Tópicos | SUS

Ao menos 30 solicitações por leitos foram feitas por hospitais privados para a rede pública de saúde na capital paulista nos últimos quatro dias. Até o momento, 15 hospitais fizeram os pedidos. A informação foi confirmada pelo secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido ao Estadão. As solicitações ocorrem em um momento em que o aumento dos casos de covid-19 pressiona hospitais públicos e privados do Estado.

Em entrevista à rádio CBN, Aparecido informou que os pedidos foram feitos diante do quadro de lotação dos hospitais.

##RECOMENDA##

"Nós, nos últimos quatro dias, tivemos a solicitação de 30 leitos de enfermaria e de UTI para poder atender a um conjunto de hospitais privados e de convênio, que já estão com seus equipamentos completamente esgotados e lotados para que a gente pudesse atender esses pacientes."

Ele destacou que a situação é inédita na capital. "É algo inédito, sem dúvida nenhuma, o que está acontecendo. A pandemia criou esse tipo de necessidade, infelizmente. Não se está dando conta da pressão que estamos tendo tanto no sistema privado quanto no público. Mesmo em grandes hospitais, com grandes estruturas e quantidade de leitos, estão 100% ocupados."

Aparecido falou que a forma de ressarcimento será avaliada depois, inclusive juridicamente, porque a gestão municipal tem alugado leitos da rede privada desde o ano passado para pacientes do SUS.

Os hospitais Aviccena, Albert Sabin, Nove de Julho, Edmundo Vasconcelos, Leforte, Vida's e Nossa Senhora de Lourdes solicitaram uma vaga. Igesp, São Camilo e Maternidade São Miguel pediram dois leitos. Nipo Brasileiro, IAVC, Santa Paula e Santa Virgínia, três. E o Hospital São Cristóvão, cinco.

Médico e presidente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp), Francisco Balestrin diz que os hospitais devem ter feito as solicitações após pedidos dos pacientes.

"Provavelmente, são os pacientes que vão nos hospitais e buscam uma alternativa pública. Tem hospital que faz essa ponte."

Segundo ele, no caso da rede privada, não há um sistema de integração formal para a gestão dos leitos entre os diferentes hospitais da rede particular, mas que as unidades se comunicam para encontrar alternativas. Dessa forma, a consulta deve ser feita junto ao hospital ou à operadora do plano de saúde.

"Há alguns sistemas por meio dos quais eles se comunicam e buscam resolver a situação. Nos ligados a operadoras de planos de saúde, a rede faz ou busca fazer essa integração. Nos hospitais que pertencem a redes estruturadas, ela buscam fazer integração entre elas."

O pior cenário, de acordo com Balestrin, é o paciente chegar ao hospital, deparar-se com a falta de vagas e precisar buscar uma alternativa.

"O que tem de fazer é o que todo mundo já sabe. Tirar essa pressão de cima dos sistemas público e privado de saúde. Enquanto a vacina não chega, precisa diminuir a demanda e isso se faz diminuindo o número de pessoas contaminadas com afastamento social, uso de máscara e higiene das mãos."

Em nota, o Grupo São Cristóvão Saúde afirmou "que os leitos solicitados foram destinados a pacientes que não são beneficiários do São Cristóvão Saúde, mas que devido a emergências, receberam os primeiros socorros no pronto-socorro da Instituição e após estabilização de seus quadros de saúde, optaram pela transferência para o SUS".

Confira a nota na íntegra:

O Grupo São Cristóvão Saúde esclarece que até a presente data os leitos solicitados via sistema CROSS - Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde para o Sistema Único de Saúde (SUS) não foram destinados a seus beneficiários. É importante ressaltar que os leitos solicitados foram destinados a pacientes que não são beneficiários do São Cristóvão Saúde, mas que devido a emergências, receberam os primeiros socorros no pronto-socorro da Instituição e após estabilização de seus quadros de saúde, optaram pela transferência para o SUS.

Desde o início da pandemia de COVID-19, o Grupo São Cristóvão realizou diversas medidas para garantir o atendimento necessário a seus beneficiários, sempre prezando pelo respeito a esses públicos e a comunidade a qual pertence, com total transparência nas informações. Por isso, compartilha diariamente boletins com números de pacientes atendidos em seu Pronto Socorro (Covid) e outras informações relacionadas ao combate à doença em suas redes sociais. Todo um plano de ação foi desenhado considerando diversas variáveis, desde a criação de um canal de atendimento exclusivo sobre informações e orientações de saúde, campanhas, envio de e-mail marketing e SMS de caráter educativo, até a adequação da infraestrutura, com novos equipamentos hospitalares importantes, como respiradores e monitores cardíacos e desenvolvimento de protocolos terapêuticos para a COVID-19.

