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Uma estagiária recém-contratada foi demitida após gravar e publicar um vídeo dançando funk para o TikTok, durante o expediente. No vídeo, a jovem aparece uniformizada e com o crachá do executivo da prefeitura de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, enquanto dança um funk com letra para maiores de 18 anos. O caso ocorreu na última segunda-feira (6).

A demissão da estudante, que teve a identidade preservada, veio após a Secretaria de Administração tomar conhecimento do conteúdo. De acordo com a prefeitura, a ex-estagiária alegou que teria gravado o vídeo no fim do expediente, mas por conta da exposição do uniforme e do crachá, a equipe achou melhor dispensá-la.

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Em entrevista ao UOL, a jovem afirmou ter se arrependido de gravar a “dançinha”. Ela explicou que teria feito o conteúdo em um “momento de distração”. "Fiz errado, porque estava com o uniforme e crachá. Fiz na inocência, não sabia que iria repercutir tanto", desabafou.

Segundo ela, o expediente do estágio se encerrou às 14h e ela gravou o vídeo meia hora depois, enquanto esperava uma carona, já que estava chovendo. "Foi um momento de distração. Eu não sabia que iam fuçar meu perfil para fazer esse tipo de sensacionalismo e nem prejudicar minha vida. Sou bem correta com meu trabalho", afirmou ela. A estagiária disse ainda que excluiu os vídeos das redes sociais após a repercussão.

A partir das 11h desta segunda-feira (6), Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e de Saúde Ambiental e Controle de Endemias (Asaces) iniciam as visitas nas áreas mais atingidas pelas chuvas no Recife para validar informações acerca dos danos patrimoniais da população afetada.

Segundo a Prefeitura do Recife, o trabalho permitirá o cruzamento com a base do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) para que as famílias possam acessar o auxílio emergencial de R$ 2,5 mil anunciado pela Prefeitura do Recife juntamente com o Governo do Estado e a Câmara de Vereadores do Recife.

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Cerca de 140 Agentes Comunitários de Saúde e de Saúde Ambiental e Controle de Endemias foram treinados para realizarem os cadastros. A qualificação começou no último sábado (4), com os trabalhadores que atuam nos distritos sanitários 4, 5 e 8 e que abrangem áreas como Várzea, Coqueiral e Ibura. 

Na capacitação, os agentes foram apresentados ao aplicativo que reunirá todos os dados coletados em campo e que, posteriormente, permitirá o cruzamento com a base do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).

Para desburocratizar o processo de confirmação dos dados, a Prefeitura do Recife desenvolveu um aplicativo específico para coletar as informações nas áreas mais atingidas. Na plataforma, os ACS e Asaces vão poder inserir dados de um representante de cada família afetada, telefone atualizado, composição familiar - divididos por faixa etária -, endereço com georreferenciamento, além de poder anexar imagens das casas danificadas e bens, como móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, documentos e outros.

Todas essas informações serão validadas com os cadastros ativos no CadÚnico. Ao final do preenchimento, as vítimas vão receber uma mensagem pelo WhatsApp da conta oficial da Prefeitura, confirmando o protocolo do atendimento. 

Num segundo momento, a Prefeitura do Recife fará a análise do levantamento de campo e as famílias incluídas no benefício receberão novamente uma mensagem, via WhatsApp, com as orientações sobre o pagamento. A liberação do pagamento será sempre no nome do representante legal do núcleo familiar cadastrado no CadÚnico.

As pessoas que estão nos perímetros de vulnerabilidade apontados pela Defesa Civil que tiveram danos parciais ou total do imóvel ou de utensílios domésticos e móveis, mas não tem um membro do núcleo familiar cadastrado no CadÚnico, serão orientados a se inscrever no programa. Os moradores serão orientados a agendar esse atendimento dentro do Conecta Recife.

No caso das vítimas que tenham perdido os documentos por conta das chuvas, desde a última terça-feira (31), equipes da Assistência Social do Recife estão realizando encaminhamentos para emissão de documentos, como cédula de identidade, CPF, certidões de nascimento, casamento e óbito, dentre outros. Nestas situações, para efeito de registro, a Prefeitura do Recife usará sua base de dados a partir das informações registradas em sistemas como o Recife Vacina e do próprio CadÚnico.

A prefeita de Camaragibe, Nadegi Queiroz, anunciou que o município, localizado na Região Metropolitana do Recife, dará um auxílio emergencial aos moradores. A cidade foi uma das mais castigadas na capital pernambucana pelas chuvas que atingiram o litoral nordestino nas últimas semanas.

"Estamos na Associação de Moradores de Santa Terezinha visitando as pessoas que perderam suas casas, dando assistência. E lembrando: viemos comunicar a essas pessoas nosso auxílio emergencial que estamos estudando para ser lançado nesta semana e com certeza vai melhorar a qualidade de vida dessas pessoas", comunicou a prefeita.

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Uma mulher foi "engolida" nesta quinta-feira (2), em Cascavel, no Ceará, por uma cratera que se abriu numa calçada e desabou. A prefeitura do local informou que Maria Rosilene está em casa e passa bem. 

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De acordo com testemunhas, Rosilene é gari e costuma transitar pelo local. Ela foi socorrida por três homens que estavam em frente a uma funerária. 

