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O deputado estadual Edilson Silva (PSOL) conquistou as assinaturas de apoio necessárias para a criação da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). O psolista conseguiu 22 apoios dos parlamentares, cinco a mais do que o mínimo exigido pelo Regimento Interno da Casa.

 No requerimento, Edilson Silva argumenta que a Frente vai "ampliar a discussão sobre seus direitos e o enfrentamento a toda a forma de preconceito e discriminação", já que o segmento social é "historicamente vulnerável".

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O deputado do PSOL, que também é presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Casa Joaquim Nabuco, será o coordenador da Frente LGBT. As deputadas Teresa Leitão (PT) e Priscila Krause (DEM) integram o grupo, além dos deputados Lucas Ramos e Aluísio Lessa, ambos do PSB. 

 

 

O PSOL vai dar início a uma série de atos nacionais, onde apresentarão propostas para o Brasil sair da crise econômica e política, nesta quinta-feira (5) pelo Recife. Quem vai comandar o debate é a ex-candidata à presidência da República, Luciana Genro. O encontro será às 19h, no auditório G1, da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). 

A psolista vai tratar sobre estratégias opcionais as crises que "não penalizem os trabalhadores e a juventude", baseando-se na carta "As saídas para as crises estão à esquerda" aprovada pela executiva do partido no último dia 10. O ato será aberto a toda população.

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Participam do encontro do PSOL, os dirigentes nacionais e estaduais da legenda Albanise Pires, Zé Gomes e Leandro Recife. Além deles, o deputado estadual Edilson Silva (PSOL) também estará presente. Antes do ato, Luciana Genro almoça com lideranças do PSOL-PE e atende à imprensa para uma coletiva. 

 

 

O pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), protocolada pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) para investigar contas no HSBC na Suíça, agora conta com o apoio oficial dos tucanos. Durante seu discurso no plenário do Senado, nesta terça-feira (3), Aécio Neves (PSDB-MG), afirmou que os tucanos querem indicar nomes para integrar a CPI. 

"Fica portanto agora esclarecido que o PSDB não apenas apoia a iniciativa do senador Randolfe, como participará, com quadros qualificados que tem, de mais essa CPI. Realmente, ao longo dos últimos dias houve uma cobrança muito grande, em especial nas redes uma exploração desse tema, agora, plenamente esclarecido. O PSDB apoia e participará da CPI do HSBC proposta pelo ilustre senador Randolfe", frisou o senador mineiro. 

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Contas na Suíça - As suspeitas são de ocorrência dos crimes de sonegação e evasão fiscal. O Brasil aparece em quarto lugar em número de pessoas com contas no HSBC na Suíça, com 8.667 clientes que teriam movimentado R$ 20 bilhões por meio do banco.

O deputado estadual Edilson Silva (PSOL) iniciou uma série de articulações para a criação de uma Frente Parlamentar na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) visando discutir políticas públicas para o segmento LGBT. Presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, o psolista precisa conquistar no mínimo 17 assinaturas de apoio, dos 49 deputados estaduais, para aprovar o requerimento e criar o colegiado.

Até o momento, além de Edilson Silva, a Frente LGBT será formada por outros quatro deputados. Priscila Krause (DEM) e Teresa Leitão (PT) já se colocaram como duas integrantes do grupo e a bancada do governo deverá indicar mais dois representantes. “Conversei com Waldermar Borges, líder do governo. Coloquei para ele que a questão não deve ser tratada sobre a ótica de governo versus oposição. Ele concordou e garantiu que a bancada indicará dois representantes”, contou Edilson.

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O requerimento será protocolado assim que obtiver o apoio mínimo. Para ser aprovado no plenário, a proposta precisa ter a maioria absoluta, ou seja, o voto de 25 deputados.

De acordo com Silva, uma dos objetivos de uma Frente será o aprimoramento da legislação sobre o setor. Para ele, apesar da posição contrária da bancada evangélica, a Alepe vai aprovar a criação da Frente LGBT. “A Casa de Joaquim Nabuco pode contribuir nesse debate e tenho certeza que não faltará”, argumentou.

A proposta de criação de uma Secretaria Executiva Estadual para tratar dos direitos dos segmentos mais vulneráveis da população, entre eles o LGBT, tem gerado divergência entre os deputados estaduais, principalmente os que são ligados ao segmento evangélico. O líder da bancada evangélica, Pastor Cleiton Collins (PP), disparou contra a iniciativa e pontuou que o Governo do Estado “deveria se preocupar com temas como educação e saúde”. 

"Todos os segmentos têm a sua importância para a sociedade e, portanto, devem ser tratados igualmente", disparou, argumentando que os valores das Igrejas devem ser levados em consideração pelo governo. Apesar da nova pasta, que será abrigada pela Secretaria de Desenvolvimento Social, também discutir o direito dos negros e indígenas, Collins se deteve apenas as questões homossexuais. 

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"Tentar levar para as escolas que é normal... Não é normal. Tentar combater as igrejas que pregam a bíblia sagrada como a sua constituição religiosa. Vamos discutir políticas públicas normais voltadas para todos e não para a classe LGBT", destacou. 

O parlamentar foi corroborado pelos integrantes do colegiado evangélico. Para o deputado André Ferreira (PMDB), a família deveria ser a maior preocupação do estado. Discurso também defendido pelo presbítero Adalto Santos (PSB). “Vamos defender a família tradicional sempre”, arrematou. 

Em contrapartida aos evangélicos, a deputada Priscila Krause (DEM) afirmou que o ideal seria se não fosse preciso criar novas pastas para defender especificamente nenhuma causa da minoria. “Infelizmente não é assim. A agressão contra a população LGBT cresceu. Temos que ter cuidado com esses extremismos. Essa questão precisa ser pautada pela tolerância e pelo respeito ao próximo, como tudo na nossa vida”, rebateu. 

