Depois da educação escolar, é hora de decidir qual profissão seguir. O método de escolha dos cursos varia de um estudante para outro. Enquanto alguns priorizam a paixão pela carreira almejada, muitos candidatos vislumbram a remuneração. A questão financeira começa a ser questionada pelos alunos antes mesmo do estudante adentrar a faculdade.
O jovem Felipe Souza, que vai cursar o último ano do ensino médio, não tem dúvidas sobre a sua futura profissão. E o que pesou não foi a vocação, mas o possível rendimento financeiro. Ele pretende estudar direito e conquistar uma vaga como juiz, cuja remuneração fica em torno dos R$ 20 mil por mês. “Eu não vou estudar para ganhar um salário ‘miserável’. Quero ser juiz, por isso vou cursar direito, pois é uma das profissões que pagam melhor. No começo eu queria estudar educação física, mas o salário é muito pequeno e não tem muito reconhecimento profissional”, afirmou.
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Já a técnica de enfermagem, Amanda Nathalye, prefere trabalhar por amor. Ela deseja ser médica, mas a alta concorrência ainda não permitiu a realização desse sonho. Aos 22 anos, a estudante tentou por duas vezes o vestibular de medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), mas não obteve êxito. Este ano ela decidiu abrir o leque e partir para a segunda opção: o curso de odontologia. “Medicina sempre foi o meu sonho e eu vou continuar tentando. Mas enquanto isso não vou esperar mais um ano parada e vou seguir a minha outra paixão, que é a odontologia. Além de ter um campo de atuação amplo, tem uma boa remuneração e eu posso ser uma profissional independente“, ressaltou.
O estágio é uma das primeiras formas de ingresso no mercado de trabalho. Por se tratar de estudantes, as remunerações não se equiparam a de um profissional graduado, mas algumas áreas conseguem pagar bolsas bem atrativas. De acordo com o levantamento realizado pela equipe de validação de vagasn do Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), em Pernambuco, a concessão dos melhores benefícios está relacionada aos cursos de direito, engenharia civil, administração, ciências contábeis e ciência da computação. No entanto, as remunerações podem variar de uma região para outra.
No Recife, a bolsa de direito pode chegar a R$3.500, as engenharias pagam em média R$2.800, enquanto a remuneração para o estudante de ciências da computação fica em torno de R$2.100. Já em Petrolina, o estágio em direito paga bolsa de um salário mínimo e em Caruaru, administração é o curso mais bem remunerado, R$1.796,46.
Ainda segundo a amostra, cursos como administração com ênfase em marketing da moda e ciências econômicas têm tido remuneração elevada na capital pernambucana, com salários de R$1.796,45 e R$1.648,12, respectivamente. Em Caruaru, o destaque é para arquitetura e urbanismo e, em Petrolina, o bacharelado em educação física começa a ganhar espaço, ambos com remuneração de R$1 mil.
Mas, segundo a gerente operacional do Centro de Integração Empresa Escola de Pernambuco (CIEE), Ana Patrícia Gomes, não há como afirmar com exatidão as profissões que pagam melhor durante o período de estágio, pois cabe ao empregador estabelecer os benefícios. No entanto, a gerente adiantou que as profissões mais bem remuneradas também são as que oferecem melhores bolsas.
“A legislação de estágio define que todo estágio não obrigatório deve ser remunerado, mas não fixa valor de bolsa- auxílio. Logo é a empresa que define o valor da remuneração do estágio. No entanto, geralmente, aquelas áreas mais valorizadas para vagas de empregos são também as que oferecem melhores remunerações para o estágio. Somam-se a isso, a exigência de alguns conhecimentos extra-curriculares como por exemplo fluência em inglês, informática avançada ou curso específico para que haja elevação da bolsa-auxílio em relação a maioria das oportunidades de estágio”, explica a gerente operacional do CIEE-PE.
Com base nos dados divulgados pelo CIEE-PE, listamos os dez cursos que, este mês, ofereceram melhor remuneração na Região Metropolitana da Recife, Caruaru e Petrolina. E uma dica: as oportunidades ainda estão disponíveis no site do Centro de Integração Empresa Escola.
Recife:
Caruaru:
Petrolina: