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O plenário do Senado aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 84 que proíbe a União de criar despesas para os estados e municípios sem apontar uma fonte de receitas ou a transferência de verbas. Com o texto, sempre que aprovadas leis que possam impactar nas contas dos entes federados ou que o governo criar programas que tenham esse tipo de impacto a União deverá apontar uma fonte de recursos que possa suprir as perdas.

A PEC, aprovada nessa quarta-feira (26), faz parte da lista de projetos sugerida pela Comissão Especial do Pacto Federativo, que tem o objetivo de apontar proposições legislativas que possam contribuir para melhorar a situação financeira dos entes federados e ajudar a remover gargalos que impedem o crescimento.

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Uma das reclamações frequentes dos estados e municípios é com relação à criação de pisos salariais nacionais, como já existe para os professores e é pleiteado por policiais e bombeiros. Assim, essas legislações são aprovadas impactando nas contas de custeio dos entes federados. Prefeitos e governadores alegam que isso geralmente não é levado em conta nas decisões federais.

“Nos dois encontros que tivemos, em maio e junho deste ano, governadores e prefeitos pediram ao Legislativo uma repactuação das obrigações orçamentárias. Uma das principais demandas era essa: impedir a União de criar despesas aos estados e municípios sem previsão de recursos. O que for apontado deve ter a respectiva receita. Isso é sinal de ter responsabilidade”, disse o senador Walter Pinheiro (PT-BA), presidente da Comissão do Pacto Federativo, durante a votação do projeto.

A matéria estava na pauta do Senado em regime de urgência e foi aprovada em dois turnos por causa de um calendário especial previamente acordado. Agora o texto segue para a Câmara dos Deputados, onde também precisa ser aprovada em dois turnos.

O Governo de Pernambuco anunciou, nesta segunda-feira (24), um corte de mais R$ 600 milhões nos gastos da máquina pública. A divulgação do acréscimo no Plano de Contingenciamento de Gastos (PCG) foi feita no início da tarde, após uma reunião do governador Paulo Câmara (PSB) com os 26 secretários da gestão, a portas fechadas no Palácio do Campo das Princesas, que durou quase cinco horas. Com o novo montante, a redução estadual atinge a casa dos R$ 920 milhões só este ano. 

“Foi apresentado uma meta de mais R$ 600 milhões em economia em cima do que foi contingenciado no início do ano, de R$ 320 milhões. Já havia uma adequação em andamento. Hoje foi dito que é necessário acelerar até o final do ano”, explicou o secretário da Fazenda, Márcio Stefanni. Único membro da equipe estadual que conversou com a imprensa sobre o encontro, Stefanni pontuou que um plano com “medidas necessárias” foram apresentadas aos secretários que devem se reunir com a Fazenda nas próximas duas semanas para pontuar em quais setores serão reduzidos os gastos. 

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Segundo o secretário da Fazenda, o período atual – julho, agosto e setembro – é “o pior” para a arrecadação estadual e os ajustes serão discutidos em cima desta tese. “A arrecadação nominal, sem descontar a inflação, tem subido 4%. Quando colocamos a inflação de 9%, tem caído 5%. Hoje temos mais serviços para prestar com menos dinheiro”, detalhou. 

O anúncio do corte estadual acontece no mesmo dia em que o Governo Federal prevê a redução do número de ministérios. Questionado se as secretarias também seriam reduzidas, Stefanni afirmou que deveriam aguardar até o fim do ano para tomarem tais medidas. “A discussão sobre o tamanho do Estado neste momento ela ocorre, mas nós vamos esperar até o final do ano. Até porque temos alguns programas em andamento e que são tocados por determinadas secretarias, mas sim ela ocorre [a possibilidade de redução], há a possibilidade sim de readequação dos serviços prestados a população, mantendo os mais essenciais”, disse. 

Indagado sobre quanto tempo acreditava que o contingenciamento duraria, ele pontuou ser imprevisível. “Não há como dizer. Temos um ano totalmente imprevisível e uma crise econômica instalada, mas também política. Em fevereiro traçamos um cenário e infelizmente foi aquém do que se esperava”, acrescentou o secretário. 

Já se a falta de liberação do Governo Federal para as operações de crédito internacional interferiam no quadro, Stefanni alertou que a ordem de investimentos no estado já foram afetados. “Operações de crédito só podem ser realizadas em investimentos. Os investimentos já foram afetados. Lá no começo, a Lei Orçamentária prévia R$ 3 bilhões de investimentos, serão feitos R$ 1 bilhão”, observou, pontuando que no primeiro semestre foram investidos R$ 500 milhões. 

A afirmativa recente do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de que seriam liberadas as operações de crédito para alguns estados não reanimou o secretário. “O ministro Levy já disse três vezes que ia reabrir a operação de crédito, vamos esperar a quarta”, ironizou. “É importante ressaltar que a economia em Pernambuco foi muito impactada pela crise da Petrobras e da Lava Jato. Tivemos em Pernambuco um dos maiores desempregos do Brasil. O Estaleiro parou de uma hora para a outra. Então a receita tem sido mais fraca do que nós esperávamos. Não se compra, não se consume então se arrecada pouco”, acrescentou, justificando. 

Embora as despesas do governo central tenham crescido no primeiro bimestre do ano, o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, disse na manhã desta terça-feira, 31, que os gastos devem apresentar um menor ritmo a partir dos dados fechados ao fim de abril. Negou haver dificuldade para controlar os gastos. "Nosso compromisso é com o pagamento tempestivo das despesas. Se é para pagar em um determinado mês vamos pagar. Não há nada distorcido ou fora do nosso controle", afirmou.

O secretário do Tesouro diz que o objetivo é controlar mais de perto o limite de gastos para os órgãos a partir de fevereiro, a partir do Decreto de Programação Orçamentária. "Veremos um decréscimo nas despesas a partir do primeiro quadrimestre. A evolução real no primeiro bimestre não é tão importante", disse.

