para construção do Mirante do Alto do Cruzeiro. A nossa academia da cidade está com projeto aprovado, licitado e com dinheiro em conta para o início das obras. Além de várias emendas parlamentares que estão em tramitação e que ajudarão bastante, a nossa cidade. Chego nesse momento, com a cabeça erguida e a certeza de que nossa cidade avançou muito nos últimos três anos. 

Por questões pessoais, encerro meu mandato com a consciência que Quipapá será administrada, nos próximos anos, por um homem de bem, honrado, honesto, disposto e comprometido com a população. Pité, meu vice-prefeito, que foi leal na campanha e durante todo meu mandato, assumirá a administração de Quipapá, e sei que vai fazer um grande trabalho por nossa cidade. Nosso futuro prefeito é um empresário respeitado, veio de baixo e com a força do seu trabalho e do seu suor, venceu na vida, sem precisar se envolver em esquemas fraudulentos e nenhuma maracutaia para ganhar dinheiro. Ele é ficha limpa, nunca se envolveu em escândalos e acordos obscuros, não está junto com grupos envolvidos em esquemas de desvio de dinheiro público para financiar campanhas eleitorais e enriquecer às custas do povo. Confio nele e sei que será um grande prefeito. 

Agradeço a Deus pela oportunidade de administrar Quipapá durante os últimos três anos. Agradeço ao povo de Quipapá pela confiança e demonstração de carinho e amizade que recebo todos os dias. Agradeço aos secretários e todos os funcionários e colaboradores da prefeitura. Agradeço aos vereadores da nossa base. Agradeço aos deputados Álvaro Porto e André Ferreira pela parceria e recursos encaminhados que ajudaram nossa administração. Agradeço a minha família e meus amigos que sempre me apoiaram em todos os momentos. 

Obrigado a todos, e que tenhamos um 2024 de muita paz, sucesso e alegria para nossa Quipapá. Que Deus nos abençoe. 

Álvaro Porto de Barros Filho 

 

Clima tenso entre o elenco e os roteiristas? É o que parece estar rolando nos bastidores das gravações de Vai Que Cola, série do Multishow que já tem mais de dez temporadas e é um sucesso entre os telespectadores, mas que não estaria vivendo sua melhor fase.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, os roteiristas da atração escreveram e divulgaram uma carta aberta para o elenco e a produção do programa. Na nota, eles discordam da demissão de um dos escritores, André Gabeh.

##RECOMENDA##

"Nós, roteiristas do programa Vai Que Cola - Temporada 11, escrevemos esta carta para nos solidarizarmos com o roteirista André Gabeh, demitido arbitrariamente a pedido de parte do elenco da série. Queremos deixar claro que somos uma equipe que tem amor pelo Vai que Cola e por cada profissional que faz essa série acontecer, por isso, esta é uma carta com afeto, sem intenção de gerar conflito", diz trecho da carta.

Além disso, os roteiristas contam que parte do elenco do programa da TV Globo reclamava sem embasamento de textos escritos pelo ex-BBB André Gabeh.

"A implicância ou perseguição, por parte do elenco, com o autor não é de hoje. Desde o ano passado, André Gabeh vem sendo melindrado e diminuído. E mesmo assim, seguia exercendo seu trabalho com empenho e competência. Recebemos com consternação a notícia de que ele havia sido demitido faltando menos de um mês para encerrarmos a sala de roteiro. Nosso trabalho é feito em equipe e uma perda dessas, além de injusta, pois o mesmo nunca deixou de cumprir prazos e realizar seu trabalho com excelência, abala a todos. Somos profissionais, mas antes de tudo, seres humanos", finaliza a carta.

O próprio André Gabeh já havia se pronunciado sobre sua demissão em sua conta no Instagram:

[@#video#@]

Em carta aberta divulgada nesta quinta-feira, 27, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à Presidência pelo PT, se compromete em combinar "política fiscal responsável" com "responsabilidade social e desenvolvimento sustentável". A carta fala em seguir "regras claras e realistas" na política fiscal. O documento, chamado de "Carta para o Brasil de amanhã", tem 13 pontos.

"A política fiscal responsável deve seguir regras claras e realistas, com compromissos plurianuais, compatíveis com o enfrentamento da emergência social que vivemos e com a necessidade de reativar o investimento público e privado para arrancar o país da estagnação. O sistema tributário não deve colocar o investimento, a produção e a exportação industrial em situação desfavorável, nem deve penalizar trabalhadores, consumidores e camadas de mais baixa renda. É possível combinar responsabilidade fiscal, responsabilidade social e desenvolvimento sustentável - e é isso que vamos fazer, seguindo as tendências das principais economias do mundo", diz a carta assinada por Lula.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Três dias antes do segundo turno, a campanha petista decidiu divulgar o documento com o compromisso fiscal e informações sobre o que Lula pretende, em um futuro governo Lula 3, em diversas áreas. Os temas já foram apresentados por Lula em momentos da campanha - seja nas diretrizes de governo apresentadas em junho ou em declarações durante reuniões com empresários e comícios. O documento organiza as informações já divulgadas e as apresenta por escrito, em forma de compromisso.

Houve divisão interna na campanha de Lula sobre a necessidade de divulgar a carta. Aliados do ex-presidente passaram a eleição inteira dizendo que não seria necessário apresentar algo parecido com a célebre "carta aos brasileiros" de 2002, na qual Lula fez um aceno ao mercado financeiro. O argumento era de que o petista tem o histórico de seus dois mandatos como garantia de compromisso com a responsabilidade fiscal. Aliados que aderiram a campanha no segundo turno, no entanto, como a senadora Simone Tebet (MDB), se mostraram favoráveis à ideia de detalhar planos de governo.

Lula foi cobrado, durante a campanha, por não divulgar, por exemplo, qual âncora fiscal pretende colocar no lugar do teto de gastos - que já anunciou que pretende revogar. Apesar do compromisso com a responsabilidade fiscal, Lula não indica na carta qual instrumento deve usar para conter os gastos públicos.

O petista também fala, no texto, que teve responsabilidade fiscal quando governou o Brasil. "Com responsabilidade fiscal, reduzimos a dívida pública, controlamos a inflação e acumulamos um expressivo volume de reservas cambiais que até hoje são fundamentais para a estabilidade da economia. Essas condições foram essenciais para o Brasil crescer o dobro da média internacional em nosso governo e enfrentar a maior crise financeira mundial da história recente", afirma Lula.

Como já havia registrado em seu plano de governo, Lula afirma que debaterá com empresários, governos e trabalhadores a construção de "uma Nova Legislação Trabalhista que assegure direitos mínimos - tanto trabalhistas como previdenciários - e salários dignos, assegurando a competitividade e os investimentos das empresas". "Vamos também criar o Empreende Brasil, com crédito a juros baixos para os batalhadores das micro, pequenas e médias empresas. Nosso Brasil será o país da inovação".

A carta é recheada de compromissos com programas sociais e de investimento em infraestrutura que envolvem gastos públicos. Como mostrou a colunista Adriana Fernandes, as promessas para economia do PT custariam até R$ 150 bilhões até 2023. No documento, a campanha prevê a retomada de "obras paradas" e a estruturação de um novo Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, para "reativar a construção civil e a engenharia pesada", com foco em "demandas sociais como habitação, transporte e mobilidade urbana, energia, água e saneamento".

Lula promete ainda definir a retomada das obras paradas em alinhamento com os governadores, para estabelecer prioridades. "Vamos investir em serviços públicos e sociais, em infraestrutura econômica e em recursos naturais estratégicos. Os bancos públicos, especialmente o BNDES, e empresas indutoras do crescimento e inovação tecnológica, como a Petrobras, terão papel fundamental neste novo ciclo", diz o documento.

Na área social, Lula promete o reajuste anual do salário mínimo acima da inflação. O Bolsa Família terá valor de R$ 600, somados a R$ 150 para cada criança de ate seis anos, em eventual governo Lula 3. A carta menciona a criação de um programa para renegociar dívidas com descontos e juros baixos e imposto de renda zero para quem ganhar até R$ 5 mil, além de uma reforma tributária. Estes itens tem sido divulgados nas propagandas de rádio e televisão da campanha petista.

O ex-presidente também faz menção à proposta de Simone Tebet, sobre igualdade salarial para homens e mulheres que exerçam os mesmos cargos. Outra proposta encampada pela senadora emedebista aglutinada na carta de Lula é o fim das filas de consultas, exames e cirurgias que não foram realizados na pandemia.

Lula também afirma que vai descontinuar medidas da política armamentista de Jair Bolsonaro. "Vamos revogar decretos e portarias que permitiram o acesso irrestrito às armas, especialmente aqueles que estão armando o crime organizado. Enfrentaremos o aumento alarmante de casos de feminicídio e a violência contra a juventude negra, especialmente nas periferias".

Após empresas distribuidoras de gás oxigênio divulgarem uma carta em que alertam para a possibilidade de crise no abastecimento do insumo no Estado, o Governo de Pernambuco alegou, na noite desta sexta-feira (28), que não existe risco de desabastecimento de oxigênio hospitalar. Em reunião nesta tarde para analisar os efeitos da Covid-19, o secretário estadual de Saúde, André Longo, além de dar a garantia, alegou que não existe comprometimento na produção do insumo.

“Eu gostaria de deixar bem claro que não há falta de oxigênio nas 66 unidades de saúde do Governo de Pernambuco, tampouco nas unidades de referência para atendimento dos casos de Covid na rede estadual. O abastecimento desse e de outros insumos para os hospitais estaduais está assegurado pela empresa fornecedora de gases hospitalares para o nosso sistema de saúde. Temos registrados, sim, casos de municípios que, em suas unidades próprias, estão tendo dificuldade em repor seus estoques. Muitos desses municípios possuem contratos com empresas de pequeno porte que não estão conseguindo atender o aumento da demanda”, disse Longo, conforme informações de sua assessoria de comunicação.

##RECOMENDA##

O secretário explicou que a principal fornecedora de gás do País, inclusive com contrato de abastecimento com a rede estadual de saúde, possui uma planta industrial em Pernambuco. No entanto, o secretário reconheceu que houve falta de insumo em municípios do Agreste, tais como João Alfredo e Lajedo, motivada por “problemas na logística dos fornecedores de gases” das cidades.

“Diante das informações e solicitações dos municípios, motivado também pela aceleração da doença no Agreste do Estado, que tem provocado a saturação da rede hospitalar da Região, o Governo de Pernambuco começou a enviar 149 concentradores de oxigênio para cidades pernambucanas com o objetivo de auxiliar os gestores municipais na qualificação da assistência à Covid-19. Além disso, a Secretaria de Saúde de Pernambuco está em contato permanente com os gestores municipais, esmiuçando a situação e procurando soluções”, informou o Governo do Estado em nota à imprensa.

André Longo ainda declarou: “Estamos fazendo um levantamento detalhado da situação de cada cidade e já iniciamos o auxílio dos casos mais graves. Distribuímos concentradores de oxigênio para 44 prefeituras do interior, solicitamos ao Ministério da Saúde mais 500 desses equipamentos, além de 1 mil cilindros de oxigênio, e estamos encontrando formas de ampliar nossos contratos para atender aos pedidos que têm chegado”.

O gestor também informou que a Central de Regulação Hospitalar tem encaminhado pacientes assistidos em unidades municipais de menor porte para serviços de referência da rede estadual. São casos em que há relatos de dificuldade de abastecimento, informou o secretário de Saúde.

Fechado para reformas desde 2010, o Cineteatro do Parque, um dos equipamentos culturais mais queridos pelos recifenses, localizado na área central da capital pernambucana, parece estar prestes a reabrir as portas. Parte da classe artística, no entanto, se questiona em quais circunstâncias a estrutura voltará a funcionar e, através de carta aberta, cobra da Prefeitura do Recife (PCR) algumas respostas. 

Em agosto deste ano, uma equipe da PCR realizou mais uma vistoria nas obras do teatro, que já duram seis anos. Na ocasião, o presidente da Fundação de Cultura da Cidade do Recife, Diego Rocha, chegou a garantir que a entrega do equipamento cultural seria feita ainda neste semestre e citou o mês de novembro para a retomada das atividades no local.

##RECOMENDA##

A notícia animou o público e os artistas locais, porém, muitas dúvidas rondam a reabertura do Parque. Através de uma carta aberta, publicada na internet, vários coletivos e associações levantam alguns pontos relativos ao tema, como a escolha da data para a reabertura, em pleno período de eleições municipais; as propostas de gestão para o espaço; e a disponibilidade da PCR em dialogar com a sociedade civil sobre tais propostas. Assinam o documento a Associação Brasileira de Documentaristas e Curta Metragistas de Pernambuco /Associação Pernambucana de Cineastas (ABD - PE/Apeci), Acervo recordança, Acorde, Coletivo CineRuaPE, Grupo Magiluth e Grupo Guerrilha Cultural, entre outros. 

Em um dos trechos, a carta coloca: "O espaço é muito importante para a cultura recifense e pernambucana e é fundamental que a construção da gestão deste equipamento cultural se dê em diálogo legítimo com a sociedade e os agentes dos setores culturais, pensando nos melhores usos e fins que promovam democratização, equidade e acesso, tanto aos artistas quanto ao público". Segundo o Instagram da ABD - PE/Apeci, no entanto, um mês após a entrega do documento, a PCR ainda não deu nenhuma resposta.

Veja o que a Prefeitura do Recife disse, após ser procurada pelo LeiaJá:

A Prefeitura do Recife informa que está concluindo a maior obra de requalificação e restauro a que o Teatro do Parque foi submetido em toda a sua história, para devolver à cidade um equipamento prioritário de sua memória cultural com todas as suas vocações preservadas. Os detalhes referentes à reabertura, programação e gestão do equipamento serão anunciados em breve.

Sobre a reforma

Um dos únicos teatros jardins ainda existentes no Brasil, o Parque, como carinhosamente é conhecido, sofreu várias intervenções feitas ao longo da sua existência. Após mais de cem anos de história, o restauro devolverá a ele as características originais do ano de 1929. Entre outras intervenções, foram recuperados alicerces e sistema de drenagem do prédio histórico, já bastante danificados, além de retiradas as tubulações de refrigeração aparentes e muitas camadas de gesso e pintura, que escondiam a beleza do projeto arquitetônico, com direito a muitas outras melhorias: afrescos recuperados, pisos redesenhados à imagem e semelhança dos originais, além de cores nas paredes e colunas reproduzidas com rigor histórico.

Em carta aberta publicada na noite desta sexta-feira, 7, no site do jornal inglês The Guardian, artistas, intelectuais e personalidades afirmam que as instituições democráticas do Brasil estão "sob ataque" desde que Jair Bolsonaro assumiu a Presidência da República, em janeiro de 2019. Intitulado "Democracia e Liberdade de Expressão sob ameaça no Brasil", o artigo é assinado pelos cantores Chico Buarque, Caetano Veloso e Arnaldo Antunes, os escritores Milton Hatoum, Paulo Coelho e Djamila Ribeiro, o historiador Boris Fausto, o fotógrafo Sebastião Salgado, a cineasta Petra Costa e mais de 2.700 pessoas.

A campanha também ganhou o apoio de intelectuais e artistas de outros países, como o filósofo Noam Chomsky, o cientista político Steven Levitsky, o cantor Sting, o ator William Dafoe, o compositor Philip Glass e o escritor Valter Hugo Mãe.

##RECOMENDA##

"O regime de extrema direita do Brasil quer censurar livros didáticos, espionar professores e reprimir minorias e grupos LGBTI+. Precisamos de apoio da comunidade internacional", afirma o texto, que pede apoio da comunidade internacional para "condenar as tentativas do governo Bolsonaro de pressionar organizações artísticas e culturais" e "pressionar o Brasil a respeitar completamente a declaração universal dos direitos humanos e, assim, respeitar liberdade de expressão, pensamento e religião".

No texto, os autores fazem referências a episódios recentes do governo Bolsonaro, como o filme gravado pelo ex-secretário de Cultura, Roberto Alvim, que copiava temática nazista e citava textualmente trechos de um discurso do ideólogo nazista Joseph Goebbels. A repercussão do caso levou Alvim a ser demitido horas após a publicação do filme em suas redes sociais no dia 17 de janeiro. "Alvim estava apenas dando voz ao projeto político de extrema direita de Bolsonaro, que continua com força total", diz a carta publicada no The Guardian.

A campanha também ganhou o apoio de intelectuais e artistas de outros países, como o filósofo Noam Chomsky, o cientista político Steven Levitsky, o cantor Sting, o ator William Dafoe, o compositor Philip Glass e o escritor Valter Hugo Mãe.

"O regime de extrema direita do Brasil quer censurar livros didáticos, espionar professores e reprimir minorias e grupos LGBTI+. Precisamos de apoio da comunidade internacional", afirma o texto, que pede apoio da comunidade internacional para "condenar as tentativas do governo Bolsonaro de pressionar organizações artísticas e culturais" e "pressionar o Brasil a respeitar completamente a declaração universal dos direitos humanos e, assim, respeitar liberdade de expressão, pensamento e religião".

No texto, os autores fazem referências a episódios recentes do governo Bolsonaro, como o filme gravado pelo ex-secretário de Cultura, Roberto Alvim, que copiava temática nazista e citava textualmente trechos de um discurso do ideólogo nazista Joseph Goebbels. A repercussão do caso levou Alvim a ser demitido horas após a publicação do filme em suas redes sociais no dia 17 de janeiro. "Alvim estava apenas dando voz ao projeto político de extrema direita de Bolsonaro, que continua com força total", diz a carta publicada no The Guardian.