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alepe, deputado Edilson Silva (PSOL) também se colocou a favor da discussão sobre as causas LGBTs. “O que nós estamos tratando aqui não é da vida sexual das pessoas e sim da vida civil, de igualdade de direitos.  Nós não vivemos apenas entre pessoas que aceitam o que está escrito nas sagradas escrituras. O que é para todo mundo é o artigo 5º da Constituição. O artigo serve para os islâmicos que vivem aqui, para os ateus, para os evangélicos, para todo mundo. É o guarda-chuva que serve para todos”, argumentou.

O PSOL, partido que conta com cinco deputados federais e um senador, divulgou nesta terça-feira, 10, um documento intitulado "Carta de Brasília", no qual defende "propostas emergenciais para enfrentar pela esquerda a profunda crise que o País atravessa".

Num ato na Câmara dos Deputados com a presença de Luciana Genro, candidata do partido à Presidência da República, foi apresentada a carta que defende 14 propostas para que o País enfrente as "dimensões política, econômica, social e ambiental da crise" pela qual o Brasil passa.

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Entre elas, está a revogação das duas medidas provisórias que endureceram o acesso a benefícios trabalhistas como o seguro-desemprego e o abono salarial. "Quaisquer abusos ou ilegalidades no usufruto desses direitos devem ser tratados como exceção e não como regra", argumenta o texto redigido pela Executiva nacional do PSOL e pelos parlamentares da sigla.

O PSOL prega ainda a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e a revogação dos aumentos do transporte público. A punição de todos os envolvidos na Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na Petrobras, também entra na lista de medidas defendidas pelo PSOL, assim como a proibição das empresas envolvidas de participarem em certames públicos. Os membros do PSOL também advogam pela "estatização completa" do sistema de abastecimento de água e de energia elétrica e o "fim da política de superávit primário."

Na abertura da "Carta de Brasília", o PSOL acusa o governo da presidente Dilma Rousseff e o PT de "se renderem totalmente aos interesses do mercado e suas imposições de 'austeridade'". A legenda também diz que o governo "atacou direitos sociais e previdenciários ainda no final de ano passado, cortou bilhões de reais do Orçamento dos ministérios e aumentou tarifas de energia e combustíveis, além da elevação dos preços dos alimentos, que a população mais pobre sente em seu bolso."

"É um estelionato eleitoral que culmina num processo de descrédito do processo democrático. O ideal seria haver novas regras políticas para haver novas eleições, mas isso não se faz da noite para o dia e muito menos a partir de pedidos de impeachment de partidos como o PSDB, que é parte da mesma estrutura. O povo precisa ir às ruas", declarou Luciana Genro, em nota encaminhada pela assessoria de comunicação do partido.

Primeiro candidato à presidência da Alepe a discursar, o deputado Edilson Silva (PSOL) afirmou, neste domingo (1), que o ex-governador Eduardo Campos foi o "fiador" dos acordos "obscuros" feitos na Casa Joaquim Nabuco. O que, segundo ele, resultou na abertura da possibilidade do deputado Guilherme Uchoa (PDT) disputar a reeleição.

"Eduardo concentrava irresponsavelmente muito poder ao seu redor. E certamente foi ele o fiador dos acordos feitos nesta Casa", disparou. "Há sim inconstitucionalidade na candidatura de Uchoa", completou.

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Para Silva, a Alepe "se apequenou diante da sociedade". E, por isso, ele "não dormiria em paz se não colocasse voz aos pequenos". "Nossa candidatura se justifica pelo vácuo que está nesta Casa", afirmou.

Silva apontou suas propostas e disse ainda que o estado estava em estado de emergência.

Veja a íntegra do discurso:

1 – Primeiramente quero agradecer ao meu Deus por ter chegado até aqui. 

2 – Saúdo os deputados, funcionários presentes, imprensa, amigos e militantes do PSOL que aqui se encontram. 

3 – Agradeço a acolhida que me deram os deputados da Casa. Especialmente ao deputado Silvio Costa, meu líder na oposição, ressaltando a habilidade extrema que teve até aqui na condução de um bloco tão rico em diversidade. Agradeço a todos os deputados do bloco de oposição, mas especialmente à deputada Socorro Pimentel, que mesmo sem um contato mais perene tem tido com nosso mandato iniciante um frutífero debate de ideias. Agradeço também aos gestos de acolhida do Presidente Guilherme Uchoa, desde antes mesmo da minha diplomação, e também os gestos de vários deputados, dentre os quais destaco o deputado Diogo Morais, nos recepcionando de forma muito respeitosa e atenciosa na Casa.

4 – Nunca desejei estrear na tribuna desta Casa, debutando na atividade parlamentar, já na condição de uma disputa para o cargo máximo desta instituição. Confesso que não estou bem à vontade nesta situação, diante de tantos parlamentares tão competentes e com bem mais experiência e certamente mais capacidade, razão pela qual peço licença e a compreensão dos nobres colegas para exercitar este gesto ao mesmo tempo ousado e aparentemente arrogante de defender a minha postulação à Presidência do Poder Legislativo de Pernambuco. 

5 - Estaria muito mais à vontade neste momento defendendo qualquer um dos quadros do bloco de oposição e que se dispusessem a representar uma perspectiva de outra dinâmica política para esta Casa de Joaquim Nabuco. Infelizmente, a conjuntura política, externa e interna, nos impôs uma realidade em que se consolidou a candidatura do atual presidente, deputado Guilherme Uchoa, figura que já percebi ser muito querida entre os pares desta Casa, e do deputado Rodrigo Novaes, um grande e respeitável parlamentar, mas um quadro pertencente ao bloco do governo, portanto, avalista mesmo que involuntário deste estado de coisas que acontecem dentro e fora desta Assembleia. Ambos deputados, portanto, não representam minimamente os anseios, demandas e compromissos que humildemente assumi com a sociedade pernambucana no trajeto que me trouxe até esta Casa. 

6 - Nossa candidatura se justifica pela existência deste hiato, deste vácuo, que só pode ser preenchido com um conteúdo político e programático que simbolize o reclame da sociedade contra o caos que vivemos no sistema prisional neste momento, por exemplo, que fez gerar a decretação de estado de emergência por parte do governo de continuidade do governador Paulo Câmara. 