Sobre a calçada, a prefeitura informou que "devido às fortes chuvas dos últimos dias a calçada cedeu, e mesmo com os cones de identificação, Maria passou pelo local". O órgão disse que o local está isolado.

A Prefeitura de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), anunciou nesta terça-feira (31) que as vítimas das chuvas na cidade terão um auxílio emergencial. O valor estipulado é de R$ 1.200 que será pago em três parcelas.

Só recebe esse auxílio os olindenses cadastrados pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos da última quarta-feira (25) até a segunda-feira (30), que encontram-se nos abrigos disponibilizados pela Prefeitura de Olinda. 

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O Executivo municipal destaca que para conseguir executar esse auxílio, um Projeto de Lei será enviado à Câmara de Vereadores da cidade nos próximos dias. "A Prefeitura de Olinda vai conceder esse auxílio para os desabrigados neste momento tão difícil. Também gostaria de agradecer a todas as pessoas que têm ajudado de forma voluntária e parabenizar aos que estão se disponibilizando a ajudar os desabrigados neste momento difícil", comentou o prefeito Professor Lupércio.

A Prefeitura de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, proibiu manifestações políticas no edital de contratação dos artistas para o São João da cidade. O documento detalha que a atração que “expresse conteúdo político de qualquer natureza” não será contratada. Artistas que expressem conteúdo discriminatório também não serão contratados.

A grade de programação começou a ser divulgada ao público na última terça-feira (17). A obrigatoriedade está no Anexo II do termo de compromisso, que dispõe sobre “não apresentar nenhum tipo de conteúdo discriminatório ou político em suas apresentações”.

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Um caso similar aconteceu no festival Lollapalooza deste ano, em São Paulo. Após várias manifestações artísticas e políticas contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), e em apoio ao ex-presidente Lula (PT), a sigla de Bolsonaro fez uma solicitação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que não houvesse manifestação política no festival.

O pedido foi acatado pelo ministro, que determinava multa de R$ 50 mil para a organização do festival caso outros artistas se manifestassem politicamente durante o evento. No entanto, houve um erro na informação do CNPJ pelo TSE, que não conseguiu notificar a organização do Lollapalooza.

As festividades do São João de Caruaru serão realizadas entre os dias 4 de junho e 2 de julho, após dois anos suspensas por conta da pandemia.

O Ministério Público de São Paulo instaurou inquérito civil na sexta-feira, 13, para apurar as ações da Prefeitura de São Paulo na região da Cracolândia. O objetivo é apurar a regularidade das intervenções feitos pelo Município na área, bem como as "ações que sucederam às intervenções policiais e que dizem respeito ao complexo problema derivado do consumo de crack e outras drogas em cenas de uso coletivo havidas na região central da cidade".

Após operação na Praça Princesa Isabel, a polícia prendeu ao menos nove acusados de tráficos de drogas e dispersou usuários por vários pontos da região central, como a Rua Helvétia e a Praça Marechal Deodoro. De acordo com a Prefeitura, a dispersão facilita o oferecimento de serviços de apoio e tratamento para os dependentes químicos. Procurada pela reportagem, a gestão municipal ainda não se manifestou sobre o procedimento do MP.

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Em um desses movimentos de dispersão, Raimundo Nonato Rodrigues Fonseca Junior, de 32 anos, foi baleado nos arredores da Praça Princesa Isabel na quinta-feira, 12. Três policiais civis se apresentaram como autores de disparos. Uma perícia vai apurar se o tiro que causou a morte do homem saiu da arma de algum dos oficiais.

Os promotores pretendem ouvir Arthur Guerra, coordenador técnico do programa Redenção, o secretário municipal de Assistência Social, Carlos Bezerra Junior, o secretário municipal de Saúde, Luiz Carlos Zamarco, e o comandante da Guarda Civil Metropolitana, Agapito Marques.

A portaria, assinada pelas Promotorias de Justiça de Direitos Humanos, da Infância e Juventude de Habitação e Urbanismo e formalizada nesta segunda-feira, 16, afirma que as investigações vão avaliar a ação da Prefeitura para internação, voluntária ou não, dos dependentes químicos, os tratamentos nos locais de internação, as formas de abordagem das equipes de saúde e assistência social.

Conforme os promotores, as ações atuais têm grande semelhança com intervenções anteriores que tinham "o objetivo de criar uma situação de intenso sofrimento, causado pela violência física e psíquica aos dependentes químicos". Os representantes do MP se referem à ação policial de 2012 na Estação Julio Prestes, na região da Luz, antigo endereço da Cracolândia. Para os promotores, a ação da semana passada foi mais violenta, pois resultou na morte de um homem.

"A Prefeitura foi alertada para à importância de não repetir os mesmos erros cometidos nas operações anteriormente desenvolvidas na Cracolândia, as quais, além de inefetivas e caras, foram responsáveis por várias violações de direitos, decorrentes, principalmente, da priorização da atuação policial em detrimento das ações de saúde, assistência social e moradia", diz trecho da portaria.

Dispersão formou minicracolândias no centro da cidade

Após a grande operação que envolveu 650 oficiais na quinta-feira, 12, dependentes químicos da Cracolândia da Praça Princesa Isabel começaram a se deslocar pela região central, principalmente próximo à Praça Marechal Deodoro e na rua Helvétia, nas proximidades da Avenida São João.

Divididos em grupos, os usuários formaram minicracolândias em vários pontos: Rua Gusmões, Alameda Glete, Rua Mauá, Rua Barão de Limeira, Rua Barão de Campinas e Rua Conselheiro Nébias.

Por conta da movimentação dos usuários, comerciantes passaram a trabalhar com portas entreabertas ou em horários alternativos, abrindo mais tarde e fechando mais cedo, com receio de assaltos. Viaturas da Polícia Militar e da Guarda Civil Metropolitana, assim como agentes de saúde e da assistência social, circulam constantemente por esses locais.

Os blocos de carnaval que quiserem tomar as ruas fora de época nos dias 16 e 17 de julho podem se inscrever para o Carnaval de Rua 2022. A  prefeitura de São Paulo divulgou nesta sexta-feira (29) o formulário online, que pode ser preenchido até 8 de maio.

A secretária de Cultura, Aline Torres, se reuniu com os representantes dos blocos e foi proposta a realização do Esquenta e Carnaval daqui a pouco mais de dois meses. Na data, também foi proposta a elaboração de um comitê permanente de organizações de blocos e coletivos para estreitar as relações entre a prefeitura e a sociedade civil.

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"O carnaval é uma das maiores manifestações culturais da identidade nacional. E, aqui em São Paulo, é uma das mais marcantes, sendo um Patrimônio Cultural Imaterial", declarou Aline Torres. "Queremos trazer toda a alegria, representatividade e diversidade dessa festa de volta para as ruas, mas com responsabilidade e organização", finalizou.

Os blocos, independente do tamanho, terão de prover um complexo planejamento, como a definição dos roteiros, alteração no sistema viário e de transporte público, infraestrutura, grades, assistência médica e rotas de fuga.

Segundo a prefeitura, o formulário de manifestação de interesse deve ser preenchido e entregue até as 23h59 do dia 8 de maio. 

Por Matheus de Maio

 

 

 

A Prefeitura sancionou ontem lei que altera procedimentos de manejo da cobertura arbórea de São Paulo. Conforme o Município, o texto busca facilitar poda e plantio de árvores. O prazo de regulamentação das regras é de 90 dias.

Em nota, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) diz que, com a nova norma, o poder municipal vai "dar agilidade aos requerimentos, simplificando os procedimentos para a supressão, o transplante e a poda, desestimulando, assim, que as árvores sejam manejadas de forma irregular, sem o consentimento do poder público".

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Segundo a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, agora a poda ou o manejo podem ser feitos considerando critérios como estar na calçada apropriada; atrapalhar a mobilidade urbana; estar em lugar adequado; poder e/ou dever ser transplantada; oferecer risco para eletrificação. "Uma série de outros componentes que não estavam previstos na legislação anterior, que olhava a árvore descolada do meio ambiente urbano, onde ela está", diz Rodrigo Ravena, chefe de gabinete da pasta.

Segundo ele, antes da lei, os dois únicos aspectos que permitiriam "mexer" numa árvore eram o estado fitossanitário e risco ao patrimônio. Para poda, no caso de áreas não municipais, fica autorizado que o possuidor do imóvel a execute, desde que informe o órgão responsável. Essa comunicação deve ser instruída com laudo técnico, "a ser elaborado por engenheiro agrônomo, engenheiro florestal ou biólogo não pertencentes aos quadros municipais".

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após identificar irregularidades nos vínculos de servidores municipais admitidos antes da promulgação da Constituição Federal de 1988, a Promotoria de Justiça de Sanharó, no Agreste pernambucano, o Ministério Público de Pernambuco recomendou ao prefeito César de Freitas (PCdoB) que providencie a exoneração imediata dos profissionais com dispensa de procedimento administrativo para essa finalidade, conforme a jurisprudência nacional. A gestão municipal tem um prazo de 10 dias para responder se acata ou não a recomendação, publicada no Diário Oficial de 20 de abril.

De acordo com o promotor de Justiça Jefson Romaniuc, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou procedimento para investigar supostas ilegalidades em relação à manutenção de vínculos funcionais de servidores municipais admitidos sem concurso público antes da vigência da Constituição.

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“Conforme informações fornecidas pela Procuradoria Geral do Município em reunião realizada na data de instauração do procedimento, cerca de 97 servidores encontram-se nessa situação de precariedade, tendo ingressado sem o devido concurso público e fora do lapso temporal permitido pela Constituição em seu Ato de Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT)”, aponta o promotor de Justiça no texto da recomendação.

O ADCT prevê, em seu artigo 19, que seriam considerados estáveis no serviço público os servidores civis que, na data da promulgação da Constituição (5 de outubro de 1988), estivessem em exercício há mais de cinco anos contínuos e cuja admissão não tenha sido realizada mediante aprovação em concurso público.

No entanto, no caso de Sanharó, o vínculo desses servidores foi mantido mesmo sem o atendimento aos requisitos constitucionais. Alguns deles, inclusive, eram menores de 16 anos, sendo absolutamente incapazes, à época do ingresso no serviço.

A Prefeitura de São Paulo firmou 18 convênios com uma entidade criada pela igreja da família do vereador e atual secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads), Carlos Bezerra Júnior (PSDB). Ele é o responsável pela fiscalização de cinco parcerias da pasta com a Fundação Comunidade da Graça - as demais estão sob a tutela da Secretaria de Educação. O valor total dos contratos é de R$ 103 milhões - cerca de R$ 27 milhões foram repassados em 2021.

Levantamento feito pelo Estadão com base nos dados do Portal da Transparência mostra que o número de convênios e aditamentos cresceu desde 2017, quando o partido de Bezerra Júnior assumiu a Prefeitura. Naquele ano, o total de recursos assegurados em contratos foi de R$ 5,5 milhões para R$ 21 milhões. De 2020 a 2021, o valor acordado com a entidade passou de R$ 46,3 milhões para R$ 103 milhões.

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O crescimento foi puxado por convênios de creches com duração de cinco anos. São mais de 2 mil crianças, de zero a três anos, matriculadas em unidades da fundação, que funciona como um braço social da Igreja Comunidade da Graça.

A gestão Nunes afirma, em nota, que todos os convênios e contratos de prestação de serviços seguem a legislação em vigor, são públicos e estão disponíveis para verificação por órgãos internos e externos.

Pastor da igreja fundada em 1979 pelos seus pais, Bezerra Júnior não assina os contratos da pasta que comanda com a entidade - são anteriores à sua nomeação -, mas fiscaliza e autoriza pagamentos que somam R$ 3,2 milhões por ano, segundo a própria Smads. Ele nega qualquer irregularidade. Segundo o secretário, a igreja e a fundação são organizações "absolutamente distintas e independentes". "O que existe é um vínculo afetivo e de missão", disse. Bezerra Júnior nega ainda que tenha tido influência na escolha da entidade para prestar serviços. "Todos os convênios firmados com a Prefeitura são resultado de chamamento público e edital. Esse é um processo autônomo aqui dentro e independente. E a prova disso é que a fundação perdeu cinco certames nos últimos dois anos."

Conflito

Para especialistas em Direito Público ouvidos pelo Estadão, há conflito de interesses. "É mais grave no caso dos convênios ligados diretamente à pasta que ele dirige, mas não é apenas isso. Ele ocupa cargo de cúpula na administração municipal com acesso e capacidade de influir nas outras esferas do governo", disse Carlos Ari Sundfeld, presidente da Sociedade Brasileira de Direito Público.

Professor de Direito Administrativo do CEU/Law School, Adib Kassouf Sad fala em "conflito de interesses inegável", mas diz que o ato de improbidade depende de fatores como eventual desvio de recursos, dano ao erário, dolo nas condutas ou violação dos princípios da administração pública.

Com sede na Vila Carrão, zona leste, a igreja é a principal mantenedora da fundação, segundo o site da entidade. São mais de 380 funcionários e 180 voluntários. Na página da igreja, há um link para o site do secretário. Na fundação, quem responde pelos convênios é o presidente Vlademir Vilaronga, que, pelas redes sociais, pediu votos a Bezerra Júnior em 2020, quando ele foi eleito para a Câmara Municipal.

Em nota, Vilaronga afirmou que "não há vínculo entre o secretário e a entidade" e que, por isso, a relação "não configura conflito de interesses". Sobre o pedido de votos, disse que o fez em página pessoal. Na época, a entidade já era parceira da Prefeitura.

Sem a autorização da Prefeitura de São Paulo, o evento "Carnaval Viva a Rua" foi cancelado pelos organizadores. O evento aconteceria no feriado prolongado de Tiradentes, em frente ao Parque Ibirapuera. O evento contava com atrações confirmadas como Elba Ramalho, Chico César, Monobloco, entre outros.

No dia 5 de abril, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que os blocos de rua teriam permissão para sair à rua no feriado de Tiradentes, desde que os organizadores arcassem com os custos e infraestrutura necessários. Dentre as exigências estavam segurança, gradil, médicos, plano de emergência e rotas de fuga.

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Nesta quinta-feira (14), um grupo de organizadores de blocos de carnaval se reuniu na Câmara de Deputados de São Paulo para pautar os desfiles. Eles mantiveram a posição de sair às ruas no feriado de Tiradentes, mesmo que sem a aprovação prévia da prefeitura.

Os organizadores do Carnaval Viva a Rua disseram que não vão desistir da festa na próxima semana, apesar de terem sentido um “tom de ameaça" nas notas divulgadas pela prefeitura. Em nota, o órgão disse que os eventos sem autorização seriam “desfiles ilegais” e que representam “risco absolutamente desnecessário”.

“Os blocos não estão aqui pedindo favores para a prefeitura. Estão aqui para afirmar um direito, o direito de pular carnaval. O carnaval é uma manifestação cultural que só se realiza na rua, se a gente tiver o direito de ocupar a cidade”, disse Guilherme Varella, gestor cultural e advogado durante a reunião na Câmara.

Por Matheus de Maio

 

 

A Prefeitura de São Paulo afirmou nesta segunda-feira, 11, em nota, que está "empenhada em encontrar uma data consensual com tempo hábil para planejar" um carnaval de rua fora de época em 2022. A realização dos desfiles chegou a ser tema de uma reunião na sexta-feira, 8, mas não houve consenso e organizações ligadas a blocos de rua criticaram o que consideram uma falta de diálogo da gestão Ricardo Nunes (MDB).

A situação também foi comentada pelo prefeito durante agenda pública pela manhã, na qual destacou estar disposto a encontrar uma data desde que tenha um tempo hábil para organização. "Pode ser junho, julho, agosto. Nós não estamos proibindo ninguém de fazer."

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Entre as possibilidades cogitadas, estaria a realização em conjunto com a Virada Cultural (28 e 29 de maio) ou no mês de junho (mas não no feriadão de Corpus Christi), porém a data definitiva segue em aberto. "O momento certo é aquele em que o poder público possa organizar a infraestrutura para dar segurança às pessoas", acrescentou Nunes.

Questionado sobre a possibilidade de fazer em setembro, Nunes disse que a gestão aceitaria a proposta. "Como eles estão com muita vontade, a Prefeitura até disponibiliza o valor se a gente não conseguir o patrocínio. A gente vai disponibilizar", comentou.

Segundo ele, a Polícia Militar precisaria de cerca de 30 dias para reforçar o policiamento na cidade, com o deslocamento de policiais do interior. Além disso, a Prefeitura também precisaria de prazo semelhante para fazer as licitações da infraestrutura necessária.

Em nota, a gestão municipal afirmou defender "as manifestações culturais e democráticas" e que "está empenhada em encontrar uma data consensual com tempo hábil para planejar o evento e, assim, garantir a segurança e a infraestrutura necessárias para os foliões e toda a população da cidade".

"A intenção da Prefeitura e dos demais órgãos públicos envolvidos é encontrar uma alternativa comum que garanta, democraticamente, a realização dos desfiles dos blocos, mas com o planejamento necessário e máxima segurança possível para todos", justificou.

A reunião na sexta-feira foi interrompida antes do término. Houve protesto por parte dos representantes dos blocos, que acusam a secretária de Cultura, Aline Torres, de ter tentado encerrar a reunião durante a fala das lideranças. Segundo o Município, o encerramento ocorreu "por causa da exaltação dos ânimos e até da hostilidade de alguns dirigentes das entidades".

Parte dos blocos reivindica uma liberação para desfilarem no feriado prolongado de Tiradentes, quando ocorrerão os desfiles das escolas de samba. Um manifesto foi publicado na semana passada com o título "Carnaval de rua livre, com diversidade e democracia! Contra a violência policial e a censura".

O documento foi assinado pelo Fórum Aberto dos Blocos de Carnaval de São Paulo, que representa mais de 190 agremiações; a Comissão Feminina do Carnaval de Rua de São Paulo, integrada por aproximadamente 60 blocos; a União dos Blocos de Carnaval do Estado de São Paulo (Ubcresp), o Arrastão dos Blocos, a Associação de Bandas Carnavalescas de São Paulo (Abasp) e o Ocupa Carnaval SP.

Líderes e membros dos grupos acompanharam a reunião. Alguns blocos têm dito que pretendem desfilar em abril, mesmo sem autorização, diante da redução dos números da pandemia e da flexibilização sanitária no País. Em paralelo, outras agremiações optaram por realizar eventos privados em áreas públicas ou privadas, adaptando o modelo de desfile de rua.

O presidente da Câmara Municipal do Recife, Romerinho Jatobá, assumiu interinamente, nesta segunda-feira (11), o comando da Prefeitura do Recife. A transmissão temporária do cargo aconteceu porque o prefeito João Campos (PSB) vai sair em recesso por uma semana.

Segundo a Lei Orgânica da cidade, quando o prefeito está ausente, ele é sucedido pela vice-prefeita. No caso da ausência de ambos, o presidente da Câmara Municipal assume o posto. Durante o período, contudo, a vice-prefeita Isabella de Roldão (PDT) estará em missão oficial na França. Ela é coordenadora de Relações Internacionais da Prefeitura do Recife.

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Em visita à obra de contenção de encostas em Beberibe, na manhã desta segunda-feira, João Campos anunciou a transmissão interina. O ato oficial de transmissão de cargo ocorreu após a visita, na sede da prefeitura.

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A Prefeitura de Recife anunciou a realização de seleção simplificada para a admissão de 400 profissionais para atuação na Rede Municipal de Ensino. As oportunidades são para os cargos de auxiliar de desenvolvimento infantil e agente de apoio ao desenvolvimento. Os interessados podem se inscrever até o dia 3 de maio, por meio do site do Instituto de Desenvolvimento Institucional Brasileiro (IDIB).

No que diz respeito às atividades, os auxiliares de desenvolvimento infantil irão trabalhar no acolhimento, cuidado e afazeres com as crianças na educação infantil, enquanto os agentes de apoio serão responsáveis por dar suporte às crianças e adolescentes matriculados na educação especial, que possuem deficiências e transtornos como Síndrome de Down, síndrome congênita do zika vírus, surdez, cegueira, entre outras condições.

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De acordo com o edital da seleção, a carga horária dos profissionais admitidos será de 40 horas semanais, por uma remuneração de R$ 1.464,97, para o cargo de agente de apoio ao desenvolvimento, e de R$ 1.850,48, para os auxiliares de desenvolvimento infantil. O único requisito de formação para candidatura é possuir diploma de ensino médio completo.

Ambas as funções terão 200 cargos abertos, sendo 140 vagas para ampla concorrência, 40 reservadas para candidatos negros e 20 para pessoa com deficiência (Pcd). A seleção será realizada por meio de uma prova objetiva, composta por conteúdos de língua portuguesa, raciocínio lógico e conhecimento específicos; um exame psicotécnico e uma prova de títulos.

Os interessados podem realizar as inscrições até o dia 3 de maio, por meio do site da IDIB, ao pagar a taxa de inscrição no valor de R$ 48.

A ciclofaixa da Avenida Agamenon Magalhães finalmente deve sair do papel. Na madrugada desta quinta-feira (10), o prefeito João Campos (PSB) anunciou o edital de licitação e disse que a inclusão da via especial não vai reduzir as faixas da avenida.

A obra orçada em R$ 6.759.126,91 promete sair das imediações do viaduto da João de Barros até a Ponte do Pina. A faixa se estende por mais de quatro quilômetros, entre as ruas Dr. Leopoldo Lins, no bairro da Boa Vista, e a Avenida Saturnino de Brito, no Cabanga. 

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O canteiro central da Agamenon Magalhães vai receber a ciclofaixa, que contará com separação física, para garantir a segurança dos mais de 7.500 ciclistas que cruzam diariamente a Avenida, segundo monitoramento da Prefeitura. 

"Essa é uma obra tão sonhada que vai ligar a Zona Norte à Zona Sul da cidade, conectando mais de 160 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas existentes", comunicou João.

O edital de licitação foi publicado no Diário Oficial do Município nesta quinta (10) e o processo licitatório fica a cargo da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), que responde à Secretaria de Infraestrutura.

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O rastro da violência doméstica e sexista não afeta só as mulheres. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública no ano de 2020 estimaram que o feminicídio deixa mais de 2.000 órfãos no país todos os anos. Pensando em garantir apoio para crianças e adolescentes vítimas dessa violência, o prefeito do Recife, João Campos, anunciou na manhã desta quarta-feira (9) a criação do Auxílio Municipal de Transferência de Renda denominado “Cria Esperança”. O benefício é destinado à transferência direta de renda para crianças e adolescentes cujas mães ou responsáveis legais foram vítimas de feminicídio. Com o anúncio, o Projeto de Lei criado pela Prefeitura do Recife foi enviado à Câmara Municipal.

“A gente lança hoje o Cria Esperança, programa municipal para garantir auxílio e acompanhamento de todas as crianças e adolescentes que tiveram suas mães vítimas de feminicídio. Esse é um compromisso do Recife para garantir o auxílio de R$ 606  e o acompanhamento junto à Saúde e à Educação. Esse é o mínimo que a gente pode fazer, porque sabemos que nada supre a ausência de uma mãe. Mas com essa iniciativa, o município enxerga as crianças e pode dar uma alternativa para mitigação desses danos e do impacto que é o tão brutal e violento feminicídio”, declarou o prefeito do Recife, João Campos. 

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“A gente manda hoje o Projeto de Lei para a Câmara do Recife, em regime de urgência, com a convicção de que ainda neste mês de março vai ser aprovado, para que a gente garanta esse direito para as crianças recifenses. Lembrando que o ideal seria que essas circunstâncias não existissem. Nosso sonho, desejo e luta é para que fosse zero feminicídio. Mas como existe, a gente tem que primeiro trabalhar para reduzir; e trabalhar para fazer o enfrentamento. Entendendo que é fundamental políticas públicas sólidas que mostrem que a Prefeitura é uma parceira da mulher recifense. É uma aliada. E que nós não admitimos nenhum tipo de violência”, acrescentou o prefeito da cidade. 

O benefício, no valor de meio salário mínimo mensal (R$ 606,00), será destinado à família com uma criança ou adolescente cuja mulher ou responsável legal foi vítima de feminicídio, sendo o benefício concedido até os 18 anos completos do beneficiado.

Se a família contar com mais de uma criança ou adolescente será acrescido ao benefício um percentual de 10%, também mensal, limitado a, no máximo, três pessoas por núcleo familiar. A Secretaria de Educação do Recife ficará responsável pelo acompanhamento psicológico dessas crianças e jovens.

Para ter direito ao benefício é necessário estar inscrito no CadÚnico, residir no Recife há pelo menos 12 meses, não receber pensão post morte, apresentar calendário nacional de vacinação e frequência escolar mínima de 75% e ter a guarda oficializada da criança ou do adolescente por família acolhedora, não sendo aceitos como beneficiários aqueles que se encontrem em situação de acolhimento institucional.

“No Recife, temos ampliado ações de prevenção e ações que acolhem essas mulheres em situação de violência e situações que a gente tanto luta para que não aconteça, um momento ainda pior, ainda mais sério, mais grave, que infelizmente se repete: o feminicídio. O feminicídio não atinge só as mulheres, ele afeta também a família dessa mulher e, sobretudo, filhos e filhas", destacou a secretária da Mulher do Recife, Glauce Medeiros. "O auxílio vem para dar apoio a essas crianças, que perdem a mãe e que, em parte dos casos, têm o pai preso, e que muitas vezes não podem ficar com alguém da família porque esses parentes não têm condições de assumir do ponto de vista financeiro. Além de perderem a mãe em um crime tão brutal e grave, elas perdem a referência de família. O feminicídio também deixa outras vítimas”, ela acrsescentou. 

O auxílio municipal tem por objetivo assegurar a proteção integral das crianças e dos adolescentes, bem como o direito de viverem em um lar sem violência, preservando-lhes a saúde física e mental, o pleno desenvolvimento e os direitos específicos à condição de vítimas ou testemunhas de violência no âmbito de relações domésticas, familiares e sociais. Os indivíduos beneficiados vão ser ainda acompanhados por um núcleo gestor, prevendo visitas domiciliares de servidores da Prefeitura do Recife para averiguação das informações bem como acompanhamento do caso.

Quase um ano após a morte de Bruno Covas (PSDB), a relação do partido e de antigos aliados do ex-prefeito da cidade de São Paulo com seu sucessor, Ricardo Nunes (MDB), passa por um momento turbulento. Quando assumiu em definitivo o cargo, em maio do ano passado, Nunes prometeu que manteria o time montado por Covas no governo, mas o emedebista promoveu mudanças que desagradaram aos aliados.

Os tucanos reclamam que pouco a pouco o prefeito da capital está minando os espaços do partido na máquina, dispensando remanescentes da gestão Covas e deixando em suspenso as indicações de secretários que devem deixar seus cargos em abril para disputar vagas no legislativo, casos de Ricardo Tripolli (Casa Civil), João Cury (Educação), Aline Cardoso (Desenvolvimento Econômico) e Carlos Bezerra (Assistência Social).

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A demissão de Pedro Barbieri da superintendência do Serviço Funerário foi o estopim da insatisfação dos "covistas". Barbieri foi dispensado por ter ido a Abu Dhabi ver o jogo do Palmeiras contra o Chelsea. Mas, segundo os tucanos, o funcionário, que é da "cota" de Gustavo Pires, ex-braço direito de Bruno, teria pedido licença para fazer a viagem.

Como reação, o presidente do diretório municipal do PSDB, Fernando Alfredo pediu uma audiência formal com Nunes para "discutir a relação".

"A vitória na eleição de 2020 foi do Bruno e seu grupo político. É natural, portanto, que se mantenham os espaços no governo desse grupo e do PSDB", disse o ex-secretário de Habitação e da Casa Civil, Orlando Faria, que foi demitido do cargo ano passado após apoiar Eduardo Leite nas prévias tucanas para a Presidência da República.

Os tucanos da capital querem manter nos seus cargos o secretário de governo, Rubens Rizek; das subprefeituras, Alexandre Modonezi; o diretor da SPTuris, Gustavo Pires, além de outros nomes do segundo escalão.

Os "covistas" reivindicam ainda a indicação dos secretários tucanos que deixarão os cargos para disputar as eleições.

Além de Orlando Faria da Casa Civil, o prefeito é cobrado pelos tucanos pela demissão de Alê Youssef da Cultura e Cesar Azevedo, que comandava a pasta do licenciamento. Mesmo após a morte de Bruno Covas, os tucanos da capital ligados ao ex-prefeito ainda dominam o diretório e zelam pelo espaço da sigla na administração.

O grupo planeja fazer um evento em homenagem a Covas para pressionar o prefeito, que sempre evoca o fato de manter o "legado" do tucano.

Procurado, o prefeito Ricardo Nunes disse que as mudanças em sua gestão foram pontuais e mantém os cargos do grupo de Covas.

Proximidade

No atual cenário político paulista, o Palácio dos Bandeirantes passou a reclamar de sabotagem do governo federal com o Estado, mas o prefeito Ricardo Nunes mantém um discurso afinado com o presidente Jair Bolsonaro - o que causou "desconforto" entre os tucanos.

Em um evento com clima de ato político na última quinta-feira, Nunes e Bolsonaro trocaram elogios e afagos na inauguração dos reservatórios do Córrego Ipiranga, uma obra feita em parceria com a Prefeitura e sem a participação do governo paulista.

'Briga eu deixo para eles'

Nunes disse que não há do que reclamar do governo do Estado e nem do governo federal. "Eu estou focado na prefeitura, com boa relação com o governo do estado e federal. A briga eu deixo para eles. O presidente vem a São Paulo inaugurar uma obra de interesse da cidade, eu tenho que tratá-lo com o respeito devido", afirmou.

No plano estadual, o MDB de Nunes vai apoiar a candidatura do vice governador Rodrigo Garcia (PSDB) à reeleição para o Palácio dos Bandeirantes, mas no nacional há um impasse sobre subir ou não no palanque de Doria.

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O incêndio que destruiu uma loja de instrumentos musicais na noite dessa segunda-feira (15), no bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife, deixou o imóvel do núcleo de associações sem luz. O prédio é da Prefeitura e também acomoda as organizações de marceneiros, serigrafia, lavadeiras e costureiras.

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As chamas se espalharam quando não havia mais pessoas no imóvel e tomaram maiores proporções por volta das 20h30, quando o fogo começou a chamar a atenção dos vizinhos.

Os bombeiros foram acionados por volta das 20h55 para apagar o incêndio. Não houve registro de vítimas no local.