Outra demissão lembrada pelos autores é a do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Delano Valentim, Banco do Brasil. Em abril do ano passado, uma campanha publicitária que representava a diversidade racial e sexual do País foi tirada do ar a pedido de Bolsonaro.

Os autores criticam a denúncia feita pelo Ministério Público Federal contra o jornalista Glenn Greenwald, pela suposta invasão de conversas de autoridades, que ele nega, e a publicação de um vídeo na conta oficial do Twitter da Secretaria de Comunicação que chama Petra de "militante anti-Brasil". Eles citam, ainda, relatório da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), que afirma que os ataques à imprensa cresceram 54% em 2019. "Tememos que esses ataques a instituições democráticas possam se tornar irreversíveis em breve.

Além das críticas à política cultural e à ideologia do governo Bolsonaro, há, no texto, queimadas na Amazônia, que levaram o Brasil a ser cobrado no Fórum Econômico Mundial, em Davos, no mês passado. "O governo está engajado numa perigosa guerra cultural contra ameaças internas artificiais. Ele nega o aquecimento global e as queimadas na Amazônia, despreza líderes que lutam pela preservação do meio ambiente e desrespeita comunidades indígenas".

Nove entidades que integram a Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (Frentas) e reúnem mais de 40 mil juízes e promotores e procuradores de todo o País divulgaram nesta quinta-feira, 10, carta aberta em que apontam para "riscos" da Lei do Abuso, aprovada pelo Congresso após derrubada em série de vetos presidenciais.

Na avaliação dos magistrados e dos promotores, a Lei 13.869/2019 "na prática, revela-se uma lei de estímulo e incentivo à impunidade, além de fragilizar o sistema de justiça do país".

##RECOMENDA##

As associações que integram Frentas e subscrevem o documento se declaram "totalmente contrárias a qualquer tipo de abuso, ainda mais quando praticados por autoridades". Elas afirmam que "sempre defenderam um sério e profundo debate para aperfeiçoamento da legislação sobre a matéria, o que até agora não ocorreu".

Mas ressalvam que "não se pode concordar com a aprovação de uma lei que, em grande medida, além de corroer a independência do Judiciário e Ministério Público, fragiliza a atuação dos órgãos que integram o sistema de justiça".

Os juízes e promotores chamam a atenção para o esvaziamento dos setores que "combatem o descumprimento de direitos fundamentais e outras graves ilegalidades, entre elas a corrupção e as praticadas por organizações criminosas, condutas ainda recorrentes em nosso país".

A carta aberta diz que "ao contrário de coibir os verdadeiros abusos de autoridade, (a Lei do Abuso) abre a porta da impunidade, uma vez que atinge e inibe o poder-dever de investigar, processar e julgar autores de crimes e de infrações civis e trabalhistas, sem o que não se sustenta uma sociedade democrática e fundada nos valores da democracia e da república".

Eles advertem para o detalhe de que o texto da lei é recheado de "expressões vagas, imprecisas, de múltiplos significados e de interpretação genérica".

Incomodam a toga e a Promotoria, por exemplo, os trechos da Lei do Abuso assim redigidos: "sem justa causa fundamentada"; "à falta de qualquer indício", "manifesta desconformidade".

"A Lei 13.869/2019 expõe policiais, juízes e membros do Ministério Público a ameaças de sofrerem representações criminais ou responderem ações penais pelo simples fato de estarem cumprindo com suas obrigações funcionais", sustenta Frentas.

As nove entidades representativas são taxativas. "Por certo, teremos magistrados e membros do Ministério Público sem tranquilidade e paz de espírito necessárias para aplicar da melhor forma o direito aos casos concretos que lhes sejam submetidos."

Eles argumentam que "a despeito das dificuldades enfrentadas pelo serviço e pelos servidores públicos, têm buscado exercer com extrema dedicação suas funções constitucionais".

"Trabalham arduamente para combater a violência doméstica, a pedofilia, a violência urbana, a corrupção, os crimes de lavagem de dinheiro, a improbidade administrativa, o desrespeito a direitos de trabalhadores e outros descumprimentos a direitos fundamentais", segue a carta aberta.

Os juízes e os promotores e procuradores pedem "apoio da sociedade brasileira, última destinatária e maior interessada em um Poder Judiciário e um Ministério Público verdadeiramente independentes".

O documento é assinado por Ângelo Fabiano Farias da Costa, presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT) e coordenador da Frentas; Jayme Martins de Oliveira Neto, presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB); Victor Hugo Palmeiro de Azevedo Neto, presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp); Noêmia Garcia Porto, presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra); Fernando Marcelo Mendes, presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe); Fábio George Cruz Nóbrega, presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR); Trajano Sousa de Melo, presidente da Associação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (AMPDFT); Antônio Pereira Duarte, presidente da Associação Nacional do Ministério Público Militar (ANMPM); e Fábio Francisco Esteves, presidente da Associação dos Magistrados do Distrito Federal (Amagis-DF).

LEIA A CARTA ABERTA DA FRENTAS

Carta Aberta à população contra a Lei que criminaliza a autoridade pública

As entidades que integram a Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (Frentas), representando mais de 40 mil juízes e membros do Ministério Público de todo o país, vêm alertar a população brasileira sobre os riscos trazidos pela Lei nº 13.869/2019, a denominada Lei de Abuso de Autoridade, que, na prática, revela-se uma lei de estímulo e incentivo à impunidade, além de fragilizar o sistema de justiça do país.

As associações signatárias são totalmente contrárias a qualquer tipo de abuso. Ainda mais quando praticados por autoridades. E sempre defenderam um sério e profundo debate para aperfeiçoamento da legislação sobre a matéria, o que até agora não ocorreu.

Todavia, não se pode concordar com a aprovação de uma lei que, em grande medida, além de corroer a independência do Judiciário e Ministério Público, fragiliza a atuação dos órgãos que integram o sistema de justiça, em especial os que combatem o descumprimento de direitos fundamentais e outras graves ilegalidades, entre elas a corrupção e as praticadas por organizações criminosas, condutas ainda recorrentes em nosso país.

A mencionada Lei, ao contrário de coibir os verdadeiros abusos de autoridade, abre a porta da impunidade, uma vez que atinge e inibe o poder-dever de investigar, processar e julgar autores de crimes e de infrações civis e trabalhistas, sem o que não se sustenta uma sociedade democrática e fundada nos valores da democracia e da república.

Ao definir os crimes por meio de expressões vagas, imprecisas, de múltiplos significados e de interpretação genérica, a exemplo de "sem justa causa fundamentada"; "à falta de qualquer indício"; "manifesta desconformidade", a Lei nº 13.869/2019 expõem policiais, juízes e membros do Ministério Público a ameaças de sofrerem representações criminais ou responderem ações penais pelo simples fato de estarem cumprindo com suas obrigações funcionais.

Por certo, teremos magistrados e membros do Ministério Público sem tranquilidade e paz de espírito necessárias para aplicar da melhor forma o direito aos casos concretos que lhes sejam submetidos.

Os membros do sistema de justiça brasileiro, a despeito das dificuldades enfrentadas pelo serviço e pelos servidores públicos, têm buscado exercer com extrema dedicação suas funções constitucionais.

Trabalham arduamente para combater a violência doméstica, a pedofilia, a violência urbana, a corrupção, os crimes de lavagem de dinheiro, a improbidade administrativa, o desrespeito a direitos de trabalhadores e outros descumprimentos a direitos fundamentais.

É por essas razões que as entidades que integram a Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (Frentas) alertam a população para os malefícios da mencionada lei e conclamam o apoio da sociedade brasileira, última destinatária e maior interessada em um Poder Judiciário e um Ministério Público verdadeiramente independentes.

Os servidores do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) entregarão uma carta aberta nesta sexta-feira, 30, ao presidente do órgão ambiental, Homero de Giorge Cerqueira. O Estadão/Broadcast teve acesso à carta, que já foi assinada por mais de 350 servidores do instituto, que é responsável pela fiscalização das 334 unidades de conservação federal do País. No documento, os funcionários públicos pedem o "fim à política de assédio e intimidação de servidores, envolvendo, entre outras estratégias, as remoções de cunho punitivo, o cerceamento à livre manifestação, além de críticas e insultos às instituições e servidores por parte do alto escalão do governo federal".

Essas atitudes, diz a carta, acabam por acarretar a desmotivação dos servidores, descredibilidade dos órgãos junto à sociedade, bem como a promoção de ações reativas por parte de grupos organizados com interesses na apropriação indevida do patrimônio natural, decorrentes do empoderamento de infratores ambientais na certeza da impunidade".

##RECOMENDA##

Os servidores pedem ainda que o governo paute suas ações "com base nos dados científicos, nas boas práticas reconhecidas internacionalmente e nos princípios constitucionais da administração pública, evitando o desmonte dos órgãos ambientais - fundamentais para a proteção do meio ambiente - e a destruição dos recursos socioambientais brasileiros".

Veja abaixo a íntegra da carta:

"Carta aberta ao ICMBio e à Sociedade Brasileira.

1. No dia 28 de agosto de 2019, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio completou 12 anos de dedicação a sua missão de proteger o patrimônio natural e promover o desenvolvimento socioambiental, por meio da gestão de 334 Unidades de Conservação Federais, que correspondem a quase 10% do território continental e 24% do marinho, essenciais à qualidade da vida humana, incluindo a manutenção da biodiversidade, dos serviços ecossistêmicos, dos benefícios econômicos e do bem-estar social.

2. Tão nobre missão é desempenhada por apenas 1529 servidores permanentes da Carreira de Especialista em Meio Ambiente, além de colaboradores e servidores cedidos, que se dedicam a inúmeras atividades que envolvem a gestão de unidades de conservação e de espécies ameaçadas, tais como: demandas administrativas, atendimento ao público, educação ambiental, implementação de instrumentos participativos, mediação de conflitos, monitoramento da biodiversidade, pesquisa, fiscalização, prevenção e combate a incêndios, regularização fundiária, visitação, manejo e uso sustentável dos recursos da biodiversidade, dentre outras.

3. Nós, servidores de Estado e do principal órgão de gestão de áreas protegidas no Brasil (ICMBio), diante da crise ambiental que assola o país e da responsabilidade legal de garantir a proteção do patrimônio natural brasileiro, vimos manifestar nossa preocupação quanto aos rumos da política ambiental nacional corroborando a Carta Aberta dos servidores do IBAMA à sociedade brasileira (Ofício n 384/2019 /SUPES/TO), com a qual concordamos integralmente, e acrescentamos aspectos que entendemos sensíveis e carentes de atenção por parte do governo federal:

a) Fortalecer os órgãos de controle, pesquisa, monitoramento e fiscalização federais (IBAMA, ICMBio), com suporte orçamentário, restabelecimento do contingente de pessoal, principalmente prevendo a realização de concursos públicos.

b) Suprimir quaisquer ingerências nas ações de fiscalização no que tange à aplicação de medidas cautelares de competência discricionária dos fiscais.

c) Respeitar os procedimentos de planejamento da fiscalização de ilícitos ambientais e combate a incêndios florestais, instituídos pelos órgãos ambientais, com base na legislação pertinente, em informações verídicas e nos procedimentos técnicos.

d) Ampliar a utilização de recursos tecnológicos que possibilitem a rápida atuação institucional em ações de monitoramento e fiscalização para que avancem cada vez mais em sistemas de monitoramento, incluindo as iniciativas nacionais consolidadas e reconhecidas internacionalmente (PRODES, DETER, PREPS).

e) Melhorar as condições de trabalho das unidades descentralizadas do IBAMA e do ICMBio, viabilizando a segurança e o reforço das equipes de campo em ações planejadas de fiscalização e monitoramento.

f) Nomear, preferencialmente, servidores do quadro funcional das instituições (IBAMA e ICMBio) nos cargos de chefia, coordenação e direção, sobretudo respeitando critérios técnicos já previstos em norma vigente, incluído a instalada pela Presidência da República - Decreto no 9.727, de 15 de Março de 2019.

g) Atuar de forma integrada com organizações da sociedade civil e populações tradicionais, indígenas e quilombolas, como parceiros e protagonistas no desenvolvimento sustentável do país.

h) Retomar a unicidade da gestão ambiental federal, reintegrando o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a Agência Nacional de Águas (ANA) ao Ministério do Meio Ambiente, instrumentos indispensáveis para a gestão territorial, o monitoramento e o controle de atividades humanas, além do desenvolvimento sustentável das florestas e a promoção de políticas públicas.

i) Pôr fim à política de assédio e intimidação de servidores, envolvendo, entre outras estratégias, as remoções de cunho punitivo, o cerceamento à livre manifestação, além de críticas e insultos às instituições e servidores por parte do alto escalão do governo federal.

Tais atitudes acabam por acarretar a desmotivação dos servidores, descredibilidade dos órgãos junto à sociedade, bem como a promoção de ações reativas por parte de grupos organizados com interesses na apropriação indevida do patrimônio natural, decorrentes do empoderamento de infratores ambientais na certeza da impunidade.

4. Além das medidas acima elencadas, solicitamos ao governo que paute suas ações com base nos dados científicos, nas boas práticas reconhecidas internacionalmente e nos princípios constitucionais da administração pública, evitando o desmonte dos órgãos ambientais - fundamentais para a proteção do meio ambiente - e a destruição dos recursos socioambientais brasileiros.

5. Há doze anos trabalhamos, silenciosamente, para proteger o patrimônio natural brasileiro em prol de toda a humanidade e continuaremos a fazê-lo até a última molécula de oxigênio se esvair de nossas florestas.

Respeitosamente, servidores do ICMBio"

 Na noite da última terça-feira (9) foi realizado o evento Incredible Women (Mulheres Incríveis), promovido pela revista "Porter", que também comemorou a viralização do movimento #MeToo (EuTambém). A atriz de "Aquaman" Amber Heard leu uma carta aberta direcionada para o ex-marido, o ator Johnny Depp, acusado por ela de abuso físico e emocional.

O texto foi originalmente divulgada em 2016 pela revista e de acordo com a atriz o apoio da Porter foi essencial para ela. Antes de ler a carta, Amber falou que a narração era sobre "os momentos mais difíceis e dolorosos" de sua vida. A atriz também dedicou a carta às ‘irmãs silenciadas’, e explicou que na época achava que sua voz era sozinha.

##RECOMENDA##

Emocionada, Heard começou a ler a carta. "Vamos começar com a verdade, nua e crua. Quando uma mulher fala sobre seu sofrimento em público, sobre injustiças, ela será recebida com hostilidade, ceticismo e vergonha, ao invés de ajuda, respeito e suporte. Seus motivos serão questionados e sua verdade será ignorada. Não importa o quão terrível ou aterrorizante seja sobreviver a um trauma, pode ser muito mais fácil em comparação com o que vem depois. Dá para imaginar porque tantas de nós sentimos que temos que ficar quietas ou tentar manter nossa própria segurança para não perder a dignidade. O medo de ser ostracizada pela sociedade é uma das perspectivas mais assustadoras que existe. Mas eu estou aqui para dizer que não há necessidade de fazer essa troca horrível. Não é fácil defender a si mesma e a sua verdade sozinha, mas nosso mundo está mudando. Do lado umas das outras como mulheres, nós compreendemos um exército de vozes e não podemos mais aceitar o silêncio."

A atriz manteve um relacionamento com Johnny Depp de 2012 até 2016, quando pediu o divórcio e logo depois o denunciou por agressão doméstica. O caso foi resolvido fora do âmbito judiciário e todo dinheiro arrecado no acordo por Amber foi doado a instituições que combatem e ajudam vítimas de violência doméstica.

Tucanos pernambucanos divulgaram carta aberta na qual expressam o desejo de que o ministro das Cidades, Bruno Araújo, assuma a presidência estadual do partido. Não faltaram elogios ao auxiliar ministerial de Temer. Entre os argumentos, “as relevantes tarefas exercidas pelo ministro no plano nacional”. 

Quem não deve ficar nada satisfeito é o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, que recentemente desabafou sobre uma mudança, que o fez não assumir o partido no estado. Elias, na ocasião, chegou a alfinetar Bruno ressaltando que tentava compreender porque “houve o descumprimento da palavra”. “O PSDB de Bruno é o PSDB do governo Temer, enquanto eu sou o PSDB que me coloco, como a sociedade brasileira, questionando a legitimidade deste governo e questionando o aspecto ético que tem sido atropelado”, criticou. 

##RECOMENDA##

Na nota, assinada pelo atual presidente estadual Antônio Moraes, pelos ex-governadores Joaquim Francisco e João Lyra, além de parlamentares, prefeitos e dirigentes municipais, tucanos tentaram minimizar os últimos acontecimentos citando o nome de Elias “registrando a intensa colaboração dada ao partido pelo companheiro”. A eleição da direção estadual do PSDB acontece em novembro. 

Confira a carta aberta na íntegra:

"Considerando como melhor alternativa para conduzir o processo de fortalecimento do PSDB em Pernambuco, tendo em vista as eleições gerais de 2018, resolvemos convocar o ex-líder do partido na Câmara e ex-presidente da legenda no Estado, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, para assumir a presidência estadual do partido.

Entendemos que o ministro reúne as condições para dar continuidade ao trabalho do deputado Antônio Moraes, no sentido de fortalecer o partido com a consolidação de seus diretórios municipais, e no processo de aglutinação e ampliação de alianças visando a eleição dos candidatos do PSDB na eleição do próximo ano.

O cenário político/eleitoral, no país e em Pernambuco, ganhará novas configurações nos próximos meses e o PSDB, por tradição, precisa reafirmar sua presença, consolidando os princípios da Social Democracia.

Portanto, movidos pelo legítimo interesse, que acreditamos ser compartilhado por todos, de expandir e fortalecer o partido, oferecemos amplo respaldo ao ministro Bruno Araújo para, na condição de presidente, conduzir os rumos do PSDB em nosso Estado.

Entendemos que, em função das relevantes tarefas exercidas hoje pelo ministro no plano nacional, seremos todos exigidos a lhe oferecer suporte necessário à condução do PSDB no sentido de aumentar seus diretórios e expandir a atuação de seus segmentos como Juventude, Mulher, Tucanafro, Diversidade e o órgão de formação política, o Instituto Teotonio Vilela.

Consideramos oportuno registrar a intensa colaboração dada ao partido pelo companheiro Elias Gomes. Com sua liderança, seguramente continuará a contribuir com o fortalecimento do PSDB, unindo-se a essa manifestação que tem apenas como objetivo nossa união e o somatório de forças para que, num futuro breve, resultem na vitória expressiva de nossos candidatos."

O jornalista e crítico Luiz Joaquim anunciou, nesta terça-feira (31), seu desligamento da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), deixando de ser coordenador interino de cinema. A informação foi divulgada por meio de nota, em que Luiz ressalta que a razão de sua saída se deve ao seu desejo que seguir outros caminhos profissionais. Atuante na instituição desde 2001, Luiz chegou a trabalhar como programador de cinema, e substituiu Kleber Mendonça Filho de forma interina, depois que o cineasta entregou o cargo de gestor do Cinema da Fundação, no ano passado.

Em janeiro deste ano, foi anunciado que a jornalista e fotógrafa Ana Farache assumiria o cargo de diretora da Fundaj. Embora não tenha sido mencionada no texto, a efetivação pode ter sido umas das razões que motivou Luiz se demitir. A Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) chegou a elaborar um abaixo-assinado pedindo que Luiz Joaquim assumisse a direção da Fundaj, que inclui cuidar da programação do Cinema da Fundação e do Cinema do Museu. 

##RECOMENDA##

O documento ressalta a contribuição dele como programador ao longo de uma década e meia, e o torna mais capacitado para assumir o cargo. O texto também pede uma reavaliação da decisão tomada pela Fundação Joaquim Nabuco e pelo Ministério da Educação, ao qual o órgão é vinculado. 

Em nota divulgada em sua página no Facebook, Kleber Mendonça critica a indicação de Ana Farache e que almeja a nomeação de Luiz: "Nesses anos, eu sempre tive Luiz como um colaborador de primeira grandeza sem nunca me impor como chefe ou exigir hierarquias, mas oficialmente ela existia. Com a minha saída, ele deve passar a ocupar o meu lugar, natural e justamente. Luiz é não apenas uma pessoa de cinema, mas um servidor exemplar em cargo comissionado que dá orgulho ao serviço público, já proficiente nas peculiaridades dessa instituição federal. Ele deve ser estimulado pois o trabalho realizado no Cinema da Fundação foi todo construído no amor pelo próprio cinema", escreveu.

Na carta aberta, Luiz Joaquim salienta seus anos de trabalho e menciona Kleber com agradecimento especial, referindo-se ao cineasta como irmão e ressalta sua contribuição para o crescimento da Fundaj, nos últimos 16 anos. A Fundaj não quis se pronunciar sobre o assunto. Confira a carta aberta, na íntegra:

"Recife, 31 de janeiro de 2017.

Venho, por meio desta, anunciar meu desligamento da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). A decisão é pessoal e chega neste momento pelo particular desejo de me lançar a novos desafios profissionais.

Deixo a instituição federal com a convicção de que ofereci o melhor de meus esforços para disponibilizar ao bem público e à população, que é sua usuária e beneficiária em primeira instância, um serviço dedicado, adequado e, por que não dizer, amoroso com a função que me foi confiada em abril de 2001.

Cheguei à Fundaj em 1998 como estagiário para atuar numa coordenação que ainda estava em gestação. Na avaliação, fui entrevistado por servidores da casa, como Moacir dos Anjos (então coordenador e curador de Artes Visuais) e Silvana Meireles (diretora do então Instituto de Cultura da Fundaj), para assessorar Kleber Mendonça Filho, com quem já mantinha, há cerca de um ano, uma relação amigável com a afinidade própria de dois cinéfilos.

Em 2001, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso e já atuando como profissional do jornalismo, fui convidado por Silvana Meireles a dividir com Kleber Mendonça o mesmo cargo de coordenador do Cinema da Fundação. Entre outros objetivos, Silvana desejava um interlocutor para Kleber na construção do conceito curatorial do cinema como também para dividir as funções administrativas.

Naquele 2001, o Cinema da Fundação, na unidade do Derby, estava com pouco mais de dois anos de seu funcionamento desde sua inauguração. Conquistando aos poucos o seu espaço no Recife, mas com segurança, a sala do Derby fizera em 2000 um público anual de 23.744 pagantes. Já ao final de 2001, a contabilidade anual foi de 48.043 espectadores. Em termos percentuais, o espaço havia aumentado o seu fluxo de freqüentadores em 100,023% em relação ao ano anterior.

Não havia segredo para explicar esse resultado. Havia o acerto de um trabalho dedicado realizado por uma pequena equipe com a junção de dois coordenadores afinados, resolutos e apaixonados pela ideia de transformar o Cinema da Fundação num lugar referencial em termo de qualidade técnica e programação cinematográfica.

Em 2005, no governo Luiz Inácio Lula da Silva, houve uma reestruturação geral no organograma de funções, no âmbito federal, que abarcou a Fundaj, disponibilizando um novo cargo e criando uma hierarquia na Coordenação de Cinema. A novidade beneficiava, com justiça, Kleber Mendonça mas, como já foi dito por ele próprio, ela [a hierarquia} existiu apenas oficialmente, nunca na prática.

Em dezembro de 2016, o Cinema da Fundação Joaquim Nabuco – já com duas salas, tendo a segunda sido inaugurada na unidade Casa Forte há apenas 17 meses, durante o governo Dilma Rousseff – atingiu o impressionante número total de 815.159 espectadores durante todo o período, até então, de seus 18 anos e sete meses em atividade.

Importante registrar que o êxito e o benefício do Cinema da Fundação à sociedade não devem ser mensurados apenas por números. Desde o início fazendo parte de um cenário proficiente na criação cinematográfica, que projetou o cinema feito em Pernambuco para o mundo, o espaço da Fundaj foi personagem ativo nesse desenvolvimento como local de formação para realizadores. Guardo comigo uma particular satisfação por saber que contribuí, nos últimos 16 anos, ajudando na moldura dessa realidade.

Quero agradecer ao presidente da Fundaj, Luiz Otávio Cavalcanti, com quem tive uma relação cordial, por confiar a mim a gestão interina da Coordenação do Cinema nos últimos três meses. Encerro oferecendo meu maior agradecimento a minha equipe durante todos esses anos e, particularmente, à turma atual encabeçada pelas dedicadas Vera Cavalcanti, Paula Guerra, Rosy Silva, Selme Galvão e João Ferreira, assim como aos talentosos estagiários Juliana Soares Lima e Thiago Monteiro. Todos pilares sobre o qual se sustenta o Cinema da Fundação.

O especial agradecimento é a Kleber Mendonça Filho, que não era apenas um colega na Fundaj, mas um irmão com quem aprendi no período em que crescemos profissionalmente e no amor pelo cinema.

Desejo sucesso à nova gestão do Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, instituição que admiro.

Obrigado.

Luiz Joaquim"

Nesta sexta-feira (19), o cineasta Kleber Mendonça externou, em carta aberta e publicação na Folha de São Paulo, a insatisfação quanto ao posicionamento de um dos integrantes da Secretaria do Audiovisual (SAV), que vai compor a comissão do Oscar. A pessoa em questão é o jornalista Marcos Petruccelli que, segundo o diretor pernambucano, vem proferindo comentários inverídicos, quanto à equipe do filme Aquarius, e se colocando contra o longa a partir de posicionamento político.

A contenda teria começado quando a equipe do filme aproveitou o espaço no Festival de Cannes para expressar o repúdio ao que intitulou ‘Golpe de Estado’ de Michel Temer, após a saída da presidente Dilma Rousseff para o julgamento do processo de impeachment. Além disso, eles também se posicionaram contra a extinção do Ministério da Cultura.

##RECOMENDA##

Segundo o diretor Kleber Mendonça, “o posicionamento estridente do senhor Petruccelli em relação a esse filme parece ter como base a sua insatisfação pessoal com o protesto democrático e que terminou sendo divulgado em mídia mundial, realizado por dezenas de trabalhadores do audiovisual brasileiro e pela equipe de ‘Aquarius’ no Festival de Cannes, onde o filme teve sua première em competição". "Foi naquele momento do mês de maio que, vale lembrar, o MinC passou alguns dias extinto - decisão do governo interino que, depois, voltou atrás, ressuscitando a pasta”, completou. Confira a carta:

Por quê estou defendendo ponto de vista ligado à participação na disputa pelo Oscar, esta "coisa de Hollywood"?. Esta pergunta me tem sido feita ao longo das últimas semanas. A questão aqui não é Oscar, Goya ou Framboesa. A questão é defender um processo democrático.