Outro ponto importante de ser ressaltado, é que desde o início da pandemia o Grupo também forneceu gratuitamente máscaras de proteção para os colaboradores se protegerem no trajeto até sua casa, investiu em cabines de desinfecção e criou um espaço destinado ao acolhimento com psicólogos especializados para apoiar a equipe neste momento. Até o presente momento, os beneficiários do plano de saúde São Cristóvão Saúde tiveram suas internações garantidas sejam elas na rede própria ou credenciada.

 

Na manhã desta quarta-feira (10), chegou ao Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos, a matéria-prima para produzir cerca de 8,7 milhões de doses da vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. O avião que trouxe a carga saiu de Pequim à 1h da manhã (horário de Brasília) da terça-feira (9).

Este é o segundo lote de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) que chega em São Paulo. A primeira remessa veio no dia 3 de fevereiro e continha cerca de 5.400 litros de IFA, quantidade suficiente para produzir 8,6 milhões de doses, que serão distribuídas no final de fevereiro. Neste segundo lote, foram recebidos 5.600 litros de IFA. Número suficiente para produzir cerca de 8,7 milhões de doses, que está projetada para imunizar a população no final de março.

##RECOMENDA##

Após o recebimento da carga, o lote foi transportado em caminhões com a refrigeração necessária para chegar até a sede do Butantan, na zona oeste de São Paulo. Com a chegada do segundo lote, o instituto tem em mãos matéria suficiente para produzir 17,3 milhões de doses. A previsão é que sejam produzidas cerca de 600 mil doses por dia.

Ainda está em negociação um possível terceiro lote, que contenha aproximadamente 8.000 litros de IFA, em cumprimento do contrato feito com o Ministério da Saúde. No acordo, até o final de abril estão previstas 46 milhões de doses; outras 54 milhões estão com data a ser definida.

Por Rafael Sales

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (3), uma operação contra o desvio de verbas do Sistema Único de Saúde (SUS) no município de Timbaúba, na Mata Norte de Pernambuco. A investigação iniciada há quatro anos calcula o prejuízo de R$ 7,9 milhões. O repasse federal era destinado para garantir o fornecimento de remédios e a compra de materiais hospitalares.

Sem revelar a identidade, um denunciante afirmou que a Prefeitura favorecia uma distribuidora nos contratos da Saúde entre 2013 e 2016. No mesmo período, foi constatado que a empresa realizou diversas transações financeiras com outras empresas do grupo empresarial de um dos prefeitos do município à época. A PF não revelou o nome do suspeito.

##RECOMENDA##

Os alvos da Operação Desmame são ex-prefeitos, empresários, servidores e ex-servidores da Administração. Há suspeitas da prática de crime de fraude à competitividade em processos licitatórios, desvio de recursos públicos praticado por prefeitos e lavagem de dinheiro, cujas penas, somadas, podem chegar a 26 anos de prisão.

Dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos por 50 agentes federais nos municípios de Olinda, Recife e Timbaúba.

O Brasil e o mundo estão vivendo uma grave crise sanitária com a pandemia da Covid-19. O desfinanciamento constante do Sistema Único de Saúde (SUS), a negligência e o negacionismo do Estado diante das ações de enfrentamento ao coronavírus ainda são barreiras que impedem a ampliação das vacinas para todos e todas no Brasil. É por isso que o Conselho Nacional de Saúde (CNS), nesta sexta (29), às 19h, vai realizar a atividade “Abraçar a vacina é amar: a vida, a ciência e o SUS” no Fórum Social Mundial 2021. O evento será virtual, com acesso livre no Facebook e Youtube do Conselho.

O Brasil segue como um dos países mais afetados, vivendo uma aceleração tanto dos casos de Covid-19 quanto da perda de vidas decorrentes da doença, totalizando mais de 8 milhões e 600 mil casos confirmados e mais de 217 mil óbitos, até o dia 25 de janeiro de 2021. A atual situação da pandemia no país, inclusive com a vários episódios de colapso do sistema de saúde, demonstra que muitas pessoas ainda irão contrair a doença. Consequentemente, haverá um aumento ainda maior no número de internações seguido pelo aumento do número de vidas perdidas.

##RECOMENDA##

Vacinação e Equidade

Para além das condições clínicas e de comorbidades, os impactos da pandemia não são iguais para todas as pessoas e grupos sociais da sociedade brasileira. É preciso que o governo leve em consideração as populações que vivem mais vulnerabilidades no país, como grupos prioritários para a vacinação, que é totalmente segura para qualquer pessoa.

O objetivo da atividade é abordar a vacina contra a Covid-19 como um bem comum e universal, e discutir os desafios tanto para o seu acesso buscando a equidade, quanto para a luta de sua efetivação plena para a população brasileira. A atividade vai contar com a presença de profissionais da saúde, ativistas do SUS e acadêmicos em três painéis diferentes: O Papel da Ciência – Pesquisa e Produção – para o acesso universal às vacinas contra a Covid-19; O Papel da Ciência – Regulação Sanitária – para o acesso universal às vacinas contra a Covid-19; e O princípio da equidade para o acesso universal à vacinação.

O que é o Fórum Social Mundial?

O Fórum Social Mundial é um evento internacional que ocorre desde 2001, reunindo mais de cem países diferentes, organizado coletivamente por inúmeros ativistas, pesquisadores e trabalhadores de diferentes áreas, sempre em defesa dos Direitos Humanos e do desenvolvimento social entre as nações.

*Da assessoria 

O Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) divulgaram nesta quarta-feira (13) nota de esclarecimento sobre o uso do Cartão Nacional de Vacinação e cadastramento no aplicativo Conecte SUS Cidadão para ter acesso a vacinas contra a covid-19.

O acesso a vacinas por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), diz o texto, não está condicionado ao cadastramento em aplicativo ou plataforma. Isso inclui também as vacinas contra a covid-19. O direito decorre da gratuidade e universalidade do SUS.

##RECOMENDA##

O comunicado das autoridades de saúde ressalta que diante da importância da identificação das pessoas que serão imunizadas, a orientação é que as pessoas atualizem, preferencialmente, o número do CPF ou do Cartão Nacional de Vacinação.

“Entretanto, se no momento da imunização contra a covid-19 o cidadão não esteja de posse de nenhuma identificação, o estabelecimento de saúde, em sua plataforma CadSus, poderá efetuar o devido cadastro e o processo de imunização ocorrerá normalmente. Ninguém que pertence ao público prioritário da campanha, definido naquele momento, deixará de ser vacinado”, destaca a nota.

O Aplicativo Conecte SUS Cidadão é uma ferramenta de uso facultativo pelos cidadãos, sublinha o informe do ministério e dos conselhos. O seu uso pode facilitar a identificação no momento de vacinação, agilizando o fluxo de atendimento.

“Além das funcionalidades atuais, será possível emitir pelo aplicativo Conecte SUS Cidadão o Certificado Nacional de Vacinação de maneira optativa à emissão do referido certificado pelos serviços de saúde”, completa a nota.

 

O Projeto de Lei 4384/20 prorroga, até 31 de dezembro de 2020, a suspensão do cumprimento de metas por prestadores de serviço no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A medida alcança tanto pessoas jurídicas de direito público quanto aquelas de direito privado, com ou sem fins lucrativos, incluindo organizações sociais de saúde. O texto, já aprovado pelo Senado, tramita agora na Câmara dos Deputados.

Na prática, entidades públicas e privadas que prestam serviços ao SUS poderão continuar recebendo repasses de valores financeiros mesmo que não consigam cumprir as metas quantitativas e qualitativas definidas em contrato, sobretudo em razão dos efeitos da pandemia de Covid-19.Esse tipo de suspensão já tinha sido aprovado pelo Congresso Nacional, por meio da Lei 13.992/20, por 120 dias a partir de 1º de março, e, posteriormente, até 30 de setembro pela Lei 14.061/20.

##RECOMENDA##

Aprovado no Senado com a redação proposta pela relatora, senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), o projeto original é de autoria da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP).

Gama avalia que o contexto da pandemia criou obstáculos para o cumprimento de metas contratuais, como número mínimo de cirurgias, biópsias, endoscopias e outros procedimentos, por prestadores de serviço ao SUS, o que poderia resultar na imposição de sanções por parte da administração pública.

*Da Agência Câmara de Notícias

A Comvest realizou, nesta quinta-feira (7), o segundo dia de provas do Vestibular Unicamp 2021, que registrou 77 mil inscritos na disputa pelo ingresso na Universidade Estadual de Campinas. Os candidatos enfrentaram questões da área Biológicas/Saúde; na visão do professor Luis Gustavo Megiolaro, diretor adjunto de Unidades Escolares do Poliedro, o processo seletivo se apresentou atual e contextualizado, abordando temas como a pandemia da Covid-19, racismo, desmatamento, entre outros assuntos.

De acordo com o professor, ao se deparar com a prova da Unicamp, os candidatos puderem reviver vários momentos acontecidos em 2020. “Assim como foi a prova de ontem, foi muito atual e contextualizada, surpreendeu positivamente os candidatos, porque a Unicamp conseguiu abordar temas bem atuais que aconteceram em 2020. O aluno que estava fazendo a prova, com certeza, foi lendo a prova e revivendo momentos de 2020. Apareceram diversos temas, principalmente pandemia, coronavírus nas mais diferentes áreas do conhecimento. Questões que contextualizavam o coronavírus. Apareceram alguns temas também como racismo, SUS, epidemias no geral, feminismo negro. Tivemos também diversas questões falando sobre desmatamento e queimadas. Uma prova muito atual”, comentou o docente do Poliedro.

##RECOMENDA##

Apesar de ter menos quesitos nesta edição, o Vestibular da Unicamp exigiu dos participantes bastante atenção ao tempo. “O aluno precisava ter uma gestão do tempo, porque antes eram 90 questões com cinco horas e agora passou para 72 questões, com quatro horas. Apesar dessa diferente, tem a questão de passar o gabarito, de revisar a prova, então alguns alunos reclamaram muito sobre não ter tempo de terminar a prova e passar o gabarito”, revelou.

No áudio a seguir, Luis Gustavo Megiolaro descreve mais detalhes a respeito dos conteúdos cobrados na seleção:

[@#podcast#@]

Nessa quarta-feira (6), primeiro dia do vestibular, os candidatos responderam questões da área de Ciências Humanas/Artes e de Exatas/Tecnológicas. A prova de ontem também foi considerada atual e contextualizada.

O Vestibular Unicamp 2021 oferta mais de 3 mil vagas. Os candidatos lutam pela aprovação em 69 cursos da graduação da instituição de ensino.

Consumidores devem ficar atentos a anúncios sobre vendas de vacinas contra covid-19, que podem estar sendo feitos na internet, alerta o Procon-SP. Conforme destaca a instituição, nenhuma vacina contra o novo Sars-CoV-2 recebeu o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser usada no Brasil, seja pelo Sistema Único de Saúde (SUS), seja por clínicas médicas particulares ou farmácias.

O Procon-SP identificou, nesta terça-feira (5), um site com anúncios de um falso imunizante contra covid-19, chamado Farmácia 24 horas, já retirado do ar. Segundo o Procon-SP, dez caixas, contendo dez doses, estavam sendo vendidas por R$ 98.

##RECOMENDA##

A compra poderia ser feita somente com o preenchimento de um cadastro, o que faz pressupor a coleta de dados pessoais de quem fosse fechá-la, desde nome completo, endereço até informações relativas a cartão de crédito, destaca o chefe de gabinete do Procon-SP, Guilherme Farid.

"A finalidade principal desses criminosos é a coleta de dados dos consumidores. Não é propriamente a não entrega da vacina. Este pode ser um prejuízo, mas o maior vem na sequência, que é com a utilização indevida dos dados", explica.

Uma equipe de fiscalização foi ao local associado à suposta farmácia. O endereço ficava no bairro Vila Olímpia, na capital paulista. A investigação em torno do caso ficará a cargo da Divisão de Crimes contra o Consumidor, da Polícia Civil.

O Procon-SP chegou ao site por meio de denúncias encaminhadas ao órgão. "Estamos monitorando. Todos os que, de alguma forma, anunciam 'vacina covid-19' na internet caem no radar do Procon", diz Farid. "Tudo que aparece relacionado a venda, a gente vai para cima."

Na avaliação de Farid, o número de tentativas de golpe deve aumentar após a liberação do uso de vacinas pela Anvisa. "É uma publicidade que apela para o medo, para a saúde do consumidor, em um momento delicado que o país e o mundo estão atravessando", afirma.

"Como é que se concebe uma entrega de vacina por correio? O consumidor deve ficar atento a qualquer tipo de promessa, porque, nesse momento, se trata de golpe."

Como denunciar irregularidades

As denúncias podem ser feitas pelo site do órgão ou pelo aplicativo (Procon.SP). Outra alternativa são as redes sociais oficiais, identificadas como @proconsp no Facebook e Instagram, e @proconspoficial, no Twitter. No site, também é possível consultar uma lista com endereços classificados como não confiáveis.

 

A taxa de ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) no município do Rio de Janeiro para pacientes com a Covid-19 na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) mantém-se em 92%, informou hoje (25) a Secretaria Municipal de Saúde. A rede inclui leitos de unidades municipais, estaduais e federais.

Já a taxa de ocupação nos leitos de enfermaria é de 87%. A rede SUS na capital fluminense tem 1.317 pessoas internadas em leitos especializados, sendo 634 em UTI.

##RECOMENDA##

A rede municipal tem 923 leitos para Covid-19, dos quais 293 são de UTI.

Ainda de acordo com a secretaria, as unidades da rede municipal registram 590 pacientes internados, sendo 280 em UTI.

Segundo a prefeitura, as pessoas que aguardam leitos de UTI estão sendo assistidas em leitos das unidades da rede, com o  uso de monitores e respiradores.

No momento, 196 pessoas aguardam transferência para leitos na capital e na Baixada Fluminense, sendo 92 para leitos de UTI Covid, informou a Secretaria Municipal de Saúde do Rio.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta quinta-feira, 17, que clínicas privadas só devem obter vacinas contra a covid-19 após a rede pública de saúde receber toda a quantidade que necessitar. "Claro que precisa comprar também no privado, mas com prioridade para o SUS, com prioridade ao nosso programa nacional, que é para todos", disse o ministro em audiência pública no Senado.

Pazuello afirmou que a importação para o setor privado será autorizada pelo governo, mas dependerá do registro de imunizantes na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além da entrega de doses pelos fabricantes. No caso de vacinas que tiverem a autorização emergencial, apenas o sistema público pode utilizá-las.

##RECOMENDA##

Segundo a Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC), a previsão mais otimista para a rede privada receber estes imunizantes é entre o segundo semestre de 2021 e o primeiro de 2022. O presidente da associação, Geraldo Barbosa, disse ao Estadão no começo de dezembro que não há previsão de vendas a curto prazo. "Somente num segundo momento, quando houver um excedente de produção, será aberta a negociação com o mercado privado", explicou Barbosa. "E isso está certo. A atitude correta é priorizar quem mais precisa da vacina."

Em plano de imunização apresentado na quarta-feira, 16, o governo afirma ter 350 milhões de doses em negociação. A expectativa do ministério é vacinar grupos prioritários ainda no primeiro semestre de 2021. O restante da população, nos 12 meses seguintes.

Aos senadores, Pazuello afirmou que já deve receber 9 milhões de doses da Coronavac em janeiro. O governo negocia 46 milhões de doses desse imunizante até março. A compra da Coronavac era assunto delicado no governo. Por divergências com o governador paulista, João Doria (PSDB), o presidente Jair Bolsonaro desautorizou Pazuello, em outubro, e fez o ministério recuar de promessa de compra do produto que é desenvolvido em parceria da chinesa Sinovac com o Instituto Butantã.

O Ministério da Saúde deixou vencer um contrato e suspendeu os exames de genotipagem no Sistema Único de Saúde (SUS) para pessoas que vivem com HIV, aids (a doença causada pelo vírus) e hepatites virais. O teste é essencial para definir o tratamento mais adequado para quem desenvolve resistência a algum medicamento.

O contrato com a empresa que realizava este exame venceu em novembro passado. Apenas um mês antes, em 7 de outubro, o ministério realizou um pregão para buscar nova fornecedora do serviço. O processo, porém, fracassou após a empresa vencedora não anexar todos os documentos exigidos pelo edital. O ministério prevê realizar novo pregão nesta terça-feira, 8. Se houver vencedor no certame, a expectativa é retomar o serviço apenas em janeiro.

##RECOMENDA##

Em nota distribuída a serviços de saúde no último dia 3, o ministério afirma que fará este exame apenas para crianças com menos de 12 anos e gestantes que vivem com HIV e aids. Já os pacientes de hepatite C devem receber os medicamentos velpatasvir e sofosbuvir, que são mais eficazes e dispensam a genotipagem. O HIV é o vírus causador da aids, doença que ataca células do sistema imunológicos. Ter HIV, porém, não significa que a pessoa desenvolverá aids.

Grupo avalia ir ao Ministério Público

Conselheiro Nacional de Saúde e representante da Articulação Nacional de Luta contra a aids (Anaids), Moysés Toniolo afirma que foi pego de surpresa pela interrupção dos exames de genotipagem. Ele disse que a pasta não informou quantos pacientes precisam hoje deste serviço.

A Anaids estuda levar o caso ao Ministério Público Federal (MPF), segundo Toniolo. "Temos um contingente de pessoas que há anos usam a terapia e pode precisar desse exame para continuar a viver", afirmou ele.