7 - Fosse este governo coerente, e aqui vai um conselho deste jovem deputado, decretaria também estado de emergência no transporte coletivo da região metropolitana do Recife, com seus terminais integrados massacrando nossa gente. Decretaria também estado de emergência na FUNASE, este depósito mal arrumado de nossas crianças e jovens, que deveria envergonhar qualquer chefe de governo. Pernambuco vive um estado de emergência. 

8 - Respeito e compreendo as razões e correlações que fizeram o conjunto dos colegas deputados e deputadas produzir este vácuo em relação a estas pautas nesta eleição para a presidência da Casa. Mas não dormiria em paz se eu aqui estivesse e aqui não me colocasse para ser o gesto e a voz de tantos pequeninos desassistidos, de tantos e tantas que do lado de fora deste plenário tem sua cidadania castrada, sem educação mínima de qualidade, sem saúde, sem terra, sem teto, sem segurança pública, vivendo a discriminação da lgbtfobia, do racismo e do machismo. E penso que uma não candidatura nesta Casa que expresse esta situação dramática de nossa gente seria de minha parte um ato de pouca coragem e de incompatibilidade com o que prego. Este é o lastro primeiro desta humilde postulação.

9 – Portanto, reafirmando o que temos dito por onde passamos desde que oficializamos nossa candidatura, não estamos aqui unicamente para questionar a figura pessoal do presidente Guilherme Uchoa ou para fazer um questionamento da legalidade ou constitucionalidade de sua postulação a mais um mandato à frente da Mesa Diretora.

10 – Com relação a este questionamento, me associo aos deputados, como o nobre Rodrigo Novaes, que entendem que há sim inconstitucionalidade na atual postulação do deputado Guilherme Uchoa, questão que já abordei em fartos textos publicados na mídia local. 

11 - Para a infelicidade da política e da nossa democracia, a pena que se atreve a escrever as modificações na nossa Lei maior, a nossa Constituição, perdeu o zelo na escrita. Talvez por tamanha regularidade com que as razões ocasionais se sobreponham aos interesses pétreos da sociedade, a quem a Constituição deveria guardar. 

12 - Aquilo que inspirou e deu intenção à Emenda 33 do deputado Raimundo Pimentel foi e é de domínio público. A intenção da norma era e é encerrar as reeleições para a Mesa Diretora que já faziam, lá em 2011, a Assembleia Legislativa voltar suas costas às melhores tradições republicanas. Quatro anos depois, em 2015, a situação motivadora da Emenda segue em marcha de perpetuação, ancorada na letra fria de uma norma constitucional flagrantemente carente de uma revisão ética na sua finalização. 

13 - E como ensina o jurista Miguel Reale aos ainda iniciados no ofício do Direito, “as palavras guardam o segredo de seus significados”. Alerta Miguel Reale para a importância da escrita e da gramática no processo de interpretação das normas jurídicas. Os contratos e as normas escritas no mundo jurídico são necessários porque é sabido que acordos alcançados apenas na oralidade são vulneráveis às mudanças de opinião ou de correlação de forças no futuro. 

14 - Estamos diante de uma mudança de opinião. Fruto de uma mudança na correlação de forças, que certamente tem na morte trágica e absolutamente inesperada e indesejada do ex-governador Eduardo Campos, um fator determinante. Eduardo concentrava irresponsavelmente muito poder ao seu redor, comprometendo os contornos finos da República em nosso Estado, e certamente foi ele, Eduardo, o principal fiador do acordo feito nesta Casa, acordo que se pretendia escrito na Emenda 33. 

15 - Mas esta Emenda não diz tudo o que sempre esteve explícito sobre ela. Ela não guarda com inviolabilidade os segredos públicos daquilo que teve também a sociedade como testemunha: a não perpetuação do deputado Guilherme Uchoa numa escalada ilimitada de reeleições. Bem ao contrário, a norma estritamente escrita na Emenda 33 permite, num esforço hermenêutico hercúleo de abstenção total da realidade política que originou a norma, a escandalosa interpretação de que o atual presidente da Assembleia alcance a marca de uma sexta gestão à frente da Casa, via uma quinta reeleição consecutiva. É um escárnio.

16 – Que Deus nos proteja e nos dê forças para que construamos uma outra realidade nesta 18ª legislatura que estamos iniciando no dia de hoje. A sabedoria Ele já nos deu, para perceber que uma das comissões mais importantes desta Casa é exatamente aquela que cuida da Redação Final daquilo que produzimos. Provado está que não se basta aqui vencer o debate e convencer os pares, se não se escreve e se confere com exatidão aquilo que será publicado no Diário Oficial.

17 – Dito isto, podemos discorrer sobre as demais razões que justificam nossa candidatura. Todas elas tem a ver com o papel que entendemos que deve ser cumprido pela Assembleia Legislativa, dentro de um ambiente republicano.

18 – A Assembleia não pode ser uma instituição em que deputados e a Presidência da Mesa disputem para ver quem é mais leal aos interesses políticos do ocupante do Poder Executivo. Todos queremos harmonia entre os poderes, sincronia em favor da população, mas em nenhum momento isto pode se confundir com o sequestro das prerrogativas de um poder pelo outro. 

19 – Os tempos do ex-governador Eduardo Campos foram os tempos de quatro gestões consecutivas de um mesmo deputado na chefia do legislativo estadual. Nesses tempos, a Assembleia se apequenou diante da sociedade, pois se curvou diante não apenas de um outro poder, mas diante de um grupo político no poder. A Assembleia se transformou num mero carimbador das ordens vindas do Palácio do Campos das Princesas.

20 – Por óbvio, uma Casa Legislativa domesticada e dócil ao poder de grupos flagrantemente oligárquicos, não se pretende permeável ao constrangimento do contato físico com a sociedade civil organizada. Tal situação política exige um poder legislativo herméticamente fechado, e foi neste contexto que o deputado Uchoa caiu como uma luva para os interesses palacianos.