A escolha do filme para representar um país no Oscar deve ser estratégica para o cinema do país. As comissões montadas pela Secretaria do Audiovisual para a seleção de um filme devem respeitar o processo democrático executado pelo Ministério da Cultura, órgão federal que defende, estimula e divulga a cultura brasileira. Antes de discutir o Oscar, o que ele é e representa, é importante defender a seriedade dos processos de seleção públicos para que a comissão, escolhida democraticamente por entidades ligadas ao audiovisual, possa fazer o trabalho corretamente.

Como muitos já sabem, há duas semanas começou a circular a informação de que o jornalista paulista Marcos Petruccelli anunciara nas suas redes sociais o convite, realizado pelo Secretário do Audiovisual do atual governo interino, o pernambucano Alfredo Bertini, para compor a comissão que irá escolher o filme brasileiro para o Oscar.

Tecnicamente, Petruccelli seria um nome adequado. É jornalista da área de entretenimento, atua na Radio CBN, e acredito que o mesmo padrão técnico aplica-se aos outros nomes da comissão, pessoas ligadas ao cinema e à cultura, livres para tomar suas decisões.

No entanto, a questão que vem sendo levantada pela imprensa e redes sociais, e que me trazem a esse posicionamento, é que o jornalista em questão vem atacando, por questões políticas suas, já há três meses, "Aquarius", filme escrito e dirigido por mim, e que o jornalista membro oficial da comissão já informou não ter visto.

O posicionamento estridente do Sr. Petruccelli em relação a esse filme parece ter como base a sua insatisfação pessoal com o protesto democrático e que terminou sendo divulgado em mídia mundial, realizado por dezenas de trabalhadores do audiovisual brasileiro em Cannes e pela equipe de Aquarius no grande festival, onde o filme teve sua première em competição. Foi naquele momento do mês de maio que, vale lembrar, o Ministério da Cultura passou alguns dias extinto - decisão do Governo interino que depois voltou atrás, ressuscitando a pasta.

Se esse comportamento do jornalista já faz da sua participação nesta comissão algo constrangedor para a SaV, a questão torna-se ainda mais séria quando alguns desses ataques sugerem publicamente mentiras sobre a equipe de mais de 30 profissionais de “Aquarius” ter ido a Cannes "de férias”, suas estadias que teriam sido pagas pelo dinheiro público com orçamento ("no chute" do Sr. Petrucelli) de “500” euros por dia. Esse é um comportamento irresponsável num momento político onde fatos já têm sido tão ignorados e distorcidos na mídia.

Este jornalista, que deveria ter intimidade com a área na qual trabalha, não parece entender que um filme como Aquarius, feito em Pernambuco, existe através de uma união de profissionais do cinema, trabalhadores do audiovisual que fazem parte de uma comunidade criativa relativamente pequena.

Para completar, parte importante dessa mesma equipe também estava em Cannes para apresentar um segundo filme pernambucano (na prestigiosa Semana da Crítica), O Delírio é a Redenção dos Aflitos, de Fellipe Fernandes, assistente de direção de Aquarius. Caso raríssimo de dois filmes pernambucanos e brasileiros, em Cannes, em mostras de enorme prestígio. É motivo para celebrar dois trabalhos bem feitos, de maneira honesta.

Em Aquarius, nossa equipe trabalhou durante 15 semanas, sete de preparação e oito de filmagem. Esses profissionais quiseram celebrar o longa e o curta, em Cannes. Com a seleção dos dois filmes, essa equipe fez esforços pessoais para ir à França, pois Cannes que é um encontro mundial de profissionais de cinema.

Para que fique claro, com a exceção da minha pessoa e Sonia Braga (despesas pagas pelos co-produtores franceses) e três apoios publicados em Diário Oficial da Agência Nacional de Cinema publicados (previsto, reconhecido, oficializado para profissionais brasileiros a trabalho em grandes festivais internacionais de cinema) para integrantes da nossa equipe de produção, as mais de 30 pessoas da equipe (demais atores, técnicos, produtores) usaram seu próprio dinheiro, parcelando passagens aéreas e dividindo hospedagem. Não há nada de sinistro nisso. Sinistra é a má fé de um personagem primitivo com acesso à internet, sem senso de informação.

É triste ter que corrigir com fatos, puros e simples, o tipo de mentira destrutiva que um comunicador tem espalhado de forma tão irresponsável. E essa pessoa está numa comissão que deveria defender os interesses do país, para julgar um filme que ele mesmo vem caluniando da forma mais torpe imaginável.

É esse tipo de postura sombria que, infelizmente, tem marcado as discussões políticas no nosso país, transformando qualquer artista brasileiro em criminosos instantâneos, sem provas de nada, e onde a defesa democrática de um ponto de vista sobre o Brasil é algo a ser descartada com ódio e sem diálogo.

Esse ano, a Academia de Hollywood tomou medidas novas para democratizar a opinião e o poder de voto dos seus membros, convidando cerca de 600 novos nomes de todo o mundo (uma dezena deles brasileiros, incluindo Anna Muylaert, Rodrigo Teixeira e Lula Carvalho), mulheres e homens de múltiplas culturas. Ironicamente, é nesse momento que o processo de seleção de um filme brasileiro para essa mesma Academia comece já tão errado.

Independente da escolha dessa comissão, Aquarius estará nos festivais de Toronto e Nova York em setembro, depois da estreia em Cannes com recepção espetacular da mídia internacional, ganhar o festival de Sydney e contar já com distribuição em mais de 60 países, em todas as plataformas (cinema, TV e VOD, incluindo Netflix em quatro territórios incluindo Ásia). É um filme sobre amar as pessoas, estar com elas. É também sobre a defesa de um ponto de vista, de uma opinião baseada em fatos e em experiência de vida através do respeito à história de cada um, e como isso choca-se com o poder. Ou seja, Aquarius está em casa.

KLEBER MENDONÇA FILHO

Roteirista e Diretor de Aquarius, filme brasileiro.

 

Em uma carta aberta, mais de 150 médicos, cientistas e pesquisadores internacionais alertaram nesta sexta-feira que os Jogos Olímpicos do Rio-2016, previstos para agosto, deveriam ser transferidos ou adiados devido ao vírus da zika vírus.

Prosseguir com os Jogos no Rio, a segunda cidade mais afetada pela epidemia de zika no Brasil, seria "irresponsável" e "anti-ético", argumentam os especialistas na carta.

"Nossa maior preocupação é a saúde global. A cepa brasileira do vírus da zika afeta a saúde de formas que a ciência nunca tinha visto antes", diz a carta, assinada por especialistas de Brasil, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Canadá, Noruega, Filipinas, Japão, África do Sul, Turquia, Líbano, entre outros.

"Um risco desnecessário se apresenta quando 500.000 turistas estrangeiros de todos os países que comparecerão aos Jogos se expõem potencialmente a esta cepa e retornam às suas casas, onde pode se tornar endêmica", afirmou.

"Se isso acontecer em locais mais pobres, como aqueles ainda não afetados (por exemplo, a maior parte do Sul da Ásia e da África), o sofrimento pode ser grande", alertaram na carta.

O zika pode causar malformações, como a microcefalia, que leva a bebês nascerem com a cabeça e o cérebro incomumente pequenos.

Aproximadamente 1.300 bebês nasceram no Brasil com deficiências irreversíveis desde que o mosquito , vetor da dengue, começou a transmitir zika, no ano passado.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) e as principais autoridades sanitárias dos Estados Unidos têm alertado as pessoas que viajam para o Brasil a tomar as precauções necessárias para evitar as picadas do mosquito. Alertam também às mulheres grávidas que evitem áreas onde o zika está circulando, como o Rio de Janeiro.

Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, entre 5 de agosto e 18 de setembro, "ocorrerão durante o inverno no Brasil, quando há menos quantidade de mosquitos ativos e o risco de ser picado é menor", informou a OMS no início deste mês.

Mas a carta aberta, assinada por médicos e pesquisadores das principais universidades ao redor do mundo, expressou preocupação de que as autoridades não estejam protegendo as pessoas adequadamente ante o risco representado pelo zika.

"É antiético correr este risco somente por Jogos que poderiam ocorrer de qualquer forma, mesmo que adiados e/ou transferidos", destacou.

A carta recomenda a OMS a "realizar uma nova avaliação baseada em evidências" da situação no Brasil e de suas recomendações para os turistas.

"Conflito de interesses"

Dado o grande investimento financeiro do evento, a carta questiona se a agência sanitária da ONU foi bem sucedida em fornecer um parecer não tendencioso da situação.

Segundo o documento, a entidade mundial pode não estar considerando adequadamente as opções, que incluem mudar os Jogos para um local onde o zika não esteja presente, adiá-los até que o zika esteja sob controle, ou cancelá-los.