Toniolo avalia que há um "desmonte" de políticas para pessoas que vivem com HIV, aids e hepatites virais no governo Jair Bolsonaro. Ele lembra que, quando ainda era deputado, Bolsonaro disse ser contra o custeio do tratamento destas doenças pelo SUS. "Problema é dele (o paciente)", declarou o atual presidente em entrevista ao programa CQC, da TV Bandeirante, em 2010.

Professor titular de medicina na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Marcelo Simão Ferreira afirma que o prejuízo não será grande para pacientes de hepatites virais, pois há medicamentos que servem para todos os genótipos da doença, ou seja, dispensam o exame que o SUS interrompeu. "Agora, para o HIV vai fazer falta. A genotipagem do HIV avalia a sensibilidade do vírus às várias drogas que nós temos", disse ele.

Professor de infectologia da Universidade Federal de São Paulo (USP) e membro da SBI, Paulo Abrão afirma que a falta do exame pode comprometer "gravemente" a saúde dos pacientes de HIV. Ele afirma que é preciso planejamento para evitar a descontinuidade de serviços deste tipo, além da perda de direitos conquistados pelos pacientes. Abrão afirma, porém, que é "razoável" a solução do ministério para o tratamento de hepatite C.

Procurado, o Ministério da Saúde não se manifestou até a publicação deste texto.

Após chegar a 95% no fim de semana, a taxa de ocupação dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) para Covid-19 no Rio de Janeiro caiu para 93% nesta segunda-feira (30), segundo balanço da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que ampliou o número de leitos em sua rede, de 271 para 288.

Apesar da queda no percentual de ocupação, o número de pessoas internadas em unidades municipais, estaduais e federais na capital fluminense continuou a aumentar e subiu de 525 no sábado para 540 na manhã desta segunda. Em relação ao início do mês, houve um aumento de mais de 40% no número de pessoas internadas em UTIs para covid-19, que era de 378 em 3 de novembro.

##RECOMENDA##

No fim desta manhã, o número de pessoas que aguardavam transferência para leitos na capital e na Baixada Fluminense era de 263, e 173 precisavam de leitos de UTI. Segundo a SMS, todos os pacientes que aguardam vagas de terapia intensiva estão sendo assistidos em leitos de unidades pré-hospitalares, que dispõem de monitores e respiradores. 

A taxa de ocupação das UTIs na rede estadual, considerando também toda a região metropolitana e o interior, era de 80% na manhã desta segunda-feira, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde. A nível estadual, 364 pessoas com casos confirmados ou suspeitos de covid-19 aguardam transferência para leitos de internação, e 231 deles precisam de vagas de UTIs.  

A taxa de ocupação dos leitos de enfermaria é de 72% na capital e de 62% no estado do Rio de Janeiro. 

O ex-jogador de basquete Michael Jordan promete investir cerca de R$ 40 milhõe para a construção da segunda clínica de atendimento gratuito em Charlotte, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos. A Novant Health foi criada pelo ex-atleta de basquete para atender à demanda das pessoas da comunidade e será uma aliada no combate à Covid-19. 

Nos Estados Unidos, diferente do que acontece no Brasil com o Sistema Único de Saúde (SUS), não existe atendimento hospitalar gratuito. E foi com esse intuito que a Novant Health Michael Jordan Family Medical Clinic foi criada por ele. E em meio à pandemia do novo coronavírus, será um reforço e até um desafogo para os hospitais convencionais que recebem casos diários.

##RECOMENDA##

"O impacto da primeira clínica foi mensurável e se a Covid-19 nos ensinou alguma coisa, é a importância de ter atendimento acessível, seguro e de qualidade nas comunidades que mais precisam", disse o CEO e presidente da Novant Health, Carl Armato, em um comunicado.

Um vereador e uma mulher, que não tiveram os nomes revelados, foram presos pela Polícia Civil do Paraná suspeitos de conseguirem guias falsas do Sistema Único de Saúde (SUS) para vender cirurgias bariátricas, que seriam realizadas pelo próprio SUS. 

Sete mandados de busca e apreensão também foram cumpridos na última quinta-feira (29). Essa ação integra a segunda fase da operação que investiga uma organização criminosa que teria lucrado mais de R$ 10 milhões com a venda das cirurgias bariátricas realizadas pelo SUS, no hospital da Região Metropolitana de Curitiba.