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Segundo ele, ainda não há uma decisão para o tamanho do contingenciamento que deve ser anunciado pelo governo como parte desse controle. "O contingenciamento é uma discussão em curso e será no montante necessário para o cumprimento da meta, esse é o dado relevante. Queremos cortar em custeio em vez de investimentos, mas essa será uma decisão que será tomada ao longo do mês de abril", completou.

O líder da bancada do governo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Waldemar Borges (PSB), defendeu o aumento de gastos da gestão nos últimos quatro anos e refutou as críticas feitas pela oposição ao comparar as despesas com as de outros estados do Nordeste. O deputado esclareceu que o custeio ter aumentado no estado "não é um sinal ruim", pois está diretamente ligado "a investimentos em áreas estratégicas como educação, saúde e segurança”.

“O custeio não poderia deixar de crescer em um estado que até pouco tempo as crianças só tinham uma merenda por dia e hoje têm três, que não tinha a rede de saúde que hoje Pernambuco tem, que gasta por ano com a manutenção de uma UPA quase o valor de sua construção. Na área da educação, por exemplo, no IDEB do ensino médio, que é de  responsabilidade primeira do Governo do Estado de acordo com a LDB, saímos do 21º lugar para o 4º. Temos uma escola que era a 26ª em evasão escolar e hoje é a primeira do Brasil. O aluno pernambucano é aquele que menos abandona a escola. Esses avanços não se conseguem sem aumentar o investimento e, consequentemente, o bom custeio”, justificou, de acordo com informações divulgadas pela assessoria de imprensa.

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Borges frisou que o investimento nos governos anteriores ao de Eduardo Campos eram da ordem de R$ 2 bilhões e pulou para um patamar de R$ 12 bilhões. “Só este ano, que é um ano recessivo, o Governo vai investir ainda um bilhão de reais. As estimativas mais desapaixonadas dão conta de que o nosso estado deve crescer 2% em 2015, quando as previsões mais otimistas apontam uma diminuição no crescimento do país de 0,5% e as mais realistas chegam a uma redução no crescimento de 1% a 1,5%”, ressaltou.

Disparando contra as justificativas da oposição, o parlamentar lembrou que o mau custeio tem sido combatido pelo Governo. “Foi criada uma controladoria que acompanha milimetricamente o chamado mau custeio, aquele que não está vinculado diretamente a um bom gasto. Recentemente votamos nesta Casa mais uma diminuição de cargos comissionados, o que já havia ocorrido lá atrás também", argumentou.

Para Waldemar Borges, na realidade, o que devia estar preocupando a oposição é "a avalanche de ajustes fiscais que o país está sofrendo". “Nossa inflação já tá chegando perto dos dois dígitos e se ultrapassar essa marca pode ficar incontrolável", alfinetou. "Isso significa um retrocesso na qualidade de vida dos brasileiros. A balança comercial, da pasta do ministro Armando Monteiro, alcançou o pior número desde que se mede esse resultado. Se é pra falar de economia, eu quero dizer que Pernambuco se destaca no Brasil, com suas finanças equilibradas e ajustadas,  investindo bem no que deve investir”, acrescentou o socialista. 

A bancada de oposição ao governo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), liderada pelo deputado Silvio Costa Filho (PTB), divulgou um levantamento que aponta o aumento das despesas da gestão nos últimos anos. De acordo com eles, quando o governador Paulo Câmara (PSB) era secretário da Fazenda, de 2011 a abril de 2014, houve um “descontrole nos gastos públicos”. No topo da lista de custos, segundo o colegiado, está o Material de Consumo, seguido do item Passagens e Locomoção.

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“Pernambuco é o estado campeão no Nordeste em diversos gastos de custeio, levantando inclusive questões quanto à legitimidade desses gastos em função de sua discrepância em relação aos outros estados”, dispara o grupo, em nota encaminhada à imprensa. Para exemplificar o montante utilizado, a oposição comparou as despesas locais com outros estados do Nordeste. 

No item “Material de Consumo”, por exemplo, eles alegam que, segundo dados do IBGE, em 2013 Pernambuco gastou R$ 112 milhões a mais que o Ceará e R$ 188 milhões a mais que a Bahia. “Se consideramos os dados de forma relativa, Pernambuco tem pouco menos que 4 vezes mais servidores que Sergipe, mas gasta quase 8 vezes mais com material de consumo. Se considerarmos o gasto por habitante, a situação é parecida. Pernambuco é o segundo estado que mais gasta com material de consumo por habitante no Nordeste”, justifica o colegiado no texto.

O mesmo se repete no quesito Passagens e Locomoção. Segundo a bancada da oposição, nos últimos quatro anos Pernambuco gastou mais que o dobro da soma de Bahia e Ceará com o deslocamento de servidores. Os dados divulgados pelo colegiado apontam que o custo para passagens e locomoção em Pernambuco é de mais de R$ 637,5 milhões, na Bahia ultrapassa os R$ 221,7 milhões e no Ceará atinge um valor de mais de R$ 70 milhões. “Este é o custo, por exemplo, do presídio de Itaquitinga que, se estivesse concluído, ajudaria a amenizar o grave problema de superlotação prisional do Estado”, compara a bancada oposicionista. 

Para a Bancada de Oposição, custos desnecessários poderiam ter sido evitados, "o que certamente atenuaria ou evitaria o atual déficit nas contas públicas do Estado". Já que segundo eles, Pernambuco ocupa hoje a terceira posição dentre os estados brasileiros que possuem um “rombo” no caixa.