"Nós estamos preocupados de que a OMS esteja rejeitando essas alternativas devido a um conflito de interesses", ressaltou a carta.

"Especificamente, a OMS entrou em uma parceria oficial com o Comitê Olímpico Internacional (COI), em um Memorando de Entendimento que permanece secreto", acrescentou.

Eles pediram que a organização divulgue o memorando.

"Não fazê-lo lança dúvidas a respeito da neutralidade da OMS", afirmou.

"A OMS necessita rever a questão do zika e o adiamento e/ou mudança dos Jogos. Recomendamos que a OMS convoque um grupo independente para avaliar isto junto ao COI em um processo transparente, baseado em evidências, onde a ciência, a saúde pública e o espírito esportivo venham em primeiro lugar", declarou a carta.

"Em vista das consequências para a saúde pública e a ética, não fazê-lo é irresponsável", concluiu.

Ao chegar no sexto dia da ocupação de estudantes na reitoria da Universidade Federal de Pernambuco, o reitor e o vice-reitor da instituição, Anísio Brasileiro e Silvio Romero Marques, divulgaram nesta quarta-feira (7) uma carta aberta à sociedade, na qual expõem algumas considerações sobre a situação. 

Para a gestão da UFPE, a iniciativa de rever o Estatuto foi fruto da própria gestão, sendo obrigatória passar a proposta do documento pelo conselho universitário. Na concepção da instituição, as revindicações de movimentos sociais e sociedade civil são legítimas, porém a ocupação do prédio “é uma ação contrária à democracia, na medida em que implica no desrespeito aos procedimentos acordados e à pluralidade do pensamento”. 

##RECOMENDA##

Os estudantes permanecem acampados em frente ao prédio do local, mesmo após a Justiça Federal expedir um mandado de reintegração de posse, no último sábado. A assessoria da Polícia Federal chegou a confirmar que uma ação de reintegração está sendo planejada, mas não deu detalhes da operação. Confira, abaixo, a carta da gestão da UFPE na íntegra. 

Carta aberta à sociedade

Prezados estudantes, servidores técnico-administrativos e professores,

Como é do conhecimento de todos, desde a última sexta-feira, 2 de outubro, o prédio da Reitoria foi ocupado por um grupo que alega defender a aprovação, sem discussão por parte do Conselho Universitário, da proposta de novo Estatuto para a UFPE.

Diante desse quadro, pedimos a atenção de todos para alguns aspectos importantes:

1.  Foi a nossa gestão que tomou a iniciativa histórica de rever o Estatuto da UFPE, assumindo a responsabilidade de tornar esse documento compatível com as mudanças ocorridas no mundo, no Brasil e na própria instituição. Esse gesto é fruto da vontade política e do sentido de responsabilidade que orienta a nossa gestão. Seria um paradoxo que aqueles que deflagraram tal iniciativa fossem imobilistas ou conservadores.

2.  A ocupação do prédio da Reitoria da UFPE é uma ação contrária à democracia, na medida em que implica no desrespeito aos procedimentos acordados e à pluralidade do pensamento. Ela prejudica a instituição, causando prejuízos à UFPE e à sociedade. O movimento de ocupação do prédio da Reitoria é claramente político e visa tão somente desestabilizar a administração.

3.  Toda a regulamentação vigente é explícita quanto a legitimidade e obrigatoriedade da proposta de Estatuto passar pelo Conselho universitário. Um regimento não pode se sobrepor a um Estatuto, que por sua vez não pode se sobrepor a um quadro legal vigente em uma democracia.

4.  São legítimas as reivindicações dirigidas à UFPE por movimentos sociais e pela sociedade civil. No entanto, é crucial lembrar que não vivemos num regime de exceção e que os gestores públicos tem o dever de zelar pela observância das leis.

5.  O processo Estatuinte foi deflagrado a partir do posicionamento do Conselho Universitário, que estabeleceu os marcos que permitiram a construção da proposta do novo Estatuto. O Conselho Universitário é o fórum legítimo, formado por representantes de docentes, estudantes e técnicos administrativos, onde será possível inclusive encontrar formas inovadoras de representação. É imprescindível buscar não somente maior equilíbrio na participação de docentes, discentes e técnicos, mas contemplar igualmente outras demandas que emergem na sociedade – como as de gênero, por exemplo.

É nessa direção que pedimos a todos os que fazem e apoiam a UFPE que o bom senso prevaleça. Só assim a nossa instituição poderá seguir na sua missão de contribuir para a democracia, o desenvolvimento do Brasil e melhoria das condições de vida do povo brasileiro. 

Anísio Brasileiro
Silvio Romero Marques

Recife, 7 de outubro de 2015

Uma centena de políticos e intelectuais da Europa central assinaram uma carta aberta chamando "as autoridades e os cidadãos" de seus países, a maioria reticentes, inclusive hostis diante da afluência de migrantes ao continente, a manifestar sua solidariedade diante desta "catástrofe humanitária".

"Em nome da nossa humanidade, dos nossos princípios e valores, chamamos as autoridades e os cidadãos dos nossos países a manifestar de uma forma prática nossa solidariedade com os refugiados", diz um trecho desta carta à qual a AFP teve acesso nesta quinta-feira.

"Há pouco, éramos nós que batíamos às portas" da União Europeia (UE), lembram os signatários da carta, entre os quais estão os ex-presidentes poloneses Bronislaw Komorowski e Aleksander Kwasniewski, os ex-primeiros-ministros húngaro, Gordon Bajnai, e lituano, Andrius Kubilius, o cineasta tcheco Jiri Menzel, o poeta lituano Tomas Venclova e outros representantes de países bálticos, Polônia, República Tcheca, Eslováquia, Bulgária, Hungria, Romênia, Croácia e Eslovênia.

"Não podemos responder com um repúdio", consideraram os aderentes ao texto desta "Carta de Europa central", destacando que seus países e sua zona "não são responsáveis pela desestabilização e declive dos países de onde os refugiados são originários".

"Nossa Europa comum se construiu sobre os fundamentos da solidariedade. Hoje não podemos renunciar à nossa corresponsabilidade com a UE desviando nosso olhar para a desgraça da gente e dos países mais afetados pela onda crescente da imigração", insistem.

Ao iniciar a coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (6), a vereadora Marília Arraes (PSB) leu, aos jornalistas presentes, uma carta aberta. No texto, a prima do ex-governador Eduardo Campos (PSB) apontou deficiências da legenda socialista em Pernambuco e anunciou que desistiria da postulação a deputada federal. Além disso, voltou a criticar o processo de escolha do novo secretário da JSB, apresentou um histórico de militância e alertou que "JAMAIS" foi ouvida para a composição da chapa majoritária do estado. Arraes afirmou que os pré-candidatos da Frente Popular não a representam. 

A vereadora do Recife também é ex-secretária de Juventude e Qualificação Profissional da Prefeitura do Recife. Durante a coletiva, a socialista revelou na pasta que atuou por mais de um ano na gestão do prefeito Geraldo Julio (PSB) e detalhou que a criação da secretaria foi apenas para fins políticos.

##RECOMENDA##

Veja a carta na íntegra:

Antes de mais nada, quero dizer que essa questão é política e não tem nada a ver com relações familiares.

O partido que integro é o Partido Socialista Brasileiro, o PSB. Ao meu ver, um partido político é o instrumento principal que há na democracia, com vistas a unir forças para atingir objetivos que condizem com uma ideologia comum a todos os filiados. O PSB sempre se destacou por uma defesa dos ideais democráticos e de uma sociedade mais justa.

O respeito às pessoas, às instituições, aos processos democráticos são preceitos do PSB, assim como o fato de combater o personalismo, interesses pessoais, econômicos ou de grupos isolados. Esses são valores com cresci, em que acredito e em que sempre acreditarei.

Estou em meu segundo mandato de vereadora do Recife. Sempre participei, no papel de militante, campanhas políticas do PSB. Em 2002, aos 18 anos, acompanhei Dr. Miguel Arraes durante toda a campanha que o elegeu um dos deputados federais mais votados de Pernambuco. Quatro anos depois participei ativamente da campanha vitoriosa do PSB para governador de Pernambuco. O meu engajamento dentro do partido, aliás, sempre foi intenso, tanto no âmbito estadual, como no nacional. Militei em diversas campanhas socialistas.

Durante o curso de Direito, na Universidade Federal de Pernambuco, participei do movimento estudantil, representei tanto o Movimento Faculdade Interativa, de que fazia parte, quanto o PSB e seu segmento de juventude (JSB), em diversas discussões e fóruns durante minha militância estudantil. Participei da JSB sem ter cargos ou títulos importantes na composição. Aliás, disputei espaços em eleições nos congressos estaduais e nacionais do PSB, em que algumas vezes ganhei, em outras perdi - na última vez, eu já era vereadora do Recife.

