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Após ter entrevistado a vereadora Flávia Hellen (PT-PE) e o vereador Vinícius Castello (PT-PE), figuras políticas que projetam concorrer as prefeituras das suas cidades, o LeiaJá publica, nesta terça-feira (19), a terceira de cinco reportagens sobre o crescimento de políticos de grupos de minorias, que buscam protagonismo nas eleições municipais do próximo ano.

A reportagem escutou a assistente social Marília Rufino (PT-PE), da cidade de Moreno, e a educadora Selma Barbosa (União Brasil-PE), de Paulista. As duas, que desejam uma vaga nas câmaras de vereadores dos seus municípios, já vêm articulando estratégias para que, nas eleições de 2024, lideranças femininas possam conquistar espaços de poderes que, predominantemente, são ocupados por homens.

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Desafios

Quando o assunto é filiação partidária, o país revela um certo tipo de equilíbrio em seu atual cenário político: dos filiados, 53,8% são homens e 46,2% são mulheres, segundo informações divulgadas em julho deste ano pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No entanto, os números expressivos de filiadas não são traduzidos em candidaturas femininas. Apesar das mulheres constituírem a maioria tanto na população (51,5%) como no eleitorado (52,65%), de acordo com levantamentos recentes do IBGE e do TSE, os espaços de poderes na política nacional são ocupados, em sua maioria, por lideranças masculinas.

Em 1997, a Legislação brasileira estabeleceu que os partidos políticos começassem a apresentar chapas de candidaturas ao Legislativo com pelo menos 30% de mulheres candidatas. E, ao longo dos últimos anos, algumas outras políticas afirmativas foram implementadas. Mesmo assim, as últimas eleições mostram que a quantidade de lideranças femininas, que conseguiram sair vitoriosas das disputas eleitorais, ainda é baixa.

Nas eleições do ano passado, somente 91 mulheres foram eleitas deputadas federais. Isso representa apenas 17,7% da totalidade de 513 cadeiras disponíveis na Câmara dos Deputados. Já no Senado, das 81 vagas, apenas 14 são ocupadas por mulheres.

Com relação ao Executivo, as dificuldades que as mulheres brasileiras enfrentam para alcançar postos de liderança são ainda mais evidentes. Das 27 unidades federativas do país, apenas dois estados são comandados por governadoras: Pernambuco pela Raquel Lyra (PSDB) e Rio Grande do Norte pela Fátima Bezerra (PT). Além disso, somente 12% dos municípios são governados por mulheres, sendo Cinthia Ribeiro (PSDB), prefeita de Palmas, no estado do Tocantins, a única a dirigir uma capital.

Nas Assembleias Legislativas dos estados, dados do TSE também ressaltam desigualdades: na somatória de deputadas estaduais e distritais, chega-se ao total de 190 mulheres eleitas (18%). Nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Santa Catarina, a representatividade feminina ficou abaixo de 10%.

Representatividade

Em entrevista ao LeiaJá, a assistente social Marília Rufino (PT-PE), que pretende concorrer a uma vaga na Câmara de Vereadores da cidade de Moreno, acredita que “a disputa será difícil, sobretudo porque as pessoas têm dificuldades de votarem em mulheres”, no entanto, ela percebe que “a população feminina tem uma necessidade muito grande de se sentir representada em espaços políticos e de decisões”.

Marília Rufino. Foto: Guilherme Gusmão/LeiaJá

“Nos últimos tempos a gente está vendo essa discussão muito mais aflorada. E dentro daquilo que eu acredito, dentro das pautas que eu defendo, pretendo levar para dentro da Câmara um olhar mais humanizado para as comunidades do município de Moreno e sobretudo para as mulheres, crianças e adolescentes. É muito importante que a mulher morenense se sinta representada por outra mulher na política local”, afirmou Marília.

Nas últimas eleições municipais, enquanto o Brasil elegia apenas 16% de parlamentares mulheres para as câmaras municipais, segundo o TSE, nenhuma liderança feminina do município de Moreno conseguia ocupar vagas na Câmara dos Vereadores. Ciente dessas dificuldades do atual cenário político local, Marília acredita que a ausência de uma figura feminina no espaço de discussões políticas da cidade faz com que as pautas de interesse da população feminina sejam “colocadas de lado”.

“E com isso a gente está deixando de ter muitas políticas públicas voltadas para a gente. Eu sou candidata, claro que eu quero ganhar, mas eu quero também fortalecer essas outras mulheres a estarem lá, porque caso eu não entre, eu vou ter outras representações. Então é muito nessa perspectiva de fortalecimento, e de empoderar essas mulheres a estarem nesse lugar da gente. A gente precisa entender que por muito tempo fomos silenciadas. A gente foi silenciada a não estar nesses lugares, nesses espaços. É o nosso momento de vencermos e mesmo que tenhamos homens com ideias interessantes, nunca será a mesma coisa de uma mulher ocupando uma cadeira lá [Câmara]”, afirmou.

Marília já vem criando planos para que o resultado de 2020 não se repita no próximo ano. Ela revelou que irá aproveitar o bom desempenho do presidente Lula (PT) nas urnas da cidade, no qual o mandatário venceu o segundo turno da eleição presidencial com 65,09% dos votos dos eleitores, para defender a sua candidatura e impulsionar a campanha eleitoral através do Partido dos Trabalhadores.  

“Eu participei há alguns meses de um encontro com mulheres, que reunia não só as filiadas do PT, mas também do PSB e do PCdoB. Então, assim, tive o incentivo já projetar a candidatura. Outras mulheres também tiveram incentivos. Mulheres que fazem parte dessa federação e que estão aí de uma forma coletiva, plural, entendendo melhor as necessidades das suas cidades. Inclusive, dentro do próprio partido, a gente tem curso de formação, por exemplo. O PT oferece isso”, pontuou.

Marília Rufino e apoiadores do PT. Foto: Arquivo Pessoal

Separadas por 49 quilômetros de distância, a história de Marília é bem semelhante à da educadora Selma Barbosa (União Brasil-PE), que comanda a direção de uma instituição de ensino, localizada no bairro do Janga, na cidade de Paulista.

A diretora da Escola Mundo Novo, em entrevista ao LeiaJá, revelou que já sofreu até preconceitos por defender as suas ideias para a política do seu município. “Ano passado eu disputei, pelo União Brasil, para ser deputada estadual. Através de uma candidatura coletiva fui as ruas para pedir votos e apresentar as minhas propostas. Teve um dia, que eu e a minha amiga, ao chegarmos em uma residência, fomos abordadas por um homem que disse que não iríamos ganhar apenas por sermos mulheres”.

As palavras do eleitor não desanimaram a educadora que, mesmo não conseguindo ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), ainda tem o desejo de alcançar um espaço na política.

“As pessoas já têm em suas mentes que mulheres não foram feitas para certos lugares. Isso se reflete no atual cenário político do país, onde poucas mulheres estão decidindo o melhor para a sociedade. Talvez, diante dessa situação e da minha derrota no ano passado, eu pudesse ter desistido. Mas sou uma mulher negra, da luta e não fui feita para fracassar perante esse sistema. A derrota aumentou mais ainda a minha vontade”, afirmou.

Selma Barbosa acredita em bons resuultados para 2024. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Questionada sobre o motivo de ter escolhido o União Brasil para disputar as eleições, Selma revelou que é muito criticada por não ser filiada a um partido de esquerda, mas que sempre explica o motivo de permanecer na sigla. “Sou uma mulher negra, empresária, independente e que sei qual o meu lugar no mundo. Sou o perfil que as pessoas acreditam que se encaixa apenas nos partidos da esquerda, principalmente por saberem que mulheres como eu são mais vistas nas pautas defendidas pela esquerda. Mas é importante sabermos que nós mulheres devemos ocupar todos os lados políticos. É importante ter uma diversidade. Claro que sempre devemos defender nossos corpos e nunca produzir falas que tentam nos diminuir”.

A educadora, que já desenvolveu projetos sociais na cidade de Paulista, afirmou que se um dia for parlamentar irá usar o espaço político para trazer melhorias para a educação.

“Sempre me reunia com amigos para fazer um sopão para bairros carentes daqui do município, e percebia nessas ações o como o povo paulistense deseja um amanhã melhor. Não direi que só a fome e a pobreza atingem a população, pois outros problemas também estão presentes. Eu, como educadora, quero trabalhar e cuidar da primeira infância, pois penso nas mães que não têm, muitas vezes, um local seguro para deixarem seus filhos. Essas mulheres devem ser contar com creches de qualidade do município para, assim, buscarem um salário digno”, pontuou Selma Barbosa.

 

Após o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG), ter sido vaiado, na última quinta-feira (14), durante evento que celebrava os 35 anos do BDMG Cultural, adversários políticos apontam desgaste na imagem do gestor. Imagens, que circulam nas redes sociais, mostram que as vaias ocorreram quando foi exibido um vídeo do governador em um telão no Palácio das Artes, na capital mineira.

A gravação de Zema antecedeu o espetáculo musical "Sons de uma história: tambores e vozes nos 35 anos do BDMG", no qual era homenageada a cultura do congado da região. As vaias do público ao gestor duraram por cerca de um minuto e, em alguns momentos, fez com que a declaração não pudesse ser ouvida no ambiente.

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Com o episódio, opositores logo tomaram as redes sociais para fazerem duras críticas a Zema, que vem sendo cotado como uma liderança política que poderá representar a direita brasileira nas eleições presidenciáveis de 2026.

"Zema vaiado na comemoração dos 35 anos do BDMG Cultural! Não se ouviu uma palavra do governador. Ele foi vaiado o tempo todo! É o mínimo para um governador que quer destruir o serviço público", escreveu o Partido dos Trabalhadores de Minas Gerais em seu perfil oficial no Instagram.

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) acredita que as vaias é a confirmação de que a “máscara” de Zema caiu. “O povo de Minas sabe que o atual governador, pouco fez pelo desenvolvimento do estado, e não foi diferente no setor cultural. Recentemente mesmo, Zema rejeitou R$ 54 milhões em investimentos do governo federal por não ter inscrito a tempo projetos para os CEUs da Cultura, braço do novo PAC gerido pelo Ministério da Cultura. Zema não cansa de passar vergonha”.

Já o deputado estadula Ulysses Gomes (PT-MG) afirmou que Zema quer encerrar 2023 com um "rombo" de R$ 8 bilhões no orçamento do próximo ano. "Depois de aprovar projetos escandalosos como o aumento de 300% no próprio salário, a isenção fiscal bilionária para doadores de campanha e aumentar 1/3 da dívida pública de Minas com a União, o governador Zema quer fechar o ano com um rombo de R$ 8 bilhões no orçamento de 2024. A Lei Orçamentária Anual prevê, ainda, aumento de isenções fiscais, que saltarão de R$ 14 bilhões para R$b 18 bilhões".

 

O líder do governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues, anunciou nesta segunda-feira, 18, que voltará ao PT, partido ao qual foi filiado até 2005. Randolfe deixou a Rede em maio e ficou sem legenda.

O senador deu a declaração em Macapá, capital do Amapá, em cerimônia de entrega de unidades do Minha Casa, Minha Vida ao lado do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

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Randolfe fez uma série de elogios ao PT. Depois, indicou sua filiação à legenda.

"No início desse ano foi necessário um desligamento partidário meu. Me perguntam, presidente, qual a minha escolha partidária. Eu lhe respondo em primeira mão, para o senhor e para todos os que estão ouvindo, o meu partido é o partido de Lula. Eu estarei no partido de Lula onde o partido de Lula estiver, porque estou ao lado da maior liderança política da história desse país", declarou Randolfe.

Diversos destinos foram especulados para o senador, incluindo MDB e PSB.

O anúncio nesta segunda-feira foi inesperado e pegou até a equipe do político de surpresa.

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT-RN), foi eleita como a nova presidente do Consórcio Nordeste (CNE) nesta quarta-feira (13). A decisão foi divulgada através de uma Assembleia Geral realizada no Instituto Ricardo Brennand, em Recife, localizado no bairro da Várzea, na zona oeste do Recife. A gestora será a primeira mulher a assumir o comando do Consórcio. Atualmente, o governador do estado da Paraíba, João Azevêdo (PSB-PB), preside o colegiado.   

Fátima, que é filiada ao Partido dos Trabalhadores desde 1981, assume a presidência do CNE a partir de janeiro de 2024. Em seu discurso, a governadora propôs que a próxima assembleia do consórcio seja realizada em Natal, no seu estado.

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Sobre Fátima Bezerra   

Fátima Bezerra, que é natural de da cidade paraibana de Nova Palmeira, se formou em Pedagogia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Venceu a primeira eleição para deputada estadual ainda em 1994 pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Em sua trajetória política, também passou pela Câmara dos Deputados e pelo Senado antes de assumir o governo potiguar. No ano passado, a gestora foi reeleita ainda no primeiro turno das eleições, com 58,31% dos votos dos eleitores.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT), defendeu neste sábado, 9, que é preciso "libertar" o Orçamento do governo federal das emendas do Centrão, grupo político que domina o Congresso. Em discurso para a militância do partido, ele pediu também que os movimentos sociais continuem fazendo pressão sobre o Palácio do Planalto. As críticas de petistas ao Centrão ocorrem em um contexto no qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez alianças com legendas como o Republicanos e o PP, que apoiaram o governo Jair Bolsonaro, para tentar consolidar uma base aliada, principalmente na Câmara dos Deputados.

"Eu quero que vocês ajudem a empurrar o nosso governo, o nosso ministério, a organizar o nosso povo, porque política é como feijão, só cozinha na panela de pressão", declarou Teixeira, citando frase cunhada por Frei Betto. O ministro participou da Conferência Eleitoral realizada pelo PT, em Brasília, que tem o objetivo de debater as diretrizes para as eleições municipais de 2024. "Se tem ministério que tem pressão popular é o nosso", emendou, ao mencionar ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST).

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Teixeira disse que o orçamento do ministério que comanda é "pequeno", mas ressaltou que o governo Lula liberou recursos para a reforma agrária e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Ele destacou ações da pasta voltadas à agroecologia e afirmou que Lula quer diversificar a produção de alimentos no Brasil. "O cardápio do agro tem 15 produtos. O cardápio da agricultura familiar chega a 1000 produtos", declarou.

O petista, então, passou a criticar o grupo político dominante no Legislativo. "No Congresso Nacional, o Centrão impõe regras do orçamento secreto, que agora não é tão secreto, mas de captura do orçamento. A gente precisa libertar o orçamento para as políticas públicas do Brasil. Para isso, precisa ter uma mobilização, e os nossos deputados são tão parceiros", disse.

"Precisamos libertar o orçamento dessas emendas, porque essas emendas tinham que vir para a reforma agrária, a agricultura familiar, a mecanização", reforçou Paulo Teixeira. O ministro ainda disse que a "classe dominante" no Brasil não admite que trabalhadores rurais, camponeses, quilombolas, indígenas e sem-terra tenham direito à terra.

Nesta sexta-feira, 8, o PT aprovou a versão preliminar de uma resolução política que faz críticas ao Centrão. "As forças conservadoras e fisiológicas do chamado Centrão, fortalecido pela absurda norma do orçamento impositivo num regime presidencialista, exercem influência desmedida sobre o Legislativo e o Executivo, atrasando, constrangendo e até tentando deformar a agenda política vitoriosa na eleição presidencial", diz um trecho do documento.

Para aprovar sua agenda no Congresso, Lula fez uma série de mudanças ministeriais ao longo do ano para incluir na Esplanada partidos do Centrão. A aliança do governo com esse grupo político incluiu a ida de André Fufuca (PP) para o Ministério do Esporte e a de Silvio Costa Filho (Republicanos) para Portos e Aeroportos. Além disso, a presidência da Caixa Econômica Federal foi assumida por Carlos Antônio Vieira Fernandes, indicado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O comando da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) também está em negociação.

Nesta semana, o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, Danilo Forte (União Brasil), apresentou seu parecer com uma série de medidas que aumentam o poder do Congresso sobre o Orçamento e reduzem o poder de barganha do Planalto nas votações.

Como antecipou o Broadcast Político do Estadão, o deputado estabeleceu um calendário que obriga o governo a empenhar (reservar para pagamento) todas as emendas até o mês de julho de cada ano. No caso de emendas das áreas de saúde e assistência social, a execução, ou seja, a liberação de fato do dinheiro, deverá ocorrer também nesse período.

Atualmente, o presidente da República edita decretos que fixam limites mensais de empenho e pagamento das verbas públicas. As emendas impositivas - as individuais e as de bancada estadual - são hoje de pagamento obrigatório, mas o governo consegue controlar o ritmo da liberação dos recursos. Com o calendário mais apertado estabelecido na LDO por Forte, os parlamentares ficarão menos "reféns" do Planalto, na visão de Forte.

Emendas parlamentares são recursos no Orçamento do governo federal que podem ser direcionados aos redutos eleitorais de deputados e senadores para, por exemplo, realizar obras e implementar políticas públicas. Em ano de eleições municipais, como é o caso de 2024, os parlamentares costumam usar essa prerrogativa para tentar impulsionar candidaturas de aliados a prefeituras e câmaras de vereadores.

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, afirmou à militância do PT neste sábado, 9, que é preciso parar de usar o termo "bolsonarismo" e substituí-lo por "fascismo". Janja participou de uma mesa na Conferência Eleitoral e Programa de Governo PT, em Brasília, e afirmou que "se tudo der certo", o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) logo estará preso.

"Eu estou convencida que a gente precisa deixar de usar o termo ‘bolsonarismo’. Esse cara, o inominável, está inelegível e, se tudo der certo, logo ele vai estar ó (faz o símbolo de ‘atrás das grades’ com as mãos)", afirmou.

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"A gente precisa começar a chamar as pessoas de fascista, porque é isso que elas são. É o fascismo que mata, que nos anula, que quer nos anular. Então, a gente precisa deixar esse período para trás e mudar, virar essa chave, começar a usar o termo ‘fascista’. Deixar esse cara lá no lugar que lhe é de direito para a história, que é nada, a lata do lixo."

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou Bolsonaro inelegível por duas vezes neste ano. Em junho, a Corte enquadrou o ex-chefe do Executivo por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em razão da reunião em que atacou as urnas eletrônicas diante de diplomatas por 5 votos a 2.

Em outubro, o TSE impôs outro revés a Bolsonaro e o condenou novamente à inelegibilidade por um novo placar de 5 votos a 2. O general Walter Braga Netto, vice na chapa, também foi declarado inelegível. Os ministros também estabeleceram uma multa no valor de R$ 425 mil.

A Corte Eleitoral julgou três ações que atribuíram ao ex-presidente e ao general abuso de poder político, abuso de poder econômico e conduta vedada nas comemorações do dia 7 de setembro de 2022. A maioria considerou que Bolsonaro e seu vice usaram as cerimônias oficiais para fazer campanha e tentaram instrumentalizar as Forças Armadas para turbinar sua candidatura.

Bolsonaro é investigado em inquéritos da Polícia Federal (PF) perante o Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-presidente é alvo, por exemplo, de apurações envolvendo o casos das joias e dos cartões de vacinação.

O ex-presidente é suspeito de ter feito uma intervenção, pessoalmente e por meio de funcionários do próprio gabinete, para conseguir para si a liberação de um conjunto de joias, dado pelo governo da Arábia Saudita. Como foi um presente institucional, ele deveria ser catalogado e incorporado ao patrimônio da União. O caso foi revelado pelo Estadão.

Em maio, Bolsonaro foi alvo de uma operação da PF e teve o celular apreendido. Ele é suspeito de ter fraudado o próprio cartão de vacinação e o da filha mais nova, Laura, antes de ir para os Estados Unidos, nos últimos dias de dezembro de 2022.

O ex-presidente afirma que não tomou nenhuma dose do imunizante contra a covid-19, mas a PF identificou que duas doses da vacina constavam do cartão do Conecte SUS. O ajudante de ordens da Presidência, tenente-coronel Mauro Cid, foi preso nesta investigação. O militar foi solto após fechar delação premiada.

A meta de déficit zero para 2024 continua gerando divergências dentro do PT. Neste sábado, na conferência eleitoral do partido, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, discordaram sobre a relação entre o resultado primário e crescimento da economia. Enquanto Haddad diz que não existe correspondência entre déficit e avanço do PIB, Gleisi criticou a meta zero e defendeu sua flexibilização.

Haddad explicou a uma plateia de filiados ao partido que essa relação não é automática e citou como exemplo as gestões anteriores de Lula, em que houve superávit primário de 2% e a economia cresceu, em média, 4%. Ele lembrou que Gleisi havia falado, mais cedo, que o déficit de 2023 se aproximava de 2%.

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"Não é verdade que déficit faz crescer. De dez anos para cá, a gente fez R$ 1,7 trilhão de déficit e a economia não cresceu. Não existe essa correspondência, não é assim que funciona a economia. Depende, dependendo da situação econômica você tem que ampliar os investimentos", disse, e citou a expansão de gastos de 2009, na esteira da crise econômica global de 2008.

Pouco antes, Gleisi havia destacado medidas tomadas anteriormente por Lula, como a ampliação das reservas cambiais, e o aumento do investimento estrangeiro no País para dizer que confiança "não tem nada a ver com o fiscal". "Esse ano faremos déficit de quase 2% do PIB", disse.

O Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 5º bimestre ampliou a estimativa de déficit primário total de 2023 para R$ 177,4 bilhões (1,7% do PIB). No relatório bimestral de setembro, a estimativa de rombo total era de R$ 141,4 bilhões (1,3% do PIB). A meta de resultado primário do Governo Central deste ano é de saldo negativo de até R$ 213,6 bilhões (2% do PIB), no valor ajustado divulgado neste documento, mas a Fazenda chegou a prometer no começo do ano um rombo bem menor, de 1,0% do PIB ou cerca de R$ 100 bilhões.

Gleisi disse que este governo fez campanha política com discurso expansionista, e que o mercado já sabia o que seria feito. Ela voltou a dizer que a política monetária está fora do alcance de gestão do governo, mas a política fiscal está. "Por que vamos nos impor um autolimite quando não precisamos disso? Vamos sair de um déficit de quase 2% para um déficit zero, temos de colocar isso", disse a Haddad.

Haddad disse que apesar de terem pontos de vista diferentes, o foco do debate não era a discordância entre ele e Gleisi. O ministro da Fazenda defendeu uma pactuação do Orçamento, privilegiando a qualidade do gasto, e reconheceu que a política monetária tem uma gordura maior para cortar do que a fiscal.

"Graças a nossa política, o BC ficou constrangido a baixar os juros; Fez isso pelas circunstâncias. Com o dólar caindo, a inflação acomodando, qual é a justificativa para manter a taxa de juros?", disse.

O ministro pontuou, no entanto, que a conjuntura é complexa e o governo não ganhará por nocaute ou bala de prata, defendendo que o governo está colocando as coisas nos devidos lugares. Ele também defendeu o papel da Fazenda na negociação e disse que com os assuntos muito técnicos, qualquer vírgula pode significar bilhões.

"Eu acho que a gente consegue apertar os parafusos de um jeito que o juro cai, economia cresce, resolve algum nó tributário, de quem não paga funcionário, traz para dentro do sistema. Mas não tem bala de prata, não existe. É um conjunto de medidas que tem de ser tomadas para organizar uma saída para fazer a economia crescer com consistência", defendeu.

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, afirmou neste sábado, 9, que vai continuar acompanhando o marido, presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em encontros de trabalho. Em mensagem, durante a Conferência Eleitoral e Programa de Governo do partido, em Brasília, Janja rebateu críticas sobre as viagens que faz com Lula.

"Você fez uma fala ótima (dirigindo-se à Anne Moura, secretária nacional de Mulheres do PT) agora, que eu falei até esses dias numa reunião que eu estava lá no G-20. Todo mundo fica falando: ‘O que ela (Janja) está fazendo lá com o presidente? Ela não foi eleita’. Dane-se, eu vou estar sempre", afirmou a primeira-dama, sob aplausos da militância do partido.

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"Ninguém me deu aquele lugar, eu conquistei."

Janja tem sido presença constante em viagens institucionais do presidente. A primeira-dama viajou à Índia com Lula, em setembro, quando o petista assumiu a presidência do G-20. Em novembro, afirmou que desejava ter um gabinete próprio no Palácio do Planalto, onde o marido despacha com auxiliares.

A primeira-dama participou da mesa "O Poder Político com a Cara do Brasil" sobre as eleições do ano que vem, durante a conferência petista deste sábado. Janja relembrou uma crítica que fez ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, que afirmou que os homens precisavam dar mais espaço às mulheres.

Durante a conferência, a primeira-dama defendeu a entrada de mais mulheres na política e afirmou que as cotas "já não bastam". Desde 2009, os partidos e as coligações são obrigados por lei a destinar o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo. A determinação vale eleições para Câmara dos Deputados, Câmara Legislativa do Distrito Federal, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais.

Janja declarou que é preciso "superar um pouco esse discurso das cotas". A primeira-dama apontou que as mulheres devem "lutar por cadeiras" e "por equidade". Segundo a primeira-dama, "o sistema partidário e eleitoral do jeito que está posto no Brasil, a gente não consegue".

"Eu chego à conclusão que ele foi feito para isso mesmo, né, para a gente nunca conseguir", afirmou. "A gente precisa 50-50%."

A primeira-dama disse que ela própria fica "um pouco indignada" com "algumas fotos" de reuniões "que saem homens brancos". "Essa, infelizmente, ainda é a realidade da política. É por isso que a gente está aqui", afirmou. "Lutar por nosso espaço."

Em outubro, Lula recebeu críticas por derrubar a terceira mulher de seu governo e entregar o cargo a um homem. Rita Serrano perdeu a presidência da Caixa Econômica Federal porque o presidente aceitou ceder ao apetite do Centrão, entregando o posto a um homem. Pelo mesmo motivo, o petista também tirou Daniela Carneiro, do Turismo, e Ana Moser, do Esporte.

Quando foi eleito, Lula prometeu dar mais equilíbrio de gênero na composição de governo. O presidente anunciou o primeiro escalão com 11 mulheres - nem a metade da Esplanada, composta por 37 ministérios no início do governo. Agora, a gestão tem 38 pastas, com a criação do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, para abrigar Márcio França.

O presidente também foi cobrado a indicar uma mulher para duas vagas que abriram no Supremo Tribunal Federal (STF), mas não cedeu aos apelos, indicando dois homens.

A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), defendeu nesta sexta-feira, 8, em evento do partido sobre as eleições de 2024, que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja preso. A declaração foi acompanhada de gritos de "sem anistia" por parte da plateia de militantes petistas presentes no auditório.

"Destino de Bolsonaro não pode ser somente a inelegibilidade, tem de ser a cadeia", afirmou Gleisi.

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A presidente do PT disse que "com a extrema direita não se brinca" e que "não basta só mostrar os bons programas que estamos implementando".

"Temos embate político com extrema direita, que a cada dia se mostra mais ousada, movimentando-se pelo país e atacando o governo e o PT com suas fake news. Precisamos enfrentar essa gente, com a extrema direita não se brinca. Não se dá anistia. Governo, partidos e movimentos têm de estar na luta política. Não basta só mostrar os bons programas que estamos implementando. É preciso mostrar a destruição que Bolsonaro e sua turma fizeram ao Estado brasileiro. Esse campo político não pode baixar a guarda", afirmou.

"Derrotamos Bolsonaro, mas ainda temos de derrotar o bolsonarismo temos de fortalecer nossas ações nas redes sociais", completou.

Gleisi também criticou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que, segundo ele, está "sabotando o País" com a atual taxa de juros.

"Brasil só não cresceu mais por conta da maior taxa de juros do planeta, juros escorchantes, impostos por uma direção do Banco Central indicada por Bolsonaro, cujo presidente permanece sabotando o país, apesar de suas posições neoliberais terem sido derrotadas nas urnas", disse.

Para a presidente do PT, "não precisamos prestar contas ao mercado, precisamos prestar contas ao povo brasileiro".

Gleisi disse que o partido está "retomando sua organização em modo campanha" para as eleições de 2024. No ano que vem, a sigla terá o desafio de deixar para trás resultados ruins registrados em 2016 e 2020 nas eleições municipais e voltar a ser um partido relevante do ponto de vista do número de prefeituras em todo o País, principalmente nos grandes centros.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta sexta-feira, 8, que será um "bom cabo eleitoral" para os candidatos petistas nas eleições municipais e que as ações do governo começarão a aparecer a partir do ano que vem.

"Não tenho pressa, faz um ano que assumimos e não aconteceu tudo. As coisas não nascem no dia. 90% das coisas que anunciamos ainda não brotou. E é o ano que vem que vai começar a brotar e vocês vão estar em campanha", afirmou o presidente.

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Lula disse que não conseguirá visitar todas as cidades, mas se comprometeu a seguir o que a direção do partido definir para fazer campanha no ano que vem. Também colocou seus ministros à disposição para ajudarem nas campanhas eleitorais.

"É uma campanha que vamos ter que nacionalizar. Ministros não podem fazer campanha no horário de trabalho, mas depois a gente pode dar um pitaco, quando tiver acabado a jornada da gente", afirmou, em tom de brincadeira.

Apesar disso, o presidente tentou incentivar o trabalho de militância ao dizer que não são as ações do governo federal que vão, por si só, garantir as eleições.

"Não tem nenhum governo em nenhum País que em tão pouco tempo fez o que fizemos nos primeiros meses do nosso governo, mas não é isso que vai ganhar as eleições. Pode ajudar. Mas o que vai ganhar as eleições é a gente ter coragem de fazer o embate político ideológico com os nossos adversários, para que a gente possa mostrar a diferença de projetos de cidades", afirmou.

O presidente tentou blindar a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e a direção do partido dos pedidos recorrentes por fatias do fundo eleitoral no ano que vem. Disse diversas vezes que o dinheiro é importante, mas não mais que o trabalho de militância.

"O dinheiro pesa, mas o trabalho de base não tem dinheiro que compre. E precisamos voltar a fazer trabalho de base. Não podemos ter candidato querendo comprar apoio de um líder de bairro, não podemos ter candidato querendo comprar apoio não. Apoio se conquista, a gente trabalha, vai para a rua", afirmou o presidente.

Apesar das críticas construtivas aos aliados, Lula foi ovacionado e aplaudido algumas vezes durante o seu discurso e contou com o apoio da plateia e dos petistas que estavam ao palco ao seu lado, como a presidente do PT, alguns ministros, governadores e parlamentares.

O senador Sergio Moro (União-PR) foi ouvido nesta quinta-feira, 7, pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) na ação que pode levar à cassação do seu mandato. Ele negou irregularidades nos gastos de campanha.

O Estadão apurou que o senador se recusou a responder às perguntas formuladas pelas partes e deu explicações apenas aos questionamentos do juiz do caso.

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A coligação Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), que move uma das ações, preparou mais de 200 perguntas. Moro não era obrigado a comparecer ao depoimento nem a responder às indagações.

Ao deixar o prédio da Justiça Eleitoral, o senador falou com a imprensa e reiterou que todos os seus gastos de campanha foram declarados e respeitaram a legislação. "O que você tem é um monte de nada, um grande castelo de cartas que nós começamos a desmontar hoje", afirmou.

Moro enfrenta duas ações na Justiça Eleitoral, que o acusam de abuso de poder econômico, abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação na campanha ao Senado.

Um dos processos é movido pelo diretório estadual do PL, com aval do presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto. O PL é o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem Moro se aliou na campanha de 2022 contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Eles estavam rompidos desde que o ex-juiz deixou o cargo de ministro da Justiça acusando Bolsonaro de tentar interferir na Polícia Federal para blindar aliados de investigações. A segunda ação é movida pela Federação Brasil da Esperança.

Os partidos questionam gastos na pré-campanha, quando Moro ainda estava filiado ao Podemos, e na campanha, quando o senador migrou para o União Brasil. São despesas como compra de carro blindado, compra de celular, evento partidário e viagem. As campanhas no Brasil são financiadas com recursos públicos do Fundo Eleitoral, que é repassado aos partidos para custear as candidaturas.

"O que me deixa profundamente ofendido, violado até neste aspecto, é quando as partes alegam que gastos com segurança deveriam ser considerados para a cassação do meu mandato", reagiu nesta quinta ao deixar o TRE. "Andar de carro blindado e andar com segurança não traz nenhuma vantagem em eleições."

Moro justificou que o reforço na segurança foi colocado como condição na negociação com os partidos para lançar candidatura. Disse ainda que a atuação na Operação Lava Jato e no Ministério da Justiça o colocaram como alvo. A Polícia Federal descobriu, em março, um plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para sequestrar e matar o senador.

"Eu fui juiz da Lava Jato, vim ao Brasil para uma eleição altamente polarizada, na qual um candidato no passado chegou até a ser esfaqueado", justificou. "Além disso, meu trabalho como ministro da Justiça, que nós fomos para cima do crime organizado, exigia. E nós sabíamos que havia um risco de sofrermos atentado, como existe até hoje e como depois até se confirmou."

O senador também está na mira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Como mostrou o Estadão, ao mandar investigar o ex-juiz, o ministro Luis Felipe Salomão, corregedor nacional do CNJ, começa a pavimentar o caminho para uma possível cassação do mandato, com base no mesmo precedente que deixou Deltan Dallagnol inelegível.

O Conselho Nacional de Justiça vai investigar se Sergio Moro usou a magistratura com fins político-partidários e se cometeu irregularidades na gestão das multas dos acordos de delação e leniência homologados na Lava Jato.

A vereadora do Recife, Liana Cirne (PT), disparou críticas o ex-ministro do Turismo e ex-presidente da Embratur, Gilson Machado (PL), logo após ele assumir a presidência do PL em Pernambuco e ter seu nome anunciado como pré-candidato à Prefeitura do Recife. Em um vídeo publicado em suas redes sociais, Cirne disse que Gilson é um dos maiores “bajuladores, conivente e cúmplice” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

A petista também afirmou que enquanto ministro, o pernambucano “cumpria um papel vergonhoso na garupa de Bolsonaro em suas motociatas”.  "Um dos maiores bajuladores, conivente e cúmplice de Bolsonaro, quer ser prefeito do Recife. A marca de Gilson, enquanto ministro, foi de garupeiro do inelegível. Nas poucas agendas em Pernambuco com seu chefe, ele cumpria um papel vergonhoso na garupa de Bolsonaro em suas motociatas antidemocráticas. Nossa cidade não merece ter um gestor que faz parte da cúpula suja, composta com o pior da política", disparou. 

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Posse como presidente do PL 

Gilson Machado foi empossado como presidente da sigla em uma cerimônia realizada nesta quarta-feira (6), em Brasília, no Distrito Federal. A cerimônia contou com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro, dos deputados Coronel Meira, Marco Feliciano e André Ferreira, o senador Magno Malta e outras lideranças locais e nacionais.

O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), instituiu a poupança de incentivo à permanência e conclusão escolar para estudantes do ensino médio, nesta terça-feira (28). O projeto visa ajudar jovens de baixa renda para evitar a evasão escolar dos anos finais. 

O jovem que fizer parte do programa irá receber uma parte da poupança todo mês, e a outra parte será para o fim de cada etapa letiva. As famílias inscritas no Cadastro Único para programas sociais terão direito ao fundo de incentivo.

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Os ministérios da Educação e da Fazenda irão trabalhar juntos para definir valores, formas de pagamento, critérios de operacionalização e uso da poupança de incentivo à permanência e conclusão escolar. Os estudantes receberão o benefício em uma conta que será aberta no seu nome.

A medida provisória foi publicada no Diário Oficial da União e terá parceria da Caixa Econômica Federal na administração da poupança de até R$ 20 bilhões, que pode contar com recursos públicos e privados. Os estados, municípios e o Distrito Federal poderão se articular para aumentar os esforços no combate à evasão dos beneficiários.

Para ter direito à poupança, é preciso ter frequência mínima, garantir a aprovação ao fim do ano letivo e fazer a matrícula no ano seguinte (quando for o caso), garantir a participação em exames como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 

O valor da poupança não será considerado em cálculos da renda familiar para a concessão ou recebimento de outros tipos de benefícios do governo. 

A MP ainda afirma que o programa poderá contar com receitas federais da exploração de óleo e gás, de acordo com a legislação atual que prevê o uso prioritário dos recursos do pré-sal em educação pública e na redução das desigualdades.

Segundo o ministro da Educação, o primeiro ano do ensino médio é o que registra maior número de evasão, abandono e reprovação. “Nós perdemos hoje milhares de jovens no ensino médio que abandonam a escola, às vezes por necessidade de trabalhar desde cedo. Não tenho dúvidas de que essa vai ser uma das principais políticas desse governo para não perdermos esses jovens", declara Camilo Santana.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva instalou nesta quinta-feira (23) uma comissão administrativa para a coordenação da presidência brasileira no G20, que começará a partir do dia 1° de dezembro.

De acordo com o petista, este possivelmente é o mais importante evento internacional que o Brasil vai assumir a responsabilidade de coordenar.

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Durante cerimônia em Brasília, Lula destacou as prioridades da gestão brasileira, como o combate à desigualdade, à fome, à pobreza, além da luta contra as mudanças climáticas e a transição energética.

Para o líder brasileiro, a "transição energética se apresenta para o Brasil como a oportunidade que nós não tivemos no século 20".

Em seu discurso, Lula também disse que quer fazer uma "grande discussão" sobre a governança mundial e o funcionamento das instituições multilaterais de crédito, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.

Segundo ele, é preciso que essas instituições deem prioridade às necessidades dos países em desenvolvimento e avaliem formas de renegociação de dívidas de nações em crise, como a Argentina.

O presidente enfatizou que não é possível que as instituições "continuem funcionando como se nada tivesse acontecendo no mundo, como se tivesse tudo resolvido".

"Muitas vezes instituições que emprestam dinheiro, não com o objetivo de salvar o país que está tomando o dinheiro emprestado, mas para pagar dívida, e não para produzir um ativo produtivo, em uma demonstração que não há contribuição para salvar a vida dos países, estamos vendo o que aconteceu na Argentina, estamos vendo o continente africano com US$ 800 bi de dívida e que se não houver uma rediscussão de como fazer financiamento para países pobres a gente não vai ter solução", explicou.

A Comissão Nacional para a Coordenação da Presidência Brasileira do G20 será composta por 39 órgãos do governo, divididos em dois grupos.

Conforme divulgado por Lula, o governo divulgará a partir de dezembro calendários e notas que vão orientar os trabalhos relacionados ao G20. Durante a cerimônia também estiveram presentes ministros do governo, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso.

*Da Ansa

O prefeito do Paulista, Yves Ribeiro, é o mais novo membro do Partido dos Trabalhadores (PT). O gestor deixa o MDB, cuja legenda estava desde 2019. O ingresso no PT teve a chancela dos diretórios municipal e estadual.

A mudança foi comunicada ao presidente do MDB, ex-deputado federal Raul Henry. A decisão ocorreu de forma consensual. Com isso, o partido continua na base do governo Yves Ribeiro.

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"A minha trajetória política se identifica muito com a do presidente Lula. Eu fui operário e ele também. Temos uma ótima relação. No último governo, Lula liberou para Paulista cerca de R$ 300 milhões. E a parceria também será estabelecida neste terceiro mandato do presidente", projetou Yves Ribeiro.

*Da assessoria de imprensa

“É um divisor de águas”, arrematou o pré-candidato a prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PT), após evento em que o Republicanos firmou apoio à campanha, neste domingo (19), no bairro de Piedade do município da Região Metropolitana do Recife (RMR). Filiado ao PT desde setembro deste ano, o apoio de partidos de direita e centro junto à Federação PT-PCdoB-PV é uma via utilizada para a chamada frente ampla em campanhas eleitorais. 

“Nós tínhamos inicialmente a Federação, PRTB, mas a pretensão nossa era fazer uma frente ampla, e o Republicanos sinaliza e concretiza esse nosso desejo, essa nossa estratégia de ter uma frente ampla, vindo da esquerda, passando para o centro, e incorporando novas tendências, do ponto de vista ideológico, e lideranças importantes, como é o caso do ministro Silvio Costa Filho”, declarou o ex-prefeito de Jaboatão Guararapes e do Cabo de Santo Agostinho. 

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A ideia proposta é de construir alianças com partidos relevantes no cenário de Pernambuco, como é o caso do PSB, cuja possível parceria de campanha foi mencionada por Gomes como “um namoro, que tá virando um noivado, e que breve vai virar casamento, mas tudo em seu tempo”. 

Republicanos inicia apoio em Jaboatão 

Jaboatão dos Guararapes é o segundo maior colégio eleitoral de Pernambuco, tendo sido essa umas das primeiras razões para que o Republicanos, atualmente sendo da base aliada do governo federal, decidisse apoiar a candidatura do petista. É o que confirmou o ministro dos Portos e Aeroportos Silvio Costa Filho (Republicanos), que esteve presente no evento partidário.

“A gente tá trabalhando para ampliar o palanque do presidente Lula. [Lula] tem muito apreço pelo prefeito Elias, e a gente vai ao lado de Elias, ao lado do PT, ao lado de muitas lideranças do nosso estado, fortalecer o time do presidente Lula em Pernambuco”, confirmou o ministro. 

 

O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), confirmou apoio ao pré-candidato do Partido dos Trabalhadores, Elias Gomes, à prefeitura do município de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR). O evento partidário aconteceu neste domingo (19), em um hotel no bairro de Piedade, próximo à orla, com a participação do presidente do Republicanos Pernambuco, Samuel Andrade.

Estiveram presentes demais correligionários, como o ex-deputado federal Silvio Costa, pai do atual ministro, a prefeita de Camaragibe, também na RMR, Dra Nadegi, os deputados estaduais João Paulo (PT), Doriel Barros (PT), Mario Ricardo (Republicanos), o deputado federal Carlos Veras (PT-PE), além de representantes de outros partidos, como o Rede e o PCdoB.

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Elias Gomes foi prefeito de Jaboatão por dois mandatos consecutivos, de 2009 até o final de 2016, quando ainda era filiado ao PSBD. Sucedido por Anderson Ferreira (PL), o agora petista vai pleitear o cargo nas eleições de 2024 contra o atual prefeito da cidade, Mano Medeiros (PL), que assumiu o cargo quando Ferreira se lançou candidato ao governo do estado em 2022.

O pré-candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) à Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, comemorou, nesta terça-feira (14), o apoio do Republicanos à ampla frente progressista-democrática que tem sido construída com foco nas eleições de 2024. O anúncio foi feito há pouco, por meio de uma publicação no Instagram, após encontro entre Elias e o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e que contou ainda com a participação do secretário de Saneamento do Recife, Tomé Franca, e do presidente do Republicanos em Pernambuco, Samuel Andrade.

A formalização do apoio do Republicanos à pré-candidatura de Elias Gomes irá ocorrer no próximo domingo (19), em um ato no Hotel Barramares, no bairro de Piedade. O evento é aberto ao público e irá reunir as principais lideranças dos partidos e de legendas aliadas, a exemplo do PV e do PCdoB, que ao lado do PT integram a federação Brasil da Esperança.

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"Sem dúvida alguma, Elias foi o melhor prefeito da história do Jaboatão, e tenho muita confiança de que voltará a ser prefeito, levando um conjunto de investimentos para a cidade, trabalhando ao lado do presidente Lula (PT) pelo desenvolvimento econômico, pelo bem-estar social e fazendo muito do que fez lá atrás", afirmou o ministro Silvio Costa Filho. "Conte comigo, Elias", acrescentou.

"É com uma enorme alegria que recebo esse voto de confiança, esse apoio em favor do nosso projeto, mas, principalmente, em favor da cidade do Jaboatão. Essa é uma união norteada pelo sentimento de prosperidade e pela vontade conjunta de fazer o município voltar a trilhar o rumo do desenvolvimento. Obrigado, ministro", pontuou Elias.

*Da assessoria de imprensa

O secretário da Juventude do Partido dos Trabalhadores (PT) em Pernambuco, Cleyton Manoel, denunciou que foi espancado e vítima de homofobia. Segundo relato dele nas redes sociais, o crime aconteceu enquanto caminhava em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR), no último sábado (11).

Em uma publicação com fotos em que mostra o corpo bastante machucado, Cleyton contou que estava caminhando pelo centro da cidade quando foi agredido fisicamente e verbalmente com ataques homofóbicos. O petista disse que ainda teve o celular roubado e os óculos quebrados.

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“Hoje venho relatar a vocês que, infelizmente, entrei nas estatísticas da violência LGBTfóbica que oprime, agride e mata nossa população diariamente. Ontem, numa caminhada pelo centro de Abreu, fui agredido brutalmente após algumas agressões verbais LGBTfóbicas”, contou, em publicação feita através do Instagram nesse domingo (12).

“Eu estou bem, sendo cuidado por amigos e familiares, apesar da dor mais profunda partir da sensação de impunidade daqueles que nos agridem e matam. O ódio que foi instalado na sociedade precisa ser combatido diariamente, para que nenhuma mais sofra e para que nenhuma mais morra. Nossa batalha é essa!”, emendou o secretário de Juventude do PT.

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Na publicação, Cleyton recebeu mensagens de apoio e solidariedade de correligionários. A senadora Teresa Leitão escreveu: Soube agora, Cleyton! Minha solidariedade! Estou acompanhando as providências jurídicas necessárias! Se cuide, não fique sozinho, a dor é grande mas não é somente sua. É nossa também. Beijo”.

A vereadora do Recife, Liana Cirne, também prestou seu apoio ao petista. “Cleyton, minha total e irrestrita solidariedade! Conte com nosso apoio para que sejam tomadas as medidas judiciais cabíveis e haja uma punição exemplar dos criminosos!”, disse.

Vereadores de Abreu e Lima também se posicionaram. “Cleyton, minha solidariedade está contigo neste momento difícil. Lembre-se de que você não está sozinho e que, juntos, devemos nos unir para combater o preconceito e a intolerância. A homofobia não tem lugar em nossa sociedade e é nossa responsabilidade garantir que episódios como esse nunca se repitam”, escreveu a parlamentar Milena Araújo.

O LeiaJá entrou em contato com a Polícia Civil para saber detalhes sobre a investigação, mas, em nota, a corporação disse que “até o presente momento não foram localizados registros referentes ao caso”. Também entramos em contato com Cleyton Manoel, mas ainda não obtivemos retorno. 

Vice-presidente nacional do PT, o senador Humberto Costa se reuniu, nesta quarta-feira (8), com o presidente Lula, em seu gabinete, no Palácio do Planalto. Na pauta, o fortalecimento da sigla em todo o país. Humberto é coordenador nacional do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) do partido e a meta é ampliar o número de prefeituras e de vereadores do PT em todo o Brasil.

“O presidente está otimista quanto à eleição do ano que vem. O governo Lula vem avançando a passos largos na reconstrução do Brasil. É claro que isso vai ter repercussão na disputa. Nós temos o maior e melhor cabo eleitoral do Brasil”, disse o senador, que tem atuado em todos os estados e conversado com os diretórios municipais e estaduais para buscar entendimentos e construir o caminho de fortalecimento do partido.
Humberto aproveitou a ocasião para agradecer o empenho do presidente em incluir na reforma tributária, aprovada nessa quarta-feira (8) pelo Senado, a prorrogação dos benefícios fiscais para o setor automotivo no Nordeste e no Centro Oeste até 2032. “O presidente teve um papel muito importante para que a gente conseguisse incluir os incentivos para empresas automotivas na reforma. Os benefícios vão assegurar empregos e ajudar o nosso estado a avançar”, afirmou.
Humberto disse que o presidente também planeja retornar a Pernambuco assim que for possível. “Lula está com todo gás e falou que quer muito percorrer todo o Brasil. Nosso estado, claro, está entre as prioridades. Ele tem um carinho enorme pelos pernambucanos”, afirmou. Após o encontro, Humberto participou, junto com o presidente, a governadora Raquel Lyra (PSDB), ministros e a bancada de Pernambuco da assinatura da Ordem de Serviço da duplicação da BR-423, cujas obras começarão pelo trecho São Caetano-Lajedo, orçado em R$ 330,3 milhões. 

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*Da assessoria de imprensa

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