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Chamada a responder sobre as mortes em rebeliões no Complexo Prisional do Curado, antigo Aníbal Bruno, na Organização dos Estados Americanos (OEA), a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco (SJUDH) tem divulgado semanalmente informações sobre apreensões no interior dos presídios do Estado. Somente em 2015, foram realizadas 178 revistas feitas por agentes penitenciários, por vezes com apoio da Polícia Militar. Além das 2.850 armas, também foram encontrados telefones celulares, drogas e até fábricas de cachaça artesanal. 

Segundo a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), ligada á SJUDH, as revistas são realizadas de forma periódica, constante, sem dia ou hora marcada. No horário de entrada de familiares, segundo a Seres, os pertences dos mesmos são revistados com equipamentos de segurança, como scanner de mão ou esteiras de raio-x, semelhante às vistas em aeroportos.

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O LeiaJá questionou a Seres sobre os motivos que levam à tantos materiais entrarem nos presídios, mesmo com todo o aparato que a Secretaria afirma utilizar para evitar que isso ocorra. No entanto, o orgão se limitou a dizer que "a entrada de qualquer tipo de material ilegal é constantemente investigada pela SERES", sem dar maiores detalhes sobre os resultados destas investigações.

Audiência Pública - Após três rebeliões e ao menos 16 mortos, incluindo um policial, no último ano, a Corte Interamericana de Direitos Humanos convocou o Estado brasileiro a uma audiência pública no final do mês para responder sobre as violações reiteradas no Complexo Prisional Aníbal Bruno (renomeado Complexo do Curado).

A Corte ordenou o Estado brasileiro a proteger a vida e integridade dos presos, funcionários e visitantes do notório presídio em maio de 2014, quando examinou centenas de denúncias de abusos apresentadas por uma coalizão de organizações de direitos humanos. Na audiência—a ser realizada em 28 de setembro e transmitida ao vivo da Costa Rica às 14:00 (horário de Brasília) na página da Corte (http://www.corteidh.or.cr)— essa coalizão apresentará novas provas demonstrando a continuidade de graves violações no Complexo, incluindo decapitações, estupros coletivos, espancamentos e ataques com facões. 

Segundo a OEA, o Completo Prisional do Curado encarcera mais de 7 mil homens em um espaço para menos de 1.900, com um número insuficiente de agentes para assegurar adequadamente a custódia.

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Agentes penitenciários em greve em São Paulo impediram na manhã desta terça-feira (21) que o "linhão", formado por seis caminhões e um ônibus, transportando entre 150 e 200 detentos, entrasse na Penitenciária de Martinópolis, no interior do Estado, para fazer a divisão de presos que deveriam seguir para audiências em fóruns da capital, da Grande São Paulo e do litoral.

Os detentos foram recolhidos em diversos presídios do interior. Em Martinópolis, eles seriam divididos por viaturas que os levariam aos fóruns. A Penitenciária de Martinópolis é escolhida por ser equidistante entre as unidades e ter espaço para entrada dos "bondes" do "linhão", possibilitando que a troca de presos por viaturas seja feita com segurança.

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No entanto, o piquete montado pelos grevistas impediu a entrada dos veículos - a divisão dos detentos teve de ser cancelada. A Polícia Militar, que fazia escolta dos bondes com cinco viaturas, acompanhou a movimentação. Os agentes insistiram no bloqueio, o que levou o comboio de caminhões e ônibus a desistir da troca e a retornar para a Rodovia Assis Chateaubriand, com escolta da PM.

Sem local adequado, a troca de detentos teve de ser improvisada às margens da Rodovia Raposo Tavares, nas proximidades da base da Polícia Rodoviária em Assis. Os policiais rodoviários interditaram um trecho da rodovia e a PM fez a segurança para a que troca fosse efetuada.

Em seguida, o bonde com os caminhões e ônibus, escoltado por viaturas da PM, seguiu viagem em direção aos fóruns.

A ação foi a primeira de grande porte praticada pelos agentes na greve de 2015. Na greve do ano passado, depois de o governador Geraldo Alckmin (PSDB) determinar que a troca fosse feita à força pela PM, ação semelhante terminou em confronto entre grevistas e policiais, na entrada do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, onde os presos ficam antes de serem encaminhados para audiências nos fóruns da capital.

A possibilidade de ocorrer o mesmo confronto neste ano foi discutida na manhã desta terça-feira pelos líderes sindicais, que prometiam impedir a entrada dos detentos no CDP de Pinheiros, prevista para esta tarde.

"Estamos nos preparando para isso. Lá (CDP de Pinheiros) eles não vão entrar", afirmou um dos sindicalistas.

"Esta é uma demonstração da insatisfação dos trabalhadores, que estão preocupados com as condições de trabalho, com a situação dos colegas acusados injustamente e com a falta de compromisso do governo em cumprir os compromissos assumidos durante o acordo feito na greve de 2014. Além disso, é uma maneira de cobrar o governo pelas suas obrigações que não vem sendo cumpridas, como o reajuste salarial anual da categoria", comentou o presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp), Daniel Grandolfo.

A greve no sistema carcerário paulista paralisou na segunda-feira, 20, as atividades em 106 das 163 unidades prisionais, segundo o Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp). Os agentes cobram o cumprimento de acordos feitos com o governo do Estado durante a greve de 2014 e pedem mais segurança. Para o governo, porém, apenas 16 presídios estão em greve e, mesmo assim, 10 deles estão "funcionando normalmente".

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que espera "que não haja greve nenhuma". "Nós temos 225 mil presos no Estado de São Paulo, e é por isso que nós reduzimos os índices de criminalidade. Você vê o Brasil inteiro subindo e São Paulo caindo." Para ele, o motivo de eventual paralisação seriam processos administrativos. "Existem alguns processos administrativos envolvendo funcionários e isso é que causou problema. Agora, o governo tem de ser cumpridor da lei. Isso aqui não é uma vontade pessoal, somos servidores", disse.

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Inicialmente programada para segunda-feira, a greve foi antecipada para sábado, 18, por causa do clima tenso causado pelo assassinato do agente Rodrigo Lopes, de 33 anos, no CDP de Campinas, executado a tiros na noite de quinta-feira quando voltava do trabalho para casa, e pelos espancamentos de outros quatro agentes - três na penitenciária de São José dos Campos e um no CDP-4 de Pinheiros, na sexta. Segundo os líderes sindicais, oito agentes foram executados neste ano a mando do Primeiro Comando da Capital (PCC) em São Paulo.

Os grevistas cobram o pagamento do Bônus de Resultado Penitenciário (BRP) e o arquivamento de 32 Processos Administrativos Disciplinares (PADs), prometidos pelo governo durante o acordo que pôs fim à greve de 2014. Os sindicalistas também reivindicam a reposição de 7% de perdas inflacionárias.

Segundo o Sindasp, dos 35 mil agentes do Estado, 22,7 mil (65%) aderiram ao movimento. Na segunda-feira, 20, houve manifestações em diversas unidades, como na Penitenciária 2, de Presidente Venceslau, onde estão detidas as principais lideranças do PCC. Com a greve, advogados foram barrados nas portarias e oficiais de Justiça não puderam entregar intimações aos presos em algumas unidades. Em outras, como nas de Dracena e de Presidente Bernardes, o trabalho de detentos, em pavilhões mantidos por empresas conveniadas com o Estado, também foi suspenso e os presos tiveram de ficar trancados. Nos CDPs foi suspenso o recebimento de presos de cadeias públicas e plantões.

Acordo

A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) acusou os sindicalistas de não informar corretamente os agentes, pois o governo do Estado não teria feito acordo para arquivar os processos disciplinares. De acordo com a SAP, a ata do acordo homologado em 2014 estabelecia que apenas os grevistas que "exerceram a greve dentro da lei" não seriam punidos e que "eventuais excessos" seriam "apurados dentro da legislação em vigor". A SAP também discordou do levantamento do sindicato.

Para a secretaria, apenas 16 unidades aderiram ao movimento. A SAP, no entanto, não comentou sobre o não pagamento do Bônus de Resultado Penitenciário (BRP) e sobre o reajuste da categoria, cujo dissídio foi em março.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Agentes penitenciários e do Grupo de Operações de Segurança da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) realizaram vistorias no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), no Presídio de Igarassu (PIG) e na Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, na última segunda-feira (1°). Nos três locais foram encontrados armas brancas e celulares.

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No Cotel, o juiz da 1ª Vara de Execuções Penais, Luiz Rocha, esteve presente para apurar denúncias de tortura na unidade. De acordo com a Seres, o juíza afirmou não ter encontrado indício da prática. 

Confira a lista de materiais apreendidos nas inspeções:

Cotel

- 26 barrotes

- 11 facas industriais

- 06 chunços

- 04 espetos de madeira

- 66 celulares

- 10 baterias de celular

- 55 carregadores

- 11 fones de ouvido

- 16 chips

- 04 pen drives

- 152 gramas de crack

- 01 usina artesanal de cachaça

- 05 papelotes de maconha

- 01 cartão de memória de celular

 

Presídio de Igarassu

- 13 facas industriais

- 1,166kg de maconha

- 333 gramas de crack

- 08 celulares

- 05 carregadores para celular

 

Penitenciária Juiz Plácido de Souza

- 08 facas

- 45 Celulares

- 15 carregadores

- 200 litros de cachaça artesanal

Com informações da assessoria

Um mal entendido causado pelo cumprimento das normas de horário de visitas teria causado o tumulto no Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros (PJALB), na manhã deste sábado (31). Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes, Servidores, Empregados e Contratados no Sistema Penitenciário de Pernambuco (Sindasp-PE), Nivaldo de Oliveira Júnior, outros gestores permitiam a entrada de visitantes a partir das 7h e, com o cumprimento das normas através da operação-padrão, as visitas passaram a ser permitidas apenas depois das 8h30.

“Os presos e os familiares acharam que não iria ter visita hoje ou pensaram que seria uma paralisação dos agentes penitenciários. Isso causou certa tensão no início”, explica Nivaldo. Dentro da unidade prisional, houve tiros para conter o levante e três detentos foram feridos. Apesar dos poucos agentes no local, a situação já foi controlada e as visitas estão entrando regularmente na unidade.

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“Estamos cumprindo as normas que têm que ser cumpridas, mas por falta de efetivo, não podemos pôr em prática todas as leis”, comenta o presidente do Sindasp. Segundo Nivaldo, há normas que estabelecem pelo menos dois agentes penitenciários para cada detento. Em casos de presos de alta periculosidade, a norma exige uma escolta reforçada, mas, na manhã deste sábado, só havia 10 agentes penitenciários na unidade e três em custódia. 

REIVINDICAÇÕES - Em entrevista ao LeiaJá, Nivaldo ainda reclama da demora na contratação de novos agentes. “O secretário [Pedro Eurico] falou que a contratação dos novos agentes seria imediata. Não sei o que ele entende por imediato, porque, até agora, existem 132 agentes aptos para a contratação e, até agora, nenhum deles começou a trabalhar”, reclama. 

O presidente do Sindasp ainda comenta que há uma pauta de reivindicações da categoria, que exige mais valorização do Estado. “Estão obrigando os agentes a trabalhar em dia de folga, além dos assédios morais contra os profissionais”, critica. Apesar de algumas questões de reajuste salarial também integrarem a pauta, Nivaldo afirma que essa não é a atual prioridade da categoria. “Nosso objetivo agora é manter os agentes e detentos vivos dentro das unidades prisionais. Os gestores estão tendo que implorar aos presos para não se manifestarem”, cravou. 

 

 

“O Estado está de joelhos para comando criminoso dentro do sistema prisional. Quem está mandando na cadeia é o preso, o Estado está brincando de fazer segurança, e hoje não há garantia de que não possa ocorrer outra rebelião ou uma fuga em massa”.

O testemunho é do presidente do Sindicato dos Agentes, Servidores, Empregados e Contratados no Sistema Penitenciário de Pernambuco (Sindasp), Nivaldo de Oliveira Júnior. Em conversa exclusiva com o LeiaJá, o representante dos agentes afirma que ação do Governo foi apenas midiática e a desordem continua nas principais unidades prisionais do Estado.

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LeiaJá: Depois de cinco dias do “fim” da rebelião no Complexo Prisional do Curado, podemos dizer que a situação está sob controle?

Nivaldo Oliveira: Estive ontem (domingo, 25) o dia inteiro no Complexo e fui na Barreto Campelo também. Como era dia de visita, teve reforço da Polícia, mas só para este momento. Sem nenhum medo de errar, podemos dizer que os diretores das unidades continuam negociando com os presidiários para a “cadeia não virar”. Os agentes penitenciários estão encurralados. 

LJ: Mas a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, além do juiz Luiz Rocha, garantiu que a relativa tranquilidade havia voltado às unidades, após a negociação. 

NO: O que o Estado fez foi pedir pelo amor de Deus para os presos ficarem em paz, calmos. O que vai acontecer é outra chacina. Não duvido nada que tenhamos outro Carandiru aqui. Pernambuco é o estado com o pior sistema penitenciário do País. O Estado está de joelhos para o comando criminoso dentro do sistema prisional. 

LJ: Desde o suposto fim da rebelião no Complexo do Curado, foi feita alguma revista para o recolhimento de armas? 

NO: Não foi feita nenhuma revista nas unidades. Tive informações dos agentes de que encontraram armas na Barreto Campelo, armas também no presídio de Igarassu. No PFDB (Presídio Frei Damião Bozzano), uns agentes foram entrar nas “gaiolas” e foram recebidos à bala. O Estado está ausente e a situação só depende da vontade do preso. 

LJ: Em coletiva, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, apresentou uma lista de ações que seriam feitas na tentativa de ajustar falhas. Demandas dos presos e também dos próprios agentes penitenciários. Até o momento, algo foi feito?

NO: O discurso do secretário seria interessante para uma campanha política e nós não estamos precisando disso agora. Não se muda o sistema prisional sem oferecer dignidade aos funcionários. Não mudou coisa nenhuma. Ele só passou por lá (no Complexo do Curado) no domingo, mas quem enfrenta o fogo somos nós.

LJ: O Sindicato pretende realizar alguma ação para cobrar as melhorias ao Governo?

NO: Dia 29 (próxima quinta-feira) faremos uma assembleia, às 16h, e eu não duvido que os agentes deliberem algum tipo de manifestação. Encaminhamos um documento ao secretário Pedro Eurico, no qual pedimos medidas urgentes. Ainda estamos aguardando o posicionamento da Secretaria. A situação está caótica e acho que não vai aguentar por muito tempo, não. 

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Especial - Anatomia do Sistema Prisional

Na tarde desta sexta-feira (5), o Juiz da 1ª Vara de de Execuções Penais do Recife, Luiz Rocha, falou a respeito da determinação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) de interdição parcial do Complexo Penitenciário do Curado. Segundo o magistrado, as penitenciárias de Igarassu e o Centro de Observação e Triagem Professor Evaldo Luna (Cotel) também receberam notificações do MPPE, até mesmo anteriores à notificação recebida pelo antigo Aníbal Bruno. Segundo Rocha, a interdição parcial das unidades prisionais pode significar o bloqueio setorial de internos. 

Os principais motivos do Ministério Público para a solicitação de interdição das unidades são: dificuldade de atendimento médico aos internos, baixo número de agentes penitenciários, existência de "chaveiros" (presidiários que assumem a função dos próprios agentes penitenciários) e o excesso populacional carcerário"Todos sabemos da existência do problema da superlotação. Pernambuco é o segundo estado do país com maior déficit no número de vagas, perdendo apenas para São Paulo. Temos 20 mil vagas de déficit aqui no Estado", pontua.  

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A respeito do procedimento judiciário, Rocha explicou que o primeiro passo é transformar o pedido do MPPE de interdição do complexo prisional do Curado num processo. "São 12 ou 13 volumes para serem transformados em um Procedimento de Controle Administrativo (PCA) para ser entregue ao Estado. A partir da chegada da notificação à Secretaria de Ressocialização, o Estado terá 20 dias corridos para se pronunciar diante das acusações de deficiências e dos desvios procedimentais apresentados na petição do MPPE", explica. Rocha ainda afirmou que o PCA da petição do Ministério Público a respeito da interdição do COmplexo Prisional do Curado - a mais recente, em comparação com o pedido de interdição parcial das unidades de Igarassu e do Cotel - será instaurado ainda nesta sexta (5). 

Ainda segundo o juiz da 1ª Vara de Execuções Penais do Recife, os pedidos de interdição parcial das três unidades carcerárias podem resultar em um remanejamento de reeducandos. "Em maio de 2014, cerca de 300 reeducandos foram realocados de uma unidade para outra aqui em Pernambuco", afirma Rocha. "A interdição é uma medida que vem em socorro das pessoas privadas de liberdade por não estarem sendo respeitados os direitos humanos. Esse processo não é taxativo, mas sim de ponderação. É preciso ter uma leitura de responsabilidade social a respeito desse fato", afirma. 

O segundo motim na Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP II), na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) em menos de cinco dias já dura 12 horas e até as 19 horas desta terça-feira (16) os 70 presos que se rebelaram ainda mantinham dois agentes penitenciários como reféns. Os agentes foram rendidos durante o café da manhã e entre as reivindicações está a reforma das dez celas que foram destruídas no final de semana durante a última rebelião. Essa é a quinta rebelião no Estado em menos de um mês.

O foco da rebelião está na galeria A, do bloco 3, e segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindaspen) nela estão localizados os presos que lideraram o mais recente motim que provocou a transferência de 43 detidos.

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Segundo a PM, há uma negociação em andamento e existe a possibilidade de a rebelião terminar no final da noite. Conforme o presidente do Sindaspen, Antony Jhonson, há a possibilidade de a categoria entrar em greve, mas a definição deve acontecer após uma assembleia que será realizada na manhã de quarta-feira, 17. Para o presidente, a recente transferência de presos das delegacias para os presídios provocou esses problemas. "Isso que está acontecendo não é uma surpresa, uma hora iria acontecer, pois houve as transferências para os presídios e com isso aumentou muito a população carcerária, não tem como os profissionais trabalharem com esse estresse", reclamou.

Por causa dos recentes motins, o governo do Estado acionou o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) para investigar as causas das rebeliões e se há algum agente público envolvido nos motins.

O ex-apresentador Dennison Oliveira Lima, conhecido como Denny Oliveira, foi preso nesta quinta-feira (11), em Campina Grande, na Paraíba após mandado de prisão expedido no início deste mês. Ele chegou ao Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR) por volta das 18h30 e já está em uma cela especial, de acordo com os agentes penitenciários.

Após denúncias de estupros contra Denny, o Departamento Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA) começou a investigar o caso há sete anos. De acordo com a polícia, as vítimas frequentavam o auditório do programa que ele apresentava. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) começou a apurar as denúncias por atentado violento ao pudor, estupro. O ex-apresentador ainda oferecia bebida para as menores.

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Denny foi julgado em 2010 e condenado a 15 anos. Um ano depois, o também radialista passou por um novo júri e a pena passou de 15 para 24 anos. Os advogados do ex-apresentador pediram recurso e a pena foi reduzida a dez anos de cadeia. Nesta sexta-feira (12), os detalhes sobre a prisão de Denny Oliveira serão apresentados pela Polícia Civil, na sede do órgão, localizado na Rua da Aurora, às 9h.

 

 

 

 

 

Das 7h às 19h desta terça-feira (22) os Agentes Penitenciários de Pernambuco realizam uma mobilização em todos os presídios do Estado. Em frente ao Complexo Penitenciário do Curado, antigo Presídio Aníbal Bruno, eles cobram o cumprimento do acordo que deveria inserir os agentes no regimento normativo dos policiais civis. 

Conforme o Sindicato da Categoria (Sindasp - PE), o ato foi definido após a Procuradoria Geral do Estado (PGE) não incluir o termo “Servidor Policial Civil” no plano de cargos e carreiras da classe. O acordo teria sido firmado em 2010.

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De acordo com o presidente do Sindasp - PE, Nivaldo Oliveira Júnior, atualmente a categoria não tem condições e nem efetivo suficiente para cumprir de forma satisfatória todas as atribuições de um agente penitenciário. “Temos 1.400 agentes para acompanhar 30 mil presos”, afirmou.

Durante todo o dia de hoje, eles pretendem promover o cumprimento pleno do Procedimento Operacional Padrão (POP). “Só vamos realizar as atividades conforme o procedimento padrão. Se são necessário 10 agentes para acompanhar a transferência de detentos, não vamos realizar o serviço com três homens”, concluiu. 

A Secretaria de Ressocialização (Seres), órgão responsável pela categoria, informou que 120 candidatos foram convocados para participar do curso preparatório e em dezembro devem assumir suas funções. Um novo concurso foi aberto disponibilizando 200 novas vagas. A Seres também adiantou que a reivindicação da categoria vem sendo debatida entre o sindicato dos agentes e a Secretaria de Administração do Estado.   

Nesta terça-feira (22), os Agentes Penitenciários de Pernambuco realizam uma mobilização das 7h às 19h em todos os presídios do Estado. De acordo com sindicato da categoria (Sindasp - PE), o protesto será realizado porque a Procuradoria Geral do Estado (PGE) divulgou parecer que não inclui o termo “Servidor Policial Civil” no plano de cargos e carreiras da classe. 

Sem esse vínculo com a Polícia Civil, é negado à classe, a aposentadoria especial e o uso de porte de arma. Ainda segundo o Sindasp-PE, o direito está no estatuto da Polícia Civil do País.

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Representantes do sindicato estarão presentes no Complexo Penitenciário do Curado, antigo Presídio Aníbal Bruno, a partir das 7h. Na ocasião, a diretoria diz que vai incentivar e fiscalizar o cumprimento do Procedimento Operacional Padrão (POP), além de orientar a categoria com faixas e cartazes com o objetivo de cobrar ao estado o cumprimento do acordo prometido.

Procurada pelo LeiaJá, a Secretaria de Ressocialização, órgão responsável pela categoria, informou que esta reivindicação já vem sendo debatida entre o sindicato dos agentes e a Secretaria de Administração do Estado.   

 

 

JOÃO PESSOA (PB) - Para garantir a segurança, os agentes penitenciários da Paraíba suspenderam, a partir desta segunda-feira (31), a realização de serviços. A paralisação das atividades, segundo o Sindicato dos Servidores da Secretaria da Administração Penitenciária (Sindseap), irá durar cinco dias.

Durante esta semana, não serão feitas escoltas de presos para audiências judiciais, entrada de grupos religiosos, atividades de ressocialização, entre outros serviços. O Sindicato informou que tudo estava sendo feito de forma irregular, como, por exemplo, escoltas sem colete à prova de bala e com armas sem registro.

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Os funcionários continuam com as visitas, as determinações alvará de soltura, o banho de sol, e os atendimentos médicos de urgência e emergência, além do fornecimento de medicações de uso contínuo. Além da regularização destes serviços, a categoria pede um Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR).

A Secretaria da Administração Penitenciária informou está havendo o dialogo com os trabalhadores e que está chegando a um consenso.

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (26), projeto que concede aos agentes e guardas prisionais o direito de portar arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço. A matéria segue para análise do Senado.

O texto aprovado estabelece, porém, três condições aos agentes: que estejam submetidos a regime de dedicação exclusiva; sujeitos a formação funcional e subordinados a mecanismos de fiscalização e de controle interno.

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Na discussão da matéria também foi incluída a possibilidade de o projeto se estender aos guardas portuários. O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), não descartou, entretanto, que essa parte seja vetada pelo Palácio do Planalto - considerando que o projeto passe da forma que está no Senado.

Os agentes penitenciários de São Paulo decidiram na noite desta segunda-feira, 24, suspender a greve da categoria por 48 horas. A decisão foi tomada em 18 assembleias em todo Estado de São Paulo. Até as 20h45, apenas uma região - da capital - havia votado pela manutenção da greve. Faltavam ainda três regiões para concluir a votação.

A paralisação atende pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT) que em reunião pela manhã, entre agentes e governo do Estado, havia sugerido a paralisação temporária para que uma nova proposta fosse discutida pela categoria.

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Com a sugestão do MPT ficou acordado que o governo apresentará uma nova proposta na manhã desta terça-feira, 25, em reunião marcada para as 10 horas no Palácio dos Bandeirantes.

Os agentes penitenciários pedem aumento salarial e redução de duas classes hierárquicas.

Em assembleia na noite dessa segunda-feira (24), os agentes penitenciários de São Paulo decidiram suspender, por 48 horas, a greve da categoria, que já dura duas semanas. A sugestão de interromper a paralisação foi feita pelo Ministério Público do Trabalho em uma reunião realizada na tarde de ontem. Está prevista para esta terça-feira (25) de manhã uma rodada de negociação com o governo estadual.

Segundo o diretor jurídico do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp), Rozalvo José da Silva, a suspensão da greve é uma tentativa de abrir diálogo. “O governo estava intransigente, disse que não negociava com a gente em greve. Então, a gente teve que fazer isso [interromper a paralisação]”, ressaltou. Os agentes tomaram a decisão em 21 assembleias feitas em todo o estado.

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Ainda de acordo com Silva, a expectativa é que o governo paulista apresente uma proposta para a categoria. Os termos deverão ser apreciados hoje mesmo em novas assembleias. Os servidores reivindicam correção salarial de 20,64%, a título de reposição de perdas causadas pela inflação, no período de 2007 a 2012, mais 5% de aumento real de salários, entre outras solicitações de melhoria das condições de trabalho.

Um balanço feito pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), na última sexta-feira (21), apontou que 88 das 158 unidades prisionais do estado estavam com parte dos serviços paralisados por causa da greve dos agentes penitenciários. Em algumas unidades, a Tropa de Choque foi acionada para garantir a transferência e o ingresso de novos presos.

O sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo(Sindasp-SP) marcou para a manhã desta segunda-feira, 24, às 10h, em São Paulo, uma reunião entre seus dirigentes e de outros dois sindicatos, o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp) e o Sindicato dos Servidores Públicos do Sistema Penitenciário Paulista (Sindcop), com representantes do governo de São Paulo.

A reunião terá intermediação de um procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT) da 2ª Região, de São Paulo.

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O objetivo da reunião é abrir negociação entre a categoria dos agentes de segurança penitenciária e o governo do Estado, para que se possa chegar a um acordo nas reivindicações e buscar entendimento entre as partes.

A reunião foi um pedido das três instituições sindicais junto à Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical (CONALIS/SP) do MPT da 2ª Região de São Paulo.

A greve dos agentes penitenciários já dura 15 dias.

Agentes penitenciários em greve barram, desde a manhã desta segunda-feira (170, a entrada de 30 detentos no Centro de Detenção Provisória (CDP) do bairro Aparecidinha, em Sorocaba. Os presos, entre eles três acusados do tráfico de 1,3 mil quilos de maconha, estavam detidos na Cadeia Pública de São Roque.

A Tropa de Choque da Polícia Militar deslocou-se até o CDP, mas os agentes resistem em permitir o acesso. O diretor da unidade, Márcio Coutinho, afirma que uma liminar da Justiça considerou ilegal o bloqueio. Os agentes alegam que não foram notificados dessa decisão.

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Os 150 agentes da Penitenciária Estadual 'Odilon Ramos Maranhão' cruzaram os braços na manhã desta terça-feira (11), em adesão à greve da categoria. Líderes da paralisação se concentraram) à frente da unidade para impedir o acesso de novos presos, advogados e oficiais de Justiça.

Viaturas da Polícia Militar que chegavam com detentos de Porto Feliz e Cesário Lange foram obrigadas a dar meia volta. De acordo com o sindicalista Ângelo Celestino, os serviços essenciais, como o fornecimento de refeições, atendimento médico e o banho de sol dos presos, eram mantidos.

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Os grevistas reivindicam reposição salarial de 20,64%, aumento real de 5%, aposentadoria integral aos 25 anos e outros benefícios. Em Iperó, os agentes protestam também contra o excesso de lotação - o presídio tem capacidade para 1.286 detentos, mas abriga 2.213. A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) informou que o governo mantém diálogo com a categoria. Uma reunião com líderes sindicais está prevista para esta terça-feira.

O protesto dos concursados em seleção para agentes penitenciários segue, neste momento, para a sede do Governo do Estado. Cerca de 40 candidatos aprovados no exame de 2009 se concentraram na manhã desta segunda-feira (24), na Praça do Derby, para reivindicar contra o novo concurso lançado na semana passada e a não convocação de boa parte dos selecionados na última prova. 

Segundo o presidente da comissão dos agentes penitenciários, Sílvio Tadeu, a situação da categoria em Pernambuco é muito grave. “Para cada 23 presos, existe apenas um agente. Isto é um absurdo”, declara um dos aprovados, Silvio Tadeu. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o correto é um agente para cinco presos. Estados como Amapá, Mato Grosso, Alagoas e Pará cumprem a determinação do CNJ. 

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Dos 3.900 mil concurseiros aprovados em 2009, apenas 1.500 foram chamados. Todos passaram por exames médicos e psicológicos, teste físico, curso de formação acadêmico e investigação social, para saber se tem passagem pela polícia. 

Agentes da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) estão na Avenida Conde da Boa Vista monitorando o trânsito na via, que está complicado por conta do protesto.

Com informações de Juliana Isola

 

A partir das 8h da segunda-feira (24), na Praça do Derby, os agentes penitenciários concursados em 2009 vão fazer outra manifestação, agora no centro do Recife. O protesto é motivado após a decisão do Governo do Estado em realizar um novo concurso público para o preenchimento de 200 vagas; o edital deve ser lançado depois do Carnaval. 

Em 19 de janeiro deste ano, a categoria se reuniu em frente ao Centro de Observação e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, para exigir a convocação dos concursados. Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes e Servidores no Sistema Penitenciário de Pernambuco (Sindasp-PE), Nivaldo Oliveira, há mais de 2 mil agentes aprovados que apenas precisam realizar a segunda fase, o teste físico, para exercerem os cargos. 

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“É vergonhosa essa decisão do Governo. Temos uma demanda de 3500 agentes e só prometer 200 vagas é um absurdo. Então dá a entender que o concurso anterior ‘morreu’”, afirmou Oliveira. Segundo o gestor, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) exigiu ao Governo uma medida emergencial com o intuito de convocar, no mínimo, 100 profissionais já concursados.   

Da Praça do Derby, a manifestação seguirá em passeata à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e ao Palácio do Campo das Princesas, de acordo com Nivaldo Oliveira. Os protestantes prometem levar faixas e um carro de som acompanhará todo o trajeto. O Sindasp informou que uma nova reunião com o Governo foi pré-marcada, porém sem data definida. 

“Nós temos urgência, estamos vendo o aumento de incidentes nas unidades prisionais, não tem efetivo suficiente, 60% das guaritas estão desativadas no Estado. O Governo é o responsável pelas mortes que aconteceram e ainda vão acontecer, porque não tem como evitar. Não adianta ficar trocando diretor de unidade, a falta de estrutura é generalizada”, disparou Oliveira, ao citar a saída do diretor Ricardo Pereira da Penitenciária Agroindustrial São João (PAISJ), em Itamaracá, após rebelião com morte. 

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