Fui eleita para o primeiro mandato na Casa José Mariano aos 24 anos. Procurei pautar o minha atuação na luta pela consolidação da democracia, defesa dos direitos humanos, questões urbanas, valorização da cidadania e incentivo à participação popular, principalmente, dos mais jovens. Fui vice-líder de governo, fui presidente da Comissão de Políticas Públicas para a Juventude e fui a primeira mulher a assumir a presidência da Comissão de Legislação e Justiça - responsável por analisar todos os projetos de lei que tramitam na cidade.

Após reeleita, em 2012, recebi a missão do partido de me licenciar e assumir uma secretaria municipal, recém criada, a Secretaria de Juventude e Qualificação Profissional da Prefeitura do Recife. Sem dúvida, foi uma missão bastante árdua, que só cumpriria quem realmente prioriza projeto político e não projeto pessoal. Uma das áreas mais abandonadas, historicamente, pelas sucessivas gestões, foi repassada para o nosso comando, com necessidades urgentes de intervenções de todo tipo - entretanto, a secretaria permaneceu até o segundo semestre sem, sequer, ser unidade gestora, consequentemente não tinha orçamento. Quase ao final de 2013 nos foi liberado algo que não chegava nem a 5% do mínimo necessário para suprir as urgências relacionadas a instalações físicas, valorização dos professores e regularização de contratos, sem contar com os insumos básicos usados em sala de aula. Visivelmente, essa não era a prioridade da gestão. Ainda correndo risco de assumir ônus políticos sobre pontos que estavam fora de meu alcance, me mantive firme no compromisso, fizemos o possível e o que parecia impossível, mas conseguimos avançar nesta área, que deveria estar entre as prioridades da prefeitura de uma cidade carente como o Recife. Só deixei o posto no início de abril, por exigência da legislação eleitoral.

Foi necessário que eu, sendo militante do PSB e da JSB-PE, expressasse em nota o meu sentimento diante da movimentação anti-democrática que estava ocorrendo na juventude do partido. A atitude feria a democracia e a transparência e ainda dissolvia duas chapas, compostas por jovens companheiros dedicados à militância partidária. Um partido político é, também, responsável pela formação política coerente de nossos futuros líderes. E, para a construção constante de um partido, é necessário que haja, principalmente, condições de legitimidade.

A prova que o processo feria a democracia é que companheiros das chapas só souberam da intervenção através da imprensa e de ruídos de corredor. Pela imprensa, também, foram informados de que havia um consenso entre ambas as chapas e a composição em torno de um nome. Havia, sim, algo fora de ordem, já que, poucos dias depois, houve um recuo da imposição que denunciamos e o processo voltou a correr livre , como deveria ter sido desde o princípio.

Para mim, Marília Arraes, este episódio foi a gota d´água para fazer o meu copo transbordar. Essa história na JSB-PE não é um fato isolado. Ele está dentro de um contexto maior.

Preciso esclarecer que minha formação política me impulsiona a resolver problemas internos partidários dentro do partido. Se preciso recorrer à imprensa, é porque eu e muitos não temos acesso a opinar ou discordar. Nos raros fóruns de discussão democrática, é ainda mais rara uma crítica ser tomada como construtiva. Ou é simplesmente desconsiderada, ou é entendida como uma espécie de subversão. E quem critica já é visto como opositor, ou do contra.

Há algum tempo percebo que os conceitos e ideais do PSB não estão sendo colocados em prática pela sua cúpula e isto se reflete em todo o partido. As minhas observações apontam que o movimento interno no PSB é oposto ao da democracia. 

Existe uma tendência à imposição de ideias em lugar do diálogo. Existem as pessoas que são “ungidas” . E as que não são escolhidas para receber esta bênção? Estas são impedidas de participar do processo, são, como se diz em todos os corredores, minadas.

Ou seja, dentro do PSB, e não é de agora, a cúpula partidária resolve quem são os representantes do partido, algo que outrora era realizado de maneira democrática e levava em consideração o histórico de militante. Agora, não faz diferença ser militante histórico do partido, ainda que tenha boa formação intelectual e capacidade técnica agregadas a uma atividade política respeitável. Baseado em interesse ou razão que não sei explicar, muitas dessas pessoas são desestimuladas direta ou indiretamente, a seguir adiante com os projetos que defendem. Ressalto que é incoerente dizer que um projeto é pessoal, no momento em que, à frente deste, está um líder político, por vezes, eleito democraticamente. No meu caso, ressalto que todo este processo ocorreu indiretamente, uma vez que JAMAIS fui contactada por nenhuma liderança no sentido de orientar qual seria meu papel político no cenário que vemos agora.

Para esta eleição, as candidaturas proporcionais devem estar atreladas a uma chapa que parece ter sido formada mais por razões eleitorais do que por convicção ideológica. É, quando não se explica, discute e um militante não digere bem a informação, interpreta livremente. Até porque são grupos que, ideologicamente, combati minha vida inteira.

A minha candidatura sempre foi construída com base no apoio da militância, respeitando as diretrizes partidárias. Mesmo não concordando sempre fui disciplinada. Mas tenho ciência que bases de parlamentares socialistas, inclusive as minhas, estão sendo cooptadas ou forçadas a apoiar outros, em movimentos artificiais, apenas para atender compromissos assumidos sem qualquer transparência ou debate prévio. E o mais grave: os companheiros de partido não se sentem à vontade para expressar as suas insatisfações com a condução dos processos aos seus pares.

É hora de fazermos um reflexão séria e ponderada sobre os rumos que o PSB está tomando. Foi realmente este o partido que contribuímos para construir e a que dediquei quase um terço de minha vida? É esse o caminho? Eu não concordo que seja. Por isso, espero, com está fala, representar a de tantos outros que não podem se expressar por alguma razão que não nos interessa. Espero também contribuir para que nosso partido continue crescendo como está, entretanto, mantendo a coerência e os compromissos que nós movem a caminhar cada dia.

Então, acredito que não é coerente buscar o poder pelo poder e, assim, fazer parte de uma chapa que agride aquilo em que acredito. Até mesmo porque os candidatos proporcionais dão suporte a um projeto muito maior - é correto defender um projeto político com que a gente não concorda?Então, em função disso, retiro a minha pré-candidatura a deputada federal, e demonstro que minhas reações e críticas recentes têm muito mais profundidade do que o que insinuam, tentando minimizar o debate.

Marília Arraes

Em uma demonstração de apoio ao Padre Hewerton Alves, diante da polêmica causada pela paródia da música “Show das Poderosas” em um culto ecumênico de formatura, os estudantes que participaram do evento divulgaram uma carta aberta à população. No documento enviado por uma rede social, formandos de uma turma de Direito da Universidade Católica de Pernambuco mostraram indignação quanto à repercussão negativa do fato. 

Integrante da Comissão de Formatura, a estudante Vanessa Mororó garantiu ao Portal LeiaJá: a turma não considerou desrespeitosa ou indevida a performance do sacerdote. “A participação dele foi focada para o público jovem, já que era um culto para estudantes. Vimos com bons olhos e estamos solidários ao padre”, defendeu Vanessa. Segundo ela, após o fato, não houve mal-estar algum entre formandos e familiares presentes à solenidade. 

##RECOMENDA##

Inúmeros alunos assinaram a carta. “A paródia cantada pelo Padre Hewerton já era conhecida por vários presentes ao culto, por isso que o mesmo, ao fim da cantoria, agradece às suas fãs, pois antes do mesmo entoar o canto, muitas pessoas na plateia já gritaram em aprovação àquele momento”, diz trecho do texto divulgado pelos estudantes. 

Vanessa Mororó contou que a carta chegou às mãos do arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido. Na tarde desta quinta-feira (23), Saburido se reuniu com o Padre Hewerton para tratar do acontecido. A Arquidiocese não se pronunciou, mas o Padre emitiu uma nota de esclarecimento, pedindo perdão à igreja e a quem pudesse ter ofendido. 

Acessos - No final da tarde de quinta-feira (23), o vídeo da versão do Padre Hewerton Alves para a música da cantora Anitta tinha pouco mais de 11 mil visualizações. Poucos mais de 24 horas depois da divulgação na mídia, mais de 113 mil internautas já assistiram à apresentação.   

Uma pauta com reivindicações de todas as Centrais Sindicais que estão participando na tarde desta quinta-feira (11), de uma mobilização nas ruas centrais do Recife, será entregue ao representante do governo. O repasse do documento deverá ocorrer ainda nesta tarde, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Quem receberá a carta aberta é o secretário de Articulação Social e Regional de Pernambuco, Aluísio Lessa e alguns deputados que estiverem na Casa Joaquim Nabuco. 

##RECOMENDA##

Segundo o presidente da Força Sindical, Aldo Amaral, o intuito é que o governo atenda as solicitações expostas na carta. “Vamos levar essa pauta para o governo do Estado e esperamos que ele resolva”, enfatizou.

Durante o percurso da manifestação, os participantes farão uma parada em frente à sede dos Correios Central, próximo a Avenida Guararapes, para discursar e apresentar à população as exigências trabalhistas. 

Com informações de Giselly Santos

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando