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Famílias usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) têm enfrentado dificuldades para dar continuidade às terapias de atenção à pessoa com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Recife. Na manhã desta quarta-feira (27), mães de diversas partes da capital pernambucana se reuniram, no centro do Recife, em um protesto que cobrou do poder público ações imediatas nas unidades de saúde voltadas às questões mentais e do desenvolvimento. 

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De acordo com algumas chefes de família ouvidas pelo LeiaJá, a lista de espera para o tratamento contínuo regular chega a cinco anos, a depender do caso. Também há escassez de psiquiatras, fonoaudiólogos e neuropediatras, todos essenciais para o tratamento terapêutico de pessoas com TEA, mas também para pessoas com outras necessidades e transtornos. 

“A rede SUS está abandonando os pacientes com autismo, deficiência intelectual e transtornos mentais, especialmente crianças e adolescentes. Os CAPS estão sem psiquiatras para atender as demandas dos meninos. Conheço mãe na lista de espera há quatro anos e não consegue um neuropediatra. Em quatro anos, a medicação que esse menino tomava já mudou, ele já mudou”, disse Andreza de Castro, de 39 anos, ao LeiaJá

Castro mora no Recife e é mãe de Davi, de 13 anos, que a acompanhou no protesto. O menino recebeu o diagnóstico ainda no primeiro ano de vida, e atualmente faz terapia paliativa, pois não depende integralmente do SUS. “Mesmo sem depender apenas do público, vim aqui por elas”, continuou. 

“As mães têm precisado acionar o Samu para socorrer os seus filhos com crise de autoagressão e autolesão. E às vezes, quando o Samu chega, tem que acionar a polícia, porque os socorristas não conseguem conter a criança. Se essa criança tivesse tratamento e acompanhamento adequado, ela não estaria em surto. Estamos entrando em um estado em que as crianças estão colapsando e as mães também. Não existe assistência à mãe, que é cuidadora. Temos mães doentes, suicidas, dando entrada em urgências psiquiátricas porque não aguentam a sobrecarga”, completou Andreza. 

Assistência do SUS é insuficiente 

Para as famílias que não dependem do Sistema Único de Saúde em Pernambuco, a notícia boa chegou na última terça-feira (26): após muitas mobilizações de nível nacional, a Seção Cível do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) julgou um Incidente de Assunção de Competência (IAC) sobre a responsabilidade dos planos de saúde pelas despesas com tratamento multidisciplinar e terapias especiais aplicadas a pessoas com autismo. 

De forma unânime, a mesa negou provimento à apelação de um plano de saúde e ainda fixou nove teses jurídicas que garantem e definem o custeio e a cobertura por meio das operadoras de planos de saúde para o tratamento. No entanto, para quem depende da rede pública, a decisão não possui efeito. 

“Os meus outros dois filhos, que têm o grau mais avançado [de autismo] eu não consegui trazer, porque eles estão se agredindo em casa. Estão tendo crises diárias, sem terapia. O SUS não disponibiliza tratamento e o CAPS não serve para os meus filhos, porque a terapia dura só meia hora e não se vê avanço nos meninos. Estamos precisando muito de terapias, de dentistas, de escolas com suporte. Meu filho que tem grau severo foi aprovado para ser buscado pela condução e levado à escola, já tem um ano isso e a condução não vai. Não estamos aqui pedindo favor, é o nosso direito”, relatou Juliana Alves de Souza, de 36 anos, também moradora do Recife. 

A participante é mãe de quatro filhos, dos quais três são TEA, todos meninos. Cada um em um nível diferente: Calebe, de 12 anos, é grau um; Arthur, de quatro anos, é grau dois; e Davi, de 10 anos, é grau três. A filha Maria, de 16 anos, que é uma adolescente típica, é quem auxilia Juliana, junto ao marido, e fecha a rede de apoio da matriarca. 

“Meus filhos precisam de psiquiatra e neurologista; não têm. Precisando de dentista; não tem especializado. Geralmente, quando se consegue consulta no posto, a vaga vem depois de um ano ou mais, e isso é muito tempo para a criança esperar. Cada dia sem fazer o tratamento é um regresso, o trabalho é para ser feito diariamente”, continuou. 

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Daniele Pedrosa, de 37 anos, mora em Santo Amaro, no Recife, e é mãe de um menino com TEA de grau um. Vídeo: LeiaJá Imagens 

Participaram do protesto nesta quarta-feira (27) a Associação Mães de Anjos Azuis, o grupo Mães Especiais de Pernambuco, a Associação de Mães Atípicas de São Lourenço da Mata, a Aliança de Mães e Famílias Raras (AMAR), e o Instituto Crie Vida.

De acordo com a articuladora Daniele Pedrosa, desde 2019, há uma denúncia protocolada no Ministério Público de Pernambuco (MPPE), representando o interesse dessas famílias e solicitando o encontro com a Secretaria de Saúde do Recife (Sesau) e com a Secretaria Estadual (SES-PE), o que não aconteceu até essa quarta-feira (27), quando algumas das mães foram recebidas no Palácio do Campo das Princesas. 

Algumas das unidades de saúde mais mencionadas pelas famílias foram os CAPS da Encruzilhada (Zaldo Rocha) e Jardim São Paulo (Galdino Loreto), e também o CEMPI de Jardim São Paulo e a Fundação Altino Ventura da Iputinga, todas no Recife. O LeiaJá entrou em contato com a Sesau para obter informações sobre a disponibilidade de pessoal nesses locais e também sobre as demais opções disponíveis para os serviços. Confira na íntegra: 

“A Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife esclarece que oferece atendimento às crianças com transtorno do espectro autista (TEA) na rede própria, por meio das Policlínicas Lessa de Andrade, na Madalena, Albert Sabin, na Tamarineira, e Salomão Kelner, em Água Fria. Além disso, o serviço é ofertado nos Centros de Atenção Psicossocial da capital e em clínicas conveniadas. O acesso ao atendimento multidisciplinar da Rede de Saúde Municipal é feito por meio das unidades Básicas de Saúde ou dos Caps da cidade. Estes últimos têm demanda espontânea. A lista das 17 unidades dos Caps pode ser conferida aqui: https://bit.ly/2Rz6fzo

A Secretaria reforça o seu compromisso com a rede municipal de saúde e com os recifenses. Desde janeiro deste ano, nomeou, gradualmente, mais de 1.400. profissionais aprovados no último concurso público, realizado em 2019, que precisou ser interrompido em função da pandemia da covid-19. Desse total, mais de 900 já estão atuando nos equipamentos de saúde municipais. 