Apesar de terem começado seus mandatos prometendo austeridade e anunciando cortes de cargos, secretarias e despesas para ajustar as contas públicas em 2015, 13 dos 27 governadores brasileiros autorizaram reajustes dos próprios salários e os dos seus secretários. Os aumentos foram aprovados pelas Assembleias Legislativas às vésperas do recesso parlamentar, no fim do ano passado. Isso fez com que houvesse pouca repercussão na ocasião.

Os valores variaram bastante. Foram de 4,3%, caso do tucano Geraldo Alckmin (PSDB), em São Paulo - o menor aumento -, até 100%, no caso do Rio Grande do Norte. No Estado nordestino, o salário do governador Robinson Faria (PSD), que venceu na disputa do ano passado o atual presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), foi ampliado de R$ 11 mil para R$ 22 mil. No caso do vice-governador, Fábio Dantas, do PC do B, o salário passou de R$ 9 mil para 17,5 mil.

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Os secretários passaram a receber R$ 14 mil por mês. Antes o salário era de R$ 8 mil. No começo do ano, o chefe do Executivo potiguar tomou posse prometendo reduzir o custo da máquina pública e rever contratos.

Segundo a chefe do gabinete do governador, Tatiana Mendes Cunha, Faria concordou com o aumento para os secretários por achar não ser possível "contratar nenhum técnico competente com o salário anterior". Ela diz que, para compensar o aumento do próprio salário, o governador abriu mão de residência oficial e do que considerava "mordomias" do cargo.

Os vencimentos de Alckmin, por sua vez, tiveram um reajuste bem mais modesto: foram de R$ 20,6 mil mensais para R$ 21,6 mil. A assessoria do tucano argumenta que o aumento foi menor que a inflação acumulada desde o último reajuste, em janeiro de 2013 - a inflação no período foi de 12,7%.

O aumento, porém, contrasta com o pacote de austeridade anunciado no começo do ano, quando ele prometeu cortar 15% dos cargos comissionados, 10% do custeio da máquina pública e contingenciar 10% das despesas previstas no Orçamento do Estado para este ano, o equivalente a R$ 6,6 bilhões.

Outros governadores, como o da Bahia, Rui Costa (PT), alegaram que o reajuste foi similar ao feito pelo Congresso Nacional e presidente da República. No caso de Costa, seu contracheque foi de R$ 19,3 mil para R$ 22,4 mil. O vencimento do vice e de secretários saltou de R$ 16,2 mil para R$ 19,3 mil. Ao assumir, o petista prometeu extinguir 1.700 cargos comissionados e extinguir 3 das 27 secretarias.

Entre os que autorizaram reajustes dos próprios salários, apenas o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), afirmou que não tomaria medidas para enxugar a máquina pública. Apenas suspendeu pagamento de fornecedores.

O contracheque do governador gaúcho foi de R$ 17,3 mil para R$ 25,3 mil, um aumento de cerca de 46%. Porém, diante da repercussão negativa, ele anunciou que iria abrir mão do reajuste, em uma decisão de "caráter pessoal". O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), também havia autorizado o aumento, mas depois recuou e decidiu congelá-lo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os cofres da prefeitura de Caruaru, agreste pernambucano, estão com despesas extras desde o mês de outubro. O motivo é o afastamento de cinco vereadores da cidade, que mesmo fora do cargo continuam recebendo os respectivos salários, acarretando gasto mensal de R$45 mil. E essa conta ainda pode dobrar, pois mais cinco vereadores podem deixar o cargo, sob a mesma acusação de organização criminosa, concussão e corrupção passiva. Eles estão sendo investigados pela Operação Ponto Final I e II e os cinco envolvidos que permanecem na Câmara de Vereadores devem ser notificados em breve. 

Mas segundo o procurador da Câmara Municipal, José Américo, o afastamento dos vereadores não resulta na perda dos cargos, logo o pagamento é legítimo. “A própria legislação prevê que eles continuem recebendo normalmente, não há nenhum problema legal nisso. Essa notificação do Tribunal de Justiça determina a suspensão do exercício da função, não a perda do cargo”, defendeu.

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E tal despesa extra ainda pode alterar a composição do legislativo municipal, resultando na demissão de funcionários para não infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal, que determina que os gastos com pagamento de pessoal não ultrapasse 70% das despesas do legislativo.

Os vereadores investigados são: Val de Cachoeira Seca (DEM), Val das Rendeiras (Pros), Evandro Silva (PMDB), Neto (PMN), Jadiel Nascimento (Pros), Eduardo Cantarelli (Solidariedade), Cecílio Pedro (PTB), Jajá (sem partido), Louro do Juá (SD) e Sivaldo Oliveira (PP). 

Mesmo sem ter anunciado o novo ministro da Fazenda, o governo de Dilma Rousseff fará corte de gastos e a tesoura deverá atingir despesas que não geram benefício na demanda ou que são consideradas excessivas. "Nós vamos fazer ajustes, mas nem todos os ajustes são pelo lado de cortar a demanda", disse ontem após participar da reunião de cúpula das 20 maiores economias do mundo, o G-20. Dilma negou que estuda a volta da cobrança da Cide, uma contribuição paga no preço da gasolina.

Durante entrevista antes de deixar o centro de convenções que abrigou a reunião, Dilma confirmou que haverá cortes de gastos públicos. Explicou, porém, que a medida não vai afetar investimentos ou o consumo. "Você tem de selecionar aquilo que é capaz de te dar maior nível de investimento e, portanto, maior capacidade de recuperação", disse.

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"Você tem no Brasil um conjunto de gastos e de despesas que não levam necessariamente à ampliação do investimento nem à ampliação do consumo. Essas despesas são aquelas que nós consideramos que podem ser cortadas", defendeu. Outro foco são os gastos que são considerados "excessivos". Nos dois casos, porém, Dilma não deu exemplos de áreas que podem ter corte.