O marceneiro Erivelton Paulino trabalha no imóvel e contou que a loja de instrumentos ficou completamente destruída, mas salas ao lado não foram atingidas.

O imóvel está sem energia elétrica e os profissionais estão impossibilitados de trabalhar na manhã desta terça (15). Erivelton estima que cerca de 200 cooperados foram afetados pelo incêndio.

"É tudo coladinho, porém só atingiu a loja do meu amigo mesmo", lamentou o profissional, que descreveu a situação do comércio de artigos musicais como "perda total".

De acordo com o marceneiro, a Defesa Civil do município chegou por volta das 8h30 para cadastrar os associados. Uma vistoria também foi feita. 

Ele apontou que a visita foi tardia, já que o prédio público não recebe manutenção ou acompanhamento da Prefeitura. A última reforma ocorreu durante a campanha eleitoral de 2019, mas não atendeu às demandas estruturais.

"Nunca houve prioridade não. Houve reforma, mas só de banheiro", criticou.

A Polícia Civil não deu informações sobre a abertura de inquérito para apurar as causas do incêndio.

Resposta da Prefeitura

Em nota, a Defesa Civil do Recife informou que não há risco aos imóveis vizinhos, mas a área vai passar por uma vistoria mais apurada.

Os profissionais afetados serão beneficiados com um auxílio de R$ 1.500 e uma reunião com os cooperados será agendada para oferecer condições para que voltem ao trabalho o quanto antes.

“A área já era objeto de estudos para melhoria de suas condições estruturais. Sob coordenação do Gabinete de Projetos Especiais, uma licitação está em fase final para contratação de projeto para requalificação dos espaços transformando os galpões em um grande centro de qualificação profissional. A licitação está prevista de ser finalizada nesta quinta (17)”, destacou a gestão municipal.

O secretário estadual de Saúde, André Longo, participou - por videoconferência - da assembleia extraordinária da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), com a participação dos prefeitos e técnicos das cidades pernambucanas nesta quinta-feira (10). Longo, apresentou um panorama da pandemia da Covid-19 em Pernambuco, ressaltando a aceleração da variante Ômicron no Estado e as novas medidas restritivas que incluem o cancelamento de todas as festas públicas e privadas no período do Carnaval. Além disso, ele solicitou a colaboração de todos os prefeitos pernambucanos a participarem ativamente das fiscalizações em seus municípios, especialmente, no período em que ocorreria a festa de momo.

"Sabemos da importância das tradições em cada região e cidade do Estado durante os dias de Carnaval. No entanto, estamos mobilizados, até o 1º de março, a evitar qualquer evento que gere aglomeração e possa favorecer a transmissão do vírus. Lembramos, ainda, que temos uma preocupação específica com relação ao cenário epidemiológico, já que o Carnaval antecede o período das doenças respiratórias sazonais. Para isso, vamos precisar atuar de forma conjunta com a mobilização de todos os municípios, cada um fazendo sua parte", afirmou o secretário.

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A intensificação da vacinação nas cidades, principalmente quanto à dose de reforço e no público infantil, também foi tema abordado pelo secretário estadual. "Precisamos avançar com a dose de reforço para quem está elegível, além da necessidade de adiantar o processo de vacinação nas crianças a partir dos 5 anos de idade. Sabemos que há resistência por parte dos pais e responsáveis, mas não podemos retroceder nesse aspecto. É muito importante que o estímulo à vacinação seja trabalhado pelos municípios e pelas secretarias municipais de saúde junto às famílias e, sobretudo, no ambiente das escolas públicas, sendo utilizadas como espaços para a imunização de crianças e adolescentes", comentou.

Atualmente, Pernambuco está com 70% do público de adolescentes, entre 12 e 17 anos, vacinados com a primeira dose; e 47% com a segunda dose. Já o público infantil, de 5 a 11 anos, está com cobertura inferior a 20% na primeira dose.

Exames

André Longo também ressaltou a importância dos gestores municipais realizarem a correta prestação de contas dos testes rápidos de antígeno para detecção da Covid-19 que foram entregues pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE). Ele ainda lembrou a recomendação emitida pelo Ministério Público de Pernambuco (PGJ Nº 04/2022).

Na última quarta-feira (9), o Procurador-Geral de Justiça de Pernambuco, Paulo Augusto de Freitas Oliveira, expediu recomendação para que os promotores de Justiça do Estado de Pernambuco intervenham junto aos prefeitos e secretários de saúde com o objetivo de incrementar o registro de dados nos sistemas oficiais de informação. No documento, o Procurador-Geral ressalta a obrigatoriedade de notificação ao Ministério da Saúde de todos os resultados de testes-diagnóstico para detecção da Covid-19.

"Temos capacidade de distribuição de testes em Pernambuco e quase 1,5 milhão estarão disponíveis para serem encaminhados e utilizados pelos municípios. A importância da informação correta permite o planejamento da necessidade municipal e a logística estadual para dispensação. Não vão faltar testes, desde que os municípios justifiquem o envio de novos exames, com a correta digitação dos resultados dos testes previamente enviados", afirmou André Longo. Na próxima segunda-feira (14) haverá reunião com as secretarias municipais de saúde para discussão de temas que envolvem vacinação, fiscalização e exames.

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