Sobre a queixa do déficit de profissionais para atendimento a crianças com autismo ou deficiência intelectual, a Sesau explica que, nos últimos dois meses, convocou mais de 100 profissionais para atuar nos serviços de saúde mental, entre médicos, enfermeiros, assistentes sociais e fonoaudiólogos, mas a adesão não aconteceu na mesma proporção da necessidade imposta. Enquanto isso, a Secretaria permanece empenhada para contratação desses profissionais.” 

 

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), em parceria com a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco (SECTI) e por meio da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), lançou o edital do Programa Estadual de Pesquisa Aplicada ao Sistema Único de Saúde (SUS).

A iniciativa tem como finalidade ampliar os investimentos em pesquisas que atendam aos problemas do SUS, fomentar o desenvolvimento científico em Pernambuco e qualificar as práticas de gestão de saúde do estado. Para isso, será destinado R$ 2 milhões para o financiamento de projetos de pesquisas em áreas definidas como prioritárias, de acordo com a situação epidemiológica.

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De acordo com o Secretaria de Saúde, as principais linhas de pesquisas foram agrupadas nos seguintes eixos: Ações Estratégicas de Vigilância em Saúde; Organização das Redes de Atenção à Saúde (RAS); Gestão do Trabalho e Educação na Saúde; Saúde da Mulher e Saúde Materno-Infantil; Economia, Gestão e Inovação em Saúde.

O presidente Jair Bolsonaro vetou integralmente projeto que prorroga, até 30 de junho, a dispensa do cumprimento de metas de desempenho às entidades que prestam serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS). O texto prevê ainda o repasse integral dos valores contratados em razão da pandemia da Covid-19.

 Segundo a Mensagem 214/2022, enviada na quarta-feira (4) ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, com a edição da portaria que declarou o encerramento da "emergência em saúde pública de interesse nacional", prevista para entrar em vigor em 22 de maio, não será necessária nova prorrogação. 

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De iniciativa do senador José Serra (PSDB-SP), o PL 2.753/2021 foi aprovado sob a forma de um substitutivo pelo Plenário em 23 de março, com relatoria da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA). A suspensão das metas havia sido estabelecida pela Lei 13.992, de 2020, com validade a partir do dia 1º de março anterior, e foi prorrogada duas vezes em razão da continuidade da pandemia, por meio das leis 14.061/2020 e 14.189/2021. A última ampliação assegurava a flexibilização até 31 de dezembro de 2021. 

A Constituição determina que o veto seja apreciado em sessão do Congresso, sendo necessária a maioria absoluta dos votos de deputados e senadores para sua rejeição. O veto não apreciado após 30 dias do seu recebimento é incluído automaticamente na pauta do Congresso, trancando as demais deliberações até ser votado. 

*Da Agência Senado

Foi inaugurado em Olinda, o Ambulatório de Saúde Integral Rafaella Cicarelly dedicado ao atendimento da população LGBTQI+. O espaço funciona na Policlínica da Mulher Sony Santos, Avenida Presidente Kennedy, em Peixinhos, de segunda a sexta, das 8h às 16h. 

O ambulatório conta com uma equipe composta por multiprofissionais, que possuem um olhar voltado para esse segmento, com escuta qualificada com atendimento médico, apoio psicológico, profissionais de enfermagem, testagens rápidas e farmácia, além de citologia e hormonoterapia.

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O atendimento é feito por demanda espontânea, mas é preciso apresentar documento de identificação com foto, cartão SUS, CPF e comprovante que reside em Olinda.

A militante e presidente da ONG Mães da Resistência, presente em 14 estados, Gi Carvalho, 49 anos, elogiou a iniciativa. “Nosso reconhecimento é de gratidão e conquista. Esse cuidado da Prefeitura de Olinda faz muita diferença na qualidade de vida dessa população”, afirmou.  

Para mais orientações a Secretaria de Saúde de Olinda disponibiliza o telefone (81) 9.9998.9268.

O Ministério da Saúde decidiu nesta sexta-feira, 1º de abril, incorporar no Sistema Único de Saúde (SUS) o primeiro remédio de eficácia comprovada para o tratamento de casos graves de covid-19. A inclusão havia sido recomendada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) esta semana. Estudos realizados em vários países, entre eles o Brasil, mostraram que o baricitinibe reduz em 38% a mortalidade de pacientes hospitalizados.

O Olumiant, nome comercial do medicamento, é produzido pela Eli Lilly. Já é usado em mais de 70 países, entre eles o Brasil. É aplicado no tratamento de artrite reumatoide e dermatite atópica.

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Em setembro do ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou seu uso no tratamento de pacientes adultos de covid-19. São casos de internados que precisam de oxigênio por máscara, cateter nasal, alto fluxo ou ventilação não invasiva. Outros 15 países já fazem esse uso do remédio. Trata-se de um imunomodulador. Atua no sistema imunológico reforçando as defesas e bloqueando vias inflamatórias.

"O Olumiant é um medicamento já disponível no SUS para a indicação de artrite reumatóide, portanto já temos entregas acontecendo para o governo", lembrou o diretor de assuntos corporativos e regulatórios da Lilly, Orlando Silva. "O governo já tem estoque disponível para atender imediatamente os pacientes em ambas as indicações."

A eficácia da droga no tratamento da covid foi testada em dois estudos clínicos internacionais. Esses trabalhos envolveram mais de 2,5 mil pacientes em vários países, inclusive no Brasil. No País, foram testados 366 pacientes em dezoito centros clínicos em cinco estados. A dose recomendada é um comprimido de 4mg ao dia, por 14 dias. O custo é de cerca de R$ 3 mil pelo tratamento completo. Segundo o fabricante, em todo o mundo, cerca de 740 mil pessoas já foram tratadas com o remédio.

"Na covid, o aumento da gravidade da doença pode estar associado a um estado hiperinflamatório", explicou a gerente médica da farmacêutica, Camila Tostes. "Estudos realizados mostraram que, através da inibição das proteínas JAK1 e JAK2, o remédio reduziu a "tempestade de citocinas" associada às complicações desta infecção.

Além disso, o medicamento tem um papel na inibição das proteínas das células hospedeiras que auxiliam na reprodução viral, reduzindo a capacidade das células infectadas de produzir mais vírus."

Segundo relatório técnico da Conitec, os pontos favoráveis à incorporação foram os desfechos positivos nos estudos. Os trabalhos mostraram redução da mortalidade em pacientes hospitalizados. Houve ainda avaliações econômicas e análises de impacto orçamentário. Elas sugeriram que o medicamento é sustentável para o SUS. E mostraram que não há outras opções de tratamento disponíveis.

"É um remédio muito bom para casos graves de covid, a um custo plausível", afirmou a pneumologista Margareth Dalcolmo, da Fiocruz. "É um excelente imunomodulador."

O ministério ainda não informou sobre expectativas de compra do produto para distribuição na rede pública.

Na última quarta-feira, 30, a Anvisa aprovou também o uso emergencial do Paxlovid. É uma droga indicada para o tratamento de casos mais leves de covid-19.

O remédio, fabricado pela Pfizer, reduz em 89% o risco de internação e morte por covid. Já é usado nos Estados Unidos e em alguns países da Europa.

O medicamento risdiplam, para tratamento de Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo I, está incorporado a partir desta segunda-feira (14) ao Sistema Único de Saúde (SUS).

A portaria da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, determinando a inclusão do medicamento, está publicada no Diário Oficial da União de hoje.

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Segundo Ministério da Saúde, a AME é uma doença genética que interfere na capacidade do corpo de produzir uma proteína considerada essencial para a sobrevivência dos neurônios motores. Sem ela, os neurônios morrem e as pessoas vão perdendo controle e força musculares, ficando incapacitados de se moverem, engolirem ou mesmo respirarem. O quadro é degenerativo e não tem cura.

A Atrofia Muscular Espinhal possui quatro subtipos, distintos conforme a idade de início dos sintomas. O tipo 1 é o mais grave da doença. A sua incidência é de um caso para cada seis a 11 mil nascidos vivos.

Na manhã desta sexta-feira (25), foi realizado o acolhimento dos 1.403 novos residentes, entre médicos e profissionais da saúde, que irão contribuir no Sistema Único de Saúde (SUS). O evento foi promovido pela Secretaria Estadual de Saúde e ocorreu de forma remota com transmissão ao vivo, através do canal do YouTube da Escola de Saúde Pública de Pernambuco (ESPPE).

O acolhimento contou com a participação do médico pediatra e membro da Sociedade Brasileira de Imunizações, Eduardo Jorge da Fonseca, e do secretário estadual de Saúde, André Longo, e do secretário estadual de Saúde, André Longo.

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"Com investimentos crescentes a cada ano, a gestão estadual vem trabalhando no sentido de ampliar e fortalecer as redes de atenção à saúde. Apesar da queda nos recursos federais nos últimos anos, Pernambuco manteve a expansão de programas de residências em áreas estratégicas do SUS. É importante ressaltar que o Estado financia mais de 70% das bolsas de residências. Para este ano de 2022, com um aumento de 23,29% no valor das bolsas pagas aos residentes médicos e residentes em área profissional da saúde - saindo dos atuais R$ 3.330,43 para R$ 4.106,09 - Pernambuco deve destinar cerca de R$ 108,5 milhões para a política de Residências em Saúde", informa André Longo. O Estado de Pernambuco é referência nacional na oferta de programas de residência e se apresenta como um dos principais polos de formação do País.

O início das atividades dos residentes se dará dia 1º de março, nas redes de saúde estaduais e municipais, unidades filantrópicas e privadas do estado de Pernambuco. Atualmente, há 3,2 mil residentes em formação, vinculados a 401 programas de Residência Médica e Multiprofissional. Foram ofertadas 1.403 vagas, sendo 791 para programas de Residência Médica e 612 para programas de Residência Multiprofissional e Uniprofissional para a rede de saúde de Pernambuco.

"Não podemos esquecer, ainda, que durante a pandemia os profissionais de saúde residentes atuaram incansavelmente junto à população para prestar os cuidados necessários, apoiados na ciência e nos conhecimentos teóricos e práticos desenvolvidos ao longo da sua formação. Nos últimos oito anos - 2015 a 2022 - o número de vagas ofertadas pelos programas de residência cresceu 32,8%, passando de 1.213 vagas para 1.805, fazendo com que o investimento na formação de profissionais para o Sistema Único de Saúde fosse sempre progressivo", disse André Longo.

Em 2022 tiveram a abertura de programas em Medicina Intensiva, Medicina de Família e Comunidade e Clínica Médica, além de Enfermagem em Oncologia e Multiprofissional em Terapia Intensiva. Vale ressaltar também o credenciamento do Hospital Alfa para oferta de programas de Residência, nas especialidades de Clínica Médica e Medicina Intensiva. Inicialmente o Hospital foi estruturado para atendimento dos pacientes com Covid-19, se estabelece, com a abertura de programas de Residência Médica,  especializada na Rede Estadual de Saúde.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou, nesta segunda-feira (21), os resultados preliminares e o gabarito definitivo do Padrão Esperado de Procedimentos (PEP) da segunda etapa do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) 2021. As notas de todos os participantes, que realizaram a prova objetiva e prática, em setembro e dezembro de 2021 podem ser conferidas no site do Sistema Revalida.

O resultado final está previsto para ser publicado no dia 21 de março deste ano. O participante aprovado nesta etapa estará apto a prosseguir com o apostilamento da revalidação do diploma de medicina junto a uma das universidades parceiras do exame. Apenas os participantes reprovados preliminarmente poderão solicitar, até sexta-feira (25), uma nova análise das pontuações.

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O objetivo é avaliar as habilidades, as competências e os conhecimentos necessários para o exercício profissional adequado do Sistema Único de Saúde (SUS). As referências do exame são os atendimentos no contexto de atenção primária, ambulatorial, hospitalar, de urgência, de emergência e comunitária, com base na Diretriz Curricular Nacional do Curso de Medicina, nas normativas associadas e na legislação profissional.

A ocupação de leitos de terapia intensiva do Sistema Único de Saúde (SUS) para adultos com covid-19 superou 80% em nove unidades da federação e 13 capitais, alertou hoje (3) uma nota técnica do Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Os pesquisadores consideram que a ocupação de mais de 80% dos leitos de Unidade de Terapia Intensivo (UTI) configura zona de alerta crítico e apontam que essa situação era registrada, no dia 31 de janeiro deste ano, no Piauí (87%), Rio Grande do Norte (86%), Pernambuco (88%), Espírito Santo (83%), Mato Grosso do Sul (103%), Goiás (91%), Distrito Federal (97%), Amazonas (80%) e Mato Grosso (91%).

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Entre as capitais, as 13 que estão na zona de alerta crítico são: Manaus (80%), Macapá (82%), Teresina (83%), Fortaleza (80%), Natal (estimado de 89%), Maceió (81%), Belo Horizonte (86%), Vitória (80%), Rio de Janeiro (95%), Campo Grande (109%), Cuiabá (92%), Goiânia (91%) e Brasília (97%).

A nota técnica destaca, ainda, que os aumentos no percentual de ocupação em alguns estados ocorrem ao mesmo tempo que a abertura de leitos. Pernambuco, por exemplo, ampliou a oferta de vagas de UTI de 991 para 1106, entre 24 e 31 de janeiro, e a taxa de ocupação aumentou de 81% para 88%.

Os pesquisadores ressaltam que, apesar disso, o cenário não é o mesmo do momento mais crítico da pandemia, entre março e junho de 2021, quando a maior parte do país estava na zona de alerta crítico e o número de leitos para covid-19 era maior.

Preocupação

"Ainda assim, o crescimento nas taxas de ocupação de leitos de UTI SRAG/Covid-19 para adultos no SUS é preocupante, principalmente frente às baixas coberturas vacinais em diversas áreas do país, onde também são mais precários os recursos assistenciais, especialmente os de alta complexidade", afirma a nota técnica. Ela explica que, mesmo com uma proporção menor de casos graves, a variante Ômicron pode produzir um número expressivo de internações devido a sua grande transmissibilidade.

A Fiocruz reforça que pessoas que já receberam a dose de reforço são pouco suscetíveis à internação, mas podem ter sua vulnerabilidade aumentada por comorbidades graves ou idade avançada. Além disso, a fundação acrescenta que ainda há uma proporção considerável da população que não recebeu a dose de reforço, que é suscetível a formas mais graves de infecção com a Ômicron e, principalmente, há uma parte da população não vacinada e, portanto, muito mais suscetível.

"Insistimos que é fundamental empreender esforços para avançar na vacinação, incluindo-se a exigência do passaporte vacinal. É também fundamental controlar a disseminação da covid-19, com maior rigor na obrigatoriedade de uso de máscaras em locais públicos, e campanhas para orientar a população sobre o autoisolamento ao apresentarem sintomas, evitando a transmissão intradomiciliar entre outras", acrescenta.

Para os pesquisadores do Observatório Covid-19, o comportamento das taxas de ocupação em estados e capitais indica a interiorização da variante Ômicron. Algumas capitais já apresentam mais estabilidade ou mesmo queda nas suas taxas, enquanto as taxas dos estados crescem expressivamente.

Imagens de uma mulher com um homem amarrado sendo obrigado a tomar vacina contra a Covid-19 viralizaram nas redes sociais. O homem, que supostamente seria o marido dela, foi preso com uma corda. O episódio teria ocorrido em uma Unidade de Saúde de Rio Largo, em Alagoas.

A pessoa que gravou o vídeo fez uma comentário sobre a situação inusitada: "O homem veio amarrado para tomar a vacina, pelo amor de Deus".

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Não há detalhes sobre o caso e nem os nomes dos envolvidos, mas o fato é que o vídeo já tomou conta das redes sociais e recebeu até alguns elogios pela atitude da mulher.

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Diante da falta dos dados que são usados para análise da evolução da pandemia, o Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) emitiu nesta sexta-feira (7) um boletim extraordinário com um único indicador: a taxa de ocupação de leitos de UTI destinados a adultos com Covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS). Para os pesquisadores, o momento atual, com o crescimento rápido de casos da variante Ômicron, desenha um novo cenário epidemiológico.

Em comparação com os registros obtidos em 20 de dezembro de 2021, os dados relativos a 5 de janeiro de 2022 mostram aumento relevante no número de pacientes internados nesses leitos.

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Comparações desse indicador entre unidades federativas e por unidade federativa no decorrer do tempo mostram-se mais complexas. Entre os Estados, destacam-se Tocantins (23% para 62% de ocupação) e Piauí (47% para 52%). Nas capitais, chamam a atenção as taxas críticas observadas em Fortaleza (85%), Maceió (85%) e Goiânia (97%), e as taxas na zona de alerta intermediário em Palmas (66%), Salvador (62%) e Belo Horizonte (73%). Também há um "estranhamento" diante das taxas do Estado do Rio de Janeiro e de sua capital, que se mantêm relativamente estáveis e em níveis muito inferiores àqueles observados nas demais unidades federativas.