Também presente no evento, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que serão cortadas despesas que crescem "mais que o normal". "O Brasil tem de fazer ajustes e venho dizendo há vários meses. Temos de fazer um ajuste como o de 2011 e estamos preparando medidas", disse. "Não está pronto ainda. Mas vamos atacar despesas que estão crescendo mais que o normal. Vamos mudar o ritmo dessas despesas", disse Mantega. O governo tem sinalizado que pode atacar gastos que têm aumentado acima da inflação.

O ministro explicou aos jornalistas que a intenção do governo é "caminhar para um superávit fiscal maior em 2015 do tamanho que já foi anunciado na proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias". "Já tínhamos anunciado o superávit primário em torno de 2% do PIB", disse.

Com a contenção dos gastos públicos, Mantega defende que haverá acomodação da inflação e, assim, o Banco Central terá espaço para "uma política monetária mais flexível". Ou seja, queda de juros. "Então, vai aumentar o crédito e o consumo", disse.

Gasolina. Questionada sobre o rumo de volta da cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) para melhorar a arrecadação, a presidente Dilma Rousseff rechaçou a hipótese. "Não conheço essa possibilidade. Eu não discuti a criação da Cide com ninguém. Pode ter alguém interessado na criação da Cide e deve ter muita gente interessada. Eu não estou dizendo que nunca vai se retomar a Cide, mas isso não está na nossa pauta." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

É o dinheiro, candidato! Quanto mais o postulante a um cargo legislativo arrecada, maior a chance de ele conseguir o que quer. Juntos, os cerca de 1,5 mil deputados federais, estaduais e distritais e os senadores eleitos gastaram 29% mais que a soma das despesas dos mais de 13 mil candidatos que não se elegeram. Os vencedores arrecadaram R$ 1,4 bilhão, ante R$ 1,1 bi dos derrotados. Na média, os eleitos gastaram 11 vezes mais que os não eleitos.

A diferença entre o gasto médio de vencedores e vencidos varia de cargo para cargo. A disputa financeira menos desigual é no Senado. São menos candidatos - média de 4 por vaga - e os partidos podem canalizar mais recursos para as candidaturas. Entre os concorrentes a senador, a campanha dos eleitos custou 4,3 vezes mais que a dos derrotados: R$ 4,9 milhões, em média, ante R$ 1,1 milhão para os que não irão a Brasília.

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Na eleição para a Câmara dos Deputados é que o cofre pesa mais. Os 513 vencedores gastaram, em média, R$ 1,422 milhão para se eleger, em um custo total de R$ 723 milhões. Já os milhares de candidatos que ficaram pelo caminho gastaram, juntos, pouco mais de metade disso. Na média, suas campanhas custaram 93% menos que a dos eleitos. Mesmo assim, gastaram R$ 397 milhões.

O dinheiro faz tanta diferença na eleição para deputado federal que há faixas de sucesso e de insucesso, proporcionais a quanto o candidato gastou. Por exemplo: todos aqueles que arrecadaram mais de R$ 5 milhões se elegeram. Foram dez, como Sergio Sveiter (PSD-RJ), que angariou R$ 5,7 milhões para conquistar 57 mil votos, média de R$ 99 por voto - a mais cara da nova Câmara.

Se o candidato à Câmara não puder gastar tanto, mas quiser assumir um risco de não se eleger menor do que 10%, ele terá de gastar entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões. Foram 59 os candidatos que gastaram nessa faixa, dos quais 54 se elegeram. O que gastou menos nesse grupo, Carlos Sampaio (PSDB-SP), declarou R$ 3 milhões. Entre os cinco que não tiveram a mesma eficiência está, por exemplo, Newton Lima (PT-SP), que gastou R$ 3,6 milhões mas não conseguiu voltar à Câmara.

Dos que gastaram mais de R$ 1 milhão e menos de R$ 3 milhões, 65% tiveram sucesso. Já entre os candidatos à Câmara que arrecadaram menos de R$ 500 mil, apenas 3% conseguiram garantir o mandato.

É claro que as chances de ser eleito dependem não apenas dos votos do candidato, mas da soma de sufrágios de sua coligação - e que isso varia de partido para partido e é diferente em cada Estado. Por isso, não é possível afirmar que os valores desta eleição sejam uma regra replicável em pleitos futuros.

Causalidade

Os dados tampouco provam o sentido da correlação. Uma corrente da ciência política advoga que o fato de um candidato já ser favorito facilita a arrecadação de recursos para sua campanha e a torna mais rica. Mas a maioria dos pesquisadores concorda que o oposto é mais determinante: mais dinheiro, mais votos.

Certo é que a regra não vale igualmente para todos. Ao menos não com a mesma intensidade, lembra o professor de ciência política da USP Bruno Speck. Especialista em financiamento eleitoral, seus estudos mostram que o peso do dinheiro depende muito se o candidato concorre à reeleição ou se ele é um novato.

Um parlamentar já larga com 60% de chance de ser eleito, e aumenta essa probabilidade em função da quantidade de recursos que consegue arrecadar. Já o novato parte com uma chance muito menor, que beira a zero, e vai aumentando suas possibilidades na razão direta de quanto ele consegue de doações. "Assim, o dinheiro alavanca mais o novato do que o candidato à reeleição", afirma.

Num artigo que Speck publicou recentemente, a intensidade da associação entre dinheiro e desempenho eleitoral depende do tipo de candidato, e é mais forte para os novatos, principalmente as mulheres, e menos forte para os homens que já estão no cargo.

Mobilização. O dinheiro só pesa pouco para um tipo de deputado: o que está inserido em redes sociais com interesses homogêneos e que se mobilizam para eleger um representante por sua ideologia.

O voto mais barato da nova Câmara foi o do pastor Marco Feliciano (PSC-SP), que representa os evangélicos, defende valores sociais tradicionais e ganhou notoriedade ao presidir a Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Não por acaso, o segundo voto mais barato foi o de seu antípoda, Jean Wyllys (PSOL-RJ), que defende o casamento gay e a legalização da maconha. O custo do voto do primeiro foi de R$ 0,37 e o do segundo, de R$ 0,47. Na média, seus futuros colegas gastaram R$ 12,60 por voto para chegar à Câmara. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A campanha para governador de Pernambuco, de acordo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), teve um gasto total de 43,6 milhões. O dado foi constatado na prestação de contas das campanhas, divulgada na noite dessa terça-feira (4). Segundo lugar no pleito, com 31.07% dos votos, Armando Monteiro (PTB) foi quem mais gastou. As despesas dele somaram R$ 24,5 milhões. Já o governador eleito, com 68,08%, Paulo Câmara (PSB) contabilizou um gasto de R$ 19,06 milhões. 

No quesito arrecadação, Armando conquistou R$ 19,7 milhões em doações. Destes R$ 7,4 milhões foi dele próprio; R$ 250.533,75 mil do comitê da presidente Dilma Rousseff (PT), com quem dividiu o palanque e R$ 176 mil do pai dele, Armando Monteiro Filho (PDT). Entre as empresas segundo o TSE, bancos e empreiteiras também doaram para o petebista. O Itaú, por exemplo, doou R$ 250 mil, já o Bradesco R$ 350 mil. A Setta Combustíveis depositou R$ 30 mil e a Gerdau R$ 250 mil.

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O socialista recebeu R$ 17,9 milhões usar com os gastos do pleito. Ao contrário do petebista, Câmara não contribuiu para a própria campanha. Os dois tiveram doadores em comum, entre eles o Itaú, que doou a mesma quantia (R$ 250 mil), e o Bradesco depositante de um valor maior para o socialista. A instituição financeira doou R$ 1 milhão a Paulo Câmara. A construtora OAS foi quem mais contribuiu, doando R$ 3,5 milhões. 

Guia eleitoral, produção de jingles, vinhetas, pesquisas e slogans estão entre as principais despesas. Os dois principais candidatos do pleito concluíram as campanhas no vermelho. Contabilizando doações menos despesas, Câmara ficou com um saldo negativo de R$ 1,16 milhão e Armando de R$ 4,8 milhões. 

No total, os seis candidatos ao Palácio do Campo das Princesas arrecadaram R$ 37,7 milhões e gastaram R$ 43,6 milhões na campanha. Os outros quatro candidatos, com campanhas menores, gastaram tudo o que foi arrecadado. Terceiro lugar na disputa, Zé Gomes (PSOL) apresentou uma arrecadação de R$ 22.813,13 mil e as despesas de igual valor. O mesmo aconteceu com Jair Pedro (PSTU) que recebeu R$ 3.725,00 mil em doações e Miguel Anacleto com um somatório de R$ 8.020,03 mil. Já Pantaleão (PCO) não prestou contas ao TSE. 

As despesas do Tesouro Nacional tiveram em agosto um crescimento de 1,4% (R$ 800,8 milhões) em relação a julho deste ano. Segundo os dados divulgados nesta terça-feira, 30, o aumento é explicado pela elevação de R$ 5,9 bilhões (16,2%) nas despesas de custeio e capital, apesar de ter havido uma queda de R$ 5 bilhões nos gastos com pessoal e encargos sociais.

O aumento em custeio e capital é explicado pela elevação em R$ 5,1 bilhões com despesas do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Também teve um incremento de R$ 1,2 bilhão em outras despesas de custeio e capital, puxado pelo aumento de R$ 3,4 bilhões nas despesas com a Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

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Também teve um aumento de R$ 1,9 bilhão nas despesas com Previdência em função do pagamento da primeira parcela do décimo-terceiro salário aos segurados. A queda em pessoal e encargos sociais aconteceu porque, em julho, houve o adiantamento da parcela do décimo terceiro salário dos servidores do Executivo.

O Ministério do Planejamento informou nesta segunda-feira (22) que foram acrescentados mais R$ 9,546 bilhões nas previsões de receitas extraordinárias para este ano. Nesse montante, informa o relatório de avaliação de receitas e despesas do quarto bimestre, existem R$ 3 bilhões referentes aos parcelamentos especiais (Refis), previsto na Medida Provisória 651, em tramitação no Congresso Nacional.

No relatório anterior, a previsão de receitas extraordinárias de agosto a dezembro era de R$ 27 bilhões, dos quais R$ 18 bilhões em função do Refis. O governo já negocia com o relator da MP 651 a possibilidade de reabrir o prazo de adesão ao Refis em novembro, conforme mostrou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, na última sexta-feira.

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Dividendos

Para reforçar as receitas e evitar um novo corte do Orçamento, o governo elevou em R$ 1,5 bilhão a previsão de arrecadação com dividendos pagos pelas empresas estatais. Com a mudança, a projeção subiu de R$ 23,9 bilhões para R$ 25,4 bilhões.

O governo não detalha os motivos para o aumento da previsão. "O aumento observado na estimativa dos dividendos se justifica pela alteração no cronograma de pagamentos por parte das empresas em que o governo é acionista", diz o relatório. O valor previsto para 2014 é bem maior do que os R$ 17,1 bilhões recebidos em 2013 de dividendos.

Receitas líquidas

A estimativa atual das receitas líquidas do Governo Central apresentou diminuição de R$ 10,541 bilhões em relação à mesma estimativa constante do Relatório do terceiro bimestre. Houve queda em praticamente todas projeções dos tributos que compõem esse grupo de receitas. Os decréscimos mais acentuados ocorreram nas estimativas da Cofins e das outras receitas administradas pela Receita Federal. Segundo o relatório do quarto bimestre, as receitas primárias totais caíram R$ 12,640 bilhões. Por outro lado, também caiu em R$ 2,099 bilhões a previsão de transferências para Estados e municípios em 2014.

Despesas

Do lado das despesas, houve uma queda de R$ 7,041 bilhões. Isso porque o governo reduziu em R$ 2,218 bilhões a previsão de gastos com pessoal e encargos sociais e em R$ 4 bilhões os gastos com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Também foram reduzidas em R$ 113 bilhões as despesas com sentenças judiciais e precatórios, além de uma queda de R$ 3,061 bilhões nos gastos com subsídios, subvenções e Proagro. Por outro lado, aumentaram as projeções de gastos com benefícios de previdência, complemento do FGTS, com créditos extraordinários e com os fundos de desenvolvimento regionais.

O Irã ordenou que um avião comercial fretado pela coalizão militar no Afeganistão, liderada pelos Estados Unidos, aterrissasse sexta-feira no país para que pagasse despesas e preenchesse alguns documentos, informou neste sábado um integrante do comitê parlamentar de segurança nacional e política externa.

Mansour Haghighatpour foi a primeira autoridade a falar sobre o desvio de um avião fretado da empresa de baixo custo flydubai.

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A aeronave, que havia partido da base aérea de Bagram, ao norte de Cabul, e ia para Dubai, recebeu permissão para partir após várias horas em solo em Bandar Abbas, sul do Irã. A trajetória de voo atravessa o espaço aéreo iraniano.

"O avião recebeu ordens para aterrissar, para pagar despesas relativas ao voo e preencher a documentação para continuar seu percurso", declarou Haghighatpour, segundo a agência semioficial de notícias Fars. "Os americanos deveriam saber que o Irã defende fortemente seu território em terra, mar e ar. Eles deveriam observar as medidas internacionais a este respeito. Caso contrário, enfrentarão atitudes como esta."

Jasem Jaderi, governador da província de Hormozgan, da qual Bandar Abbas é a capital, disse ao site de notícias iraniano yjc.ir que dos 140 passageiros do voo desviado, 110 eram norte-americanos.

O Irã entrou em contato por rádio com a tripulação da aeronave para dizer que eles não tinham documentação apropriada e que retornassem a Bagram, informou um funcionário norte-americano na sexta-feira. Os pilotos disseram que não tinham combustível suficiente para retornar, então as autoridades iranianas disseram que eles deveriam pousar no Irã.

A porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Marie Harf, descreveu posteriormente a causa do desvio como "questão burocrática" com o plano de voo do avião.

Um funcionário da companhia aérea, que falou em condição de anonimato, confirmou que o avião pousou em segurança na manhã deste sábado e que "a causa do desvio está sendo examinada".

A flydubai, assim como a Emirates, é de propriedade do governo do emirado de Dubai, um dos sete Estados que compõem os Emirados Árabes Unidos.

A companhia aérea tem voos regulares para dezenas de destinos e ocasionalmente opera voos fretados. No mês passado a empresa anunciou o início de seus primeiros voos regulares para o Irã, que têm como destino a capital Teerã e a cidade de Mashhad, no nordeste do país. Fonte: Associated Press.

Mais de um quinto das famílias recifenses apresentou, em 2013, dificuldades para quitar dívidas. O valor médio de débito por família foi de R$ 2.175 – o maior entre as capitais do Nordeste no ano em questão. O cálculo da média nacional de dívida por família foi fechado em R$ 1.840. As informações são da pesquisa feita pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), que apresenta dados comparativos entre 2011 e 2013, baseando-se em informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Banco Central e Confederação Nacional do Comércio (CNC). 

Segundo os dados divulgados, 296.251 famílias da capital pernambucana estiveram endividadas no ano passado - o que corresponde a 22% dos lares recifenses. Salvador e Fortaleza foram as únicas capitais que conseguiram superar esse número, registrando, respectivamente, 512.206 e 488.112 lares com pendências nas contas a pagar em 2013. O percentual de famílias com dívidas em atraso nessas capitais corresponde a 26% e 22%.

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Ainda de acordo com os dados da pesquisa, a parcela mensal de renda comprometida com os débitos no Recife atingiu o percentual de 29%, quase chegando à média de 30%. João Pessoa, Maceió e Natal ultrapassaram a média – as famílias das cidades em questão destinaram 44%, 40% e 35% da renda mensal para a quitação de despesas.

Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (27), o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, afirmou que o custo total para recuperar a sede do Movimento Pró-Criança, destruída após incêndio, no bairro dos Coelhos, área central da capital pernambucana, passará a casa dos R$ 4 milhões. A Arquidiocese, responsável pelas atividades do grupo, está recebendo doações para evitar que a organização deixe de existir. 

“Conversei com o Sebastião Barreto Campello, diretor do Pró-Criança, que também é engenheiro, e ele me confirmou que, no mínimo, serão necessários R$ 4 milhões para a restauração do local. Por isso contamos com a solidariedade da população e também a sensibilização de empresários para que possam contribuir neste momento difícil para o movimento”, argumentou o arcebispo de Olinda e Recife.

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Emocionado, o gestor do Pró-Criança Unidade dos Coelhos, Antônio Vicente Júnior, explicou que as atividades devem voltar ao normal já a partir da próxima segunda-feira (1º). “Foi destruído 50% da sede, então ainda tem uma parte que pode ser utilizada. Da mesma forma, estamos articulando com outras entidades para que possam ceder espaço às atividades do Pró-Criança. Quero deixar a mensagem à sociedade de que o fogo queimou os bens, mas não conseguiu apagar nosso sonho”.

Crianças abaladas, mas esperançosas

Durante a coletiva realizada na sede do movimento no Recife Antigo, o Coral do Movimento Pró-Criança se apresentou e, durante as canções, foi impossível conter a emoção. Crianças, professores e funcionários da entidade foram às lágrimas, mas apesar da tristeza momentânea, o sentimento é de esperança. 

“Foi um abalo muito forte para todos nós, porque passamos tanto tempo lá que é como se fosse uma segunda casa. Estamos tristes, mas torcendo para que as atividades voltem logo ao normal”, afirmou Marlom Arruda, 14 anos, há quase um ano aluno do coral. Da mesma forma, Welida Mayres afirma que todos ainda estão muito sentidos com o acontecimento. “Ainda estamos pensativos, nos perguntando se ainda haverá as aulas, se o grupo vai continuar”, confirmou. 

Responsável pelo Coral, o professor Otávio Góes garantiu que a agenda do grupo não foi comprometida e as 33 crianças e adolescentes continuarão sendo assistidos pelo programa. “Somos muito unidos, uma grande família, e a alegria, a vontade de contar nos manterá ativos. Uma parte de nossa casa foi destruída, mas o coral não para, porque é um sonho deles”. 

Doações

De R$ 1 a R$ 10, as pessoas interessadas em doar alguma quantia podem fazer através de depósitos em duas contas: Banco Bradesco (Agência 290-9, Conta 74151-5) ou no Banco do Brasil (Agência 1833-3, Conta 18816-6). Quem fizer o depósito pela internet, precisa incluir o CNPJ do Movimento Pró-Criança: 02539347/0001-32. 

A Associação Pernambucana de Cabos e Soldados Policiais e Bombeiros Militares (ACS-PE) e a Associação dos Praças de Pernambuco (Aspra-PE) foi condenada, nesta segunda-feira (26), a arcar com os gastos da Força Nacional em Pernambuco, em decorrência da greve dos policiais e bombeiros militares, realizada no começo deste mês. A ação foi decretada pelo juiz federal titular da 3° Vara Federal, Frederico José Pinto de Azevedo. 

Cálculos da União mostram que os gastos da segurança nacional no Estado somam R$ 1 milhão. De acordo com o decreto, cada associação deverá pagar 50% dos gastos da segurança nacional. As contas já estão disponibilizadas para serem pagas, através do sistema Banco Central do Judiciário (BACENJUD). Na decisão, o juízo cita ainda trechos da Constituição Federal e da do Estado de PE, que fala sobre sindicalização e greve do servidor militar. 

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“’A Constituição do Estado de Pernambuco deixa claro em seu artigo 100 que ‘são militares do Estado os membros da Polícia Militar de Pernambuco e do Corpo de Bombeiros Militar’ e que, no § 7º ‘Ao servidor militar são proibidas a sindicalização e a greve, não podendo, enquanto em efetivo exercício, estar filiado a partidos políticos’”, esclareceu Azevedo. 

O juiz federal, durante a decisão, ainda falou sobre os problemas que o Estado enfrentou durante a greve dos policiais e bombeiros militares. “Tal fato ocasionou sérios problemas à população pernambucana que levou o Governo do Estado a requisitar ao Governo Federal a presença da Força Nacional de Segurança e do Exército para a garantia da segurança nas ruas das cidades do Estado. Os dispêndios existiram e foram narrados pela Procuradoria da União, devendo ser ressarcidos por aqueles que causaram os problemas, e não pela sociedade pernambucana, vítima no presente caso, por meio do Governo do Estado”, determinou o magistrado.

 

Com informações da assessoria 

 

Apesar da promessa de controle maior dos gastos para aumentar o esforço fiscal, as despesas do governo federal com o custeio da máquina administrativa cresceram 28,8% no primeiro trimestre. Já as despesas com investimentos, como Minha Casa, Minha Vida e obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), avançaram em ritmo menor: 21,5%.

O ritmo acelerado de crescimento dos gastos para manter a máquina pública, sem contrapartida de aumento das receitas, que cresceram 11,8% no período, levou a uma queda de 34,6% do superávit primário do chamado governo central, que reúne as contas do Tesouro Nacional, INSS e Banco Central. O superávit primário, economia que o governo faz para pagar as despesas com os juros da dívida pública, foi de R$ 13,05 bilhões. É o menor resultado para os primeiros três meses do ano desde 2010.

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Para abril, o secretário do Tesouro, Arno Augustin, prometeu um dos maiores superávits da série histórica, de dois dígitos, o que garantirá cumprimento da meta fiscal quadrimestral de R$ 28 bilhões. Para atingir o objetivo, faltam R$ 14,95 bilhões, mais da metade de todo o esforço do primeiro trimestre. "Claro que ainda há um dia importante de arrecadação, que é hoje (quarta-feira), mas os dados que temos mostram que será um resultado bem forte e positivo."

Admissão

O secretário do Tesouro admitiu que o aumento dos gastos foi expressivo, mas previu desaceleração do crescimento das despesas nos próximos meses. Ele voltou a falar em medidas para conter gastos com abono salarial e seguro-desemprego em estudo no governo, que ainda não estão prontas.

Desde o fim do ano passado, quando o resultado negativo anunciado em outubro agravou ainda mais confiança dos investidores na política fiscal, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou medidas para conter essas despesas, mas as negociações com as centrais sindicais não prosperaram até agora. Augustin negou represamento de despesas para garantir um resultado fiscal melhor. Pela primeira vez, ele apresentou os dados com a quantidade de ordens bancárias emitidas de janeiro a abril desse ano. "O decreto orçamentário está sendo cumprido rigorosamente."

Ele informou que 1,591 milhão de ordens bancárias foram emitidas, totalizando R$ 84,96 bilhões, de R$ 87,73 bilhões previsto no decreto. O secretário disse que estava apresentando os dados para mostrar que o pagamento é descentralizado do Tesouro e há um grande número de órgãos fazendo análise e o pagamento das despesas.

Energia

O secretário afirmou que não espera um aumento do custo de energia em 2014. Segundo ele, "tudo está dentro do programado". Questionado sobre a possibilidade de o governo ter de fazer um aporte maior para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo setorial que banca a redução da conta de luz, Augustin disse que essa hipótese não ocorrerá.

Os gastos maiores de energia são hoje a maior fonte de pressão de despesas e há expectativa no mercado de que o Tesouro terá de fazer um aporte maior que os R$ 13 bilhões previstos no Orçamento. No caso de haver um custo maior de energia, o secretário deixou claro que o gasto das distribuidoras será repassado para os consumidores. "Tudo que o Tesouro não vai pagar vai para tarifa", afirmou. No primeiro trimestre, os gastos com energia foram de R$ 2,77 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Papa Francisco afastou permanentemente um bispo alemão da diocese de Limburg após o seu novo complexo residencial de 31 milhões de euros ter causado alvoroço entre os fiéis. O papa havia suspendido temporariamente o monsenhor Franz-Peter Tebartz-van Elst de Limburg em outubro à espera de uma investigação interna da igreja.

No centro da controvérsia está o valor da construção de um novo complexo residencial do bispo e reformas relacionadas. Tebartz-van Elst defendeu as despesas, dizendo que a conta correspondia na verdade a 10 projetos e que havia custos adicionais porque os prédios estavam sob proteção histórica.

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O Vaticano anunciou hoje que a investigação sobre a reforma chegou à conclusão de que Tebartz-van Elst não poderia mais exercer o sacerdócio em Limburg e que Francisco havia aceitado o seu pedido de renúncia, oferecido originalmente em 20 de outubro.

Segundo o Vaticano, o monsenhor Manfred Grothe, atualmente um bispo auxiliar em Paderborn, assumirá a região, mas Tebartz-van Elst receberia uma nova função "no momento oportuno". Fonte: Associated Press.

As despesas não decorrentes de juros do Itaú Unibanco cresceram 7,5% no quarto trimestre em relação ao terceiro, para R$ 9,358 bilhões. A expansão é justificada, conforme explica o banco em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, pelo crescimento nas despesas de pessoal, que foram impactadas pelo reajuste de 8,0% definido no acordo da Convenção Coletiva do Trabalho firmado em outubro, com efeitos a partir de setembro.

No ano de 2013, as despesas não decorrentes de juros atingiram R$ 34,966 bilhões, alta de 7,4% em relação ao ano anterior, acima da projeção de 4% a 6% dada pelo banco. Em teleconferência com a imprensa para comentar os resultados do terceiro trimestre, Rogério Calderón, diretor Corporativo de Controladoria e Relações com Investidores da instituição, já havia sinalizado essa possibilidade.

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"Se considerássemos a consolidação integral da Rede (ex-Redecard), conforme as demonstrações contábeis, essas despesas teriam apresentado aumento de 5,9% quando comparadas a 2012 (variação similar à inflação observada no período - IPCA 5,9%)", justifica o Itaú Unibanco. Ou seja, dentro do guidance proposto.

As despesas de pessoal totalizaram R$ 4,075 bilhões no quarto trimestre de 2013, com aumento de 4,1% na comparação ao trimestre anterior. O Itaú Unibanco encerrou dezembro com 95.696 colaboradores ante número de 94.280 em setembro, sendo que 1.194 são funcionários vindos da Credicard, segundo o banco.

Os gastos administrativos do Itaú tiveram crescimento de 7,6% em relação ao trimestre anterior. "Os principais impactos foram maiores despesas com contribuições e doações, maiores despesas com instalações por renovação de contratos de aluguel em parte da rede de agências e aumento nos gastos com manutenção e conservação de prédios administrativos e de agências, informa a instituição.

De acordo com o Itaú, também houve aumento nas despesas com propaganda, promoções e publicações, devido ao lançamento da bandeira Hiper e à veiculação de filmes e campanhas. O Itaú Unibanco espera que as despesas não decorrentes de juros tenham crescimento de no mínimo 10,5% e no máximo 12,5% neste ano. Sem considerar a Credicard, esses gastos devem subir, segundo a instituição, entre 5,5% e 7,5%. No ano passado, a meta era mais agressiva: de alta de 4% a 6%.

O vereador Raul Jungamann (PPS) rebateu as criticas do secretário de Habitação do Recife, Eduardo Granja (PT). O petista tinha dito que o parlamentar mostrava um “profundo desconhecimento” sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido na pasta e estava utilizando dados para confundir a população. Em resposta, o pós-comunista chamou o secretário de falso e “Pinóquio”.

“O atual secretário, Eduardo Granja, rebateu a nota dizendo que investiu R$ 6 milhões (e não R$ 2,3 mi), dizendo que eu estaria utilizando dados de outubro para confundir. Já seria um absurdo investir R$ 6 mi e gastar R$ 2,5 mi de burocracia, mas a sua resposta é falsa, digna de um Pinóquio”, disparou o parlamentar.

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Jungmann relatou que utilizou os dados de janeiro a dezembro de 2013 com os dados do Portal da Transparência da própria Prefeitura do Recife para comprovar que a secretaria investiu mais em despesas pessoais do que em obras.

“Ao invés de se preocupar em rebater números com dados falsos, o Senhor Granja deveria estar assistindo a população de palafitas incendiadas ou ainda tratando de melhorar a vida de milhares de pessoas que residem em condições abaixo da linha de aceitação nas muitas comunidades pobres do Recife”, afirmou o vereador.

“No seu lugar, eu teria pudor de discutir contra os fatos apresentados, até porque não se encontra a presença de seu trabalho em lugar algum, nem mesmo no Google (...) Isto porque, em um ano de "trabalho"(?!), foi ele incapaz de entregar um único habitacional, razão de existir da sua ‘secretaria’”, completou.

 

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