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De origem paraguaia e sem nota fiscal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu mais de 25 mil maços de cigarro na noite desta quarta-feira (31), na BR 104, em Caruaru, Agreste de Pernambuco. A mercadoria estava sendo transportada por três homens em uma van com placa da Paraíba. 

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Os agentes da PRF informaram que ao dar ordem de parada ao veículo, verificaram o interior da van e encontraram 51 caixas do produto. Um dos passageiros assumiu a propriedade da mercadoria e informou que havia contratado o motorista por R$ 500 para fazer o transporte dos cigarros.

Os homens foram encaminhados, juntamente com a carga apreendida, para a Delegacia de Polícia Federal em Caruaru. Segundo a Polícia, eles devem responder pelo crime de contrabando, que prevê pena de dois a cinco anos de reclusão.


Cansaço frequente, pigarro constante na garganta e mau cheiro permanente. A pergunta não era se o então estudante de design André Paiva, na época com 26 anos, gostaria de largar o cigarro e os malefícios por ele provocados, mas como. Natural de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, o jovem encontrou a resposta na abundância de ervas da feira de sua cidade. “Fiz algumas pesquisas e descobri uma combinação muito utilizada pelos índios para trazer relaxamento e maior percepção dos sentidos, chamada Kumbayá”, lembra. Sem tabaco, a composição com participação majoritária da camomila, associada à alfazema, erva doce, sálvia, flor de girassol, patchouli, alecrim e rosa vermelha foi uma importante ferramenta para André que trocasse uma carteira diária de cigarro industrial pelo blend de ervas. “Um ano depois, só consumo cigarro artesanal, embora meu objetivo seja parar completamente”, comenta. 

Para André, a prática deu tão certo que virou negócio. Formado em design, ele agora concilia a profissão de formação à artesania de cigarros compostos por ervas. “A demanda apareceu e criamos a Black Phillip, um selo de cigarros artesanais. Com R$ 12, é possível adquirir doze unidades, embaladas com seda e já contando com filtro orgânico”, comenta. O Kumbayá, de acordo com André, também provoca sensação de relaxamento nos usuários e não causa nenhum tipo de alucinação. “Muitos clientes relatam que fumam para dormir. O efeito tranquilizante se deve à presença da camomila, que baixa a pressão. Além disso, essa erva foi escolhida para integrar o blend por possuir uma queima menos agressiva”, completa.

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Camomila é a principal componente do Kumbayá. (Marília Parente/LeiaJá Imagens)

Produzido exclusivamente com ervas compradas na feira de Caruaru, o Black Phillip Kumbayá é resultado da secagem, limpeza e corte à tesoura de cada planta. “Sem dúvida, é um método mais demorado do que a trituração, mas é a forma que temos de manter o óleo essencial dessas substâncias, o que maximiza benefícios como o cheiro agradável da fumaça”, coloca André. Apesar disso, André planeja parar de comercializar o produto. “O Black Phillip não nasceu para novos fumantes, mas para velhos fumantes que querem ter uma vida nova”, conclui. 

Para a estudante Maria Augusta Vasconcelos, o impulso para largar o cigarro veio com a gravidez. “Procurei o Black Phillip na tentativa de evitar a nicotina e seus prejuízos ao bebê. Ele acabou funcionando como uma transição. Um mês após o parto, parei definitivamente de fumar”, comemora.

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Nem sempre, contudo, é fácil largar o cigarro. De acordo com o pneumologista e coordenador do Programa de Tabagismo do Ambulatório Maria Fernanda do Real Hospital Português, Blancard Torres, a progressiva troca do cigarro convencional por opções menos danosas com a finalidade de vencer o vício deve ser acompanhada por um especialista. “Seria uma boa ideia usar ervas conhecidas para substituição da nicotina e para vencer uma depedência que também é comportamental. Ainda assim, é necessário que um médico determine as dosagens", explica. Além disso, o médico alerta para produtos falsamente comercializados como isentos de nicotina. “É preciso constatar que se a substância que está sendo utilizada para realizar a transição realmente não possui produtos tóxicos. É comum que alguns de nossos pacientes recorram a, por exemplo, cigarros eletrônicos que carregam nicotina de forma escusa, contribuindo para a manutenção da dependência”, comenta. 

O médico esclarece ainda que, mesmo artesanal, o cigarro faz mal à saúde. “Nossas vias respiratórias não foram feitas para respirar nada diferente de oxigênio. Sendo assim, qualquer fumaça é capaz de irritá-las e causar reações como tosse, falta de ar, bronquispasmos, bem como facilitar processos de pneumonia”, afirma. Assim sendo, os interessados em buscar tratamento para vencer o tabagismo, podem procurar o ambulatório Maria Fernanda, que oferece um programa gratuito de combate ao fumo. “Os atendimentos acontecem das 10h às 11h, às quintas e sextas. É só chegar, não é necessário ter ficha”, acrescenta o Dr. Blancard.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é responsável por regulamentar os produtos que contém tabaco, mas ainda não possui nenhuma recomendação a respeito de fumos compostos por ervas.

Serviço//Ambulatório Maria Fernanda do Real Hospital Português

Endereço: Avenida Agamenon Magalhães, 4760, Paissandu, Recife

Atendimentos:  das 10h às 11h, às quintas e sextas

Informações: (81) 3416-1122

 

A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a proposta que traz novas regras de exposição e comercialização de cigarros e outros produtos derivados do tabaco. A modificações devem ser feitas até o dia 25 de maio. A decisão foi unânime e o relator da audiência, realizada nesta terça-feira (16), foi Fernando Mendes.

Segundo a proposta aprovada, os locais de venda deverão seguir regras mais restritas de exposição das embalagens de cigarros, como manter a maior distância possível entre os maços de cigarro dos produtos destinados ao consumo do público infanto-juvenil, como balas e chocolates. Além disso, os comerciantes também serão proibidos de usar recursos de marketing adicionais, como cores, sons e iluminação direcionada. Segundo o relator da proposta, a resolução complementa outro ato normativo aprovado pela Anvisa no fim do ano passado (RDC 195/2017), que veda a utilização de recursos de propaganda nas embalagens que possam induzir ao consumo do cigarro ou sugerir que o produto não é prejudicial à saúde.

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A indústria tabagista solicitou ampliação do prazo para atender às novas regras conforme a resolução da Anvisa. Para os produtores, o prazo estabelecido (25 de maio) é curto e não garante “viabilidade logística” para que todos os mais de três mil pontos de venda de todo o país façam as alterações.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada tragada de um cigarro, um indivíduo inspira mais de quatro mil substâncias. Entre elas estão a nicotina, o alcatrão, o monóxido de carbono, e mais outras 60 que são comprovadamente cancerígenas. Seus efeitos à saúde se dão tanto para os fumantes ativos quanto para os passivos, aqueles que inalam a fumaça ambiente. O tabagismo é fator de risco para mais de 50 doenças e a maior causa de morte que poderia ser evitada.

Como parar de fumar?

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Segundo a OMS, para parar de fumar é necessário uma mudança de comportamento. Também deve ter entendimento de que a abstinência provoca reações como irritabilidade, ansiedade, sonolência e inquietação. Os tratamentos contra o tabagismo envolvem, além do combate químico contra a nicotina, componentes psicológicos e de condicionamento. A pessoa precisa estar realmente disposta e para isso deve pedir ajuda em postos do serviço público ou em grupos específicos. Os tratamentos também incluem medicamentos e auxílio psicológico.

O governo de São Paulo oferece alternativas aos fumantes que desejam largar o vício. Quem quiser parar de fumar pode participar dos diversos programas oferecidos pelo Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod). Para outras informações, acesse: http://www.saude.sp.gov.br/cratod-centro-de-referencia-de-alcool-tabaco-e-outras-drogas/

Respirar o ar de São Paulo por duas horas no trânsito é o mesmo que fumar um cigarro. Ao longo de 30 anos na capital, o pulmão dessa pessoa pode ficar igual ao de um fumante leve (que consome menos de dez cigarros por dia).

É o que revelam dados preliminares, obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, de uma pesquisa inédita que busca comparar a exposição do paulistano durante sua vida à poluição do ar com os impactos do cigarro. O trabalho, liderado pelo médico patologista Paulo Saldiva, analisa corpos que foram levados ao Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) e mede a quantidade de carbono no pulmão, ao mesmo tempo em que investiga a vida do paciente.

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"Antigamente, quando em uma necropsia a gente via um pulmão cheio de carbono, preto, o mais provável é que se trataria de um fumante. Hoje não dá para dizer isso. E o que esse estudo está mostrando é o quanto respirar o ar de São Paulo é equivalente a fumar e tem impacto cumulativo", explica a bióloga Mariana Veras, do Laboratório de Poluição do Ar da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Entrevistas feitas com parentes estão ajudando a compor esse quadro de como se dá a exposição dos paulistanos. São questões como: onde vivia, onde passou a maior parte da vida, qual era a atividade profissional, quanto tempo levava em deslocamentos no trânsito, se fumava ou era fumante passivo. "Um motorista de caminhão ou um guarda de trânsito vai ter um quadro diferente de quem só se expõe de casa ao trabalho e passa o dia inteiro no ar condicionado com janela fechada. Estamos buscando a correlação entre a quantidade de preto no pulmão, o padrão de vida e o tempo em transporte", diz Mariana.

Pelo menos 2 mil pulmões já foram avaliados e cerca de 350 selecionados para compor o estudo - são os que contam com entrevistas mais detalhadas. Os dados ainda estão sendo tabulados e devem ser concluídos nas próximas semanas, mas foram antecipados em razão da Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente, que começou ontem e vai até amanhã, e tem como tema a luta antipoluição.

Segundo a ONU Meio Ambiente e a Organização Mundial de Saúde, cerca de 7 milhões de pessoas morrem por ano em decorrência de poluição do ar (e metade é interna, como a de fogões a lenha e aquecimentos caseiros a carvão). Segundo as entidades, mais de 80% das cidades têm níveis de poluição acima dos recomendáveis.

A análise de São Paulo aponta que os níveis de partículas finas inaláveis (material particulado ou MP 2,5) está 90% acima dos níveis seguros, de 10 microgramas/m³. A concentração média anual da cidade é de 19 microgramas/m³. A ONU Meio Ambiente elegeu o combate à poluição como principal ação para se atingir os objetivos do desenvolvimento sustentável e no combate às mudanças climáticas.