21 – A Assembleia não possui um Portal da Transparência para permitir que a sociedade saiba o mínimo sobre os reprentantes do povo. Não possui pontes analógicas e nem digitais que permitam e garantam efetiva participação da população e seus segmentos na produção legislativa, revelando uma postura ao mesmo tempo anti-democrática, arrogante e pouco inteligente. 

22 – As relações internas nesta Casa também refletem o papel apequenado que forças estranhas à República querem impor a ela. Existe assimetria injustificável no usufruto parlamentar dos recursos disponibilizados a esta Casa e administrados por ela. Há que se abrir todos os contratos que esta Casa possui com terceiros, por exemplo, pois todos devem estar plenamente à disposição do trabalho parlamentar com isonomia.

23 – Não se justifica que tenhamos a situação irracional de tantos comissionados nesta Casa, em comparação com os concursados. O investimento feito em comissionados é, em certa medida, desperdício de recursos públicos. Mas, de novo, esta situação serve perfeitamente para a consolidação de um legislativo frágil e vulnerável ao poder avassalador, político e técnico, emanado do Palácio do Governo.

24 – O problema é que o apequenamento do poder legislativo frente a outros poderes, sua domesticação, sua desqualificação técnica, sua caricaturização frente à opinião pública, seu desapego aos rituais litúrgicos que um poder republicano deve ter, gera uma sensação de obsolescência por parte da sociedade.

25 – E é esta sensação de obsolescência por parte da sociedade que mais me preocupa. O questionamento da sociedade não se limita ao parlamentar. Atinge o parlamento! E quando atinge o parlamento, fere profundamente a própria democracia. O desprezo aos políticos, que fartamente constatamos, traz na sua esteira um perigoso desprezo à democracia.

26 - Entramos assim numa bola de neve, em que o poder legislativo, para se proteger desta fúria compreensível e saudável se vista em perspectiva, acaba se fechando ainda mais à sociedade. É um ciclo autofágico de atrofiamento da democracia.

27 – É óbvio que esta situação perigosa não é um monopólio de nós que aqui estamos nesta noite. Ela atravessa continentes e instituições políticas e religiosas. Isso é fruto de tempos de mudança, de inovações tecnológicas que geram mais intensidade comunicativa, novas simbologias na linguagem, mais facilidades para o controle social sobre as atividades políticas. A sociedade está, indiscutivelmente, mais atenta, mais bem informada e, logo, mais exigente.

28 – A força desses novos tempos é tanta que nem uma instituição milenar como a Igreja Católica resistiu. O Papa Bento XVI renunciou. E veio Sua Santidade o Papa Francisco, com um ecumenismo contagiante, para nos mostrar caminhos. O início de seu diálogo com o século XXI e com fiéis cada dia mais exigentes e intolerantes com comportamentos paradoxais entre representantes e representados, líderes e liderados, foi exatamente se aproximar através de gestos concretos, simbólicos, mas profundos.

29 – Ao abrir mão dos aposentos papais luxuosos e passar a pernoitar com os do baixo clero, ao abrir mão de sua copa papal e ir ceiar com os do baixo clero, ao abrir mão de carros de luxo e se locomover em carros populares, ao ser rígido com assédios morais na igreja, ao combater desmandos no Banco do Vaticano e tratar com transparência os casos de pedofilia na sua igreja, o Papa Francisco se converteu na liderança com mais autoridade política deste início de século e sua igreja hoje orgulha seus fiéis. Desejo muita saúde e vida longa ao Papa Francisco.

30 – Eu penso que aqui podemos fazer nossa parte, mirando-nos no Papa Francisco. Eu não acredito em soluções mágicas e rápidas. O estado de emergência que vivemos em Pernambuco exige soluções que passam pela radicalização da democracia. Mais democracia.

31 – E mais democracia nos tempos atuais significa mais participação popular na política. E mais participação popular exige transparência e radicalização no exercício dos princípios republicanos.

32 – Agradeço a atenção todos e todas, pedindo humildemente a reflexão sobre nossas palavras e um voto de confiança em nossa postulação à Presidência da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Pernambuco. Muito Obrigado e Boa Noite a todos.

 

A eleição para a escolha da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) iniciou há pouco. Neste domingo (1º) os deputados escolhem quem será o presidente, os vices-presidentes e os secretários. As inscrições aconteceram das 16h05 às 17h10 - vinte minutos depois do estipulado. A sessão está sendo presidida pelo deputado Claudiano Martins. 

Candidataram-se ao cargo mais alto da administração da Casa Joaquim Nabuco o atual presidente, Guilherme Uchoa (PDT), que busca o quinto mandato; o deputado Rodrigo Novaes (PSD) e o primeiro deputado estadual eleito pelo PSOL, Edilson Silva. Para 1º vice-presidente Augusto César (PTB) e  2º vice-presidente Cleiton Collins (PP).

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>>Deputados estaduais tomam posse

Na disputa pela 1ª secretaria concorrem os deputados socialistas Diogo Moraes e Lula Cabral. Batendo chapa, os dois se colocaram como "candidatos do governo" e, pouco antes do início da eleição, trocaram farpas sobre a legitimação das postulações. Os deputados Vinicius Labanca (PSB) disputa a 2ª secretaria. Já a 3ª está sendo pleiteada por Romário Dias (PTB). A 4ª cadeira da secretaria da Mesa Diretora é almejada pelo deputado, Eriberto Medeiros (PTC).

A eleição para a Mesa Diretora deve durar no cerca de 2 horas. O nesta categoria o voto ainda é secreto, cada parlamentar recebe uma cédula e vota. Em seguida a atual composição da Mesa lê voto a voto enquanto os pares contabilizam e divulgam os resultados.  

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Candidato à presidência da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado eleito Edilson Silva (PSOL) lança, nesta quinta-feira (29), uma plataforma com as propostas dele para o mandato, caso seja eleito para o comando da Casa Joaquim Nabuco. O ato está agendado para as 15h e será realizado na sede da Alepe. 

De acordo com o psolista, a candidatura para o cargo mais importante da Mesa Diretora será baseada em quatro eixos: a relação da Alepe com o Poder Executivo; com a sociedade; Mesa Diretora e deputados; Alepe e os servidores. “Nós vamos dentro de cada eixo apresentar propostas concretas de alteração desta relação de mudanças”, frisou.