##RECOMENDA##

As investigações apontam que o vereador teria falsificado guias do SUS, que possibilitava o encaminhamento de pacientes, principalmente do estado de São Paulo, para as cirurgias no hospital do Paraná. Ele estaria atuando justamente com médicos que assinavam essas guias.

A organização criminosa é investigada pelos crimes de extorsão, falsidade ideológica, uso de documento falso, concussão e organização criminosa. 

A Polícia Civil aponta que o grupo atuava por meio das redes sociais ou indicações, entrava em contato com as pessoas de vários estados brasileiros, sendo maioria de São Paulo e Santa Catarina. 

Essas pessoas, muitas vezes, estavam aguardando há anos por essa cirurgia no Sistema Único de Saúde. A polícia aponta que, por isso, acabavam aceitando pagar R$ 3 mil pela cirurgia que deveria ser gratuita.

Após a notícia de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) havia assinado um decreto autorizando estudos para avaliação da possibilidade de conceder à iniciativa privada as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS), um alerta se acendeu entre parte dos brasileiros.

Uma possível privatização da saúde pública no país preocupou não só anônimos mas vários famosos também, que correram para suas redes sociais para se posicionarem contra tal medida. Nomes como Anitta, Emicida e Bruno Gagliasso se manifestaram pela internet. 

##RECOMENDA##

O rapper Emicida publicou em seu perfil uma imagem com os dizeres: “O SUS salva vidas, ele não”, em alusão a um dos gritos de guerra contrários a Bolsonaro que se popularizaram durante as eleições de 2018. Anitta também se manifestou através do Twitter publicando o comentário: “Defenda o SUS”. 

Já o humorista Gregório Duvivier relembrou o atentado sofrido pelo presidente quando ainda era candidato. “Ironia do destino é o arrombado que levou uma facada e teve a vida salva pelo SUS querer privatizar o sistema e deixar o povo que não tem condições de se tratar em clínicas particulares entregue à própria sorte. #DefendaoSUS". E a cantora Daniela Mercury mencionou a população menos favorecida do país. “O governo quer privatizar o SUS. Sem o SUS o país será ainda mais injusto do que já é com os mais pobres e com a classe média. A nossa vida não é mercadoria. Precisamos lutar contra a privatização do SUS”.

Vários outros artistas também se manifestaram pelas redes sociais em defesa do SUS. Entre eles, os atores Bruno Gagliasso, Maria Ribeiro, Lívia La Gatto, Taís Araújo, Babu Santana e Leandra Leal, além da funkeira Tati Quebra Barraco. 

Edição extra do Diário Oficial da União (DOU) que circula na noite desta quarta-feira (28) traz a revogação do Decreto 10.530, que autoriza estudo para abrir as Unidades Básicas de Saúde (UBS) à iniciativa privada. A decisão foi anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro mais cedo pelo Facebook, após pressão e repercussão negativa da medida, que foi vista como o início da privatização do Sistema Único de Saúde (SUS).

Ao confirmar a revogação do decreto em sua rede social, Bolsonaro defendeu a proposta. "Temos atualmente mais de 4.000 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e 168 Unidades de Pronto Atendimento (UPA) inacabadas. Faltam recursos financeiros para conclusão das obras, aquisição de equipamentos e contratação de pessoal", destacou.

##RECOMENDA##

"O espírito do Decreto 10.530, já revogado, visava o término dessas obras, bem como permitir aos usuários buscar a rede privada com despesas pagas pela União", disse o presidente na publicação.

Pelo menos oito projetos de decreto legislativo, medida que é capaz de sustar a decisão presidencial, já tinham sido apresentados no Congresso desde a publicação do Decreto 10.530 nessa terça, 27.

Depois de uma onda de críticas, o presidente Jair Bolsonaro cedeu e resolveu revogar o decreto acusado de incentivar a privatização do Sistema Único de Saúde (SUS). O anúncio foi feito nesta quarta-feira (28) em sua conta oficial no Facebook.

“O SUS e sua falsa privatização. Temos atualmente mais de 4.000 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e 168 Unidades de Pronto Atendimento (UPA) inacabadas. Faltam recursos financeiros para conclusão das obras, aquisição de equipamentos e contratação de pessoal. O espírito do Decreto 10.530, já revogado, visava o término dessas obras, bem como permitir aos usuários buscar a rede privada com despesas pagas pela União”, postou o presidente.

##RECOMENDA##

Assinado na última segunda-feira (26), o documento previa a inclusão de 39 mil Unidades Básicas de Saúde no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). A repercussão, porém, foi bastante criticada por deputados, famosos e sociedade civil, que acusaram o decreto de tentar privatizar o SUS.

O presidente da República, por sua vez, argumentou: "A simples leitura do Decreto em momento algum sinalizava para a privatização do SUS. Em havendo entendimento futuro dos benefícios propostos pelo Decreto o mesmo poderá ser reeditado".

Nessa terça-feira (27), um decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia Paulo Guedes, que libera estudos sobre a privatização de Unidades Básicas de Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), deu o que falar nas redes sociais. Anônimos e personalidades rasgaram o verbo sobre o assunto. Entre os famosos contra o projeto está Felipe Neto.

O youtuber e empresário foi até o seu perfil do Twitter, nesta quarta-feira (28), para dar uma alfinetada nas pessoas que apoiam o decreto. Na plataforma, ele disparou: "Quem defende privatização do SUS é genocida". Opinando brevemente, Felipe recebeu apoio e críticas dos internautas. Diversos seguidores não pensaram duas vezes e rapidamente ironizaram a mensagem postada por ele.

##RECOMENDA##

"Amigo, cada um com a sua opinião, eu defendo a privatização fortemente, e isso não me faz um genocida. Agora não aceitar a minha opinião te faz um fascistinha do século 21", comentou um dos usuários do microblog. "Cancele o seu convênio e use o SUS guerreiro", escreveu outra pessoa.

Confira:

[@#video#@]

Em entrevista ao LeiaJá, o senador e ex-ministro da Saúde, Humberto Costa (PT), reprovou o decreto editado pelo presidente Jair Bolsonaro, na última terça-feira (27), que dá margem ao início da privatização do Sistema Único de Saúde (SUS). Para o parlamentar, a proposta, além de reduzir o acesso da população à saúde básica, cria o risco de desperdício do dinheiro público.

"Acho que seria o começo de um processo para desmontar o SUS como um sistema público, que atende todo mundo gratuitamente. Não há dúvida que eles têm esse interesse", projetou o senador, que critica a falta de um amplo debate sobre a proposta com os estados, a sociedade civil e o próprio Ministério da Saúde.

##RECOMENDA##

A medida promete incluir cerca de 39 mil Unidades Básicas de Saúde no Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (PPI). Dessa forma, as instituições seriam operadas por empresas e agentes da iniciativa privada.

"Essas experiências de parceria com iniciativa privada, modelo de gestão de Organização Social (OS), modelo de gestão de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), estamos vendo vários exemplos onde não tem dado certo. Episódios de corrupção e ineficiência", pontuou, ao reforçar que o SUS já mantém parcerias com entidades para promover serviços hospitalares e laboratoriais.

Humberto ainda destaca que a pandemia mostrou a necessidade de fortalecer o SUS, por isso classifica o decreto como "paradoxal". Na sua visão, privatizar o sistema é uma amostra do "aperreio" do Governo Federal com a crise econômica.

"O governo está muito desesperado com a situação econômica e fiscal do país. A dívida aumentando, o investimento externo acabando, os dólares sendo retirados do Brasil. Então, o governo está muito preocupado em dar sinais lá para fora de que vai fazer uma política diferente e diminuir o tamanho do estado cada vez mais", concluiu.

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) usou o Twitter, nesta quarta-feira (28), para criticar o decreto publicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que permite a inclusão das 39 mil Unidades Básicas de Saúde (UBSs) espalhadas pelo país no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Na avaliação da petista, Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, cometem um "atentado" contra a população e a saúde pública ao autorizar o processo. 

"Como se não bastasse todo o descaso mostrado até aqui, Bolsonaro decide, em plena pandemia, abrir caminho para a privatização do SUS. Isto significará a extinção da saúde pública e a entrega do setor aos planos privados de saúde", avaliou a ex-presidente. "Com este decreto, Bolsonaro e Guedes cometem um atentado contra a população e contra a Constituição, que diz que 'saúde é direito de todos e dever do Estado'", emendou Dilma. 

##RECOMENDA##

Para a ex-presidente, "o Congresso não pode aceitar esta violação constitucional e ameaça a vida de milhões de brasileiras e brasileiros".

Dilma acredita também que o decreto "é um passo decisivo para a destruição do SUS". "Mais de 150 milhões de brasileiros têm apenas o SUS como forma de acesso a atendimento médico. As 45 mil UBSs ofereciam primeiro atendimento, além de vacinação, a centenas de milhões de pessoas. Sem repor os médicos cubanos, expulsos por Bolsonaro por preconceito ideológico, o Mais Médicos deixou de atender 63 milhões que tinham nas UBSs o único acesso à saúde", observou.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando