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A direção do PSOL em Pernambuco divulgou uma nota, nesta terça-feira (7), rebatendo as críticas do ex-deputado estadual Edilson Silva e da ex-presidente estadual do partido Albanise Pires, que anunciaram a desfiliação da legenda nessa segunda-feira (6). No texto, a direção diz que não foi uma surpresa o desembarque dos dois e de mais três pessoas, apesar de não ter sido comunicada formalmente.

Edilson, Albanise e os demais acusaram a direção do PSOL-PE de perseguição, mesquinhez e desejo de apagar a história de militantes históricos.

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A nota observa que o grupo já não frequentava mais os espaços deliberativos da legenda “se ausentando completamente da vida partidária” já há alguns meses e  pontua que, ao contrário da acusação de perseguição feita por eles, a direção “respeita a democracia interna”.

“O nosso partido tem um compromisso firme com a democracia interna, sendo garantido espaço a todas e todos, inclusive no processo eleitoral, no qual foi garantida a igualdade de inserção de TV de todas as figuras públicas do partido”, diz a nota. No comunicado da desfiliação, o grupo diz que Edilson sofreu com a falta de tempo de TV na campanha em busca da reeleição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Além disso, a direção do PSOL de Pernambuco ressalta que cresceu com a eleição de 2018 e “vem cada vez mais atraindo diversos setores dispostos a trabalhar pela reorganização do campo da esquerda”.

“Ao passo que respeitamos a decisão das/os que optaram por sair de nossa legenda, reafirmamos o PSOL como um dos principais instrumentos de luta e de resistência contra a  reforma ultraliberal que ataca a seguridade social e beneficia o capital financeiro, combatendo todos os retrocessos que governos conservadores tentam implantar no país”, ressalta a nota.

Confira a nota na íntegra:

NOTA DO PSOL PERNAMBUCO SOBRE A DESFILIAÇÃO DE ALBANISE PIRES E EDILSON SILVA

A Direção Estadual do Partido Socialismo e Liberdade em Pernambuco recebeu, sem surpresa, a notícia da da saída dos ex-dirigentes Edilson Silva e Albanise Pires, Gaby Conde entre outros, do seu quadro de filiados.

Apesar de não terem comunicado formalmente as instâncias, o partido tem percebido o afastamento deste grupo político da nossa sigla, uma vez que já há alguns meses os mesmos não frequentavam mais os espaços deliberativos da legenda, se ausentando completamente da vida partidária.

O nosso partido tem um compromisso firme com a democracia interna, sendo garantido espaço a todas e todos, inclusive no processo eleitoral, no qual foi garantida a igualdade de inserção de TV de todas as figuras públicas do partido.

O PSOL cresceu consideravelmente no estado, tendo nossa candidata ao governo em 2018 recebido quase 5% dos votos válidos, além da votação recorde das Juntas Codeputadas estaduais, todas mulheres e em sua maioria negras e vem cada vez mais atraindo diversos setores dispostos a trabalhar pela reorganização do campo da esquerda.

Ao passo que respeitamos a decisão das/os que optaram por sair de nossa legenda, reafirmamos o PSOL como um dos principais instrumentos de luta e de resistência contra a  reforma ultraliberal que ataca a seguridade social e beneficia o capital financeiro, combatendo todos os retrocessos que governos conservadores tentam implantar no país.

As pautas historicamente defendidas pela esquerda brasileira seguem sendo as nossas principais bandeiras. Seguimos sonhando e construindo uma sociedade mais justa, livre e igualitária.

O ex-deputado estadual Edilson Silva anunciou sua desfiliação do PSOL. Além dele, a ex-presidente estadual Albanise Pires e mais três militantes deixam o partido. Em nota divulgada na noite dessa segunda-feira (6), o grupo pontua que a atual direção da legenda, que tem como presidente Severino Biu, está "voltando suas energias para perseguir militantes e lideranças do próprio partido". 

No texto, eles alegam que "a intenção com estas perseguições e menosprezo por lideranças que sempre se colocaram à disposição do partido tem o nítido propósito de criar um ambiente inabitável para os que supostamente ameaçam a hegemonia dos que hoje formam o condomínio de poder neste partido no Estado".

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O grupo também faz um balanço das eleições de 2018 e lista que não houve espaço no pleito para nomes como o de Albanise Pires despontar na disputa. Ela concorreu ao cargo de senadora, em uma chapa majoritária formada apenas por mulheres. O comunicado cita também a falta de recursos para a campanha à reeleição de Edilson, que foi o primeiro nome do PSOL a conquistar um mandato no legislativo estadual. Tanto Albanise quanto Edilson são fundadores do partido em Pernambuco.

"Não recebeu da direção estadual nenhum recurso para desenvolver sua campanha, somado ao fato desta mesma direção estadual buscar na Justiça o pagamento de débitos irreais do agora ex-deputado", conta o texto, que aponta ainda a existência de uma resolução que torna Edilson Silva inelegível pela legenda.

"São fatos que demonstram uma mesquinhez que não se coaduna com a palavra de ordem 'ninguém solta a mão de ninguém'. No PSOL em Pernambuco estão decepando mãos. No caso, de referências negras e mulheres", alfineta a nota acrescentando. 

Com um tom duro e ácido, o grupo observa ainda que as novas lideranças chegadas ao partido querem "apagar rostos, biografias, estabelecendo narrativas em que jogam na lata do lixo da história os duros momentos de construção deste partido em Pernambuco" e pontua que o partido se tornou um "ambiente tóxico".

Por fim, Edilson, Albanise, Gabrielle Conde, George Souza e Gilberto Borges (Gojoba) - todos ex-membros de Executivas do PSOL - afirmam que vão continuar na luta e anunciam a criação de um coletivo chamado Refazendo para seguir na "resistência popular e encontrando caminhos para a construção de uma democracia adequada ao nosso tempo, uma sociedade humanista e libertária". 

Confira o texto na íntegra:

PORQUE SAÍMOS DO PSOL E PARA ONDE VAMOS

Os que assinamos este manifesto somos fundadores/as do PSOL, dirigentes e militantes que nos somamos no transcorrer da caminhada de construção deste partido em nível nacional e em Pernambuco.

No momento em que o PSOL pode e deve exercitar sua máxima generosidade política, frente ao crescimento da extrema direita no país e no mundo, e quando o partido aumenta substancialmente seu fundo partidário e eleitoral, lamentavelmente a direção do partido em Pernambuco faz o oposto, voltando suas energias para perseguir militantes e lideranças do próprio partido. A intenção com estas perseguições e menosprezo por lideranças que sempre se colocaram à disposição do partido tem o nítido propósito de criar um ambiente inabitável para os que supostamente ameaçam a hegemonia dos que hoje formam o condomínio de poder neste partido no Estado.

A falta de espaço no processo eleitoral de 2018, constrangendo uma liderança histórica do partido  como Albanise Pires; uma liderança e referência emergente como Gaby Conde; o então deputado Edilson Silva, que teve a aparição de seu nome e número negados pela direção do partido nas propagandas na TV e Rádio e não recebeu da direção estadual nenhum recurso para desenvolver sua campanha, somado ao fato desta mesma direção estadual buscar na Justiça o pagamento de débitos irreais do agora ex-deputado, são fatos que demonstram uma mesquinhez que não se coaduna com a palavra de ordem “ninguém solta a mão de ninguém”. No PSOL em Pernambuco estão decepando mãos. No caso, de referências negras e mulheres.

O balanço eleitoral de 2018, feito pela direção partidária, demonstra também que um dos objetivos desta maioria política que se instalou, em sua amplíssima maioria recém-chegados ao PSOL, é apagar a história do partido no Estado e com isso apagar também a memória das referências políticas desta história. Querem apagar rostos, biografias, estabelecendo narrativas em que jogam na lata do lixo da história os duros momentos de construção deste partido em Pernambuco, quando não se tinha fundo partidário, quando era quase impossível se fazer uma oposição à esquerda à avassaladora hegemonia local da Frente Popular, com lideranças como João Paulo na Prefeitura do Recife, Luciana Santos em Olinda, Eduardo Campos no governo estadual e Lula na presidência.

O PSOL em Pernambuco tornou-se assim um ambiente tóxico para os que estão desalinhados com esta postura. Membros da direção alardeiam que há resolução interna, secreta, pois não publicada, que torna o ex-deputado Edilson Silva inelegível pela legenda.

Diante de tais posturas, principalmente, mas também por compreender que isto revela uma limitação estratégica, de não visualizar os ataques que a extrema direita e a direita tradicional estão desferindo contra o povo, como a reforma da previdência, a guerrilha cultural e institucional contra a educação pública e laica, a reforma eleitoral que estabelece cláusulas de barreira que impõe aos partidos menores zelar pelos seus quadros públicos, dentre tantos outros pontos, decidimos nos afastar do PSOL, nos desfiliando.

Apesar de tudo, deixamos no partido grandes amizades e respeito enorme por muitas de suas lideranças, sobretudo nacionais. E reconhecemos os esforços da Direção Nacional no sentido de dirimir atritos, mas também reconhecemos a sua impotência diante de um partido que se digladia em lutas internas autofágicas, que estão fazendo o partido experimentar perda de quadros políticos importantes. Não fosse o destempero e miopia da direção partidária em Pernambuco, sabemos que teríamos condições de seguir militando, mesmo com diferenças, no PSOL. Por isso seguimos entendendo o PSOL como um partido importante da esquerda brasileira e uma organização com a qual nos encontraremos nas lutas sociais e nos arranjos políticos necessários para a ampla unidade dos que pugnam por justiça social e liberdade.

Seguiremos na luta, pois esta é nossa essência. Vamos sugerir inicialmente aos que conosco caminham a criação de um Coletivo, cuja proposta de nome é COLETIVO REFAZENDO, com o qual seguiremos militando, dialogando com a população, com a militância, produzindo análises, nos somando à resistência popular e encontrando caminhos para a construção de uma democracia adequada ao nosso tempo, uma sociedade humanista e libertária.

A denominação REFAZENDO sugere para nós repensar as estratégias da esquerda diante de uma sociedade que se digitalizou e cuja consequência mais visível até aqui foi colocar em discussão a própria marcha civilizatória da humanidade, com forças de extrema direita emergindo em todos os continentes, o que exige de nós refazer diagnósticos e caminhos. Sugere também refazer posturas na micro e macro política, na disputa de hegemonia, sem os conhecidos preconceitos e arrogâncias das esquerdas mais radicais. Este é o início do debate ideológico e político que queremos e vamos fazer com os que conosco militam e que nos dão audiência.

Recife, 06 de maio de 2019

Albanise Pires - Ex-Executiva Nacional e Ex-Presidente do PSOL PE

Edilson Silva - Ex-Executiva Nacional e Ex-Presidente do PSOL PE 

Gabrielle Conde - Ex-Executiva Estadual PSOL PE

George Souza - Ex-Executiva PSOL Recife

Gilberto Borges (Gojoba) - Ex-Executiva Estadual PSOL PE

O ex-deputado estadual Edilson Silva, e a ex-presidente do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em Pernambuco, Albanise Pires, além da também ex-dirigente estadual Gaby Conde, dentre outros filiados, anunciaram nesta segunda-feira (6) suas desfiliações da legenda.

A principal alegação são as perseguições e constrangimentos constantes por parte da maioria da direção estadual. Edilson e Albanise, inclusive, são fundadores do partido, além de membros da Executiva Nacional da sigla. Os desfiliados do PSOL pretendem manter-se unidos em um Coletivo local, a partir do qual manterão debates, elaboração de análises políticas e, principalmente, atuarão na “resistência contra o governo Bolsonaro, a prioridade política número um do coletivo que surge”.

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Sobre 2020, segundo Edilson, o grupo deve debater isto coletivamente, mas é certo que terá candidatura proporcional no Recife, o que importará em buscar um novo partido após um amplo diálogo. Apesar das críticas à direção estadual, os agora ex-psolistas fazem referência elogiosa à Direção Nacional do partido, deixando claro que o litígio é sobretudo local, mas que também há divergências de natureza política com a situação nacional do partido.

Edilson foi fundador do partido, candidato ao governo do Estado por duas vezes e à Prefeitura do Recife também por duas vezes. Era, até então, o integrante mais antigo da Direção Executiva Nacional, desde 2004, quando o PSOL ainda era uma legenda provisória em processo de fundação.

Foi o primeiro parlamentar eleito pelo PSOL em Pernambuco, para o cargo de deputado estadual em 2014, não se reelegendo e argumentando que o fato do partido lhe negar espaço na propaganda de rádio e TV foi fundamental para a não reeleição.

Albanise Pires também é fundadora do PSOL, desde 2003, quando das primeiras reuniões preparatórias para a formação do partido. Sempre ocupou a Executiva Estadual desde então, chegando a presidir o partido no Estado até 2017. Era membro do Diretório Nacional e foi membro da direção executiva Nacional por duas gestões. Foi candidata a vice prefeita do Recife pelo PSOL, estava como primeira suplente de vereadora no Recife e teve 142 mil votos para o Senado em 2018.   

Gaby Conde, arte educadora e militante da cultura popular, era membro da direção Executiva Estadual, estreou como candidata a deputada federal em 2018, obtendo quase 7 mil votos.

Com os pedidos de registro de candidatura finalizados, a disputa pelas duas vagas de Pernambuco no Senado Federal fechou com 12 candidatos. Deles, nove declararam a posse de bens à Justiça Eleitoral sendo quatro postulantes milionários. De acordo com os dados disponibilizados pelo DivulgaCand, os maiores patrimônios são dos deputados federais Bruno Araújo (PSDB), Jarbas Vasconcelos (MDB), Mendonça Filho (DEM) e Silvio Costa (Avante). 

Dos quatro, o mais rico é Bruno, que declarou ter um total de R$ 5.160.732,02 em bens. O valor é quase onze vezes a mais do que o apresentado [R$ 480,4 mil] pelo tucano na primeira eleição que disputou em 2006. Já em 2014, quando concorreu pela última vez para deputado federal, o ex-ministro das Cidades disse possuir um patrimônio de R$ 3,1 milhões.  

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Logo em seguida na lista dos mais ricos aparece Jarbas, com uma declaração de R$ 1.687.249,59. O montante é maior do que em 2006, quando o emedebista disse ser dono de R$ 878, 6 mil em bens, contudo, menor do que o declarado no pleito de 2014, quando o ex-senador afirmou ter R$ 2 milhões em posses. 

O ex-ministro da Educação é o terceiro no ranking, com R$ 1.333.854,66. A diferença do patrimônio em relação a eleição de 2006, quando esteve disputado o cargo de governador, não é tão grande, uma vez que o democrata já tinha R$1.016.437,58 naquele ano. Agora, em 2014 os dígitos eram maiores, com pouco mais de R$ 1, 6 milhão em bens. 

Também entre os milionários está Silvio Costa com um patrimônio declarado de R$1.314.633,06. Em 2006, segundo a Justiça Eleitoral, o deputado não declarou nenhum bem, já em 2014 afirmou ser dono de R$1.059.430,23. 

Outras declarações

A candidata a senadora pelo PSOL, Albanise Pires, tem R$ 406,5 mil em bens. O patrimônio dela é ainda maior do que o do senador Humberto Costa (PT) que busca a reeleição e disse ter a posse de R$ 382,5 mil. Já a candidata do Pros, Lídia Brunes declarou ter R$116 mil e Adriana Rocha (Rede) R$114 mil. O postulante à Casa Alta com o menor patrimônio apresentado à Justiça Eleitoral é Helio Cabral (PSTU). Ele disse ser dono de R$ 7 mil em bens. 

Os candidatos Eugênia Lima (PSOL), Gilson Lopes (PCO) e Pastor Jairinho (Rede) não declararam patrimônio. 

A chapa feminista do PSOL que disputará o Governo de Pernambuco inicia, nesta terça-feira (22), às 19h, uma série de encontros programáticos para coletar ideias que devem basear o programa de governo da pré-candidata Dani Portela. A primeira reunião da iniciativa será em Garanhuns, no Agreste, e serão discutidas políticas públicas para a população LGBTI+. 

De acordo com Dani, que mediará o debate, a intenção é coletar propostas para fomentar o projeto “Se a gente governasse Pernambuco?”, que também pode ser acessado por meio de uma plataforma online. Além da pré-candidata a governadora, também participam do evento a travesti e estudante de ciências sociais Amanda Palha, pré-candidata a deputada federal pelo PCB; o sociólogo Well Leal; e o professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco e doutor em Letras, João Batista Martins de Morais. 

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Outros eventos para discutir temas como orçamento, comunicação, combate ao racismo, mobilidade, trabalho, saúde e educação devem acontecer nos próximos meses em outras cidades pernambucanas. A chapa é composta ainda por Gerlane Simões, como vice-governadora; e as pré-candidatas a senadoras Albanise Pires e Eugênia Lima. 

O PSOL lançou, nesta sexta-feira (22), a chapa majoritária que disputará as eleições em Pernambuco no próximo ano. A proposta, de acordo com a legenda, é de concorrer ao Governo e ao Senado apenas com pré-candidaturas “femininas e feministas”. A escolha pela estratégia, segundo o presidente estadual Severino Alves, foi tomada a partir da avaliação de que “a opressão de gênero é uma das maiores injustiças que já tivemos”.

“Neste sentido, o partido tomou como decisão política e como um gesto para a sociedade atual a escolha de que a nossa chapa vai ser composta por companheiras mulheres”, declarou, ao abrir a coletiva que oficializou a apresentação da chapa que é composta pela advogada e historiadora Danielle Portela, na disputa pelo Palácio do Campo das Princesas, além de Albanise Pires e Eugênia Lima, que concorrem às vagas de senadoras.

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A postura de Severino, entretanto, não é predominante dentro e fora do PSOL. Segundo Albanise, depois que houve a divulgação da composição nessa quinta (21), o lugar de protagonistas não “está sendo cedido facilmente”. “Tivemos uma reunião que durou cerca de seis horas. Terminei o dia com hematomas na alma ontem. O que eu li nas redes sociais não deveria estar escrito em nenhum outro lugar. Queremos que esta chapa seja abraçada por todos e todas”, declarou.

Apesar das reações, Albanise destacou a ousadia da legenda em quebrar o “patriarcado” político pernambucano. “Não é qualquer partido que tem a coragem de apresentar, dentro de uma conjuntura de golpe machista, de uma lógica da política pernambucana que os homens decidem pelo partido, essa grandeza de formar uma chapa de mulheres”, salientou.

O mesmo foi reforçado por Eugênia ao observar que “lugar de mulher também é na política”. “Enquanto mulher temos o preconceito do partido, fora do partido e na sociedade. É muito ousado a gente travar este espaço, estar aqui como candidata e participar da política. O meu lugar enquanto mulher é na política também. O desafio da eleição não é apenas chegar lá, mas é como chegar lá. O desafio da gente enquanto esquerda é se comunicar para desmistificar a política”, cravou.

Reforçando o que já havia adiantado ao LeiaJá nessa quinta, Danielle Portela disse que “o PSOL se dispôs a dar um passo à frente entendendo que as mulheres podem ter um papel fundamental”. “Nosso lugar é aqui na política sim. Foi dito que nós seríamos peças de xadrez nas mãos dos homens do partido, mas estamos aqui para fazer uma verdadeira revolução”, garantiu.

Uma proposta de governo feminista

A pré-candidata a governadora disse também que o momento é propício para olhar aos problemas do Estado pela ótica da mulher. “Queremos ocupar este espaço para chamar a atenção, por exemplo, ao número alarmante de estupros, feminicídio e agressões nos mais de 5 mil números de homicídios em Pernambuco [segundo dados até novembro]. Isso é uma exceção que queremos fazer virar regra. Queremos um espaço que é nosso. Não será dado, vem com luta”, disse.

Segundo Danielle, a partir de janeiro a chapa vai iniciar um giro pelo estado para construir o programa de governo. “Vamos começar a estruturar a construção coletiva de um programa. Não temos como lançará um programa engessado. Vamos propor vários espaços de discussão do interior a capital para que o partido time corpo e comecemos a olhar mais para todo o estado.  Em janeiro começamos a organizar isso”, pontuou, dizendo que foi montado um grupo de trabalho com este intuito.

Sem desconforto com Ivan Moraes

Durante a coletiva as integrantes da chapa também rebateram a afirmação de que o nome do vereador do Recife, Ivan Moraes, teria sido rifado para a corrida eleitoral. “Não tínhamos discordância de que o nome dele é relevante, mas a proposta não é de nome, vai além. Não é personalista. Não existe desconforto. Em prol de um projeto maior que a gente faz esta proposta revolucionária”, argumentou Danielle Portela.

Ivan havia colocado seu nome à disposição do PSOL para concorrer ao cargo de governador. Danielle disse ter conversado com o vereador para desmistificar o desconforto e pontuou que elas têm o apoio dele na disputa.

“É notório que com Ivan teríamos um ponto de partida, mas a decisão da chapa mostra que é fundamental que a gente rompa os elementos machistas formando uma chapa feminista nos norteia. A eleição também é importante para romper paradigmas. Este será um marco na política do estado”, argumentou o presidente da legenda. 

O PSOL descartou uma eventual aliança com o PT para a disputa pelo Governo de Pernambuco em 2018. A legenda lançou, nesta sexta-feira (22), uma chapa majoritária com três pré-candidaturas - uma ao Governo e duas ao Senado - deixando em aberto a vaga de vice que, de acordo com a direção estadual, deve ser ocupada por algum representante do PSTU ou do PCB, partidos com os quais o PSOL iniciará um diálogo visando a concretização de uma aliança.  

Os rumores de que a legenda psolista poderia marchar junto com o PT foi negado pela pré-candidata ao Senado e dirigente estadual da legenda, Albanise Pires. “Oficialmente não existe nenhuma conversa com o PT. No Congresso fechamos a direção de apenas nos coligar com os partidos da esquerda tradicional, ou seja, PSTU e PCB”, detalhou.

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Segundo Albanise, o PSOL torce, inclusive, para que a candidatura da vereadora do Recife Marília Arraes (PT) seja concretizada. “Ela é uma mulher muito guerreira, torcemos para que ela também saia como candidata”, frisou. Mas ao ser indagada sobre ter alguma das pré-candidatas como vice de Marília, Albanise sentenciou: “os três nomes colocados são irretiráveis”.

Além de Albanise, a ex-candidata a vereadora de Olinda, Eugênia Lima, também disputará uma vaga ao Senado. Já a liderança da majoritária está sob a batuta da advogada e historiadora, Danielle Portela, pré-candidata a governadora.

O PSOL de Pernambuco vai lançar uma chapa majoritária para a disputa eleitoral em 2018 composta exclusivamente por mulheres. A pré-candidata ao Governo do Estado será a advogada e historiadora Danielle Portela, já as vagas para o Senado Federal serão postuladas por Albanise Pires e Eugênia Lima - as duas já concorrem a cargos públicos, Albanise foi candidata à Casa Alta em 2014 e Eugênia disputou uma vaga na Câmara dos Vereadores de Olinda em 2016. 

A decisão de compor apenas com mulheres a chapa foi tomada durante a reunião do diretório estadual na última terça-feira (19). Em conversa com o LeiaJá, Danielle Portela pontuou que ainda não foi definido quem vai ocupar o posto de vice-governadora. Segundo ela, a proposta “é um avanço” diante da resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que determina uma cota de 30% para o gênero.

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“O PSOL já se dispunha a fazer uma proposta diferente e resolvemos avançar nisso, lançando uma chapa 100% feminina e feminista. A vaga de vice ainda está em aberta para discussão, pois pode ser um quadro interno ou externo, a partir de alguma coligação que o partido fizer”, observou. “Queremos superar todas as cotas de gênero imposta pela legislação eleitoral, nós somos, maioria na sociedade, mas minoria no termo de representatividade”, acrescentou. 

Sob a ótica da pré-candidata a governadora, a expectativa é de que se possa reconhecer “o papel de mulher enquanto questão de gênero e luta de classe”. “Sentimos necessidade e o que motivou e deu a ideia foi o fato de há poucos dias ter saído uma foto no jornal dizendo ‘a oposição em Pernambuco’. Olhando a imagem vi que nas duas primeiras fileiras eram apenas homens e no cantinho tinha uma mulher, ou seja, nas oligarquias em Pernambuco ao patriarcado é muito forte”, cravou. 

A referência feita por Danielle diz respeito ao lançamento do movimento ‘Pernambuco quer mudar’ no dia 11 de dezembro. A iniciativa de oposição ao PSB é encabeçada por nomes como os dos senadores Armando Monteiro (PTB) e Fernando Bezerra Coelho (PMDB), além dos ministros Mendonça Filho (DEM) e Fernando Filho (sem partido) e do deputado federal Bruno Araújo (PSDB). 

Indagada será o programa de governo que elas vão apresentar em 2018, Danielle argumentou que vão ter “um programa político e plataforma que vai debater todas as questões que afetam a vida dos pernambucanos”, mas a partir de um olhar feminino. 

“Entendemos que a partir de todas as temáticas você tem um olhar diferenciado de gênero, seja na violência, no transporte público, na educação. Estamos em um momento que a mulher precisa ser protagonista do seu próprio discurso”, pontuou.

Para que a chapa fosse majoritariamente feminina, os pré-candidatos Jesualdo Campos e o vereador do Recife Ivan Moraes abdicaram do desejo de concorrer ao posto. A reportagem entrou em contato com os dois, mas até o fechamento desta matéria não obteve êxito.

Insatisfação

Internamente a decisão da direção do PSOL de lançar uma chapa composta apenas por mulheres não foi tão bem recebida. Nas redes sociais, alguns filiados se manifestaram contra o alinhamento. 

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De olho na disputa eleitoral de 2016, o PSOL do Recife se reúne, durante todo o dia deste sábado (21), para o I Seminário Programático do partido. Durante a manhã, a agremiação debateu o 'direito à cidade', com o membro do Direitos Urbanos, Leonardo Cisneiros, e a 'conjuntura política municipal', com o deputado estadual e pré-candidato a prefeito do Recife, Edilson Silva.

Sob a ótica de um possível mandato psolista, Silva destacou a necessidade de "olhar pelo Recife com atenção e uniformidade". "Temos que pensar a cidade como uma célula autônoma, que dê a cada recifense a capacidade de empreender e girar a produção do próprio município, que apresente soluções para o país e o Estado", frisou Edilson que  também é presidente do partido na capital pernambucana.

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Para ele, o próximo prefeito do Recife "vai estar manuseando uma série de grandes problemas", mas a proposta do PSOL é diferente. "Vamos construir uma gestão ousada e queremos chegar à prefeitura com o compromisso com os pequenos empreendedores, os trabalhadores, sindicatos e a população em geral. Queremos um Recife desalienado", assegurou o prefeiturável.

O encontro reúne militantes da legenda que desejam entrar na disputa por uma vaga na Câmara dos Vereadores e colaborar com a construção do programa de governo que será apresentada na disputa no comando da cidade. O seminário do PSOL segue até às 16h30.  À tarde serão debatidas as temáticas saúde pública e participação das mulheres no Recife.

Ex-candidata a senadora, Albanise Pires foi eleita, nesse fim de semana, para comandar o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em Pernambuco. A psolista recebeu mais de 60% dos votos dos 130 delegados que participavam do Congresso Estadual da legenda. Ela assume a presidência do PSOL, pelos próximos dois anos, no lugar do deputado estadual Edilson Silva (PSOL). 

Albanise Pires é formada em engenharia eletrônica pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e analista administrativa concursada do Ministério Público Federal. Entrou na política ainda na Universidade como militante do movimento estudantil e síndica. Foi filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT) e foi uma das fundadoras do PSOL. Em 2012, foi candidata à vice-prefeita do Recife na chapa de Roberto Numeriano.

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O PSOL vai dar início a uma série de atos nacionais, onde apresentarão propostas para o Brasil sair da crise econômica e política, nesta quinta-feira (5) pelo Recife. Quem vai comandar o debate é a ex-candidata à presidência da República, Luciana Genro. O encontro será às 19h, no auditório G1, da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). 

A psolista vai tratar sobre estratégias opcionais as crises que "não penalizem os trabalhadores e a juventude", baseando-se na carta "As saídas para as crises estão à esquerda" aprovada pela executiva do partido no último dia 10. O ato será aberto a toda população.

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Participam do encontro do PSOL, os dirigentes nacionais e estaduais da legenda Albanise Pires, Zé Gomes e Leandro Recife. Além deles, o deputado estadual Edilson Silva (PSOL) também estará presente. Antes do ato, Luciana Genro almoça com lideranças do PSOL-PE e atende à imprensa para uma coletiva. 

 

 

Os eleitores que forem as urnas no próximo dia 05 de outubro terão uma grande responsabilidade na ponta dos dedos, pois terão que escolher os seus deputados estadual e federal, Senador, Governador e Presidente da República. Diferente das eleições de 2010, onde os pernambucanos tiveram que escolher dois senadores, este ano apenas um candidato do estado ocupará a vaga em Brasília. Como o mandato de Senador é de oitos anos, a cada quatro anos são escolhidos, alternadamente, um ou dois representantes do estado. Para ajudar o eleitor a escolher o melhor candidato, o Portal LeiaJá publica o perfil e as principais propostas dos três candidatos mais bem pontuados nas pesquisas de intenção de votos ao senado. 

Candidato da Frente Popular de Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho nasceu em dezembro de 1957, em Petrolina, no Sertão do estado. É formado em Administração de empresas e casado com Adriana Coelho. Começou a carreira política em fevereiro de 1982, quando foi nomeada Superintendente da Autarquia Educacional do São Francisco. No mesmo ano foi eleito deputado estadual. Em 1985, foi nomeado Secretário da Casa Civil de Pernambuco no Governo de Roberto Magalhães. No ano seguinte, cumpriu o primeiro mandato como Deputado Federal, sendo um dos constituintes. Em 1990, é reeleito Deputado Federal. FBC foi eleito pela primeira vez Prefeito de Petrolina em 1993, e em 1998 assume a Secretaria de Agricultura no Governo de Miguel Arraes. No mesmo ano disputou o cargo de vice-governador de Pernambuco na chapa de Arraes, mas perdeu a eleição.

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Em 2001 FBC assume novamente a Prefeitura de Petrolina, sendo reeleito em 2004. Em 2007, durante o Governo de Eduardo Campos, assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco e a presidência do Complexo Portuário de Suape. Fernando assumiu o último cargo em 2011, quando foi nomeado Ministro da Integração Nacional, durante o governo da Presidente Dilma Rousseff. 

Caso seja eleito senador por Pernambuco, Fernando pretende assumir um compromisso com a educação e melhorar os indicadores educacionais, além de ajudar o Governador de Pernambuco a expandir a rede de ensino integral e técnica. O candidato também promete valorizar o professor, capacitando, melhorando a formação e remunerando melhor. Na saúde, FBC promete defender que 10% da receita do Governo Federal sejam destinados para área. Ele também se comprometeu a trazer mais investimentos para o estado, principalmente para o interior e sertão e afirmou que pretende levar recursos para construção de adutoras e barragens para que o problema da seca seja solucionado. Ele também prometeu defender a reforma tributária com redução de impostos e simplificação do sistema tributário. 

João Paulo de Lima e Silva é o candidato da Coligação Pernambuco Vai Mais Longe. O petista nasceu no dia 31 de Outubro de 1952, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife. É formando em Economia e Técnico em edificações e mecânica, e casado com Luzia Jeanne. Começou sua trajetória política no movimento sindical, ainda no período da ditadura militar. Em 1978, participou de um curso de capacitação em política sindical na França, Itália, Espanha e Portugal. Foi presidente do sindicato dos metalúrgicos do estado e o primeiro presidente da CUT em Pernambuco. Em 1979, ajudou a criar o Partido dos Trabalhadores e em 1986, disputou a primeira eleição pleiteando uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco, e perdeu. Na eleição seguinte, em 1988, foi eleito vereador do Recife e dois anos depois assumiu o cargo de Deputado Estadual. Disputou a primeira eleição ao executivo em 1992, quando se candidatou a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes e ficou em terceiro lugar na disputa. Na eleição de 1994 foi eleito o Deputado Estadual mais votado de Pernambuco.

O petista candidatou a Prefeito do Recife em 1996, mas ficou em terceiro lugar. Em 2000, saiu candidato novamente a Prefeito da capital pernambucana e foi eleito no segundo turno. Ele foi reeleito prefeito em 2004, vitória conquistada ainda no primeiro turno. João Paulo disputou uma cadeira na Câmara dos deputados em 2010, e foi eleito como o deputado mais votado do PT. Em 2012, foi candidato a vice-prefeito do Recife na chapa de Humberto Costa, mas ficou em terceiro lugar na disputa. 

Se chegar ao Senado, João Paulo pretende cumprir os oito anos de mandato. Ele se comprometeu a se engajar no Arco Metropolitano do Recife e fazer com que o projeto saia do papel. O ex-prefeito também pretende priorizar a resolução do impasse entre os governos estadual e federal sobre a responsabilidade da BR 232, principal ligação do Recife com o interior do estado. Ele também pretende conseguir recursos para que o canal do sertão seja concluído. João Paulo também se comprometeu a ajudar o governo do estado a dar prioridade à educação e firmar parcerias entre o Governo de Pernambuco e os Municípios. Sobre a eleição de 2016, João diz que o partido ainda não começou a discutir o tema, e que o objetivo agora é se eleger senador e cumprir o mandato.  

A Coligação Mobilização Por Poder Popular tem como candidata ao Senado Albanise Pires Ferreira de Azevedo. Recifense nascida em 27 de Setembro de 1996, é formada em Engenharia Eletrônica pela Universidade Federal de Pernambuco. É Analista Administrativa do Ministério Público Federal, emprego que conseguiu através de concurso público. Entrou na política ainda na Universidade como militante do movimento estudantil e sindica. Ela foi filiada ao Partido dos Trabalhadores e foi uma das fundadoras do PSOL. Em 2012, foi candidata à vice-prefeita do Recife na chapa de Roberto Numeriano. 

Caso chegue ao Senado, Albanise pretende fortalecer as mobilizações populares para que o povo tenha participação efetiva dentro do parlamento. A candidata pretende regulamentar o imposto sobre as grandes fortunas e fazer uma auditoria da dívida pública. Ela também pretende defender a reforma política, eleitoral e partidária. Albanise também se mostra a favor da descriminalização do aborto e a defesa da população LGBT e o casamento civil e igualitário entre pessoas do mesmo sexo, além da criminalização da homofobia. Para a candidata, a maior idade penal também deve ser reduzida. 

 

Na última semana de campanha eleitoral um dos desafios dos candidatos é o de conquistar o voto dos indecisos. Em Pernambuco, de acordo com o último levantamento do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), 27% (brancos e nulos/não souberam responder) dos eleitores ainda não escolheram em quem pretendem votar no cargo de governador. 

Apesar de ter reduzido, em julho eles eram 49%, o percentual ainda é significativo, principalmente para os candidatos de grande porte, Armando Monteiro (PTB) e Paulo Câmara (PSB). “Normalmente o eleitor indefinido opta por um dos candidatos de grande porte. É o chamado ‘voto útil’. Onde eles até poderiam votar em um candidato com menor densidade eleitoral, mas também veem aquela de ‘não quero perder o voto’ e seguem na tendência de ‘vou votar no que vai ganhar’”, afirmou o analista e coordenador do IPMN, Maurício Romão. 

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A estimativa, de acordo com Romão, é que 10% (dos 27%) estejam ainda disponíveis para a garimpagem dos candidatos. O percentual segue a linha de brancos e nulos obtidos em 2010, somados eles configuraram 14% dos pernambucanos. Para conquistar o grupo de indefinidos, os candidatos normalmente não adotam estratégias diferentes na campanha, mas intensificam as visitas por cidades polos e os maiores colégios eleitorais. Armando, por exemplo, deverá passar, esta semana, por cidades como Petrolina, no Sertão, Caruaru, no Agreste, e pontos específicos da Região Metropolitana. O mesmo acontecerá com Câmara, nesta segunda-feira (29), ele já visitará Caruaru, no fim de semana fez um giro pela RMR e até a sexta (3) outras regiões do estado passarão pela rota. 

“Nesta reta final a conquista de indecisos não modifica o padrão de comportamento de campanha exercida até agora. Não há uma estratégia especifica para isso. A geral é aquela que vale. Um dos grandes trunfos são as campanhas proporcionais. Eles influenciam bastante”, observou. 

O cenário de indecisão é ainda maior para o Senado, segundo o IPMN eles somam 37%. A disputa segue polarizada entre o candidato da Frente Popular, Fernando Bezerra Coelho (PSB), e da Coligação Pernambuco Vai Mais Longe, João Paulo (PT). “É um percentual bem maior porque no processo de campanha ele é secundarista para o eleitor, que se define para o Senado já nos últimos dias. A tendência é diminuir este percentual (nas próximas pesquisas)”, frisou Romão.

Além de eleger presidente e governador, os eleitores também escolhem, este ano, novos senadores. Pernambuco tem três representantes no Senado e um deles será substituído. A partir desta terça-feira (16), o Portal LeiaJá exibe sabatinas gravadas com os postulantes ao cargo, assim como fez com os que pleiteiam o governo do estado. A primeira entrevistada é a candidata pelo PSOL, Albanise Pires. 

A candidata não se sente apreensiva com os índices das pesquisas que apontam sua candidatura com 1% das intenções de votos, pois considera que o resultado do pleito ainda está indefinido devido ao elevado número de eleitores indecisos. 

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Durante a conversa com a equipe de política, Albanise detalhou suas propostas e defendeu a participação efetiva da população nas decisões do congresso. “Nós vamos fortalecer as mobilizações populares para que tenham de fato uma participação efetiva dentro do parlamento. Sozinha eu não consigo fazer nada, mas se mobilizarmos a população para as pautas que tanto exigem no congresso nacional, nós realmente teremos êxito nisso”, ressaltou.

A candidata ainda aproveitou a sabatina para alfinetar os principais candidatos ao senado, João Paulo (PT) e Fernando Bezerra Coelho (PSB), ao defender que eles não apresentam propostas  voltadas ao âmbito do senado. Segundo ela, os adversários  estão fazendo campanha para o executivo estadual.  Albanise  também pontuou que o petistas está utilizando a atual candidatura como trampolim para o pleito de 2016 e insinuou que o candidato pretende retornar a administração da prefeitura do Recife. 

Confira a entrevista na íntegra

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A candidata à senadora, Albanise Pires (PSOL), desafiou, nesta sexta-feira (12), o adversário na disputa pela vaga no Congresso, João Paulo (PT), a se comprometer em cumprir os oito anos de mandato, caso ele seja eleito. A proposta da psolista, divulgada em primeira mão para o Portal LeiaJá, é que o petista assine um documento “para o povo de Pernambuco” garantindo que não está fazendo uma campanha “gato por lebre”. 

João Paulo lidera atualmente as pesquisas que aferem as intenções de votos para o cargo. Dados do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), divulgados nessa quinta (11), o candidato aparece liderando com 29% da preferência. Para Albanise, ele tem feito da corrida eleitoral deste ano um “trampolim” para voltar a Prefeitura do Recife em 2016.  

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“O maior medo é eleger gato por lebre, ele fica lá por dois anos e depois um dos suplentes assume. Mas quem são estes suplentes? Ninguém conhece”, disparou a postulante. Albanise pontuou a atitude como um “estelionato eleitoral”. Segundo ela, o petista rememora ações de quando era prefeito e não tem projetos como deputado federal para respaldar as ações no legislativo nacional. “Ele não fez nada, tem um mandato pífio”, reforçou. 

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Ironizando também o outro adversário direto, Fernando Bezerra Coelho (PSB), Albanise pontuou que ele tem feito os guias eleitorais “de capacete”. O símbolo virou emblema socialista para a disputa pelo Executivo desde 2012, quando elegeu o prefeito Geraldo Julio.

A candidata visitou a redação do Portal nesta sexta para gravar uma sabatina com os candidatos a senadores, que começará a ser exibida na próxima segunda-feira (15).

O candidato do PSOL a governador de Pernambuco, Zé Gomes, afirmou, nesta sexta-feira (8), que pretende implantar o bilhete único para o transporte público estadual, caso seja eleito. De acordo com ele, o atual modelo adotado pelo estado beneficia apenas as empresas, em detrimento daqueles que se utilizam o serviço diariamente. 

“Este sistema de transporte garante o lucro dos empresários, que, por sinal, não cumprem o número de viagens e não fornecem a qualidade que o transporte coletivo precisa ter. Enquanto isso, os usuários vivem em situação de constante desrespeito. Nos terminais integrados, são tratados como se estivessem em currais. É preciso reorganizar este modelo para devolver dignidade aos usuários”, criticou Gomes ao participar de uma panfletagem em frente a Estação Central do Recife, no bairro de São José.  "Esse sistema vai permitir que as pessoas se desloquem pela Região Metropolitana sem aumentar o percurso e o tempo de deslocamento", acrescentou.

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A candidata ao Senado, Albanise Pires, também participou da atividade e denunciou, em discurso, a situação à que as mulheres são expostas no dia a dia, inclusive o assédio sexual dentro dos ônibus e vagões de metrô. O ato reuniu ainda os candidatos a deputado estadual Edilson Silva, Pedro Josephi, Alberico Sigismundo e Antônio Carlos. 

Com 100% das emendas direcionadas para a realização de shows e eventos nas cidades onde concentra votos, o deputado estadual Isaltino Nascimento (PSB) recebeu, nesta quarta-feira (6), o título de “deputado chicleteiro”. A “desomenagem” foi entregue pelo candidato do PSOL a deputado, Edilson Silva. 

“Ele recebe o título de deputado chicleteiro do dinheiro público. Destinou 100% das emendas para shows e o maior gasto foi com Chiclete com Banana”, cravou Silva, durante um protesto em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Isaltino Nascimento gastou toda a verba que tem direito como parlamentar, R$ 1,3 milhão, a shows. Entre os contratados com emendas do socialista estão Chiclete com Banana, Luan Santana e Calypso. 

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Para Edilson Silva é um absurdo ter um parlamentar destinando o dinheiro público para demandas festivas e esquecendo-se de investir na melhoria do estado. “É um absurdo o que estamos vendo na Alepe. É preciso uma lei para que o deputado entenda que determinada cidade precisa mais de um posto de saúde do que um show de forró. Um teatro, um cinema é prioritário diante de um show da Calcinha Preta”, pontuou o candidato.

Questionando a legitimidade dos contratos feitos com o dinheiro destinado pelos parlamentares, Edilson apontou que por trás dos “grandes gastos” pode haver um negócio. “Por trás destas emendas a impressão que a gente tem é que existe um grande negócio. Precisamos abrir isso, a quem estão ligados os produtores?”, questionou.  

Durante este ano mais de R$ 20 milhões foram destinados, por deputados, a shows pelo estado. Quase 500 eventos foram financiados por 39 dos 49 parlamentares estaduais. 

Intervenção do Executivo

Alguns parlamentares reclamam que as emendas foram direcionadas para shows por falta de espaço com o executivo para realizar obras de infraestrutura. O candidato a governador pelo PSOL, Zé Gomes, afirmou que uma maneira de se resolver isso é fazendo com que os orçamentos tornem-se impositivos e que o estado possa dar margem para execução de obras sugeridas pelos deputados. 

“Parte do orçamento tem que ser impositivo, agora o que não pode ser impositivo é o que é liberado automaticamente. Existe por parte do governo esta troca de favores, com os shows”, criticou, lembrando que muitos municípios que sofrem com catástrofes ambientais, ao invés de receberem auxílios para se reestruturar, são agraciados com festas.

“Não podemos deixar que cada parlamentar tenha um cifrão na testa. Precisa ter uma limitação em determinadas áreas. Mas o processo legislativo é livre”, afirmou o postulante. 

 

A candidata do PSOL ao Senado, Albanise Pires, disparou criticas contra os candidatos adversários durante o debate do Clube de Engenharia de Pernambuco, nesta terça-feira (29). Segundo a candidata um balanço da atuação política dos postulantes é importante para guiar o eleitor pernambucano. 

Alfinetando João Paulo (PT), Albanise afirmou que ele tem uma atuação "pífia" no Congresso Nacional como deputado. "Tenho visto uma campanha de João Paulo nas ruas até envergonhada, pois só se fala da atuação como prefeito do Recife. Estamos debatendo uma disputa federal companheiro", cravou. "Sua atuação no Congresso é pífia. Não consigo me lembrar de nenhum destaque, a atuação em uma casa legislativa exige coragem", acrescentou a candidata.

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Acalorando o debate, a psolita lembrou que Fernando Bezerra Coelho (PSB) se intitulou como "o senador das águas", no entanto retrocedeu como ministro da Integração Nacional. "Será o senador das águas ou das cisternas de plástico? Pois no semiárido se questiona isso.  Você trocou as cisternas por caixas de plástico", disparou.

Para Albanise, a polarização nacional e local não é apenas entre o PSDB e o PT, mas envolve o PSB. "Temos uma polarização clara, mas não é PT e PSDB. E sim PSDB contra o bloco composto pelo PT e PSB juntos", alertou a candidata. 

 

Na próxima terça-feira (29) os candidatos a senadores Albanise Pires (PSOL), Fernando Bezerra Coelho (PSB) e João Paulo (PT) participam do "Pernambuco Debate". O encontro, que vem acontecendo desde o último dia 22, está ouvindo todos os postulantes aos cargos majoritários em Pernambuco. O debate organizado pelo Clube de Engenharia de Pernambuco e pela Associação das Empresas de Planejamento e Consultoria Empresarial do Nordeste (ASSEMP) já ouviu os candidatos a governador Paulo Câmara (PSB) e José Gomes (PSOL). 

Um terceiro encontro já está agendado, no próximo dia 19 os postulantes ao Palácio do Campo das Princesas, Jair Pedro (PSTU) e Armando Monteiro (PTB), serão ouvidos pelo grupo. As reuniões estão sendo mediadas por jornalistas do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco (Sinjope) e acontecem sempre às 8h no auditório do Hotel Mercure, na Ilha do Leite.

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Para o presidente de Clube de Engenharia de Pernambuco, Alexandre Santos, o objetivo dos debates é ampliar o conhecimento do eleitorado sobre os candidatos e respectivas plataformas eleitorais. Além de questioná-los em relação ao campo da engenharia.

“Nas eleições anteriores, sempre tivemos um resultado muito positivo com esses debates. Apesar de não haver um enfrentamento direto entre eles, nós, o público, temos a oportunidade de questioná-los diretamente sobre diversos temas. É papel do Clube estimular esse tipo de discussão”, pontua Alexandre.

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O candidato a governador de Pernambuco Zé Gomes (PSOL) anunciou, neste sábado (12), o início de uma nova fase da campanha a partir da próxima quinta-feira (17). Nesta data, será realizado o primeiro encontro do projeto Diálogos Pernambucanos. A iniciativa busca envolver setores da sociedade civil no debates sobre os temas prioritários para o Estado, auxiliando na construção coletiva do programa de governo do PSOL. Pela manhã, ele e a candidata do PSOL ao Senado, Albanise Pires, promoveram um ato no Mercado de Casa Amarela, na Zona Norte. 

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“Já apresentamos as diretrizes e bases programáticas de nossa candidatura. Agora é o momento de traduzi-las em propostas de políticas públicas. Os Diálogos Pernambucanos serão transmitidos pela internet, para que aqueles interessados em discutir os rumos do Estado possam contribuir com ideias”, explicou Zé Gomes.

Na caminhada pelo mercado, Zé Gomes e Albanise dialogaram com comerciantes e frequentadores, enfatizando a importância de a população a exercer um papel ativo nas eleições, inclusive fiscalizando e denunciando crimes eleitorais. Zé Gomes ressaltou a importância de se cobrar dos postulantes transparência e buscar se informar, em especial, sobre os doadores das campanhas milionárias.

A coligação Mobilização por Poder Popular (PSOL-PMN) não aceita doações de construtoras, bancos, agronegócio e empresas de transporte. Também veda o recebimento de recursos de empresas que lucram com a privatização da saúde e da educação, que tenham contratos e interesses a serem intermediados com o Estado, ou com passivos trabalhistas e ambientais.

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