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Um dos assuntos a ser reestruturado, caso Silva seja eleito presidente da Alepe, no quesito Legislativo e Executivo é o regime de urgência de tramitação dos projetos.“Precisamos mudar a forma como o Poder Executivo estabelece regimes de urgências nas matérias da Casa, ele pode ter autonomia total, a casa tem que apreciar o que merece ou não urgência. O que acontece hoje é um absurdo”, destacou. 

A eleição para a Mesa Diretora do legislativo estadual acontece após a posse dos deputados eleitos em outubro do ano passado, que está marcada para o próximo domingo (1°), às 15h. 

Norte dos próximos quatro anos

O deputado lança, nesta quarta-feira (28), mais um núcleo temático que deve nortear o mandato dele pelos próximos quatro anos. O novo grupo vai tratar da segurança pública e fará o papel de âncora das ações de Edilson Silva na área.

“Os núcleos tratam sobre as demandas da população. São a ponte entre o nosso mandato e o povo”, observou.  Segundo Silva, os núcleos poderão sugerir criações de Projetos de Lei, Emendas Constitucionais e intervenções práticas no estado. O custeio das ações dos grupos, de acordo com o psolista, será definido a partir de uma espécie de Orçamento Participativo do mandato. “Criaremos um fundo com os R$25 mil que receberia de auxílio-paletó e o aumento mensal do salário de deputado (cerca de R$ 4 mil)”, revelou.

Com uma bancada de apenas cinco parlamentares, o PSOL decidiu na noite dessa quinta-feira (22) lançar a candidatura de Chico Alencar (RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados. O objetivo é marcar posição contra as candidaturas do peemedebista Eduardo Cunha (RJ), do petista Arlindo Chinaglia (SP) e de Júlio Delgado (PSB-MG).

O partido discutia internamente a possibilidade de apoiar Delgado, visto como uma candidatura de independência em relação ao Palácio do Planalto, já que Cunha e Chinaglia são postulantes da base governista. Alencar já disputou o comando da Casa em 2011 e 2013.

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"Esta decisão da bancada buscará expressar não os interesses da corporação, mas do corpo social na sua diversidade, nas suas carências, na afirmação de seu protagonismo", diz a nota divulgada pelo deputado em sua página do Facebook.

O deputado estadual eleito, Edilson Silva (PSOL), participou da reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano, nesta sexta-feira (9), para discutir o aumento das tarifas de ônibus. O reajuste foi confirmado pelo secretário das Cidades, André de Paula, e a tarifa do Anel A sobe para R$2,45Mas o psolista se posicionou contrário ao reajuste e se colocou ao lado dos estudantes.

“Fiz o que estava ao meu alcance como deputado eleito. Durante a reunião com o secretário das cidades, externei meu posicionamento, pedi o adiamento da medida, mas pelo visto não adiantou. No entanto, as ações dos movimentos sociais não estão sob nosso controle. Mas considero legitimo o direito da sociedade de protestar, exigindo que o reajuste seja revogado, e estou disposto a lutar ao lado do povo”, completou Edilson Silva.

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No início da semana, em entrevista ao Portal LeiaJá, o parlamentar criticou o reajuste das passagens e alertou sobre a possibilidade de impetrar uma ação contra o governador Paulo Câmara, o acusando de estelionato eleitoral. “Durante a campanha, o governador defendeu alguns projetos que consequentemente resultaram na sua vitória, como a manutenção do valor das passagens. Se as propostas não forem executadas, mostra que o governo não levou a sério sua propaganda e com isso podemos concluir que houve estelionato eleitoral”, cravou o deputado.

O novo secretário das Cidades, André de Paula, já adiantou que não há como fugir do reajuste das tarifas de ônibus e o assunto começa a movimentar a capital pernambucana. A primeira manifestação organizada pela Frente de Luta Pelo Transporte Público em Pernambuco está marcada para a próxima sexta-feira (9), com local e horário a serem definidos. Mas além da movimentação de grupos específicos, que prometem conseguir a adesão da classe trabalhadora, já que interfere diretamente no ‘bolso’ da população, o tema também ganhar repercussão política. 

As atividades no Legislativo Estadual só terão início em fevereiro, no entanto, o deputado estadual Edilson Silva (PSOL) já articula 'brigar' contra a decisão anunciada pelo governo sobre o aumento das passagens. O integrante da oposição encaminhou um oficio ao secretário das Cidades, lembrando que durante a campanha política Paulo Câmara havia defendido a manutenção da tarifa A e até mesmo a adoção do bilhete único. Em um trecho do documento, o psolista diz o seguinte: 

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“Deve ser de conhecimento desta Secretaria que o atual Governador do Estado, Sr. Paulo Câmara, quando de sua campanha eleitoral se comprometeu expressamente com a manutenção da tarifa mais utilizada pela população da RMR, o Anel A, no valor de R$2,15. Mais que isto, comprometeu-se em estabelecer a política do ‘Bilhete único’ para integração temporal e não mais em Terminais Integrados, num intervalo de tempo de até 3 (três) horas. Comprometeu-se, ainda, em extinguir os Aneis B e D. As peças publicitárias com estas promessas estão devidamente arquivadas em meio digital”, ressaltou em nota, defendendo que as medidas tomadas antes do início das atividades da Alepe não terão plena legitimidade. 

Uma das reivindicações do parlamentar era uma reunião com o secretário das Cidades para discutir a questão do aumento das tarifas e serviços oferecidos pelos transportes públicos no estado. Segundo o parlamentar, André de Paula foi solícito e o atendeu imediatamente, mas não sinalizou que o aumento das tarifas será cancelado. “Fiz um apelo a ele (secretário) para que levasse em consideração que a casa do povo está em recesso e também precisa ser consultada. Alertei sobre as promessas de campanha do governador, que falava em bilhete único e manutenção do valor da tarifa A, mas André de Paula adiantou que é preciso fazer um realinhamento das propostas”,  pontuou.

Segundo Edilson Silva, o encontro com André de Paula também serviu para abrir o diálogo com a Secretaria das Cidades, pois reconhece que o relacionamento com a pasta será extenso. “É importante começar a dialogar desde cedo com a Secretaria das Cidades, dada a relevância de assuntos que são de responsabilidade da pasta. Além da questão das tarifas de ônibus, o inquérito em andamento no Ministério Público, protocolado pelo vereador Raul Jungmann, que investiga as  viagens de ônibus que não estariam sendo entregues a população, nosso mandato também vai abordar a questão dos metrôs. Sou da oposição e vou me fazer presente nas reivindicações da sociedade”, defendeu o deputado.

O parlamentar ainda foi mais incisivo ao alertar que caso o governador eleito não cumpra as promessas de campanha pretende entrar com uma representação, acusando o Governo de estelionato eleitoral. “Durante a campanha, o governador defendeu alguns projetos que consequentemente resultaram na sua vitória, como, a manutenção do valor das passagens. Se as propostas não forem executadas, mostra que o governo não levou a sério sua propaganda e com isso podemos concluir que houve estelionato eleitoral”, cravou Edilson Silva, ressaltando que irá participar dos diálogos sobre o aumento das passagens ao lado dos estudantes e  exercendo a função como parlamentar. 

Os parlamentares que foram diplomados, esta sexta-feira (19), só assumirão o mandato em fevereiro, mas até lá a escolha da nova Mesa Diretora promete aguçar os ânimos dos novos integrantes da casa Joaquim Nabuco. A base governista é contra a reeleição do veterano Guilherme Uchoa (PDT), que pretende ficar à frente do legislativo estadual pelo 5° biênio. 

A bancada de oposição pode ser decisiva nesta disputa. Uchoa possui a simpatia dos deputados integrantes do bloco que conseguiram se reeleger, como Teresa Leitão (PT) e Silvio Costa Filho (PTB). Mas até o momento os oposicionistas preferem não manifestar o apoio. “A reeleição de Guilherme Uchoa foi discutida mais ainda não foi fechada”,  afirmou Teresa Leitão. O possível comandante da bancada, Silvio Costa Filho, confirmou a indecisão do grupo, porém ressaltou que a escolha só será tomada após a oficialização das candidaturas.  “A bancada de oposição, hoje, tá muito dividida. Mas diante das candidaturas em tese posta, o deputado Guilherme Uchoa tem um grande apoio da oposição da Assembleia”, pontuou o petebista. 

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No entanto, o principal opositor de Uchoa deve ser o estreante, Edilson Silva (PSOL), que não descarta a possibilidade de se candidatar à presidência da Alepe. De acordo com o parlamentar,  os arranjos políticos podem ser decisivos para o seu ingresso na disputa.  “Não queremos nos colocar nos holofotes, nesse momento. Mas considero que um quinto mandato de Guilherme é muito negativo para a Assembleia, que é um Poder independente. Além do mais, ele também pode ser a escolha do governo para a presidência.  Diante do atual cenário e possíveis arranjos, não descarto a possibilidade de me lançar candidato”, cravou. 

A possibilidade de um novo nome para a disputa não é criticada por Silvio Costa Filho, que adiantou que os integrantes da oposição serão democráticos na escolha.  “Vamos dar liberdades para que todos possam expressar suas opiniões, tendo em vista que defende o nome de Guilherme e outros defendem o nome de outra pessoa. O nosso intuito é que nós respeitemos as posições na Assembleia Legislativa, para que possamos chegar à conclusão de quem será o melhor presidente para representar o Poder”, concluiu o deputado, ressaltando que a oficialização do nome que receberá o apoio da oposição será apresentado entre o dia 10 e 15 de janeiro.

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) negou nesta quinta-feira, 18, que esteja largando o PSOL para se filiar ao PT. "Eu tenho tido muitas divergências com o PSOL, é notório, mas eu não vou desistir do PSOL. O PSOL tem que desistir de mim primeiro", disse.

Antes da definição de Luciana Genro como candidata do partido à Presidência, Randolfe chegou a oferecer o próprio nome como pré-candidato, mas desistiu, por considerar que "não unia o partido". Perguntado se teria sido sondado por Lula, o senador respondeu: "O presidente Lula é um ótimo namorador. Mas eu continuo no PSOL".

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A ‘novidade’ do legislativo estadual pode dificultar os planos de Guilherme Uchoa (PDT), de permanecer à frente do legislativo estadual. O deputado eleito, Edilson Silva (PSOL), adiantou que apoia o parecer designado pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que aponta inconstitucionalidade na reeleição do pedetista na presidência da Alepe. 

Edilson Silva diz que poderá mover uma ação contra o parlamentar, mas não pretende agir de forma isolada e vai buscar reforço dos demais oposicionistas. “Vou buscar sensibilizar e convencer os deputados de que a reeleição do atual presidente, além de ser politicamente muito desgastante para a Casa, é inconstitucional, como agora está provado. Se não houver este respaldo, não descartamos a via judicial, na qual esperamos estar irmanados com outros parlamentares e instituições da sociedade civil, como a própria OAB", ressaltou. 

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De acordo com o parecer da Comissão de Estudos Constitucionais (CEC), a reeleição de Uchoa viola a Emenda Constitucional (EC) 33, de 2011, que estabelece que os membros da Mesa Diretora que tiverem dois mandatos não podem ser reconduzidos a um terceiro. O parecer foi aprovado, por unanimidade, pelo Conselho Pleno da OAB-PE, que poderá judicializar a questão se a Alepe considerar válida a permanência de Guilherme Uchoa no próximo biênio. 

Os cinco deputados estaduais eleitos pelo PSOL no Rio engrossaram nesta segunda-feira, 15, o coro pela cassação do deputado federal reeleito Jair Bolsonaro (PP-RJ), durante cerimônia de diplomação dos vencedores das eleições, no plenário da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Quando o militar da reserva foi chamado para receber seu diploma, os parlamentares do PSOL se viraram de costas e exibiram cartazes com os dizeres: "A violência contra a mulher não pode ter voz no Parlamento", em referência ao discurso de Bolsonaro na Câmara, na semana passada, em que o militar disse que só não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS) porque ela "não merece".

O movimento foi liderado pelo deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), segundo deputado mais votado no Rio, com 350.408 votos. Em primeiro lugar ficou Bolsonaro, mas para a Câmara dos Deputados: 464.572 votos. Por uma determinação do cerimonial do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), Freixo ficou ao lado de um dos filhos de Bolsonaro, Flávio, também reeleito.

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Somente uma cadeira separava os dois: nela estava o deputado e apresentador de programa policial na TV Record Wagner Montes (PSD). Além de Freixo, participaram do protesto os deputados Doutor Julianelli, Eliomar Coelho, Flávio Serafini e Paulo Ramos.

Companheiros de Bolsonaro no Congresso Nacional, Jean Wyllys e Chico Alencar (ambos do PSOL) não ergueram os cartazes dentro do plenário; só depois, ao posar para fotos com os correligionários na escadaria da Alerj. Segundo Freixo, Wyllys e Alencar já fizeram sua parte em Brasília, com a ação conjunta (com PT, PC do B e PSB) contra Bolsonaro no Conselho de Ética da Câmara, por quebra de decoro parlamentar. "É importante haver diversidade no parlamento, mas o discurso que leva ao crime é inaceitável. O parlamento não pode ser espaço para propagação do ódio", disse Freixo.

Ao sair da cerimônia, Bolsonaro chamou o deputado do PSOL de "frouxo". "Ele deveria ter 'botado' uma melancia no pescoço para aparecer. O que esse idiota tem para apresentar à sociedade?", disse o deputado federal.

Atrasados

Chamado à frente do plenário para receber o diploma, Romário (PSB-RJ) não estava lá. Eleito senador com mais de 4,6 milhões de votos, o ex-jogador só chegou minutos depois. O mesmo aconteceu com outros deputados, como Clarissa Garotinho (PR-RJ), que recebeu a segunda maior votação para deputado federal, e parlamentares reeleitos, como Jandira Feghali (PC do B) e Chico Alencar (PSOL).

O presidente do TRE-RJ, desembargador Bernardo Garcez, não permitiu que os retardatários pegassem seus diplomas ao fim da cerimônia: antes da posse, em 1º de janeiro, eles terão mais uma oportunidade para a diplomação. Alencar afirmou não ter recebido o convite do TRE-RJ para a cerimônia. "Só na manhã de hoje liguei para o TRE-RJ e obtive as informações. Não foram pontuais para me entregar o convite. E outros parlamentares tiveram o mesmo problema", disse o deputado do PSOL.

Também hoje, o Ministério Público Eleitoral anunciou ter ajuizado a quarta ação por abuso de poder contra o governador reeleito Luiz Fernando Pezão (PMDB), desta vez por uma excursão que teria levado alunos de ensino médio de um colégio de Três Rios, no Sul Fluminense, para um comício na quadra da escola de samba Vila Isabel, na Zona Norte do Rio. Filho do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), o deputado federal eleito Marco Antônio Cabral (PMDB) também é alvo da ação. Amanhã, o MPE deve ajuizar nova ação contra o governador, desta vez por suposto uso irregular de uma gráfica.

Também diplomado, Pezão minimizou as ações. "É direito de se pedir, de zelar pela igualdade no pleito, mas também tenho direito de me defender", afirmou o governador. Pezão disse que vai anunciar amanhã seu secretariado e adiantou: o PT não terá nenhum cargo. Na eleição, o partido teve candidato próprio, o senador Lindbergh Farias, e, no segundo turno, apoiou o candidato de oposição a Pezão e Cabral, o também senador Marcelo Crivella (PRB). "Tenho a melhor convivência possível com a bancada do PT na Assembleia, vou recebê-los, mas neste primeiro momento participará do meu governo quem esteve na minha aliança no primeiro turno". O PSDB, por outro lado, estará presente, segundo o governador.

A sede do Partido Socialista e Liberdade (PSOL) foi atacada por vândalos que picharam uma grande suástica no portão que dá acesso à sala de reuniões do partido, em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. A pichação veio acompanhada da frase: "Nós temos armas e vcs?". A Polícia Civil vai investigar o caso, registrado nesta sexta-feira como ameaça pelo delegado Amauri Scheffer de Oliveira, do 3º Distrito Policial de Rio Preto.

A pichação foi constatada ainda na noite de ontem por um integrante que avisou o presidente do diretório local, Pedro Roberto Gomes. "Estamos assustados, porque se trata de uma agressão", afirmou Gomes. "Já nos agrediram outras vezes, mas não com uma ameaça dessas", completou. "É uma coisa desagradável pois não se trata de qualquer desenho e tem uma frase assustadora pichada justamente na sede do partido, bem na porta que dá acesso à sala de reuniões", explicou Gomes.

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É a primeira vez que um símbolo nazista é pichado na sede de um partido em Rio Preto, mas não é a primeira ação semelhante contra o PSOL. "Há cerca de dez dias, um militante de nosso partido, um professor, teve a parede da casa dele pichada com uma suástica", contou Gomes. "Suspeitamos que seja a mesma pessoa, pois as letras são parecidas, mas não sabemos dizer de quem se trata", completou o dirigente.

Gomes disse que as datas das duas pichações se coincidem com a discussão sobre a eleição da presidência da Câmara Municipal de São José do Rio Preto. "A primeira foi bem próxima do dia que fizemos uma manifestação feita contra os procedimentos suspeitos realizados pela Câmara para eleição do seu presidente. E a segunda, foi próxima da própria eleição para presidente, realizada na última terça-feira, 2", comentou. "Não estou acusando ninguém, mas há essa coincidência", afirmou.

Segundo o presidente do PSOL, o partido tem incomodado muitos políticos locais com as manifestações dos jovens sobre assuntos polêmicos. "Nossos militantes sempre estão na rua, em panfletagem, em mobilizações, como da discussão sobre a Presidência da Câmara. Pode ser que isso esteja relacionado com as agressões, mas não temos como afirmar isso", disse. Na próxima semana, o Instituto de Criminalística deverá analisar as duas pichações para saber se foram feitas pela mesmo pessoa.

O atual presidente da Câmara Municipal, Paulo Paléra (PP), diz que condena a pichação. "Isso é um absurdo. É uma agressão contra a democracia, contra os partidos de nossa cidade, com ou sem representação na Câmara", afirmou. No entanto, Pauléra disse não crer na relação da pichação com a sua sucessão. "Aqui são os vereadores que votam, além disso, o PSOL nem tem representação nesta Casa, não há vereador do partido aqui", afirmou. "Não se trata disso, com certeza", concluiu. O presidente eleito da Câmara, Fábio Marcondes (PR), disse desconhecer a pichação. "Nem sabia disso (pichação) nem sabia que o PSOL tem sede em Rio Preto, não sei onde fica essa sede e não sei quem é seu presidente. Não tem nada a ver uma coisa com a outra", afirmou.

O deputado estadual eleito pelo PSOL, Edilson Silva, iniciou, neste sábado (15), uma série de encontros para a construção do mandato parlamentar que começa a cumprir a partir de fevereiro de 2015. A discussão das temáticas, segundo Silva será para nortear as propostas e defesas que levará a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). 

O primeiro assunto da Reunião de Núcleos Temáticos, como o psolista intitulou a iniciativa, foi o direito dos animais e a prática do veganismo. “Só tomaremos posse em fevereiro do ano que vem, mas já estamos nos organizando para nossa atuação parlamentar”, disse nas redes sociais. “Não vamos esperar a posse em fevereiro para iniciar esta organização, por isso vamos gradativamente iniciando este trabalho”, completou o deputado eleito. 

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Edilson Silva foi eleito em outubro com 30.300 votos e é o primeiro membro do PSOL a ocupar uma vaga na Alepe. Entre os compromissos já firmados pelo pernambucano para o legislativo está a “fiscalização com rigor”, já que faz parta da oposição ao Governo do Estado, e o cumprimento de apenas um mandato, sem reeleição. 

A bancada de oposição da Assembleia Legislativa esteve reunida, na última quarta-feira (5), com os deputados que integrarão o grupo a partir de 2015. Um dos temas da discussão foi a composição da mesa diretora da casa. O deputado eleito pelo PSOL, Edilson Silva, será um dos integrantes da bancada, no próximo ano. Durante a reunião ele externou sua opinião sobre a participação de integrantes da oposição, na mesa diretora. 

“A Assembleia Legislativa é um parlamento e não um anexo ao palácio do governo. Existe um jogo político legítimo de ocupação de espaços e é justo que a oposição tenha no mínimo três vagas na Mesa Diretora, isto é um consenso na bancada oposicionista. Caso contrário a Casa iria se tornar apenas uma carimbadora do Executivo”, defendeu o psolista, ressaltando que acha razoável que a oposição ocupe pelo menos três cargos na Mesa Diretora da Alepe. 

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Até a data da posse, a oposição da Alepe pretende se reunir quinzenalmente. O próximo encontro está previsto para o dia 19 de novembro. Após a primeira reunião, Edilson utilizou sua página no facebook para relatar sua impressão sobre o papel da oposição em 2015. “Nada foi fechado, apenas impressões foram trocadas, mas a minha primeira impressão é que este bloco de oposição, se souber trabalhar a sua heterogeneidade, poderá potencializar suas partes componentes, de forma a se ter um resultado final positivo para a sociedade pernambucana”, publicou Edilson Silva. 

Um dos poucos partidos a apoiar a manutenção do decreto presidencial que instituiu a Polícia Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema Nacional de Participação (SNPS), o Psol anunciou nesta quarta-feira, 28, que vai protocolar um projeto com conteúdo similar à iniciativa do governo.

Nesta terça-feira, 28, a presidente reeleita Dilma Rousseff teve a primeira derrota na Câmara após a vitória no segundo turno, ao ver o decreto derrubado pelos parlamentares. De iniciativa dos deputados Chico Alencar (Psol-RJ) e Jean Wyllys (Psol-RJ) e do líder da legenda na Casa, Ivan Valente (SP), o projeto prevê poucas mudanças no texto da administração federal.

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A bancada pedirá regime de urgência na tramitação. De acordo com Chico Alencar, Wyllys e Valente, a nova proposta retira a indicação política dos conselhos, uma vez que a nomeação dos coordenadores deixa de ser prerrogativa do Poder Executivo e passa a ser dos membros dos conselhos.

"O sistema se autogere, não tem participação do governo", explicou o deputado do Psol de São Paulo. A proposição estabelece ainda a paridade obrigatória na composição dos conselhos entre integrantes da sociedade civil e do Executivo, sugere a convocação de conferências a cada dois anos e determina que o comitê gestor passe a ser organizado pelo sistema. "O álibi da interferência do governo não existe mais", emendou.

Wyllys rebateu as críticas de que o decreto "usurparia" as prerrogativas do Congresso. "Um dos argumentos levantados era de que isso era prerrogativa do Legislativo. Já que esse é o problema, tomamos a iniciativa nós", justificou. Nesta terça-feira, o PT contou apenas com o apoio do PC do B, parte do Pros e do Psol em defesa do decreto presidencial.

Nesta quarta-feira, o líder do PT na Câmara, Vicentinho (PT), lamentou a suspensão do decreto que criou novas instâncias de participação popular. "Deixa-se de avançar na participação direta da sociedade", concluiu. Editado no fim de maio, o decreto de Dilma - apesar de não criar novos conselhos populares - estabelece que órgãos e entidades da administração pública federal, direta e indireta, deverão ouvir instâncias de participação social para a formulação de políticas públicas. O mesmo valeria para agências reguladoras.

Desde que foi publicada, a medida foi bombardeada pela oposição e por integrantes da base (principalmente o PMDB), que a acusaram de ferir prerrogativas do Parlamento e de ser "bolivarianista".

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