A análise destaca ainda a necessidade de acesso, transparência e divulgação das bases de dados e informações para produção de evidências que permitam, por exemplo, indicar o isolamento de pessoas infectadas, restringir contatos e apontar tendências da pandemia, por meio de alertas precoces.

O boletim destaca que, além da nova variante Ômicron, caracterizada até o momento pela alta taxa de transmissão e baixa letalidade e que vem rapidamente se disseminando no País, o cenário atual conta com uma epidemia de influenza pelo vírus H3N2. Os pesquisadores do Observatório Covid-19 Fiocruz, responsáveis pelo boletim, observam que a maior circulação de pessoas e a realização de eventos com aglomeração durante o fim de 2021 contribuem para impactar negativamente a dinâmica da pandemia e a capacidade de enfrentamento, com impactos sobre a saúde da população e o sistema de saúde.

"O enfrentamento de uma pandemia sem os dados básicos e fundamentais pode ser comparado a dirigir um carro em um nevoeiro, com pouca visibilidade e sem saber o que se pode encontrar adiante. Além disso, vai na contramão de outros países, que passaram a produzir e disponibilizar dados de modo público e transparente para melhor compreender e enfrentar a dinâmica da covid-19", ressaltam.

Fundamental em todo período da crise e colapso da saúde em 2021, a taxa ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS é o único indicador disponível até o momento para a elaboração do boletim. Os indicadores de leitos abordam uma das etapas da infecção e evolução dos casos - a última e mais grave é o óbito, informação que não se encontra em função do "apagão" de dados.

Quatro Estados encontram-se na zona de alerta intermediário e 21 Estados e o Distrito Federal encontram-se fora da zona de alerta. Entre as capitais, três estão na zona de alerta crítico: Fortaleza (85%), Maceió (85%) e Goiânia (97%). Três estão na zona de alerta intermediário: Palmas (66%), Salvador (62%) e Belo Horizonte (73%). As demais, com taxas divulgadas, estão fora da zona de alerta: Porto Velho (44%), Rio Branco (10%), Manaus (34%), Macapá (40%), São Luís (30%), Natal (34%), João Pessoa (32%), Vitória (56%), Rio de Janeiro (2%), São Paulo (35%), Curitiba (46%), Florianópolis (42%), Porto Alegre (57%), Campo Grande (47%), Cuiabá (36%) e Brasília (57%).

Segundo os pesquisadores, as taxas observadas não são comparáveis àquelas verificadas no pior momento da pandemia, há quase um ano, considerando a redução no número de leitos destinados à Covid-19. Ainda é precoce, desta forma, afirmar que há uma nova pressão sobre os leitos de UTI, baseado apenas nos dados disponíveis e apresentados aqui. Entretanto, cabe manter a atenção sobre a evolução do indicador, alertam.

Luísa Sonza passou por uma situação no mínimo inusitada ao tentar embarcar para Portugal onde fez alguns shows na última semana. Ao entrar no Conecte SUS para solicitar seu certificado de vacinação, ela descobriu que constava como morta no sistema. Após um pouco de dor de cabeça, e um pedido emergencial na Justiça para correção dos dados, tudo foi resolvido. 

Segundo a equipe de Sonza, ao entrar no sistema do SUS para emitir seu certificado nacional de vacinação contra a Covid-19, a cantora foi surpreendida com o status de falecida em seu cadastro. O documento é exigido para brasileiros que viajam para Portugal como uma forma de contenção ao coronavírus. Ao se deparar com o erro, ela entrou na Justiça em caráter emergencial, por meio de seu advogado, e conseguiu reverter a situação. 

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Ainda de acordo com a assessoria da artista, seria falsa a informação de que ela teria entrado com um processo contra o Ministério da Saúde após identificar o erro cadastral. A brasileira se apresentou em terras portuguesas na última semana com plateias lotadas.

Uma força-tarefa integrada pela Polícia Federal (PF), Controladoria Geral da União (CGU) e Receita Federal deflagrou nesta quinta-feira (9) a Operação Strike para apurar suposto desvio de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) pela organização social responsável pela gestão da Unidade de Pronto Atendimento Pirajá (UPA Pirajá), em Salvador. Os investigadores miram em supostos crimes de fraude à licitação e peculato envolvendo um contrato com possível superfaturamento de R$ 4,5 milhões.

Agentes cumpriram 14 mandados de busca e apreensão em órgãos públicos, e endereços de pessoas e empresas nos municípios de Salvador, Camaçari e Lauro de Freitas, na Bahia. As ordens foram expedidas pelo juízo da 2ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária da Bahia.

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A CGU diz que as apurações são um desdobramento da Operação Copérnico, aberta em julho de 2016 para apurar um esquema de fraude à licitação com direcionamento a determinadas organizações sociais.

Com o aprofundamento dos trabalhos, a CGU identificou que uma dessas entidades vinha gerenciando um número significativo de unidades de pronto-atendimento (UPAs), atuando junto à Secretaria Municipal de Saúde de Salvador desde 2011 e tendo sido inicialmente contratada por meio de dispensa de licitação.

De acordo com a Controladoria, a Prefeitura de Salvador pagou à organização investigada quase R$ 615 milhões, relativos a serviços de gestão em unidades de pronto-atendimento, durante os últimos dez anos.

"De julho de 2016 a julho de 2021, o município repassou R$ 82,3 milhões para a OS investigada. Também foi constatado que essa mesma Organização teria celebrado outros contratos relacionados à área de saúde com o município de Salvador por mais de dez anos, figurando como única participante nos certames", diz a PF.

De acordo com a PF, as investigações tiveram início em março de 2019 e revelaram "fortes indícios de fraude" tanto na licitação que culminou na contratação da organização sob suspeita, para como na execução do acordo.

"Apurou-se que a licitação aberta em 2016 foi especialmente direcionada para que a OS investigada fosse contratada. A organização sagrou-se vencedora, mesmo apresentando proposta em desconformidade com o edital", informou a PF.

O contrato firmado para gestão da UPA Pirajá foi prorrogado quatro vezes e permaneceu em vigência até julho de 2021. A PF suspeita que ele teria sido superfaturado em cerca de R$ 4,5 milhões.

Com relação à execução do contrato, a PF diz que "restou demonstrado que, entre julho de 2016 e julho de 2021, a organização social terceirizou parte dos serviços que deveria prestar à UPA para empresas constituídas em nome de 'laranjas'".

Os investigadores dizem que tais empresas não eram especializadas e estavam "vinculadas ao próprio grupo econômico que orbita entorno do instituto de saúde, tudo como forma de manter o domínio sob o dinheiro desviado".

A PF diz ainda que as investigações avançam para "descortinar esquema paralelo de lavagem de dinheiro por intermédio das empresas subcontratadas e escritórios de advocacia".

Em Cuiabá, um grave acidente envolvendo uma ambulância de UTI Móvel resultou na morte de Claudinei Antônio Tavares, de 57 anos, nessa quinta-feira (18). O rapaz era paciente do Sistema Único de Saúde (SUS), morador da cidade de Cáceres, e havia sido transferido até a capital do Mato Grosso para realizar um procedimento cirúrgico de cateterismo cardíaco. 

O motorista da ambulância e uma auxiliar de enfermagem, que estavam no veículo, foram resgatados com vida e levados a um hospital da cidade, onde receberam alta no fim da noite. 

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Segundo o portal Cáceres Notícias, o acidente ocorreu na volta de Cuiabá, após a cirurgia, quando por conta da forte chuva a ambulância aquaplanou, derrapando na pista da BR-070 e vindo a capotar, batendo ainda em uma árvore. Todas as vítimas foram hospitalizadas, mas apenas Claudinei acabou não resistindo aos ferimentos.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entregou nesta sexta-feira (29) para o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, 2,7 milhões de doses da vacina AstraZeneca contra a covid-19. Com essa entrega, a Fiocruz chegou ao total semanal recorde de 7,2 milhões de doses disponibilizadas ao PNI. Na terça-feira (26), a fundação já tinha liberado 4,5 milhões de doses.

Com as entregas desta semana, a Fiocruz atingiu um total de 121 milhões de doses fornecidas ao Sistema Único de Saúde (SUS). Além do que já foi entregue, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) já está com mais 14 milhões de doses prontas, aguardando a conclusão dos procedimentos de controle de qualidade, e 1,3 milhão em processo de produção.

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IFA

A fundação vai receber ainda mais dois lotes do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) nesta sexta-feira e outros três no domingo (31), para continuar a produzir a vacina. Com isso, chegará a nove o total de lotes recebidos em outubro, o que permitirá a produção de 48 milhões de doses da vacina.

A chegada recorde de IFA em outubro é resultado de um processo de negociação da Fiocruz junto à AstraZeneca para a aceleração do recebimento do insumo, que é a base para a fabricação da vacina.

 

O Plenário do Senado aprovou, em votação simbólica, o projeto de lei que obriga a criação, em todas as unidades da Federação, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), de centros de assistência integral à pessoa com transtorno do espectro autista (TEA). Fruto de uma ideia legislativa apresentada ao Senado pela mãe de uma jovem autista, o PLS 169/2018 segue agora para análise da Câmara dos Deputados. O relator foi o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que acolheu quatro emendas.

"A Constituição determina que a saúde pública é direito de todos e dever do Estado", afirmou Contarato.

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O texto aprovado acrescenta um dispositivo à Lei 12.764, de 2012, para prever que as ações e os serviços que dizem respeito à atenção integral às necessidades de saúde da pessoa com TEA, objetivando o diagnóstico precoce, o atendimento multiprofissional e o acesso a medicamentos e nutrientes serão ofertados pelo SUS em centros de assistência integral. Se virar lei, a determinação entrará em vigor 180 dias após sua publicação no Diário Oficial da União. A Lei 12.764 instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

“De fato, a demanda agora atendida pelo PLS em análise decorreu desse segmento populacional, no que tange às suas particularidades, não se sentir devidamente contemplado pela política de saúde mental vigente no país. Nesse sentido, a proposição vem aprimorar o texto da Lei 12.764 para dispor sobre a atenção às pessoas com TEA no âmbito do SUS, por meio da criação de serviços especializados, que visam a responder às especificidades clínicas desse grupo populacional”, registra Contarato no relatório.

Acatada pelo relator, emenda do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) acrescenta mais dois dispositivos à Lei 12.764 para incluir a oferta de serviço de acompanhamento psicológico e multidisciplinar especializado aos pais e responsáveis das pessoas com transtorno do espectro autista, tanto no âmbito do SUS quanto da saúde suplementar.

Também acatada, emenda do senador Izalci Lucas (PSDB-DF) retirou do texto aprovado a palavra “preferencialmente”. Segundo o relator, isso vai “conferir maior coercitividade ao texto da lei, obrigando a instalação de centros de assistência integral ao paciente com transtorno do espectro autista em todas as unidades da Federação”.

"Nós sabemos a diferença que existe entre ‘preferencialmente’ e deixar de uma forma incisiva, obrigatória. Há uma diferença muito grande no Brasil, quando se fala preferencialmente a tendência é não acontecer. É de suma importância a criação destes centros. Temos que evoluir ainda mais, mas já é um avanço. E quero parabenizar também o programa e-Cidadania", afirmou Izalci.

Emendas dos senadores Luiz do Carmo (MDB-GO) e Carlos Fávaro (PSD-MT) também foram acolhidas pelo relator. A emenda de Fávaro autoriza as unidades do SUS com déficit de profissionais, equipamentos ou locais especializados a firmar contrato ou convênio com a rede privada, “para suprir as necessidades das pessoas com transtorno do espectro autista, garantindo a oferta do serviço”. A emenda de Luiz do Carmo corrige a redação de trecho do projeto.

De acordo com o relator, as emendas “aprimoram a assistência atualmente oferecida a esses pacientes e seus familiares”.

O PLS 169/2018 foi criado pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) a partir da aprovação de sugestão legislativa (SUG 21/2017) para criação de centros de atendimento integral para autistas financiados pelo SUS. Além da CDH, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) também já havia aprovado a matéria. Conduzindo as votações no Plenário, o primeiro vice-presidente do Senado, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), lembrou que essa ideia legislativa recebeu mais de vinte mil apoios no e-Cidadania

O autismo é uma condição neuropsiquiátrica. Costuma se manifestar ainda na primeira infância (de zero a seis anos) e comprometer - em graus diversos - o desenvolvimento nas áreas da linguagem, interação social e do comportamento. Não há uma causa isolada, podendo resultar da combinação de fatores genéticos e/ou ambientais. 

Segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU), o autismo afeta cerca de 1% da população mundial, tendo maior incidência sobre pessoas do sexo masculino. Avanços no quadro clínico do autista dependem de intervenção terapêutica precoce, que deve ser individualizada e pode se estender por toda a vida do indivíduo. A meta é habilitá-los a desempenhar atividades cotidianas de modo ativo e independente. 

Da Agência Senado

 

Pressionado por bolsonaristas, o órgão do Ministério da Saúde responsável pela análise técnica de novos medicamentos do Sistema Único de Saúde (SUS) adiou a decisão, prevista para esta quinta-feira, 7, que poderia barrar de vez o uso da hidroxicloroquina e da cloroquina como tratamento para pacientes com covid-19. Ambas comprovadamente não funcionam contra a doença, mas são promovidas pelo presidente Jair Bolsonaro e seus aliados como parte do chamado tratamento precoce. Como revelou o Estadão, o colegiado iria se opor a Bolsonaro, e a conclusão técnica seria usada pela CPI da Covid como mais uma prova dos erros do governo na gestão da pandemia.

A discussão foi retirada da pauta da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) a pedido do coordenador do grupo, o médico Carlos Carvalho, da USP, escolhido pelo ministro Marcelo Queiroga. Ao Estadão, Carvalho disse que a decisão não foi influenciada por questões políticas. O médico afirmou que gostaria de levar para discussão do grupo de especialistas que elaboraram o protocolo um estudo publicado no fim de setembro, no The New English Medical Journal, sobre o remédio Regen-Cov.

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A discussão sobre as diretrizes era o item 12 da pauta, mas foi retirado. A decisão da Conitec, que tem caráter consultivo, era esperada com preocupação pelo Palácio do Planalto por causa das potenciais consequências políticas e jurídicas. A recomendação indiscriminada de drogas que não funcionam em detrimento de medidas como incentivo à vacinação e ao distanciamento social é uma das frentes atacadas pela CPI.

Além disso, a decisão técnica de um órgão do próprio governo colocaria em xeque o discurso pró-cloroquina dos bolsonaristas. Na manhã de hoje, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) usou as redes sociais para dizer enganosamente que "a esquerda proibiu acesso a tratamento que poderia salvar vidas". No último dia 21, Jair Bolsonaro defendeu o tratamento precoce, com cloroquina, em discurso na das Nações Unidas Organização (ONU).

O parecer dos técnicos que seria levado à votação reprovava fortemente o uso de remédios como a hidroxicloroquina, cloroquina e a azitromicina. O texto, ao qual o Estadão teve acesso, ressalta que, em tempos de pandemia, os recursos públicos devem ser empregados no que há mais certeza sobre a eficácia.

O documento deixa claro que há evidências de que azitromicina e hidroxicloroquina são ineficazes, ou seja, não funcionam no tratamento da doença e não devem ser usadas. Já para drogas como ivermectina e colchicina há ausência de evidência de que funcionam no tratamento.

De acordo com o parecer, não existe nenhum remédio, até o momento, que possa ser usado de forma precoce para alterar o curso natural da doença.

"Diversas terapias ineficazes foram descartadas, de forma a promover a economia de recursos com o abandono de seu uso, como o caso da azitromicina e da hidroxicloroquina (...) em um cenário de epidemia, a alocação de recursos deve ser priorizada para intervenções com maior certeza de benefício, como o caso de equipamentos de proteção individual, intervenções para o suporte ventilatório dos pacientes e terapias farmacológicas com efetividade comprovada. Deve ser estimulado o tratamento de pacientes mediante protocolos de pesquisa de estudos com delineamento adequado e potencial para dar respostas à sociedade", diz trecho da conclusão do parecer.

Os médicos que elaboraram o protocolo foram avisados sobre a retirada de pauta por um dos coordenadores do grupo na manhã desta quinta, segundo apurou o Estadão.

As diretrizes foram elaboradas por cerca de 20 especialistas, de diferentes sociedades médicas. O Estadão apurou ainda que o grupo não vai aceitar interferência política por mudanças no documento, e os médicos vão retirar seus nomes caso isso ocorra.

A Conitec é composta pelos sete secretários do Ministério da Saúde, além de representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM), Conselho Nacional de Saúde (CNS), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Agência Nacional de Saúde (ANS), e de secretarias estaduais e municipais de saúde. O coordenador, Carlos Carvalho, indicado por Queiroga, é crítico da cloroquina e defensor do distanciamento social e do uso de máscaras.

A comissão é responsável por assessorar o ministério na decisão de quais medicamentos e tratamentos que serão utilizados pelo SUS. Uma decisão sobre os tratamentos medicamentosos para pacientes com covid deve ser conhecida até o dia 26. Em maio, a Conitec já havia reprovado o uso da cloroquina para pacientes hospitalizados.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse em depoimento à CPI, em junho, que esperaria uma decisão da Conitec para se manifestar sobre a pertinência ou não do uso do remédio. Nesta quinta, os senadores aprovaram a reconvocação de Queiroga. De volta ao Brasil após duas semanas de quarentena em Nova York, ele se recusou a revelar se tomou hidroxicloroquina no período, como incentiva Bolsonaro.

Queiroga vem sendo criticado por setores da base bolsonarista e no governo. A ala ideológica critica o ministro por ter liberado a vacinação de adolescentes, por não agilizar um plano para desobrigar o uso de máscaras e por não atuar de forma mais contundente para barrar o "passaporte da vacina" - ele pessoalmente sugeriu o modelo, em abril.

Procurado pelo Estadão desde o início da semana para comentar a reunião decisiva da Conitec, o ministério não se manifestou. Nesta quinta, em nota, informou apenas que o tema foi retirado de pauta pelo coordenador do grupo de especialistas que está elaborando as diretrizes do tratamento ambulatorial em razão da "publicação de novas evidências científicas dos medicamentos em análise". Ainda segundo o ministério, o documento "será aprimorado e vai ser pautado assim que finalizado".

Aprovada em amplo acordo no Congresso, a proposta de distribuir absorventes para estudantes de escolas públicas e mulheres em situação de rua foi vetada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A decisão publicada nesta quinta-feira (7), no Diário Oficial da União, justifica que o texto não define a fonte de custeio para manter o projeto.

O Projeto de Lei (PL) 4968/2019 da deputada Marília Arraes (PT-PE) visava entregar o item de higiene básica para mulheres em extrema vulnerabilidade e possibilitar que estudantes de baixa renda deixassem de faltar aulas durante o período menstrual. 

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Apesar da expectativa pela aprovação integral, Bolsonaro sancionou partes do PL e criou o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual. Contudo, vetou logo o 1º artigo referente ao repasse dos absorventes e o 3º que listava quatro categorias de beneficiárias, que seriam mulheres em vulnerabilidade social, estudantes da rede pública, reclusas em unidades socioeducativa e em presídios. 

O PL também pretendia incluir o item nas cestas básicas entregues pelo Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, mas o trecho também foi retirado sob o argumento de que a proposta aprovada pela Câmara e pelo Senado não aponta a fonte de custeio para manter a medida. O texto sugeria o uso de recursos destinado ao Sistema Único de Saúde (SUS) e no caso das reclusas, o repasse viria do Fundo Penitenciário Nacional.

Para vetar os eixos do PL, o presidente destacou que absorventes não fazem parte do rol de medicamentos essenciais definidos pela Relação Nacional de Medicamentos Essenciais e que ao definir as categorias de beneficiárias, o projeto quebra o princípio da universalidade do SUS. Já a justificativa para não destinar a verba do Fundo Penitenciário Nacional foi de que a lei não tem essa finalidade.

Dos trechos do PL aprovados por Bolsonaro estão a obrigação do Poder Público em promover campanhas de conscientização sobre a saúde menstrual. Ele também liberou que secretários de Educação possam custear o atendimento ao que a lei prevê.

A matéria volta ao Congresso, que tem até 30 dias para avaliar os vetos do presidente e derrubá-los ou não.

 

O escritor Olavo de Carvalho, de 74 anos, voltou a ser internado no Instituto do Coração (InCor), em São Paulo. É a terceira internação do influenciador bolsonarista em pouco mais de um mês. Ele é cardiopata e, desde julho, já foi submetido a diversos tratamentos, uma cirurgia na bexiga e um cateterismo de emergência.

Segundo boletim médico divulgado na noite deste sábado, 14, Olavo foi internado com quadro de insuficiência cardíaca e renal aguda e infecção sistêmica. Ele ainda está internado e tem quadro clínico estável. A supervisão do tratamento é feita pelo cardiologista José Antonio Franchini Ramires.

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Nas redes sociais, os irmãos Abraham e Arthur Weintraub - ex-ministro da Educação e ex-assessor especial da Presidência, respectivamente - publicaram mensagens de apoio ao escritor. "Nossas orações para que o Prof. Olavo se recupere rapidamente", escreveu Abraham.

O atendimento no InCor é alvo de um inquérito civil da Promotoria de Justiça de Direitos Humanos do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que apura se houve algum tipo de irregularidade na entrada do escritor no instituto. Segundo o documento, um paciente só deveria ser encaminhado ao hospital sem passar pela central de regulação de leitos em caso de emergência. Em casos não urgentes, o caminho natural seria o encaminhamento por parte de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) da capital.

Em uma de suas páginas em redes sociais, Olavo chegou a agradecer a equipe do InCor. "Ainda estou em tratamento, mas não posso adiar mais o agradecimento que devo aos médicos do InCor e à sua equipe de enfermagem, campeã de eficiência e gentileza", disse, em 31 de julho.

Conhecido por suas falas polêmicas, Olavo é uma das principais figuras ideológicas do bolsonarismo. Ele é autor dos livros O Imbecil Coletivo e O Mínimo que Você Precisa Saber para Não Ser um Idiota, publicados pela editora Record, que anunciou no final de julho que não renovaria o contrato com ele.

A Comissão Temporária da Covid-19 (CTCOVID-19) discutiu, em audiência pública nesta segunda-feira (9), o projeto (PL 948/2021) que trata da aquisição e distribuição de vacinas por empresas. Os participantes da audiência não chegaram a um consenso sobre a proposta.

A proposta acaba com a necessidade de aguardar a vacinação de grupos prioritários para dar início à aplicação nos funcionários da empresa que comprar vacinas. O senador Wellington Fagundes (PL-MT), relator da comissão, defende a manutenção da vacinação exclusivamente pelo Plano Nacional de Imunização (PNI).

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Já o senador Styvensson Valentim (Podemos-RN), vice-presidente do colegiado, acredita que é uma forma de desafogar o SUS.

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 *Da Agência Senado

 

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