"A poluição é o problema que está mais perto das pessoas. Elas sentem, respiram, é imediato. É mais provável ter impacto sobre a vida das pessoas enquanto andam ou fazem compras do que as mudanças climáticas. É uma das coisas que mais matam hoje no mundo", disse ao Erik Solheim, diretor executivo da ONU Meio Ambiente, durante a Conferência do Clima das Nações Unidas, na Alemanha, em novembro. "Por outro lado, tudo o que se faz para reduzir a poluição também é benéfico no combate às mudanças climáticas."

Na prática

Não é de hoje que poluição afeta a rotina dos paulistanos. A gestora ambiental Annabella Andrade, de 50 anos, pedala todos os dias até o trabalho, mas, quando o tempo está seco, usa máscara como as de hospitais para se proteger da fuligem. "Dependendo do lugar, ainda coloco lenço por cima", diz ela, que mora perto do Elevado Presidente João Goulart, o Minhocão, e trabalha na Avenida Paulista, ambos na região central.

Para reduzir o impacto da poluição, Annabella trabalha como voluntária de uma associação que quer transformar o Minhocão em um parque. "Quando o elevado está fechado, podemos abrir as janelas."

Dona de uma banca próxima da Estação Marechal Deodoro do Metrô, Mainara Bortolozzo, de 25 anos, também sente o impacto. "Saio imunda daqui - no rosto, nas mãos", conta.

Obesidade

Pouco relacionada com a poluição, a obesidade, também está sendo observada pelo grupo de pesquisa do laboratório da USP. Já havia a suspeita de que a poluição provoca desarranjo hormonal e estudos epidemiológicos relacionam os poluentes a uma redução do metabolismo. Como isso é muito difícil de isolar e medir no nível individual, os pesquisadores trabalharam com camundongos expostos a uma concentração de MP 2,5 - semelhante à medida em média por dia em São Paulo.

Descobriram que afeta a saciedade. "Os animais, e sugerimos que o mesmo deve ocorrer com humanos, não ficavam saciados mesmo com a quantidade habitual. A poluição diminui a sensibilidade ao hormônio leptina, que regula a saciedade", diz Mariana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A falta de respeito de alguns vizinhos de um prédio resultou em uma nota colocada no prédio com uma ameaça drástica. O síndico de um edifício residencial anunciou uma verdadeira investigação para descobrir qual condômino estaria jogando bitucas de cigarro na sua varanda. Como último recurso para descobrir quem estaria tomando essa atitude, ele ameaçou pegar esses restos de cigarro e realizar um exame de DNA e concluir quem é o vizinho mal-educado. 

“Hoje (15/11/2017), algum morador dos finais 3 e 4, tornou a repetir essa atitude e, o pior, o cigarro caiu aceso próximo as crianças que brincavam no playground”, comunicou. Ele continua o texto apontando que esta é a “última vez que trato desse assunto de forma educativa”. 

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Como forma drástica, ele aponta que “as próximas bitucas recolhidas pelos funcionários serão enviadas para uma análise de DNA, sendo que o morador indetificado [sic] será multado e também arcará com o valor de todas as despesas futuras que o condomínio vier a sofrer e mais o registro na delegacia com um boletim de ocorrência”. 

O síndico se mostrou tão revoltado com a situação que colou uma bituca no comunicado e ainda apontou a marca do cigarro consumido pelo vizinho. O caso foi registrado por um morador e tomou repercussão nas redes sociais. Internautas brincaram com a situação com postagens como: “Uau... Um condomínio com banco de dados do DNA dos condôminos” e “só falta o síndico morar nos finais 3 e 4”.

Um candidato que fez a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste domingo (5), no Distrito Federal, levou um cigarro de maconha para o local de prova. Apesar de ter sido flagrado, ele não perdeu o direito de realizar a avaliação e o episódio sequer entrou para o relatório de “ocorrências” do Ministério da Educação (MEC). “O PM tirou o cigarro de maconha dele e disse: ‘Faça sua prova'”, contou o ministro da Educação Mendonça Filho (DEM). 

Em coletiva de imprensa sobre o balanço do exame, a diretora de Gestão e Planejamento do Inep, órgão responsável pela prova, Eunice Santos, explicou o motivo do candidato não ser eliminado. “Houve mudança no Código de Processo Penal e, hoje, o uso de alguns entorpecentes não é mais crime, só o tráfico, então a Polícia Militar, que foi acionada para o local, entendeu que não era e não se configurou crime e orientou que ele continuasse fazendo a prova. A PM só retirou o cigarro”. 

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No primeiro dia de provas, houve um total de 264 eliminações, sendo nove com vistorias através dos detectores de metais. Quatro ocorrências foram feitas, sendo duas envolvendo candidatos que saíram com a prova antes do horário permitido. “Um candidato saiu correndo, ficou com raiva de uma questão, a polícia conseguiu identificar. Outro candidato saiu correndo e chegou a tirar uma foto por volta das 17h. Houve duas ocorrências por falta de energia”, explicou Eunice. 

Mendonça Filho fez uma comparação entre o numero de eliminações entre 2016 e 2017. A diferença surpreende. No ano passado, apenas no primeiro dia, foram 3.942 eliminados contra os 264 deste ano. 

 

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta quinta-feira (19) uma ação direta de inconstitucionalidade ajuizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) contra resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que proíbe a comercialização de cigarros que contêm aroma e sabor. O processo é de relatoria da ministra Rosa Weber.

A pauta do STF também prevê o julgamento de uma ação do Partido Socialista Brasileiro (PSB) que questiona norma da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que restringe a doação de sangue por homens homossexuais.

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Segundo o Broadcast Político apurou, a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, decidiu abrir a sessão desta quinta-feira com o julgamento sobre a comercialização de cigarros, que deve concentrar as discussões dos ministros nesta tarde. Auxiliares do STF acreditam que não haverá tempo hábil para avançar na discussão sobre a doação de sangue.

Controle

Em manifestação encaminhada ao STF, Advocacia-Geral da União (AGU) alega que qualquer política de controle do tabaco, "além de protetiva da saúde, é também uma política econômica e social que contribui para o desenvolvimento nacional".

De acordo com a AGU, o tabagismo causa uma despesa anual de R$ 56,9 bilhões para o Brasil - R$ 39,4 bilhões seriam gastos com tratamento de doenças relacionadas ao tabaco e R$ 17,5 bilhões de custos relacionados com a perda da produtividade de trabalhadores, com mortes prematuras e incapacitação de empregados.

"A arrecadação de impostos com a indústria de cigarros é de R$ 12,9 bilhões, o que significa, em verdade, que o País sofre um prejuízo de R$ 44 bilhões de reais ao ano", alega o órgão.

Segundo a AGU, os aditivos em questão pretendem tornar os cigarros mais atrativos para crianças e adolescentes, potencializar o poder da nicotina e mascarar a poluição ambiental, "objetivando maior aceitação do uso tabaco em ambientes coletivos e também pelo próprio fumante".

A CNI, por sua vez, alega que a atuação da Anvisa viola os princípios da legalidade, da separação dos Poderes e da livre iniciativa. Segundo a confederação, a proibição de aditivos foi feita de "forma genérica", com efeitos sobre toda a cadeia produtiva.

A polícia britânica evacuou nessa terça-feira (29) a estação de trem Euston, em Londres, após encontrar um pacote suspeito no local, segundo informaram as autoridades no Twitter. No entanto, de acordo com a BBC, uma 'pequena explosão' teria sido causada por um cigarro eletrônico dentro de uma mala.

Segundo o jornal "The Telegraph", houve tumulto e diversos passageiros saíram correndo e gritando após ouvirem uma "explosão alta". As plataformas foram evacuadas depois que um alerta de segurança foi acionado. Confira um vídeo do tumulto postado no twitter:

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Com informações da Ansa

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta quinta-feira (17) uma nota defendendo a proibição do uso de aditivos em produtos derivados do tabaco. A iniciativa ocorre diante da expectativa de o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar hoje a Ação Direta de Inconstitucionalidade movida pela Confederação Nacional de Indústria (CNI) sobre o assunto, depois de vários anos de espera.

Em 2012, uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a adição de substâncias que mascarem o sabor e aroma do cigarro, sob a justificativa de que a prática poderia incentivar a iniciação de jovens no tabagismo. A proibição, no entanto, nunca chegou a ser posta em prática. Em 2013 a ministra do STF Rosa Weber concedeu uma liminar suspendendo os efeitos da resolução, pouco antes da norma entrar em vigor.

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A CNI aponta, na ação, uma série de problemas na decisão da Anvisa, entre eles, o argumento, considerado genérico pela confederação, de que a venda de produtos com aditivos poderia provocar risco iminente à saúde.

No documento divulgado nesta quinta, a Organização Pan-Americana de Saúde/Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS) avalia que a permissão dos aditivos em cigarros seria um retrocesso nas ações para o controle do tabagismo no País. "O Brasil foi o primeiro país no mundo a proibir, em 2012, o uso desses aditivos. Nos anos seguintes, pelo menos 33 outros países baniram produtos de tabaco com flavorizantes. Retroceder nessa medida pode atrapalhar a bem-sucedida trajetória brasileira na redução do número de pessoas que fumam", afirma a nota.

A OPAS/OMS classifica a decisão da Anvisa de proibir os aditivos como "comprovadamente adequada aos propósitos de defesa da saúde pública". Afirma ainda que ela está alinhada às determinações descritas nas diretrizes na regulamentação da Convenção Quadro do Tabaco, um acordo mundial, ratificado pelo Brasil, com medidas para prevenção e controle do tabagismo no mundo.

Na nota, a OPAS/OMS observa que suas posições são norteadas pelas diretrizes dos acordos internacionais, sustentadas por argumentos científicos e por experiências bem-sucedidas. "Não cabe ao organismo internacional opinar sobre competência jurídica", informa o texto.

Uma carga de cigarros avaliada em R$1,8 milhão foi apreendida em Belém do São Francisco, no Sertão de Pernambuco. A mercadoria era transportada em um caminhão roubado e o motorista apresentou uma Nota Fiscal adulterada para tentar enganar a fiscalização. De acordo com a POlícia Rodoviária Federal (PRF), a apreensão foi realizada no domingo (2), na BR 116.

A Secretaria da Fazenda de Pernambuco informou que a carga apreendida foi de 377.500 maços de cigarro. A PRF explicou que o caminhão com registro de roubo havia saído de São Paulo e os policiais verificaram que as placas eram clonadas. 

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Durante a verificação da mercadoria, foram encontradas 755 caixas de cigarro e foi descoberto que a Nota Fiscal apresentada pelo motorista continha informações falsas.

O homem, de 37 anos, foi detido e encaminhado junto com o veículo e a mercadoria para a delegacia de Polícia Civil de Floresta, para a continuidade dos procedimentos legais. 

A lei que delimita o consumo de cigarros e seu derivados em ambientes parcialmente ou totalmente fechados no Estado de São Paulo vem trazendo diversos benefícios aos fumantes e não-fumantes.

A tese de trabalho de doutorado da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) constata que, no período de 17 meses, a Lei Antifumo paulista foi responsável por evitar 571 mortes por enfarte e 228 mortes por acidente vascular cerebral.

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Promulgada em 2009, a Lei proíbe o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou qualquer outro produto derivado em ambientes fechados. O valor da multa por descumprimento da lei é de R$ 1.253,50 e dobra em caso de reincidência. Na terceira vez, o estabelecimento é interditado por 48 horas, e na quarta, o estabelecimento é fechado por 30 dias.

Um levantamento da Secretaria de Estado da Saúde, publicado este ano indica a aplicação de 3.795 multas, em mais de 1,7 milhão de inspeções realizadas até meados de maio de 2017. A medida visa combater os efeitos do “consumo passivo”, considerado a terceira causa de morte evitável no mundo, dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). 

O Brasil tem um prejuízo anual de R$56,9 bilhões com o tabagismo. Desse total, R$ 39,4 bilhões são gastos com despesas médicas e R$ 17,5 bilhões com custos indiretos ligados à perda de produtividade, causada por incapacitação de trabalhadores ou morte prematura.

A arrecadação de impostos no país com a venda de cigarros é R$ 12,9 bilhões, o que gera um saldo negativo de R$ 44 bilhões por ano. É o que revela o estudo Tabagismo no Brasil: morte, doença e política de preços e esforços, feito com base em dados de 2015 e apresentado hoje (31), Dia Mundial sem Tabaco, pelo Instituto Nacional do Câncer José de Alencar Gomes da Silva (Inca), em evento no Rio de Janeiro.

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A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é a relacionada ao tabagismo que mais gerou gastos aos sistemas público e privado de saúde em 2015, com R$ 16 bilhões. Doenças cardíacas vem em segundo, com custo de R$ 10,3 bilhões. Também entraram no levantamento o tabagismo passivo, cânceres diversos, câncer de pulmão, acidente vascular cerebral (AVC) e pneumonia.

Em 2015, o estudo apontou a morte, no país, de 256.216 pessoas por causas relacionadas ao tabaco, o que representa 12,6% dos óbitos de pessoas com mais de 35 anos. Do total, 35 mil foram por doenças cardíacas e 31 mil por DPOC. O câncer de pulmão é o quarto motivo de morte relacionado ao tabagismo, com 23.762 casos. O fumo passivo foi a causa de morte de 17.972 pessoas.

A diretora-geral do Inca, Ana Cristina Pinho, destaca que o tabagismo é a principal causa de mortes evitáveis no mundo. “O Brasil é um dos pioneiros nessas políticas e os números mostram uma relação direta entre o controle do tabagismo e a redução da prevalência de determinados tipos de câncer, relacionados a esse hábito. São doenças absolutamente evitáveis, é um problema mundial, mas a conscientização acerca dos males relacionados ao tabagismo só vêm aumentando e os governos precisam adotar políticas de Estado, de nação, para efetivamente buscar essas estratégias de redução do uso do tabaco.”

Novas medidas

O estudo fez uma simulação para os próximos 10 anos com a elevação de 50% no preço dos cigarros. Essa medida evitaria mais de 130 mil mortes, 500 mil infartos, 100 mil AVCs e quase 65 mil casos de câncer, além de ganhos econômicos de R$ 97,9 bilhões com o aumento da arrecadação tributária e a diminuição dos gastos com a saúde e perda de produtividade.

Segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, que participou do evento por videoconferência, essa é uma das medidas em discussão no governo. “Há uma proposta do aumento de 50% no preço dos cigarros, que implicaria em redução do consumo. Mas se houver muito contrabando não teremos o efeito que queremos com o aumento do preço e perdemos o controle da qualidade. Os cigarros contrabandeados representam mais da metade do consumo no Brasil e, evidentemente, não está sob controle da nossa vigilância sanitária”.

Outra medida, segundo o ministro, é proibir os aditivos de sabores ao cigarro, pois, segundo ele, esse é um subterfúgio para atrair adolescentes para o consumo de tabaco. “Foi uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para proibir os aditivos de sabor ao cigarro. Foi judicializado pela indústria do tabaco e está sob julgamento no Supremo Tribunal Federal, sob relatoria da ministra Rosa Weber, está com pedido de vista. Temos feito visitas, já fui pessoalmente, e temos insistido com a Advocacia Geral da União para agilizar isso”.

Vigitel

Também foram apresentados hoje os dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2016) relacionadas ao tabagismo. De 2006 a 2016, a prevalência de fumantes na população caiu de 15,7% para 10,2%. Homens fumam mais do que mulheres em todas as faixas de escolaridade, indo de 17,5% para homens e 11,5% para mulheres com até 8 anos de estudo e caindo para 9,1% dos homens e 5,1% das mulheres com mais de 12 anos de estudo.

Por faixa etária, a prevalência é 7,4% entre jovens com menos de 25 anos e 7,7% entre idosos com mais de 65. A faixa com mais fumantes, 13,5%, é a de adultos entre 55 e 64 anos. Entre as capitais, Curitiba tem a maior proporção de fumantes (14%), seguida de Porto Alegre (13,6%) e São Paulo (13,2%). A menor prevalência é em Salvador, com 5,1% de fumantes.

A professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e assessora técnica do Ministério da Saúde, médica Fátima Marinho, que apresentou os dados do Vigitel, explica que o Brasil tem três marcos que contribuíram para a redução do tabagismo: a proibição da propaganda e da glamourização do fumo em 2000, a proibição de fumar em ambientes fechados em 2005 e o aumento do imposto sobre cigarro de 2011 a 2016, aliado à obrigação das imagens de advertência nos maços (2008) e oferta do tratamento para deixar de fumar pelo Sistema Único de Saúde. Para ela, agora, é preciso uma nova política para seguir reduzindo o consumo.

“Com o avanço na política, o consumo começa a reduzir. Depois começa a estabilizar e a gente precisa de uma media nova. O Brasil era um dos países com o menor preço de cigarro no mundo, e quando mexe no bolso consegue convencer as pessoas a fumar menos, então em 2011 começa essa nova fase com o preço mínimo. A partir de agora precisa de uma nova política, como as que o ministro anunciou.”

Segundo a secretária-executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (Conicq), Tânia Cavalcante, o Brasil é exemplo mundial de combate ao tabagismo, implementando as medidas do tratado. Uma ação que precisa avançar, segundo ela, é oferecer alternativas aos produtores de tabaco do país.

“Somos o segundo maior produtor, o mais exportador, e temos 150 mil famílias presas nessa cadeia produtiva, dependentes economicamente. O que arrecadamos com o cigarro corresponde a 23% do que gastamos em saúde. Isso é um estudo que ainda subestima o custo, porque não avaliamos o impacto ambiental que essa produção causa, a contaminação por agrotóxico, a saúde do trabalhador que também adoece pelas doenças relacionadas ao tabaco, a poluição das águas, o desmatamento, já que é uma das culturas que mais desmata. Sem contar o custo intangível, que é o sofrimento das famílias e do indivíduo que contrai as doenças e da morte prematura.”

A Organização Mundial da Saúde  (OMS) lançou a campanha Tabaco: uma ameaça ao desenvolvimento, para discutir os impactos socioambientais em todo o planeta gerados pela produção e consumo de produtos derivados do tabaco. Segundo a OMS, o consumo do tabaco mata mais de 7 milhões de pessoas todos os anos, sendo responsável por cerca de 16% de todas as mortes provocadas por doenças crônicas não transmissíveis. O custo aos lares e aos governos passa de US$ 1,4 trilhão em despesas com saúde e com a perda de produtividade.

 

O consumo de tabaco mata mais de 7 milhões de pessoas por ano em todo o mundo, alertou nesta terça-feira (30) a Organização Mundial da Saúde (OMS), que defende a proibição da propaganda e o aumento dos preços e impostos sobre o produto.

Por ocasião do Dia Mundial Sem Tabaco, a OMS publicou um relatório no qual avalia os custos do cigarro para a saúde e a economia e, pela primeira vez, o impacto ambiental.

"O tabaco é uma ameaça para todos. Agrava a pobreza, reduz a produtividade econômica, afeta negativamente a escolha dos alimentos consumidos nas residências e polui o ar em ambientes fechados", afirmou a diretora geral da OMS, Margaret Chan, em um comunicado.

O consumo de tabaco mata mais de sete milhões de pessoas a cada ano - contra quatro milhões no início do século XXI - e custa às residências e governos mais de 1,4 trilhão de dólares em gastos com saúde e perda de produtividade, de acordo com a OMS.

Atualmente, o tabaco - principal causa evitável de doenças não transmissíveis - mata metade das pessoas que consomem o produto. O tabagismo afeta principalmente pessoas pobres e constitui uma causa importante de disparidades de saúde entre ricos e pobres, segundo a OMS.

- Estragos no meio ambiente -

"Ao adotar medidas firmes de luta antitabagismo, os governos protegem o futuro de seus países porque protegem toda a população, com independência se consomem ou não este produto letal. Além disso, geram recursos para financiar os serviços de saúde e outros serviços de sociais e evitam os estragos que o tabaco provoca no meio ambiente", destacou Chan.

O relatório da OMS, que tem como título "O tabaco e seu impacto no meio ambiente: uma visão de conjunto", o primeiro sobre os efeitos do produto na natureza, apresenta alguns dados reveladores.

Os resíduos de tabaco contêm mais de 7000 substâncias químicas tóxicas que envenenam o meio ambiente, algumas delas cancerígenas para o ser humano.

Além disso, a fumaça do tabaco libera milhares de toneladas de produtos cancerígenos para o ser humano, substâncias tóxicas e gases do efeito estufa.

Os resíduos dos produtos de tabaco são o tipo de lixo mais numeroso. Quase 10 bilhões dos 15 bilhões de cigarros vendidos diariamente no mundo são jogados no meio ambiente. As pilhas de cigarros representam entre 30% e 40% dos objetos recolhidos nas atividades de limpeza da costa e urbana.

De acordo com a a OMS, o tabaco poderia provocar no século XXI o total de um bilhão de mortes em todo o planeta.

Para acabar com esta praga a OMS, agência especializada da ONU, defende "medidas fortes", como a proibição da publicidade e do marketing, a proibição de sua venda em locais fechados e ambientes de trabalho, assim como o aumento do preço e dos impostos.

O médico Oleg Chestnov, subdiretor geral da OMS para Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental, explica: "Muitos governos estão tomando medidas contra o tabaco, desde a proibição da publicidade e comercialização até a adoção do pacote neutro e a proibição de fumar nos espaços públicos e locais de trabalho".

"No entanto, uma medida de luta antitabagismo menos utilizada que resulta muito eficaz é a aplicação de políticas tributárias e de preços, que os países podem aplicar para satisfazer suas necessidades de desenvolvimento", conclui.

O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, assinou uma ordem executiva que pretende impor uma ampla proibição do cigarro em público, reforçando algumas das medidas antitabaco mais rígidas na Ásia.

Fumar e vender cigarros será proibido em todos os locais públicos fechados, assim como a menos de 100 metros das escolas, parques e outras áreas com menores de idade, afirma a ordem assinada na quinta-feira e que entrará em vigor dentro de 60 dias.

Duterte, famoso pela guerra contra as drogas que já matou milhares de pessoas, prometeu no ano passado, ao assumir a presidência, adotar uma lei antitabaco como parte de uma série de medidas para impor ordem na sociedade.

Outras medidas prometidas incluem a proibição do karaoke à noite e um toque de recolher às 2h00 para o consumo de álcool em público, mas que ainda não foram implementadas.

O país já tem uma lei proíbe a publicidade de cigarro e o fumo em locais públicos, assim como uma lei que determina imagens explícitas nos maços de cigarros sobre os riscos do tabaco para a saúde. O setor também tem uma elevada taxação.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quer atualizar o texto que legisla o comércio de tabaco e derivados. O órgão propõe frases mais diretas nas caixas de cigarro, que podem deixar de estampar as imagens fortes como fetos mortos e feridas abertas. Essas ilustrações são obrigatórias desde 2001.

No texto, que está sendo apresentado na Consulta Pública 329/2017, sobre a ilustração das advertências e embalagens de tabaco e produtos derivados, a agência propõe o emprego de frases imperativas como "Você brocha e fica impotente consumindo esse produto", "Você, grávida, corre o risco de parto prematuro, perder o beber e morrer consumindo esse produto e "Você morre de câncer de pulmão e enfisema consumindo este produto".

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Se por um lado as mensagem sãos diretas, as imagens são sutis, em tom preto e branco.

A outra Consulta Pública, de número 330/2017, é referente à comercialização e pontos de vendas. Ambas as consultas estão abertas até o dia 26 de maio deste ano. Após a data, a Anvisa compilará o resultado para revisar o texto de legislação do tabaco e seus derivados.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) discute a atualização das imagens e advertências nas embalagens de tabaco. Até o próximo dia 26 de maio, a proposta da Anvisa estará disponível para consulta pública.

A proposta da agência é renovar as imagens e frases nas embalagens de todos os produtos fumígenos. Os alertas atuais estão em vigor há nove anos.

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O texto colocado para discussão diz que as frases serão mais diretas e dirigidas aos usuários dos produtos fumígenos, como cigarros, fumo para narguilé e produtos semelhantes. São nove propostas de alertas e imagens que tratam de efeitos reais do cigarro como risco de parto prematuro, desenvolvimento de câncer e o peso psicológico do vício. Veja as propostas:

- Você envelhece precocemente consumindo este produto;

- Você, grávida, corre o risco de ter um parto prematuro, perder o bebê e até morrer, consumindo este produto;

- Você morre de câncer de pulmão e enfisema consumindo este produto;

- Você brocha e fica impotente consumindo este produto;

- Você sofre o risco de trombose consumindo este produto;

- Você tem câncer na boca, língua e esôfago consumindo este produto;

- Você afasta as pessoas consumindo este produto;

- Você destrói a saúde de quem está ao seu lado consumindo este produto;

- Você perde a sua liberdade ao depender da nicotina consumindo este produto.

Por enquanto, a consulta traz apenas imagens conceituais, segundo a Anvisa, porque o material ainda está em discussão e vai passar por uma aprovação final. Também está em consulta pública a atualização das regras sobre os pontos de venda de cigarros e outros produtos do tipo. A proposta lista seis princípios que deverão ser cumpridos pelos estabelecimentos, entre eles estão a proibição de associação do cigarro a êxito sexual, ou à prática desportiva, atribuição de propriedades calmantes, entre outros. 

A proposta da Anvisa foi dividida em duas consultas públicas. Para participar, basta acessá-las nos links abaixo e preencher o formulário de contribuição.

Consulta sobre as advertências nas embalagens

Consulta sobre propaganda e exposição nos pontos de venda

Fumantes correm mais riscos de sofrer obstrução arterial porque o tabagismo debilita um gene que protege estes importantes vasos sanguíneos, alertaram cientistas americanos nesta segunda-feira.

Suas descobertas apontam a uma explicação genética de como fumar pode levar ao acúmulo da placa que endurece as artérias e causa doenças cardíacas, segundo informe divulgado na revista Circulation.

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"Este foi um dos primeiros grandes passos rumo à resolução do complexo quebra-cabeça das interações genético-ambientais que levam a doenças coronarianas", disse o coautor do estudo, Danish Saleheen, professor assistente de bioestatística e epidemiologia da Perelm School of Medicine, da Universidade da Pensilvânia.

Os cientistas reuniram dados genéticos de mais de 140 mil pessoas, administrados em mais de duas dezenas de estudos anteriores, com foco particular em regiões do genoma previamente associadas com alto risco de acúmulo de placa nas artérias cardíacas.

"Uma mudança em uma única 'letra' do DNA no cromossomo 15, perto do gene que expõe uma enzima (ADAMTS7) produzida nos vasos sanguíneos, foi associada com 12% de redução do risco em não fumantes", destacou o informe.

"No entanto, os fumantes com a mesma variação tiveram apenas 5% menos risco de doenças coronarianas, reduzindo em mais da metade o efeito protetor desta variação genética", indicou-se.

Estudos científicos de acompanhamento mostraram que nas células que recobrem as artérias do coração humano, a produção da enzima ADAMTS7 diminuiu significativamente quando as células continham esta variante do DNA de uma única letra.

Na tarde desta quinta-feira (13), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 408 mil maços de cigarro contrabandeado na BR-232, em São Caetano, no Agreste de Pernambuco. A carga é avaliada em cerca de R$ 1,6 milhão. 

O caminhão havia saído do município de Braganey, no Paraná, e a mercadoria seria entregue em João Pessoa, na Paraíba. Durante uma fiscalização na estrada, os agentes da PRF deram ordem de parada ao caminhão, que estava com excesso de peso. Os policiais constaram que o motorista, de 49 anos, já havia sido preso por contrabando.

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Segundo a PRF, foi feita uma vistoria no veículo e as caixas de cigarro foram encontradas escondidas embaixo de sacos de ração para peixe. O material contrabandeado é de origem paraguaia.

O motorista foi encaminhado com a mercadoria para a Polícia Federal em Caruaru, no Agreste. O crime de contrabando prevê pena de dois a cinco anos de reclusão. 

Fumar um maço de cigarros por dia provoca, em média, 150 mutações por ano nas células pulmonares, segundo pesquisadores que identificaram vários mecanismos pelos quais o fumo danifica o DNA.

O estudo, publicado nessa quinta-feira (3) na revista Science, avalia com precisão - pela primeira vez - os devastadores efeitos genéticos do cigarro, e não apenas para os pulmões, mas também para outros órgãos que não estão diretamente expostos ao fumo.

Estudos já revelavam que o cigarro contribui com ao menos 17 tipos de câncer, mas até o momento não se havia estabelecido como o fumo provocava estes tumores, destacam os pesquisadores do britânico Wellcome Trust Sanger Institute e do americano Los Alamos National Laboratory.

O maior número de mutações genéticas causadas pelo tabagismo se observou no tecido pulmonar, mas outras partes do corpo também apresentaram alterações do DNA que explicam como fumar causa diferentes tipos de câncer.

O cigarro contém mais de 7 mil substâncias químicas diferentes, das quais mais de 70 são cancerígenas, destacam os pesquisadores, assinalando a complexidade das interações do fumo com o organismo.

"Este estudo aporta novos elementos sobre os diferentes mecanismos pelos quais o fumo provoca o câncer", destaca Ludmil Alexandrov, do Los Alamos National Laboratory, um dos principais autores do trabalho.

"Já dispúnhamos de muitos dados epidemiológicos sobre um vínculo entre o fumo e o câncer, mas agora podemos observar e determinar o número de alterações moleculares do DNA provocadas pelo hábito de fumar".

"Concluímos que as pessoas que fumam um maço por dia têm, em média, 150 mutações genéticas adicionais a cada ano em seus pulmões, o que explica por que motivo os fumantes têm um maior risco de desenvolver câncer de pulmão", destaca o cientista.

Para esta primeira análise ampla do DNA relacionando o fumo ao câncer, os pesquisadores examinaram mais de 5 mil tumores, comparando os cânceres similares de fumantes e não fumantes.

Assim, encontraram características moleculares específicas no DNA dos pulmões de fumantes e determinaram seu número nos diferentes tumores.

Os pesquisadores concluíram que o fumo provoca um número significativo de mutações genéticas adicionais nas células pulmonares.

Em outros órgãos, o estudo revelou que um maço de cigarros por dia produz, em média, 97 mutações a mais por ano no DNA da laringe, 39 na faringe, 23 na boca, 18 na bexiga e 6 no fígado.

O estudo revela ao menos cinco processos distintos pelos quais o DNA é danificado pelo tabagismo, e o mais comum se encontra na maioria dos tipos de câncer.

Para o professor Mike Stratton, do Wellcome Trust Sanger Institute, "este estudo também revela que o processo pelo qual o cigarro provoca um câncer é mais complexo do que se pensava".

"Na realidade não entendemos completamente as origens subjacentes de muitos tipos de câncer", disse Stratton, assinalando outras causas ainda pouco conhecidas, como a obesidade.

Mas este trabalho sobre o DNA em tumores cancerosos poderá fazer avançar a pesquisa e ajudar em uma maior prevenção de qualquer forma de câncer, avaliou o professor Stratton.

"Sequenciar o genoma de cada câncer proporciona assim uma espécie de registro arqueológico" no DNA, exposto aos diferentes fatores que contribuíram para as mutações genéticas responsáveis pelo tumor.

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