Ao publicar um vídeo no qual supostamente mostra um cabo chamado Marco Marques sendo executado em Minas Gerais, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC) utilizou a mesma justificativa já dita pelo seu pai, o também deputado federal Jair Bolsonaro (PSC), para falar sobre o assunto. “Eu prefiro aqueles quatro ou cinco bandidos mortos e esse policial vivo. Qual a vergonha de dizer isso? Será que é tão radical assim?”, disse se referindo ao episódio.
Eduardo declarou que é preciso aprovar no Congresso Nacional leis que dêem “tranquilidade” para o policial. “E, se for preciso, matar o criminoso. Certamente, se eu tivesse o poder da caneta, as coisas seriam muito diferentes. Que Deus proteja esses verdadeiros heróis que dão a vida pela nossa sociedade”.
##RECOMENDA##“Primeiro de tudo quero expressar o meu pesar aqui à família desse policial falecido. Segundo ponto, o que os policiais querem é uma retaguarda política para poderem trabalhar. O Congresso Nacional não pode mais ficar preocupado com o politicamente correto ou ficar preocupados em tomar porrada do pessoal dos Direitos Humanos”, disse o parlamentar, que aparece no vídeo editado para falar da cena que acabou em morte.
Sobre o assunto, ele escreveu que “o criminoso só respeita aquilo que ele tem medo”. “A vida do crime é opção de cada um. Com sucessivas leis que tratam os bandidos como coitados só temos assistido a criminalidade aumentar. Basta”.
Eduardo Bolsonaro também falou que é preciso mudar diversos pontos previstas na lei como os indultos de natal, “saidões” de presídios, liberdade provisória, progressão de regime, prisão domiciliar, vale-transporte para familiares de presos e tornozeleiras eletrônicas.
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Em janeiro deste ano, ao comentar uma chacina ocorrida no Complexo Penitenciário Aníso Jobim, em Manaus, o se pai Jair chegou a dizer que estava mais preocupado com “os inocentes mortos” do que os “marginais” que foram mortos. “Eu queria que matassem 200 mil vagabundos. Eu estou preocupado é com os inocentes que morrem”
Antes, em novembro de 2016, em entrevista ao LeiaJá, Bolsonaro já tinha dito que os bandidos não poupam vidas. “Eu pergunto: quantos bandidos e quantos inocentes? Se for 60 mil bandidos [mortos], têm que passar para 120 mil e não preservar a vida de marginal. Eles não poupam as nossas vidas, então, é por aí”, finalizou.